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~Bebê Swan ~

Autora: marizoch.

Capítulo 1 – Colegas de quarto?

Os pingos da chuva batiam no meu rosto e sentia meu sangue congelar. Droga James!
Por que você simplesmente resolveu se casar? Não fazia dez minutos desde que saí com
raiva do apartamento do meu irmão mais velho depois dele ter anunciado que iria morar
junto com sua namorada, Victoria. Não que eu não a amasse como minha própria irmã,
mas no momento não tinha condições de bancar um apartamento sozinha.

Como também não podia morar junto com o casal feliz.

O que faria? Ligaria pro Seth? Morar com o enteado caçula do meu pai definitivamente
não será boa idéia. Principalmente quando seu colega de quarto é meu ex-namorado não
resolvido. Podia recorrer a Leah, mas ela ainda está com raiva de mim quando estraguei
seus Manolos na minha última festa. Duvido muito que minha rancorosa meia-irmã me
daria abrigo.

Caminhando sem rumo pelas ruas molhadas de Seattle, parei em uma banca de jornal. O
velho já me conhecia. Aquele sempre era meu destino quando ia cedo para o estúdio
fotográfico. Meu próprio estúdio. Estava tão atolada de dívidas que um apartamento
bom seria impossível. Charlie me esfolaria viva se eu alugasse algo pequeno e na
periferia. Seria bem capaz que me arrastasse até Forks ou me daria dinheiro.
Droga! Uma solução! Preciso de uma maldita solução. Não posso ser uma sem teto ou
me render a dividir um espaço com meu irmão mais velho. Tudo que tinha era muitas
dívidas de um estúdio novo e um porshe 1980 branco bem desbotado.

Foda-me mais uma vez vida!

O senhor ao meu lado sorriu para meu nervosismo. Atrás dele tinha um papel azul
colado no mural de anúncios. Um colega de quarto? Definitivamente seria uma boa
idéia.

Edward POV

- Edward? E você sabe onde está Emmett? – minha mãe perguntou com seu lado mãe
urso totalmente protetora ativado. – Eu sei que Rose brigou com ele novamente. Esses
dois…

- Emm está roncando no meu sofá. Mas ela também está aqui lhe fazendo o café da
manhã. – respondi meio emburrado. Emmett era meu irmão do meio e já era casado
com Rosalie há mais de dois anos. Os dois eram lindos juntos e combinavam demais. E
cá entre nós, a loira da minha cunhada sabia muito bem como colocar o grandalhão nos
eixos.

- Que bom. E alguém já respondeu seu anúncio?

- Mãe, eu pendurei o anuncio tem menos de duas horas e só coloquei na banca do Sr.
Masen. Isso levará um tempo.

- Bom. Eu ainda não compreendi porque você quer um colega de quarto. Está
precisando de dinheiro? Você sabe que isso definitivamente não é problema. – Esme era
sempre Esme. Cuidadosa ao extremo.

- Não é isso. Emmett está casado e Jasper está noivo de Alice. Realmente preciso de
alguém solteiro que me faça companhia.

- Querido, por que não uma namorada? Tânia tem sido tão carinhosa.

- Não quero namorar Tânia.

- Certo. – resmungou emburrada – Eu te ligo mais tarde. Te amo querido.

- Eu também te amo mãe.

Rose continuava preparando suas deliciosas panquecas e voltei para o aconchego de


minha cama. Ouvi o telefone tocar bem de longe, mas meu sono não me permitiu
levantar. Ele tocou várias vezes e me perguntei porque os dois simplesmente não se
moviam. Me arrastei até a sala e eles apenas se olhavam como se nada estivesse
acontecendo. Que inferno de casal apaixonado melando a porra da minha sala.

A bina da secretária eletrônica soou. Puxei o telefone antes que caísse.


- Alô?

- Hm. Edward Cullen? – uma voz feminina perguntou. Debati mentalmente se eu queria
dizer que era eu mesmo. Sabe lá qual maluca poderia ser. – Alô?

- Sim. É ele. – murmurei temeroso.

- Eu vi seu anuncio. Gostaria de me candidatar.

- O quê?

- O anuncio para colegas de quarto. – insistiu nervosa. – Eu liguei para a pessoa certa?

- Oh sim, ligou. Desculpe. – disse, mas a ligação caiu no silencio de novo. Eu queria
dividir meu apartamento com uma mulher? – Bom, poderíamos nos encontrar em um
café lá pelas cinco horas? – perguntei.

- Hm. Certo. O Starbucks da terceira avenida?

- Perfeito. Qual o seu nome?

- Isabella Swan. – respondeu-me rapidamente.

Capítulo 2 – Para sempre bebê?

-… Bella! Olhe pra mim! – Jamie gritou estalando os dedos na minha frente. Victória apenas revirou os
olhos. Sempre entrava em modo automático. Minha mente estava focada no meu quarto e quanto tempo
teria para desmontá-lo.

- Estou olhando e não grite. Já pedi desculpas pelo meu comportamento infantil, e eu sei
que nenhuns dos dois estão me expulsando, mas eu acho que está na hora de caminhar
com as minhas pernas.

- Com que dinheiro? – rebateu emburrado.

- Jamie… – Victória alertou. – Vá com calma com sua irmã e a deixe falar.

- Eu não tenho dinheiro.

- Perfeito. Conversamos depois quando você colocar juízo na sua cabeça. Minha irmã
não irá morar por aí com pessoas estranhas. – gritou saindo do meu quarto.

- Você sabe que daqui a pouco ele vem, deita do seu lado e pede desculpas, certo? – Vic
sorriu ternamente. Ela era a mulher perfeita para ele. Com doses doces e também bem
fortes como veneno. Seus cabelos cacheados e de um vermelho vivo entravam em
contrates com o azul claríssimo dos seus olhos. Perfeita.

- Eu sei. Estou feliz por vocês. Desculpe-me por mais cedo. – abri seus braços e me
joguei neles. James era 10 anos mais velhos que eu. Eles namoravam desde que eu tinha
meus sete anos? Não sei bem, sei que de muitas idas e vindas (sem contar com as brigas
do século), eles permaneciam juntos. Ela era simplesmente uma 3º mãe.

Eu tinha Renée, Sue e Victória.

- Bella, você tem 20 anos e acabou de se formar. Você fez um excelente curso e está se
saindo bem abrindo o seu próprio estúdio. É pequeno, mas é bem bonito. Eu confio em
você. Vai conseguir. – beijou-me antes de me deixar sozinha no quarto. Olhei para o
relógio e vi que estava um pouco atrasada para encontrar com o tal Edward Cullen.

Tomei um banho mega rápido, peguei minha mochila, vesti a primeira roupa que
encontrei no armário e corri pro meu carro antes de James me questionar onde estava
indo.

Não demorei a encontrar o Starbucks. Estacionei ao lado de um Volvo prata que parava
ao mesmo tempo em que eu. Ouvindo The Smiths a toda altura no Ipod, tranquei o carro
e segui para a calçada, mas não antes de tropeçar no meu cadarço e cair em cima de
alguém.

Meu corpo inteiro formigou com o toque das mãos do estranho. Um choque elétrico
percorreu minha espinha.

- Desculpe. Mil desculpas! Machuquei você? – perguntei ao homem de cabelos bronze,


olhos azuis claríssimos. O que era aquilo? Ou melhor, quem era aquilo? Seu corpo era
firme como a rocha, seu queixo quadrado totalmente masculino, seus lábios eram meio
rosados e ele tinha a barba por fazer. Santo Deus.

- Não machucou. Espero que esteja bem. – disse-me me ajudando a equilibrar.

- Oh sim. Estou bem. Obrigada. – murmurei desajeita. Ótimo Swan. Duas pernas pra
quê? Dei um sorrisinho sem graça antes de seguir em frente. Ele olhou para o meu carro
e depois olhou pra mim. Continuei indo em direção ao Starbucks. Abri as enormes
portas de vidro e observei que ele ainda estava coçando a cabeça e babando meu carro?

- Um caffe mocha e dois cookies de chocolate. – pedi a garçonete sorridente.

- Você é Isabella Swan? – o mesmo bonitão de cabelos bagunçados gritando sexo


questionou-me.

- Depende de quem pergunta. – respondi sinceramente.

- E se eu for Edward?

Oh Santo Deus.
- Então, eu sou Isabella. Quer dizer, Bella. – estendi minha mão livre para ele. – Sente-
se.

- Seu carro definitivamente é um show. – brincou apontando para a minha lataria


brilhante. – Onde o encontrou?

- Meu irmão caçula viajou com seu melhor amigo e encontrou esta belezura por um
preço de banana. Eles reformaram e eu comprei. – respondi admirando meu bebê.

- Então, por que você precisa de um apartamento? Por que não morar sozinha?

- Bom, eu acabo de abrir meu próprio negócio e meu irmão vai juntar os trapos com sua
namorada de muitos anos. Eu meio que sobrei nessa história toda. Meu pai me arrastaria
pelos cabelos se eu fosse morar em qualquer lugar. – respondi fitando seus olhos que
me analisavam.

- Certo. E você faz o quê?

- Sou fotografa. Acabei de me formar e montar meu pequeno estúdio. – respondi e ele
sorriu – E você?

- Sou médico. Na verdade, sou residente do Presbiteriana e faço especialização em


Neurologia. – respondeu-me timidamente. – Estou procurando alguém porque o
apartamento é meio grande e meus irmãos estão comprometidos, demais.

- Oh. Certo. – murmurei dando atenção ao meu cookie. – E então? – perguntei


timidamente, tentando ocultar meu desespero por não ter muitas opções.

- Você é de onde?

- Nasci em Forks, morei por um tempo lá, depois fui para Phoenix e Jacksonville. Aos
15 anos voltei para Forks e me formei na faculdade de Seattle. – resumi minha história
de vida meio cigana e ele arregalou os olhos.

- Meus pais moram em Forks. – comentou – Não tem muito tempo. Meu pai é médico
lá, ele está perto de se aposentar.

- Hum… Meu pai mora lá com sua esposa. Ela tem um restaurante, na verdade, o único.
– brinquei

- Sue Clearwater? – perguntou-me surpreso – Soube que ela era casada com o chefe da
polícia.

- A mesma. Mundo pequeno. – sorri sem graça.

- Eu não estava procurando uma colega de quarto do sexo oposto… – Edward começou
meio sem graça, meu coração murchou, merda. Prometo não pensar em sexo com
você. – Mas acho que temos surpresas e coincidências demais para deixar passar. Então,
acho que vai rolar.
- Sério? – Meu coração bateu no cérebro e voltou. Era bom demais. Daria um pé na
bunda magra do James.

- Sério. Quando pretende se mudar? – perguntou-me sorrindo. Eu definitivamente tinha


gostado dele. Homem santo. E gostoso.

- Amanhã? – respondi animada. Estava quicando na cadeira – Você está me salvando!


Muito obrigada.

Nós conversamos um pouco mais sobre o apartamento, finanças e eu bati o pé


afirmando que iria dividir as despesas pela metade. Se eu pudesse pagar, seria outra
história. Após tudo acertado, conversamos sobre banalidades e percebi que seria fácil
morar com ele. Acabamos pedindo uma torta alemã e dividimos um enorme pedaço, o
que para a minha surpresa, era a preferida dele. Não preciso dizer que era a minha
também.

Meu celular começou a tocar. Fiz sinal e ele gentilmente permitiu que atendesse

- Bells? – Seth chamou-me – Você irá vir para o jogo. Sam e Paul já estão aqui. Jacob
quer comer tudo.

- Oh Droga Seth! Eu esqueci das finais. Segure Jacob e diga que vou arrancar as bolas
inúteis dele se ele comer as minhas batatas fritas com queijo. – desliguei o telefone
pegando a carteira – Edward. Desculpe, mas os rapazes estão me esperando para as
finais.

- Droga. – ele bateu na testa – Meus irmãos devem estar quebrando o apartamento a
minha espera. – ele rapidamente se levantou e me acompanhou até o caixa pagando a
conta inteira. Abri a minha boca para protestar e ele me cortou – Estarei em casa
amanhã até a hora do almoço. Tudo bem pra você?

- Tudo certo. Estarei lá por volta da hora do almoço. – confirmei apertando a mão dele.
Corri para o carro e voei para o apartamento de Seth.

Mal cheguei e fui esmagada por Sam. Paul puxou meus cabelos, Seth me deu um tapa e
Jacob acenou. Quando nós terminamos, ele definitivamente se afastou, como todos
éramos amigos, percebi que isso não era a melhor coisa para nós. Leah chegou pouco
tempo depois e dividi minhas batatas com ela. Ficamos conversando até bem tarde, mas
não contei a ninguém sobre a minha mudança ou algo do tipo.

James e Victória só chegaram a tempo do jantar. Comemos tudo que Sue havia
mandado por Sam e Paul. Fiquei até a hora dos meninos partirem e voltei para o meu
futuro antigo apartamento e me tranquei. Ouvi James desejar boa noite, mas não abri a
porta para que ele se desculpasse pelos gritos de mais cedo. Comecei arrumando todas
as roupas que queria levar, peguei umas caixas antigas e coloquei todos meus livros.

No meio da madrugada já tinha tudo que queria empacotado. Joguei-me na cama


completamente cansada. Depois de três malas grandes e duas caixas de livros, meus
ossos e músculos pediam misericórdia.
Acordei com meu celular tocando avisando que era meio dia. Tomei banho bem lendo,
guardei meus últimos pertences pessoais, espiei o apartamento vazio. Victória era
médica ginecologista e tinha uns horários loucos. James era arquiteto e trabalhava bem
cedo até bem tarde.

Fiz mil viagens até meu carango velho, mas carreguei tudo. Certifiquei-me que tudo
estava guardado. Tranquei o quarto e fechei o apartamento. Segui em direção a casa de
Edward com as mãos suando e o coração batendo no cérebro. Antes que pudesse
estacionar, eu o vi saindo do hall do prédio, abrindo pra mim. Desci do carro sem saber
onde enfiar minha cara. Era a visão dos deuses. Camiseta flanelada coladinha no corpo?

Vamos lá Swan! Mexam essas pernas branquelas. Você está pagando por isso.

- Olá. – sorri timidamente

- Olá. Imaginei que você fosse precisar de ajuda. – disse simplesmente.

- Isso seria ótimo. – agradeci puxando a primeira mala. Assim que estabelecemos as
coisas no Hall, o porteiro simpático veio nos ajudar. Em duas viagens levamos tudo
aoputaquepariu enorme apartamento. A sala dele era decorada com preto e branco. As
paredes eram claras com moveis escuros. Oh Céus ele tinha um piano. Sabe lá quantos
anos eu não tocava um piano! Meus dedos coçaram.

- Vamos levar tudo ao quarto e eu te mostro tudo. – Edward surgiu nos meus devaneios.
Passei a mão no queixo certificando de estar com a boca fechada. Meu quarto ficava no
fim do corredor. Era claro, com colchas azuis escuras, com um closet vazio e algumas
prateleiras também.

- O quarto de frente é o meu. – disse empurrando levemente a porta e dentro tinha um


modelo parecido com o meu. – Este é o escritório. Ontem minha cunhada desocupou
um lado para você estabelecer suas coisas. – Empurrou outra porta com duas
escrivaninhas e muitos livros. – Este é o banheiro social – abriu outra porta com um
lavabo simples – Obviamente a sala. – apontou quando cruzamos pelo enorme piano
que me fez babar – A cozinha – minha boca se abriu com a enorme cozinha toda
montada com detalhes cinza e madeira escura – Dispensa vazia, eu não tenho muito
tempo para cozinhar e meus irmãos quando vem aqui só trazem besteira. Na geladeira
só tem cerveja e doces. – seguimos para mais um cômodo – Esta é a área, mas eu não
sei lavar roupa. A peste da minha cunhada me deu de presente, mas nunca usei.

- Oh certo. – comentei abobalhada. – Eu sei lavar roupas, na verdade, se quiser,


podemos fazer isso. Detesto idas a lavanderia. Sempre tenho medo.

- Se não for problema nenhum para você. – deu os ombros

- Bom, posso cozinhar também? – perguntei encolhendo os ombros – Você tem a


cozinha dos sonhos e eu definitivamente não posso me segurar.

- A casa é sua. Podemos ir ao mercado a qualquer hora. – sorriu observando a cozinha –


Só minhas cunhadas e minha mãe usa isso aqui. – apontou em direção ao fogão.
- Como não estou com vontade de desfazer minhas coisas agora, eu vou ao mercado. –
anunciei buscando minha bolsa.

- Então, vamos. – sorriu me seguindo. – Vamos ao meu ou no seu carro? – perguntou-


me no elevador. Comecei a rir. Sinal clássico que ele queria dirigir meu carango. Sacudi
as chaves na frente dele e lancei em sua mão. – Sério? – seus olhos brilharam – Isso é
ótimo.

- Homens. – revirei meus olhos teatralmente.

O carrinho estava dividido. Coisas saudáveis com muitas besteiras. Acredite se quiser, o
médico sendo ele, o responsável por todas as coisas que poderiam nos matar em menos
de cinco anos era Edward. O celular dele tocou quando estávamos escolhendo algumas
frutas. Parecíamos amigos de infância. Reparei algumas senhoras arfando quando ele
passava, mas Edward estava alheio a tudo isso.

- Meus irmãos e as meias-irmãs do mal estão indo lá para casa hoje a noite. Eu tentei
dispensá-los, por ser seu primeiro dia. Normalmente segunda-feira é dia deles irem lá
para casa. – sorriu nervosamente.

- Não mude isso por minha causa. – disse rapidamente e ele sorriu – Irei me manter em
meu quarto de qualquer modo. Prometo não atrapalhar.

- Não. Eles querem te conhecer… – Murmurou olhando para o outro lado. – Desculpe.

- Sem problemas. – fiquei sem jeito.

- Se você não quiser, tudo bem. Entendo perfeitamente.

- Edward! Relaxe. Além do mais, hoje tem reprise, poderei ver partes do jogo que perdi
ontem. Posso fazer o jantar.

- Não se preocupe com isso.

- Ah, por favor. Jantar. A famosa receita da vovó Swan. – pisquei empurrando o
carrinho. Nós conversamos sobre banalidades, tivemos a nossa primeira briga no caixa
quando ele quis pagar tudo, no final das contas eu passei meu cartão e fiquei
fodidamente com as calcinhas molhadas com o olhar do mal que ele me deu. O homem
já era lindo demais para o meu cérebro compreender e ainda bancava o machão homem
das cavernas. É pedir que eu grite para ele me foder até amanhecer.

- Nós deveríamos no mínimo ter dividido. – Edward comentou quando colocávamos as


compras no meu mini porta malas. – Não é justo. Quando sua fatura chegar, me avise.

- Edward. Você ficou discutindo e aprenda, eu sou teimosa demais. Agora é tarde. –
brinquei rodopiando até o banco do carona. Fomos para casa ouvindo meu velho CD do
U2 e por incrível que pareça, cantamos todas.

- Eu preciso ir até o hospital assinar meus horários da semana. Estarei de volta antes da
tropa chegar. – avisou deixando-me sozinha no enorme apartamento. Antes de guardar
tudo, limpei a dispensa e a geladeira, jogando fora metade das coisas que lá estavam.
Deu uma geral na sala só por precação e rumei ao quarto para desfazer minhas coisas.
Tirei os livros e empilhei nas prateleiras, coloquei meu notebook para carregar em uma
mesa do canto, tirei as roupas e fui empilhando no closet. Em menos de duas horas
estava com tudo no lugar.

Voltei para a cozinha e comecei a preparar Strogonoff da Vovó. Fiz uma nota mental de
ligar para Charlie antes que ele aparecesse com a arma carregada atrás de mim. Fiz
arroz branco com salada para acompanhar, verifiquei as cervejas e os armários se
Edward tinha peças de cozinha. A sobremesa seria cookies com sorvete.

Com tudo pronto, estava me sentindo tão bem e tão em casa. Tomei um banho bem
lento me deliciando com a ducha enorme e quente. Coloquei meu celular para carregar e
ouvi a porta da sala se abrir. Rapidamente fui para o closet e escolhi uma roupa simples
para receber a família de Edward. Estar apresentável seria o mínimo, visto que eles só
queriam saber se eu não iria mata-lo de madrugada.

Demorei mais meia hora no quarto. O apartamento ficou em silencio, mas depois a
campainha tocou e não ousei me mover. Liguei o notebook e revisei a agenda da
semana. Felizmente tinha muitos ensaios, inclusive para umas revistas de moda.

- Bella? – Edward bateu na porta do quarto. – Está viva?

- Eu acho que não. – resmunguei – Espero que eles não achem que irei te matar.

- Eu também espero que você não me mate. – brincou me puxando pelo corredor. Céus.
Sem contatos físicos! O formigamento correu meu corpo inteiro. Ele pareceu sentir a
mesma coisa e soltou minha mão.

Colegas de quarto. Ele é só um colega de quarto. Colega de quarto que eu quero que me
olhe com fúria e me jogue contra parede.

- Pessoal. Quero lhes apresentar Bella. – apontou para dois casais parados na sala –
Bella este é Jasper, meu irmão mais velho. A nanica do lado dele é Alice, sua noiva. – O
casal era extremamente lindo. Ele era loiro, alto, com olhos azuis profundos e tinha um
sorriso tranquilo nos lábios. A mulher ao seu lado era bem baixa e tinha cabelos curtos
bem negros. Seus olhos eram verdes e puta merda ela estava com uma maldita bolsa
Prada legítima. – Este é Emmett, meu irmão do meio e sua esposa Rosalie. – apontou
para o outro casal que quando a vi resolvi que seria melhor me esconder no quarto. A
mulher tinha saído das revistas. Seu sorriso de comercial de creme dental e cabelos
loiros bem grossos me deram um tapa na cara. O homem ao seu lado tinha cabelos num
loiro escuro com olhos azuis como os do irmão. Ele era enorme.

- É um prazer conhecer vocês. – murmurei

- Bem vinda Bella. – Rosalie disse-me com um sorriso sincero – E boa sorte. – apontou
para Edward.

- Espere um minuto. Você é bebê Swan? – Alice perguntou-me e quase corri para me
esconder. – Você é irmã de James Swan?
- Yeap. – brinquei

- Menina! É bom saber que você está viva! James estava quebrando o escritório atrás de
você ainda pouco. – comentou e suei frio. – Bem vinda de qualquer modo. Eu lhe
reconheci da foto do escritório do seu irmão. Trabalhamos juntos, quer dizer, eu sou
estagiária e ele é meu chefe quase bem humorado.

- Mundo pequeno. – sorri sem graça.

- Parem de sufocar a menina e vamos comer o que quer que esteja cheirando tão bem. –
Emmett se manifestou pela primeira vez. Todos riram. Rosalie deu um sonoro tapa em
sua nuca.

- Talvez seja bom para Edward ter uma mulher em casa. – Rose comentou me seguindo
pela cozinha. Peguei meu celular e vi que tinha mais de cinquenta chamadas da minha
família. Coloquei tudo para esquentar e elas começaram a colocar a mesa – É muita
gentileza fazer um jantar.

- Eu pensei que assim vocês não achariam que irei matar Edward. – brinquei ainda
muito envergonhada. – Foi tudo muito rápido, mas acho que será bom.

- Nós também. – as duas disseram em uníssono. Rimos juntas. As duas eram muito
diferentes, mas tinham uma conexão bastante intensa. Assim que a mesa estava posta e
faltava pouco para tudo ficar pronto. Pedi licença para ligar para James.

- Estou bem. – disse quando a ligação foi atendida. Ele gritou, xingou, fez drama,
reclamou, fez escândalo, chorou de preocupação e me senti péssima. Mas estava
emburrada com ele, então, foda-se. – Sim, eu me mudei. Quando você estiver mais
calmo eu lhe darei o endereço. – resmunguei quando James insistia em me buscar. – Vá
ficar com Vic. Ela precisa de você.

- Você quase nos matou. Victória estava em frangalhos. Isso é Seattle Bella! Eu pensei
que estivesse morta.

- Diga que não ligou pro papai! – gritei

- Não. Só para Leah e Seth.

- Agora avise que estou bem. Vou jantar.

- Bebê… Nós queremos você aqui. – choramingou

- Jamie, eu já tenho 20 anos, está na hora de caminhar com as minhas pernas. – James
tinha a personalidade dramática com um Q de controladora igual a minha mãe. Os dois
quando se juntavam era algo impossível de se aturar. – Preciso ir, amanhã passarei no
seu escritório. Te amo Jamie.

Quando retornei a sala, eles estavam indo para a cozinha, sentei-me ao lado de Edward,
de frente para Alice e Jasper. Ao meu outro lado estava Rosalie e do outro lado de
Edward, Emmett. Um de frente ao outro. Todos nos servimos em silêncio. Depois das
primeiras garfadas e alguns elogios que me senti vontade de me esconder, Alice
quebrou o silêncio.

- Você tem umas fotos lindas. Eu vi algumas no escritório do James. – Alice comentou
casualmente. – E faz ensaios fotográficos?

- Na verdade, eu só faço ensaios, mas houve um período passei em Cuba, no último


verão. Então tirei umas fotos. James gostou delas e resolveu decorar seu escritório. –
respondi sinceramente. Não queria entrar no ponto que a viagem foi uma válvula para
não matar Jacob.

- Você foi a Cuba? – Jasper perguntou-me – Pensei que lá não tivesse atrativos a
turistas.

- Bom, há muitos atrativos. A noite por lá é uma das incríveis!

Nós passamos o resto da noite completamente mergulhada em tudo que Cuba poderia
oferecer. Peculiar e estranho eu os ofereci a me acompanhar em um clube cubano que
frequentava. Ao dizer as palavras: cheio, quente e sensual. Rosalie se animou e
convocou a todos. Nós iríamos neste sábado. Servi cookies com sorvete e eles ficaram
me olhando estranho.

- Fiz alguma coisa errada? – perguntei depois que eles continuaram me olhando como se
fosse um E.T e Edward estava corando furiosamente.

- Não. Está tudo muito ótimo. Exatamente por isso. Cookies com sorvete é a sobremesa
preferida de Edward e cá entre nós é bem estranho. Só é engraçado encontrar outra
pessoa que goste. – Rosalie respondeu sorrindo.

- Se é engraçado por que está todo mundo me olhando estranho e não rindo? –
emburrei-me – E pensei que ele gostasse de torta alemã com café.

- Oh Céus! Ela tem uma puta personalidade. Swan você vai fazer meu irmãozinho
sofrer. Será ótimo tê-la por perto! – Emmett exclamou enquanto todos gargalhavam. – E
sim. O querido Eddie é uma maldita formiga.

- Temos um grave problema aqui Sr Cullen. – apontei minha colher em forma de


ameaça – Ninguém toca nos MEUS doces.

- Não respondo por mim quando chego de madrugada e sinto fome. – replicou batendo
na minha colher com a dele. Espremi meus olhos e ele sorriu zombando – Vai fazer o
quê?

- Você fodidamente dorme no quarto ao lado e sou muito boa com trancas. – suguei o ar
com a minha ameaça. Os dois casais nos observavam rindo.

Edward era quente. Lindo da cabeça aos pés. E eu particularmente duvidava que um
pedaço de mal caminho estivesse solteiro. Colegas de quarto Swan. Foque-se! Nós
passamos o resto da noite conversando. Mulheres na sala colocando um filme
romântico, o que fez meu estomago revirar, não estava muito tendenciosa a amores
eternos. Essa merda não existia.

Os homens arrumaram a cozinha e eu só ouvia gargalhadas e alguns barulhos. A


delicadeza definitivamente não tinha comparecido. Eles se espalharam pela sala.
Aninhei-me em um dos sofás sozinha e dormi em menos de 15 minutos. Era algo de
melhores amigos que terminam apaixonados.

Seu melhor amigo pode ser seu namorado, mas ele vai te trair. Assim como Jacob fez
comigo. Nós namoramos e eu era apaixonada. Era bom. Era saudável. Aparentemente
nós estávamos sobrevivendo a faculdade, mas sua colega de quarto pareceu mais
interessante. O pior foi o idiota dizendo que o deslize foi porque ela era parecida
comigo. Foda-me Jacob, mas não fale merda.

- Dorminhoca? – Alice acariciou meus cabelos – Seu celular está tocando. – avisou-me
e rapidamente levantei, sentindo a maldita vertigem de estar com sono e levantar
rapidamente. Minha cabeça rodou e caí no colo de Edward. Claro, nada mais poderia
ficar constrangedor. Ainda sonolenta corri para o telefone. Era Leah.

- Oi Sis. – murmurei sonolenta.

- Que diabos você se meteu? Que história é essa de casa nova? Bee, por que você
simplesmente não avisou antes de me matar do coração? Eu cheguei jurar a Deus que te
perdoaria pelos meus manolos!

- Sis. Relaxa! Estou bem e viva. Só estou dividindo um apartamento com um maníaco
do parque. Sabe, ele tem aquela cara assustadora e mãos grandes. – brinquei – Meu
quarto parece um fosso ou algo do tipo. Sabe, no fundo estou achando tudo isso bem
excitante. – mordi os lábios para não rir. Leah era uma maldita fera e nunca
demonstrava sentimento por mim. Mesmo nossos pais sendo casados, ela simplesmente
tinha a fachada de irmã mais velha inabalável. Tinha a obrigação de zoar.

- Vai se foder Isabella. Na próxima, você vai implorar por um carinho meu. –
resmungou e a imaginei fazendo bicos.

- Ok. O maníaco do parque deve chegar a qualquer momento. Ele não gosta de telefones
celulares. – brinquei antes de desligar. Olhei para o lado e todos me observavam – O
que?

- Você não contou a sua família que estava se mudando? – Edward perguntou-me
preocupado.

- Eu? Pra quê? Jamie está muito bem com Victória e estava com raiva. Leah é um osso
duro de roer e Seth iria querer espanca-lo. – brinquei

- Mas James estava bem preocupado. – Alice pontuou

- Na verdade, ele sendo filho legítimo de Renée, isso é bem comum. Quando
conhecerem minha mãe, verão que James é a cópia fiel. – sorri – Minha família é bem
louca, amanhã eles estarão bem. – dei os ombros e eles me olharam como se fosse um
crime – Quem quer pipoca? – perguntei

- Pensei que nunca fosse oferecer. – Emmett resmungou dando play novamente no
filme.

O resto da noite se fechou tranquilamente. Catei as ultimas bagunças quando Edward


desceu na desculpa de guardar meu carro na garagem, mas eu sabia que era para mostrar
para seus irmãos. Deitei na minha cama nova tentando refletir um pouco sobre minha
vida. Era filha de pais separados, com irmãos loucos e instáveis. Mudei de curso na
faculdade umas três vezes. Encontrei meu namorado transando com sua colega de
quarto.

Nunca fiz sexo. Não sei o que é prazer. Fui traída. Estava endividada. Meus irmãos
eram felizes, cada um ao seu modo. Eu não era feliz de modo algum.

Viajei para Cuba sem avisar. Voltei sem comunicar. Conheci um cara. Ele é um médico
fodidamente lindo. Me mudei para a casa dele. Ele era meu novo colega de quarto. Eu
continuava sendo a sem graça bebê Swan.

Capítulo 3 – Parque, diversãos ou provocações?

A semana passou rapidamente. Edward tinha horários loucos e eu também. Nós sempre
ficávamos conversando durante um bom tempo. Mesmo quando o sono quase nos
vencia. Talvez isso fosse importante para nós dois. Todos os dias deixava uma comida
pronta dentro do forno, de algum modo ele sabia onde encontrar. Fiz vários ensaios,
recebi pela maioria deles, paguei algumas parcelas, mandei lavar o carro e fazer uma
geral. Carango era velho, mas tinha que continuar funcionando.

James estava mais calmo. Meu pai uma fera. Seth queria matar Edward. Jacob apareceu
no estúdio. Dei um tapa no rosto dele. Ele foi embora. Eu chorei. Sou uma idiota. Minha
mãe me ligou todos os dias. Charlie já estava aceitando a ideia. Victória se mudou para
casa de James. Seth conversou com Edward. Eles se gostaram. Seth se tornou Team
Edward. Leah estava fora da cidade. Alice me ligou umas vezes. Rosalie ligou outras.
Edward estava de plantão nos últimos três dias. Estive sozinha. Hoje era sábado. Dia do
clube. Dia de apresentar aos Cullen uma noite quente no ritmo de havana.
Acordei no sábado muito cedo. Eram cinco horas da manhã e eu definitivamente já
tinha adotado o apartamento como eu. Resolvi fazer uma bela faxina. Limpei o
apartamento por completo, exceto o quarto do Doutor Edward. O telefone da sala tocou
e pela indicação era Alice.

- Eu não sei bem o que vestir para ir a um clube como esses. – Alice resmungou
claramente emburrada. – Estive pensando se nós pudéssemos nos arrumar juntas. O que
acha?

- Não vejo problema algum. Posso passar por aí umas seis horas, o que acha? –
perguntei animada. Eu não tinha noite com meninas. Não tinha muitas amigas. Meu
coração se apertou e senti saudades de Ângela. Fazia muito tempo desde o nosso último
e-mail.

- Estaremos te esperando. Venha de táxi. Assim você e Edward voltam para casa juntos.

- Não mesmo. O clube é quente. Edward irá encontrar alguém que o agrade e não quero
atrapalhar. – disse tranquilamente. Maldita seja a sortuda.

- Duvido muito. Venha de táxi. – ordenou antes de desligar na minha cara.

Eu nunca tinha tagarelado tanto na minha vida como aquelas últimas duas horas. As
duas mulheres que andavam só de lingerie pelo enorme quarto de Alice eram loucas. A
própria e a cunhada. Estive a maior parte do tempo me dobrando de tanto rir. Emmett
iria passar para buscar Rose. Jasper estava se arrumando no quarto de hospedes porque
o expulsamos do seu próprio quarto. E Edward chegaria depois, nos encontrando no
clube.

Depois de prontas, a baixinha que era uma maldita bola de energia nos obrigou a tirar
fotos. Podia ouvir os rapazes conversando na sala. Alice estava casualmente chique,
mas dentro do lhe falei. O importante era estar de vestido curto, saia rodada e sapatos
altos. Rose se manteve no tom claro, mas estava divinamente linda e muito
ansiosa. Eu estava nervosa, com medo que eles me achassem louca.

Nós chegamos ao clube pouco tempo depois. Não era muito longe do apartamento de
Alice e Jasper e eles definitivamente adoravam uma boa corrida por Seattle.

- Bella! – Riley me puxou para um abraço caloroso assim que passei pelo bar. –
Saudades pequena. Minha parceira favorita está de volta!

- Também senti sua falta! – beijei sua bochecha. Riley era irmão caçula de Victória. Nós
nos conhecíamos desde muito pequenos e fazíamos aula de dança juntos, pois ambos
eram descoordenados demais. Assim ele conheceu Bree, sua noiva e desde então, estão
juntos. Quando falo que todo mundo tem o seu par de meias e eu estou sobrando,
ninguém acredita. Riley tinha tudo para ser gay. Foi com eles que fui para Cuba. Eles
eram donos do clube. – Riley, este são Rosalie e Emmett. – apontei para o casal mais
próximo – E logo atrás são Alice e Jasper. Eles são meus novos amigos e não conhecem
o ritmo quente.
- Sejam bem vindos. E espero que gostem. – Riley os cumprimentou e a banda começou
a tocar ao fundo. Procuramos uma mesa bem na parte superior onde dava uma boa visão
da pista de dança. Pedi umas tequilas para começar a noite porque eles pareciam
tímidos. Exceto Rosalie que já se sacudia com o ritmo.

- A esta noite! – brindei e eles gritaram animados.

- Bee! Vamos dançar e mostrar para seus amigos que a noite é animada! – Riley gritou.
Alice me deu um empurrão ansioso e vi Bree se posicionar no palco.

- Atenção! Esta noite temos uma convidada especial! Bella Swan a pessoa que nos
impulsionou a abrir o The Bananas. Abram a roda para que ela possa mostrar o ritmo
quente!

Dito isto. Estava no meio da pista de dança, com um vestido curto e sapatos altos. Riley
estava outra extremidade. Luzes vinham em cima de mim e a galera gritava. Era como
nos tempos da escola.

Nós dançamos tranquilamente e eu amava a mistura de ter rap com o ritmo quente. A
banda tocava ao vivo com uns rapazes conduzindo a multidão. Riley não estava tão mal
assim. Ele conseguia me erguer e me conduzir sem esforço. A dança sempre era sensual
e envolvente. Definitivamente dançar com alguém que você vê como irmão torna-se
meio brochante. Nós terminamos e todos aplaudiram! Eu fiquei ofegante e dar cor do
meu vestido. Alice quicava na sua cadeira com palmas. Rosalie assobiava pedindo mais.
Jasper estava gargalhando com Emmett e me chocou ver Edward congelado no lugar.

