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Análise Psicológica (1992), 4 (X): 531-541

O Teste de Associação de Palavras na Psi-


cologia e Psiquiatria: História, Método e
Resultados
THOMAS MERTEN (*)

i. HIST~RIA te de Wundt, Kraepelin (1896),tão interessado


em usar métodos psicométricos, introduziu o
São poucos os métodos psicológicos que, dum teste na Psiquiatria. As obras dele e do seu
ponto de vista histórico, estejam tão intimamen- aluno Aschaffenburg (1896) prepararam o ca-
te ligados ao desenvolvimento da Psicologia e da minho para os «Diagnostische Assoziationsstu-
Psiquiatria como o teste de associação de pala- dien» (Estudos Diagnósticos de Associação) de
vras. A American Psychiatric Association (1980) Carl Gustav Jung (1906, 1910) - o criador da
define, no seu glossário psiquiátrico, a «associa- Psicologia Analítica -, estudos estes em que
ção» como «a relação entre ideias ou emoções Bleuler (1906) já participou.
através da contiguidade, continuidade ou seme- Em contraste com Freud que, em colaboração
lhança» (p. ll).’ com Breuer, introduzira em 1895 a ((associação
Aristóteles é considerado o primeiro a tratar o livre» como método terapêutico (Breuer &
I
tema da associação. As suas ideias pode cha- Freud, 1895; Freud, 1896), a experiência da
mar-se «teoria associacionista da memoriza- associação foi para Jung um meio de diagnósti-
ção»,’ como Popper o fez (Popper & Eccles, co para revelar os «complexos».
1977,p. 195). A tradição filosófica do conceito
da associação de ideias abrange nomes famosos Quando Eugen Bleuler (1911), com a sua obra
como Descartes, Hobbes, Leibniz e h c k e (cf. pioneira Dementia praecox oder Gruppe der
Rapaport, 1974). Na medida em que a Psicolo- Schizophrenien (Demência precoce ou grupo das
gia se tomou uma ciência autónoma (o primeiro Esquizofrenias) chamou a atenção dos especia-
instituto psicológico do mundo foi fundado em listas psiquiátricos para a «perturbação esquizo-
Leipzig há pouco mais de cem anos) iniciou-se frénia das associações», iniciou com isso a tra-
também a investigação experimental de associa- dição de investigar perturbações do pensamento
ções. em psicóticos. As enormes esperanças que Bleu-
Foi Francis Galton (1879/80) o primeiro a ler tinha com a utilização diagnóstica deste mé-
construir uma lista de palavras de associação todo, foram descritas por ele da seguinte forma:
e logo se lhe seguiram experiências de Ebbing- «Neste momento, diagnosticamos já pelas
haus e Wundt. Tendo trabalhado como assisten- associações a demência precoce, a epilepsia,
* Projecto I.P.A.L.. vários tipos da imbecilidade e certas formas
Citações traduzidas do inglês. da histeria, para não falar da disposição
Citações traduzidas do inglês. maníaca com a sua evasão de ideias conheci-

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da há muito, e estados semelhantes. Além cia considerável na investigação no campo da
disso temos a esperança bem fundada de esquizofrenia. Andreasen (1979) descreve isto
podermos reunir e classificar de maneira da seguinte forma:
natural, com o auxílio das associações,
«A conceptualização de Bleuler da esquizo-
grupos não apreensíveis até agora, com.0
frenia que faz de um característico ‘Enfra-
algumas formas paranóides e, em particular,
quecimento associativo’ (associative loose-
as ‘doenças’ que sob as designações de
ning), o sintoma patognomónico, tem sido
histeria, neurastenia e psicastenia estão
a mais influente na psiquiatria americana
confusamente agrupadas ou delimitadas.:+
desde há muitos anos» (p. 1325).5
(1906, p. 6)3
Várias teorias psicológicas da esquizofrenia
Na sua obra de 1911, Bleuler introduziu o tentaram, na sucessão de Bleuler, conceber teo-
conceito de esquizofrenia e a sua classificação ricamente as perturbações salientes das associa-
nas quatro sub-formas clássicas. Na sua con- ções nos esquizofrénicos. Isso diz respeito a:
cepção de esquizofrenia, as associações ocupam Concepção de aprendizagem de comportamen-
um lugar preponderante: tos patológicos de Mednick (1958); Teoria do
((Designamoscom o nome de demência pre- «segmenta1 set» (Shakow, 1962) que sublinha
coce ou esquizofrenia, um grupo de psicoses os défices de atenção; Teoria do comportamento
que evoluem quer cronicamente quer em sur- verbal de esquizofrénicos de Chapman (Chap-
tos, podendo parar ou regredir em cada está- man, Chapman & Miller, 1964); Teoria da inter-
dio, mas provavelmente não admitem um res- ferência dos estímulos de Buss e Lang (Lang
titutio ad integrum completo. Caracteriza-se & Buss, 1965); Teoria da interferência das
por uma alteração específica - e que não se reacções (Broen & Storms, 1967); Concepção
encontra noutras patologias - da forma de das perturbações verbais de esquizofrénicos de
pensar, de sentir e das relações com o mundo Maher (1972); Teoria do défice em processos
exterior. (...) A actividade das associações da «auto-edição)) (self-editing) de Cohen
é (...) frequentemente determinada apenas (Cohen, 1978; Lisman & Cohen, 1972).
