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Introdução à Estratégia
na indústria em que compete.
Mas afinal do que se trata a estratégia? Pode ser pensada como a forma, as Não existe uma definição univer
cecisões, os planos, entre outros, para atingir um determinado fim. Não sal para a estratégia. Diferentes
autores, diferentes obras, defi
esiste uma definição universal para a estratégia. Antes, quase que cada um que
nem estratégia de forma distinta.
escreve sobre o tema gosta de criar a sua própria definição. A título ilustrativo,
vejam-se algumas definições de estratégia:
C h a n d l e r , A. D. 1966. Strategy and Structure, New York, NY, Doubleday & Co.
ANDREWS, K. R. 1971. The Concept o f Corporate Strategy, Homewood, IL, Dow Jones Irwin.
PORTER, M . 1996. What is strategy? H arvard Business Review, November-December, 61-78.
— JOHNSON, G „ W hittington , R. & Scholes , K. 2011. Exploring Strategy, Essex, Pearson
E d u ca tio n Limited.
ils]
PEN SA M EN TO E ST R A T É G IC O • Adriano Freire23: Estratégia é o conjunto de ações e de decisões de uma
empresa, as quais de forma consistente lhe permite criar mais valor aos
clientes do que o valor criado pelos concorrentes.
FIGURA 2. Estratégia
Fonte: Analise do autor com forte influencia de O H M A E, K. 1982. The M in d o f the Strategist, New York,
Penguin Books, p. 92.
23 F reire, A. 1997. Estratégia - Sucesso em Portugal, Lisboa / São Paulo, Editorial Verbo.
24 G rant, R. M . 2010. Contemporary Strategic Analysis, Chichester, John Wiley & Suns.
25 T zu , S. 2010. A Arte da Guerra - Os Treze Capítulos Originais, São Paulo, SP, Jardim dos
Livros, Ltda.
26 DISNEY Peter Pan, 1953. Directed by G eronimi, C„ Jackson, W . & LuSKE, H.
Independentemente do autor, palavras como objetivos, planos, ações, C A P ÍTU L O 1
Introdução à Estratégia
decisões, recursos, envolvente, valor, clientes e concorrentes, são palavras
normalmente utilizadas quando se pretende definir o que é estratégia.
Se as tropas estão cansadas, as suas armas gastas, os seus mantimentos escasseiam e a vontade já não
Lid eran ça e M otivação 2
asste, a intriga, o motim e as más influências dos inimigos vão-se manifestar brevemente. Mesmo os
R ecursos internos 5
tam conselheiros não poderão resolver isso, nem tão-pouco fazer planos para o futuro (p. 3 5 ) .
Existem apenas cinco notas na escala musical, mas as suas combinações são inimagináveis; somente
ameo cores básicas, mas nunca vimos todas as suas misturas; há cinco sabores, mas as suas variações C riatividade 2
mo ilimitadas (p. 5 7 ).
S tp extremamente subtil, mesmo invisível. Seja misterioso, inaudível e atue de modo a controlar o
H ip ercom p etição 7
aesáno do inimigo sem ser percebido (p. 6 5 ) .
Quem desconhece as montanhas e as florestas, os desfiladeiros e os pastos, os pântanos e os charcos, Internacionalização 8
mio conseguirá manobrar o seu exército. Use guias locais ou perderá as vantagens do terreno (p. 7 4 ) . Parcerias 10
Alguns exércitos não devem ser atacados; algumas cidades não devem ser sitiadas; alguns terrenos não
C o n corrên cia 4
én em ser disputados. (p. 8 1 ).
Ãiprma <vias não devem ser percorridas (p. 8 1 ). R ecursos internos 5
A velocidade é fundam ental na guerra. Aproveite o despreparo do inimigo. M anobre por áreas
N ov a análise S W O t 6
mesperadas, ataque de surpresa pp. 1 9 8 ).
faro. que a guerra seja bem-sucedida, obtenha cooperação do grupo, sejam um só (p. 1 1 0 ). L id eran ça e pensa
2
m en to estratégico
B e queima os seus barcos e quebra as panelas. Dirige o exército como um bando de carneiros, de um
H ip ercom p etição 7
baio para o outro, sem que ninguém saiba exatamente para onde vai (p. 1 11) .