Seus olhos estavam mais escuros e era aquele olhar que fazia minha calcinha se rasgar.
Aproximei-me devagar e seus olhos subiam e desciam por todo meu corpo. Por Deus
homem. Eu quero te agarrar.

- Bella! Isso foi incrível! – Alice gritou – Agora vem. Nos ensine! – puxou-me para a
pista de dança sem ao menos de me dar a chance de dizer Oi ao Doutor Delícia.

Nós dançamos muito. As duas aprendiam rápido. Emmett e Jasper se achegaram depois
que alguns caras ficaram insistentes demais. Havia um que toda hora puxava meu braço
ou meu cabelo, pensei seriamente antes de dar um bom soco nele, mas senti um par de
braços rodeando minha cintura quando fechei meu punho para acertar o desconhecido
insistente. Pelo formigamento e o siricutico com as minhas pernas, só podia ser Edward.

- Também posso ter aulas de dança? – perguntou-me no pé do meu ouvido. Meu corpo
inteiro se arrepiou.

- Espero que não tenha dois pés esquerdos. – brinquei e prontamente ele me rodopiou,
me puxando com força novamente, bati em seu peito firme e mordi os lábios para não
gemer. – Bom. Quer jogar comigo Cullen? Este é meu território. – dei uma piscadinha
maliciosa quando colei meu quadril ao dele e rebolei.

Edward enrijeceu, mas buscou levantar-me. Nós dançamos com facilidade. Ele me
erguia, puxava, rodava, cheirava… Eu disse cheirava? Porque ele fodidamente se perdia
em meu pescoço. Depois de certo tempo minha calcinha em estado de misericórdia e eu
não podia mais continuar com contato direto com a puta ereção dele.

- Preciso de ar. – ofeguei soltando-me dele e corri para o banheiro. Assim que molhei
minha nuca e olhei para cima dei de cara com os cabelos vermelhos mais temíveis me
analisando. – Oi cunhadinha linda do meu coração. – sorri inocente.

- Oi bebê. – sorriu – Quem é o pedaço de homem quente da pista? – perguntou sorrindo

Sem rodeios. Essa era Victória.

- Meu colega de quarto, Edward. – respondi inocente.

- Vocês estão transando?

Sem filtro também. Essa era minha cunhada.

- Claro que não! Somos amigos e a família dele aqui também está. Estou mostrando um
pouco do ritmo quente.

- É melhor voltar. Seu irmão já deve ter degolado o pobre rapaz. – sorriu retocando o
batom.

Como um furacão corri para a nossa mesa. James, Edward e Emmett conversavam em
um canto. Jasper estava servindo Alice e Rose com uma bebida colorida.

- Bebê. – Jamie saudou-me – Já fui apresentado a seu novo amiguinho. – espremeu os


olhos pra mim. Edward sorriu e Emmett mordeu os lábios para não rir.

- O que você fez? – perguntei emburrada. Cruzei os braços e bati o pé. – Você foi
educado, Jamie?

- Riley não me deixou fazer o que queria. – resmungou também cruzando os braços.

- Tire essa bunda magra de perto dos meus amigos James Swan. Contarei ao papai sobre
seu comportamento obsessivo. – ameacei e ele sorriu.

- Só porque ele é cunhado de Alice, vou deixar passar. Conheço Jasper o suficiente para
saber que devem ser boas pessoas. Estou de olho em você Isabella Marie Swan. –
apontou para mim antes de olhar feio para Edward e ir em direção a Bree do outro lado.

- Matem-me! Preciso de tequila! – gritei e Rose prontamente me ofereceu a dela. –


Desculpe por isso. – disse a Edward que também bebia a sua. Ele sorriu e afagou minha
mão. Puta merda. Não sorria inferno. – Mais tequila!

Nós bebemos, dançamos, bebemos, dançamos, bebemos muito mais. Quer dizer. Os
rapazes se mantiveram na água. Rosalie, eu e Alice parecíamos adolescentes. Bem,
tecnicamente não podia estar em um clube, bebendo… Mais meu irmão mais velho
estava no recinto. Eu posso.
A última vez que vi a hora era umas cinco horas da manhã e foi no painel do carro de
Edward. Ele falava comigo algo sobre como vou passar mal, mas eu não compreendi
um terço. Me vi sendo carregada até meu quarto. Ele tirou meus sapatos e cobriu-me.
Dormi pouco tempo depois. E que sono!

Pela primeira vez eu não acordei com fome. Não acordei com o despertador. Não
acordei com o raro sol no rosto. Eu acordei porque minha cabeça doía. Minha boca
estava seca e minha língua áspera como se tivesse comido terra. Corri para o banheiro e
tomei banho. Coloquei uma calça de moletom, camiseta dos Beatles e meias. Maldito
frio. Até o barulho da chuva me incomodava.

Merda. Remédios.

Como um zumbi, comecei a mexer em tudo na cozinha, minha cabeça doía e não tinha
umas malditas aspirinas ao meu alcance? Como um passe de mágica, uma mão apareceu
com um comprimido branco. Olhei para o alto e quase me esborrachei no chão. Edward
estava sem camisa. Seu braço torneado. Sua barriga toda cheia de gominhos e nenhum
pelo. Frio? Oi? Cadê você? Só de calça de moletom e os cabelos – como sempre –
bagunçados. Uma carinha de sono fofa. Barba pra fazer. Meus ovários. Pra que?

Peguei o comprido da sua mão e busquei um copo de água, mas ele também já tinha
isso. Sorri agradecida, minha garganta implorava por mais. Acabei bebendo três copos e
ele estava se divertindo.

- Bom dia. – sorri – E obrigada.

- Bom dia senhorita José Cuervo. – brincou

- Nunca mais beberei tequilas. Só quando fizer 21 anos.

- Deus. Você não é maior de idade! Estou abrigando uma criança! – Edward fez cara de
preocupado, mas só estava me zombando.

- O que é o senhor tenho 26 anos de idade e sou um médico solitário? – repliquei


irritada.

- Ouch! Não sabe brincar Bellita? – provocou

- Não quando tenho ressaca. Preciso curá-la. – resmunguei me apoiando no balcão da


cozinha.

- O que faz para curar a ressaca?

- Assisto um seriado engraçado comendo muitos doces. Deitada no sofá com um


edredom enorme.

- Não seja por isso. – disse sorrindo indo até a sala – Temos Friends, Fringe, Two and
half men e My dad says. Qual quer? – perguntou apontando para uns box de dvd no
quanto da enorme sala.
- Friends e depois My dad says. – respondi animadinha. – Vou reunir todos os doces e
venho te encontrar aqui.

Assim que tirei da dispensa várias guloseimas, reuni em seus potes, peguei refrigerante
para ele e água pra mim, porque minha sede ainda era de camelo no deserto, encontrei a
sala forrada de almofadas e um edredom preto enorme com cara de quentinho me
esperando. Adeus ressaca!

Deitamos juntos. O que causou uma pequena dança irlandesa nos meus hormônios. O
filho da mãe era quente demais e ainda por cima dando sopa ao meu lado em um
domingo chuvoso pedindo por sexo? Deus. Tire esse homem de perto de mim. Estou há
20 anos sem sexo e isso é pura maldade.

Os primeiros cinco episódios, eu falei todas as falas, o que irritou Edward. Toda vez que
fazia menção em abrir a boca, ele enfiava uma jujuba em mim.

- Pára! – ele gritou injuriado – Você definitivamente é uma chata de galochas.

- Não é galochas. São meias de bichinho. – rocei meu pé nele, com força. Era pra ser um
chute, mas ele segurou minha perna.

- Swan. Não faça isso. – ameaçou e eu revirei os olhos dando língua. Continuei
imitando o Ross. Depois a Phoebe e Rachel. – Chega. Você vai ver o que é implicar
com um Cullen. – irritou-se se aproximando. De repente, ele fazia cosquinhas, daquelas
irritantes que dói a barriga de tanto rir. Edward estava parcialmente em cima de mim,
quando eu tentava inutilmente imobilizá-lo com a minha perna. Impossível. Não custava
tentar.

- Ar. Preciso.de.ar. – gritei rouca – Eu.vou.morrer.

- Não vai não. Pensasse nisto antes de me irritar.

- Vou.Morrer.Chega.Ar! – gritei descompassada. – Por favor. – choraminguei. Depois


de fazer mais algumas, ele me deixou livre. Meu cabelo estava embolado, meu rosto
vermelho, meus olhos cheios de lágrimas, minhas bochechas doendo e a barriga
também. Idiota do caralho sou vingativa.

Pulei em cima dela e sentei bem em sua barriga, comecei a fazer cosquinha, mas ele me
derrubou no chão de novo e imobilizou meu braço. Mordi seu ombro e ele gritou de dor,
caindo o rosto no meu pescoço. Nós dois começamos a rir descontroladamente até que
ouvimos um pigarro e outra risadinha. Virei a cabeça de lado batendo no rosto de
Edward.

Vi um homem loiro lindo como Edward e duas mulheres. Uma delas era ruiva, com
cabelos longos, rosto de coração e olhos azuis como de Edward. A outra era loira
morango, corpo escultural e me olhava com ódio. Eu não sabia onde enfiar minha cara.
Estava com um braço preso acima da cabeça, com Edward em cima de mim e as pernas
envolvidas na cintura dele.
- Oi pai. Oi mãe. Oi Tânia. – Edward comentou casualmente sem me soltar. Depois de
olhar para meu rosto vermelho, começou a gargalhar. – Esta é Bella Pimentão Swan.

- Me solta. – dei um sonoro tapa. – Isso não é engraçado. – resmunguei. Os pais de


Edward riam da cena com um brilho nos olhos. A loira ia me matar.

- Sou Esme. – a mãe dele se aproximou – Este é Carlisle, meu esposo e essa é uma
amiga da família, Tânia.

- Prazer. Sou Bella Swan sem o Pimentão. – sorri apertando a mão dela, mas ela me
abraçou apertado. Carinhosa, não? O pai de Edward estendeu a mão e me recusei a
olhar na direção de Tânia. Edward já estava recolhendo nossa bagunça quando me virei
para me esconder no quarto.

- Bella? – Esme bateu a porta do meu quarto que estava meio aberta – Nós estamos indo
almoçar e depois ao parque, por que não vem conosco?

- Ah! – falei sem graça – Eu vou atrapalhar.

- Nada querida. Quero te conhecer assim como Alice e Rose. As duas têm falado
bastante de você. E também quero ir ao clube. – brincou – Vá se arrumar. Vamos te
aguardar na sala.

Corri para dentro do closet. As duas mulheres lá na sala estavam divinamente


arrumadas. A loira principalmente. Ambas saídas das revistas. Era o parque. Fala sério.
Arrumei minha bolsa e vi que tinha umas ligações de Alice.

Quando cheguei na sala, Edward estava conversando animado com seu pai. Tânia
foleava uma revista não muito interessada e ouvi passos na cozinha.

- Definitivamente, agora tem comida nessa casa. – Esme brincou quando retornou –
Todos prontos? Vamos? Emmett já deve estar comendo o restaurante.

- Senõra Cuervo. Vamos no meu carro? – Edward perguntou-me sorrindo bobamente.


Idiota sem coração.

- Carango vai se sentir abandonado. – resmunguei fazendo bico – Mas não quero dirigir
hoje. – sorri dando língua, ele devolveu, Esme sorriu quando Carlisle a cutucou.

Nós descemos no elevador em silencio, volte e meia Edward me cutucava, mas meu
mordia a boca para não rir.

- Esme, irei no carro com Edward. – Tânia anunciou quando chegamos ao hall,
discretamente ele revirou os olhos. Esme apenas sorriu e assentiu olhando hesitante pra
mim, como se pedisse aprovação. Fingi que nada estava acontecendo. Edward foi
andando na frente abriu a porta do passageiro, mas Tânia o ignorou sentando na frente.
Ele bufou quando sentei no banco de trás.
Inclinei-me para colocar um CD. Edward já estava dando partida e reparei que o vestido
da loira estava propositalmente mais curto. Escolhi ColdPlay versão acústica ao vivo.
Edward sorriu, mas mordeu meu braço.

- Que musica chata. – Tânia resmungou

- Desculpe. Posso trocar. – expliquei rapidamente me movendo.

- Eu gosto. – Edward disse secamente aumentando o volume. Ele olhou pra mim pelo
retrovisor e deu uma piscadinha.

- Então, quais são as novidades querido? – Tânia perguntou a Edward com uma voz
melosa. Senti o desejo de rir, mas me contive. – Faz tempo que não nos vemos.

- Não tenho muitas novidades. – Edward deu os ombros. O carro voltou a ficar só com o
som da música. Comecei a cantar junto com ela baixinho, mas segundos depois ele me
acompanhou também. Chegamos um restaurante que Charlie adorava quando vinha a
Seattle. Sorri com saudades, mas logo vi Rosalie de óculos escuros e Alice também.

- Bom dia senhoras cuervo. – Edward agarrou as duas ao mesmo tempo. Elas
protestaram, mas acabaram rindo.

- Ontem definitivamente foi o máximo. – Rose me abraçou – Exceto a ressaca de hoje.

- Precisamos fazer isso mais vezes. – Alice comentou me arrancando dos braços de
Rose. – Noite das meninas, o que acha?

- De jeito nenhum. Lá tem muito urubu. – Jasper resmungou apertando Alice – Oi


Bellinha, também de ressaca, meu bem?

- Jasper, seu irmão já está fazendo piadinhas demais pra mim. – fiz bico cruzando os
braços.

- Que fofa! – Emmett gritou me apertando em um abraço de urso.

- Respirar! Emmett! Respirar! – gritei amassada. Rosalie ria com Alice. Vacas. Edward
me arrancou dos braços de seu irmão e me prendeu contra si. – Sai você também.
Cosquinhas Cullen irritante. – resmunguei tentando ajeitar meu cabelo.

- Ah. Oi Tânia. – Alice sorriu amarelo. Rosalie continuou olhando para a sua unha.
Jasper sorriu para a loira que estava o tempo todo ao nosso lado, mas as duas fingiram
não ver. Tânia ignorou as duas, mas colou do outro lado de Edward. Sem mais
paciência me soltei dele e sentei do lado de Emmett. Carlisle e Esme finalmente
apareceram e pudemos ir para uma mesa.

- Eu liguei para vocês essa manhã. Tanto para você, quanto para Edward. Dormiram
muito? – Alice perguntou casualmente quando nos sentamos no fundo do restaurante.

- Mais ou menos. Acordei com ressaca. – respondi rapidamente. Edward estava no


meio, entre eu e Tânia. – Eu só vi depois.
- E você Edward? – Alice desafiou bebendo um gole de sua água.

- Estava com os dedos ocupados em Bella. – respondeu rapidamente pegando a minha


água e entornando no copo dele. Bati em sua mão, mas o que me chamou atenção foi o
silencio da mesa. Processei o que ele tinha falado e meu rosto esquentou. Abri a boca e
o encarei. Carlisle começou a gargalhar junto com Jasper e Emmett. Alice me deu uma
piscadela e Rose me chutou de baixo da mesa sorrindo maliciosamente. Tânia me comia
com os olhos e Esme só a observava. – Que foi? – Edward perguntou confuso.

- Dedos ocupados em Bella? – Alice imitou com maldade. Ele ficou sem graça. Tão
vermelho quanto eu. Comecei a rir descontroladamente dele. Ele me lançou aquele olhar
mal arranca calcinhas pela cabeça.

- Não deixa de ser verdade, querido. – pontuei a frase sendo bem doce como Tânia.
Elevei minha mão até seu cabelo e baguncei mais ainda, descendo pelo seu rosto. Mas
ele me mordeu e eu dei um tapa em seu ombro. A conversa fluiu bem mais tranquila
depois, Esme era carinhosa e gentil. Carlisle um verdadeiro cavalheiro. Seus filhos eram
sua cópia fiel. O jeito extrovertido, de fazer piadas o tempo inteiro vinha dele. Inclusive
a vocação para ser médio.

Jasper sendo cardiologista. Emmett pediatra e Edward neurologista. Que família linda.
Babei.

Nós almoçamos umas saladas bizarras com massas, logo depois. Pedi uma torta alemã
pra mim. Edward pediu um bolo de chocolate com maracujá, acabei comendo o prato
dele e ele o meu. Alice, Rose e Esme nos olhavam o tempo inteiro.

- Pára. – emburrei – Você implica com minha dublagem, mas come minha torta?

- Você também está comendo a minha. Se liga. – replicou me dando língua. Tânia se
manteve conversando com Esme, sem se importar em dividir a conversa. Acho que as
meninas também não queriam saber. Loucas do inferno essas duas.

- Dr. Cullen? – uma loira, bem pálida de olhos azuis se aproximou. Quase soltei a
piadinha ‘Qual deles?’, mas apenas sorri – Ou melhor, doutores Cullen? – brincou
quando viu todos.

- Drª. Volturi. – Edward sorriu abertamente – Como vai pentelha. De volta a cidade?

- Demetri não gostou de Nova Iorque. – sorriu – Estou na Presbiteriana novamente e ele
seguiu o conselho de uma amiga, indo para Seattle Grace.

- Isso é ótimo! – Jasper animou-se – Vamos jantar todos juntos e comemorar a volta de
vocês. Ele está aqui?

- Só meu pai. Ainda estamos resolvendo as mudanças. – sorriu. Ela e Alice começaram
a conversar, mas me mantive prestando atenção na torta. Rose me chamou para ir ao
banheiro, sorrateiramente escovamos os dentes e morri de rir ao descobrir que ela tinha
a mesma mania que eu. Alice chegou logo depois já tirando sua mini escova rosa.
Retornamos a mesa e ao lado de Jane tinha um senhor bem bonito. Como eram
parecidos, deduzi ser o seu pai.

- Ora, ora. Que moça bonita. – sorriu a me ver. – Aro Volturi. – estendeu sua mão.

Impressão minha, mas o vovô bonitão estava flertando?

- Bella Swan. – estendi minha mão e ele a beijou. Comecei a rir.

- Papai! Sem flertar com a namorada dos outros! – Jane irritou-se. Edward olhava pra
mim e pra ele. Sentei ao seu lado novamente. Observei ele se aproximar lentamente,
sorrindo torto.

- Encantando os coroas Bella. Sorte que temos dois cardiologistas por aqui. – falou bem
perto do meu ouvido. Pude sentir seu hálito bater em minha pele e fazer cócegas. Meu
corpo inteiro se arrepiou e ele viu isso, aumentando ainda mais minha tensão. Ou tesão.
Vai saber. – Eu vi isso. – sorriu recostando na cadeira.

Também sei brincar. Idiota do caralho.

Imitei seu gesto em me recostar na cadeira. Fingi prestar atenção na conversa que
pairava sobre a mesa. Desci minha mão da mesa e pousei no meu colo. Edward estava
distraído conversando com sua mãe e talvez Tânia. Coloquei a mão em seu joelho.
Automaticamente senti seu corpo enrijecer, continuei olhando pra frente, sacudindo a
cabeça para algo que Rose comentava sobre ontem.

Subi minha mão lentamente. Passei bem perto do seu membro, mas parei na cintura.
Edward estava corando e com a respiração pesada. Continuei passeando com minha
mão sobre sua perna, quando ele apertou a borda da mesa, pensei no quanto eu era
insana. Subi mais um pouquinho, parando bem perto do seu membro. Mas ao invés de ir
mais a frente, como eu queria e ele também, belisquei bem forte a parte interna da sua
coxa.

- Ouch! – resmungou baixo, mas todos ouviram. Pousei minha mão no meu colo e olhei
para ele com o mesmo semblante confuso.

- O que houve? – Jasper perguntou

- Só uma pequena dorzinha. – Edward respondeu – Que vou resolver mais tarde. Assim
que chegar em casa. – disse entredentes. Eles olharam pra mim, mas eu forcei meu
melhor rosto inocente e dei os ombros.

- O que é querido? – Esme perguntou carinhosa.

- Não é nada mãe. É algo que a Bella mesma pode me ajudar. – sorriu pra mim de um
jeito que meu sangue ferveu. Deusdocéu! Soltei um pigarro sem graça e escondi meu
rosto.

- Que tal o parque? – Rose sugeriu me olhando. – Precisamos nos divertir.


Assim que a conta foi paga, nós esperamos Jasper vir com o carro que estava
estacionado bem longe. Edward estava conversando com seu pai, mas me puxou pelo
braço e me introduziu na conversa. Ele ficava subindo e descendo suas mãos pelas
minhas costas. Brincava com a ponta da minha blusa e com o cós da calça. Filha da
puta. Carlisle nos olhava estranho. Sorrindo, mas sabendo bem o que estava
acontecendo.

Edward foi para o carro me puxando pelo braço. Emmett ficou rindo quando seu irmão
caçula praticamente me jogou no banco da frente. Tânia foi atrás, mas não a olhei.
Tinha medo dos seus olhos saltarem e virarem armas de fogo. Durante todo infeliz
caminho, Edward passava a marcha roçando na minha perna.

Merda. Eu já estava pegando fogo.

Chegamos ao parque e eu ainda estremecia. Esme se juntou ao grupo das mulheres.


Tânia estava mais sociável, mas Rosalie e muito menos Alice as respondia com
simpatia. Olhei para o lado e ofeguei quando vi um enorme banner com uma foto de
minha. Esme me olhou na mesma hora.

- É minha. – apontei para o banner. – É Cuba. É minha. – emocionei-me com um casal


de senhores dançando no meio de uma noite popular. – Ninguém nunca se interessou
pelas minhas fotos de Cuba.

- Ela realmente é linda. – Esme envolveu meu ombro. As meninas continuaram olhando
para a foto. Sem pensar, segui em direção a cabana. Eles ainda estavam montando, mas
todas as fotos eram minhas.

- Olá. – sorri ao um rapaz. – É uma nova exposição? – perguntei curiosa. – As fotos são
lindas. – sorri abobalhada.

- Sim. É uma nova fotografa. A irmã dela está fazendo essa exposição surpresa. – ele
sorriu abertamente – Apareça aqui na quarta-feira a noite. Será a abertura e todos vamos
conhecer a misteriosa irmã de Leah.

- Claro. Obrigada e boa sorte. – agradeci com a voz trêmula. Senti a intensa vontade de
chorar, mal me dei conta que Edward estava ao meu lado com sua família. Saímos de lá
e eu mordi os lábios para não chorar. Minha irmã mal humorada estava fazendo
surpresa pra mim. Minha Sis que era um osso duro de roer era um amor.

- Bella? Eles estão usando suas fotos? – Rose entrou no modo advogada.

- Sim, mas é minha irmã. Leah está fazendo uma exposição surpresa pra mim. – uma
lágrima teimosa escapou – A inauguração será quarta-feira a noite. Então vou fingir que
não sei.

- Isso será incrível! Com certeza nós viremos. – Esme gesticulou entre ela e Carlisle. Eu
odiava ser o centro das atenções. Então resolvi sorrir e fingir que nada estava
acontecendo. Mesmo que por dentro quisesse chorar como um bebê. Continuamos
caminhando pelo parque. Alice estava combinando um dia de compras, o que pra mim
no momento seria impossível.
- Meu orçamento ainda não permite muitas compras. – comentei – Preciso mesmo me
estabilizar.

- Eu adoraria conhecer seu estúdio. – Rose comentou

- O que você faz? – Tânia perguntou-me com uma pontada de desdém. Engoli seco.

- Sou fotografa. – respondi timidamente.

- Ela tem fotos lindas. Nós devíamos conhecer todo seu trabalho. – Alice sorriu
genuinamente pra mim. – Eu quero fazer umas fotos antes do casamento.

- Agora que vi a exposição surpresa, estive pensando em fazer uma festa de


inauguração. Eu gastei todo meu fundo universitário nele. – comentei casualmente.
Esme abriu um enorme sorriso. Alice gritou e Rose quicou.

- Me deixa organizar? – Alice pediu

- Me deixa decorar? – Esme implorou

- Eu quero os convidados. – Rose bateu na minha mão.

- Bom, eu deixo. Espero que vocês também se entendam com minha irmã Leah, ela é
publicitária. E claro, minha cunhada me esfolaria se ficasse de fora.

Elas começaram a falar disparadamente ao mesmo tempo. Comecei a rir


descontrolavelmente. Onde fui me enfiar? Esme era a mais empolgada e eu gostava dela
como se fossemos amigas de muitos anos. Tânia continuava a me empurrar. Bufar.
Fazer cara de nojo. Resolvi que para meu bem, seria interessante ignorá-la. Os meninos
estavam ocupados em um stand de tiros e nós sentamos em um banco próximo. Senti
um desejo de pegar uma daquelas armas e socar a cabeça dela.

Edward parou para comer um bolinho de chocolate.

- Você quer? Tem pedaços de morango. Está bem delicioso. – ofereceu-me com um
olhar maldoso. Avistei a plaquinha dos carrinhos bate-bate. Peguei seu bolinho e saí
correndo para comer tudo. Fui dando várias mordidas longas, mas quando faltava um
pedaço pequeno, fui erguida no ar. Assim que bati de frente com Edward, ele pegou o
outro pedaço, mas bati em sua mão e esfreguei o bolinho no seu queixo.

Edward. Chocolate. Queixo. Puta merda! Quero lamber.

- Você me sujou! Sua baixinha do inferno. – resmungou forçando tristeza – Era meu
bolinho. – fez um bico engraçado que me deu vontade de beijá-lo.

- Awn. Bebê Cullen. – debochei passando o dedo em seu rosto sujo e lambendo. –
Gostoso. – Edward me olhou com fome. Não uma fome comum. Era puro desejo.

- Você não devia ter feito isso.


- Só porque você não pode fazer o mesmo. – dei os ombros. Estava tremendo por
dentro. Edward passou a mão em seu rosto sujo de chocolate, pensei por um instante
que ele fosse limpar, mas quando sua mão passou pela minha boca, indo até meu
queixo, meu coração começou a bater rápido demais. Só consegui observá-lo chegar
bem perto, encostar a língua no meu queixo, lambendo todo chocolate, chegando até a
minha boca, onde sugou meu lábio inferior. Minha mão estava agarrada na gola de sua
camisa e as dele presa em minha cintura.

Pareceu uma eternidade o momento que ele esteve com os seus lábios sugando o meu.
Fiquei maravilhada, excitada, paralisada e fodidamente pegando fogo.

- Agora sim… Muito bom. – sussurrou contra meus lábios. Ofeguei silenciosamente e
sorri. – Você tem um gosto maravilhoso.

- Você disse que não estava beijando minha irmã. – uma voz um tanto familiar me fez
empurrar Edward. Seth estava parado a uns passos de distancia, abraçado com uma
menina loira de olhos castanhos que esqueci o nome, mas acho que era namorada dele.
Sorri sem graça para ela. – Oi bebê.

- Olá Seth. – Edward sorriu estendendo a mão para ele. – Tecnicamente estava limpando
o rosto dela. – brincou

- Sei. Tá certo. – Seth sorriu cumplice. – E o que fazem por aqui, além de se agarrarem
como dois adolescentes?

- Primeiro. O único adolescente recém-saído da casa da mamãe aqui é você. – respondi


apontando para o queixo dele – Segundo, a única pessoa que vejo agarrada com outra,
advinha? Também é você.

- Dois pontos para a enfezadinha Swan. – Seth bateu na minha cabeça rindo – O que
vamos fazer no seu aniversário?

- Quando é seu aniversário? – Edward perguntou recolocando sua mão em minha


cintura.

- Daqui a duas semanas. Bebê irá completar 21 anos. – Seth piscou, mas uns amigos
começaram a gritar seu nome. A menina acenou animada. – Bom, precisamos ir. Vejo
você depois. – os dois seguiram na outra direção.

- Eu acho que seu rosto ainda está sujo. – Edward piscou. Soltei-me do seu abraço e saí
correndo.

- Tente me pegar Cullen. – gritei. No meio do caminho fui erguida no ar e ele me


colocou no seu ombro. Estilo homem das cavernas. Meu hormônios gritaram pedindo
mais. – Me solta! – bati nas suas costas. – Ual Cullen. Você tem a bunda toda definida.
– bati nela umas duas vezes.

- Também irei bater na sua. Preciso conferir isso. – avisou gargalhando. Dei mais um
soco em suas costas.
- Não adianta Swan. Não irei te soltar. – anunciou e pude ouvir as risadas finas de Rose
e Alice. Esme entrou no meu campo de visão rindo de mim também. Fui parar no chão,
mas todo meu sangue estava concentrado na bochecha. Meu cabelo uma bagunça só.

- Ok. Preciso me limpar. – anunciei indo na direção do banheiro. Percebi que Tânia
estava bem ao meu lado quando entrei no banheiro. Comecei a lavar meu rosto.

- Olha Swan. Eu e Edward estamos nos dando muito bem. Sei que moram juntos por
enquanto, mas ele não é desse tipo. Tudo não passa de mera diversão. Estou lhe
avisando para o seu bem. Não percebeu? Estamos todos em casais e você está sobrando.

Não seria bem ao contrário?

- Ok Tânia. Vá ficar com o seu Edward que pra mim, já deu. – resmunguei irritada.
Terminei de me secar, saí do banheiro e caminhei direto para a saída. Em casa
conversaria com Edward. Nós estávamos brincando, correspondendo o desejo que meu
corpo tinha por ele. Não ia bancar a empata foda sendo que nem sabia ao certo o que
eles tinham de verdade. Encontrei um táxi e pouco tempo depois estava em casa.

A primeira coisa que fiz foi me jogar na cama. Tirei o tênis de qualquer jeito e puxei um
travesseiro na cara. Estava chateada porque foi um dia muito legal com novos amigos.
Tinha tanto tempo que não fazia isso com meus amigos. Aliás, eu não tinha amigos.
Sempre eram os amigos dos meus irmãos. Sempre seria a Bebê Swan e isso me irritava
demais.

- Bella? – Edward bateu na porta. – Eu vou abrir a porta você estando vestida ou não. –
brincou – Espero que não esteja. – ouvi a porta ser aberta e passos dentro do quarto – Eu
sei que você dorme pesado, mas não deu tempo para você dormir.

- Como você sabe? – resmunguei com o rosto escondido. Senti a cama balançar e o
corpo dele perto do meu. – Não deixei você deitar na minha cama. E o que está fazendo
aqui? Onde estão todos?

- Eu sou abusado. – aproximou-se – E médico. Tânia me disse que você estava passando
mal… É claro que viria atrás. Todos foram embora, ficou sem graça sem você. Por que
veio embora? Por que não retornou e disse que não se sentia bem? Eu te machuquei?

- O quê? – tirei o travesseiro do rosto para olhá-lo. – Estou bem e você não me
machucou. – abaixei os olhos e brinquei com a franja da minha almofada. – É que eu
percebi que estava atrapalhando seu lance com Tânia.

- Você fica muito fofa quando tímida. Mas eu não tenho lance nenhum com aquela
pessoa lá. Ela é amiga da minha mãe e fica no meu pé. Só isso. – sorriu e bocejou ao
mesmo tempo. – Desculpe.

Eu também estava bem sonolenta. Feliz por ele estar ali na minha cama.

- Cale a boca e vamos dormir. – resmunguei fechando os olhos. Ele fez menção em
levantar. – Não ouse se mover. Vamos dormir.
- Sim senhora. – respondeu e pude ouvir o som da sua risada. Ele puxou minha cintura
para mais perto, deu um beijo no meu pescoço e ficou com o rosto bem perto dele.
Fiquei sorrindo com a nossa posição conchinha, mas logo dormi embalada pelo cheiro
maravilhoso dele.

Acordei sozinha na cama e já estava bem escuro lá fora, eram umas onze horas da noite.
A cama ainda estava quente e tinha o cheiro dele em todo canto. Resolvi tomar um
banho bem revigorante e busquei por roupas frescas. Até que percebi que estava sozinha
no apartamento e não só na minha cama. Tinha um post it colado na geladeira.

“Emergência no hospital. Há recados na secretária eletrônica para você. Primeiro meu


apartamento e agora minha família.”

Apertei a secretária eletrônica e tinha cinco recados.

- “Oi Bebê da mamãe. Estou com saudades. Me ligue assim que puder… Estou
comprando as passagens para seu aniversário. Te amo, mamãe.”

- “Ei Garota. Você não nasceu da chocadeira. Seu pai ainda te ama e não aguento mais
ouvir as reclamações do Jamie. Venha para o churrasco do final de semana. Te amo.
Charlie.”

- “Bella? Atenda a merda do seu celular Bebezona! Quarta-feira, marque na sua agenda
ou naquele diário velho que você tem compromisso comigo. Daqueles de usar salto.
Adeus Bebê.”

Essa era Leah.

- “Bebê? Sinto sua falta. Venha almoçar comigo amanhã. Jamie”.

- “Bella! Eu adorei a noite de ontem! – Alice gritou. – Pena que passou mal hoje. –
Rose completou. – Mas eu sei que meu filho cuidou bem de você. – Esme disse
causalmente. – Nós te ligaremos. – Gritaram e caíram na gargalhada”.

Família completamente louca. Observei que tinha mais uma ligação.

- “Eu sinto sua falta!”.

Esbravejei! Gritei e iria matar Seth por ter dado meu número para Jacob! Que ódio
mortal! Fui para a cozinha e tirei todos os ingredientes para montar uma enorme lasanha
especial da Sue. Leah era incapaz de cozinhar, então Sue tentou ensinar Victória, mas
minha cunhada era moderna demais para a cozinha. Sobrou para a Bebê Swan.

Meu coração ainda martelava de raiva. O idiota era mentalmente capaz de me trair com
sua nova amiguinha, mas era incapaz de entender que não queria mais nada? Não dei
por mim quando a lasanha estava pronta, quentinha e muito cheirosa. Quem iria comer
aquilo tudo?
Peguei o celular e liguei para minha nova companhia.

- Edward? – clamei assim que a ligação foi atendida.

- Oi. Aconteceu algo? Você está bem? O que houve?

- Calma! – gargalhei – Eu só quero saber se você já comeu.

- Não comi ainda e só vou comer quando a cozinha abrir amanhã. – respondeu
desanimado - Por que?

- Só não coma nada. – disse antes de desligar. Arrumei todas as coisas em uma bolsa
térmica, levei um suco de laranja que ele gostava. Troquei de roupa rapidamente e
avisei para o porteiro que não havia ninguém no apartamento. Cheguei ao hospital ainda
com muita raiva de Jacob, mas com o coração martelando no cérebro sem saber o que
fazer quando ver Edward.

- Boa noite. Poderia falar com o Dr. Cullen? – perguntei a recepcionista que não me
olhou.

- Qual deles? – perguntou com desgosto.

- Tanto faz, mas o Edward principalmente. – respondi animada meio nervosa. Ela
digitou umas coisas e ficou olhando para o computador fingindo que não estava mais
ali.

- Bella? Certo? – uma menina loira se aproximou, seu rosto era vagamente familiar. Era
Jane. – Tudo bem?

- Jane? Tudo sim e com você?

- Estou bem. Desculpe pelo meu pai hoje mais cedo, ele perde o controle. – sorriu
simpática. Ela era uma maldita médica com cara de adolescente.

- Na verdade, eu adorei seu pai. Ele devia dar umas aulas para uns amigos. – brinquei

- Você veio ver Edward?

- Sim, mas acho que ele está bem ocupado.

- Venha comigo e vamos procura-lo porque se depender dessas moscas mortas, você
nunca irá vê-lo. – sorriu me puxando pelos enormes correndo brancos. – Teve um
acidente mais cedo, mas agora está tudo bem.

- Imaginei. Eu mal vi Edward sair. – respondi, mas eu ouvi umas enfermeiras arfaram.

- Os doutores MacDream’s estão tão bem humorados hoje. – uma delas comentou –
Doutor Cullen Delícia Terceiro está cheio de piadinhas.
- Elas ficam eufóricas com os meninos. – Jane sussurrou. Ouvi a gargalhada estrondosa
de Emmett. Jane abriu a porta e me empurrou. Emmett estava dançando, Jasper sentado
cantando uma música e Edward se dobrava de tanto rir.

- Quanto vocês me pagariam para não contar as meias irmãs do mal os apelidinhos
carinhosos de vocês? – perguntei. Os três congelaram a me ver.

- Bellinha! – Emmett me sufocou em um abraço. – O que está tão cheiroso?

- Ela trouxe pra mim. Solte-a! – Edward me arrancou dos braços. Meu corpo inteiro
entrou em convulsão. – Está muito cheiroso.

- É lasanha e dá para dividir com seus irmãos. – coloquei a bolsa em cima da mesa. –
Acordei meio irritada e resolvi fazer algo. – dei os ombros. – Só esqueci de trazer
pratos.

- Vamos buscar. Estou com muita fome. – Emmett puxou Jasper pelo jaleco. Edward
puxou-me para seus braços novamente.

