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CENTRO EDUCACIONAL FUNDAÇÃO SALVADOR ARENA

FACULDADE DE TECNOLOGIA TERMOMECÂNICA

Tecnologia em Mecatrônica Industrial

SPS-BRASIL EXCELENCIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL LTDA


MÁRCIO RAIMUNDO HONÓRIO

São Bernardo do Campo


2013
INDICE

1 IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL ................................. 3

2 RESUMO HISTÓRICO DA EMPRESA ...................................................... 4

3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES............................................................... 5

3.1 Participou do treinamento em programação de CLP ........................... 5

3.1.1 Técnica de programação em passos ............................................. 5

3.1.2 Step-7 da Siemens e RSLogix 5000 da Rockwell.......................... 6

3.2 Exerceu a prática em programação de CLP ........................................ 7

3.3 Colocou em funcionamento a programação em CLP ........................ 11

3.3.1 Desenvolvimento de programação do CLP ................................. 12

3.3.2 Comissionamento de sinal ........................................................... 18

3.3.3 Ajuste da programação do CLP ................................................... 19

3.3.4 Configuração de dispositivos de redes ........................................ 21

3.4 Participou de treinamento em supervisório ........................................ 22

3.4.1 IHM (Interface Homem Máquina)................................................. 22

3.4.2 Factory talk view 6.0 .................................................................... 23

3.5 Realizou acompanhamento de produção .......................................... 24

3.6 Compareceu alguns sábados por iniciativa própria ........................... 25

4 CONCLUSÃO .......................................................................................... 28
3

1 IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

a)
Nome: Márcio Raimundo Honório RG: 48.002.198-3
Endereço: Rua Guaiamú nº 211 Bairro: Santa Maria
Município: São Caetano do Sul CEP: 09560-330 UF: SP
Telefone: 2897-7397 email: marcio_hp2011@hotmail.com
Curso: Tecnologia em Mecatrônica Industrial RA: 012105243

b)
Razão Social / Nome: SPS-BRASIL EXCELENCIA EM AUTOMAÇÃO
INDUSTRIAL LTDA
CNPJ / CEI: 08.619.099/0001-16, Tomador / Obra
Endereço Completo: Rua Formosa, 79, SALA24 – 2º ANDAR
Bairro: Rudge Ramos Município: São Bernardo do Campo UF: SP
CEP: 09626-060 Telefone: 0xx11 4368-3711

c)
Data de admissão: 24 de setembro de 2012
Data de Saída: 19 de Abril de 2013
Setor (es) onde as atividades são realizadas:departamento de produção do
cliente
Gestor imediato: Patrícia Rodrigues de Souza Preto
Email Gestor imediato: patricia.preto@spsbrasil.com
Telefone: 0xx11 4368-3711
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2 RESUMO HISTÓRICO DA EMPRESA

Em 2006 a SPS Brasil foi criada com o objetivo de oferecer soluções em


Automação Industrial para empresas, principalmente no ramo automobilístico.
Prestadora de serviços a SPS Brasil é uma empresa voltada para o
conhecimento tendo como principal a oferecer o capital intelectual da equipe, em
elaboração e execução de projetos. As principais atividades da SPS Brasil são:
- Desenvolvimento de software para controlador lógico programável (CLP);
- Desenvolvimento de software para interface home maquina (IHM)
- Desenvolvimento de sistemas para supervisão
- Padronização de Software
- Projetos elétricos
- Treinamentos
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3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

3.1 Participou do treinamento em programação de CLP

O treinamento em programação de CLP teve como conteúdo a técnica de


programação de passos e os softwares Step-7 da Siemens e também um pouco do
Rslogix5000 da Rockwell.