por fragmentos de ideias ou conceitos; ob-
tendo com isso, para além de incorrecções,
algo excêntrico, inesperado para uma pessoa 2. MÉTODO
normal. Muitas vezes esta actividade também
pára subitamente no meio duma ideia, ou no Na forma mais simples e historicamente mais
momento em que devia passar a outra ideia, importante da experiência de associação pede-
pelo menos ao níveI do consciente (bloqueio); -se ao sujeito que responda com a primeira
em vez da sua continuação, as vezes surgem palavra que lhe venha a cabeça a uma série de
novas ideias, que nem a consciência do pa- palavras enunciadas pelo experimentador. Par-
ciente, nem o observador podem relacionar tindo daí, pode mudar-se a experiência para
com o conteúdo anterior das ideias.» (1911, duas dimensões independentes: em primeiro
P- 614 lugar, pede-se ao sujeito para, em vez de
discretas, fazer associações contínuas; e, em
Mednick (1958) chamou a atenção para o segundo lugar, ele deve associar de forma
facto de que as descrições fornecidas por Bleuler restrita e não livremente. Assim, obtem-se uma
caracterizam, afinal, exactamente o comporta- tabela de quatro entradas (Tabela I).
mento que tantas outras teorias procuram expli-
car (de Kraepelin, passando por Goldstein, (1) Reacção d o sujeito a uma palavra-
Pawlow & Bateson, até Shakow), apesar de os -estímulo com a primeira palavra que lhe
seus princípios serem tão diferentes. As ideias vier a cabeça. Por exemplo: Gato-Cão;
de Bleuler têm tido até ao presente uma influên- Carro-Conduzir; Avó-Velha.
(2) O sujeito deve responder especificamente,
3
Citações traduzidas do alemão.
Citações traduzidas do alemão. Citações traduzidas do inglês.

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TABELA i

(i) Associação (2) Assoçiaçiio


discreta livre discreta restrita Classificação
da experiência
(3) Associação (4) Associação de associação
contínua livre contínua restrita

por exemplo sempre com um antónimo, Além disso, podem discriminar-se os tipos
uma palavra superordinada ou perten- de experiências de associação de palavras segun-
cente a mesma categoria da palavra- do os quais os sujeitos dão as respostas quer
-estímulo. Por exemplo, antónimo: Jo- escritas quer oraís. Apesar das outras condições
vem-Velho; Devagar-Depressa; Escuro- do teste serem iguais, pressupõe-se que os pa-
-Claro. drões das respostas diferem nos dois tipos
(Jodelet, 1960).
O tipo de ligação entre a palavra-estímulo e
Outra variação da mesma experiência consiste
a reacção pode até diferir de um item ao outro
I no seguinte: a seguir ao teste simples repete-se
(e.g., Woodworth & Wells, 1911). Neste sentido
a mesma lista de palavras-estímulo instruíndo-
a experiência de analogia usada na psicologia
-se o sujeito a responder com a mesma palavra
cognitiva pode ser considerada uma forma de
que utilizara na primeira passagem (e.g. Wells,
teste de associação.