- Seu cheiro está em todo canto. – Edward sussurrou no meu ouvido. – Bella…

- Hum…

- Olha pra mim. – pediu puxando meu queixo. – Eu quero te beijar… Mas não saia
correndo. Aqui é um hospital. – brincou chegando bem perto e colando seus lábios aos
meus. Nosso beijo foi longo, quente e bem delicado. Estar nos braços dele era uma
sensação muito boa. – Eu roubei um beijo antes de sair.

- Coisa feia Cullen. Estava dormindo. Isso é abuso sexual. – reclamei forçando
desapontamento. – Se você tivesse me acordado seria bem melhor.

- Não provoca Swan. Estou no trabalho. – beijou-me novamente, só que bem


provocativo. Ele brincava com meus lábios e pressionava sua mão em meu quadril.
Estava bem perto de chegar ao céu.

- Coisa feia Doutor Delícia! – Jane abriu a porta rindo – Suas enfermeiras querem matar
a pequena Bella. Papai não ficaria satisfeito com isso.

- Se manda Jane. – Edward resmungou – Quero ficar a sós com ela.

- Nops! – estalou o p. – Soube que tem lasanha e você era um empata foda do caralho
durante a faculdade com Demetri.

- Tem lasanha para todos. – levantei a mão em sinal de rendição. – De qualquer modo,
preciso ir. Espero que gostem. – abracei Jane que estava sentada velando a lasanha e
Edward me beijou rapidamente.

- Já volto.
Nós caminhos juntos pelo corredor, sem dar as mãos, mas próximo o suficiente para que
todas me olhassem com curiosidade.

- Eddie! – uma voz fina, bem anasalada me assustou, mas eu conhecia aquela voz –
Onde vai?

- Para o inferno Jéssica. – Edward disse brincando.

- Bella Swan? – perguntou assustada. Girei os calcanhares temerosos.

- Jéssica Stanley. – murmurei dando um sorriso amarelo.

- O que faz com o meu Eddie? – perguntou venenosa. – Já contou a ela sobre nós?
Porque é bem engraçado. Eu e Bella estudamos juntas e agora ela está aqui com meu
ex-namorado.

- Você namorou Jéssica? – perguntei a Edward irritada. – Não acredito que beijei o
mesmo cara que ela! – irritei-me e dei as costas.

Jacob e Jéssica Stanley no mesmo dia? Para o inferno todo mundo.

- Ei. O que há?

- Desculpe, mas Jéssica Stanley é porra de uma pedra no meu sapato desde que eu nem
tinha sapatos.

- Eu nunca a namorei. Nunca tive nada. Ela é louca e diz essas coisas, já cansei de
desmentir.

- Nunca mesmo? – perguntei – É que tenho nojo dela. – resmunguei emburrada


encostando no carango velho.

- Somos dois. – sorriu

- Então me beija de novo para esquecer isso. – pedi e prontamente fui atendida.

Bebê Swan tinha um home fodidamente quente em uma noite fria de Seattle. Joga as
mãos para o alto e faz muitas dancinhas irlandesas.
Capítulo 4 – Um pouquinho mais

Depois que deixei Edward no hospital, muito contrariada por sinal, encontrei alguém
que não queria ver nunca mais depois da minha formatura em Forks High School. Não
estou falando de Jacob e sim de Mike Idiota Newton. Você nunca espera encontrar
alguém de Forks em Seattle. Mentira, quem estou querendo enganar? Seattle era apenas
alguma hora de Forks.

Depois de descobrir que Jéssica Vaca Stanley trabalhava como enfermeira no mesmo
hospital de Edward e agora Mike Newton sorria pra mim justamente quando saia do
elevador no meu novo prédio era sádico. Alguma espécie de castigo por beijar Edward?

- Bella Swan! – Mike exclamou daquele jeito sou simpático – Como é bom te ver!
Desde o baile, hã!

- É. – murmurei catando as chaves na bolsa.

- Não acredito! Você mora aqui? – apontou para o apartamento – Isso é incrível. Sempre
quis saber quem morava ao lado. Você é bem silenciosa.

- É. – repeti o mesmo gesto xingando minhas chaves. Assim que as encontrei, sorri –
Bom te ver Mickey. – destranquei a porta

- Ei! Escute. Nós podemos marcar de jantar junto ou coisa parecida. – insistiu
rapidamente

- É… É. – bati a porta. Cara insuportável.

Não demorei muito limpando a cozinha, cantarolando uma música antiga que lembrava
minha mãe, me joguei na cama e logo adormeci. No dia seguinte não tinha
absolutamente nada para fazer. Tudo estava agendado de terça em diante. Acordei com
o sol no rosto. Eram nove horas da manhã e o apartamento continuava silencioso. Como
estava sem fome, apenas continuei deitada com o travesseiro na cara.

- Que tédio! – levantei indo até a sala. Peguei o telefone e liguei para a minha mãe. – Oi
Phil. – sorri animada.

- Oi bebê. Como está? Estamos com muitas saudades! – exclamou animado – Renée! É
Bebê no telefone!

- Oh. Também estou com saudades. Vocês me abandonaram!

- E a moçinha que se mudou? – brincou – Estaremos aí no seu aniversário. Vinte e um


anos é muito especial. Sua mãe chegou. – despediu-se com mais algumas felicitações e
passei mais meia hora apenas fofocando com minha mãe. Depois liguei para Charlie e
como sempre, uns bons dez minutos era o suficiente para saber de Forks inteira.

- Então, encontrei Carlisle Cullen esta manhã… Ele disse que te conheceu. Rendeu bons
elogios. – comentou depois de um tempo – Talvez. Eu disse talvez Isabella, morar com
o pequeno Edward não seja ruim. Comporte-se.

- Sim, chefe. Não dê ouvidos a Jamie. Ele é exagerado como a mamãe. – respondi
sorrindo. – Irei para casa no final de semana. Estou com saudades. Mande beijo para
Sue. Te amo papai.

Depois de mais algumas ordens, desligamos na promessa de nos ver em breve. Corri
para o quarto, tomei um banho bem demorado ao ponto de acabar toda água quente.
Edward me mataria. Bom, isso se ele chegasse logo… O que foi um sentimento que fez
meu coração bater rápido. Queria Edward em casa logo… Queria os beijos dele. Eu o
queria. Escolhi um vestido longo e coloquei meias no pé pelo simples fato de detestar
chinelos.

Então, senti alguém me chamando e era o piano. Sim… Suas teclas queriam meus dedos
deslizando sobre eles. Escolhi umas das partituras ali e era o início da nona sintonia de
beethoven. Senti um imenso prazer quando ouvi as notas soarem delicadamente por
toda sala silenciosa. Fiquei ali, perdida em mim, me chocando ao mesmo tempo com
elas, me dando paz. Uma paz que não sentia havia muito tempo. Terminei a música e
olhei para o lado e encontrei Edward jogado na poltrona do sofá com os olhos fechados.

Fiquei em silencio observando-o. Ele estava com a expressão serena, mas cansada. E
como era bonito. Seus traços eram tão firmes e ao mesmo tempo tão delicados. Suspirei
deslumbrada.

- Por que parou? – resmungou ainda de olhos fechados. Foi aí que me dei conta que
estava tocando o piano dele sem permissão.

- Desculpe. Eu comecei a tocar e prometo nunca mais mexer nele. – respondi


rapidamente.

- Você pode tocar quantas vezes quiser… – sorriu com os olhos fechados – Estava
muito bom.

- Está aqui desde quando? – perguntei curiosa e também com muita vergonha.

- Desde o começo. Você estava linda e a sensação de ouvir alguém tocar é muito boa.
Hoje entendo minha mãe… É relaxante. – respondeu sorrindo. Comecei a ficar
agoniada. Não sabia exatamente como agir perto dele… Eu queria era beijá-lo. Levantei
apressadamente e ia me esconder no quarto. – Aonde vai? – abriu os olhos e meu
coração congelou. Finalmente minha imensidão azul. – Fica comigo. – pediu me
puxando pelo pulso. Caí sentada em seu colo e me aninhei na curva do seu pescoço.
Mesmo com cheirinho de hospital, ele era incrível.

- Está com fome? – perguntei sem saber o que dizer.

- Não. Só quero deitar com você.


- Como foi lá? – perguntei brincando com seu cabelo.

- Bem estressante. – resmungou fazendo um bico adorável. Não resisti ao impulso de


beijá-lo avidamente. Sua boca era sempre tão convidativa pra mim. – Isso foi um
convite para fazer drama mais vezes? – perguntou brincalhão.

Nós ficamos mais alguns minutos deitados naquela mesma posição na poltrona, até que
levantei na desculpa de buscar algo para comer. Ele foi tomar banho e o ouvi falar com
sua mãe, a mesma que também pediu para falar comigo. Fiquei fazendo um espaguete
simples, conversando sobre banalidades com Esme e Edward estava ao meu lado
beliscando tudo.

- Você fez algum curso de culinária? – perguntou depois que terminou seu prato. Eu
sorri sem graça. – É sério.

- Não… Jamie sempre foi uma negação e a comida da mamãe era horrível. Aprendi o
básico e quando meu pai casou com Sue ela me ensinou muitas receitas. – dei os
ombros. Comecei a limpar a mesa com ele. Ele lavou e eu sequei.

- Vou dormir um pouco. – anunciou me dando um beijo rápido. Sentei no sofá da sala e
comecei a zapear os canais em busca de alguma coisa para ver. Não demorou muito
para Edward aparecer emburrado no corredor. – Bella? – chamou-me. A voz dele
grogue era tão fofa que não consegui responder. – Bella?

- Hm, oi? – sorri timidamente. Ele fez um sinal com a cabeça, mas não entendi. Sem
paciência, bufando, ele veio na minha direção, me pegando estilo noiva com muita
força – O que estamos fazendo? – perguntei rindo. A cena era cômica. Seus cabelos
bagunçados, a cara amassada de sono, me carregando pelo apartamento. Sem mais
delongas, me jogou na sua cama e deitou do lado.

- Não era para você ter me deixado dormir com você. Agora eu sinto falta do seu cheiro.
– sussurrou me puxando para mais perto. Meu corpo inteiro pirou com a proximidade.
Fiquei fazendo dancinhas com sua declaração e por fim, aquietei meu fogo sorrindo.
Edward me deu um beijo na nunca antes de respirar fundo.
Fiquei brincando com sua mão até realmente cair no sono sem acreditar que tinha um
homem como aquele deitado na mesma cama que eu, ainda por cima querendo a
MINHA presença.

As coisas naturalmente estavam indo muito rápido entre nós, mas gostava tanto. Hoje,
tecnicamente faria uma semana que nos conhecíamos e eu já estava dormindo com ele.
Não que isso fosse um problema, porque era apenas dormir, mas em quanto tempo ele
reivindicaria sexo?

Uma música chata começou a tocar e me despertou do sono. Tateei a mesinha do lado e
encontrei um celular muito do escandaloso.

- Alô! – resmunguei sonolenta e irritada.

- Quem está falando? – uma mulher perguntou – Esse celular é do Edward?

Droga! Merda! Atendi o celular dele sem ao menos pensar. Cutuquei-o, mas não se
moveu, continuou ressonando bem pesado com o braço prendendo minha cintura.

- É sim. – murmurei ainda sacudindo-o

- Bella? – a mulher perguntou. – É Rose! Trocaram de telefone? Estava ligando para o


seu celular agora mesmo.

- Ah! É você. Que susto. Estava dormindo. Sabe como é, esse frio… – brinquei

- Emmett também está dormindo. E Edward?

- Também está. – respondi rapidamente passando a mão no cabelo dele. – Bem pesado.
- Ele está do seu lado? – sussurrou – Vocês estão juntos?

- Não sei dizer. – sussurrei de volta.

- Bom, eu e Alice decidimos levar pizza. Muitas por sinal. Será uma noite de pizza com
filmes de terror. Então, nada de cozinha. – comentou – Quando chegarmos aí teremos
uma conversa de meninas no seu quarto. – afirmou – Até mais meu anjo! – despediu-se
desligando antes mesmo que pudesse falar algo.

Continuei deitada só observando-o dormir, até que eram umas seis horas e faltavam
muito pouco para todos chegarem. Tentei levantar, mas Edward me segurou.

- Desde quando está acordado? – perguntei

- Desde quando o celular tocou. – deu um meio sorriso – Pensei que você não fosse
atender como eu, mas já que fez, continuei deitado enquanto recebia carinhos. Pra que
iria abrir os olhos?

- Sacana. – bati em seu braço – Eles devem chegar em breve. Precisamos levantar.

- Nãaaaao. – resmungou me apertando ainda mais contra seu corpo quente e definido.
Seus lábios encontraram os meus e logo sua língua pedia permissão. Pra que pedir? Nós
nos beijamos loucamente na cama. – Essa é a sua intenção de me fazer levantar dessa
cama? – perguntou sem folego.

Antes que pudesse responder, me beijou de novo, mas a campainha tocou e nós nos
afastamos rindo.
- Você atende. Vou trocar de roupa. – anunciei saindo da cama e indo para meu quarto.
Coloquei uma calça jeans e uma blusa flanelada, quando ia tentar pentear meu cabelo,
Edward me chamou.

- Visita. – disse entredentes apontando para a porta. Quando olhei quem estava no vão,
tive vontade de me esconder.

- Ei. Bells. – Mike Newton sorriu – Bom, como combinamos de sair, pensei em irmos a
um pub na sexta-feira, o que acha?

Edward olhou pra mim rapidamente, mas desviou indo para a cozinha com passos
pesados. Quase ri daquilo, mas minha atenção estava concentrada na pessoa idiota na
minha frente. Fiquei encarando Mike sem saber o que dizer. Chegava ser brochante vê-
lo depois de dar uns bons beijos em Edward na enorme cama colossal do quarto dele,
dar de cara com Mike babão Newton? Qual é!

- Bells?

- Mick, eu sei que estava tarde e eu estava com muito sono, mas não disse que iria sair
com você. Então, não. – sorri batendo a porta. Pensei em ir até a cozinha, mas tinha que
pentear meu cabelo. – Imbecil.

Ouvi a campainha tocar novamente e a gargalhada estrondosa de Emmett ecoar por toda
sala. Terminei de me arrumar e corri para a sala. Rose e Alice me cercaram de beijos e
abraços, os meninos ficaram encarregados de comprar as pizzas. Edward não me olhou,
continuou falando alto todos os sabores enquanto todos votavam. Arrumei os sofás com
as meninas e coloquei mais almofadas em cada sofá. Obviamente cada casal iria ficar
com um lado, o pensamento de dividir o mesmo sofá com Edward fez meu estomago
revirar.

- Bella? Por que você não nos mostra sua lista de convidados? – Rose perguntou
inclinando a cabeça levemente em direção ao meu quarto. – Nós precisamos começar a
organizar. Faltam poucos dias. – insistiu. Acenei timidamente e as duas me seguiram
para o quarto. – Cuspa tudo!
- Nós só nos beijamos ontem… E hoje. – dei os ombros meio triste. Não gostei do fato
dele não me olhar por causa do Mike.

- E?

- E mais nada.

- Ontem você foi levar jantarzinho que sei. – Alice sorriu maliciosa. – Por que está tão
triste?

- Mike Newton é o nosso vizinho, mas o conheço de Forks. Ele veio aqui me convidar
para sair, Edward ouviu e está me evitando. – resumi com aspas.

- Ah. Isso é bom. Com competição eles dão mais valor. – Rose deu os ombros. – Vocês
formam um belo casal.

- Que tal a lista? – sugeri mudando de assunto e elas reviraram os olhos. Passamos
alguns minutos discutindo o que iriamos fazer, qual tema, quantas pessoas e por aí. Até
que bateram na porta.

- A pizza chegou, vamos começar? – Jasper chamou. Prontamente as duas o seguiram,


demorei um pouquinho e encontrei todos sentados no chão, ao redor de muitas caixas de
pizza. O único lugar vago era entre Emmett e Edward.

- Então, como seu dia Squirt? – Emmett perguntou-me

- Bem. – respondi secamente. – Estava muito bom.


- Então, você vai sair com Mike Newton? – Alice perguntou sacudindo as sobrancelhas.
Maldita safada. – Ele é bem bonito. Alto, loiro, olhos claros… Deve ser legal também. –
comentou forçando inocência.

- Quem é Mike Newton? – Emmett perguntou

- É o vizinho de Edward. – Rose respondeu mordendo sua pizza. – Nós já o


encontramos algumas vezes. – deu os ombros – Ele gosta da Bella.

- Quem não gosta da Bella? – Alice emendou retoricamente sorrindo amplamente.


Edward continuava em silencio bebendo sua coca-cola. – Então, você vai?

- Não vai. – Edward respondeu com a voz mais grossa. Jasper sorriu torto, Alice
prendeu a risada e Rose ocupou a boca. Emmett parecia surpreso e confuso.

- Por que não? – Alice perguntou – Ela é livre.

- Porque não. – replicou irritado.

- O que você vai fazer? Me proibir? – perguntei cética. Rapidamente Edward me curvou
sobre o chão e me beijou avidamente. Senti sua mão pressionar em meu quadril.

- Você não vai. – disse por fim antes de me dar mais um beijo. Ok! Quem disse que eu
iria mesmo?

- Uol Eddie. – Emmett comentou entre as gargalhadas. Todos estavam vermelhos de


tanto rir – Que cena quente. – piscou pra mim e senti meu rosto ficar vermelho.

Eventualmente senti a mão de Edward descansar na minha perna e ele passou a comer
como todo mundo. Emmett comeu a grande parte e nós ligamos a tevê para começar a
seção de exorcismo. Peguei o edredom de Edward no quarto e levei para a sala. O dele
era duas vezes maior do que eu. Muito injusto. Edward deitou e fez com que deitasse
na sua frente.

- Eu tenho medo disso. – sussurrei para Edward quando a sala estava toda escura, com o
filme começando.

- Estarei bem aqui. – sussurrou no meu ouvido, deslizando sua mão quente pela minha
barriga por dentro da blusa. O primeiro filme passou que não vi, não sei se era a real
intensão dele, mas tive que me concentrar para não gemer conforme sentia sua mão
subir e descer em meu corpo. Toda vez que ele quase chegava a meus seios ou no
ventre, meu corpo queimava.

- Isso vai ter volta. – sussurrei olhando em seus olhos. – Estou falando bem sério. –
franzi os lábios.

- Ótimo. Irei esperar ansiosamente. – brincou beijando-me.

- Segundo filme! – Alice gritou animada continuei beijando Edward. – Vou fazer
pipoca. Bella? Bella?

- O que? – perguntei irritada. – Estava meio ocupada aqui. – brinquei apontando para a
boca de Edward.

- Estava pedindo permissão para usar sua cozinha, oras. – colocou a mão na cintura. –
Parecem dois adolescentes.

- A cozinha é sua hoje. Toda! – exclamei fazendo Edward rir e me beijar novamente.
Eventualmente, fomos bombardeados por pipocas e paramos de nos beijar, mas Edward
permaneceu decorando cada centímetro da minha cintura até meu pescoço com mão
livre. Suspirei pesadamente e fechei os olhos quando uma cabeça explodiu na tela.
Fiquei surpresa e com medo porque Rosalie riu.
- Ela é aterrorizante assim mesmo. – Edward sussurrou – Sempre tive medo dela.

- Não dá para sentir o contrário. – respondi baixo. Sua mão subiu um pouquinho,
chegando a borda do meu soutien – Edward… Você vai me colocar em problemas com
Emmett. Se desconfiar o que você está tentando fazer comigo, serei motivo de chacota.

- Me diz o que estou fazendo com você que eu paro no mesmo instante. – respondeu no
pé do meu ouvido. Pressionando um pouco mais meu corpo contra o dele. Senti sua
ereção encostar-se a minhas costas. Mordi os lábios para não gemer alto. Dei uma
cotovelada na barriga. – Ok. Parei.

- Obrigada. – suspirei – Estava meio quente aqui. – brinquei e ele me agarrou mais
ainda. Dando vários beijinhos na minha orelha.

- Foi muito bom. – Emmett bocejou quando o último filme acabou – Talvez devêssemos
dormir até amanhã. – brincou vendo Edward cochilar atrás de mim.

Nós nos despedimos rapidamente, limpei toda bagunça, ajeitando tudo no lugar certo.
Alice e Rose foram embora com a promessa de nos encontrarmos para almoçar no dia
seguinte. Edward já não estava mais cochilando no sofá, colocou um edredom no ombro
e foi para seu quarto. Ouvi seu chuveiro ser ligado, depois de um bom tempo desligado,
a porta se abriu no exato momento em que eu colocava minha calça de pijama.

Verifiquei minha agenda novamente e alguns e-mail. Notei que Edward estava parado
na porta me fitando curioso.

- Muito trabalho amanhã? – perguntou curioso.


- Mais ou menos. Irei encontrar com uma revista… E depois tenho o dia livre. Marquei
de encontrar com as meninas de almoçarmos juntas. – respondi desligando o
computador.

- E eu?

- E você?

- Não tem nenhuma hora do dia pra mim? – perguntou fazendo bico.

- Hum… – fiz cara de pensativa – Amanhã é dia do Newton. – completei fingindo olhar
a agenda.

- Isso não é legal. – resmungou

- Fala sério Edward Cullen! Inseguro com o Mike Newton? – perguntei gargalhando –
Só há um cara com permissão para me beijar e dormir na minha cama.

- Eu o conheço. – disse caminhando lentamente na minha direção – Ele é bonito. Alto.


Com olhos azuis.

- E beija muito bem. – sorri por fim quando nossos corpos se encontraram. Edward me
beijou lentamente, me provocando quando mordia meu lábio inferior, hora descendo
com beijos molhados pelo meu pescoço, clavícula, colo, chegando bem perto dos meus
seios… Arfei descaradamente e gentilmente ele nos colocou sobre a cama, continuando
o mesmo caminho da maldade. Sua mão brincou com o elástico da minha calça e meu
estomago se revirou de antecipação. Como se uma lâmpada tivesse acendido em sua
cabeça, ele retirou, mas como uma criança insistente, impulsionei meu corpo contra o
dele, virando-nos na cama.

Sentei em seu colo, bem em cima de sua ereção, me movimentando lentamente em


busca por fricção. Edward gemeu colocando suas duas enormes mãos em cada lado meu
corpo, inclinei-me para frente, beijando seu pescoço, ombro, peito, barriga, mas sem
perder o movimento dos meus quadris.

Nós dois continuamos nos agarrando feitos loucos na minha cama, não me sentia mais,
só ele. Eu queria muito mais…

- Bella… – Edward sussurrou me beijando – Precisamos parar… Não quero que seja
assim. – sussurrou sem fôlego. – Não a primeira vez.

- Ok… – respirei fundo depois de um tempo – Foi um bom ensaio. – brinquei

Acordei meio assustada com duas coisas. Um homem me segurando com força e meu
despertador berrando. Demoraria um bom tempo para me acostumar com a hipótese de
ter um homem desses dormindo ao meu lado.

- Bom dia. – sussurrei beijando o queixo de Edward. Ele se mexeu um pouco, mas não
acordou – Psiu…

- Só mais cinco minutos. – resmungou

- Você quer passar o dia comigo? – perguntei baixo e ele abriu os lindos olhos azuis
lentamente. Eles ficavam tão claros de manhã cedo.

- O que você vai fazer? – perguntou beijando minha bochecha

- Irei ao mercado, visitar um amigo, fazer uma seção de fotos para o Seattle Agora e
depois almoçar com suas cunhadas… Você poderia ligar para seus irmãos irem também.
E por fim, pensei em passar no James.
- Acho que vai ser legal… – comentou – Conhecer um pouco mais sobre você.

- Ok. Então vamos nos arrumar! – comemorei animada – E ah! Vamos a pé. Tudo é
consideravelmente perto para perdermos tempo no trânsito.

- Ah… – resmungou jogando-se de volta na cama – Preciso me preparar


psicologicamente para isso. – brincou se cobrindo novamente. Desisti de fazê-lo
levantar e fui tomar um bom banho lento e quente, depois que a minha mente começou
a fantasiar a noite anterior, pensei em ter ligar o chuveiro frio para acalmar meus
ânimos.

Quando saí do banheiro, direto para meu closet vi que Edward não estava mais deitado
na minha cama. Escolhi uma roupa completamente louca e infantil, mas era o melhor
que podia fazer para ficar confortável.

Terminei de arrumar meus pertences e Edward já estava na sala assistindo desenhos


animados, ainda dava tempo de preparar um café da manhã.

- Vamos tomar café na rua? – perguntou-me animado – Adoro café da manhã na rua.

- Por mim tudo bem. – dei os ombros, repegando minha mochila. Nós saímos do
apartamento de mãos dadas. – Você está de folga hoje? – perguntei enquanto ele
trancava tudo.

- Sim. Passei muito tempo no hospital e como residente preciso cobrir meus horários
fora da casa. Meu chefe não gosta muito de competição… Por isso Demetri, mesmo
sendo genro dele foi para o Seattle Grace. Lá quanto mais horas na casa, mais chances
de ganhar a Residência Chefe.

- Quem é o Residente Chefe? – perguntei curiosa


- Você dormiu com ele. – piscou sorrindo torto. – Nós precisamos ir ao mercado dessa
vez? – perguntou confuso no elevador – Achei que aquelas compras dariam para o mês
inteiro.

- E dão. Essas compras são menores e não é para o apartamento. Ajudo um amigo com
essas coisas. – respondi rapidamente – Você irá conhece-lo.

- Tem certeza que não podemos ir de carro? Pode simplesmente chover. – argumentou
apontando para a garagem. O céu estava limpo, mas isso era Seattle. Respirei fundo e
acenei com a cabeça, ganhando um beijo estalado e um sorriso enorme. Fomos para a
garagem rapidamente e antes que pudesse processar qualquer informação, o Volvo
brilhante já estava parado no seu primeiro semáforo. Continuamos ouvindo o Cd do
ColdPlay, ficando em um silencio confortável quando chegamos a uma lanchonete há
duas quadras de casa. Lance lhe um olhar de ‘eu te avisei’, mas fingiu que não viu e
ficou sorrindo.

Uma atendente muito sorridente veio nos atender, indicando mesa para dois no fundo,
perto de um casal de senhores.

- O que posso fazer por você? – a garçonete com o nome de Tiffany perguntou para
Edward. Coloquei meus óculos de sol na cabeça e a fitei confusa. É isso mesmo, ela
NÃO me viu aqui? Ainda era feito dar em cima dos homens na rua, não era? Bem, um
homem e uma mulher, entrando de mãos dadas em um estabelecimento de manhã cedo
significa que é um casal.

- O que vai querer? – perguntou-me olhando para o cardápio, ignorando a garçonete –


Deixa adivinhar alguma coisa… – brincou com a minha mão, beijando minha palma
enquanto lia o cardápio – Panquecas de chocolate com morangos e suco de goiaba?

- Perfeito. – sorri derretida beijando sua bochecha.

- Nós iremos querer panquecas de chocolate com morangos e dois sucos de goiaba. –
virou-se para a garçonete que anotou o pedido e deu uma piscadinha antes de sair
rebolando. Demais.
- Humpf. – resmunguei olhando em outra direção. Vi duas adolescentes sorrirem e
cochicharem olhando para Edward. Virei invisível.

- Sabe que reparei? – perguntou-me depois de um tempo brincando com minha mão –
Que eu fui bonzinho, dormi do seu lado sem te atacar, acordei bem cedo, me arrumei
rápido e não ganhei um beijo!

- Ah! Que irresponsável! Desculpe… – sorri entrando na brincadeira, chegando bem


mais perto e o beijando-o delicadamente, mas por debaixo da mesa minha mão estava
brincando com o cós da sua calça e barriga.

- Pare de me provocar Swan. – sussurrou contra meus lábios – Isso não é legal.

- O que você fez ontem durante o filme também não foi legal. – repliquei dando
beijinhos no seu rosto até no pescoço. Ficamos encolhidinhos no canto namorando até
que chegou nosso pedido. A garçonete continuava flertando com Edward e precisei
limpar a garganta para expulsá-la. Edward começou a rir, mas antes que minha irritação
se direcionasse a ele, começamos a comer em um silencio confortável. – Ok. Mercado
ou iremos nos atrasar. Jeremy não gosta de me receber após o café da manhã dele.

Edward me olhou confuso, mas não perguntou quem era Jeremy. No mercado comprei
todas as coisas preferidas do meu grande amigo e eterno professor de literatura inglesa.
Durante todo período nós conversamos, brincamos e apostamos corridas no
estacionamento com o carrinho de compras. Era engraçado tê-lo ao meu redor. Ele
simplesmente seguia minhas brincadeiras sem sentir vergonha.

Nós seguimos cantando bem alto até o velho prédio de Jeremy. Quando descarregamos
as coisas, ele estava mais serio.

- Você quer saber quem é Jeremy? – perguntei e ele assentiu – Foi meu professor. Ele
foi expulso da faculdade quando uma aluna o acusou de ter um caso comigo e te dado
em cima dela. Nós sempre fomos amigos, ele é como um pai, um melhor amigo… Um
mestre. Quando ele saiu eu saí. Não quis mais voltar. Comecei fotografia e depois tive
uns problemas e fugi para Cuba com Bree e Riley.
- Estou mais confuso que antes. – sorriu torto

- Vamos por partes! Jeremy ficou desempregado e sozinho. A esposa o abandonou e os


filhos também… Então, ele vive aqui. Só com os livros. Com o tempo ele ficou doente e
então, venho vê-lo. Verificar remédios, comida e comprar roupas novas. Nós nunca
conseguimos provar o contrário e com o tempo, ele desistiu.

- Ok. Certo. – disse depois de pensar. Sua expressão suavizou e dei um beijo rápido nos
seus lábios. Nós subimos e toquei a campainha.

- Vá embora Swan! – Jeremy gritou quando me viu do olho mágico.

- Ok. – respondi pegando minha chave. – Estou entrando.

- Estou nu! – gritou de volta. Ele sempre fazia isso.

- Isso não seria novidade Jeremy. – resmunguei pulando as caixas de livros e


certificando que Edward ainda me seguia. – Temos visitas. Este é Edward, meu amigo.
– apresentei e Jeremy não se mexeu na cadeira. – Jeremias Mozart! – gritei advertindo-o

- Oi Edward. – resmungou como uma criança emburrado.

- Olá Jeremy. – Edward o cumprimentou, mas como esperado, não houve resposta.

Comecei a guardar as coisas no armário. Jeremy tinha mania de limpeza. Era algo
gerado pelo seu TOC.

- Swan. Ponha sua bunda magrela para fora. Você abandonou a faculdade! – gritou
depois de um tempo. Revirei os olhos e Edward continuava a me ajudar, com um sorriso
bobo nos lábios.
- Jer. Cadê seus remédios? – perguntei quando não encontrei os vidros. – Jeremy, onde
estão? – comecei a caçar pelo apartamento

- Não falo com você. Você abandonou a faculdade. – resmungou cruzando os braços.

- Ok! Se você não me mostrar, vou mandar cortar a luz. Adeus computador para
escrever contos românticos. – ameacei. Rapidamente levantou-se e pegou sua caixa com
todos os vidros. Entregou-me ainda sem me olhar – Precisarei contar os comprimidos?

- Eu vivi cinquenta anos sem você, Isabella. – resmungou finalmente me fitando – Oh.
Você está diferente. – comentou sorrindo – Está bonita e feliz.

- Estou feliz Jeremy. Muito. E fico muito mais quando vejo que você está se cuidando. –
respondi sorrindo e ele se emburrou.

- Eu sei me cuidar, garota chata. – irritou-se e depois olhou para Edward e olhou para
mim. – Vocês estão juntos. – concluiu

- Ele é meu amigo. – repliquei ignorando-o – E como anda as escrituras? Você abriu a
porta para o carteiro? Me dê as contas.

- Estão na mesinha e você devia parar de cuidar de mim. E no meu tempo amigos não
dormiam juntos. Eu posso mata-lo. Assim como vou fazer com aquele Jacob assim que
o ver.

- Jeremy! Nós não dormimos juntos. – respondi envergonhada, Edward sorria


abertamente. Provavelmente se divertindo.

- Você tem o cheiro dele e ele o seu. Não dá para me enganar magrela. Eu te conheço. –
semicerrou os olhos pra mim.
- Desisto de você. – resmunguei sentando-me no sofá. Edward lia as bulas do remédio
com interesse. Jeremy me olhou diferente, com um sorriso bobo. – Jeremy, é mentira.
Não se verá livre de mim tão cedo.

- Você sabe como ser inconveniente. Ninguém te quer aqui. Nem eu muito menos meus
livros queremos uma que abandona faculdade e o sonho de ser escritora. Não por um
velho escritor sem aposentadoria. – retrucou

- Não abandonei. Só dei um tempo. É diferente. – repliquei olhando para o relógio. – Eu


e Edward temos que ir. – anunciei sentando-me no braço do seu sofá – Semana que
vem é a inauguração do meu estúdio e também festa do meu aniversário.

- Não vou. – cortou-me. Engoli minhas lágrimas porque eu o queria lá. De todos, ele era
quem deveria estar ao meu lado. – Esperarei você no dia seguinte com Charlie e Seth
como fizemos todos os anos.

- Certo. – concordei dando um beijo em sua bochecha – Há uma nova loção pós-barba.
Acho que vai gostar! Te amo Jer.

Peguei a mão de Edward e segui para fora do apartamento. Ele continuava divertido.

- Gostou dele? – perguntei – Esqueci-me de mencionar que ele é rabugento. – sorri

- Achei-o espontâneo e deu para saber mais de você durante uma hora que passamos lá
dentro do que uma semana morando juntos. – brincou

- Como o quê? – exigi entrando no carro.

- Bom. Você deixou a faculdade e o sonho de escrever. E há um cara que partiu seu
coração. Você é amiga, intensa e cuidadosa com quem ama. Não importando quem.
- Ual. Primeiro: Eu deixei a faculdade porque não era o que queria e nem quero, no
momento. Eu amo escrever, mas odiei o curso. – dei os ombros – E Jeremy odeia meu
ex-namorado Jacob porque ele me traiu e eu fugi. Isso o faz odiá-lo.

- O que esse tal de Jacob fez? – perguntou rapidamente – Não diga, se quiser.

- Ele me traiu porque não tinha relações sexuais com ele. – respondi. E fiquei surpresa
de como saiu naturalmente sem me doer.

- Que idiota. – resmungou – O importante que agora você me encontrou – piscou e


revirei os olhos. Ele tinha que estragar o clima – Qual é, você gosta. – beijou-me no
sinal vermelho.

Indiquei onde era meu estúdio, chegamos poucos minutos depois. Abri meu espaço e
Edward olhava para todo lado curioso. Perdeu um bom tempo observando todas as fotos
e sorrindo para a maioria delas enquanto eu ligava todos os meus equipamentos.

- É bem aconchegante. Alice vai adorar decorar a festa aqui. – comentou depois de um
tempo, mas percebi que sua atenção estava em uma única foto. – É você?

- COMO SABE? – assustei-me. Era uma foto minha nua, mas estava de costas, com
poucos cabelos e era em preto e branco.

- Definitivamente essa é a sua bunda, suas costas, seus cabelos e seu pé. – respondeu
olhando a foto.

- Como? – perguntei incrédula. Ninguém nunca tinha adivinhado. Nem mesmo minha
própria mãe.
- Eu acho que já te observei de costas o suficiente. – brincou – Minha imaginação é
fértil.

- Nunca conte isso ao meu pai! Muito menos ao Jamie. – pedi assustada – Você fica me
imaginando nua? – perguntei com um sorrisinho malicioso. Aproximei-me e nós nos
beijamos avidamente. – Um dia te mostro.

- Tem mais dessas fotos? – perguntou animado. Peguei na gaveta o álbum completo
com fotos minhas sensuais. – Que as tirou?

- Uma amiga do curso. Ângela Weber. Ela era minha amiga desde o colegial e me
incentivou a começar. Nós tivemos um trabalho juntas e o resultado foi isso.

- Interessante. – sussurrou virando uma foto. – Ok. Esse álbum tem um dono agora. –
disse colocando no bolso da sua jaqueta – É todo meu. Definitivamente.

- Isabella! – Anita, Editora Chefe da revista chegou com sua equipe. Edward ficou
sentado no cantinho mexendo no meu computador e sendo o DJ do dia. As jornalistas
estavam tímidas, mas assim que o viram, começaram a querer ser lindas e exuberantes.
Fiz uma nota mental de nunca mais trazê-lo para o estúdio.

Passados duas horas de ensaio jornalístico, as jornalistas deixaram meu estúdio


completamente oferecendo o número dos seus telefones para Edward que sorria maroto
para todas elas. Recebendo meu melhor olhar mortal, parou de se comportar como um
canalha e se encolheu no canto do sofá.

Terminei de guardar os equipamentos no andar superior, sendo rebocada por ele.


Quando minhas costas encontraram o sofá, a boca dele já estava na minha.

