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O seminário discutiu a Doutrina dos Afetos no Renascimento e Período Barroco, explicando o conceito de afeto, contextualizando historicamente o período e apresentando pensadores como Descartes, Mattheson e suas obras que teorizaram sobre a relação entre música e emoções. O grupo também apresentou tabelas comparando como diferentes teóricos associavam cada tonalidade a um determinado afeto.
O seminário discutiu a Doutrina dos Afetos no Renascimento e Período Barroco, explicando o conceito de afeto, contextualizando historicamente o período e apresentando pensadores como Descartes, Mattheson e suas obras que teorizaram sobre a relação entre música e emoções. O grupo também apresentou tabelas comparando como diferentes teóricos associavam cada tonalidade a um determinado afeto.
O seminário discutiu a Doutrina dos Afetos no Renascimento e Período Barroco, explicando o conceito de afeto, contextualizando historicamente o período e apresentando pensadores como Descartes, Mattheson e suas obras que teorizaram sobre a relação entre música e emoções. O grupo também apresentou tabelas comparando como diferentes teóricos associavam cada tonalidade a um determinado afeto.
O primeiro tópico do seminário foi de finalidade bastante descritiva e foi formulado
com a pergunta “o que é a doutrina dos afetos?”. O grupo explicou que a doutrina dos afetos desenvolveu-se no final do renascimento e durante todo o período barroco. Em seguida, elucidações filosóficas foram feitas sobre o tema, caracterizando o afeto como “tudo aquilo que mexe comigo” e parafraseando com Espinosa. Nesse momento, foi feita uma contextualização histórica do renascimento, evidenciando a descoberta dos mistérios cosmológicos e o desenvolvimento da ciência nesse período. Foi abordado, então o conceito de retórica e ouvimos uma composição de Purcell feita ao Rei Arthur após sua morte. Alguns exemplos de figuras de retóricas foram citados, como o gradatio, repetição de algo que já foi dito, ascenção. O grupo discorreu também sobre um modelo de como uma composição costumava ser feita, levando em conta a inserção dos afetos. No fim do século XIX, considera-se que a retórica passa a não existir mais nas composições. Ouvimos, então, um trecho do oratório A Paixão Segundo São Matheus, e as cantatas 60, 61 e 95 de Bach. A título de contextualização, foram abordados pensadores contemporâneos ao período barroco, iniciando com Descartes, que escreveu o livro Compendium Musicae em 1618, um dos livros mais lidos sobre a matemática da música na segunda metade do século XVII, que trata da música pela razão e pela mensuração matemática da afinação dos modos. O segundo livro apresentado desse autor, As Paixões da Alma, sua última obra, foi elaborada em 1649. Trata-se de uma teorização das paixões (emoções, como tratadas na idade moderna) e a distinção entre Corpo e Alma (dualismo cartesiano). Outros teóricos citados de maneira mais sucinta foram Joachim Quantz, Jean-Philippe Rameau e Marc-Antoine Charpentier. Em seguida, o grupo discorreu sobre Johann Mattheson, compositor, escritor, lexicógrafo (dominava a técnica de escrita e feitura de dicionários), diplomata e teórico alemão. Mattheson relatou sua vida em Einer Grundlage Ehren-Pforte, livro de 1740. Em sua infância, teve uma formação linguística e musical em Johanneum, onde aprendeu italiano, francês, inglês e composição musical. Nesse período, fez estreia com a ópera de Hamburgo, quando fez papel de soprano. De sua obra, ouvimos uma ária da ópera Cleopatra. Ouvimos um trecho da ópera Almira de Händel, a fim de contextualizar uma “fofoca histórica” entre esse compositor e Mattheson.. Das obras literárias de Mattheson, o grupo abordou Mestre de capela perfeito de 1739, sua obra mais complexa; A Orquestra Recém Inaugurada, de 1713, em que, dentre outros assuntos, as tonalidades, em relação aos afetos, foram discutidas. A partir desse livro, foi feita uma tabela de relação entre as tonalidades e os afetos segundo Mattheson, em que cada tonalidade é associada a um afeto específico. O grupo apresentou também uma tabela, agora comparando a concepção de cada tonalidade segundo Mattheson, Quantz, Rameau e Charpentier em relação aos afetos. Finalizando o seminário, ouvimos exemplos de afeto em composições de François Couperin.