1911). Com isso mede-se a chamada ((estabilida-
(3a) O sujeito responde com uma série de de» das respostas. Também pode usar-se uma
palavras ligadas sucessivamente A ante- terceira passagem com a instrução de agora res-
rior. Por exemplo: Burro-Cavalo, Carro, ponder com outra palavra, etc. (cf. Zeigarník,
Roda, Pneu, Pneumonia. 1961).
(3b) O sujeito responde com uma série de A par de ((associações livres» podem pedir-
palavras que estão todas ligadas A paia- -se ao sujeito respostas que, segundo a sua
vra-estímulo. Por exemplo: Cão-Gato, opinião, a maioria das pessoas dariam (e.g.
Dono, Canil, Cabo, Trela, Chapa. Wynne et ai., 1967). Na língua inglesa essa
i (3c) Descrição das ideias e imagens que condição experimental chama-se «popular»,
surgem ao sujeito e que o sujeito associa «social» ou ((common response condition/ins-
a uma palavra ou a um tema. Usa-se truction)). Em contraste, pode também pedir-se
este tipo de associação, por exemplo, no ao sujeito que dê uma resposta que, para além
quadro de métodos psicanalíticos, como dele, ninguém daria («individual», «original
na análise de sonhos (Freud, 1900) ou response condition» ou «no one else instruc-
na interpretação de lapsos (Freud, 1924). tion»; e.g. Routh, 1971).
Erikson (1971) caracteriza esse tipo de Uma variante de padronização mais ampla
associaçòes livres como «OS nossos consiste em deixar decidir qual de duas ou mais
melhores guias para o significado dum respostas apresenta a maior ligação associativa
ponto até então obscuro.» (p. 47)6 a palavra-estímuIo. Isso foi, por exemplo, a base
(4) O sujeito faz várias associações que, no para a construção do WIST (Whitaker Index of
entanto, devem obedecer a certas regras. Schizophrenic Thinking; cf. Lovallo et al.,
Por exemplo, têm que ser palavras 1983).
subordinadas a palavra-estímulo. Por
exemplo: Animal-Rato, Cão, Gato, Pei-
xe, etc. 3. INDICADORES
-~
Citações traduzidas do alemão. A variável mais investigada do teste de asso-

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ciação de palavras é provavelmente a chamada (p. 7).' Um argumento em favor da posição de
comunalidade (commonality) das respostas dos Jenkins seria que aqueles sujeitos que dão
sujeitos. Examina-se quantas vezes uma resposta respostas muito comuns, também respondem
particular foi fornecida por uma amostra de mais estavelmente quando se repete o teste,
pessoas. A comunalidade média da lista de psi- enquanto que as respostas daqueles que reagem
lavras calcula-se ao somarem-se as comunalida- mais individualmente são muito mais difíceis
des de cada resposta do sujeito e dividir-se o de prever.
resultado, pelo número das palavras da lista. Muitos autores desenvolveram sistemas de
Ao examinarem cerca de mil pessoas, Kent e classificação das respostas dadas por uma
Rosanoff (Kent & Rosanoff, 1910; Rosanoff, pessoa. Isso tanto diz respeito as reacções
1927) obtiveram normas detalhadas para uma individuais e «patológicas» como a s comuns.
lista de cem palavras muito usadas na língua Já Kraepelin (1896) esperava de uma análise
inglesa. Esta lista é a base de uma multiplicida- mais elaborada das respostas esclarecimentos
de de investigações, inclusivé de comparações sobre associações indicativas para a fuga ou
interculturais (e.g. Rosenzweig, 1957; Russel &i pobreza das ideias, estereotipias, associações
Meseck, 1959; Miller, 1970). Em 1952, essas abstractas ou sem sentido.
normas foram revistas e actualizadas por Rosanoff (1927), por exemplo, classificou as
Postman (Postman & Keppel, 1970). respostas individuais segundo 17 categorias,
Todas as respostas que se encontram nas listas entre elas neologismos, repetições, rimas. A
são classificadas como respostas comuns classificação das respostas cuja relação com a
(common responses). Para a palavra Borboleta., palavra-estímulo não indica um «processo asso-
por exemplo, essa categoria contém a resposta ciativo perturbado)), pode basear-se em aspectos
primária Insecto (26% dos sujeitos), as respos- gramaticais ou semânticos.