- Como é chato ficar o dia inteiro sem fazer isso. – sussurrou em meus lábios, mas meu
celular começou a tocar. – Eu sei. Almoço. E de tarde, você é só minha. – piscou
sorrindo torto.
Nós saímos do estúdio rapidamente e encontramos com Alice e Rose no mesmo
restaurante que almoçamos domingo. Alice estava com um bico enorme encostada no
seu carro, bem longe de Jasper e Emmett. Rosalie tinha uma expressão engraçada entre
eles.

- Olá família. – Edward cumprimentou sorridente.

- A noite foi boa Eddie? – Emmett perguntou sacudindo as sobrancelhas. Dei um soco
no seu braço – Ouch. Não te vi. Você é muito pequena.

- Bella nós temos um problema sério aqui. – Alice disse assim que me aproximei – Se
você continuar incapaz de dizer não a Edward, como teremos almoço de meninas?

- A culpa é minha? Ele só reclamou que nós não passaríamos o dia juntos. Só isso. – dei
os ombros. Rosalie começou a rir e Alice se emburrou – Ele é pior que Emmett. Faz
qualquer promessa a Rose que ela sai correndo. – fez bico – Você também não.

- Alerta contra TPM! – anunciei rindo. Edward me envolveu com seu braço e entramos
no restaurante com uma Alice emburrada dando tapas em Jasper.

Antes de sentarmos, vimos três ambulâncias passarem muito rápido. Jasper suspirou e
Emmett encolheu os ombros cansados. Deu um minuto e o bip dos três começou a tocar
disparadamente.

- Tenho que ir. – Edward sussurrou – Te vejo mais tarde. – beijou-me lentamente, me
deixando com gostinho de quero mais. – Vou com meu irmão, leva o carro para casa. –
beijou-me de novo. Observei-o ir com seus irmãos com um longo suspiro. Alice e Rose
tinham a mesma expressão que eu.

Nossos homens foram embora, ficamos sozinhas, desoladas e com uma tarde inteira
para fazer o que bem entendemos, sem reclamações ou piadinhas.
Passados dez segundos depois que eles sumiram de vista. Eu gritei:

Capítulo 5 – Intimidades POV Edward

Hora da Morte – 06h16

Sai da sala de cirurgia sentindo minhas pernas pesadas como dois sacos de cimento.
Meu paciente mais delicado tinha falecido em minhas mãos em menos de dez minutos,
mas todo mundo, incluindo eu e suas famílias sabiam dos riscos. Meu mentor achou
necessário fazer porque era o que o paciente queria. Ele quis morrer, resumindo toda
novela. Observei Aro dar a notícia a família que apenas aceitaram, pois já esperavam
por isso.

- Café. – Jane depositou um copo de café bem grande na minha frente, sentando no
balcão do meu lado. – Decisões têm suas consequências. Eu assisti, você fez um bom
trabalho.

Fui obrigado a rir. Louca.

- É sério Edward. Se ele não morresse pelo coagulo, iria morrer pelo pulmão. O homem
tinha complicações demais. Pelo menos não sentiu dor e descansou em paz. –
completou e concordei. Ela estava certa. Jane parecia a mesma menina da faculdade.
Pequena, delicada e completamente monstruosa. – Faltam só duas horas e nosso turno
estará terminado, chefe.

Com passos desanimados, verifiquei todos meus prontuários e os internos que por
incrível que pareça, só sabiam fazer merda. Encontrei Emmett na pediatria e ficamos
conversando. Ultima ronda de pacientes do turno, topei com Jasper discutindo com
Jéssica Stanley e comecei a rir lembrando Bella emburrada. Ela ficava linda emburrada.

De maneira alguma, quando coloquei o anuncio pensei que teria uma resposta tão rápida
e que seria uma mulher. Uma mulher linda, quente e louca. Sim, definitivamente louca.
Ela tinha uma personalidade forte, um corpo sensual e um beijo… Quando meus lábios
tocaram os dela, pareceu uma eternidade. Era bom. Muito bom.

- Casa! Maridinho lindo me esperando! – Jane cantarolou no vestiário.

- Você acredita que elas foram ao shopping? Alice vai me levar à falência! – Jasper
resmungou com o celular na mão. – E tem mais! Elas fizeram um desfile de lingerie!
Alice acabou de me contar que Bella convenceu as duas a desfilarem na loja!

Tanto eu quanto Emmett começamos a rir a da irritação dele. Definitivamente, aquilo


tinha sido ideia dela.
- Você está rindo? – apontou pra mim – A sua namorada também estava desfilando,
palhaço.

Aí, a ficha caiu. Bella desfilando só de lingerie no meio de uma loja no shopping? Isso
definitivamente estava fora de questão. Ela podia ser louca, mas eu era ciumento,
demais. Arrumei minhas coisas muito rápido e tentei chegar em casa logo… Peguei
uma carona com Emmett que estranhamente estava silencioso. Tinha muito medo do
Emmett pensando. No meio do caminho recebi uma ligação de Jasper avisando que
James nos convidou para a exposição surpresa de Bella, que todos – inclusive ela –
iriamos fingir que não sabíamos.

Ontem cedo tive uma das melhores sensações e também pesadelos da minha vida ao
chegar em casa. Bella tocava uma das minhas músicas preferidas, trajando um longo
vestido e os cabelos soltos caindo como cascatas enquanto deixava as notas soarem pela
casa. Era para ser emocionante, se eu não tivesse ficar excitado pra caralho, fantasiando
jogá-la contra o piano no mesmo instante.

A inocência em seus olhos me impedia. A história dela com o tal de Jacob me


impediam. De alguma maneira, queria ser diferente para ela, assim como ela estava
causando um reboliço na minha vida e da minha família também. Assim que daí do
elevador, topei com Mike Newton tocando a minha campainha. Porra de mosca de
padaria do inferno.

- Oi. Uhn. Bella está? – perguntou-me sorridente.

- Não sei se a minha Bella está em casa. – respondi secamente abrindo a porta,
deparando com um apartamento silencioso. Detalhe, Bella nunca era silenciosa.
Larguei minhas coisas pela sala e cacei pela casa, a luz do seu quarto estava acesa, mas
não houve resposta quando bati na porta. Abri mesmo assim e deparei com a cena da
minha morte.

Ela estava de costas com uma blusa de pano fino e uma calcinha vermelha de renda. Seu
IPOD estava alto, pois ouvia a música cubana que tocava e seus quadris mexendo com
meu cérebro e meu sangue se concentrando em único local, quando a moça resolveu
rebolar até o chão bem devagar.

Não resisti ao impulso de dar dois passos largos e agarrá-la! Um enorme grito foi dado,
mas tapei sua boca com a minha. Bella começou a me bater antes de se entregar a mim.
Seus lábios quentes, macios, com gosto de mel eram minha droga pessoal.

- Se você fizer isso novamente, vou te matar. – respirou fundo me dando um tapa.

- Adorei os trajes. – brinquei mudando de assunto.

- São novas. – sorriu abertamente. Não se dando conta que estava de calcinha na minha
frente – Não mude de assunto. Na próxima, te mato. – ameaçou

- Isso me lembra de desfile na loja? – questionei. Bella mordeu os lábios e deu os


ombros. – Nada a dizer?
- Não. Foi só um desfile. – deu os ombros – Bem divertido, por sinal. – disse por fim me
deixando sozinho no quarto. Segui seus passos até a sala, onde continuava procurando
alguma coisa nos armários.

- Bella?

- O que? – fez-se de desentendida. – Está sendo divertido para você? Posso fazer um
desfile também. – desafiou tirando a blusa. De alguma maneira, minhas pernas falharam
e eu estava caído na poltrona, com Bella tirando lentamente sua blusa, soltando os
cabelos e andando de um lado para o outro. Meu corpo inteiro tencionou e
definitivamente iria morrer.

Suas pernas eram longas, bem brancas e definidas. Seu quadril era perfeitamente
desenhado, ligando diretamente com sua cintura fina, seus seios pequenos que cabiam
perfeitamente na minha boca. Tinha certeza que estava salivando como cachorro.

- E então, gostou? – perguntou com um sorrisinho presunçoso no rosto.

- Maravilhoso. – respondi com a voz rouca. – Vem aqui, vem.

- Uhn. Não. – respondeu correndo, tentando passar por mim rápido. Levantei o mais
depressa possível, pegando pela cintura, jogando em meus ombros. Suas gargalhadas
ecoavam pela casa e de alguma maneira estranha, aquilo me enchia de prazer. – Homem
das cavernas provocador do caralho. – gritou batendo na minha bunda – Caralho, sua
bunda é linda.

- A sua também, meu amor. – mordi a lateral do seu corpo e assim que cheguei no
quarto, joguei na cama. A visão dela descabelada, com o rosto corado e só de lingerie. –
Perfeita.

- Também quero um desfile, Cullen. – piscou. Definitivamente ela era louca, antes
mesmo de processar seu pedido, estava tirando minha roupa. Foi preciso pouco tempo
para estar só de cueca. Bella me analisou de cima a abaixo, mordeu os lábios, passou a
mão no cabelo e sorriu.

- Kellan Lutzs acabou de perder o emprego para a Calvin Klain. – brincou puxando-me
para a cama. Seu beijo era provocador, quente, intenso e profundamente delicioso. Suas
mãos pequenas e finas desciam pelo meu braço, como se estivesse decorando cada
milímetro do meu corpo. Ela estava quente. Ela estava pegando fogo tanto quanto eu.

Um gemido baixo escapou dos seus lábios quando ergui seu corpo e soltei seu soutien.
Depositei beijos molhados do seu pescoço até seu seio que estava completamente duro
pra mim. Eles eram como creme de leite. Seu mamilo rosado era altamente convidativo
para mim. Eles eram meus. Eu tinha que fazer Bella… Urgh, minha.

Seu corpo estava colado ao meu e seu centro buscando por fricção em minha ereção.

- Edward… – gemeu meu nome. – Tira. – sussurrou puxando minha cueca. Seus dedos
delicados estavam no cós da minha cueca, puxando para baixo, libertando meu membro
ereto e latejante. Enquanto me beijava, senti sua mão envolvendo-o e eu estava a
caminho do céu. Bella começou com movimentos lentos e vários gemidos, misturados
com palavrões escaparam da minha boca quando separamos nossos lábios em busca de
ar.

Seu ritmo foi aumentando conforme seu corpo estava cada vez mais quente. Olhando
profundamente em meus olhos, fiquei hipnotizado com o seu lado felino… Sensual. Era
como se existisse a porra de uma segunda personalidade naquela cama comigo.

- Bella… Merda… Eu… Vou… – sufoquei com o ar, sentindo o orgasmo chegando
cada vez mais forte. Quando pensei na possibilidade em me controlar, ele chegou e ela
sorriu. Sorriu aberta e lindamente, mesmo com a mão toda suja e minha barriga
também. Minha respiração estava pesada e porra, não tinha o que pensar. Fodidamente,
a minha morte. – Isso foi incrível.

- Eu sei. – piscou antes me beijar. Acabei levantando, indo pegar uma toalha úmida para
limpar a nós dois. Bella continuou sentada com a porra de um sorriso presunçoso nos
lábios.

- Vem aqui. – puxei-a para meu colo, onde puxei sua calcinha na lateral, descendo por
todo seu corpo, deixando-a completamente exposta pra mim. Deitei seu corpo no centro
da minha cama e depositei beijos da sua boca até seu ventre. Bella sussurrava meu nome
em meio aos gemidos e isso só me impulsionava a dar mais prazer. Era o meu nome.
MEU nome.

Beijei seu centro e percebi que tinha encontrado a porra do meu mundo. Ela estava
extremamente molhada e preparada para mim. Seu gosto era maravilhoso, perfeito e
doce. Vi seu arfar e suas pernas fecharem em torno de mim, mas segurei e continuei
brincando com a língua, dentro da sua umidade quente, passei a pressionar seu clitóris
com o dedão e introduzi um dedo em sua cavidade apertada. Porra. Eu precisava estar
dentro dela. Desesperadamente.

Aumentei o ritmo conforme seu quadril dançava junto com minhas investidas.

- Oh… Deus… Merda… Isso é… – gemeu desesperada, deitei meu corpo sem perder o
ritmo.

- Deus não Bella… – sussurrei – Diga quem está fazendo isso com você.

- Oh… Merda! – gritou

- Errou – diminuí o ritmo. Bella choramingou algo com seu corpo inteiro tremulo. Sua
unha cravou em minhas costas. – Você quer isso? – ela assentiu com respirações
ofegantes – Diga quem é. – aumentei o ritmo novamente, deixando que ela liberasse
todo seu orgasmo. As suas paredes se apertaram contra meu dedo e senti todo seu
líquido se escorrer por eles.

- Puta merda! – gritou – Oh… Merda. Edward, isso definitivamente foi você. –
guinchou beijando-me ferozmente. Observei seu peito subir e descer, enquanto sua
respiração se regularizava junto com a minha. Ainda estava fascinado. Extasiado. Bella
tendo um orgasmo, proporcionado por mim era uma das melhores cenas da minha vida.
Nós continuamos namorando na cama, sem dizer mais nada. O fato de estarmos ali,
ofegantes e completamente excitados novamente era o suficiente para a nossa bolha
feliz. O celular dela tocou, tocou, tocou e no apartamento silencioso estava começando a
ficar irritante.

- Eu já volto. – correu nua para seu quarto, com um lindo sorriso no rosto e voltou
falando com alguém – Eu sei. Sis, você vai vir me buscar que horas? – perguntou
deitando-se novamente ao meu lado. – Em duas horas? Que roupa uso? – perguntou e
soltou uma gargalhada gostosa – Salto alto e algo curto? Irei lembrar-me disso. Até
mais. Te amo, Sis.

- Era Leah sobre mais tarde? – perguntei puxando-a pra mim. A excitação ainda era
enormes entre nós dois. Bella assentiu beijando-me novamente bem lentamente.

- Devemos tomar um bom banho. – sorriu saindo da cama.

- Não. Vem aqui. Vamos economizar agua. – brinquei puxando-a para meu banheiro.
Ela mordeu os lábios nervosos, voltando a assumir uma tonalidade vermelha no rosto e
um olhar inocente. Se isso não fosse tão fofo, poderia chama-la de bipolar. A água
quente fez com que fizéssemos várias brincadeiras. Ela fez bichinhos com espuma,
brincou com a sombra, me fez ajoelhar para que pudesse lavar meu cabelo e se irritou
por não ter que se abaixar para que eu lavasse o dela.

- Isso continua não sendo justo. – resmungou saindo do chuveiro. Vi que ela estava se
observando nua no espelho. – Edward Cullen, o que é isso? – apontou para seu seio,
onde tinha um grande hematoma. Ou melhor, chupão.

- Seus seios que agora são meus, com uma leve marca dominante minha? – retruquei
brincando.

- Não sou um gado. – irritou-se e sai do box envolvendo-a em meus braços. Seus seios
automaticamente se arrepiaram e nós rimos disso – É, acho que eles gostam. – piscou
beijando-me rapidamente.

Bella era minha agora. Só minha. Minha Bella.

- Como você irá me apresentar hoje? – perguntei enquanto ela se enrolava novamente
em sua toalha. Seus cabelos molhados caiam em cascatas no seu ombro, ela mordeu os
lábios e sorriu marotamente.

- Meu colega de quarto. – deu os ombros voltando a olhar-se no espelho. – Como


apresentaria?

- Como seu namorado? – perguntei tentando esconder minha irritação com seu
joguinho. Minha vontade era de gritar. Porra! Nós morávamos juntos, estávamos nos
agarrando como loucos por aí, ela tinha acabado de gozar em minha mão, gritando a
porra do meu nome, dividimos o mesmo banho e eu seria a merda do seu colega de
quarto?

- Você me pediu? – replicou levantando uma sobrancelha. Porra!


- Você quer namorar comigo, Bella? – perguntei sorrindo porque eu era um idiota e
tinha caído no joguinho dela.

- Ah que lindo! – jogou-se me em meus braços, ergui seu corpo e ela entrelaçou as
pernas em minha cintura. – Você fica adorável irritado. Estava esperando o momento
que fosse gritar. – gargalhou

- Provocadora do caralho. – resmunguei escondendo meu rosto na curva do seu pescoço.


Beijei de boca aberta, só para fazer barulho e ela se encolher sentindo cosquinhas.

- Podemos manter isso para nós dois… Sabe, meu pai vai surtar. Essa semana que ele
engoliu a história. No final de semana, quando for a Forks, contarei. Pode ser? –
perguntou baixo, provavelmente envergonhada.

- Tudo o que você quiser. – respondi dando outro beijo e ela começou a rir. Encostei
minha testa na sua e respirei fundo – Sábado é aniversário de Jasper. Nós três estaremos
de folga e passaremos o final de semana lá. Nós iremos juntos, certo?

- Claro, namorado. – debochou beijando a ponta do meu nariz – Resolvemos isso


depois. Irei me vestir antes que Leah chegue aqui para a minha exposição. – sorriu e
depois gargalhou. Seu olhar era doce, inocente e brilhava como uma manhã de natal. –
É tão gente grande. – comentou pulando do balcão e indo para seu quarto. Terminei
toda minha higiene pessoal ouvindo cantar bem alto no seu quarto. Resolvi me aprontar
logo para, obviamente, ficar junto dela o máximo possível.

Quando cheguei ao corredor, a campainha tocou e uma mulher muito bem arrumada
estava do lado de fora, com uma expressão bem emburrada, falando ao celular.

- Sam. Já disse! Se Jacob aparecer por lá e fazer Bebê chorar, irei mata-lo. Entendeu?
Melhor não comparecer. – disse quando abri a porta. Ela me olhou de cima abaixo e
abriu um sorriso arrogante. – Além do mais, minha irmãzinha está muito bem
acompanhada. – piscou quando dei passagem para ela. Rapidamente, desligou o celular,
dando uma rápida olhada no apartamento ao meu redor, parando rapidamente no meu
jaleco jogado no sofá. – Edward, certo? Prazer, sou Leah.

- Prazer. – sorri sem graça. A mulher era intimidante demais pra mim. – Você quer
alguma bebida? Eu acho que Bella ainda está se vestindo.

- Aceitaria um chá gelado. – sorriu – Eu sei que Bella sempre tem. – comentou
sentando-se no sofá, guardando o celular em uma mini bolsa. – Ela sabe? – sussurrou e
neguei com a cabeça. Quem seria eu o louco a contar que Bella já sabia da exposição?
Ao julgar pelos comentários e o olhar, percebi que tinha um amor muito grade por
minhas bolas.

- Edward? Amorzinho? Edward! – Bella gritou do quarto. Leah me olhou


sugestivamente e sorri sem graça. Entreguei a bebida de Leah e entrei em seu quarto.

(N/A http://www.polyvore.com/beb%C3%AA_swan/set?id=31802226).
- Bells, sua irmã está na sala. – avisei quase entrando em choque com seu visual. Ela
deu uma voltinha, perguntando minha opinião em silencio – Prefiro você nua, mas você
maravilhosa. – respondi e ela corou.

- Ok. Obrigada. – beijou-me – Preciso ir. Até mais. – sussurrou baixinho.

Já tinha comprado minhas flores e estava do lado de fora do parque, aguardando minha
família chegar. Os primeiros foram Jasper e Alice e logo depois meus pais, que por mais
longe que morassem, conseguiam chegar antes de Rosalie e Emmett. Assim que todos
os Cullen estavam reunidos e as piadinhas que eu era um idiota apaixonado foram
expulsas do cérebro de Emmett, chegamos a exposição.

- Nós estamos namorando, mas só no final de semana o pai dela irá saber. – avisei a
eles, que assentiram compreendendo – Comportem-se. – ameacei

- Isso é tão fofo! Pequeno Eddie namorando a Bebê. – Emmett comentou suspirando,
levando um belo tapa na nuca da minha mãe.

- Deixe seu irmão em paz. – resmungou

Havia muitas pessoas e foi meio difícil encontra-la. Até que a vi abraçada com James e
sua cunhada Victória. Bella sorriu a me ver e veio correndo, pulando na minha frente,
jogando os braços em meu pescoço e me dando aquele beijo profundo.

- É horrível esperar você chegar. – sussurrou

- E quanto a história de esperar? – perguntei sorrindo.

- Que se dane! – gargalhou beijando-me novamente e lhe entreguei as flores. –


Obrigada! Elas são lindas. – agarrou suas flores sorridentes. – Olá! Vocês viram? Está
tudo tão lindo! – emocionou-se abrindo a conversa para a minha família.

- Está tudo muito bonito! – Carlisle elogiou observando ao redor. Bella continuava com
a mão agarrada na minha cintura e puxou minha família para os corredores, explicando
foto por foto. – Isso que é ter atenção exclusiva. – meu pai brincou e ela corou.

- Ual Bella! – Alice exclamou apontando para o fim do corredor, onde tinha uma foto
dela, com os cabelos caindo de um lado, enrolada por um fino lençol, onde dava
claramente para ver todas suas curvas. Um sorriso tímido brincava em seus lábios e seu
olhar era penetrante. Era do mesmo álbum em preto e branco que eu havia reivindicado
do seu estúdio.

- É linda. – Rose comentou ainda admirando a foto. Estávamos todos os oito parados
olhando para o alto.

- Eu não tenho essa. – resmunguei


- Acho que Leah foi mais esperta que você. – sorriu timidamente, não resisti ao impulso
e a beijei ternamente bem ali no meio. Seria impossível ficar perto sem beijá-la. Seu
rosto corou quando viu que minha família a observava com sorrisos enormes. – Isso está
ficando constrangedor. – escondeu o rosto no meu peito.

Bella foi arrastada por sua irmã para fazer uma entrevista e depois a vi conversando
com um grupo de amigos, rindo muito e por muitas vezes nossos olhares se
encontraram. Ela era perfeita. Meus pais estavam planejando detalhadamente o que
iríamos fazer no final de semana, acabei comunicando que Bella iria ficar conosco e
minha mãe começou a planejar colocar uma cama de casal no meu quarto.

- Não me olhe assim. Você nunca levou uma namorada para dormir em casa. – Esme
encolheu os ombros. – Não irei mudar nada. Só a cama.

- Mãe. Com ou sem cama de casal, duvido que Edward planeje dormir separado de
Bella durante o final de semana. – Jasper replicou dona decoradora Esme, que sorriu me
dando língua.

Bella estava conversando com mais algumas pessoas, mas foi se afastando
sorrateiramente, fingindo prestar atenção, até que a senti me agarrando, com um bico
adorável nos lábios.

- Podemos fugir? Vamos para casa nos agarrar feitos dois adolescentes com hormônios
a flor da pele? – perguntou cansada. – Já vai anoitecer e estou morrendo de fome. Fora
que meus pés doem com esse sapato. Posso matar Alice agora? – perguntou mais alto. A
baixinha que conversava com Jasper, virou-se rapidamente.

- Pare de reclamar. Você me pediu ajuda para estar linda essa noite. – ralhou dando
língua para Bella. – E já deve estar acabando, a imprensa está indo embora. – apontou
para a saída.

- Que tal irmos jantar juntos? A noite está linda!

- Será magnifico comer em qualquer lugar! Até o cachorro quente da esquina,


churrasquinho de gato, pastel japonês de pombo… Estou morrendo de fome! – Bella
resmungou escondendo o rosto no meu peito.

- Olá! – James se aproximou com Victória. – Papai acabou de chegar, ele estava te
procurando. – comentou olhando para a minha mão presa na cintura de Bella. – Viu
amor. Devia ter apostado que eles estavam namorando. – reclamou com Victória,
apontando para a minha mão. Bella começou a rir e sua noiva revirou os olhos. –
Conversaremos sobre isso. – ameaçou Bella que encolheu os ombros.

- Jamie. Deixa sua irmã com o novo namorado em paz. – Chefe Swan se aproximou de
mãos dadas com Sue. Sim, Leah definitivamente era filha daquela mulher. Muito
bonitas e extremamente intimidantes. – Meu Bebê. – sorriu abraçando a filha – Perdoe
seu velho por chegar tão tarde, mas Forks resolveu ficar movimentada hoje.
- Tudo bem. Mas iremos jantar juntos? Todo mundo? – Bella perguntou ainda aninhada
nos braços da madrasta. Quando a vi com sua família entendi o motivo do apelido. Ela
era um bebê para todos eles. – Podemos ir ao seu restaurante favorito.

- Vou chamar Leah e Seth e ver se os meninos irão também. – Victória anunciou
deixando-nos.

Meu pai ficou conversando com Charlie, enquanto todas as mulheres estavam reunidas
decidindo o melhor restaurante. Estava levemente prestando atenção no que eles
falavam, mas fiquei irritado ao saber que o hospital de Forks não estava transferindo
pacientes com problemas neurológicos para Seattle.

- Edward, você deveria conversar com o cirurgião chefe de lá. – Charlie recomendou –
Você é jovem. Ele pode compreender.

- Antônio não me ouve porque ele acha que quero puxar sardinha para meus filhos e que
estou em fim de carreira. – Carlisle comentou decepcionado.

- Durante o final de semana irei falar com ele pessoalmente. Eu sei que sempre há vagas
na presbiteriana para isso. – respondi confiante. O cara tinha a obrigação de me ouvir.

- Tudo pronto. Os meninos irão fechar e podemos ir! – Leah chegou abraçando Charlie
– Desculpe por não ter ligado avisando que cheguei de viagem, foi meio complicado
pai.

- Tudo bem. Bebê me ligou de qualquer modo. Essa história de todos vocês morarem
em Seattle me deixa de cabelos brancos. Essa cidade está perigosa.

- Awn! Bebê Leah no colinho do papai. – Bella chegou debochando, ganhando uma
careta da irmã. – Coisa fofa da mana que fez uma exposição surpresa linda! – agarrou a
morena que começou a protestar saindo da cabana. – Isso significa que perdoou os
manolos sujos de lama no inverno passado. La la ala. – cantarolou correndo atrás de
Leah.

- Tenho a ligeira impressão que essas duas nunca irão crescer. – Charlie comentou ao
meu lado, me olhou de cima abaixo quando segurava a bolsa, o casaco e as flores de
Bella – Ela te pegou de jeito. Boa sorte. – brincou sorrindo torto. – Se ela estiver, estarei
bem. – avisou caminhando para seu carro.

Bella estava encostada no meu Volvo com um sorriso lindo nos lábios. Assim que
guardei todas as coisas no banco de trás, ela me atacou empurrando-me com um beijo
intenso contra o carro. O estacionamento estava escuro e fui subindo minha mão por sua
perna por debaixo da saia do seu vestido, encontrando algum pano de renda. Sua mão
estava mergulhada no meu cabelo onde puxava, querendo loucamente aprofundar o
beijo.

- Melhor irmos. – sussurrou sem ar empurrando-me.

- Você me agarra e agora me deixa assim? – perguntei emburrado. – Logo agora que
estava analisando milimetricamente suas novas aquisições.
- Desculpe. Estava com vontade de fazer isso a noite inteira. Só mais um jantar e
estaremos em casa, sozinhos. – respondeu afagando meu rosto. – E ela é azul. De seda
com renda.

Minha cabeça virou de cabeça pra baixo. Resolvi que seria melhor soltá-la, antes que
não pudesse mais fazer isso. Fizemos todo curto caminho em silencio. Volte e meia
percebia seu olhar em meu rosto e por varias vezes brinquei que se ela continuasse me
paquerando, nós iriamos embora para casa.

- A reação do seu pai me surpreendeu. – comentei abrindo sua porta.

- Meu pai é tão bipolar quanto eu. – brincou ajeitando o vestido e resmungando que seu
pé doía demais. Fomos os últimos a chegar devida nossa seção de amassos no
estacionamento do parque. Acabamos sentando ao lado de Emmett e Rosalie, de frente
para Alice e Jasper na ponta da mesa. Tinha uns rapazes morenos sentados ao lado de
Seth. Um deles me olhou de forma ameaçadora o que me deu vontade de rir.

- Bells. Desculpe, mas tem um rapaz que está olhando pro meu irmão de forma muito
feia, quem é? – Emmett perguntou tentando ser suave. Bella que estava conversando
com minha mãe, mal tinha olhado para o resto da mesa. Quando o viu, emburrou a cara.

- O que esse idiota está fazendo aqui? – rosnou baixo claramente incomodada. Busquei
sua mão por debaixo da mesa e a apertei.

- Apenas o ignore. – aconselhei e ela assentiu

Ficamos conversando e eu adorava observa-la. Ela gesticulava quando empolgada, fazia


bicos engraçados, arqueava a sobrancelha com frequência, mordia os lábios quando
pensava, botava o dedo na boca quando queria provar seu ponto e principalmente fazia
alguma gracinha por tudo. Ela conseguiu enrolar minhas cunhadas com o dedo
mindinho. As duas comiam na mão de Bella com suas idéias.

- Memorável o desfile. – Rose sorriu – Muito tempo que não fazia coisas tão loucas
assim. – suspirou e Alice concordou.

- Iremos aprontar mais coisas na minha despedida de solteiro. Se os meninos irão fazer
uma festa com strip teaser, faremos pior. – Bella comemorou – Faço absoluta questão
de cuidar de isso.

- De jeito nenhum! – Jasper reprovou – Você é maluca. Minha futura mulher precisa
descansar antes de uma vida de casado. – emendou

- Irei entrega-la a tempo de chegar ao altar. – brincou dando uma piscadinha sugestiva
para Alice.

Durante a sobremesa dividimos uma torta com sorvete. Era incrível como éramos tão
diferentes e ao mesmo tempo iguais. Era confortador tê-la ao seu lado. Confortador
saber que ela se sentia bem comigo. Conversamos com nossos pais e nos despedimos de
todas as pessoas de Forks. Em poucas horas teria que voltar para o hospital e estava
louco para finalmente ficarmos sozinhos no silencio do nosso lar. E isso me ocorreu
uma coisa.

- Bella, você acha estranho estarmos namorando e morando juntos? – perguntei no


carro. Ela me olhou durante um tempo antes de dar os ombros.

- Sei lá. Enquanto estiver dando certo. Se não der, quero continuar sendo sua amiga, de
qualquer modo. – deu os ombros e sorriu – Estou gostando e você?

- Definitivamente estou adorando. – sorri beijando sua mão. – Se está tudo bem pra
você, estará tudo bem pra mim.

Subimos agarradinhos no elevador e internamente rezei para não encontrar com Mike
Newton, porque o cara simplesmente era muito chato. Bella bocejou lindamente e nós
dois estávamos morrendo de sono. Sua mão brincava nas minhas costas, subindo e
descendo em um toque delicado.

- Que horas você volta para o hospital? – perguntou-me tirando seus sapatos assim que
pisamos no apartamento.

- Daqui a três horas. – respondi tirando minha blusa.

- E quando retorna dele?

- Perto da hora de irmos para Forks. Por que? – respondi meio confuso com suas
perguntas. Quando olhei para o lado novamente, seu vestido estava no chão. Bella
trajava apenas um par de lingerie azul clara, com os cabelos soltos novamente.

- Porque eu acho que devemos aproveitar cada segundo. – sorriu timidamente, meio
corada. Imaginei o tamanho da coragem que ela estava tendo para falar aquilo, estando
sóbria.

- Não precisa falar duas vezes. – puxei para o aperto dos meus braços, erguendo-a em
meu colo, encontrando seus lábios e caminhando cegamente pela casa.

Já tinha encontrado meu lugar no mundo. Nada mais importava.

Capítulo 6 – Sorvete de Edward!

Rolar na cama. Essa tinha sido minha atividade desde que Edward levantara para ir ao
hospital. Fiquei com uma pena dele, porque passamos a maior parte da noite em um
verdadeiro amasso daqueles que não sabia de onde tinha tirado coragem para fazer.
Quer dizer, tentei ser natural e pelas duas vezes que ele gozou, acho que deu certo.
Edward não precisava saber que eu era virgem e nunca tinha feito algo do gênero e
ninguém tinha feito em mim.
Como iria reagir quando chegássemos aos finalmente? Não sabia. Se ele soubesse que
era virgem, iria desistir. Eu mesma não dava importância a esse detalhe enquanto ele
estivesse comigo. Uma vozinha dizia que isso iria acontecer muito antes de estar
preparada. Quem precisa de preparo com Edward?

Levantei bem cedo e precisava desabafar. Leah não era a melhor ouvinte, ela mandaria
que eu parasse com a palhaçada que virgindade era bobeira. Ela tinha perdido aos 16
anos. Lembro que fiquei assustada, porque eu só tinha 14. Essa ideia era nojenta
naquele tempo. Victória me ouviria, além de minha médica, era minha cunhada, mas
tenho certeza absoluta que me faria vestir a barriga que pesava horrores e me mandaria
ler encartes de doenças sexualmente transmissíveis. Isso seria brochante.

Mamãe poderia me ouvir, mas ela com certeza estava dando aulas a essa hora e eu tinha
que ir trabalhar. Meus pés ainda doíam da noite anterior e não me preocupei em fazer
mais nada, a não ser vestir uma calça jeans, sapatilhas, uma camiseta do the Smiths e
casaco de capuz.

- Jér? – chamei pelo celular. – Como está?

- Terminei um romance. Os remédios chegaram. Deixe-me em paz. – resmungou


emburrado

- Por que atendeu então? – brinquei tentando ligar o carango.

- Você iria vir aqui. Entre te atender e te aturar, qual acha que seria? – ironizou – Jogue
essa lata velha fora. Eu vi que seu namorado tem um Volvo.

- Espiando pela janela Jeremias! – impliquei – Edward está trabalhando e eu estou indo
agora.

- Ele faz o que? – perguntou enquanto tentava pela trilhonésima vez ligar o carro.

- Ele é médio. Residente em neurologia. – respondi sentindo pela primeira vez uma
pontinha de orgulho dele.

- E você uma o quê?

- Fotógrafa. – resmunguei emburrada. – Sua língua está muito afiada. Até mais.

- Eu te amo Bebezona. – brincou antes de desligar.

Tentei ligar meu carro mais umas trezentas vezes e de viadagem ficou em todas elas.
Desistindo, pedi ao porteiro chamar um taxi enquanto o trancava. Demorou mais do que
o necessário para chegar ao estúdio e passar o dia inteirinho revelando fotos. Ninguém
hoje em dia revelava manualmente, mas tinha uns clientes que gostavam, então, eu e
Ângela seguimos com a ideia de cobrar mais caro por esse tipo de serviço.

Exigia concentração e lembrar-se da minha amiga me bateu saudade. Não era hora de
revê-la. A nossa amizade tinha esfriado porque não era capaz de chegar perto ou ir a
festas da sua família sem encontrar Vanessa. Jacob tinha me traído com sua colega de
quarto parecidíssima comigo que era prima-irmã da minha melhor amiga. Era uma
verdadeira cama de gato que não estava nenhum pouco a fim de reviver. Não estava
preparada para ter Jacob de volta em minha vida.

Doeu muito.

Eram umas quatro horas quando tinha terminado de secar todas as fotos. Minha cabeça
estava doendo muito por ter ficado o dia inteiro com o cabelo preso. Tranquei minhas
salas e desci em busca de um taxi, dando uma olhada rápida, verifiquei meu celular.
Cinco chamadas não atendidas. Três de Edward e duas de Alice.

- Oi pixie. – retornei a ligação que foi atendida antes do primeiro toque terminar –
Como vai?

- Bem. Escuta, super rápido. Seu irmão está um saco hoje – sussurrou – Rose e eu
queremos ir a Forks de manhã bem cedo, tipo, umas cinco horas da manhã. Topa?

- Uhn. E os meninos?

- De noite, quando terminarem o plantão. – respondeu suspirando.

- Por mim, tudo bem. Meu carro está ruim, quem vai me dar carona?

- Façamos o seguinte. Faça aquele espaguete delicioso que levarei vinho. Rose e eu
dormiremos no seu apartamento e vamos juntas no meu carro.

- Perfeito. Até mais gnomo. – despedi-me rapidamente quando vi um taxi de bobeira.

Sorri bobamente por elas terem lembrando-se de mim. Era gostosinha a sensação de ser
cuidada por alguém ou simplesmente quando alguém me deixava entrar. Entrar no
coração. Eu gostava tanto de Alice que era como se fossemos grandes amigas de muitos
anos, mesmo nos falando pouco e conhecendo a pouco tempo. Ainda tinha um
pouquinho de medo da Rosalie, mas por vezes, ela parecia amorosa.

Cheguei em casa pouco tempo depois, lavei as mãos e fui preparar o jantar para as
meninas. Até que tive a brilhante idéia de fazermos uma visitinha rápida aos meninos e
levar jantar. Rose chegou primeiro e achou um máximo, resolvendo fazer uma torta de
limão e Alice quando chegou, preparou uma salada grega maravilhosa.

- Só você para nos fazer isso. – Alice resmungou no carro. Na hora H elas amarelaram
não querendo sufocar. Foi tanta briga minha com elas que roubei a chave do porshe
amarelo da baixinha e assumi o comando.

- Vocês são frouxas. Esses homens pertencem a quem? – perguntei no comando.