3.1.1 Técnica de programação em passos

Segundo a apostila de treinamento, a programação em passo é uma técnica


utilizada pela indústria na resolução de problemas de natureza seqüencial. Os
acionamentos, ou seja, a ativação de saídas como motores, atuadores pneumáticos
(pinos, grampos,ventosas), lâmpadas e outros elementos que realizam trabalho,
dependem da etapa da seqüência, ou seja, parte do programa que o sistema se
encontra. Dependendo do sistema automatizado a lógica de intertravamento, ou
seja, técnica essa que preserva a segurança do equipamento e do operador pode
ficar muito extensa, e exige no software de Programação a criação de diversas
memórias auxiliares, o que torna o programa pouco confiável e desorganizado.
Quando a lógica de intertravamento se mostra complicada então se adota a técnica
de passos.
O funcionamento da técnica de passos no software de programação em
ladder se baseia na definição de Bits que indicarão o passo ou estado que o
programa se encontra. Podemos entender que o passo de um programa pode ser
considerado uma etapa do funcionamento do programa. Quando uma etapa ou
passo do programa é atingido o programa avança para uma próxima etapa ou
passo.
A técnica de passos orienta o CLP a ler as condições de entradas. As
entradas podem ser definidas como sensores, botões, fim de curso e etc. Quando as
condições de entrada em uma determinada etapa de funcionamento do programa
são verdadeiras, a linha do programa tem continuidade lógica ativando o bit que
indica a troca de passo e então programa avança para a próxima etapa ou passo. A
transição de um passo para outro se dá através leitura do das entradas do CLP, que
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mediante o recebimento dos sinais, o programa avança o passo. Os acionamentos,


ou seja, a ativação das saídas fica a cargo do próprio passo do programa de CLP.
Suponhamos que em um passo 2 uma saída como um motor tem de ser
ativado. Quando são recebidos os sinais das entradas do passo 1 o programa pula
para o passo 2.No passo 2 o motor é ativado, até que o programa receba os sinais
das entradas referentes ao passo 2.Quando são recebidos os sinais de entrada do
passo 2, o programa avança para o passo 3. Se o motor tem de ficar acionado
apenas no passo 2 e se avança para o passo 3, o motor é desativado.

3.1.2 Step-7 da Siemens e RSLogix 5000 da Rockwell

No treinamento em programação CLP além da empresa orientar sobre a


técnica de programação em passos, orientou-se também dos softwares utilizados
com o Simantic Step-7 da Siemens e o RSLogix 5000 da Rockwell.
Esses softwares são softwares de programação onde a linguagem de
programação utilizada é o Ladder ou diagramas de contatos.
No treinamento foi passado como operar esses softwares, como criar uma
linha, introduzir bits de funcionamento, lógicas de programação, enfim nesse
treinamento abordou de modo geral esses softwares para edição de programas.
7

3.2 Exerceu a prática em programação de CLP

A prática de programação em CLP consiste em colocar na prática o que foi


aprendido no treinamento fornecido pela empresa especialmente a programação em
passos. Foram fornecidos pela empresa alguns exercícios de uma apostila de
treinamento Step-7- Simens para serem feitos, entre eles, um de exemplo utilizando
a técnica de passos.
Segundo esse exemplo para iniciar a resolução por técnica de passos é
necessário primeiramente conhecer o sistema na qual se deseja criar o programa de
CLP que vai controlá-lo. Entender sua seqüência de funcionamento, ou seja, seu
enunciado, como o exemplo abaixo.

Figura 1: Esquema do Transportador do exercício de exemplo.


Fonte: Apostila de Treinamento da empresa

Nesse exemplo sua seqüência de funcionamento inicia-se quando uma caixa


é depositada na cabeceira direita da esteira, atuando o sensor S1. O motor M1 é,
então, posto em funcionamento, movimentando a caixa para a esquerda. A caixa é
transportada e ao atingir a cabeceira esquerda da esteira, é depositada sobre o
acento do cilindro CIL1, atuando o sensor S2, momento este em que a esteira deve
ser parada, ou seja, o motor M1 é desacionado e o cilindro CIL1 é avançado,
elevando a caixa.
Ambos os cilindros (CIL1 e CIL2) são munidos de sensores de
posicionamento, que indicam se o respectivo cilindro está avançado ou recuado.
Assim, quando o cilindro CIL1 é avançado, o cilindro CIL2 é também avançado,
expulsando a caixa do transportador.
Uma vez que ambos os cilindros estejam avançados, ambos os cilindros
devem ser recuados. Concluídos os movimentos de recuo dos cilindros, a presença
8

de outra caixa pode ser verificada na cabeceira direita da esteira, dando início a um
novo ciclo de funcionamento
Compreendendo o funcionamento do sistema e segundo o treinamento
fornecido pela empresa, partilha-se seu funcionamento em passos. Onde em cada
passo tem de possuir quais acionamentos terão, quais entradas definirão a transição
de um passo para outro, descrição dos acionamentos e entradas e etc.
Como aprendido no treinamento nessa etapa é interessante que se crie uma
tabela como á abaixo.

Figura 2: Tabela do Transportador do exercício de exemplo


Fonte: Apostila de Treinamento da empresa

Depois que se criou a tabela de passos, a técnica de passos é implementada


no programa da solução do exercício, através no ladder de bits que indicarão a troca
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de passo, de bits que indicarão os sinais das entradas, bits que indicarão os sinais
das saídas. Exemplo abaixo.