Qm ii ignora os planos dos estados vizinhos não pode fazer alianças em tempo hábil; quem ignora
Análise da envolvente 4
m montanhas, as florestas, os desfiladeiros, os charcos e pântanos não pode comandar o avanço do
Internacionalização. 8
ezr--zú- quem não usa guias locais perde tempo e vantagem. Um general que ignora isso é um
Parcerias 10
ãaom petente. Ele não deve assumir o comando do exército R eal (p. 111) .
Fonte: MlNZBERG, H . & W a t e r s , J. A. 1985. O f strategies, d eliberate a n d em ergent. Strategic M anagem ent
Jo u rn a l, 6, 257-272, p. 258.
Ao longo das últimas décadas tem-se vindo a assistir a uma cada vez mais
rápida evolução da envolvente. O mundo hoje gira muito mais rapidamente
do que girava há 30 ou 40 anos, estando na origem dessa alteração de
31 Ibid.
32 MlNTZBERG, H . & MCHUGH, A. 1985. Strategy formation in an adhocracy. Administrative
Science Quarterly, 30, 160-197.
33 BURGELMAN, R. A. & G r o v e , A. 1996. Strategic dissonance. California Management Review,
PEN SA M EN TO E ST R A T É G IC O velocidade, entre muitos outros, a evolução das tecnologias de comunicação.
O simples acesso de grande parte da população mundial à internet permite
que qualquer consumidor tenha acesso direto a produtos fabricados nos
diversos continentes. Uma mudança de preço de um fornecedor localizado,
por exemplo, em Hong Kong pode ser imediatamente detetada por um
consumidor na Europa, através de uma simples pesquisa em sites como, por
exemplo, o EBAY. Já em 1995, Robert Allen (presidente da A T & T ) dizia:
Seria igualm ente razoável esperar que o mesmo presidente fosse capaz de
p redizer como é que a tecnologia im pactará na sua atividade no horizonte
de um a década. Porém , não sabe!
H á, no entanto, algo que ele tem p o r certo irá acontecer: algo inesperado,
intrigante e profundo. ” 34
Durante a primeira década deste século teve início uma nova era que impôs
desafios únicos à gestão estratégica. Com a chegada do século XXI o mundo
assistiu ao crescimento dos negócios de telecomunicações, de tecnologia e de
media, bem como à sua interligação. A nova economia do conhecimento e os
modelos de negócio baseados na internet criaram novos desafios à estratégia
empresarial. Embora os princípios básicos da estratégia de alguma forma se
mantenham, novas formas de competir, particularmente nas indústrias onde
a mudança é mais rápida, começaram a ser mais frequentes. Particularmente
nesses ambientes a lógica dominante deixa de ser a da criação de uma posjção
competitiva única e sustentável para passar a ser a flexibilidade e a resposta
rápida com o objetivo de se criarem séries de vantagens competitivas tempo
Apenas 10 a 30% da estratégia rárias.
intencional é efetivamente im
plementada. De acordo com Henry Mintzberg, que foi o grande crítico da escola do
design ou do posicionamento, apenas 10 a 30% da estratégia intencional
é efetivamente implementada. Por contraposição, 70 a 90% da estratégia
implementada é estratégia emergente35. A perspetiva do posicionamento não
Por contraposição, 70 a 90% da
estratégia implementada é estra só é incapaz de explicar como é que a estratégia se faz nas empresas, como
tégia emergente. também representa uma forma insípida de fazer a estratégia.
34 Citação no livro: C airncross, F. 1997. The Death o f Distance: How the Communications
Revolution w ill Change our Lives, Boston, Harvard Business School Press.
35 M in t z b e r g , H. 1978. Patterns o f strategy formulation. Management Science, 24, 934-948.
emergente. A essa mistura Robert Grant chamou “emergência planeada”36 C A P ÍTU L O 1
Introdução à Estratégia
(figura 5). O peso dado a cada uma das duas componentes resulta em grande
parte da estabilidade e da previsibilidade do ambiente externo de negócios em
que as empresas se inserem. À medida que a envolvente se torna mais instável
e mais imprevisível, a estratégia planeada começa a estar mais preocupada
com a definição de diretrizes gerais e menos com planos específicos e com
objetivos definidos a montante.
A m b ien te em mudança
36 G rant, R. M. 2003. Strategic planning in a turbolent environment: evidence from the oil and
gas majors. Strategic Management Journal, 14, 491-517.
P EN SA M E N TO E ST R A T É G IC O
convidados a, em equipa, fazer exercícios de resolução de problemas,
nada relacionados com a sua atividade normal na empresa. Esses
programas ajudaram a S h e l l a ser mais inovadora.