- A nós! – gritaram animadas dentro do carro quando estacionei no hospital. Pegamos


nossas coisas e rumamos para a recepção. Rose ligou para Emmett que no segundo
toque atendeu, avisando que estava descendo para nos buscar. Algumas enfermeiras
estavam nos olhando torto e tive vontade de rir com meu impulso de marcar território.
Emmett chegou tomando Rose pelos braços e minha bolsa térmica também.
- Isso está cheiroso. – elogiou sorridente. Nós três olhamos estranho para ele. – O quê?
Trabalhe em um hospital e sentirá cheiro de tudo. – completou dando ombros. – Katy,
bipe meus irmãos e digam que há uma emergência de família aqui na recepção.

- Certo. – a morena resmungou falando – Dr. Edward Cullen e Jasper Cullen, por favor,
emergência na recepção.

Emmett nos conduzia para uma pequena sala no fim do corredor expressando sua
felicidade de ter sua ursinha ao seu lado, mas no meio do caminho, fui abraçada por
alguém que tinha um cheiro incrível. Seus lábios estavam no meu pescoço, do jeitinho
que gostava.

- Você lê meus pensamentos? Por que tudo que queria era te ver… – sussurrou no meu
ouvido. Minhas pernas viraram gelatinas na mesma hora. Foi tão intenso o seu modo de
falar, que meu coração pulou dentro do peito. Dentro da sala, Emmett perturbava Rose
que lhe servia uma porção. Jasper e Alice estavam no cantinho conversando baixo,
cheio de sorrisinhos apaixonados.

- A cama sem você é tão fria. Não consegui dormir. – sussurrei contra seus lábios.

- Nós teremos o final de semana inteiro para esquentar a cama. – sorriu me puxando
para um beijo intenso, cheio de carinho e saudade. – Você nunca retorna minhas
ligações, por que?

- Não sei. – respondi escondendo meu rosto em seu peito. – Não é por maldade. Eu juro.

- Só me responda… Fico meio louco querendo ouvir sua voz. – sussurrou em meu
ouvido. – Você vai me esperar para irmos juntos, certo?

- Na verdade, nós, meninas, decidimos ir bem cedinho. Vamos nos ver só amanhã a
noite. – respondi acuada

- Você vai ficar lá comigo, não vai? – pediu fazendo um bico.

- Resolverei isso amanhã. – sussurrei atacando seus lábios novamente. Ficamos


agarradinhos até a hora de irmos, minutos depois. Nós três saímos com expressões
maravilhosas, mas quando chegamos ao carro, soltei um enorme suspiro. Queria muito
mais dele. Alice e Rose se mantiveram em silêncio até chegarmos ao apartamento.
Jantamos com banalidades e o clima ainda era de saudade.

- Ok. Chega! – gritei – Eu adoro Edward e ele realmente é muito bom em tudo que faz,
mas odeio esse clima de velório.

- Podemos ver um filme de romance… – Alice sugeriu

- Nops. Tem algo no armário de Edward que é mais legal. – Rose saiu correndo e voltou
com uma garrafa de tequila – Ele escondeu de Emm uma vez. Hoje, é nossa!

Passamos a noite inteira bebendo tudo. Fazendo aposta, vira vira, dançamos, pulamos
no sofá e por fim caímos bêbadas no chão. Eu já estava mais que tonta e com muito
sono. Alice apossou-se da minha câmera e tirou inúmeras fotos. Era onze e meia quando
decidi que precisávamos dormir.

- Vocês dividem minha cama e eu vou dormir no quarto de Edward. Tem toalha limpa
no meu banheiro e todo resto. A vontade! – fiz uma reverencia, mas tonta, caí no chão e
dei de cabeça. Alice começou a tirar fotos, Rose tentou me ajudar, mas escorregou
caindo em cima de mim.

- Definitivamente, precisamos dormir. – Alice guinchou dentre as lágrimas. Não lembro


bem quando saí do banho, arrumei minha bolsa com a ajuda das duas e dormi agarrada
no travesseiro de Edward. O cheiro dele era tão bom que por um momento desejei que
realmente fosse ele por ali. Acordei com uma baixinha pulando na cama animadamente.
Não demorou muito para estarmos prontas, com dores de cabeça, mas não contendo a
animação de ficarmos sozinhas o dia inteiro.

- É bom ter momento de meninas. – Rose comentou no carro. O tempo estava seco. Um
verdadeiro milagre. Alice surtou com minha calça jeans, sapatilhas e suéter. As duas
estavam de salto altos, roupas de grife e bolsas caras. Tudo bem, eu amava aquilo, mas
pera lá, estávamos indo para Forks. – Vamos cantar.

Britney Spears, Cristina Aguilera, Jennifer Lopez, Spice Girls e mais alguns grupos de
pop da nossa infância soou bem alto durante as duas horas que seguimos até Forks.
Mentira, uma hora e meia, porque Alice corria como se estivesse fugindo do diabo. Não
deu tempo de avisar a Charlie que estava na cidade e sinceramente, estava em voz
querendo imitar Cristina Aguilera e seus gritos agudos.

- Ufa! Chegamos! – Rose comemorou pulando fora do carro ao mesmo tempo em que
Esme abria a porta da frente.

- Ora Esme, nós temos chaves reservas. Não precisava levantar tão cedo. – Alice ralhou
abraçando-a.

- Foi impossível mantê-la na cama por mais tempo. – Carlisle desceu as escadas pronto
para ir ao hospital.

- Sogro, sugiro não repetir isso na frente de Emmett. Tenho certeza que ele não perdoará
nem o pai. – Rose brincou abraçando-o que corou como Edward fazia.

- Até mais meu amor. – Esme abraçou Carlisle de um modo simples, mas tinha tanto
amor que me senti arrepiada. Era como meu pai olhava para Sue e minha mãe para Phil.
A diferença era que eles eram os únicos um com o outro. Coisa que meus pais sempre
fizeram questão de frisar. Nós somos amigos, Bells. Amigos que tiveram dois filhos e um
casamento saudável de dez anos. A voz de Charlie soou em meus ouvidos quando me
explicou o motivo dele e Renée serem separados. Eu tinha malditos três meses de
nascida. – Bom meninas. Tomaremos café. – Esme anunciou me puxando dos meus
devaneios. Carlisle já tinha ido e as meninas estavam puxando suas bolsas do carro.

- Nós vamos guardas as coisas e descemos. – Alice gritou da escada quando a seguia
pelo corredor. – Aqui é o quarto de Edward. Já sabe se vai ficar por aqui?
- Vamos ver… – dei os ombros entrando no quarto e colocando minha bolsa bem no
cantinho. Nós tomamos café falando ao mesmo tempo. Era engraçado ter muita mulher
por perto tentando ter mais atenção que a outra. Combinamos que meu aniversário não
seria mais no estúdio, porque a exposição já tinha atraído atenção que queria. Faríamos
um jantar no apartamento, o que me deixou receosa, afinal, ele pertencia a Edward.
Esme disse que ela ainda era mãe dele e o sustentou por muito tempo e que isso lhe
dava direito de muitas ordens.

- O que podemos fazer hoje? – Alice perguntou animada. – Está chovendo, e as coisas
do aniversário de Jasper, Esme já comprou. – deu os ombros

- Então, pensei em ir a delegacia ou no restaurante da minha madrasta. – comentei –


Queria pegar uns livros na minha casa.

- Já que não tem nada mais, vamos te seguir. – Rose sorriu e graças a Deus elas se
vestiram conforme pessoas normais que andam na chuva de Forks. O tempo que
amanheceu seco estava bem molhado pro meu gosto.

- Oh meu Bebê! É tão bom ter você em casa. Leah e Seth irão chegar a noite. – abraçou-
me apertado. – Pegue a chave. Seu pai foi em Port Angeles e só chega de tarde.

Depois de conversar sobre mais alguma coisa, voamos para a minha antiga casa. A porta
da frente estava meio impossível e resolvi que seria melhor entrarmos pela garagem.

- De quem é? – Rose apontou para a minha antiga Chevy – Isso é a avó do meu carro.
Um trem pode bater que não amassa. – brincou

- Era minha. Deu seu último suspiro nas ultimas semanas do meu último ano. Meu pai
não quis e não quer. Meu irmão quando morava aqui estava tentando consertar, mas ele
é meio obtuso quanto a isso. – dei os ombros.

- Será que eu posso? – Rose perguntou apontando para o carro. – Digo, ver… Às vezes
posso consertar.

- Isso será divertido. – sorri indo para o outro canto, puxando as ferramentas de Seth e
algumas de Jacob. Rose prontamente assumiu o controle do carro. Ficamos conversando
na garagem do meu pai durante toda manhã. Banalidades foram faladas, mas Alice
assumiu a posição.

- Cuspa Bella. Você fica muito séria quando tem algo na garganta. – mandou

- Como sabe? – retruquei

- Alice vê o futuro. – Rose gritou embaixo do carro. – E nós somos suas amigas agora.

Respirei fundo e pensei que realmente precisava conversar com alguém.

- Como sabem… Eu e Edward estamos namorando… Eu meio que não sei como fazer
funcionar porque nós estamos caminhando para um relacionamento adulto e sou
totalmente inexperiente nisso. – desabafei – Não quero que ele desista de mim por isso.
- Você é virgem, certo? – Rose perguntou e sussurrei um sim envergonhado – Não há
problema nenhum nisso. Se vocês conversarem sobre…

- O problema não é medo. – cortei – Eu quero isso e como quero… – sorri boba e Alice
revirou os olhos – Meu medo é fazer tudo errado.

- Ele vai compreender. – Rose comentou – E te ensinar. – piscou rindo alto.

- Você é muito bonita. Tem um corpo sexy e Edward sempre diz que você é quente. –
Alice gargalhou alto e a acompanhei tentando esconder meu rubor. Talvez eu deva fazer
o que sempre fazia: Deixar rolar. E ser der, deu. Literalmente. Acordei dos meus
devaneios com um barulho de motor. Começamos a gritar no mesmo instante fazendo
dancinhas desengonçadas no meio da minha antiga garagem.

- Amanhã de manhã cedo vamos para uma estrada de La Push colocar para andar. –
sugeri e as duas concordaram. Olhei a hora e percebi que Esme já devia estar entediada
em casa. – Vamos cuidar da nossa sogra agora.

Esme passou a maior parte do almoço resmungando que chegamos a casa feito meninos.
Primeiro de tudo, pegou minha câmera e tirou fotos nossas sujas de graxa e depois disse
que estávamos nos comportando como moleques adolescentes. Tudo porque
encontramos uma bola e ficamos esperando ela terminar o almoço. Ninguém mandou
rejeitar nossa ajuda.

Depois de lavarmos a louça, fazendo bagunça, é claro e deixarmos a cozinha um


verdadeiro brilho, disse que ia deitar, afinal, eu não tinha a mesma disposição de Alice
para ficar pulando o tempo inteiro. Era fácil conviver com elas, porque simplesmente
me aceitavam. Leah nunca gostava de fazer guerra de espuma, a não ser quando tinha
permissão de me bater depois. Ser a caçula não era muito legal quando o seu irmão
caçula era três vezes maior do que você.

Seth sendo meses mais novo do que eu era considerado mais velho. Vida injusta.
Demorei três mil anos para tirar as manchas de graxas do meu corpo. Coloquei um short
de flanela que entrou escondido na minha bolsa – longe dos olhares atentos da psicopata
da Alice – e uma camiseta enorme de Edward. Tinha o nome dele nas costas e parecia
tão aconchegante que prometi a mim mesma dar muitos beijos nele se ficasse chateado.
Seria irresistível.

Caminhei por um corredor escuro. Tão escuro que meus olhos demoraram a se
acostumar com a negritude. Ao fundo via uma pequena luz e tinha um homem na minha
frente. Seu caminhar era conhecida. Sua postura esquia e baixa era de alguém que eu
amava, mas não conseguia identificar.

- Não vá! – gritei assustada. Algo em mim tinha medo que ele chegasse a luz. Era como
se fosse perde-lo e isso doía tanto em mim. – Ei. Por favor. Você não pode me deixar.

O homem continuou caminhando em direção a luz e em dado momento eu não podia


passar. Não podia protegê-lo como queria. Meu desejo era envolvê-lo em meus braços,
cuidar e não permitir que aquela luz ofuscante e dolorida encostasse-se a seu corpo
pequeno. Eu o amava.
- Não… – choraminguei sentindo uma dor enorme por perdê-lo. Doía tanto. – Volta.
Não me deixa. – pedi desesperada com a dor me consumindo. Era dilacerante. Como
navalhas cegas rasgando minhas entranhas com força. – Não… – pedi e meu peito doía
a cada soluço.

- Bells? Acorde… – alguém sussurrou em meu ouvido – É só um pesadelo. Abra seus


olhos pra mim. – lentamente obedeci e vi Edward com o rosto próximo ao meu secando
minhas lágrimas. – Está tudo bem. O que houve?

- Nada… – respondi com a voz rouca – Foi só um sonho muito estranho. – sussurrei
limpando a garganta. Sentei-me na cama meio sem jeito e parei para olhar ao redor,
fugindo do olhar penetrante de Edward. Ah, merda. Estava morrendo de saudades. Não
sabia fazer joguinho. Sem aviso prévio, me joguei em cima dele, derrubando nós dois
no meio cama. Seus cabelos estavam molhados e seu corpo também. Nossos lábios se
encontraram no meio do caminho e estavam cheios de desejo e saudade.

- Nossa… Vou chegar de novo. – brincou sem folego. – O que houve?

- Saudade. Só isso. – dei os ombros não saindo de cima dele. – São que horas?

- Eram seis em ponto quando cheguei aqui. Fui tomar um banho e você começou a
acordar quando sai dele. – respondeu me puxando em um aperto daqueles quebra
costela. Eu sabia o que tinha depois… Cosquinhas. Comecei a querer fugir, mas não
adiantou de nada.

- Pára! Socorro! – gargalhei chutando-o com toda força que tinha. – Eu te odeio! – gritei
quando conseguiu imobilizar minha perna. Odiava cosquinhas como um inferno. E
porra, ele tinha a infeliz mania de fazer… Ok, com ele era adorável, mas continuava me
irritando um pouquinho. – Ar. Quero respirar.

Quando as lágrimas começaram a sair dos meus olhos, ele parou.

- Eu odeio isso. – resmunguei saindo de perto dele. Edward sentou na cama e ficou
observando enquanto pegava minhas roupas e ia para dentro do banheiro. Vesti minha
calça jeans com raiva, continuei de meias e joguei uma blusa de manga vermelha pela
cabeça, deixando os cabelos mais bagunçados ainda. A minha maior raiva era que eu
achava adorável tudo que ele fazia. Queria sorrir por isso, mas meu gênio não deixava.

- Aonde vai? – perguntou – Amor, só queria brincar.

- Pra qualquer lugar. – resmunguei fazendo bico. – Se quiser me deixar ofegante, optou
pelo caminho errado. – alfinetei quando terminei de guardar minhas roupas na bolsa.
Antes de chegar a porta, que era meu objetivo inicial – largando Edward sozinho no
quarto quando éramos para estarmos nos agarrando feito loucos domados pela saudade
de 12 horas separados – fui jogada com força na cama, onde cheguei a quicar. Mordi os
lábios para não rir da expressão dele.

- Perdão, amor… – sussurrou beijando meu pescoço. – Você irresistível completamente


irritadinha. – beijou minha clavícula e descendo a mão pela extensão do meu corpo. –
Eu sou um idiota. Agora você está vestida demais…
- Problema é seu. – retruquei fazendo bico. Edward aproveitou a deixa para se encaixar
entre minhas pernas e me beijar. Tranquei os lábios teimosos e não permiti. Ele ficou
dando selinho, mordendo, lambendo e sugando o que conseguia. Eu queria beijá-lo, mas
estava tão divertido ver sua expressão de frustração.

- Bebê, isso não está legal. – sussurrou contra meus lábios. – Terei que apelar? –
perguntou descrente, se encaixando mais ainda perto de mim, caminhando com a mão
pela dobra do meu joelho, me puxando com força para minha cintura se encaixar com
sua ereção. Puta que pariu filho da puta que não sabe jogar limpo. Provocador do
caralho que estava conduzindo meu quadril a friccionar com o dele enquanto chupava
meu pescoço, levantando minha blusa e puxando. Porra quantas mãos ele tinha?

Tranquei meus lábios para não gemer, mas quando senti sua boca em minha barriga e
cada mão sua apertando meus seios com força e com o dente, abriu minha calça. Oh
merda! Um gemido sufocado saiu dos meus lábios e o desgraçado riu enquanto com as
mãos puxava minha calça abaixo e com a ponta língua e dentes, puxava minha calcinha
já fodidamente ensopada.

- Edward! Bella! Desçam agora! Jantar na mesa. – Emmett gritou dando um soco na
porta. Gemi frustrada porque Edward se afastou assustado na mesma hora.

- Não vamos jantar. – gritou de volta.

- O quê? Não! Vamos sim. – sussurrei desesperada. A família dele não precisava saber
que estávamos estreando a cama novinha durante o jantar. Empurrei-o de cima de mim
e vesti minha calça e blusa novamente. Passei os dedos no cabelo e o puxei da cama.
Sua expressão era tão frustrada. – Não fique assim.

- Ah é? Diz isso pra ele? – apontou para a sua cintura vestindo uma blusa comprida.
Soltei uma gargalhada tão alta que seu olhar feroz me fez encolher. Tive que morder os
lábios para sair inteira do quarto. – Fiquei na mão. – resmungou

- Literalmente. – completei saindo correndo do quarto.

- E a cama, é boa? – Jasper perguntou com um sorrisinho malicioso. Carlisle desviou o


olhar para não rir, mas foi meio impossível.

- Não deu para saber. – Edward respondeu me dando um olhar mortal. Alice e Rose
começaram a rir. Esse homem frustrado sexualmente cometeria um crime. Eita.

Joguei meus braços em seu pescoço, dando um beijo estalado em sua bochecha, fazendo
todo mundo rir.

- Awn, meu amorzinho. Parece um Bebê. – impliquei com seu bico. Isso o deixou mais
irritado ainda. Principalmente porque sua mãe também ria dele.

- Bebes não pensam em fazer com você o que eu vou fazer. – retrucou emburrado.
Quem não estava rindo, começou e quem já estava, aumentou as gargalhadas. Soltei
meus braços dele e engasguei com a intensidade de suas palavras e o aperto em minha
perna. – Está bem amor? Respira! – incentivou irônico.
- Ok. Onde estar o jantar saudável e em família mesmo? – perguntei mudando de
assunto.

- Que tal irmos tomar sorvete? Eu realmente quero um de chocolate com menta. – Rose
me ajudou desviando o foco da conversa. Meu rosto devia estar muito vermelho para
que minha nova amiga se compadecesse.

- Por mim, tudo bem. – Edward deu os ombros reassumindo seu posto de passear com a
mão na minha perna. Terminado o jantar, seguimos para o centro de Forks para tomar
sorvete com guloseimas no fim da noite. Edward não estava mais emburrado, só estava
animadinho demais brincando com seus irmãos como se fossem adolescentes.

Uma loira passou por nós, acenando animadamente para Edward. Era Lauren Mallory.
A boqueteira de marca maior de Forks High School. Porque todas as mulheres idiotas
de Forks tinham que dar em cima logo dos três? Ou melhor, de Edward? Antes que
pudesse controlar minha mão, dei uma sonora tapa na nuca de Edward quando ela
passou e ele fez menção em cumprimenta-la. Nada de ser educado com vadias. Joguei
meu cabelo com raiva e fui andando na frente. Que ódio.

- Aquilo doeu… – resmungou me abraçando por trás. – Mais uma pedra no sapato antes
de saber andar? – perguntou dando beijinhos no meu ombro.

- Sim. Desculpa. Fiquei descontrolada. – suspirei encostando minha cabeça em seu


peito. Nós ficamos assim por um bom tempo, tudo que sentia era a sua mão brincando
em minha barriga enquanto olhávamos a lua. Algumas pessoas passaram por nós e me
cumprimentaram. Ao longe vi Sue fechar seu restaurante e meu pai chegar para busca-
la. Eles eram lindos juntos. Edward deu um bocejo baixo ao meu lado. – Vamos voltar.
Você está cansado.

- Não antes de tomar um sorvete. Vamos encontrar com os outros. – puxou-me na


direção da sorveteria. Quando chegamos lá, Rose estava rindo de uma Alice toda
melada e um Jasper com cara de culpado. – Alguém vai dormir no sofá esta noite. –
Edward cantou bagunçando a cabeleira loira do irmão. – Amor, vai querer de quê?

- Uhm. Eu quero de chocolate, menta e M&M’s. – escolhi rapidamente sentando-me ao


lado de Emmett, que veio com uma colher pra cima de mim.

- Emmett, soube que Rose quando te expulsa de casa, você dormia no sofá de Edward.
Tem certeza disso? – perguntei desafiando. Ele olhou para a loira que também cruzou os
braços. Rapidamente enfiou a colher na boca e começou a assobiar.

Edward voltou com nossos sorvetes e ficou com a infeliz mania de querer me dar na
boca, mas ele me sujava propositalmente só para me limpar… Com sua própria boca.
Minha sanidade mental iria para o ralo com ele. Todos os casais da mesa estavam
ocupados entre si, namorando e aproveitando um momento de chamego.

- Edward… – sussurrei em seus lábios. – Tem sorvete em casa? – perguntei

- Deve ter… Por quê?


- Me lembra de levar pro quarto essa noite. – sussurrei voltando a atacar seus lábios.

- Porra Bella. – resmungou – Vamos embora. Agora. – sorri bobamente pra mim mesma
porque ele sentia a mesma excitação que eu. Isso era tão bom.

- Bella? Bella Swan? – ouvi uma voz feminina me chamar. Virei-me lentamente quando
reconheci o tom de voz doce e suave. Era Ângela Weber. Minha ex melhor amiga de
mãos dadas com seu noivo, Ben. Ela sorria pra mim tão lindamente que tive vontade de
sorrir.

Só que todo sentimento de prazer por vê-la foi interrompido quando reconheci o casal
aos amassos logo atrás. Era Jacob e Vanessa. Flashes de todos os momentos que vivi
sentindo uma dor gigantesca de ter sido traída invadiu a minha mente fazendo meu
sorriso morrer. Edward continuava me prendendo a ele, alheio a tudo. Ás vezes ele tinha
um coração tão bom porque qualquer pessoa que chegava, ele sorria.

Vanessa me vendo, sorriu cinicamente, dando tchauzinho animado. Jacob fechou a cara
por me ver com Edward. Como ele simplesmente podia? Por que eu? O que fiz para ter
isso no meu primeiro final de semana relaxante com meu novo namorado.

- Oi Bella. – Jacob cumprimentou-me sorrindo abertamente. Meu estomago se revirou


com sua estupidez. Levantei-me do colo de Edward – que estava fuzilando Jacob com o
olhar após sua ousadia de falar comigo – entrelaçando minha mão com a dele no meio
do caminho. Todos estavam esperando uma reação minha. Um ‘Olá’, mas tudo que
queria dizer era mandar todos eles a merda.

- Nós estamos indo. Vocês vêm? – perguntei aos dois casais Cullen que nos
acompanhavam. Não soltei Edward, mas também não o olhei. Não tinha o mínimo
desejo de romper minha bolha cheia de tensão sexual com ele por causa de Jacob Black
e sua Vanessinha Weber. Alice rapidamente pegou suas coisas e puxou Jasper. Rose e
Emmett levantaram logo depois.

Edward colocou sua mão no bolso da minha calça e tive vontade de rir, porque toda a
minha tensão se dissipou com um apalpar de bunda?

- Boa noite. – referir-me aos recém-chegados e saí de lá sentindo Edward apertar minha
bunda e beijar minha cabeça. Senti que ele estremeceu um pouco quando a brisa fria
bateu em nós. – Está com frio? – perguntei e ele deu os ombros meio que assentindo –
Que pena. Estava planejando experimentar que gosto o sorvete tem em seu corpo. –
sussurrei em seu ouvido.

Quando pisquei novamente, o carro já estava seguindo em alta velocidade para casa.
Edward tinha a porra de um sorriso tão safado no rosto que minha vontade era de ir
tirando a roupa ali mesmo.

É Bebê. A noite será longa.


Capitulo 7

Edward desenvolveu uma velocidade sobre humana, porque em um segundo estávamos


na cozinha pegando sorvete e no outro, eu estava colada contra a porta, no colo dela
sendo beijada com muita intensidade. Não cabia em mim a porra da excitação. Quase
gemi, mas lembrei dos pais dele no fim do corredor e isso sim seria constrangedor.
Desci do colo de Edward puxando o pote de sorvete de morango da mesinha.

Abri o pote e sorri para a fumaça de gelo seco invadindo o quarto. Tirei a camisa de
Edward e o coloquei sentado na cama sem nunca desviar o nosso olhar. Ele já estava
sem sapatos e sem meia, só de calça jeans e seu companheiro já estava bem animadinho.
Peguei uma colher e derramei sorvete gelado no ombro de Edward que estremeceu, mas
sorriu, torto. Safado.

Tirei meu casaco e minha blusa, deixando escorrer o sorvete pelo seu corpo. Assim que
estava só de soutien, dei um beijo de boca aberta no ombro dele, fazendo um estalo alto
e uma pequena sucção. Edward gemeu jogando a cabeça pra trás e acabei me sentando
no seu colo, colocando mais sorvete ainda no seu outro ombro. Empurrei Edward
fazendo o cair no meio da cama. Ele veio tentar me segurar, mas empurrei suas mãos.

- Não se encoste a mim, Cullen. – sussurrei no ouvido, jogando mais sorvete em sua
barriga. Meu centro estava molhado e completamente dolorido. Para torturar mais um
pouco, sentei-me bem em cima de sua ereção, fazendo-o gemer e xingar alguns
palavrões. Movimentei meu quadril mais um pouco e sorri vitoriosa com seu grunhido
furioso. – Nada de mãos. – alertei enquanto lambia sua barriga, chegando a borda da
calça. – Edward, há roupas de mais aqui. – sussurrei abrindo sua calça. Ele me ajudou
tirando-a e rapidamente livrei-me de sua cueca.

Eu nunca tinha feito isso antes, mas havia treinado bastante. Lembrei-me de todas as
conversas com minha irmã maluca e os detalhes que li na vida. Era a minha chance.
Esperei do fundo do meu coração que ele gostasse, quando apliquei sorvete na cabeça
do seu pênis e o rodeei com a língua. Edward gemeu alto meu nome e sorri. Primeiro
passo, ok.

O meu maior problema era que Edward tinha um parque de diversões grande e grosso.
Aquela merda não iria caber na minha boca nem dobrando ao meio, mas ele parecia tão
fodidamente delicioso que não custava nada tentar. Comecei em movimentos lentos,
sempre causando um pouquinho mais de pressão nas saídas. Deixei fazer barulho e os
gemidos de Edward estavam me deixando loucamente excitada. Ele enterrou as mãos no
meu cabelo e começou a aumentar a gemer mais alto meu nome enquanto isso me
impulsionava para aumentar o ritmo.

- Bella… Merda… Eu… Vou… Não… – Edward tentou falar alguma coisa, mas tudo
saiu bem incoerente com sua voz arfante. Sem mais aviso prévio, senti um líquido
quente, gosmento e salgado na minha boca. Era uma merda horrível, mas ao ver a
expressão de prazer de Edward, reuni minhas forças e engoli. Ele sorriu e estava
corando. Porra. Edward corando era para destruir meus ovários. – Isso foi…

- Ruim? – cortei preocupada. Ele me puxou para seu colo e me beijou avidamente.

- Foi maravilhoso… – sussurrou no meu ouvido, abrindo meu soutien – Hora de mostrar
o quanto foi bom… – jogou-me no centro da cama e abriu a minha calça, puxando-a
para fora do meu corpo com força. Fiquei só de calcinha de renda preta no meio da
cama enquanto Edward despejava sorvete entre meus seios e o líquido gelado escorria
por todo meu corpo, me arrepiei por um inteiro. Meus seios ficaram duros e doloridos
na mesma hora.

Os lábios de Edward estavam colados na minha pele e aquilo estava enviando uma
mensagem subliminar ao meu centro que parecia tremer e pulsar só com o maldito
cheiro dele. Conforme ia descendo, ia puxando minha calcinha. Edward beijou meu
ventre antes de despejar sorvete lá… Putaquepariu do caralho minha morte estava bem
perto. Sua língua entrou em contato com meu clitóris e meu corpo pareceu
convulsionar. Sua língua estava pressionando meu centro, lambendo, chupando e da
minha boca saia sons estranhos misturados com palavrões e o nome dele. Meu ápice
estava bem próximo e quando chegou, meus músculos tremeram e tudo que conseguia
pensar era se a sensação de ter Edward dentro de mim seria parecida.

- Edward… Eu quero sentir você… Dentro de mim. – sussurrei ofegante. Edward


inclinou-se pra mim, dando-me um beijo daqueles, mas puxando a camisinha que estava
na gaveta ao lado da cama. Rapidamente rasgou o pacote e pensei ironicamente se
caberia. Quando colocou tudo e voltou a me beijar a minha ficha caiu e acordei do
sonho.

Eu era virgem. Virgem no sentindo de ter a porra de um hímen segurando a terra


prometida.

Senti a cabeça do pênis de Edward posicionar na minha entrada e estava com tanto
medo e ao mesmo tempo tão excitada que permiti que ele penetrasse lentamente. Mas
que porra aquilo doía pra caralho. Era como uma maldita faca estivesse me rasgando
por inteiro. Eu podia sentir seu membro rígido entrando tão lentamente que puta que
pariu nem cem anos de conversa abertamente com minha cunhada me prepararia para
aquilo.

Soltei um gemido angustiado e Edward parou. Foi aí que a sensação de quero mais
começou a me dominar. Não abri os olhos porque as lágrimas iriam escorrer, mas eu
sorri com aquilo. Era bom tê-lo dentro de mim. Impulsionei meu quadril e permiti que
ele continuasse seus movimentos. Ele estava visivelmente mais carinhoso e a última
coisa que pensei foi: Está no inferno? Abrace o capeta.

Não foi exatamente como esperava, mas foi muito melhor do que gostaria. Edward caiu
ao meu lado completamente ofegante. Estava dividida em dois sentimentos. Primeiro,
não era mais virgem e tinha doído pra caralho. Segundo, tinha perdido a minha
virgindade com Edward e isso provocou um enorme sorriso abrir em meu rosto. Apesar
de ainda estar trêmula e melada de sorvete, virei-me para Edward, que mantinha os
olhos fechados e um sorriso torto. Dei um beijo no seu queixo… E ele ficou serio.
Dei os ombros e levantei da cama rapidamente, indo até o banheiro, foi quando vi que
estava com um pouco de sangue entre minhas pernas.

- Bella? Você está bem?

Oh Merda!

- Bella?

- Sim. Estou bem. – engoli seco abrindo o chuveiro. Ouvi uns barulhos vindo lá de fora
e comecei a surtar internamente.

Desliguei o chuveiro me envolvendo em uma toalha. Não sei por quanto tempo fiquei
me olhando no espelho. Aquela mania idiota de estar me avaliando para ver se mudou
alguma coisa no meu corpo ou seja lá o quê. Abri a porta e encontrei todos os lençóis no
chão e Edward vestindo uma nova roupa com a toalha caída ao seu lado. Seu cabelo
estava molhado, mas a postura estava rígida.

- O que houve? – perguntei levemente assustada.

- Os lençóis estavam sujos de sorvete e… Sangue. – respondeu baixo. Edward virou-me


e vi pânico no olhar. – Eu te machuquei? Por que não me falou? Deixe-me me te ver…

Sua voz se tornou frenética e me senti culpada.

- Não… Você não me machucou em momento algum. – respondi sinceramente. Não


havia outro jeito de perder a virgindade sem me machucar. Mulher sofre para tudo nessa
vida. Ele continuou me fitando intensamente querendo entender o motivo de tanto
sangue. Um flash de entendimento passou por sua mente e ele ficou em pânico.

- Você era virgem. – disse baixo. Fui incapaz de negar com a cabeça e continuei no
mesmo lugar sem coragem de olhá-lo de volta. Edward grunhiu alto frustrado. Sabe
aquele momento em que tudo indica que você estava claramente ferrada na vida? Então,
me senti sem escapatória. – Eu sou um bastardo filho da puta.

- O quê? – perguntei assustada – Edward! Não…

- Não? Eu machuquei você em vários aspectos! Que espécie de namorado maldito não
percebeu que a namorada era virgem? – gritou irritado. – Porra! Eu agi como maldito
homens das cavernas…

- Edward. Pare com isso…

- Por que não me contou? Não me impediu? – perguntou frenético me abraçando. – Me


perdoa. Eu fui um idiota…

- Eu não vou te perdoar porque não há nada a perdoar, compreende? – puxei seu rosto. –
Sim, eu era virgem.

- Por que não me contou? – choramingou magoado.


- Eu não quis. – respondi sinceramente – Isso não era importante.

- Como não era importante? Bella! Era a sua primeira vez! Eu tinha que ter sido mais
cuidadoso… Eu tinha que ter cuidado de você!

- Pára de se culpar! – gritei irritada. – Não foi sua culpa. Sim, doeu pra caralho!
Satisfeito? Mas eu não quis te contar isso.

- Por que?

- Pra você não desistir de mim. – respondi baixo. – Homem não liga pra isso. – dei os
ombros.

- Errado. Não iria desistir de você por isso e eu sou um homem e ligo para todas as
necessidades, as suas necessidades.

Dito isto, comecei a chorar. Edward me pegou no colo e levou pra cama forrada com
lençóis limpos.

- Desculpa. Por favor, me perdoa. – Pediu beijando minha cabeça

- Você está me dando nos nervos. Não é a sua culpa…

- Sim. Sempre será… Você era virgem e eu praticamente te violentei.

- Errado. Quem começou fui eu e já parou pra pensar que eu não quis que você pensasse
que eu era virgem? – retruquei limpando minhas lágrimas

- A culpa é minha e sua.

- Melhor assim… – sussurrei meio sonolenta – Não se culpe, por favor. Não suportaria
saber que a minha primeira vez foi com o cara mais lindo e ele se culpou por isso.

- Você um dia vai me matar… – sussurrou também meio sonolento.

- Edward… Alguma objeção se eu dormir nua? – perguntei bocejando. Ele sorriu torto,
me deu um beijo e puxou o edredom pra mim. Livrei-me da minha toalha e me encostei
em seu peito, dando um rápido beijo estalado.

Quando rolei na cama, percebi que todas as partes do meu corpo estavam doloridas.
Soltei um grunhido baixo e bati em Edward. Ele me puxou para um abraço, dando um
beijo antes de levantar. Continuei quieta, no meu cantinho, sentindo meus músculos
rígidos e pescoço dolorido.

- Bom dia! – Alice gritou abrindo as cortinas do quarto. – Hora de levantar!

- Que horas são? – resmunguei me escondendo no travesseiro.


- Seis horas da manhã! Nós combinamos de colocar a sua Chevy para funcionar. –
respondeu-me terminando de abrir as cortinas. Dei uma espiada e a bagunça de ontem já
não estava mais no chão do quarto – Anda! Levanta.

- Se eu disser que estou nua, você vai me deixar em paz? – resmunguei puxando as
cobertas.

- Não. Eu já te vi nua várias vezes e tudo que você tem, eu também tenho. – respondeu
rindo – Cadê suas malas?

- Edward! Socorro! – gritei bem alto. – Edwaaaaaaaaaaaaaaaard. – choraminguei e ele


apareceu rápido no vão da porta. – Tire. Ela. Daqui.

- Deixa de ser boba! Levante! – Alice ralhou tentando puxar minhas cobertas. Edward
ficou parado rindo, com um copo de água na mão.

- Ok. Deixe-me ter um momento a sós com minha namorada e logo descemos. –
Edward interveio batendo nas mãos pequenas de Alice que estavam prontas para puxar
meu edredom. – Beba isto, vai ficar melhor. – entregou-me o copo de água com um
comprimidinho branco.

- Obrigada. – agradeci sorrindo quando ele me roubou um beijinho e foi para seu closet.
– Por que temos que ir tão cedo? – perguntou-me

- Bom… Quando sugeri isso, pensei que fosse de tarde e não de madrugada. – respondi
levantando-me da cama, soltando um grito sonoro quando me vi no espelho.

- O que foi? – Edward perguntou assustado.

- Meu cabelo. – sussurrei – Feche os olhos agora! – ordenei e ele começou a rir. Rir
alto. – Estou falando sério Edward! Você não pode me ver assim! – gritei

- Assim como? Nua e descabelada? – perguntou gargalhando.

- Idiota! Não acredito nisso. – comecei a caminhar pro banheiro, mas parei para bater
nele. – Não é nada bonito acordar e ver seu cabelo assim. Parece um ninho!

