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Um supervisor visitou uma escola fundamental. Em seu trajeto, observou algo que lhe
chamou a atenção: Uma professora estava entrincheirada atrás de sua mesa na sala de
aula. Os alunos faziam a maior algazarra. O quadro era caótico. Decidiu, então, se
apresentar:
- Com licença, sou o Supervisor... Algum problema?
- Estou completamente perdida, senhor. Não sei o que fazer com estas crianças... Não
tenho lâminas de apresentações, não tenho livros, o ministério não envia sequer o mínimo
material didático, não tenho recursos eletrônicos, não tenho nada novo para lhes mostrar,
nem o que lhes dizer.
O Supervisor, que era um docente de alma, viu uma rolha sobre o escritório, a tomou e,
com serenidade oriental, falou com as crianças:
- Alguém sabe o que é isto?
- Uma rolha!!! - Gritaram os alunos surpresos.
- Muito bem! E de onde vem a rolha?
- Da garrafa. Uma máquina as coloca. - De uma árvore, da cortiça, da madeira -
respondiam as crianças animadas.
- E o que dá para fazer com a madeira? - continuava entusiasta o docente.
- Cadeiras, uma mesa, um barco...
- Muito bem, então teremos um barco. Quem se anima a desenhá-lo? Quem faz um mapa
na lousa e indica o porto mais próximo para o nosso barquinho? Escrevam a qual Estado
brasileiro corresponde. E qual é o outro porto mais próximo que não é brasileiro? A qual
país corresponde? Alguém lembra que personagens famosos nasceram ali? Alguém lembra
o que produz esse país? Por acaso, alguém conhece alguma canção desse lugar? E assim
começou uma aula variadíssima de desenho, geografia, história, economia, música, etc...
A professora ficou muito impressionada. Quando a aula terminou, comovida, disse ao
Supervisor:
- Senhor, nunca esquecerei a valiosa lição que hoje me ensinou. Muitíssimo obrigada!!!
O tempo passou. O Supervisor voltou à escola e procurou pela professora. A encontrou
novamente encolhida atrás da mesa em sua sala de aula.
Os alunos, outra vez, em desordem total.
- Mas, professora, o que houve? Lembra de mim?
- Mas é claro, como poderia esquecê-lo? Que sorte que o senhor voltou. Não encontro
aquela rolha. Onde a deixou?
Moral da história: Quando alguém não tem vocação para o que deve realizar, nunca vai
achar a rolha!
Professora da PUC-SP
Cada época se impõe e nos desafios diante dos quais nos sentimos, muitas
vezes, despreparados. No século que findou, constatamos a todo momento indícios
de mudança nos diferentes campos do conhecimento, nas organizações sociais e
nas diferentes culturas e sociedades. Eles têm chegado até a escola, levantando
questionamentos que demandam reflexões e sobre os quais o coletivo da escola
precisa se debruçar. Temos aqui um dos motivos pelos quais a mudança tem sido
um tema recorrente para os educadores.
Quem deve educar este homem e como fazê-lo no atual contexto que se
configura, assumindo-se como sujeitos e objeto dessas mudanças? E que espécie
de mudanças são essas? Para onde se dirigem?
Falo aqui do compromisso com a formação do homem transformador, aquele
capaz de analisar criticamente a realidade, desvelando seus determinantes sociais,
políticos, econômicos e ideológicos, protagonista da construção de uma sociedade
justa e democrática, superador dos determinantes geradores de exclusão.
A escola, espaço originário da atuação dos educadores, mantém uma
relação dialética com a sociedade: ao mesmo tempo em que reproduz, ela
transforma a sociedade e a cultura. Os movimentos de reprodução e transformação
são simultâneos. As práticas dos educadores, que ocorrem na escola, também se
apresentam dialéticas, complexas. Desvelar e explicitar as contradições subjacentes
a essas práticas são alguns dos objetivos do trabalho dos coordenadores, quando
planejado na direção da transformação.
Essas posições permitem-nos afirmar que as inovações, no campo
educacional, seja no âmbito das idéias, seja no dos materiais, incidem sobre as
pessoas envolvidas nesse processo, e portanto serão elas, professores,
coordenadores e demais funcionários da escola, os agentes responsáveis pelos
processos de mudança que poderão ocorrer. São elas que, ao mesmo tempo em
que sofrem o impacto, podem protagonizar as mudanças. Com isso quero dizer que
as transformações em questão são um trabalho de autoria e de co-autoria, no qual o
discurso oficial, a pressão do ambiente não são suficientes para desencadear esses
processos. É necessário que haja adesão, a revisão das concepções, o
desenvolvimento de novas competências e a conseqüente mudança de atitudes dos
envolvidos no processo. Mudar é portanto trabalho conjunto dos educadores da
escola e supõe diálogo, troca de diferentes experiências e respeito à diversidade de
pontos de vista.
Levar os educadores à conscientização da necessidade de uma nova
postura é, a meu ver, acreditar na possibilidade de transformar a realidade e
também acreditar na escola como um espaço adequado para isso, dado que, assim,
por meio de um movimento dialético de ruptura e continuidade, poderá cumprir sua
função inovadora.
O desafio aos professores pode ser provocado pelas expectativas dos alunos
em relação ao curso, por uma proposta nova de trabalho, pelas ações do
coordenador e/ou pelas interrogações advindas de seu trabalho. Todas essas
situações provocam a desinstalação do professor, o que possibilita novos olhares,
geradores de novas ações. “Cada desafio traz em si o germe da mudança” (Placco,
1994: 107). Desencadear um trabalho de acompanhamento da ação docente, que
privilegie a reflexão crítica da prática do professor, movimenta-o para a mudança,
enquanto pesquisador de sua própria prática, a partir dos interesses e interrogações
nela/por ela suscitados.
Viver num cenário de mudanças não tem sido nada confortador para o
educador, principalmente para o coordenador, que faz nela/dela seu foco de ação,
sua parceria de trabalho. Trabalhar no sentido do “ainda não” do “por vir” nos
desafia e angustia, pois visualizamos as possibilidades de mudança sob a ótica do
possível, ou seja, a nova realidade embrionária desejada. Esse movimento se dá a
partir de situações concretas do educador que, consciente de seu papel e de sua
sincronicidade, imprimirá direção á sua ação.
O coordenador/educador será um agente transformador na medida em que
transformar a si mesmo, por conseqüência, á realidade.
Referências bibliografias
NÓVOA, A (org). Profissão professor. 2ª Ed., Portugal, Porto Ed. (Coleção Ciências
da Educação)
RIOS, Terezinha A. (1994). Ética e competência. 2ª Ed., São Paulo, Cortez (Coleção
Questões da Nossa Época), vol.16).
Eixo – Educação
da Infância Agência Financiadora: não
contou com financiamento
Resumo
ISSN 176-1396
Introdução
2 O Programa Proinfância tem por objetivo disponibilizar aos municípios e ao Distrito Federal
escolas de Educação Infantil a partir de um projeto estrutural padronizado, bem como todo o
mobiliário. Entre os anos de 2014 e 2016 disponibilizaram-se formações aos municípios que
haviam recebido o Programa. O município de Erechim/RS, participava com suas
representantes das escolas e Secretaria Municipal de Educação em encontros no próprio Rio
Grande do Sul, nas cidades de Santa Maria e Passo Fundo, destacando que algumas
formações deram-se nos próprios municípios com as formadoras adentrando nesses espaços.
Ao findar o trabalho...
REFERÊNCIAS