tas Pássaro (6,4%), Mosca (4,4%) e, além disso, Um sistema que interessa em particular
mais 143 palavras. Variantes gramaticais que psicologia do desenvolvimento divide as reac-
não se encontram nas tabelas passam por reac- ções em associações sintagmáticas e associações
ções duvidosas (doubtful reactions), por exem- paradigmáticas (e.g. Hormann, 1967). Nas pri-
plo Borboleta-Mosquitos. Palavras que não se meiras, as duas palavras (estímulo e reacção)
encontram nas listas e que não são reacções podem substituir-se no contexto de uma frase,
duvidosas chamam-se respostas individuais quer dizer que, em geral, pertencem a mesma
(individual or idiosyncratic responses). classe gramatical. Por exemplo, numa frase «Eu
Para facilitar o procedimento da valorização vejo um...» as palavras Cão, Animal ou Cão-de-
das respostas usa-se frequentemente apenas a -Água podem substituir-se. Fazem parte desse
soma das respostas primárias, e não é totalmen- tipo de associações, pares de palavras que
te correcto chamar a essa soma (comunalida- apresentam uma relação mútua de sinonimida-
de», como é usual fazer-se. A correlação entre de, subordinação, superordinação ou coordena-
a comunalidade propriamente dita e o número ção. Associações sintagmáticas, no entanto, são
das respostas primárias é todavia, bastante aquelas que não se podem substituir no contexto
elevada (e.g. Horton et al., 1963). de uma frase, mas que ambas podem fazer parte
Ainda não existe uma resposta clara ou con- da mesma frase. Isso é, por exemplo, o caso
sensual no que diz respeito ao significado das de associações tão frequentes como Cão-Ladrar
normas de associação e do parâmetro da comu- ou Flauta-Tocar.
nalidade. Será que a hierarquia das respostas Verificou-se que os adultos preferem as asso-
que se obtém numa amostra reflecte a hierarquia ciações paradigmáticas, enquanto que as crian-
individual das pessoas? Que influência tem a ças preferem as sintagmáticas. No entanto, ao
biografia individual na estrutura da memória crescerem, nota-se uma transição destas para
associativa? Não ficou sem objecções a opinião as paradigmáticas (Ervin, 1961; Milgram &
de Jenkins (1970) segundo a qual os resultados Goodglass, 1961; Pichevin & Noizet, 1968). Essa
de um certo número de investigações sugerem transição parece ser mais pronunciada entre os
«que as normas fornecem estimativas razoáveis
das hierarquias de respostas dos indivíduos» ' Citações traduzidas do inglês.
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6 e os 8 anos de idade (Entwisle, Forsyth & Em pessoas normais encontramos regular-
MUUSS,1964). mente um número limitado de reproduções
Considerando a frequência relativa de ambos erradas, raramente mais do que 10 a 20 por
os tipos de associação em adultos constata-se cento, enquanto que em pessoas anormais
que as respostas primárias constituem duas e em particular em histéricos costuma-se
vezes mais associações paradigmáticas do que encontrar muitas vezes 20 a 40 por cento de
sintagmáticas (Pons & l’Homme, 1983), o que reproduções erradas. Por isso, a exactidão
também se verificou em amostras de doentes. da reprodução é em certos casos uma medida
Para a classificação da relação semântica da emotividade do sujeito.» (p. 238)8
entre a palavra-estímulo e a resposta, elabora-
Levinger e Clark (1961) verificaram que o es-
ram-se numerosos sistemas que, mais ou menos,
quecimento de associações de palavras depende
correspondem uns aos outros (e.g. Aschaffen-
acima de tudo de dois factores: em primeiro, do
burg, 1896; Jung & Riklin, 1904; Wells, 1911;
potencial da palavra-estímulo para desencadear
Woodworth & Wells, 1911; Moran, 1953; Flavell
emoções e, em segundo, da tendência de uma
et al., 1958; Jodelet, 1960; Rommetveit &
palavra para provocar várias respostas concor-
Brogger, 1979).