- Reconheço que a culpa é minha. Fiquei mexendo no seu cabelo até pegar no sono, mas
amor, você é linda de qualquer jeito. – argumentou sorrindo. Dei meu dedo do meio pra
ele e bati a porta do banheiro, estava morrendo de vontade de rir, mas não ia dar esse
gostinho. Quem mandou dormir com o cabelo molhado sabendo que Edward tinha uma
tara louca pelo cheiro do meu shampoo?

Tomei um banho tentando desembaraçar meu cabelo e Edward entrou no banheiro


quando ouviu o secador sendo ligado e me ajudou a secá-lo. Quando terminamos, ele
sorriu dando-me beijinhos no pescoço. Fiquei muito feliz em sentir que o clima de
ontem já tinha se dissipado e parecia que ele havia me perdoado. Mesmo sabendo que
futuramente nós acabaríamos conversando sobre isso… Por hora, estava bem em tê-lo
pertinho de mim, como sempre.
Terminei de me arrumar e Alice pisou no quarto, me rebocando para a cozinha.

- Bom dia. – cumprimentei sentando-me na mesa ao lado de Carlisle. Edward sentou do


meu outro lado.

- Como passou a noite, querida? – Emmett perguntou sorridente, o que me fez afundar
na cadeira. Meu rosto esquentou e Rosalie deu um tapa no pescoço dele. – Baby, só foi
a primeira noite dela aqui… Queria saber se meu irmãozinho não a deixou
desconfortável.

- Dormi muito bem Emmett. Obrigada. – respondi envergonhada.

- Então, seu sorvete favorito é morango? – Jasper perguntou e Edward bufou. Dei um
olhar para Jasper que se encolheu na cadeira rindo. Eu senti vontade de rir, mas isso iria
irritar Edward. – Que foi? Só queria saber porque encontramos um pote completamente
destruído na cozinha. Só isso.

- Meninos. Deixem Bella em paz. – Carlisle interveio – Tenho certeza que Edward
cuidou bem dela…

- Absoluta. – concordei dando uma piscadela para Edward que começou a rir. Emmett
continuou com piadinhas subliminares. Eu não resisti e acabei rindo em muitas delas,
mas o idiota não sabia que eu iria me vingar, é claro. – Então Emmett. Quando é seu
aniversário de casamento?

O silencio reinou na mesa esperando a resposta. Ele me fitou incrédulo e respondeu uma
data que não sabia se era verdade, mas pela demora, Rosalie estava olhando-o com
fúria.

- Você é do mal. – apontou magoado.

- Quem mandou fazer piadinhas com a minha vida sexual? – retruquei e Edward
começou a rir.

- Ok. Estaremos em uma guerra Swan… – ameaçou levantando da mesa.

- Tem certeza Emmett? Eu posso fazer com que durma no sofá durante uma semana…

- Como?

- Quer dizer? Que sofá? Pelo que eu sei, quando Rose te expulsava de casa, você iria
dormir no sofá de Edward… Como Bella mora por lá…. – Alice interveio maldosa.

- É querido. O que vai fazer agora?

- Rose não vai expulsar Emm, não é Rose? – Jasper intrometeu-se tentando defender o
irmão.

- Quem disse que não? – Rosalie retrucou colocando as mãos na cintura. – Ele errou o
mês do nosso casamento.
- Edward jamais me deixaria sem abrigo. – Emmett falou dando um hi-5 com Edward.
Coisa de menininha.

- Como ele vai dormir no sofá se você também vai? – perguntei dando um tapinha no
ombro de Edward.

- Amor, o que eu fiz agora? Juro que seu cabelo não estava tão ruim hoje cedo. –
Edward argumentou preocupado.

- Fiquem de olhos bem abertos, Cullen’s. Nós estamos de olho em vocês. – Alice usou
seu melhor tom ameaçador e nós três sopramos beijinhos pros meninos. Demos os
braços e descemos pra garagem.

- Vocês conseguiram achar mulheres piores que sua mãe? – Carlisle perguntou
retoricamente. Ouvimos um tapa bem estalado – Ouch! Desculpa amor! – Carlisle falou
alto – Vocês não me avisaram que ela estava ouvindo. – sussurrou

- Edward!

- Jasper!

- Emmett!

- Vamos logo! – gritamos juntas.

Nós chegamos a minha casa pouco tempo depois. Podia ouvir Leah rindo alto enquanto
Seth gritava alguma coisa de volta. Meus amigos estavam me olhando sem entender,
mas dei os ombros, batendo na porta. Sue abriu e soltou um sonoro grito quando me viu
com meus amigos. Charlie surgiu logo depois me sufocando em um abraço de urso.
Seth me pegou quando puxei ar recuperando de Charlie. Fiquei zonza e caí no chão. O
único que veio me ajudar foi Edward.

- Viemos buscar a Chevy pra ver se está funcionando. – avisei pegando as chaves no
painel.

- Tudo bem. Estou indo para o restaurante com Leah e Seth. De noite estaremos todos
lá. – Sue beijou-me saindo com meus irmãos.

- E você pai? Pescaria com Billy Black? – perguntei tentando soar animada com o nome
do meu ex-sogro.

- Não. Jacob está na cidade. – respondeu minimamente. – Irei assistir todos os jogos da
ultima temporada. De novo. – sorriu alegremente.

- Deixa para sairmos. – sussurrei para Edward. Emmett já tinha prendido a Chevy no
seu Jeep e só faltavam nós dois para retornamos. Nós fomos cantando até a estrada de
La Push e o sol apareceu um pouquinho me fazendo tirar o casaco.

- Então, Emmett testa. – Rose ordenou.


Saímos todos do carro e deixamos Emmett testando a velha Chevy. Foram intensos os
segundos que ela não pegou, mas quando o motor ganhou vida, nós três gritamos como
loucas. Os meninos reviram os olhos, o que não passou despercebido por mim.

- Quem quer dar uma voltinha aí? – Emmett gritou e nós três subimos na caçamba. Ele
começou a andar devagar, começamos a cantar e dançar para os meninos que
continuaram encostados no Jeep com tédio. Um relâmpago enorme clareou o céu e
chuva começou a cair sem pena. O carro foi tomando velocidade e nós gritamos tanto
que tudo que consegui ouvir de Emmett era ‘freio’.

- O freio não funciona! – gritou rindo.

- Emmett pare o carro agora! – Rose gritou irritada. A chuva estava forte e muito
gelada.

- Baby, é sério. Está sem freio. – disse olhando-nos pela janelinha. Vi uma enorme
pedra se aproximando e Emmett virado pra trás.

- Oh Merda! A PEDRA! – gritei e de repente, fui jogada em cima de Alice do outro


lado, batendo a cabeça na lateral da picape. Rose tinha o corpo enroscado com minhas
pernas e o rosto na barriga de Alice. Minha cabeça doía muito, mas não resisti ao
impulso de começar a rir junto com elas. Tudo estava bem escorregadio e gosmento.
Ouvi Emmett desligar o carro e bater a porta.

- É, amassou a pedra. Coitada. – comentou batendo de leve no capô. – Todas bem? Oh


Meu Deus. Bella! – gritou assustado. – Está doendo? Não se mexe!

- O que foi? – perguntei assustada quando as meninas me olharam em pânico. Levei a


mão até meu cabelo e uma gosma grudou na minha mão e então, o cheiro me abateu.
Sangue. Sal e ferrugem. A última coisa que vi foi Emmett entrar no meu campo de
visão em cima do carro. Não estava doendo tanto, mas eu tinha pavor de sangue e meu
cérebro apagava automaticamente com isso.

- Eu acho que ela está acordando. – Alice sussurrou e então, abri os olhos. Eu estava
deitada no banco de trás do Jeep com Alice de um lado e Edward do outro. Ambos me
fitando com curiosidade. Continuei tentando processar porque diabos eu tenho sempre
que desmaiar? – Será que ela perdeu a memória?

- Cala a boca Alice. – Edward ralhou rindo – Amor, você está bem?

- Já tirou todo sangue? – perguntei tentando me levantar, mas senti vertigem. – Estou
bem, só fico louca quando vejo sangue.

- O corte foi superficial… – Rose comentou – Mas foi o suficiente pro Sr. Eddie ficar
maluquinho.

- Está tudo bem agora. – sorri afagando seu rosto. – Estou bem melhor. Isso sempre
acontece quando sinto cheiro de sangue.
- Tem certeza? Nenhuma dorzinha? – Edward perguntou-me preocupado beijando a
palma da minha mão.

- Eca! Chega! Vamos embora porque hoje é aniversário do querido Jasper e nós só
iremos cantar parabéns a partir das 13 horas. – Emmett gritou entrando no carro. Voltei
a sentar no colo de Edward e deitei minha cabeça em seu ombro. Voltamos em silencio
e eu estava com raiva de mim mesma por ser tão fraca. Isso definitivamente me dava
nos nervos.

Nós chegamos e encontramos Esme com duas loiras na cozinha conversando


animadamente. Alice e Rose foram simpáticas, mas bem secas, dando a desculpa que
precisavam subir para tirar a roupa molhada, mas voltavam logo para ajudar. Jasper
ficou sentado na mesa beliscando uma torta de morangos que foi a sobremesa do jantar
de ontem. Edward pegou água e um comprimido pra mim.

- Vai passar a dor de cabeça e se não passar, quero me prometa que irá me contar. –
entregou-me tudo e rapidamente engoli como uma menina obediente – Evite dormir
pelas próximas duas horas. Eu vou ficar bem do seu lado. – sussurrou me abraçando
bem apertado. Como era bom ficar envolvida pelos braços dele.

- Obrigada meu amor. – Envolvi meus braços em seu pescoço e escovei meus lábios
com os dele e sorrimos juntos antes dele me beijar cheio de carinho. – Eu te adoro.

- Eu sei. – piscou divertido e alguém limpou a garganta. Esme inclinou a cabeça


mostrando que tínhamos visitas e comecei a rir sem graça. – Kate e Irina, como vão?

- Muito bem. – uma das loiras respondeu. – E você?

- Ótimo. Essa é a minha namorada, Isabella. – apontou pra mim sorridente sem me
soltar. Fiz aceno tímido – Estas são Kate e Irina Denali. Amigas de longa data da
família. – apresentou-as sorrindo simpaticamente.

- Nós iremos tirar essas roupas e voltamos logo. – informei a Esme, rebocando Edward
da cozinha. Ouvi Jasper dizer ‘Que pressa de ficarem nus’, mas ignorei. Estava cheia de
piadinhas com a minha vida sexual recém-inaugurada. Coloquei uma roupa seca e nós
decidimos não tomar banho porque se a água quente acabasse Esme iria surtar.

Os meninos ficaram de um lado arrumando moveis e outras coisas pesadas com Alice
ordenando onde tudo ficaria de acordo com sua decoração. Fiquei na cozinha com
Esme, Rose e as Denali. Estava pensando no momento em que Tânia fosse chegar e
como reagiria sendo que agora eu era oficialmente namorada de Edward. Fiz uma nota
mental para perguntar a Edward se ela já sabia desse fato. Fiz umas sete tortas de
sabores diferentes e acabei me socializando mais com as irmãs Denali. Essas eram
legais…

- Então, nós iremos usar o quarto de hospedes para nos arrumar. – Kate disse – Nos
vemos daqui a pouco. – sorriu simpaticamente saindo da cozinha com sua irmã. No
exato momento, Rosalie soltou uma respiração pesada.
- Viu… Dá pra se comportar muito bem. – Esme disse sorrindo – Vou subir para me
arrumar. Desço já. – beijou-me na bochecha e saiu da cozinha.

- Claro que dá pra se comportar… Não é o seu marido que elas querem. – Rose
resmungou e comecei a rir. – Sério. Elas são três solteironas que acham que iam com
casar com os três meninos Cullen. Desculpa sociedade, mas cheguei.

- Ops. Acho que eu também. – brinquei lavando as mãos. – Deixe isso, vamos nos vestir
para a noite.

Nós subimos juntas e nos separamos quando chegamos as nossas portas. Não demorei
muito no chuveiro porque tinha muita gente na casa usando água quente. Quando
comecei a secar o cabelo, ouvi Edward entrar no quarto e ir direto para seu closet. Saí
rapidamente do banheiro, ganhando um beijinho rápido antes do mesmo entrar. Me
arrumei tão rápido que quando ele saiu enrolado na toalha já estava devidamente vestida
e maquiada.

(N/A http://www.polyvore.com/bs7/set?id=32194121)

- Vai ficar me secando mesmo? – Edward perguntou rindo. – Tenho uma surpresa pra
você… – disse roucamente se aproximando e tirando a toalha lentamente. Meu corpo
inteiro pareceu esquentar de uma só vez… Mas, quando ele tirou a toalha, já estava de
cueca. Coitado. Como se isso fosse me desestimular…

- Vamos disputar quem tem mais controle? Posso tirar minha roupa agora mesmo… –
contra ataquei e ele parou

- Baby, se você vestida está fazendo isso – apontou para a sua ereção – Imagine sem
roupa?

Comecei a rir e estava pronta para tirar a minha roupa e resolver o problema, quando
alguém bateu na porta e nos interrompeu. Bufei irritada e Edward voltou para o closet.
Ótimo. Abri a porta e fechei de novo. Bati na cara mesmo… Que Esme me matasse
depois, mas o quarto de Edward era o meu manto sagrado. Rompi a porra do meu hímen
naquela cama e Tânia não entraria ali. Não mesmo.

- Quem era? – Edward perguntou do closet. Fui caminhando até lá com uma escova de
cabelo na mão. Não me pergunte porquê, mas precisava segurar em algo que pudesse
machuca-lo.

- Escute aqui Edward Anthony Cullen. – apontei com a escova da melhor forma
ameaçadora que consegui – Não sei e não quero saber que tipo de relacionamento você
algum dia teve com Tânia Denali, mas agora você é meu namorado e espero que tenha
amor as partes do seu corpo.

- Estou sendo ameaçado sem ter feito algo. – retrucou emburrado cruzando os braços.

- Está. Porque aquela loira me tira do sério e não quero brigar com você por isso.
Estamos todos entendidos?
- Meu bichinho ciumentinho… – Edward veio me empurrando contra a parede – Vou
ficar bem longe dela… Eu prometo. – sussurrou depositando vários beijos no pescoço e
na clavícula.

- Certo. – beijei de volta, mas não pude esconder o sorrisinho vitorioso que se espalhou
no meu rosto. Deixei que ele terminasse de se vestir e nós descemos para a sala lotada.
Meu pai, minha madrasta, meus irmãos e cunhadas eram os únicos rostos conhecidos,
exceto os Cullen. Quase perto da hora do parabéns, Jane chegou com seu marido e seu
pai.

Nós ficamos conversando por muito tempo. Edward se manteve sempre ao meu lado, e
onde eu ia, ele vinha. As Denali se mantiveram sozinhas e volte e meia, Esme ia até as
três. Rosalie manteve Emmett longe de Irina a todo custo. Tânia ficou me olhando a
festa inteira e sempre que tive oportunidade, beijava Edward com muita paixão. Sim,
marcando território. Meu pai parecia se dar muito bem com Edward e ficou mortificado
com a facilidade de Aro cantar todas as mulheres ao seu redor. James estava um pé no
saco e graças ao bom Deus, Edward ignorava.

A festa foi muito divertida e passou rápido. Estava me sentindo cansada física e
mentalmente. Edward me perguntou sobre as dores de cabeça, mas elas tinham sumido
com o decorrer do dia. Deitei na cama e logo dormi abraçada a Edward e reclamei
muito quando ele me disse que era hora de acordar. Nós tomamos café e voltamos pra
cama. Ele ficou lendo um livro sobre uma nova pesquisa enquanto eu fiquei lendo A
Era da Reprodutibilidade Técnica por Walter Benjamin, sobre uma nova pesquisa que
poderia pedir ajuda de Jeremias em outra ocasião.

Reconheço minha preguiça em ir para o churrasco de Charlie no fim da tarde, mas todos
estavam prontos, inclusive a famosa salada grega de Alice. Nós iriamos embora logo
depois do churrasco, então, quando tudo estava no carro, meu interior começou a ficar
feliz por finalmente ter um dia literalmente sozinha com Edward em casa.

Sue amava ter a casa cheia. Então, minha madrasta estava uma pilha com Esme para
todo lado. Apresentei Edward a Sam e vi que ele e minha irmã estavam de muita
conversinha. Torci para que os dois finalmente se acertassem. Rezei internamente para
Jacob não aparecer, afinal, seria muita cara de pau. Meu pai não falava mais com ele,
assim como James e Leah. Sue se mantinha educada e Seth, bom, jamais obrigaria meu
irmão a parar de falar com ele.

Sentei-me no colo de Edward porque estava muito cansada e não tinha mais lugar
nenhum disponível.

- Comporte-se. – James ralhou e eu revirei os olhos – Isabella Marie Swan. – ameaçou e


me agarrei mais ainda a Edward.

- James Charles Swan. – retruquei – Cuide da sua vida. – Victória começou a exigir sua
atenção e virei-me para Edward que estava conversando com Emmett. – Edward…
Quero ir embora.
- Só se for agora. – sussurrou no pé do meu ouvido. Rapidamente dei um jeito de me
despedir de todos e nós seguimos viagem até nosso apartamento. Edward corria tanto
quanto Alice. Não consegui criar raízes no carro, logo chegamos bem rápido.

- Olá. – Mike Newton nos cumprimentou. Edward deu um jeito de me empurrar para a
porta e abri-la bem rápido.

- Oi Mike. – respondi entrando no apartamento sendo praticamente rebocada por ele. –


Depois eu que sou ciumentinha. – impliquei e ele sorriu torto. Joguei-me no sofá e
percebi que Edward nunca mais voltava do seu quarto. Fui atrás dele e o encontrei no
closet, arrumando os cabides de um lado só, sapatos de um lado só e desocupando
algumas gavetas. – O que há?

- Estou desocupando seu lado do armário. Vamos deixar aquele para os hospedes e suas
coisas iremos colocar no escritório…

- Ok. – sorri boba. Dei dois passos e pulei nele. – Tem certeza?

- Tudo que quero é você do meu ladinho… – sussurrou beijando-me com intensidade.
As mãos dele foram pro meu quadril, erguendo-me para entrelaçar as pernas em sua
cintura. Estava quase puxando minha blusa quando ele parou. – Nós não vamos fazer
isso.

- O quê?

- Nada de sexo… Por enquanto. – disse tentando esconder seu sorriso.

- Você não vai transar comigo Edward Cullen? – perguntei emburrada. – Estou
completamente excitada e você está dizendo não?

- Sim. É isso. – disse me colocando no chão. – Até amanhã a noite. É claro. Tenho uma
surpresinha pra nós dois.

- Sério? – sorri abertamente e ele retrubuiu animado – Eu odeio surpresas,


principalmente quando me priva de sexo. – retruquei emburrada.

- Amor… Como se você fosse uma ninfomaníaca.

- Posso ser. Sabe o que é ter tesão acumulado por vinte anos? – perguntei irritada indo
para o meu armário buscar minhas coisas. Ele começou a rir, mas não cedeu um
segundo sequer. Nem quando fiquei nua na frente dele para tomar banho. Quando fiquei
desfilando na frente da tevê só de calcinha. Muito menos quando deitei do seu lado para
assistir o jogo de futebol. Estávamos oficialmente dividindo a mesma cama, o mesmo
armário e com escovas de dente no mesmo porte.

Acordei na manhã seguinte muito emburrada. Edward continuava com um sorriso


maroto nos lábios. Fui para a cozinha fazer o café da manhã enquanto ele arrumava a
cama. Só joguei uma blusa dele por cima e prendi os cabelos no alto. Senti sua presença
na cozinha quando sua respiração bateu na minha nuca. Ele começou a beijar minha
nuca e pressionar seu pênis contra minha bunda. Soltei a porra de um gemido quando
sua mão veio caminhando lentamente em direção ao meu centro. Desliguei o fogo e
permiti que ele fizesse o que bem entendesse.

Sua mão esquerda subiu pela minha perna por debaixo da blusa parando no cos da
minha calcinha. Sua mão direita estava em meu seio apertando delicadamente e seus
lábios se perderam no meu pescoço. Apertei o balcão com força porque ele só podia
estar querendo me enlouquecer.

A campainha tocou. Nós ignoramos. A campainha tocou de novo quando o dedo dele
estava quase lá. Ele me soltou lentamente e foi até a porta. Tinha que ser algo muito
importante, porque nem na mão literalmente fiquei. Aquilo me deixou tão irritada que
fui no vão da cozinha espiar quem era.

- Bella… Visita. – Edward chamou-me com um tom de voz baixo. Quando olhei, soltei
um sonoro palavrão mental.

- Oi mamãe! – sorri abertamente.

- Oi Bebê. – abraçou-me com carinho. Phil entrou e cumprimentou Edward e logo me


puxou para um abraço. Renée me olhou de cima abaixo e depois olhou para Edward que
estava sem camisa – porque eu estava usando a dele – e de calça descalço. Eu, por outro
lado, só trajava uma camisa com o nome dele bem grande. – Agora, alguém me explica
porque a minha filha esta seminua no mesmo teto que este rapaz que deveria ser seu
colega de quarto? Ein, Isabella?

Fudeu.

Capitulo 8

Fiquei olhando para Renée sem acreditar que ela estava me fazendo aquele tipo de
pergunta na frente de Edward. O telefone começou a tocar e nós ignoramos. Renée
continuava a nos olhar como se fossemos Judas e Barrabás. Ou seja lá quem deveria ter
ido pra cruz no lugar do menino jesus.

- Bells. Se vocês estiverem dormindo, me perdoe. Irei pescar com Seth e James no
sábado que vem, deixe Edward saber disso e no seu aniversário quarta-feira
combinamos melhor. Te amo, papai.
A voz de Charlie soou no telefone e a ligação foi finalizada. Renée me lançou um olhar
furtivo entre o telefone e Edward. Fiquei com muito medo do meu pai. Ele iria sofrer
com as acusações dela.

- Bom. Você não me avisou que iria chegar… – disse limpando a garganta. – Mamãe,
este é Edward, meu namorado e mais tarde conversaremos sobre isso. – apresentei
Edward enfático. Ele sorriu gentilmente para Renée, que retribuiu, mas eu conhecia a
cobra.

- Surpresa! – ela cantarolou sorrindo. – Resolvi vim lhe ver e depois ir para o
apartamento de James, como sempre.

- Seria uma honra se a senhora pudesse ficar conosco. – Edward convidou educado. Por
que diabo foi arrumar um namorado tão cavalheiro? Renée virou-se para Phil, que sorriu
concordando. Olhei profundamente olhando para Edward despejando toda minha
frustração sexual e sabendo que ele iria se arrepender amargamente por isso.

- É mãe. Será bom. Assim nós podemos colocar todo o papo em dia. – sorri animada
puxando Phil para ficar do meu lado.

- Bom, sendo assim. Tudo bem. Eu vim mesmo por causa do vinte e um anos do meu
bebê. – enfatizou meu maldito apelido olhando secamente para Edward. Revirei os
olhos limpando a garganta ameaçadoramente.

- Então, os meninos irão colocar as malas no quarto. Edward mostre o caminho. –


pisquei pra ele. Os dois saíram do apartamento rapidamente, me deixando sozinha com
Renée. Segui pelo corredor e ouvi seus passos no meu encalço. Entrei no quarto de
Edward – que agora era meu – e pensei que não tinha tido hora melhor para juntarmos
nossas escovas. Ironicamente, é claro. Puxei um short jeans e uma bata qualquer.

- Esse é o seu quarto? – perguntou-me olhando ao redor. O mais engraçado era que a
única coisa que Renée não deveria olhar, ela estava olhando com atenção. Meu porta
retrato eletrônico. Tinha feio uma lista de fotos que Alice tirou de nós três, as fotos do
parque, exposição e inúmeras fotos minha e de Edward. – Onde é o quarto de Edward?
– perguntou-me por fim, depois de ver foto por foto. Agradeci por ter pelo menos três
fotos com ela, porque o mundo definitivamente iria desabar.
Limpei a garganta sem graça e abri mais a porta do closet dando uma visão de roupas
masculinas de frente pra minha. Renée abriu a boca umas vinte vezes e me amaldiçoei
por não ter contato em detalhes o tipo de relacionamento que estava com Edward. Suei
frio e senti minhas pernas tremerem. O olhar foi tão penetrante…

- Vocês estão morando juntos… Tipo, juntos mesmo? – perguntou-me com um fio de
voz. O próximo passo seria gritar. Assenti com a cabeça e engoli seco. Ela abriu a boca
e eu me encolhi automaticamente, mas alguém bateu na porta.

- Queridinhas. Café na mesa. – era Phil. Renée sempre se derretia com a voz dele.

- Estamos indo. – respondeu animada. Levantou-se e veio a minha direção. – Bella…


Bella. Meu Bebê. – abraçou-me – Antes de conversarmos, saiba que sinto que está mais
bonita. Mais saudável. Diferente do tempo que namorou aquele cachorro. – afagou
minha bochecha – Isso não anula a boa conversinha que teremos daqui a pouco. – beijou
minha bochecha e saiu.

Santo Phil de cada dia vos daí hoje.

Puxei uma camiseta e entreguei a Edward assim que pisamos na cozinha. Ele sorriu
agradecido. Ele e Phil tinham terminado de preparar os ovos. Eu tinha torradas, geleias,
manteiga brasileira, suco de laranja, café e mais alguns doces que Edward gostava. E
principalmente a torta de morango da sua mãe. Nós começamos a comer em silencio,
mas Renée sendo Renée não podia deixar de contar sua viagem nos mínimos detalhes.

Phil e Edward embarcaram em uma conversa sobre a ligação de Charlie. Se eles


ficassem até o final de semana – o que eu esperava fielmente que não e se fossem, que
se mudasse para a casa de James – Charlie ficaria feliz em ter Phil junto. Eles se davam
muito bem. Sue e minha mãe que não se bicavam muito porque eu costumava a ouvir e
me abrir mais com Sue do que com ela durante minha adolescência. Renée não
compreendia que ela era exageradamente exagerada e eu morava com Sue.
Edward estava chegando a sua parte favorita do café quando seu bipe gritou da sala. Ele
me olhou e dei meu maior sorriso encorajador. Educado como um verdadeiro cavalheiro
de armadura branca, pediu licença e foi se vestir.

- O que ele faz? – Renée perguntou

- Ele é médico. – respondi enquanto dava uma garfada no meu ovo. Levantei
procurando um copo térmico e despejei café dentro dele. Separei mais duas barras de
cereal. – Então, hoje a noite é dia de jantar e filmes aqui em casa. Estive pensando em
chamar Jamie e Vic para juntar aos irmãos de Edward.

- Claro, meu amor. A casa é sua. – respondeu com veneno na voz. Ignorei respirando
fundo. Edward voltou de camiseta branca, calça jeans clara e sapa tênis. Não sei quando
meu interior ia parar de dar pulinhos toda vez que ele entrava no meu campo de visão.
Sorri boba estendendo seu copo térmico e suas barras de cereal. Ganhei um beijinho
carinhoso na testa e fiquei puta da vida porque queria imprensá-lo contra parede e
arrancar um beijo fodidamente rasgador de calcinha.

- Comporte-se. – alertou já prevendo que teria uma D.R daquelas com Renée assim que
ficássemos sozinhas. Pior seria quando James chegasse. Dei uma careta que era pra ser
um sorriso e voltei para a mesa suspirando. Não sabia que horas ele iria retornar e isso
me deixou meio angustiada. Nós tínhamos uma bolha que havia sido estourada pela
minha mãe.

- Eu vou aproveitar para tomar um banho e descansar um pouco. – Phil disse dando um
beijo na cabeça da minha mãe e depois na minha. Meu interior continuou tremendo.

Renée suspirou bem forte e posou sua caneca de café na mesa me fitando daquele jeito
que agora não passa.

- Ok… Conte-me tudo, Isabella.

Sabe aquele momento que você tem a porra de um apelido infantil irritante que toda sua
família sempre fez questão de te chamar, lembrando que você é uma menina infantil,
mimada e frágil? E quando seus pais ou mais precisamente a sua mãe te chama pelo seu
nome e não apelido, sente o mundo inteiro desmanchando ao seu redor? Eu era menor
de idade pelas próximas vinte e quatro horas. Tinha me mudado para morar com um
cara que ninguém conhecia, semanas depois, ou melhor, dizendo uma semana depois
estava aos amassos com ele.

Olhando pelo lado dela sabia que tinha uma coisa errada. Olhando pelo meu, nenhum.
Era só um namoro e se acabar, acabou. Eu gostava do modo que estávamos vivendo e
não queria que Renée atrapalhasse isso agora.

- Aconteceu mamãe. – deu os ombros. – Nós começamos nos dando bem e quando
fomos ver, estávamos envolvidos.

- Você não o conhecia antes? E já estão morando juntos? Isso é muito responsável e
você é irresponsável demais para isso. – acusou

- Por quê? – retruquei elevando a voz – Você age como se fosse o fim do mundo ou sei
lá o quê. Nós estaríamos morando juntos namorando ou não.

- Bella, você parou para observar vocês? – perguntou-me dando com a palma da mão na
mesa. – Ele se move, você se move. Trocam olhares e se tocam a maior parte do tempo.
Você colocando cafezinho da manhã enquanto ele vai trabalhar em uma emergência.

- E isso por algum motivo é ruim? – irritei-me não tendo a mínima noção que nós
realmente agíamos assim. E isso deveria ser bom. – Mãe, eu realmente gosto das coisas
do jeito que elas estão caminhando.

- Claro que gosta. Ele é bonito, rico e tem um excelente emprego. – retrucou emburrada.
– Você só tem 20 anos! Era pra estar estudando!

- O que quer dizer com isso? – perguntei segurando a minha respiração.


- Estou dizendo que isso é um sonho de menina. O príncipe no cavalo branco, o cara
saído daqueles livros de literatura inglesa. Isso é a vida real. E vocês estão morando
juntos! – exaltou-se levantando-se. Seu rosto estava vermelho e sua respiração tão
pesada quanto a minha – James demorou mais de dez anos para morar com Victória.
Ambos estão maduros e com a carreira consolidada.

- Desculpe aí querida mamãe. – debochei – Pelos treze anos de relacionamento aqueles


dois deviam estar casados e com filhos. E olha que eu não sou a favor da bandeira do
casamento.

- Você só tem 20 anos Bella! Não terminou a faculdade e cismou de ser fotógrafa.
Ninguém sabia que você gostava disso até abandonar a faculdade por causa de um
professor esquizofrênico. – gritou

- Renée. Chega! – gritei já puta pra caralho – Gostando ou não, estou morando com
Edward e ponto final. – cuspi nervosa. – Nunca mais em sua vida culpe Jeremias por
qualquer coisa que aconteceu na minha vida, entendeu? Ele é doente, mãe!

- Desculpe… – suspirou sentando-se. Meu rosto já estava molhado de tantas lágrimas. –


Eu só sou sua mãe e a última pessoa a saber. De tudo.

- Não acredito que ficou me criticando e criticando a Edward sem ao menos conhecê-lo
por a porra de um ciúme doentio do caralho! – gritei ultrajada.

- Olha a boca Isabella! – ralhou – E preste bem atenção em uma só coisa. Eu não sei
como isso pode não se importar para você, mas sou sua mãe e não conheço seu
namorado.

- Mãe. Seria bem difícil conhecer. Primeiro: você mora a doze horas de distancia daqui.
Isso de avião, o transporte mais rápido do mundo. E a culpa disso não é minha.
Segundo, na sua primeira oportunidade de conhecê-lo foi seca e venenosa como uma
cobra cascavel. – rebati
- Ok. – rendeu-se – Irei conhecê-lo. Continuo não concordando com isso. Você é
imatura demais e um relacionamento sério como esse e isso não é brincar de casinha. –
alertou, mas já estava sorrindo. Aquela porra definitivamente era louca. – Então, mês
passado meu bebê era virgem… Conte-me tudo.

- Você sofre de algum transtorno bipolar? – perguntei começando a tirar a mesa. Ela me
olhou torto, mas levantou para me ajudar. – Charlie e Seth adoram Edward.

- Claro. Você é idêntica ao seu pai. Teimosa, impulsiva e mimada. É óbvio que ele não
iria se incomodar. Quando está bom pra você, fica bom pra Charlie. Ele não inclui as
noções de certo ou errado. No fundo, sempre se dá bem. – suspirou lavando a louça.

- Você devia dar mais créditos a Charlie.

- Pensei que fosse pedir para te dar créditos. – sorriu lavando a última xícara.

- Não faria isso. Eu sei que sair da faculdade e ter me refugiado em Cuba por causa de
Jacob por estupidez. Mas não é isso que eu quero agora, compreende? E além do mais,
eu completei a minha faculdade de fotografia, mesmo vocês acham que dois anos e
meio não contam como curso, só porque eu fazia Literatura Inglesa junto. – respirei
fundo. – Eu me sinto bem… Não tendo o controle de nada.

- Você é tão Charlie que me irrita. – resmungou

- Não gosto quando você faz separações. Eu sei que fui a causa da separação de vocês,
mas meu pai é um bom homem, mãe. – comentei casualmente. Ouvi um baque surdo e
olhei para Renée que tinha a expressão dolorida. Cortada. – O que foi agora mãe?

- Bebê… Você nunca foi a causa da nossa separação. Isso é culpa demais para
ombrinhos tão pequenos. – abraçou-me apertado. – Me perdoa se em algum momento
causei-lhe esta impressão. Eu amo seu pai, você sabe disso.
- Como amigos. – revirei os olhos. – Isso é repetido pra mim. – sorri amarelo e ela
secou as lágrimas. Como eu disse a maldita rainha do drama. Resolvi mudar de assunto
antes que ela me obrigasse a fazer terapia. Mesmo tendo menos de três horas ao meu
lado e ter me enchido a porra do saco, mamãe estava em casa e isso me fazia feliz.
Passei uma hora com Alice no telefone combinando o jantar, depois ela transferiu a
ligação para James.

- Filho da puta miserável. Vou me vingar. – avisei assim que ouvi sua voz rouca soar no
telefone.

- Mamãe chegou, é? – perguntou divertido. – Bem feito.

- Para sua informação, seu bastardinho. Mamãe vai ficar na MINHA casa comigo e com
MEU namorado. Idiota. Perdeu chameguinho da mamãe. – retruquei sorrindo. James
tinha um ciúme…

- O que você quer Bebê? – perguntou sem paciência.

- Que venha jantar comigo, os irmãos de Edward e mamãe com Phil. Será divertido. –
convidei animadinha – Daí você termina com essa implicância com Edward, ok?

- Eu vou fazer a vida dele um inferno. – respondeu sorrindo – Você é meu Bebê. E
outra, Victória tem um jantar hoje…

- Tudo bem. Vocês vêm quarta, certo?

- Claro. Serei o primeiro. – respondeu sorrindo. – Te amo.

- Amo tu tatu. – respondi desligando o telefone.


Fiquei conversando com Renée sobre o trabalho e rapidamente deixamos um almoço
pronto, caso alguém queira comer. Comecei a temperar a carne para a noite e ela
gentilmente me ajudou preparando as saladas cozidas. Na falta de criatividade, imaginei
que carne assada, purê de batatas, saladas e arroz branco poderia agradar aos meninos.
Edward era simples, comia tudo que eu fazia.

Estava disposta a me dar a ele também, ok.

Emmett simplesmente iria sentir o cheiro, sentar a mesa e devorar. Espero que minha
mãe não se assuste, por que ele era enorme, tinha cara de bobo e parecia um ursinho de
pelúcia. Phil se daria bem com todos eles por causa de jogos e assuntos de homens. Eu
os conhecia bem para garantir isso. Tinha que rezar ainda para Renée gostar de Rosalie.
Alice a ganharia em dois segundos… Ninguém resistia aos dons sobrenaturais da
baixinha.

Renée decidiu deitar-se e fui trabalhar em algumas fotos enquanto beliscava um pedaço
de torta. Olhei no relógio e fiquei preocupada. Edward só ficava poucas horas no
hospital durante as segundas-feiras e eu realmente queria tê-lo em casa agora.
Principalmente que estava chovendo e o quarto pareceu ficar enorme sem ele. Bufei
frustrada e retomei minha pesquisa ignorando aquela sensação de saudade. Fechei a
porta e fiquei só de calcinha e camiseta e liguei meu IPOD. Precisava relaxar.

A primeira música foi seventeen de Kings of Leon e achei engraçado. Essa era a nossa
banda preferida. Apesar de ele preferir as mais antigas como U2 e Aerosmith e eu
ColdPlay nos meus dias mais emo. E também adorava Muse e ele só gostava para
dançar. O dia passou rápido quando me vi dançando Pink de Aerosmith no meio do
quarto.