Figura 3: Resolução do exemplo utilizando a técnica de passos aprendida no treinamento


Fonte: Apostila de Treinamento da empresa

Como se pode observar no programa acima, quando se avança para um


passo, utliza-se um bit de SET e um bit RESET. Os sinais das entradas pré-
estabelecidos na tabela faz com que o bit de transição de passo (SET) seja ativado,
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e o bit de transição anterior do passo anterior seja desativado (RESET), fazendo


assim que o programa avance o passo.As saídas (acionamentos) se dão por bits
que indicam o passo que o programa se encontra.
Obs. No programa do projeto da FORD na qual a programação de CLP foi
colocada em funcionamento, ao invés de se utilizar bits de SET e Reset utilizava-se
de uma variável com um valor que corresponde ao passo e através de instruções de
comparação e instruções de movimentação no ladder fazia-se avançar o passo de
uma determinada seqüência do programa
Para continuar com prática a programação CLP foi passado pela empresa 5
exercícios onde um deles era para utilizar a técnica de passos em sua resolução, na
qual era para realizá-los no software de programação Simatic Step-7 da Siemens
com intuito de se habituar a esse software.
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3.3 Colocou em funcionamento a programação em CLP

O funcionamento da programação em CLP compreende o desenvolvimento


da programação no escritório, descarregá-lo nas maquinas do chão de fabrica e em
seguida ajustá-lo conforme as necessidades do projeto.
Colocar em funcionamento a programação em CLP consiste se envolver em
um projeto da empresa propriamente dito. Foi passado pela empresa o projeto na
qual ela já estava inserida para que se ajustasse a programação de CLP e IHM no
chão de fábrica, ou seja, realizar o que se chama de Start-up.
O projeto na qual a empresa estava já inserida era em conjunto com a KUKA
e FORD chamado de B-299 do novo carro da Ford chamado New Fiesta 2013. O
projeto consistia na programação dos CLPs que controlavam as seis células que
iriam montar as 5 portas (dianteiras, traseiras, Porta-malas) e o capuz desse novo
carro.
Nesse projeto cada célula seria responsável por montar uma das portas e o
capuz do carro, de maneira programável e automatizada. Para tal, cada célula era
equipada com estações com dispositivos de fixação e posicionamento (grampos,
pinos, sensores) e robôs que tinham o intuito movimentar de estação em estação a
peça para ser trabalhada, em processos de soldagem, aplicação de Seeler (cola),
aplicação de porcas enfim com o intuito de processar e unir as parte que formam as
portas de modo a se formar a porta montada.
Alem de ajustar a programação do CLP no chão de fábrica, durante o start-up
foi necessário também realizar outras tarefas como: comissionamento de sinais com
o intuito de verificar se os sinais estão chegando ao CLP e configuração de certos
dispositivos do hardware (blocos de rede).
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3.3.1 Desenvolvimento de programação do CLP

Como dito antes o ramo de atividade da empresa é o desenvolvimento de


softwares de programação de Controladores Lógicos Programáveis. Antes da etapa
do start-up ocorreu o desenvolvimento do software no escritório.
Durante o desenvolvimento do software a empresa recebeu do cliente
(KUKA/FORD) o Plano A, o EPLAN e a tabela de redes das maquinas que compõem
as células que montarão as portas e o capuz do carro.
O Eplan consiste num documento onde encontra o projeto elétrico das
células, ou seja, ligações elétricas, eletrônicas de todos os dispositivos elétricos,
eletrônicos e eletromecânicos.
O plano A é um documento onde se encontra o layout, os desenhos e a
descrição da seqüência de funcionamento de todos os dispositivos das estações e
robôs. Essa seqüência de funcionamento do plano A, muitas vezes não esta bem
detalhada e sua construção completa ficará a cargo da experiência do devido
programador.
A tabela de redes ou de IPs consiste em planilhas onde se tem todos os
endereços dos dispositivos e maquina das células, isso para efeito de configuração.
O software do CLP utiliza desses endereços para enviar e receber dados e assim a
célula funcionar.
Além do EPLAN e o plano A e tabela de redes, a empresa recebeu do cliente
(KUKA/FORD) o Padrão de programação que terá que seguir. Nesse projeto o
padrão de programação consistia no DCP Rockwell.
Uma característica interessante desse padrão de programação consiste no
fato de o programa ter um rápido e preciso diagnóstico de falha. Qualquer falha que
ocorre muitas vezes pode ser facilmente visualizada em um display na IHM
(Interface Homem-Máquina), justamente para não ter que ficar abrindo o software do
CLP com muita freqüência, facilitando e agilizando a manutenção da célula
produtiva. Caso haja a necessidade de abrir o software do CLP, a linha de programa
que ocorre o problema é facilmente encontrada por um profissional não tão
especializada na área de programação de CLP.
Depois de recebido o plano A, o EPLAN, tabela de redes e já seguindo o
padrão de programação inicia-se ainda no escritório juntamente com o cliente
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(KUKA) a descrição das seqüências de funcionamento num software de planilha