Outras classificações das respostas dizem rentes. Segundo estes autores, esquecem-se mais
respeito ao conteúdo emocional das reacções facilmente as associações a palavras que têm
(Mefferd, 1979) ou ao nível de relacionamento importância emocional, independentemente do
(relatedness) entre a palavra estímulo e a reacção prazo entre a primeira e a segunda passagem
(Moran, 1953). da lista (imediatamente a seguir, uma hora
Rapaport, Gil1 e Schafer (1946), num contexto depois ou no dia seguinte) (Rossmann, 1984).
psicanalítico, dividiram a sua lista de palavras Outro parâmetro da experiência de associação
em 20 estímulos traumáticos e 40 não-traumáti- é o tempo de reacção. Quanto mais forte é a re-
COS. Os autores sugerem que as palavras traumá- lação associativa entre duas palavras, tanto mais
ticas (provindas das esferas oral, anal, agressiva rápida será a reacção. Essa relação entrou na
ou sexual) provocam perturbações associativas história da Psicologia como a lei de Marbe
(respostas patológicas) com uma probabilidade (Thumb & Marbe, 1901; Esper, 1918). Os tempos
elevada. de reacção verificados de Woodworth e Wells
Se se aplicar o teste repetidamente, examina- (1911) variam dependendo da relação semântica
-se o grau da concordância ou discordância das entre a palavra-estímulo e a resposta.
respostas aos estímulos idênticos e obtem-se Como causas para respostas retardadas na
uma estimativa da estabilidade. Kraepelin (1896) associação livre distinguem-se as seguintes: (1)
considerou esse parâmetro indicador da «solidez São activadas ao mesmo tempo várias palavras
das ligações entre as ideias)). Verificou-se que que, por consequência, concorrem umas com as
respostas individuais, pouco comuns, aberrantes outras, o que requer tempo adicional; (2) A li-
e patológicas, são muito menos estáveis do que gação entre a palavra-estímulo e a reacção não
as outras - as associações comuns. Para Jung é directa mas através de elos intermediários que
(1910), a falta de estabilidade indica a presença não são expressos pela pessoa; (3) A palavra-
de um «complexo» ligado ao estímulo em ques- -estímulo activa ideias com significado do ponto
tão, ou ao estímulo imediatamente precedente. de vista emocional.
Ele escreveu: É esta última hipótese que forneceu a base
da chamada «Zitbestandsdiagnostik» (diagnósti-
«Eu repito as mesmas palavras-estímulo e
co de pistas), conceito que, mais tarde, foi
pergunto às pessoas testadas se ainda se conhecido na América sob o nome de alie detec-
lembram das suas reacções da primeira passa- tiom (detecção de mentiras). Já C.G. Jung
gem. Em muitas ocasiões falha a memória, e
(1905) e Freud (1906) se debruçaram acerca da
como sabemos pela experiência, esses locais utilização deste método no campo da crimino-
são palavras-estímulo que tocaram um com- logia. Os primeiros a usar o nome da dktbes-
plexo emocionalmente acentuado, ou palavras-
-estímulo que seguem imediatamente tais pa-
lavras críticas. * Citações traduzidas do inglês.

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tandsdiagnostik)) foram Wertheimer e Klein melhores resultados que as pessoas mais velhas
(1904). obtêm em muitas tarefas verbais se devem a
A noção básica do procedimento consiste na ligação associativa de palavras derivada de uma
consideração de que experiências emocional- acumulação perpétua de informação e da adap-
mente importantes podem ser reactivadas por tação cada vez melhor aos padrões verbais.
estímulos associativos, e isso será tanto mais Sarason (1961) estudou a influência da ins-
forte quanto mais emocionalmente acentuada trução dada aos sujeitos no comportamento
tiver sido a experiência. Pessoas que tiveram associativo e demonstrou haver uma maior
uma tal experiência no contexto de um crime concordância das respostas (comunalidade
deveriam, por consequência, diferir nas suas elevada) quando os experimentadores fingiram
reacções, das pessoas que não a tiveram. Saindo medir com o teste a inteligência das pessoas.
de um grupo maior de pessoas potencialmente Horton et al., (1963) encontraram uma maior
envolvidas num crime, o teste de associação tendência para as pessoas reagirem com respos-
serve assim para a identificação de suspeitos tas comuns, quando solicitadas a responder o
ou agentes prováveis do crime. Uma série de mais rapidamente possível.