Aquela música me deixava tão bem… Tão leve. E era uma maneira de senti-lo presente.
Fiquei dentro do closet escolhendo alguma roupa para mais tarde e tive e feliz ideia de
tomar um bom banho na enorme banheira do meu namorado, que agora era minha,
certo? Deixei a água esquentar enquanto rodopiava pelo quarto cantando.

- You could be my flamingo. ´Coz pink is the new kinda lingo… Pink like a deco
umbrella, It´s kink – but you don´t ever tell her.
Quando estava quase chegando ao closet novamente quando um par de mãos quentes
me ergueu no ar. Soltei um grito assustada e Edward começou a rir. Virei-me para bater
em seu braço, mas ele me segurou antes dando-me vários beijos no braço até chegar no
meu ombro, subindo para meu rosto já quente.

- Não é engraçado quando você me pega dançando. Já é a segunda vez. – reclamei –


Isso assusta como o diabo.

- Você adora quando te pego. – sussurrou sexy no meu ouvido e eu derreti. Ok, caralho,
isso era verdade.

- Como foi no hospital? – desconversei.

- Muito tranquilo… Assinei meus horários da semana e só retorno amanhã a noite. –


respondeu fechando a porta novamente e tirando sua blusa – E como foi com sua mãe?

- Ótima ideia em convidá-la. – revirei os olhos – Nós discutimos um pouco, mas ela irá
aquietar-se. – respondi sinceramente. Caminhei até o banheiro e desliguei a água. Puxei
meu IPOD para o banheiro e vi que ele estava jogado na poltrona de olhos fechados.
Sentei-me no seu colo e depositei vários beijinhos na sua garganta e mordendo seu
queixo. – Há um banho quentinho esperando por nós dois. – sussurrei dando outro
beijinho nele.

- Isso soa ótimo. – respondeu-me abrindo um largo sorriso. Comecei a abrir seu cinto,
puxando com cuidado para fora do seu corpo. – Amor… Que mania de me despir. É só
um banho, me desculpe se não sou tarado como você. – brincou com um sorrisinho
maroto brincando no rosto.

- Agora a ninfomaníaca sou eu? – perguntei tentando soar irritada. – Estava só tentando
relaxar meu namorado. – sussurrei saindo do seu colo. Edward abriu os olhos e tirei
minha blusa e logo depois descartei minha calcinha. Seus olhos acompanhavam meus
movimentos sem piscar – Já que dispensa… Irei tomar meu banho, naquela imensa
banheira.
Assim que coloquei um pé dentro da banheira, quase escorreguei, quando ia agradecer
mentalmente por Edward não ter visto aquela cena, ele me segurou pela cintura,
entrando comigo na banheira. Sentei-me a sua frente e por um momento ficamos em
silêncio e só recostei minha cabeça em seu peito. Ele beijou minha cabeça enquanto
minha mão acariciava sua perna em torno de mim.

Ele se mexeu puxando a esponja meio toalha e derramou seu sabonete liquido nela.
Empurrou-me um pouco pra frente e senti o gelado encostar em minha costa nua.
Edward apertou firme meus ombros e eu acabei soltando um gemido baixo. Suas mãos
continuaram subindo e descendo, apertando forte, fazendo uma massagem adorável com
suas mãos. Ele ignorou o pano, enchendo as mãos de sabonete, esfregando-as um pouco
para fazer espumar e depois senti seu toque no meu pescoço, fechando em cochas
repetidas vezes.

Ele continuou a me levar e meu centro estava dolorido com Edward espalmando suas
mãos em meus seios – várias vezes, diga-se de passagem -, barriga, braços e pernas. Ele
tomou um cuidado extenso em lavar cada centímetro do meu corpo. Exceto o lugar que
eu realmente queria a mão dele. Edward era foda quando queria. Não sabia mais ao
certo o quanto gemi só com seus toques, hora delicados, hora tão intensos que senti
subindo aos céus.

Ele afastou meus cabelos da nunca e depositou vários beijos, sua respiração quente
contra minha pele exposta estava me deixando tonta. Não sabia se respirava, gemia ou
enlouquecia.

- Respire amor… – Edward sussurrou mordendo a ponta da minha orelha. Eu me mexi


um pouco e senti sua sempre gloriosa ereção contra minhas costas. Involuntariamente
soltei inúmeros palavrões mentais. Como meu interior queria senti-lo por completo
dentro de mim… Estava meio tremula, bastante excitada e começando a me irritar com
o joguinho dele.

- Edward… – choraminguei quando suas mãos chegaram a meu centro e saiu. – Por
favor…

- Você quer isso, amor? – sussurrou em meu ouvido. Respirei fundo e não era só a mão
dele que queria. Dedinhos mágicos eram muitos bons. Mas ele? Nada se comparava.
- Não… – disse ofegante enquanto ele apertava firmemente meus seios. – Eu quero
sentir você por inteiro dentro de mim. – ofeguei com seu grunhido a lá homens das
cavernas no pé do meu ouvido. Porra. Virei-me de frente e sorri beijando-o. Sentei no
seu colo e coloquei as duas pernas em cada lado de sua cintura.

- Nós estamos prontos para isso novamente? – perguntou-me beijando carinhosamente.

- Oh! Senhor não teremos sexo por algum tempo! – ironizei rindo. Ele fechou a
expressão me deixou mais excitada ainda. Fiz uma nota mental de passar um dia inteiro
irritando Edward para isso ser compensado na cama. – Estarei pronta toda vez que você
me quiser. – beijei seu queixo impulsionando meu quadril para roçar na sua ereção. –
Você me quer, Edward? – sussurrei mordendo seu ouvido

- Todos os dias da minha vida. – respondeu baixo. Seus olhos azuis me fitavam com
tanta intensidade que meu coração começou a bater no cérebro. Meu rosto queimou e
meu sangue já estava correndo muito quente. Suas mãos deslizando na minha cintura,
parando para o quadril, puxando-me pra frente e senti a ponta do seu pênis bem
posicionado na minha entrada. Arfei descontroladamente.

Não doeu como da primeira vez. Foi intensamente maravilhoso sentir cada milímetro
dele entrando vagarosamente dentro de mim. Edward estava me conduzindo e ao
mesmo tempo beijava meu pescoço com força. Quando ele estava por completo dentro
de mim, meu corpo pareceu estar pela primeira vez na vida inteiro. Sem nenhum
pedaço. Como se aquela conexão dele investindo vagarosamente dentro de mim era
tudo que precisava da minha vida.

Ele entrava, estocando fundo e seu nome saia descontroladamente da minha boca.
Estava levemente consciente da música do meu IPOD. Tudo que eu ouvia era Edward
chamando meu nome, grunhindo loucamente e começando a aumentar o ritmo. A água
era pra estar gelada, mas nós dois estávamos quente o suficiente pra esquentá-la com
vigor.

- Porra… Arg… – ofegou me puxando para estocar.


- Merda… Mais rápido… – pedi entre meus gemidos baixos. Edward ergueu-me e
inclinou mais meu corpo para o seu, tendo o maravilhoso livre acesso para investir cada
vez mais rápido. – Eu vou…

(N/Ahttp://www.vagalume.com.br/seu-jorge/seu-olhar.html)

Nenhum dos dois precisou terminar a frase. O nosso orgasmo chegou junto e sentir
Edward estremecer ofegante por minha causa fazia meu ego ir as alturas. Aquele
momento era tão lindo que sentia vontade de chorar. Meus olhos ficaram marejados e
tive coragem de abri-los. Edward estava me olhando daquele jeito… Aquele jeito
penetrante, quase perturbador, cheio de adoração. Por vezes, ele agia como se fosse o
beneficiário e não o beneficiador.

Nós ficamos em silencio nos olhando. Os olhos deles azuis tão intensos me fizeram
chorar. Uma lágrima teimosa escapou dos meus olhos e Edward rapidamente beijou-a.
Nossos lábios se encontraram e apesar dos dois braços dele estarem ao redor do meu
corpo com força, tudo que conseguia sentir e processar era o carinho, desejo, paixão que
emanava do nosso beijo. Nossa conversa silenciosa.

Eu estava completamente extasiada por ele. E isso me fazia tão bem… Era tudo tão
diferente.

Parei para dar vários beijos em seu rosto e ele sorriu torto daquele jeito que me fazia
derreter. Acabei estremecendo em resposta e ele sorriu mais ainda.

- Eu te adoro. – sussurrei me aninhando ainda mais a seu corpo.

- Eu te adoro. – respondeu beijando meu queixo. Nós ficamos assim e choraminguei


quando ele saiu de dentro de mim. – Vamos ficar resfriados se continuarmos aqui. –
falou baixo me envolvendo uma enorme toalha branca. Nós saímos ainda em silêncio e
começou a tocar sexy on fire de Kings of Leon e nós sorrimos um para o outro de um
jeitinho cumplice. Vesti uma camisola de seda rosa que Alice cismou de comprar
quando fomos às compras e Edward só puxou sua calça de moletom.
Nós deitamos de frente um pro outro e ele ficou acariciando meu rosto e cabelo. Por
mais que o sono estivesse forte, não conseguia fechar meus olhos e perder Edward. Ele
estava ali, tão maravilhosamente lindo me acariciando cheio de ternura.

- Feche os olhos… – disse-me sorrindo. Obedeci quase que imediatamente e minha


consciência foi registrando um cantarolar baixo dele e suas mãos passeando ternamente
por todo meu corpo. Adormeci tempos depois sentindo Edward me puxar e enterrei meu
rosto em seu peito. Finalmente, estava acolhida no nosso cantinho feliz sem
intervenções negativas de Renée.

Acordei meio emburrada porque queria dormir mais, mas os barulhos vindo do lado de
fora era altos. Reconheci a voz de Alice e a gargalhada de Renée. Edward estava com os
braços presos em mim e o rosto enterrado no pescoço, como sempre. Um dia, iria ficar
sem cheiro de tanto que o homem me cheira.

- Acho que eles chegaram… – Edward resmungou apertando-me mais ainda.

- Sou uma péssima anfitriã. – bocejei – Ainda bem que adiantei quase tudo mais cedo.
Espero que Renée tenha colocado a carne no fogão. – virei-me pra ficar de frente pra
ele. – Temos que levantar…

- Não quero. – fez bico. Foi tão irresistível que mordi, dando uma leve chupada no fim.
– Amor, assim eu não levanto mais.

Comecei a rir e levantei da cama. Prendi meu cabelo em um coque frouxo e vesti uma
calça jeans, meias e uma camiseta larga. Não estava com muita paciência pra me vestir.
Deixei Edward na cama e saí do quarto, quando ele estivesse mentalmente seguro,
levantaria. No corredor, fui pega de surpresa pela enorme presença de Emmett e um
abraço esmagador de costelas.

- Emm! – gritei desesperada – Minhas costelas. Poxa! – reuni minhas forças e bati nele.

- Bells! Minha mais nova irmãzinha fofa que tem dado muitas canseiras no meu
irmãozinho. – cantarolou esmagando-me.
- Você é um idiota. – resmunguei indo abraçar Rose que estava falando no celular no
canto. Ela me deu um beijo rápido e voltou a conversar sério. Parecia um cliente ou algo
bem perto disso. Jasper estava com uma garrafinha de cerveja assistindo jogo com Phil
e eles pareciam bem entrosados. Cheguei na cozinha e encontrei minha mãe rindo com
uma taça de vinho e Alice verificando a carne no fogão. – Olá.

- Olá minha pequena. – Alice veio me abraçar cheia de carinho. – Bom, adiantei a carne.
Não quis te acordar…

- Desculpe… Edward chegou e nós simplesmente adormecemos. – respondi ocultando o


nosso esforço físico na banheira. Virei-me para Renée levemente nervosa. Ela ainda
estava me avaliando. Merda, por que fui dormir? – Desculpe por não ter acordado e
apresentado você a eles.

- Não tem problema. Também estava dormindo quando eles chegaram. – respondeu
dando os ombros. – Seus amigos tem a chave do seu apartamento?

- Eles não são só meus amigos, eles são a família do meu namorado. E é um acordo.
Edward também tem as chaves dos apartamentos deles… – respondi rapidamente – Para
dia como esses e emergências. Sabe como é, família de médicos.

- Boa noite cunhadinha. – Edward pegou Alice pelos braços assim como Emmett fazia
comigo. Eles tiravam vantagem na nossa altura e isso irritada. Renée sorriu ao vê-los
juntos. Era impossível não sorrir com a presença positiva que tanto Edward quanto
Alice emanava por onde passavam.

A jantar foi familiar e divertido. Emmett fez suas graças como sempre e minha mãe
pareceu confortável e simpática ao redor deles. Alice fez o imenso favor em coloca-la
par de todo preparativo do meu aniversário e até mesmo atribuindo responsabilidades.
Fiquei imensamente grata, porque já estava imaginando tudo que iria ouvir depois que
fossem embora. Os meninos assistiram um jogo enquanto nós ficamos na cozinha
organizando a minha pequena festa.
Era quase meia noite quando eles foram embora. Fiquei na cozinha terminando de
limpar cantarolando sex on fire. Sim, essa era minha música com Edward, por enquanto.
Senti sua mão quente espalmar minha barriga e beijar meu ombro.

- Estive pensando se amanhã não podemos levar sua mão para conhecer o parque novo,
almoçar e levar no seu estúdio. – beijou-me novamente – É um bom jogo se sairmos
depois do café da manhã. O que acha?

- Eu acho que não poderia ter namorado mais perfeito. – suspirei inclinando minha
cabeça pra trás para apoiar em seu ombro. – É uma boa ideia. Você não prefere
descansar antes do seu plantão?

- É só a meia noite. Se voltarmos o fim da tarde dá tempo de dormir agarradinho com


você. – sussurrou me apertando mais ainda. Oh Merda. Mensagem errada. Pela minha
expressão, ele começou a rir. – Não tem clientes essa semana?

- Não. – choraminguei deitando a cabeça no seu peito – Essa semana está bem tranquila,
mas semana que vem, será uma complicação que só. Não tem muitos agendamentos,
mas muitas visitas.

- Tudo vai dar certo. Tenho certeza que a exposição dará retorno. – beijou minha
cabeça. Ouvi uma outra respiração na cozinha e espiei pelo braço de Edward. Renée
estava me observando. Nunca senti vontade de manda-la a merda na minha vida, mas
hoje vinha na ponta da minha língua muitas vezes.

- Mãe… – resmunguei irritada. – Gostando da vista?

- O quê? Um casal jovem é sempre bonito de se ver. – deu os ombros. Edward começou
a rir. Por enquanto ele achava engraçadas as provocações dela.

- Amanhã teremos um dia cheio. Só que irei me permitir dormir até as dez horas da
manhã, então, não ouse a me tirar da cama antes disso. – informei emburrada. Ela
revirou os olhos dando um bocejo, pequeno aceno pra mim e um lindo sorriso pra
Edward. Fiquei mais puta ainda. Então a ele, agradava?
Nós fomos para o quarto logo depois, mas ambos estavam sem sono. Edward foi trocar
de roupa e desfazer nossa bagunça no banheiro. Arrumei a cama e joguei-me nela.

- Não fique chateada com sua mãe. – disse me abraçando. – Em tese, ela é como James
é comigo.

- Me irrito quando ela pode te irritar. – respondi acariciando seus cabelos. – Você é
importante pra mim. E tudo que pode te irritar, me dói. Ela é minha mãe, deveria saber
tudo o que sinto por você.

- Ele sente. E por isso implica. É como se fosse pra te proteger. – respondeu beijando no
vão dos meus seios. – Minha pequena, gosto demais de você. – sussurrou beijando meu
pescoço – Você faz meus dias mais bonitos, mais felizes… Eu amo seus olhos, sua
boca, seu nariz. – completou e me fez sorrir – E definitivamente, quando você sorri.

- Eu te adoro. De corpo e alma. – respondi puxando para um beijinho delicado.

Nós ficamos trocando carícias por mais um tempo, sem nenhum teor sexual. Era só
carinho.

- Bella… Sobre o fato ocorrido essa semana…

- Argh. Quebra o clima. – resmunguei emburrando-me novamente. Ele riu. – Não já


passou?

- Já passou sim… Só quero que saiba que todas as suas necessidades e desejos são meus
também. – disse olhando nos meus olhos – Entende? Tudo que precisar, sentir e desejar,
eu vou dar o máximo de mim para realizar.

- Obrigada. – emocionei-me – Muito obrigada por ser tão bom pra mim.

Nós passamos o dia inteiro na rua. Morri de raiva dos comentários de Renée. Ela estava
entrevistando Edward como se fosse para um novo emprego. Até quantas namoradas ele
teve, minha mãe questionou. Quem disse que eu queria saber disso? De um todo, não
foi ruim. Nós conversamos abertamente depois da santa inquisição e o dia foi divertido.
Phil estava mais relaxado porque Renée tinha parado de perturbar. Chegamos em casa e
Edward foi dormir.

Toquei piano enquanto ele pegava no sono e dessa vez escolhi Bach e Renée aprovou
emocionada. Adiantei mais um pouco minha pesquisa e liguei para Jeremias. Ele leu seu
novo romance, o que me fez chorar a maior parte do tempo, acordando Edward.
Coloquei no viva-voz e o mesmo reconheceu o talento do meu adorável professor.
Renée e Phil saíram para jantar sozinhos e namorarem um pouco. Quando deu onze e
meia eles retornaram e me senti triste porque era hora de Edward ir.

- Você me leva? – Edward perguntou-me – Vou deixar meu carro com você. Se precisar
amanhã durante o dia para qualquer eventualidade.

- Tem certeza? – perguntei sentindo que Renée estava bem atenta a nossa conversa.
Acorda mãe! Quero privacidade!

- Ele vai ficar estacionado. Terá mais uso com você. – beijou-me na testa pegando sua
mochila. – Vamos?

- Mãe, vem comigo? – perguntei tentando incluí-la já que estava prestando atenção. Ela
assentiu animada como se fosse o maior programa do universo. Minha mãe sofria de
carência aguda. Não demorou muito para deixar Edward no hospital. Acabei
encontrando Jasper no estacionamento.

- É… Vocês todos vivem muito juntos. Todos. – comentou casualmente no carro.


- É. Eu realmente gosto de tê-los ao meu redor. – respondi sinceramente e me
surpreendi com o enorme sorriso que ela me retribuiu.

- Alguém já foi buscar Edward? – perguntei nervosa. Até agora só os irmãos de Edward
estavam sentados na sala. Alice estava na cozinha com minha mãe e Rose. Phil tinha
descido para lembrar o porteiro o entra e sai com a lista de convidados. – Alguém sabe
do meu pai?

- Ele está chegando. – Renée gritou da cozinha.

- Emmett. Vá buscar seu irmão. – pedi angustiada. Esqueci de mencionar a Alice que eu
odiava ser o centro das atenções e ficava nervosa com isso. Exceto quando tocava ou
dançava, mas no meu aniversário não teria oportunidade para nada disso. Então, a
minha droga particular precisava chegar. – Emmett! – gritei e ele levantou do sofá
bufando puxando suas chaves.

- Bella. Banho e se arrumar! Agora! – Renée ralhou e parei para cumprimentar Esme e
Carlisle que chegaram na mesma hora.

- Querida, precisa se arrumar. Estaremos todos aqui. – Esme sussurrou me abraçando


com carinho. Quase gritei: Viu Renée. Isso que é ser sogra. – Alguém precisa de ajuda?

- Mamãe, esta é Esme, mãe de Edward. – apresentei animada. Renée sorriu observando
e veio abraçar Esme. Repito: Abraçar Esme. Preciso repetir? Minha mãe abraçou a mãe
de Edward. Ela fodidamente queria me enlouquecer. – Este é Carlisle. Ele é pai de
Edward. – apresentei a meu sogro que ainda estava me abraçando com carinho.

- Banho. Agora. – Renée empurrou-me para o quarto. Só para não ficar sozinha, puxei
Rosalie comigo. Ela não se sentia confortável perto da minha mãe. Renée perguntava
demais e isso irritava minha cunhada. Garanti a ela que éramos duas irritadas.
(N/A http://www.polyvore.com/bs8/set?id=32268870)

Não demorei muito para terminar de me ajeitar e ouvi vozes de Seth e meu pai.
Reconheci a risada de Aro e Demetri. Os dois deviam estar cantando alguém. Rose
comentou que Emmett no inicio sentia ciúmes, mas todo mundo sabe que no fundo, Aro
quer mesmo irritar. Fui pra sala e fui rodeada de beijos e abraços. Muitos parabéns e
carinhos. E nossa, presentes também. Havia três caixas enormes e fiquei surpresa que
uma delas era de Jane. A loira era uma fofa.

Emmett nunca chegava com Edward. A festa estava rolando. Alice, mamãe, Esme, Sue
e Rose estavam servindo os convidados. James estava no canto com Victória, Leah e
Sam e não passou despercebido por mim que minha irmãzinha estava agarrada a nosso
amigo de infância. Jasper conversava com Aro e seu pai. Jane e Demetri estavam
dançando no canto. A música era With Love de Hillary Duff e todos pareciam felizes.

Faltavam duas pessoas importantes pra mim. Comecei a me emburrar como uma criança
mimada. Eu queria Edward aqui. Queria Jeremias também… Mas ele nunca viria.

- Que foi Bebê? – Charlie perguntou-me quando me refugiei no canto. Era pra tudo estar
perfeito.

- Eu quero sabe onde diabos Edward se enfiou. – resmunguei quase batendo o pé.
Charlie sorriu e apontou para a porta. Edward estava glorioso com uma camiseta preta
de pano, com o primeiro botão aberto e as mangas dobradas. Calça jeans escuras e
sapatos pretos. Ele estava lindo com seu sorriso enorme. Atravessei a sala rapidamente e
me joguei nos braços dele. Eita merda. Estava com saudades.

- Parabéns meu amor. – beijou-me com carinho. Ouvi risinhos, mas ignorei. Estava
envolvida no meu lugar favorito do universo. – Desculpa a demora. Fui buscar sua
surpresa.

- Cadê? – perguntei curiosa e Emmett abriu o caminho.


Não sei expressar o que senti quando o vi parado na minha porta. Segurando flores e um
pacote. Estava usando seu velho terno bege e calça jeans claras desgastadas. Tinha feito
a barba e um sorriso tímido brincava nos lábios. Soltei Edward não sentindo direito
minhas pernas de tanto emoção, corri para os braços de Jeremias já borrando a
maquiagem de tanto chorar.

Não cabia em mim a felicidade. Ele tinha saído de casa por mim. Ele estava no meu
aniversário. Com flores e presentes. Pela primeira vez em um ano tive esperanças de
cura para a dor de Jeremy. Pela primeira vez senti que tudo poderia mudar.

- Eu te amo Bebê. Parabéns. – sussurrou retribuindo meu abraço.

Capítulo 9- Meu namoradinho.

Eu estava no céu ou era Edward me acordando trilhando beijos na minha costa. Estava
cansada pra caramba, física e emocionalmente. Edward tinha conseguido – o que ainda
não sabia como – trazer Jeremias para meu aniversario. Ele veio, me deu meu presente,
um dos seus livros finalizados, não publicados, mas pediu para ir embora quinze
minutos depois. Não fiquei chateada porque realmente sei o maldito esforço que fez
para sair do apartamento.

Depois me bateu aquela preocupação do quanto essa ação faria com a cabeça dele. Eu
tinha que ir vê-lo o mais rápido possível, mas hoje ele se sentiria culpado. Tinha que
agir com cautela para não pressioná-lo. Se simplesmente aparecer no apartamento, ele
vai me encher o saco e me expulsar de verdade. Edward continuava fazendo carinhos
em mim, mas não queria abrir os olhos. Não mesmo.

- Hora de acordar… – Edward sussurrou no pé do meu ouvido – São quase meio dia,
dorminhoca.

- Não quero sair da cama. – resmunguei me apertando contra ele. – Edward, você
realmente tirou minha blusa?

- Eu gosto de você nua na cama. – respondeu baixo voltando a atacar meu pescoço.
Porra! Quem não quer se acordada assim? Edward foi descendo os lábios para meu
ombro, puxando-me para mais perto e pronto. Estava totalmente acordada!

- Bella? – Renée bateu na porta.


Não fode! Vai atrapalhar a minha seja lá qual foda matinal não! Abri os olhos e Edward
ia responder, rapidamente tapei a boca dele espremendo meus lábios nos dele com
força. Aproveitei a deixa quando ele correspondeu para subir em cima e continuar
beijando avidamente. Sua mão tinha ido parar na minha bunda e me puxou com força
pro seu colo. Acabei soltando um gemido baixo, principalmente quando senti sua ereção
roçar no meu centro. Sim, céu, paraíso, aí vou eu!

- Bom dia amor. – sussurrei contra seus lábios.

- Bom dia. – beijou-me de volta. – Gostou da sua festa ontem? – perguntou e eu


estremeci de frio, fazendo meus seios se arrepiar. Edward riu porque ele estava tendo
uma boa visão deles. – Oi amiguinhos… Estão com frio? – perguntou segurando os dois
com força.

- Edward… – gemi movendo-me e ele sentou-me levando meu seio direito a sua boca.
Sua língua estava quente e meu bico do peito estava dolorido. Como aquilo era bom…
E que bom dia.

- Que foi amor? – perguntou divertido. – Está ruim? Quer que eu pare? – afastou-se e eu
gemi frustrada.

- Não para… – choraminguei

- Sua mãe está nos esperando.

- Foda-se. – respondi voltando a atacar os lábios dele. Ele me rolou na cama, ficando
por cima e entre minhas pernas. Ah, porra, me fode. Mordi minha língua para não gritar,
porque ele estava trabalhando com desejo no meu clitóris e me beijando ao mesmo
tempo. Sorte que meus gemidos e palavrões ficavam abafados com isso. Desci minha
mão até seu pênis que já estava prontíssimo para brincar. – Edward…

- O que, meu amor? Fala pra mim o que você quer… – sussurrou aumentando o ritmo
dos seus movimentos.

- Edward…

- Fala… Amor…

- Eu… Quero… Você.

- Como?

- PORRA, DENTRO DE MIM. – gritei, mas ele tapou minha boca com um beijo. Logo,
senti-me completa com ele todo dentro de mim. Isso era o paraíso. Terra prometida ou
qualquer coisa. Puta que pariu.

- Bom dia. – Renée cumprimentou-me – Ou melhor, boa noite.


- Uh… Que fome. – comentei passando direto por ela. Edward saiu do quarto pouco
tempo depois e Phil lhe deu seu maior sorriso maroto. Tirei umas torradas e a vasilha de
bolo que sobrou de ontem. Fiquei completamente absorta devorando o bolo sozinha na
cozinha. Sexo dá muita fome. Renée sentou-se a minha frente com cara de divertimento
estúpido. – O que há?

- Nada… Senhorita Vida Sexual Ativa. – respondeu rindo – Coma mais, porque do jeito
que vocês dois gastam calorias… – completou rindo.

- MAMÃE. – gritei vermelha – Deu pra ouvir? – sussurrei

- Uhum… – olhou para as unhas. – Vocês usam preservativos?

- Não. Tomo remédios, lembra?

- Lembro, mas isso pode não ser o suficiente, por enquanto. Converse com sua cunhada
sobre isso, ok?

- Sim, mamãe. – revirei os olhos ainda envergonhada.

- Bom, eu e Phil vamos passear naquele parque. A tarde está bonita. – beijou-me –
Cuide-se, ok?

- Ok. Isso significa que você já o aceitou? – perguntei feliz e com a boca cheia de
suspiro. Ela negou com a cabeça antes de sair da cozinha chamando por Phil. Sentei no
balcão e voltei a comer bolo. Estava delicioso… Chocolate com morangos. Edward
entrou na cozinha já puxando um garfo – Ei.

- O que? Vai comer tudo sozinha? – perguntou rindo, mas já puxando um enorme
pedaço.

- Seria uma boa opção, não acha? – retruquei puxando o prato pra longe dele.

- Tudo bem, amor… – Edward deu os ombros indo para o armário pegar um pacote que
não consegui identificar. Com certeza era gostoso e besteira, porque ele só comprava
isso. Quando vi, era macarons. Dos meus preferidos. Ele abriu permitindo que eu
sentisse o cheiro. Sorriu lindamente comendo o primeiro – Vou ver TV, amor. – beijou-
me e saiu.

Fiquei literalmente de boca aberta! Como ele podia comer meu doce favorito sozinho,
vendo tevê?

- Edwaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaard! – gritei descendo do balcão com pressa. – Que


maldito absurdo é esse?

- O que houve? – perguntou forçando preocupação. – Algo errado?

- Claro! Você está comendo meus doces na frente da tevê!


- E daí? – retrucou inocente. Bufei sentando-me ao seu lado pegando o controle e
obviamente, mudando de canal. – Bella!

- O quê?

- Deixa de ser chata e implicante. – resmungou – Você não me dá bolo e fica de birra
porque eu não vou te dar macaron?

- Sim. – bufei e ele começou a gargalhar. Gargalhar mesmo. – Não tem graça nenhuma,
Edward! – empurrei-o realmente irritada.

- Amorzinho… – Edward mordeu mais um e sorriu dando os ombros pra tevê. Filho da
puta.

Ignorei Edward e voltei a comer meu bolo, fazendo barulhos propositais, toda vez que
chupava a colher ou sugando com força o chocolate. Por vezes, também lambi meus
lábios limpando o chocolate e sabia que isso provocava memorias do nosso primeiro
beijo. Edward já tinha parado de comer os macarons e estava mais jogado no sofá com
os olhos pregados no jogo. Foi aí que me dei conta que ele não estava prestando atenção
em mim.

Era futebol ou algo do tipo. Não prestei atenção porque comecei a me irritar. Estiquei
meu braço para pegar o pacote e ele me ajudou entregando-me. Peraí, já estávamos
nesse nível? Estávamos no tempo em que o futebol era mais divertido que minhas
provocações? Será que eu realmente era a ninfomaníaca da relação?

Levantei e fui para o escritório estudar um pouco. Já que Edward estava realmente a fim
de me trocar pelo futebol, puxei um livro sobre fotografia e um lápis para fazer
anotações. Liguei meu fiel Ipod e coloquei algo indie qualquer. Em poucas horas ele iria
trabalhar e éramos para aproveitar o tempinho juntos. Sabia que tinha um enorme bico
formado na minha boca, mas não me importei. Estava completamente viciada em
Edward e queria tanto tê-lo sempre mais…

- Meu amor? – Edward bateu na porta – Por que me deixou sozinho? Está frio…

- Os jogadores não estavam te esquentando? – soltei sem pensar. Acabei mordendo a


língua de raiva. Tirei o único fone e o encarei. Ele estava mordendo os lábios para não
rir. – Divertido? Sinta frio.

- Ei, meu Bebê. – sussurrou massageando meus ombros. – Eu estava te ignorando


porque você estava me ignorando, meu bem.

- Então, o futebol não é mais importante que eu? – perguntei fazendo mais bicos ainda.
Edward soltou o livro da minha mão, jogando de qualquer jeito na mesa, passou o braço
por detrás do meu joelho e rodeou minha cintura erguendo-me com facilidade. Me
sentia um saco de arroz no braço dele. – O que vai fazer?

- Aproveitar o dia com a minha namorada. – beijou-me com carinho – A mesma que é
teimosa e implicante. E ah, uma formiguinha também. – jogou-me na cama e deitou do
meu lado acariciando meus cabelos. – Por que você é tão teimosa?
- Você me adora assim. – retruquei

- Realmente. – sorriu de volta. – Você quer sair comigo hoje?

- Por que está perguntando?

- Porque eu nunca te levei pra sair. Seria, tipo um encontro. – respondeu sorrindo
tímido.

- Edward, como você consegue ser mal humorado, tímido, cara de pau e safado? –
perguntei divertida e ele ficou mais vermelho, mas rindo – E romântico, lindo,
maravilhoso, sexy, bom de cama…

- Bella, você quer ou não? – perguntou – Você está mudando de assunto…

- Eu nunca fui ao um encontro antes. É estranho. – respondi abaixando meu olhar – E


você já é meu, de qualquer modo.

- Só quero sair com você. Tipo, jantar fora, namorar na rua… – deu os ombros.

- Tudo bem. – sorri meio tímida. Não estava acostumada com aquele tipo de coisas, mas
era fofo demais. – Que tal um cineminha e depois jantar? Ainda dá tempo.

- Filminho romântico? – perguntou torcendo a cara, mas se contorcendo para levantar.


Assenti só para tortura-lo, mas eu mesma não era muito fã disso. Gostava mais de socos
e sangues. Corri para o banheiro para me arrumar. Tomei um banho rápido e ouvi
Edward conversar com Phil.

(N/A http://www.polyvore.com/bs9/set?id=32515880)

- Edward! Banho! – gritei do closet enquanto terminava de me arrumar, ele passou


voado por mim e foi para o chuveiro. Se eu não tivesse vestida, iria para dentro do box
junto, mas meu namorado queria uma noite romântica na cidade. Quem seria eu a
discutir?

Meia hora depois estávamos no carro – foi nesse momento que lembrei-me que tinha
um – e Edward ficou rindo muito por carango ser peça rara e estar quase abandonado no
canto. Minha mãe tinha ficado mais animada com Edward quando ele contou que
iriamos sair, ela adorava esse tipo de romantismo brega e ficou mais simpática. Esme e
Carlisle estavam vindo para sair com Phil e Renée, o que fez Edward – o anfitrião
impecável do ano – ficar aliviado.

- Então, qual será? – perguntou apontando para vários cartazes de romance. – Temos:
Faça meu namorado vomitar nos créditos e Faça meu namorado querer se matar antes
dos créditos.

- Que tal aquele? Faça um namorado morrer de ciúmes de sua namorada tarando o
Johnny Depp? – apontei para Piratas do Caribe 4. Edward me deu um sorriso torto e
praticamente me rebocou pra fila. Tivemos uma briga sobre quem pagaria, ele foi mais
rápido, mas fui correndo pra lojinha de doces e comprei um monte de porcaria. Gostosa,
é claro.

Edward ficou meio emburrado, mas depois que fiz ele pegar vários m&m’s dos meus
lábios, seu humor voltou. Nós demoramos mais dez minutos para a nossa seção começar
e tinha até bastante gente na fila, mas não foi algo demorado. Nós escolhemos os dois
bancos do canto, mas no escuro e distante. A sala era enorme, obviamente.

- Esqueci de te avisar algo em casa. – Edward bateu na testa. Franzi o cenho e ele sorriu
– Era pra você ter vindo de saia… – sussurrou no meu ouvido. Porra!

- Uhn… – gemi baixo. – Cadê aquele namorado romântico que queria sair com a
namorada?

- Está bem aqui. – sorriu travesso. – Ok, namorar como adolescentes. Beijinhos e
abraços.

- Amor, não sei bem adolescente… Hoje em dia. – retruquei cutucando as costelas dele.
O filme resolveu começar e me aninhei nos braços deliciosamente fortes e musculosos
do meu namorado, enquanto comíamos um monte de besteiras com coca-cola. – Ele
consegue ser lindo, sujo e com dentes podres.

- Ah é? Vou ficar sem tomar banho, escovar os dentes e pentear os cabelos… Quero ver
ser serei o bonitão também.

- Não. Você dorme comigo. Não será legal. – brinquei fazendo careta. Voltei a ficar em
silencio e na cena que a Penélope Cruz tira parte das muitas roupas, resolvi provocar
mais um pouquinho. – Mas olha, ela é sujinha e continua bonita.

- Não inventa. – Edward cortou-me tentando segurar o riso – Como vou ficar te tarando
por causa do seu shampoo? – sussurrou beijando meu pescoço. Mensagem para o lugar
errado. Ops!

- Tenho certeza que você vai ficar me tarando de qualquer jeito… – respondi
rapidamente

- Como?

- Uhn… – puxei o ouvido dele – Quando eu rebolo no seu pau e você geme pedindo
mais. – respondi dando uma leve mordida na sua orelha. Edward ofegou, me olhou de
boca aberta. Era oficial: Estava me tornando uma depravada.

- Porra… Bella… – gemeu angustiado e vi onde sua mão foi parar. Ponto para Bebê
Swan! Win’s!

- Que foi? Algum problema? – perguntei descendo minha mão até a sua, apertando um
pouquinho só de ruindade. – Precisa de alguma ajuda?

- Não… Filme, amor. Olhos na tela. – riu sem humor nenhum apontando pra tela. Sem
querer, uma minhoquinha caiu da minha mão antes de chegar a boca entre meus seios. –
Deixa que resolvo isso. – disse-me antes de mergulhar entre meus seios, pegando a
minhoquinha e depositando vários beijos. Minha respiração travou. Como fodidamente
AMAVA os lábios de Edward. – Respira amor… Jack na tela. – piscou e voltou a
prestar atenção no filme.

Não voltamos a nos provocar e minha excitação estava em modo off até estarmos
trancados em nosso quarto e sem roupa, é claro. O filme foi razoavelmente bom e super
gostei de fazer programinha de casal com ele. Nós saímos de mãos dadas e ele manteve
nosso jantar em segredo.