54 GARY, H. & P r a h a l a d , C. K. 2005. Strategic Intent. H arvard Business Review, 83, 148.
55 LlEDTKA, J. M. 1998. Strategic thinking: can it be taught? Long Range Planning, 31, 120-129.
a implementação são fases totalmente distintas. O processo de definir C A P ÍTU L O 2
Pensamento Estratégico
a direção estratégica é essencialmente analítico.
Fonte: Adaptado de GRAETZ, F. 20 0 2 . Strategic thinking versus strategic planning: towards understanding the
complementarities. M anagem ent D ecision, 40, 4 5 6 -4 6 2 , p. 457.
PEN SA M E N TO E ST R A T É G IC O interligação entre a sua área de responsabilidade e as restantes áreas que
constituem o sistema. No planeamento estratégico os gestores apenas
necessitam ter conhecimento do seu papel. Como consequência é
O pensamento estratégico e o expectável que defendam acima de tudo o seu departamento ou a
planeamento estratégico, embora
sua área de responsabilidade, tudo fazendo para que os seus objetivos
distintos, devem estar fortemen
te relacionados na medida que específicos sejam cumpridos.
devem ser vistos como formas
• Processo e resultados: O pensamento estratégico encara o planea
complementares de pensamento
que suportam toda a gestão es mento estratégico como um elemento que acrescenta valor a todo o
tratégica. processo da estratégia. Na lógica do planeamento estratégico o objetivo
principal é a elaboração do plano.
Responsável pela formulação da estratégia Fluxo de informação bidirecional (de cima para baixo e de baixo para
cima, na estrutura)
Facilitador da discussão estratégica
Pensam na estratégia da sua área de atuação Pensam estrategicamente sobre a empresa
Gestores de
1 .a linha
Analisam informação dos gestores de 2.a linha Discutem abertamente as questões estratégicas com os gestores de
Asseguram a documentação do plano estratégico 2.a linha
Delegam a implementação do plano estratégico
aos gestores de 2.a linha
Fonte: Adaptado de O ’SHANNASSY, T . 20 0 3 . Modern strategic management: balancing strategic thinking and strategic planning for internal and
external stakeholders. Singapore M anagem ent R eview , 25, 53 -6 7 , p. 61.
56 HERACLEOUS, L. 1998. Strategic thinking or strategic planning?, Long Range Planning, 31,
481-487.
mas também uma capacidade determinante para a sustentabilidade C A P ÍTU L O 2
Pensamento Estratégico
ias empresas.
Nos tempos correntes nos quais a mudança é mais rápida e por vezes para
direções imprevistas, planear a cinco, dez ou vinte anos acaba por ser uma
:rerda de tempo na maior parte dos contextos. Amanhã tudo pode ser dife
rente! Por mais cenários que o planeamento estratégico preveja, a probabili-
ée da realidade vir a ser idêntica a um deles é cada vez menor.
V Ver Senge , P. M . 2006. A Quinta disciplina, Rio de Janeiro, RJ, Editora Best Seller LTDA.;
e O ’Reilly, C. A. & PLEFFER, J. 2000. Hidden Value: How Great Companies Achieve
Extraordinary Results with Ordinary People, Boston, Harvard Business School Press.
PEN SA M E N TO E S T R A T É G IC O pode fazer. Um bom exemplo dessa perspetiva passou-se numa empresa que
comercializa pastas dentífricas. A empresa estava com dificuldades em crescer.
Numa sessão de brainstorm ing na qual estavam presentes alguns dos gestores
de topo da empresa tentavam-se encontrar estratégias alternativas para o
crescimento. O tempo foi passando, os participantes estavam já cansados, as
mangas das camisas arregaçadas, as gravatas com os nós em baixo, os cinzeiros
cheios (na época era permitido fumar em espaços fechados!), as garrafas
de água vazias, e nada de boas ideias. Entretanto, entrou a senhora que ia
despejar os cinzeiros, trocar as garrafas de água e trazer mais uns cafezinhos.
Alguém da sala dirigiu-se a ela e disse: estamos aqui com este problema assim
e assado. Tem alguma sugestão? Ao que a senhora respondeu: porque é que
não aumentamos o tamanho do buraco das bisnagas?