como o Microsoft Excel.
Seguindo o padrão de programação DCP-Rockwell foram transcritas em
arquivos do Microsoft Excel as seqüências de funcionamento dos manipuladores
(robôs) e das estações, de modo que em cada arquivo do Microsoft Excel
corresponde a uma seqüência de funcionamento seja de um robô ou estação. Nas
planilhas de cada seqüência têm-se os passos e nesses passos tem-se que sinais
de entradas devem ser recebidos e quais acionamentos devem ser realizados.

Figura 4: Parte da planilha de passos de uma seqüência do software do CLP no Microsoft


Excel. Em azul o passo da seqüência e em vermelho os sinais que devem enviados e recebidos.
Fonte: Planilhas do projeto b-299 (Ford)

Em cada arquivo do Microsoft Excel que corresponde as seqüências do


programa além de passos encontramos também planilhas que tem a função de
editar as IHMs.Ou seja botões e mensagens de falhas da IHM são editadas nesses
arquivos do Microsoft Excel para posteriormente ser compiladas e transmitidas ao
software de edição de IHMs (Factory Talk View), coforme pede o padrão DCP
Rockwell.
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Figura 5: Uma parte da planilha


p de falhas de uma seqüência do software
ware do CLP no
Microsoft Excel. Nos
os espaços em branco e/ou coloridos que são editadas as mensagens de falhas
que aparecerão na IHM.
Fonte: Planilhas do projeto b-299 (Ford)

Figura 6: Parte da Planilha de botões de uma seqüência do software do CLP no Microsoft


Excel. Os espaços em Amarelo e Verde correspondem aos botões que serão pressionados na tela
touch screeen da IHM.O espaço em vermelho corresponde a descrição desses botões na IHM.O
IHM.
espaço em azul a pagina da IHM.
Fonte: Planilhas do projeto b-299 (Ford)
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Logo que essas planilhas do Excel são em grande parte desenvolvidas de


acordo com o padrão DCP-Rockwell, então se desenvolve o software do CLP
seguindo o padrão, se baseando nesses arquivos do Excel.

Figura 7: Exemplo de um arquivo no Excel de uma das seqüências de acordo com o Padrão
DCP-Rockwel.Em vermelho as planilhas de passos, de falhas,de botões e outras necessárias ao
funcionamento do software de CLP e IHM
Fonte: Planilhas do projeto b-299 (Ford)

O software do CLP foi desenvolvido no software de programação da Rockwell


Control Logix 5000, utilizando a linguagem Ladder. No padrão DCP Rockwell o
programa é constituído por seqüência e esta por rotinas.
No software do CLP as seqüências são partes do programa. Divide-se em
seqüência dos manipuladores que consistia nos robôs das células e nas seqüências
das estações que consistia nos dispositivos onde ocorreria os trabalhos nas peças
do processo. Geralmente para cada robô, tinha uma seqüência de manipulação e
para cada estação uma seqüência.
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Figura 8: Exemplo de seqüências no software Control Logix 5000


Fonte: Software de programação do projeto b-299 (Ford)

As rotinas
nas constituem as seqüências e elas correspondem aos
os dispositivos
das estações e robôs como grampos, pinos, sensores, botões e outros,
outros também
sinais que são trocados entre estações e robôs. Nas rotinas têm-se
se a programação
em ladder utilizando a técnica dos passos conforme os arquivos no Excel.
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9 Exemplo de rotinas no software Control Logix 5000


Figura 9:
Fonte: Software de programação do projeto b-299 (Ford)

