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Pergunta:
Dr. Craig,
Obrigado por sua ajuda em tudo que você faz para mostrar a verdade que está em
Cristo.
Na verdade eu só tenho uma pergunta, e, para ser franco, ela me frustra inúmeras vezes.
Acontece quase todas as vezes que eu debato cristianismo com alguém.
A pergunta, “Jesus é um mito copiado ou uma pessoal real?” é a fonte de objeção que
eu recebo a maioria das vezes. Eles listam todas as similaridades entre Jesus e outros
deuses e constelações mitológicos e dizem “Vê como são parecidos?”
Parece que não importa como eu refuto certa similaridade entre Cristo e outra crença
mitológica, eles não levam muito a sério o que digo, porque respondem que “eu tenho
trabalhado muito duro para salvar minha religião.”
Esses argumentos são sólidos? Eles sequer são debatidos nos altos níveis acadêmicos
ainda?
Eu realmente gostaria de saber sua visão nesse ponto, pois continuo trombando nisso e
francamente estou cansado de tentar refutar cada similaridade. Kevin
responde:
Algumas vezes essa mudança é referida como a “rejudaização de Jesus.” Pois Jesus e
seus discípulos eram judeus do primeiro século, e é contra esse pano de fundo que
devem ser compreendidos. A rejudaização de Jesus tem ajudado a tornar injustificado
qualquer compreensão do retrato dEle nos Evangelhos como influenciado
significativamente pela mitologia.
O próprio Mettinger acredita que mitos de deuses que morriam e ressurgiam existiram
nos casos de Dumuzi, Baal e Melqart; mas reconhece que tais símbolos são bem
diferentes da antiga crença cristã na ressurreição de Jesus:
“Os deuses que morriam e ressurgiam estavam muito ligados ao ciclo sazonal. Sua
morte e retorno eram vistos como refletidas nas mudanças nas plantas. A morte e
ressurreição de Jesus é um evento único, não se repete, e não está ligado às mudanças
sazonais… Não existe, pelo o que eu sei, nenhuma evidência clara que a morte e
ressurreição de Jesus são uma construção mitológica, baseada nos mitos e ritos dos
deuses sazonais das nações vizinhas. Enquanto for estudada com proveito contra o pano
de fundo da crença da ressurreição judaica, a fé na morte e ressurreição de Jesus
mantém seu caráter único na história das religiões. O mistério continua (Ibidem, pg
221).”
Mas, de certo modo, tudo isso é irrelevante à sua pergunta principal, Kevin. Pois, como
você mostrou, as pessoas com que você conversa não têm acesso aos estudos. Quando
você mostra a elas a ilegitimidade das similaridades alegadas, então é acusado de “ter
trabalhado muito duro para salvar sua religião.” Essa é uma situação que você não pode
vencer. Então, estou inclinado a dizer-lhe que você não deveria ocupar-se em “tentar
refutar cada similaridade.” Antes, eu acho que uma atitude mais genérica e
desinteressada de sua parte pode ser mais eficaz.
Quando eles disserem que as crenças cristãs sobre Jesus vieram da mitologia pagã, eu
acho que você deveria rir. Então olhe para eles com os olhos arregalados e um grande
sorriso e diga, “Vocês realmente acreditam nisso?” Aja como se tivesse acabado de
conhecer alguém que acredite na terra plana ou na conspiração de Roswell. Você podia
dizer algo do tipo, “Cara, essas velhas teorias estão mortas há mais de cem anos! Da
onde você está tirando isso?” Diga-lhes que isso é apenas lixo sensacionalista e não
estudos sérios. Caso insistam, então peça a eles que lhe mostrem as próprias passagens
que narram a suposta similaridade. São eles que estão nadando contra o consenso dos
estudos, então faça-os trabalhar duro para salvar a religião deles. Eu acho que você
descobrirá que eles nem se quer leram as fontes originais.
Se eles chegarem a citar um trecho de uma fonte, eu acho que você ficará surpreso com
o que verá. Por exemplo, no meu debate sobre a ressurreição com Robert Prince, ele
dizia que as curas que Jesus fez vieram dos relatos mitológicos de curas, como as de
Esculápio. Eu insisti que ele lesse a todos uma passagem das fontes originais mostrando
a suposta similaridade. Quando ele leu, o que alegava não tinha nada a ver com as
histórias dos Evangelhos sobre as curas de Jesus! Essa foi a melhor prova que a origem
das histórias não estava relacionada.
Lembre-se: qualquer um que insiste nessa objeção tem de suportar o ônus da prova. Ele
precisa mostrar que as narrativas são paralelas e, além disso, que são causalmente
ligadas. Insista que eles suportem esse ônus, caso você leve as objeções deles a sério.