investigações experimentais (e.g. Leach & Outros trabalhos ocuparam-se da influência
Washburn, 1910), pôde confirmar essas conside- do stress que foi operacionalizado de forma di-
rações teóricas. ferente, por vezes duvidosa (Mintz, 1969). In-
Na associação contínua há, além disso, um fluências momentâneas como um certo estado
número de indicadores adicionais. Trata-se, por de carência - fome, sede - (Wispé, 1954), fac-
exemplo, do número das respostas produzidas tores intervenientes e introduzidos experimen-
num certo intervalo de tempo (geralmente um! talmente (Howard & Fiske, 1961), ou mudanças
minuto), que ao nível das palavras define 01 no estado afectivo (Isen et al., 1985) têm efeitos
índice m (word meaningfulness; riqueza de si- no comportamento associativo.
gnificado da palavra; Noble, 1952), e ao nível A relação entre as associações de palavras e
das pessoas, a ((fluência associativa)) (Israel 81 as características da personalidade, como a
Ohlmann, 1980) ou produtividade de respostas agressividade ou a angústia manifesta, foi
(response productivity) de um indivíduo. Depois investigada, por exemplo, por Kuethe (1961) e
hB parâmetros como a extensão estimada do Goldstein (1961). Por vezes considera-se o
«depósito associativo» (cf. Geyer, 1985) ou método de associação como um ((teste objecti-
indicadores para a comparação da semelhança vo». Assim, Szalay, Windle e Lysne (1970) obti-
no significado de conceitos diferentes (coeficien- veram altas correlações entre o conteúdo emo-
te de sobreposição; Marx, 1984). cional das associações livres dadas pelos sujeitos
e suas «atitudes» directamente medidas. Hor-
ton, Marlowe e Crowne (1963) notaram que pes-
4. INVESTIGAÇ~ES soas com alta necessidade de aprovação social
(high need for social approval) dão respostas
No contexto deste artigo, limitamo-nos a dar de maior comunalidade quando produzem asso-
apenas um resumo da grande variedade de inves- ciações sem pressões de tempo. No entanto, es-
tigações que usaram o teste de associação de tas diferenças desaparecem quando se dá ordem
palavra ou métodos estreitamente ligados a ele. para se responder o mais rapidamente possível.
Um grupo de estudos investiga a influência Dunn, Bliss e Siipola (1958) verificaram que
do sexo (Palermo & Jenkins, 1965; Pons, 1989), as pessoas impulsivas reagem mais rápida, mais
da classe social (Rosenzweig, 1970) ou da idade directamente e com mais respostas de contraste
dos sujeitos (Riegel & Riegel, 1964; Lovelace (como Claro-Escuro, Aito-Baixo) do que pes-
& Cooley, 1982; Scialfa & Margolis, 1986; Pons, soas inibidas que, por sua vez, descrevem mais
1989) no padrão das respostas. Pessoas idosas ((processos intervenientes)) entre a percepção da
tendem a dar menos respostas comuns e são, palavra-estímulo e a sua reacção (surgimento
além disso, menos estáveis no decorrer das de outras palavras ou imagens). Pessoas que se
várias passagens do teste (Perlmutter, 1979). orientam mais conforme valores extraceptivos
Riegel e Riegel (1964) consideraram que os e se interessam por economia, política ou cam-

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pos teóricos, também respondem mais depressa (1976); Gewirth et al., (1984); Geyer (1985);
e usam mais respostas de contraste e menos Eustache, Cox et al., (1990).
adjectivos do que os indivíduos com interesses Sugishita (1978) investigou uma doente de 30
intraceptivos (estética, religião e interesses anos de idade depois de uma comissurotomia.
sociais). Devido a isso, os autores diferenciam A paciente agarrou um objecto com a mão es-
dois tipos de processos associativos: os que são querda sem poder ver do que se tratava. Apesar
mais determinados pelas pessoas (subject-bound) de ter sido incapaz de denominar o objecto
e os que se determinam mais pelas característi- pôde, no entanto, escolher com a mão esquerda
cas das palavras-estímulo (stímulus-bound). palavras que estavam associativamente ligadas
A influência das características das próprias a ele, mas apenas quando se tratava de conceitos
palavras-estímulo diz respeito ao seu conteúdo coordenados, superordinados ou pertencendo ao
afectivo (Isen et al., 1985), aos seus efeitos mesmo contexto concreto do objecto em ques-
«traumatisantes», num contexto psicanalítico tão. Não conseguiu escolher da mesma forma
(Weintraub, Silverstein & Klee, 1960), ou a associações abstractas.