Em cada passo no ladder o programa verifica as condições de entradas e


aciona as saídas. Se em um determinado passo algum sinal de entrada
entrada não chegou,
por exemplo, devido a um mau-funcionamento
mau funcionamento de um sensor a rotina não avança
para o próximo passo e por conseqüência a seqüência não tem continuidade e essa
parte do programa, ou seja, essa seqüência trava e gera-se
gera se uma falha.
Quando surge uma determinada falha um determinado bit no software do CLP
é ativado.
Os bits de falhas do software de CLP estão ligados a IHM por uma
identificação, ou seja, uma tag.Essa tag esta presente no software do CLP e no
software da IHM.Ao mesmo tempo que o bit é ativado no CLP,, a mensagem é
mostrada na IHM.Vale ressaltar que não é somente falha e sim qualquer mensagem
que é mostrada na IHM esta ligada ao CLP por meio de uma tag de falha.
falha.Se
necessário abrir o software do CLP o profissional da manutenção consegue
rapidamente chegar à rotina da determinada seqüência e no bit em que ocorreu a
falha.
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3.3.2 Comissionamento de sinal

O Comissionamento de Sinal ou Teste de I/O corresponde uma das fases


iniciais do Start-up.Consiste em descarregar o programa desenvolvido do escritório
nas maquinas do cliente e na verificação pela empresa de CLP se os sinais das
entradas e saídas estão chegando ao software.Com o teste de I/O é possível
também, verificar se o hardware esta funcionando corretamente.
As entradas e/ou saídas que são verificadas na maioria dos casos, consistem
em sinais provenientes de grampos, pinos, sensores, botões de emergências e
outros que são encontrados em estações e garras de robôs em células robotizadas.
Os grampos e pinos são dispositivos mecânicos que dotados de cilindros
pneumáticos tem a função de posicionar e prender as peças de um determinado
processo. Estes dispositivos possuem um par de sensores cada, que através do
sinal indicam se estão ativados, ou seja, grampo fechado e/ou pino avançado ou se
estão desativados grampo aberto e/ou pino recuado.
Já os sensores de peça têm a função de indicar se há ou não a presença de
peça em uma estação ou garra do robô.
O Teste de I/O era necessário quando o hardware da célula já estava em
condições de rodar, ou seja, funcionar. Isso ocorria depois que as equipes de
instalação elétrica e mecânica em geral terminavam seu serviço.
Para comissionar o sinal dos dispositivos descritos acima se deve no
software:
-Procurar a respectiva seqüência e rotina do programa que se encontra a
respectiva entrada ou saída que se deseja comissionar
- Fisicamente e Manualmente ativar e desativá-las
-E a cada ação acima verificar se o sinal chega ou não no software.
Caso o sinal do dispositivo não chegasse no software, era necessário verificar
se o software do CLP estava correto.Caso não, ajustá-lo e tentar o teste de I/O
novamente.Caso o software estivesse correto o problema era hardware geralmente
instalação.Caso não se conseguisse resolver chamar alguém especializado da
instalação para que resolvesse o problema.E posteriormente tentar o teste de I/O
novamente.
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3.3.3 Ajuste da programação do CLP

Os ajustes na programação CLP compreendem as alterações no chão de


fábrica feitas no software do CLP e/ou mesmo da IHM desenvolvidos no escritório,
com o intuito de adequar a programação as necessidades do projeto, ou seja, do
cliente.
Foram vários os ajustes desde retirar rotinas de dispositivos que não se
utilizavam mais até criar rotinas novas principalmente no que se refere aos robôs.
Quando um determinado dispositivo é retirado ou acrescentado fisicamente de uma
determinada estação ou garra de um robô, sua rotina tem de ser retirado ou
acrescentado no software e também no arquivo do Excel referente à seqüência de
determinada estação, isso para efeito de organização, já que tanto o software e a
planilha têm de ser entregue no final do projeto.
Além de acrescentar e/ou retirar rotinas, foi necessário ainda, alterar a lógica
de programação, alterar tags de bits, e acrescentar e retirar bits que compunham as
diversas rotinas das estações e robôs além de outros ajustes da programação
executadas no software do CLP no chão de fábrica (start-up).
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Figura 10: Programação Ladder que constitui uma rotina. Durante o Start-up muitos dos
ajustes ocorridos ocorreram no ladder de diversas rotinas.
Fonte: Software de programação do projeto b-299(Ford)

Muitas rotinas que foram alteradas pertenciam as seqüências dos robôs.