Não sei se aumentar o tamanho do buraco das bisnagas é ou não uma solução
sustentável. Em boa verdade sempre fomos ensinados, através da publicidade,
a encher toda a escova de dentes com a pasta, pelo que se o buraco for mais
largo, à partida uma parte dos consumidores consumirá mais produto. Por
outro lado, por natureza o cliente não é idiota e mais tarde ou mais cedo
poderá (irá) perceber que está a utilizar o produto inadequadamente. Mas
independentemente de ser ou não uma boa solução, é uma solução inovadora
que aparece num momento de divergência de pensamento, que resulta de
uma oportunidade não identificada pelos restantes elementos e que vem de
alguém de uma parte da estrutura da empresa da qual à partida não se espe
raria que viesse uma boa ideia! A visão apresentada rompe com tudo aquilo
que os restantes elementos tinham já pensado. Mas é uma visão integrada,
incompleta e imprecisa: “aumentemos lá o buraco da bisnaga!”. Todavia
essa ideia pode ser trabalhada, de forma mais analítica, mais em contexto de
planeamento estratégico, para se definir exatamente como é que o diâmetro
do furo será alargado, com que tecnologias, que investimentos serão necessá
rios, quais os prazos, etc. O momento de divergência ao qual correspondeu
a identificação da oportunidade e a correspondente ideia inovadora pode ser
complementado com pensamento convergente, na ótica do planeamento
estratégico.
58 D e P ree , M. 2008. Leadership Jazz: The Essential Elements o fa Great Leader, New York, NY,
Doubleday.
diagnóstico (os capítulos 4 a 6 deste livro prendem-se com diagnós- C A P ÍTU L O 2
Pensamento Estratégico
i) explícito permite a definição e a posterior avaliação da estratégia,
nalmente, fazer com que o diagnóstico seja um elemento explícito da
___ égia permite que a estratégia possa ser revista e mudada à medida que
as circunstâncias mudam. Porém, aos diagnósticos correspondem julgamen
t o Com a redução do crescimento das vendas em 2008, a STARBUCKS via
ãcualmente as suas margens a reduzir. O retorno dos seus ativos reduziu de
c o ca de 14 para 5,5% . Quão séria era esta situação? Na empresa, a avaliação
áesia situação (diagnóstico) podia ser, para um executivo, “um problema
Mie gestão de expectativas”, para outro “a procura de novas plataformas de
crescimento”. Nenhum destes pontos de vista é uma estratégia, mas cada um
sngere um conjunto de coisas que podem ser feitas e leva para segundo plano
cerras coisas que parecem ser menos relevantes para a resolução do problema.
Nenhum desses julgamentos se pode provar como correto. Cada um julga
db forma diferente o que é premente59. Esta é mais uma razão que reforça a
importância da difusão do pensamento estratégico nas empresas.
Se por um lado o pensamento estratégico pode ser promovido nas empresas, O pensamento estratégico pode
por outro ele pode começar a ser difundido numa fase prévia, logo no começar a ser difundido logo no
contexto da formação de base
contexto da formação de base dos futuros gestores. Nas minhas aulas de
dos futuros gestores.
estratégia tento sempre não apenas levar os alunos a pensar estrategicamente
—as também a treiná-los nesse sentido. E para isso utilizo uma técnica que
passa por solicitar aos alunos que preparem cada um dos estudos de caso
ftão tradicionais no ensino da gestão) individualmente, antes de cada aula.
Eventualmente, peço ainda a cada aluno para escrever um pequeno relatório
sobre a forma como analisa determinados aspetos do estudo de caso. Uma
tcz em aula peço aos alunos para se juntarem em pequenos grupos e dou-lhes
r_^uns minutos para discutirem entre si os pontos que tinham já analisado
individualmente, a fim de cada grupo tentar chegar a novas conclusões
que posteriormente partilham com o resto da turma. No final das sessões
temos normalmente soluções inovadoras e totalmente distintas daquelas a
que individualmente cada aluno tinha inicialmente pensado. Aliás, não são
raras as vezes nas quais no final das sessões alunos me abordam preocupados
porque o que tinham feito em casa nada tem a ver com o resultado final da
aula. Eu não posso ficar mais satisfeito quando isso acontece. O pensamento
estratégico aconteceu!
Acredito que este seja o capítulo mais importante de todo o livro. A partir
do capítulo três o livro entra numa parte de metodologia. O que veremos
daqui para a frente são essencialmente ferramentas de análise estratégica, de
definição de opções estratégicas, de seleção de opções estratégicas e de formas
de implementar e de controlar a estratégia definida. Como já tive oportu
nidade de referir no primeiro capítulo, todas essas ferramentas podem ser
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