factores como o comprimento das palavras, o Como já se mostrou quando falámos de teo-
seu nível de abstracção, a sua filiação a uma rias da esquizofrenia, as associações perturbadas
classe gramatical ou a frequência com que se ocupam um lugar especial no contexto desta do-
usa uma determinada palavra (Goldfarb & Hal- ença e foram investigadas em muitas experiên-
pern, 1984). cias (e.g., Cramer, 1969; DeWolfe, 1971; Lisman
Ervin (1962-63) reparou que a frequência com 8z Cohen, 1982; Price, 1972; Silverstein & Arzt,
que se produz uma associação depende, acima 1985).
de tudo, de dois factores: da frequência com Analisando um grande número de estudos
que a resposta pode substituir a palavra- daquele campo chegámos às seguintes conclu-
-estímulo num certo contexto verbal, e da sões (cf. Merten, 1990): (1) Esquizofrénicos dão,
frequência com que as duas palavras emergem em comparação com normais ou outros doen-
em conjunto num determinado contexto. tes, menos respostas comuns e mais associações
A concepção e o método de associação de pa- individuais e aberrantes; (2) As suas respostas
lavras foram igualmente utilizados por uma série mostram maior distância semântica em relação
de investigações da Psicologia Cognitiva. Basta a palavra-estímulo; (3) As reacções dos esquizo-
aqui referirmo-nos a investigação do significado frénicos são menos estáveis do que as dos nor-
associativo (Deese, 1962), aos múltiplos estudos mais; (4) Se se lhes pede para darem uma res-
sobre o fenómeno dos «clusters» associativos posta individual, eles reagem menos individual-
na reprodução livre (Bousfield, 1953; Bousfield mente do que pessoas de controlo; se devem dar
et al., 1958; Tulving, 1962), a outras característi- uma resposta comum, reagem mais individual-
cas na reprodução e no reconhecimento (Dees.e, mente; (5) Tudo parece indicar que nos distúr-
1959; Rouse & Schawartz, 1960), a problemática bios associativos de esquizofrénicos, não se está
de pessoas bilingues (Dalrymple-Alford, 1984) perante aberrações das estruturas da memória a
e ao problema da construção da memória se- longo prazo, mas sim de perturbações nos pro-
mântica e da representação de conhecimentos cessos mentais; (6) Por um lado, nem todos os
(Strube, 1983; Lupker, 1984). esquizofrénicos apresentam perturbações nos
Há numerosas investigações no campo da Psi- processos associativos, e, por outro, essas per-
cologia Clínica e da Psiquiatria. Kawai (1985)
turbações não são exclusivas dos esquizofréni-
pôde verificar que os doentes psicossomáticos
cos, encontrando-se também noutros doentes,
apresentam, antes de darem as suas respostas,
menos processos intervenientes (imagens inter- em particular nos maníacos; (7) Com a ajuda
nas) do que os neuróticos e os indivíduos do(s) método(s) de associação de palavras po-
normais. Ele interpreta isso como uma ((falta dem detectar-se também aberrações em parentes
de imagens)) e uma ((incapacidade de fantasia)) de esquizofrénicos e em pessoas que apresentam
nos psicossomáticos. características de personalidade como esquizoi-
Pacientes neurológicos e em particular dia, esquizotipia, etc. (cf. o conceito da vulnera-
afásicos foram estudados por Cohen et al., bilidade, Zubin & Spring, 1977).

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5. DISCUSSÃO psychiatric giossary. Fifth Edition. Boston: Little,
Brown & Co.