Essas rotinas estavam relacionadas às funções de soldagem dos robôs como troca
de eletrodo, fresagem do eletrodo, aplicação de sealer (cola) e outras. Tanto as
funções de soldagem e de aplicação de sealer tinham a finalidade de união das
partes da porta do carro, e varias de suas rotinas adquiriam funcionalidade durante
start-up.
Outras rotinas que também foram bastante alteradas no start-up eram as
relacionadas ao monitoramento do funcionamento do hardware pelo CLP e
mostrados na IHM. Nessas rotinas era necessárias alterações tanto no software do
CLP quanto nas planilhas do Excel e no software de edição de IHM , para assim o
CLP pudesse monitorar os dados de funcionamento do hardware e exibi-los na IHM
para assim ser vistos por alguém que iria operar a célula.
Além do funcionamento do software do CLP e por conseqüência da célula
produtiva, os ajustes do programa do CLP eram necessários para se alcançar o
tempo de ciclo das células.
21

O tempo de ciclo seria o intervalo de tempo necessário para as células


montarem uma porta. Esse tempo logicamente dependia das tarefas dos robôs e
das estações. Todas as tarefas dos robôs e estações eram cronometradas pelo CLP
e mostradas na IHM. Dava-se uma atenção especial aos robôs, já que as trajetórias
tinham que ser constantemente alteradas pelos robotistas para se chegar no tempo
estipulado. Na parte de CLP as alterações ficavam limitadas a alteração de bits de
liberação entre robôs e estações, ativação e/ou desativação de certos grampos,
pinos de estações e garras de robôs no software com o intuito na melhora do tempo
de ciclo.

3.3.4 Configuração de dispositivos de redes

Os sinais das entradas dos sensores dos grampos, pinos, peças e fim-de-
curso e os sinais das saídas como motores, grampos, pinos são recebidos e
enviados no CLP por meio de redes industriais. Em algumas ocasiões uma das
causas do não recebimento do sinal de um dispositivo durante o comissionamento
de sinal era a não configuração correta dos dispositivos de redes de acordo com a
planilha de rede recebida do clienteou EPlan.
Essas redes industriais têm a função de levar os dados dos dispositivos das
estações e robôs ao CLP e IHMs, e do CLP e IHM aos dispositivos das estações e
robôs. As redes na qual se teve contato no chão de fábrica foram ethernet,
DeviceNet e fieldbus.
Para essas redes realizarem a comunicação entre as estações, robôs, CLP e
IHM de uma célula, utilizam-se de vários dispositivos, entre eles os blocos etap,
switche , safety, ilha de válvula, molex, onde cada um desse dispositivos de rede
tem de ser configurados no software de modo a fazer a rede funcionar
corretamente.
Alguns dispositivos como a ilha de válvula (equipamento onde estão
conectadas as válvulas e sensores dos dispositivos), molex (dispositivo onde estão
conectados os sensores), safety (controladores responsáveis pelas segurança)
configuravam-se apenas olhando no EPLAN a pinagem do dispositivo ou mesmo o
numero de IP para se alterar no display,já outros como o etap, stratix era necessário
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conectar o notebook entrar no software do dispositivo e configurá-lo alterando seu IP


de acordo com a tabela de redes ou EPLAN.

3.4 Participou de treinamento em supervisório

Os supervisórios são sistemas na qual se permite que informações de um


processo produtivo ou instalação física possam ser monitoradas e rastreadas. Essas
informações são coletadas por equipamentos de aquisição de dados, e em seguida,
manipuladas, analisadas, armazenadas e posteriormente, mostradas ao usuário
através de um display ou IHM.
O treinamento em supervisórios dado pela empresa teve como conteúdo, as
IHMs (Interface Homem Máquina) e o software de edição de IHMs o Factory Talk
View da Allen Bradley, software esse que já estava sendo utilizado no projeto
(Ford/KUKA)

3.4.1 IHM (Interface Homem Máquina)

A IHM ou Interface homem máquina consiste em um visor ou display por onde


alguém pode interagir com a célula do processo. É uma espécie de ponte entre as
máquinas do processo, no caso nossa célula de manufatura e o usuário, que pode
ser um operador da célula ou mesmo alguém da manutenção do cliente no caso a
FORD.
A célula pode ser monitorada e controlada pelo usuário através da IHM.
O monitoramento se dá através do CLP que monitora os estados dos
dispositivos das estações e robôs, que conforme se avançam os passos das
seqüências do programa, os transmitem em tempo real á IHM para ser visualizados
pelo operador ou alguém da manutenção.
Segundo o padrão DCP-Rockwell da Ford os problemas que afetam o
funcionamento da célula devem ser visualizados pela IHM de modo que não
necessite na maioria das vezes que o técnico da manutenção fique abrindo o
software do CLP para se checar a o problema, facilitando e agilizando a manutenção
da célula.
23

A célula pode ser controlada pelo usuário através do posicionamento da


chave da IHM em modo automático para manual e pressionado os botões da tela
touch-screen, por onde se consegue alterar o passo da seqüência, ativar
dispositivos, rotinas e outras tarefas que permitem a interação com a célula.
As operações executadas em manual pelo usuário na célula pode ser
consideradas seguras, pois de acordo com o padrão DCP-Rockwell, o CLP monitora
constantemente as condições do programa a procura de falhas e mesmo se usuário
cometer algum equivoco, o CLP trava-se a seqüência ou todas as seqüências da
célula e envia uma mensagem de falha á IHM.

3.4.2 Factory talk view 6.0

No treinamento em supervisórios a empresa deu ênfase no software da Allen


Bradley o Factory Talk View. Esse software tem o intuito de criar e editar a IHM.
Assim como a programação CLP, a confecção e edição de IHMs é de acordo com o
pré-estabelecido padrão do cliente (KUKA/FORD) que no caso é o padrão DCP
Rockwell.
No treinamento foi passado como operar esses softwares, como criar e editar
um projeto, alterar tags que identificam dispositivos na planta, introduzir mensagens
de falhas, mensagens de alertas, botões já previamente editadas no Microsof Excel,
lógicas de programação, enfim nesse treinamento ensinou-se como usar de modo
geral esse software para edição de IHMs.
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3.5 Realizou acompanhamento de produção

O acompanhamento de produção é a fase final do projeto de automação de


uma célula do cliente (FORD).
Durante as fases anteriores do projeto colocava-se a célula em
funcionamento não apenas para se ajustar o software do CLPe IHM mas também
para fabricar para ao cliente (FORD) alguns lotes de peças (portas montadas).Esses
lotes de peças eram inspecionados pelo departamento de qualidade do cliente e
quando necessitava de algum ajuste no programa eles nos avisavam para assim
agente ajustá-lo. Dificilmente uma falha do software do CLP estava relacionada a
algum tipo imperfeição na peça, sendo os problemas mais comuns eram ajustes
mecânicos e pneumáticos.
Nessa fase as peças que passaram por essas células já foram rigorosamente
inspecionadas a procura de alguma falha.
No acompanhamento de produção o tempo de ciclo já foi em grande parte
aproximado e a peça que será produzida já esta ajustada e esta pronta para chegar
à mão do consumidor. Conforme a produção começa a empresa de programação de
CLP tem de ficar atenta á alguma falha de software ou mesmo de Hardware que
pudesse parar o sistema. Quando estas surgissem tinham que ser resolvidas
imediatamente. Caso fosse uma falha que não interferissem na produção era
estudada e resolvida posterior a produção.
Na fase de acompanhamento de produção além de executar e também
monitorar o sistema automatizado a procura de falhas de software e hardware,
também era necessário instruir os profissionais do cliente que iriam operar a célula
que faria as portas, orientando sobre a seqüência de funcionamento da estação de
abastecimento, o modo que ele deveria abastecer a estação e também orientações
com relação à segurança.
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3.6 Compareceu alguns sábados por iniciativa própria

Com o intuito de colocar em prática o conhecimento do treinamento em


supervisórios e colocar em funcionamento a IHM optou-se além dos dias de
segunda-feira á sexta-feira comparecer aos sábado para aprimorar tal conhecimento
de modo dedicar exclusivamente a edição da IHM, pois nos outros dias era mais
difícil de se dedicar a tal tarefa por falta de tempo.
O software da IHM geralmente é confeccionado juntamente com programa do
CLP no escritório, utilizando as planilhas do Microsot Excel e um software específico
de edição.Nesse projeto utilizou o Factory Talk View para a confecção da IHM.
Nessa fase de startup o arquivo inicial já vem com algumas partes prontas, porem
assim como o software do CLP, precisava de ajustes no chão de fábrica para
adquirir funcionalidade. Esses ajustes consistiam em criar novas mensagens de
falha para monitoramento e novos botões para a interação entre o usuário e a célula,
ou seja, controle do processo.
Durante a semana no período em que se colocava a célula em funcionamento
não se podia interromper o funcionamento da célula especialmente no
acompanhamento de produção para descarregar o software na IHM, após a edição,
pois assim afetaria a produção.
Nesse período anotavam-se as falhas e botões que precisavam ser editados
conforme se analisava a IHM durante o funcionamento da célula e as editava na
planilha do Excel alterando os botões e as mensagens de falhas.
Depois de alterar (acrescentar ou retirar) as mensagens de falhas, na planilha
referente a falhas, e botões na planilha referente aos botões no respectivo arquivo
em Excel da seqüência,abre-se uma planilha de nome “DATA” e pressiona-se um
botão nessa planilha, o “Generate Versaview Message File”, para se gerar um
arquivo
26