O método de associação de palavras está es- Andreasen, N.C. (1979). Thought, language and
treitamente ligado ao desenvolvimento históric'o communication disorders. 11. Diagnostic
significance. Arch. Gen. Psychiatry, 3 6 1325-1330.
tanto d a Psicologia como da psiquiatria. As Aschaffenburg, G. (1986). Experimentelle Studien
múltiplas investigações empíricas que utilizararn iiber Assoziationen. Psychologische Studien, 1:
este método (ou, melhor, este grupo de méto- 209-299.
dos) contribuiram essencialmente, por um lado, Bleuler, E. (1906). Über die Bedeutung von
para elaborar um grande número de teorias psi- Assoziationsversuchen. In Diagnostische
cológicas, e, por outro lado, para chegar i Assoziationsstudien. Beitrage zur experimentellen
acumulação do conjunto de conhecimentos que Psychopathologie (C.G. Jung, Ed.), Erster Band,
temos hoje em dia. pp: 1-6, Leipzig: J.A. Barth.
Bleuler, E. (1911). Dementia praecox oder die Gruppe
Constata-se que o procedimento se afastou der Schizofrenien. Leipzig, Wien: Deuticke.
do interesse imediato da investigação contempo- Bousfield, W.A. (1953). The occurence of clustering
rânea (em contraste, por exemplo, com os anos in the recall of randomly arranged associates. .l
sessenta), devido a várias razões. Acima de tudo Gen. Psychol., 49: 229-240.
parece que mesmo os métodos científicos estão Bousfield, W.A., Cohen, B.H. & Whitmarsh, G.A.
sujeitos a modas. Desaparecem e reaparecem (1958). Associative clustering in the recd of words
sem razões aparentes, como se pode demostrar of different taxonomic frequencies of occurence.
em vários campos da história da Psicologia. Psychol. Rep., 4: 39-44.
Além disso, falhas d o próprio método levaram Breuer, J. & Freud, S. (1895). Studien Über Hysterie.
In Gesammelte Werke (S. Freud, Ed.), Band 1,
os investigadores a preferir procedimentos pp: 75-312, London: Imago (1952).
alternativos. Até ao presente desconhece-se ii Broen, W.E. Jr. & Storms, L.H. (1967). A theory
natureza exacta dos processos que ocorrem entre of response interference in schizofrenia. In
o «imput» perceptivo da palavra-estímulo e o Pmgress in experimental personality mearch (BA.
«output» verbal d o indivíduo embora haja Maher, Ed.), Vol. 4, New York Academic Press.
muitas tentativas para os explicar. Porém, Buss, A.H. & Lang, P.J. (1965). Psychological deficit
olhando para a investigação experimental no in schizofrenia: I. Affect, Reinforcement, and
campo d a Psiquiatria actual, constata-se que concept attainement. J Abnorm. PsychoL, 70:
2-24.
muitos métodos estão sujeitos a limitações
Chapman, L.J., Chapman, J.P. & Moller, G.A.
semelhantes e não menos problemáticas.
(1964). A theory of verbal behavior in schizofrenia.
Para evitar faltas consideráveis na investigação In Progress in experimental personaiity research
é sempre de aconselhar um procedimento que Vol. 1, (B.A. Maher, Ed.), pp: 49-77, New York:
considere em detalhe e criticamente os método!; Academic Press.
a usar. Um olhar mais atento para a história Cohen, B.D. (1978). Self-editing deficits in
de um método pode contribuir para evitar erros schizofrenia. J. Psychiatr. Res., 14: 267-273.
j á cometidos e corrigidos no passado e parale- Cohen, R., Engel, D., Kelter, S., List, G. & Strohner,
lamente, pode evitar a invenção da bicicleta pela H. (1976). Restricted associations in aphatics and
schizofrenics. Archiv fiir Psychiatrie und
segunda vez. Porém, a abundância dos resulta- Nervenkrankheiten, 222: 325-338.
dos empíricos, e dos modelos e considerações
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teóricas coligidos nos últimos cem anos dificulta and schizofrenics. .l Gen. Psychol., 8 0 291-298.
imenso uma orientação. Foi objectivo deste arti- Dalrymple-Alford, E.C. (1984). Biiingual retrieval
go, fornecer mais informações a quem, na busca from semantic memory. Current Psychological
de um método apropriado para uma determina- Research and Reviews, 3: 3-13.
da questão, tenha encontrado na experiência de: Deese, J. (1959). Influence of inter-item associative
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