Figura 11: Exemplo de um arquivo no Excel de uma das seqüências de acordo com o Padrão
DCP-Rockwel. Em vermelho a planilha “DATA” e o botão “Generate Versaview Message File”,
Fonte: Planilha de treinamento da Rockwell

Esse arquivo gerado é então transferido para o software de Edição de IHM


Factory Talk View e através desse software, gera-se o arquivo atualizado e
modificado que vai ser executado na IHM
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Figura 12: Exemplo de uma seqüência na tela da IHM. Em vermelho uma mensagem de
falha, editado na planilha de falha. Em azul os botões editados na planilha de botões.
Fonte: Planilha de treinamento da Rockwell
28

4 CONCLUSÃO

No dia-a-dia do trabalho, foram usados boa parte dos conhecimentos


adquiridos, nas disciplinas da Faculdade de Tecnologia Termomecânica.
Um conhecimento que foi amplamente usado em todas as atividades
desenvolvidas no trabalho, foi a linguagem Ladder, visto na disciplina de
Controladores Programáveis da FTT.
Durante a execução das atividades, houve um intenso contato no trabalho,
com o que foi aprendido na sala de aula com relação ao Ladder, desde a simbologia
até lógicas de programação, usados para:
-colocar em funcionamento a programação CLP (ajuste da programação CLP,
comissionamento de sinal, configuração blocos de redes);
-treinamento da programação de CLP (para o entendimento da técnica de
programação em passos) e
- prática de programação de CLP (na execução dos exercícios do
treinamento).
Não foi apenas a disciplina de Controladores Programáveis da FTT utilizadas
no trabalho. Durante o Start-up, ou seja, quando a programação em CLP foi
colocada em funcionamento outras disciplinas também foram utilizadas.
No comissionamento de sinais, por exemplo, quando ocorria de um sinal não
chegar ao software, tinha que se encontrar a causa do problema. Para isso, era
freqüente utilizar-se do EPLAN. Para se entender os esquemas elétricos das
ligações do hardware no EPLAN, foram necessários conhecimentos das disciplinas
de eletricidade aplicada e eletrônica vistos na FTT. Ainda durante o
comissionamento quando se desejava ativar e desativar manualmente alguma
válvula de um dispositivo pneumático como grampo, pino, ventosa da célula para se
verificar o sinal, foram usados conhecimentos a respeito de válvulas pneumáticas,
filtros de ar, compressor e outros aprendidos na disciplina de Automação
pneumática e hidráulica.
Durante o start-up quando se desejava encontrar algum dispositivo ou painel
de algum componente do hardware da célula, também era necessário recorrer ao
EPLAN, e um pouco do que foi aprendido, com relação à leitura e interpretação de
desenho técnico, na disciplina de Desenho Técnico e CAD foi em grande parte útil.
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Durante os ajustes de programação para se criar lógicas de programação, ou


mesmo ajustar as rotinas dos robôs relacionados à fresagem do eletrodo ou mesmo
soldagem, previamente tinha-se que ter noção desses processos o que tinha
acontecido na disciplina de Operações de usinagem e soldagem na FTT.
No start-up, ainda durante os ajustes de programação, alguns termos como
HOME (indica a posição de descanso de um robô) ou mesmo o funcionamento de
um robô manipulador foram úteis no chão de fábrica e a noção desses termos foi
adquirida na disciplina de robótica
No dia-a-dia do trabalho lidavam-se também com conceitos de célula de
manufatura, estações de trabalho, processo entre outros, conceitos esses visto na
disciplina de Sistemas de Manufatura, úteis seja no ajuste da programação ou
mesmo para orientar algum profissional de manutenção da Ford.
Além de utilizar boa parte dos conhecimentos aprendidos na FTT, durante o
trabalho também foi possível adquirir outros conhecimentos.
Entender o funcionamento de uma empresa de software, quais etapas que
levam ao funcionamento de software de uma célula ou máquina do cliente, foram
conhecimentos adquiridos durante o trabalho. Entender que os softwares de CLP e
IHM não são desenvolvidos de uma maneira qualquer utilizando uma lógica qualquer
e sim seguindo um padrão de programação seja da empresa onde se executará o
serviço ou mesmo a empresa de software foram conhecimentos provenientes do
trabalho.

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