Acabamos escolhendo um restaurante japonês. Edward tirou seus sapatos e fez a nossa
atendente suspirar quando o fiz abaixar para tirar os meus. Ele fez, mas sua mão subia e
descia minha panturrilha e tive morder a boca pra não rir.

- Então, se ela continuar te obcecando, vai ter raiz forte em lugares no corpo onde o sol
não pega. – adverti apontando meus palitinhos pra ele em forma de ameaça. Edward
encolheu os ombros, mas sorriu travesso.

- Não sinta ciúmes… Tudo seu. – sussurrou dando um beijo na minha bochecha.

Fizemos nosso pedido e eu logo comecei a beber meu saquê.

- Como você conseguiu levar Jér? – perguntei meio nervosa. Não queria que ele achasse
que não amei a surpresa.

- Você falou dormindo. Chamou por ele… – respondeu meio sério – Foi meio chato,
porque estou quase me acostumando com meu nome sair da sua boca e alguns palavrões
também. – sorriu torto. – Então, me arrumei e fui lá. Disse que você ficaria feliz e que
se não ficasse, poderia me dar um soco. Não sei, mas acho que ele gostou dessa parte.

Meu namorado era o homem mais lindo do universo. Meus olhos se encheram de água e
quis estar do lado dele para pular em seu pescoço.

- Eu te adoro. – afaguei sua bochecha e ele beijou minha palma. – Obrigada pelo
presente.

- Aquele lá não foi meu presente. – alertou puxando uma caixinha de veludo do bolso.
Não.Seja.Um.Anel.Por.Favor. – Eu realmente gosto dessa sua guitarra, mas eu tenho
algo que representa muito mais nós dois. – sorriu revelando um cordão de ouro branco –
sim, sendo filha de Renée, reconheceria de longe – com um piano entrelaçado com uma
letra B e E.

(N/Ahttp://www.vagalume.com.br/bruno-mars/just-the-way-you-are-traducao.html)

Eu quis chorar. Eu sei, nenhuma novidade, mas isso era tão inesperado. E eu lá
pensando em anel que só estragaria essa boa relação que temos. Edward inclinou-se
sobre a mesa e prendeu o cordão em meu pescoço.

- Isso é lindo. Obrigada mais ainda. – agarrei seu pescoço, colando meus lábios dele,
derrubando parte das coisas a minha frente.
O casal que dividíamos a mesa começou a rir, mas ignorei. Meu namorado bom de café,
olhar rasga calcinhas, beijo de mel, cheirinho de hortelã e sorriso de safado me deu um
cordão com a nossa maior representação. Isso me rendeu uma boa ideia, assim que
minha mãe fosse embora e a sala pudesse ser frequentada por pessoas nuas.

Edward ficou vermelho diante da minha explosão de carinho, mas ele não podia fazer
uma coisa dessas e me pedir para ficar comportada. Eu adorava de corpo e alma meu
homem. Sorri boba por estar me sentindo tão feliz. Tão bem acompanhada.

Nós voltamos a comer e me senti nas nuvens, exceto quando meu sushi caiu do palito e
Edward roubou de mim. Dos inúmeros saquês que fora substituídos por água. Edward
não queria que eu ficasse bêbada. O celular dele começou a tocar interrompendo nossa
bolha e agradeci por não ser o meu, porque seria minha mãe.

- Oi Alice. – saudou e ficou em silencio. De longe só ouvia os zumbidos da tagarelice a


ela. – Amor, Alice quer saber se poderíamos nos juntar a eles em um PUB aqui perto.

- Por mim, tudo bem. Será divertido e oficialmente meu primeiro lugar permitido entrar.
– respondi rindo e ele revirou os olhos.

Não demoramos muito terminando de comer e realmente gostei de todos os momentos


juntinhos do meu namorado. Nós saímos de mãos dadas e isso ainda era novo pra mim.
Sem querer comparar, mas já comparando, Jacob nunca me dava as mãos. Chegamos
cinco minutos depois e Edward entregou o carro para o manobrista e ficou
estranhamente emburrado quando o cara sorriu pra mim.

- Depois você fala que tem trabalho comigo. – resmungou e ao longe vi um enorme
segurança e Edward pulando a fila por completo. – Ei. Como vai, Félix? – Edward
saudou o grandalhão. – Esta é a minha namorada, Bella. – apresentou-me e o rapaz
sorriu.

- Prazer, Bella. Bem que meu pai falou que você era linda. – apertou minha mão rindo e
dando uma piscadinha para Edward. Fiquei confusa. – Sou filho do Aro, irmão da
Jane…

- Ah sim. Seu pai é encantador. – suspirei aliviada.

- Entrem lá. Emmett e Rose estão extremamente animados hoje. – abriu a porta e fiquei
com pena das pessoas na fila. Isso era tão excitante. O lugar estava lotado e me senti tão
gente grande, porque era a primeira vez que pisava em um pub, sem meu irmão, é claro.

Tinha muita gente bonita, muitas mulheres seminuas, homens enormes e que brilhavam
com as luzes estranhas. Tinha uma pista de dança e áreas reservadas. Edward andava na
frente, me conduzindo com nossas mãos entrelaçadas e seu olha era mortal a cada cara
que pensava em me olhar. Meu bobinho ciumentinho lindo! Corre internamente, faz
dancinhas, bundalelê qualquer outra coisa que represente vitória. Ah, minhas dancinhas
irlandesas!
Eu ouvi a gargalhada de Emmett quando subimos uma escada. Edward me empurrou
pra frente antes de entrar por uma porta. Ual. Era um camarote ultra vip que dava pra
ver tudo. Seattle e a pista de dança.

- Oi formiguinha. – Alice me abraçou apertado.

- Oi pixie. – beijei sua bochecha indo até Rose – Oi Barbie. – pisquei e ela sorriu me
devolvendo o abraço. – Então, estamos comemorando algo? – perguntei sentando-me
em um sofá, mas meu corpo já se sacudia conforme a música.

- Sempre aproveitamos os dias que os meninos estão de folga para divertir. A diferença
é que Edward tem companhia legal. – Rose respondeu e minha cabeça automaticamente
virou-se para ele.

- Que tipos de companhias? – perguntei para Rose, mas fitando-o.

- Uhn. Ele já trouxe a Tânia. – Alice respondeu rindo. Edward lhe deu seu maior olhar
mortal.

- Por isso aquela vadia se acha no direito de ficar me encarando? – perguntei


retoricamente, mas bem alto pra ele ouvir. Edward me deu seu melhor sorriso torto, por
ele sabia que não estava chateada, muito menos ligando. Sabia me livrar daquela vadia
sozinha. E ele era meu, para todos os efeitos. Levantei-me do meu sofá e sentei no colo
dele, no puf.

- Amor. – Edward escovou os lábios nos meus – Te adoro. – sussurrou me beijando com
carinho. Sua mão foi para as minhas costas, mas por dentro da blusa e estremeci com
seu toque, e isso o fez sorrir. Nós ficamos sentadinhos no canto, namorando, trocando
várias caricias sem conotações sexuais e isso me deixou excitada. Ele sabia mexer
comigo sendo safado, romântico, irritado e carinhoso. Todos os lados dele me
encantavam.

- Bells! Vamos dançar! – Rose gritou e dei mais um beijo em Edward antes de seguir as
meninas até a pista de dança. Começou a tocar uma música que gostava, bem remixada
e nós fizemos uma rodinha, excluindo o resto. Vi Emmett parado lá do alto de braços
cruzados olhando-nos. Não preciso dizer que seus irmãos faziam o mesmo.

- É oficial. Jasper e eu casaremos em dois meses! – Alice gritou batendo palminhas e


pulando ao mesmo tempo. Nós tivemos um abraço de grupo e voltei a me concentrar em
dançar. A música era boa, um ritmo sensual que queria dançar agarradinha com Edward.
Droga, estava tão dependente.

Teve vários caras que se aproximaram, mas não chegaram as vias de fato porque depois
de meio século, vi que tinha dois seguranças perto de nós. Por isso que eles não se
deram ao trabalho de se mover lá de cima. Quarenta minutos depois estávamos subindo
com um dos seguranças e voltamos para o camarote. Edward me recebeu com uma
bebida geladinha na mão. Já disse o quão fofo, ele é?

- Perdi você por quarenta minutos. – beijou-me


- Poderia ter descido…

- Não consegui me mover. Você estava sexy pra caralho dançando daquele jeito… –
sussurrou no meu ouvido, me puxando pra perto. Ele estava muito animadinho. – Você
poderia dançar pra mim… No pé da nossa cama…

- De saltos altos e só usando o seu cordão, meu macho? – completei rindo e ele acenou
empolgado.

- Cara, vocês dois…

- Me deixa. – cortei Jasper voltando a beijar Edward. Ouvi as risadinhas, mas ignorei.
Estava no meu paraíso.

Renée tinha me obrigada a ir a Forks com ela e Phil para encontrar com James, Victória
e todo o resto da minha família em um final de semana de família. Quase chorei de
pensar que ficaria três dias longe de Edward, mas não tive escolha. Ele ficaria de
plantão até o sábado e só teríamos o domingo para ficarmos juntos.

James foi dirigindo com Phil ao seu lado, enquanto eu, Victória e mamãe, dividimos o
banco de trás. Meu pai estava nos aguardando com um grande almoço. Na garagem
reconheci o carro de Leah, Sam e Seth. James e Renée passaram o dia respondendo por
mim, todas as vezes que perguntavam sobre Edward.

- Ele não pode cancelar seu plantão para passar o final de semana com sua namorada. –
James alfinetou quando Seth perguntou, antes do almoço. Minha paciência já tinha ido
para o ralo e me mantive calada.

- Não se preocupe, meu amor. Sua mãe irá embora em breve. – Sue sussurrou me dando
um beijinho. Bufei irritada, porque a minha mãe tinha a incapacidade de compreender a
ocupação dele. Se ele fosse vagabundo, seria um enorme problema, agora o homem é
ocupado, também é um problema. Se fosse feio, também. Agora, ele é bonito demais e
isso me daria dor de cabeça. Eita merda!

- Então, Edward faz o que mesmo? – James perguntou servindo-se.

- Não vejo como isso pode ser da sua conta. – respondi baixo continuando a mexer
minha comida no prato. Meu pai afagou minha mão. Alguém me compreendia naquela
merda.

- Não sei porque Edward virou o assunto principal do almoço. Por que ele esta
trabalhando em um sábado como todos nós deveríamos? – Leah desafiou James, que
graças a um deus seja lá qual, mudou de assunto. Victória se sentia mal por isso e ficava
constrangida. Ela sibilou desculpas e voltou a comer. Meu problema era o ciúme besta
do meu irmão.

- Sam, você ainda pretende se mudar pra Seattle? – Sue perguntou olhando
sugestivamente para Leah.
- Sim, sim. Estou a procura de um apartamento bom. – respondeu sorrindo torto.

- No meu andar tem um alugando. Seria legal ter um vizinho sociável. Mike Newton só
dá nos nervos de Edward. – comentei rindo.

- Ele não sabe lhe dar com uma competição? – James perguntou rindo. Meu rosto
esquentou na mesma hora. Que vontade de gritar.

- Deixa meu namorado em paz! – gritei ultrajada.

- James, pare. – Charlie alertou ameaçador. – Bells, acalme-se querida. – afagou minha
mão.

- Pai, você sempre passa a mão na cabeça de Bella. – James retrucou emburrado. – Ela
era menor de idade, morando com um cara, você poderia ao menos fazer o papel da
polícia e impedir isso.

- Não acredito nisso James Charles Swan! – ralhei já puta da vida – Acusar de
pedofilia? O quê? Ein!

- Sim, aliciador de menores.

- Pois é, já tenho 21 anos e não dá mais para recuperar meu hímen, porque ultimamente
tenho feito muito uso da minha vagina com ele! – gritei ultrajada, levantei da mesa com
lágrimas nos olhos – Pare de me tratar como um maldito bebê! Porra, eu gosto muito do
meu namorado e você só me magoa agindo assim. Idiota.

Subi as escadas correndo e meu celular estava tocando.

- Oi, meu amor. – Edward saudou-me e comecei a chorar mais ainda de raiva, porque
ele era tão perfeito comigo e minha mãe – e o idiota do James – não conseguiam gostar
dele. – Ei, o que há? Você está chorando?

- Não é nada. Estou com saudades. – respondi rapidamente fungando baixo – E como
está aí?

- Um saco sem você. Cada segundo longe é um sacrifício. – respondeu-me respirando


fundo.

- Parece que você está em outro continente… – sussurrei baixo e minha voz falhou.
Ouvi seu bip e ele respirou fundo – Vai lá meu salvador de vidas. Nos vemos em breve.

- Eu te adoro… Não chore mais, ok? – despediu-se e não respondi. Ainda estava com
tanta raiva. Guardei minhas coisas na bolsa e desci com ela nos ombros. Iria para o
lugar que poderia ter o cheiro de Edward, pelo menos, por enquanto.

- Garotinha… – Charlie soou atrás de mim. – Vai onde com essa bolsa? – perguntou já
puxando as chaves do carro de Sue. – Papai te leva. – beijou-me e o abracei forte.
- Preciso de um tempo fora. – respondi sinceramente, inclinando a cabeça para a
cozinha.

- Se a opinião do seu velho conta, gosto muito do rapaz. – sorriu abrindo a porta do
carro pra mim.

- A sua conta mais do que tudo. Acho que até da minha. – respondi rindo. Ele ligou o
carro e seguiu em direção a casa dos Cullen. – Como sabia?

- Onde mais seria? – retrucou cutucando minhas costelas.

Nós ficamos em silencio. Charlie era bom com isso e eu também. Assim que me deixou
na entrada principal, Carlisle acenou pra mim. Fiquei com os olhos marejados porque
era mais uma prova de que a família de Edward também me aceitava. Ele acenou para
Charlie e me abraçou.

- A que devo a honra, minha querida? – envolveu um braço em meu ombro e me puxou
pra dentro.

- Só uns problemas com Renée. Posso ficar aqui? Só enquanto esfrio minha cabeça.

- Claro que sim. A casa é sua, meu bem. – sorriu afagando minha bochecha – Esme,
querida!

- Oh! Bella! Que bom lhe ver! Estava falando agora mesmo que iria lhe ver de noite. –
abraçou-me e voltei a chorar. Esme era tão carinhosa como sogra, não só comigo, mas
com as meninas também. Minha mãe não tinha noção que isso me magoava? – O que
há? Vem, vamos subir e ter um momento de meninas.

Contei tudo a Esme. Se não fizesse isso com ela, ligaria para Alice e cuspiria tudo. É,
agora eu tinha amigas. Esme simplesmente disse que com o tempo, Renée se
acostumaria e se não gostasse, deveria ouvir mais meu coração. Pouco tempo depois ela
me deixou sozinha e parei de chorar quando dormi.

Eu estava no céu ou era Edward me acordado aos beijos. Era o mesmo jeito, cheiro,
toque, mãos, lábios, som do sorriso, potinha do nariz na minha bochecha. Merda, estava
sonhando. A mão dele subiu por dentro da minha blusa e deu mais um beijo na minha
testa, nariz, boca, queixo, pescoço e ops, sonho maldoso esse.

- Vamos lá… Você está corando, isso significa que está acordada. – sussurrou descendo
a mão até a minha bunda. Eita porra! Abri os olhos e a miragem de Edward era linda.
Perfeita. Tão exatamente quanto ele era. – Sou eu mesmo amor. Pare de ficar
deslumbrada. – lambeu minha bochecha.

Aí, a ficha caiu. No meu sonho, Edward não teria essa mania idiota. Dei um enorme
grito e o agarrei com força.

- Eu sei. Eu sei. Sou gostoso. Temos tempo… – brincou deitando-me ao seu lado.
- O que está fazendo aqui? – perguntei quando reuni uma ordem mental de me mover.
Era tão bom o cheirinho dele.

- Bom, tecnicamente este é meu quarto na casa dos meus pais. Esta é a minha cama,
com a minha namorada deitada nela. – sorriu maroto – Fiquei chateado por você estar
chorando e liguei pra minha mãe, a fim de que ela descobrisse o que você tinha. Mas aí,
ela disse que você estava dormindo agora e vejo que foi chorar… Meus lindos olhos
estão vermelhos e inchados. – respondeu e bocejou

- Você estava de plantão, desde quinta-feira… Está morto de cansaço, Edward. Não
deveria ter vindo. – repreendi sendo hipócrita, porque ele ali era tudo que eu queria.

- Eu sei, estou muito cansado. Mas não iria deixar de vir. Não ia dormir sem você,
amor. – sussurrou baixinho e deu outro bocejo. Puxei as cobertas pra cima de nos dois e
embolei minha perna na dele, do jeito que ele odiava.

- Vamos dormir. – beijei sua bochecha. – Eu te adoro. Obrigada por vir. Não sabe o
quanto me faz feliz.

- Você me faz feliz, minha vida. – beijou minha testa e pouco tempo depois
adormecemos.

Edward era definitivamente o namorado mais lindo e perfeito do universo. Era meu
namorado.

Capitulo 10
Rolar na cama e deparar com um corpo esbelto e quente daquele colado ao seu era uma
sensação muito boa, por isso, já fazia mais de meia hora que estava acordada olhando
pra fuça linda do meu namorado. Ainda não sabia se ele precisava voltar para o hospital
ou teríamos realmente um final de semana nosso. Perguntaria a ele se topava voltar pra
casa e praticar a cena do piano… Minhas ideias fervilharam e senti meu pingente pesar.

- No único dia que você acorda cedo, fica deitada me deslumbrando? – Edward
sussurrou baixo com a voz arrastada e rouca. Minha perdição.

- Bom dia, babaquinha. – sorri apertando o nariz dele – Já acorda se achando.

- Eu? Estamos dormindo desde ontem a tarde… Tenho forças para muitas coisas
agora… – brincou e eu sorri. Meu tarado.
- Nós simplesmente nos desligamos, pode ter acontecido a terceira guerra mundial lá
fora. – brinquei bagunçando o cabelo de sexo mais lindo do universo. Meu estomago
roncou e Edward riu.

- Preciso alimentar minha namorada chorona. – beijou a pontinha do meu nariz


afagando minha barriga.

- Babaca. – resmunguei. Edward ia jogar isto na minha cara eternamente.

- Chorona que tem a bunda bonita e seios gostosos. – brincou me mordendo. – Não
deixa de ser chorona.

- Babaca, quem tem a bunda bonita aqui é você. – agarrei-o e a apertei com força. –
Olha só, muitos anos de malhação? Como faço pra minha bunda ficar assim?

- Uhn… Realmente, muitos anos de malhação… – puxou-me pra perto e colocou as


duas mãos na minha bunda e apertou forte – Mas eu posso te ensinar uma posição que
com prática, ela fica durinha… – falou baixo mordendo meu queixo; Desculpem-me,
mas tive que rir.

- Tem certeza que vai ser a minha bunda que vai ficar dura, Edward? – perguntei sem
conter o riso e ele gargalhou. Dessa vez foi o estomago dele que roncou. – Ok, meu
taradinho babaquinha bunda bonita mais lindo da galáxia, vamos comer… – beijei sua
boca rapidamente, me esquivando do seu abraço.

Nós descemos descabelados, amarrotados e amassados, embora, agarradinhos. Era


verão e Forks resolveu fazer um friozinho desgramado.

- Bom dia dorminhocos. Vocês desmaiaram. – Esme brincou assim que pisamos na
cozinha.

- Bom dia minha senhora – sorriu torto mandando um beijo – Mãe, fecha essa porta. –
Edward estremeceu de frio quando chegou perto dela. Ela sorriu e puxou tanto a porta
quanto a janela. O dia estava bonito, mas frio.

- A cama realmente estava quentinha. – brincou me jogando uma piscadinha. Sentei-me


a mesa ao lado de Edward e ela postou-se do outro lado. Como sempre, tinha milhões
de coisas a se comer, daquelas que você nunca sabe por onde começar e não quer
excluir nada do cardápio. – Sua mãe ligou umas vezes, Bella. – Esme comentou me
servindo um café. Imaginei Renée ligando a cada cinco minutos e o incomodo que isso
deve ter sido. Meu rosto foi ficando vermelho gradativamente. – Avisei que assim que
pusesse os pés para foda da cama, você entraria em contato.

- Desculpe por isso, Esme. Deveria ter me acordado. – respondi timidamente. Renée ia
ouvir poucas e boas. Ela estava fazendo como no aniversário de 15 anos de Marjo –
uma amiga da Flórida – que era surpresa e ela ligou perguntando se tinha algum
problema. Obviamente, a menina descobriu e quando chegamos lá, estava arrumada e
esperando por nós. Foi o mico do século.
- Que isso, minha querida. Você estava cansada e acho que já aprendi a conviver com
Renée. – afagou minha mão sorrindo. Esme era uma santa.

- Como? Sério, tenho 21 anos e DNA parecido e não consegui isso. – brinquei

- E seus irmãos descobriram sua fuga do hospital e estão vindo para dormir aqui hoje.
Algo sobre filmes e besteiras… Sei que irei sair com seu pai. – disse a Edward. Murchei
que nem esponja. Adeus cena sensual no piano este fim de semana.

- Será interessante… – comentei piscando para Edward que quase engasgou com seu
pão.

- Vocês dois…

- Iremos nos comportar muito bem, dona Esme. – Edward brincou bagunçando o cabelo
dela. – Minha chorona vai dar um tempo para seus ductos lacrimais. – completou e
Esme sorriu.

- Uh. Uh. – revirei os olhos e os dois riram mais ainda. – Já avisei que não é porque
você tem a bunda bonita que deixa de ser babaca. – dei a língua e ele sorriu.

- Mamãe cuidou com carinho. – piscou e não resisti a dar um tapa na sua nuca. – É
verdade, conta pra ela…

- É verdade! Nunca te mostrei o álbum de fotos dos meninos crianças… – Esme


emocionou-se. – Depois do café irei lhe mostrar. É emocionante.

- Não estava falando disso… – Edward resmungou

- Então era o quê? Acho que Bella tem plena consciência de cada centímetro do seu
corpo, então, não preciso provar nada. – ralhou rindo e ele se encolheu. – Edward teve
uma namorada que fazia de tudo para frequentar a cama dele, quer dizer, aquela lá.

- E conseguiu? – perguntei curiosa.

- Não. Você foi a primeira a dormir aqui. – Edward respondeu um pouco rubro. Ignorei
a presença da mãe dele no recinto e voei pra cima dele. Isso era lindo. Meu território. –
Seus surtos são fofos, chorona. – sussurrou me beijando.

- Idiota. – resmunguei voltando a me sentar.

- Não era babaca? – inquiriu

- Encha a boca de comida. – ordenei enfiando um bom pedaço de bolo na sua boca.

- Ah o amor jovem. – Esme cantarolou zombando de nós dois. – Terminei por aqui. –
levantou-se e pegou a bolsa – Irei ao mercado e na floricultura.

- Vou com você. – anunciei levantando da mesa e a seguindo para o segundo andar.
Tomei um banho tão rápido que não deu tempo de secar o cabelo. Estava andando de
calcinha pelo quarto quando Edward entrou dando um tapa na minha bunda – Babaca,
isso dói. E deixa marcas.

- É minha de qualquer modo. – deu os ombros jogando-se na cama. Vesti uma calça
jeans, uma blusa verde qualquer e casaco. – Por que você vai com a minha mãe? Vou
ficar sozinho?

- Seus irmãos estão chegando e quero comprar algo para fazer sobremesa. E preciso ver
Renée, ligar não será o suficiente. – respondi revirando minha bolsa. – Você viu minha
carteira? Será que deixei na casa de Charlie? Pior que não lembro nem se trouxe pra
cá…

- Eu vi sua carteira na mesinha da sala de casa. – sorriu torto. – Você sempre tira os
documentos, pensei que fosse mais uma vez dessas… – respondeu e me senti uma
trouxinha. Edward puxou a carteira e tirou seu cartão. Ignorei e quando ele me ofereceu,
dei o dedo do meio.

Peguei meu celular e tinha umas trezentas ligações perdidas. Só com tempo e paciência
iria desvendar ligação por ligação. Esme já me esperava na sala com sua bolsa e uma
pequena lista, espiei o relógio e eram umas nove horas da manhã. Acordei cedo em um
sábado… Parabéns pela evolução Bebê.

Senti uma mão se enfiando no meu bolso traseiro. Meu namorado estava desenvolvendo
uma tara sinistra pela minha bunda. Senti algo quadrado e duro no mesmo. Dei meu
melhor olhar mortal e ganhei um beijo. Ok, assim não dava pra competir.

- Babaca. – resmunguei

- Chorona. – retrucou apertando a minha bunda com as duas mãos e me empurrou pra
fora de casa.

Esme e eu tagarelamos no mercado durante as compras, na floricultura escolhemos


várias flores, mas acabamos levando somente copo de leite para enfeitar a sala
completamente clean. Foi divertido o suficiente para me distrair… Ela praticamente me
obrigou a usar o cartão de Edward ou pagaria pelos doces que queria comprar. Fiz uma
nota mental de viajar as contas e ressarcir meu namorado que adora esbanjar. Vinte
minutos depois estava parada na porta da casa do meu pai respirando fundo.

- Bom dia família. – saudei abrindo a porta sem aviso prévio. Encontrei Leah e Sam na
sala conversando e Seth jogando vídeo game com Paul.

- Oi Sis. Dormiu bem? – Leah veio me abraçar e Sam bagunçou meu cabelo, como
sempre. – Veio pra ficar ou vai voltar pra casa dos sogros?

- Com toda certeza ficarei por lá… Não dá pra dividir minha cama de solteiro com
Edward. – respondi dando um beijo em Seth e um tapa na nuca de Paul. Os dois me
ignoraram, mas sei que me viram chegar. – Onde está minha mãe?

- Cozinha. E boa sorte. Foi uma experiência incrível ter você como irmã. – abraçou-me
novamente rindo. – Quer dizer que o bonitão veio?
- Meu namorado bunda bonita veio sim. – pisquei gabando-me. Ao pisar na cozinha,
encontrei Victória tentando cozinha com Sue. Minha mãe estava em um jogo de cartas
com James, Phil e meu pai. Isso que era uma família moderna. – Olá. Vim dizer que
estou viva. – sorri e Charlie me devolveu o sorriso. Meu pai era um máximo.

- Que bom, não é mesmo? – Renée sorriu. Ok. Ela estava bêbada. Minha mãe era pura
comédia. – Desculpe por ontem, reconheço que exagerei. Mas não tive sorte, Victória
até hoje não me deu netos e você arrumou um namoradinho fofo, mas ocupado. –
suspirou. Ok. Ela não estava bêbada, hoje era dia de espezinhar minha cunhada. – Vai
ficar por lá ou vai voltar?

- Vou ficar por lá. – respondi dando um meio sorriso para a piscadinha do meu pai – Fui
comprar umas coisas com Esme e ela está nos Newton resolvendo últimos detalhes do
seu contrato e volta para me buscar.

- Você simplesmente vai ficar por lá? Nós estamos tendo um final de semana em
família. Não é sempre que mamãe está aqui. – James comentou acidamente.

- Edward veio ficar comigo em Forks. Não será confortável dormir na minha cama de
solteiro aqui, então, vamos ficar na casa dele. – respondi sem tentar me abalar –
Sinceramente, até faria um esforço de ficar aqui, mas estou irritada com sua piadinhas
sobre Edward, então, vou ficar do lado dele.

- Desculpe por ontem. Só realmente não gosto dele. – jogou suas cartas falando baixo.

- Por quê? – perguntei sentando-me no seu colo – Jamie, você é meu irmão mais velho,
meu amigo, meu amor… É importante que se dê bem com meu namorado.

- Não tenho problema nenhum com a pessoa do Edward. Tenho problema com seus
namorados… – piscou e eu sorri.

- Você é um tremendo idiota. Devia dar mais créditos a ele, ok? Ontem estava triste e
ele largou seu plantão pra ficar comigo.

- Isso só me prova que ele é mais uma pessoa a te mimar, Bebê. – sorriu e o apertei. Ah,
meu irmão era um tremendo idiota, mas era fofo quando bem queria.

- Victória, não compreendo como James sobrevive se você não sabe cozinhar. – Renée
levantou e se meteu no meio entre a ruiva e Sue. – Como meus netos serão saudáveis?
Pelo menos Bella sabe cozinhar… James teve uma namorada que…

- Renée, pare com isso. – James intrometeu-se, mas todos naquela cozinha sabiam que
ela não iria parar. Tirei meu celular do bolso e o cartão de Edward caiu no chão. – Já
está tomando conta da carteira? Estou começando a gostar.

- James gosta de mim, sabendo cozinhar ou não. Já tínhamos superado isso. – Victoria
resmungou cerrando os olhos a Renée.

- O que posso fazer quanto a isso? – Renée retrucou e senti o clima da cozinha
esquentar. Victória nunca deixava barato, nada do que a minha mãe fazia passava
despercebido por minha cunhada e as duas ainda tinham tempo para puxar saco uma da
outro. Puta merda ein. Em um timing perfeito, a buzina do lado de fora soou e sai
correndo de lá antes que sobrasse pra mim ou pra Edward.

- E como foi? – Esme perguntou carinhosamente. Senti um enorme impulso de rir,


comecei a gargalhar alto. Minha casa era barulhenta, pequena, sem decoração e cheia de
gente louca. – Foi tudo bem, então.

- Minha mãe esqueceu Edward um pouco e estava se concentrando em enfezar minha


cunhada. Estamos bem, então.

Nós seguimos pra casa e a garagem estava com mais três carros além do Volvo prata do
meu babaca bunda bonita. Isso significada que a família estava em casa, Esme abriu o
maior sorriso que pude ver. Cheguei até a me arrepiar com o lado mamãe urso fofo dela.
Nós subimos com algumas sacolas e a convenci de mandar Emmett e os meninos
fazerem todo o serviço de peso.

- Querida! Cheguei! – gritei do hall. Edward rapidamente surgiu da sala sorrindo. –


Seria muito gentil de a sua parte continuar exercitando seu corpo lindo e tirar as
compras do carro. – sorri ficando na pontinha dos pés para beijá-lo. – Perdi você por
duas horas. – escovei meus lábios nos seus.

- Perdi você por duas horas. Senti sua falta. – beijou-me

- Ok. Compras. Se soltem! – Esme passou por nós batendo na nuca de Edward.

Corri para a cozinha, despejando minhas sacolas e segui o som das vozes. Cheguei a
sala e encontrei Emmett e Rosalie com Carlisle em um sofá. Alice no chão com
inúmeras revistas e Jasper ao fundo no telefone.

- Oi Bebê! – Emmett sorriu abertamente a me ver. – Tudo bem?

- Tudo sim. – sorri e apertei sua mão. Emmett tão cordial era um bom motivo para se
temer. – Grandão, sua mãe precisa de uma ajudinha com as compras.

- Claro… Claro. Todos exploram Emmett. – resmungou saindo do sofá com um bico
engraçado. Como esses meninos eram mimados.

- O que está fazendo, Alice? – perguntei a tão concentrada que não tinha me dado
atenção até o dado momento.

- Temos cinco festas nos próximos meses. – respondeu sem me olhar – Aniversário de
casamento de Esme e Carlisle, meu casamento, festa de caridade do hospital, natal e ano
novo. Todas serão aqui, então, preciso me adiantar para não esquecer nada.

- Uhn. – murmurei sem me oferecer para ajuda-la. Isso não seria preciso, ela me
forçaria. Tinha total e completa certeza disso.

- Você será minha madrinha. Sábado que vem temos compromisso, então, desmarque o
que for. – disse simplesmente voltando a folear a revista.
- Ela está assim desde ontem. – Jasper sussurrou.

- Eu ouvi Jasper. – Cantarolou comendo o canto da boca. – O que teremos para o


almoço? Sinto fome.

- Estava planejando fazer bolo de carne ou escondidinho de aipim. – respondi ainda


assustada com aquilo. Rosalie olhou-me e sorriu.

- Jasper e Alice se conheceram no meu casamento. Ela foi minha madrinha e estamos
acostumados com seu jeito de organizar. Ela simplesmente gosta…

- Acho que compreendo. – respondi voltando a fita-la. Carlisle me abraçou


reconfortador. Alice entrou oficialmente para o meu lado negro da força. Estava
abismada. – Acho que vou começar a fazer o almoço com Esme.

- Vou ajudar vocês. – Rosalie veio atrás de mim e Alice continuou com o computador
com a planilha aberta e várias revistas ao redor. Boa sorte para nós.

Eventualmente passei um bom par de horas fazendo almoço com Esme e Rosalie e
obviamente, nós rimos a maior parte do tempo. Os meninos se mantiveram no salão de
jogos no porão e Alice fez questão de permanecer só enquanto decidia a ordem dos seus
próximos passos como organizadora oficial da família deles. Pensei no equivoco da
minha situação. Aminha família estava nesse exato momento tento a mesma reunião de
confraternização, enquanto estava ali, rindo e me divertindo com a família
do meu babaca adorável.

O que mais me incomodava era que não conseguia me sentir culpada por nada disso. Me
parecia certo permanecer onde Edward estivesse. Se ele estava com a família dele,
ficaria com a família dele. Meu corpo e mente não sabia mais separar nossa conexão. E
cá entre nós, não estava particularmente acostumada com a presença constante de
Renée. Eu amava minha mãe, mas nós não fomos feitas para conviver no mesmo teto.
Não era saudável para nenhuma das duas e sabíamos perfeitamente disso.

Emmett invadiu a cozinha correndo como uma criança, me quebrando dos devaneios,
assustando-me terrivelmente e acabei quebrando um copo.

- Bella! – Esme gritou e olhei para o chão vendo estilhaços. Que bom! Parabéns pernas
compridas e brancas com desastre marcado na testa.

- Desculpa.

- Querida, sua mão está sangrando. Não peça desculpas por isso. – revirou os olhos –
Emmett pegue a maleta! – Esme aproximou-se e olhei pra minha mão. Santa Merda! –
Não desmaie. Respire. – encorajou-me, mas… Foi a última coisa que ouvi. Chega.
Precisava de um terapeuta e me ensinar a superar sangue.

- Minha chorona, abre os olhos pra mim – ouvi a voz de Edward e meu corpo
rapidamente obedeceu. Abri os olhos e estava no sofá da sala com a mão esticada e
Emmett me suturando.
- Alguém grava Emmett fazendo isso? – pedi e todos eles suspiraram de alívio –
Desculpa. Tentei me controlar. – mordi os lábios nervosa.

- Está tudo bem, meu amor. Você me assusta com isso, mas está tudo bem. – Edward
me deu um longo selinho e alisou meus cabelos. Foi aí que percebi que minha mão
estava latejando. – Remédios pra dor e sem fechar a mão por uma semana, Chorona.

- Bom, ainda tenho a outra mão pra te bater, babaca. – bati em sua nuca e a sala inteira
riu – Não sou chorona. – choraminguei e ele me pegou no colo levando para a cozinha
que já tinha a mesa do almoço posta. – Obrigada. – beijei sua bochecha e ele me
lambeu. Claro, ele tinha que estragar o clima.

- Antes de comer… – Carlisle colocou um comprimido e um copo de água na minha


mão – Para a mão parar de latejar. Tome cuidado para seus sete pontinhos não abrirem.
– sorriu me dando um beijo na cabeça.

- Peça a seu filho não me irritar esta semana e os pontos ficarão fechadinhos. – retruquei
apontando pra Edward que beijou minha mão enfaixada. – Bom garoto, vai ganhar
biscoitinho mais tarde.

- O quê? Molhar o biscoito? – Emmett perguntou com o risinho idiota.

- EMMETT! – Edward e eu gritamos ao mesmo tempo.

Depois de passar o dia assistindo filmes com os meninos, Charlie ligou avisando do
grande jantar do lado de fora de casa e nos convidou. O problema é que ele não falou
comigo e sim, com Edward, o mesmo que não sabe dizer não a nada que meu pai
inventa com ele. Suspirei fundo e até permiti que Alice escolhesse minhas roupas. A
saída de Esme e Carlisle era para ir lá e Emmett se animou quando Sue disse que faria
um pernil só pra ele. E minha mão continuava doendo. Meus dez pontinhos gostavam
de latejar mesmo com remédios. Bufei irritada.

- Você não queria vir? – Edward perguntou-me com carinho

- É só a minha mão. Está coçando e doendo. – respondi omitindo certos pontos. –


Vamos lá meu bonitão, sinto fome de comida da Sue.

- Qualquer coisa, não hesite em me falar. – beijou-me calmamente e Emmett bateu no


vidro do carro. – Nós estamos precisando de um final de semana só nosso.

- E lá em casa. – completei rindo

- Por que? – perguntou confuso e sorri vitoriosa. Puxei sua gola para mais um beijo um
pouquinho mais provocativo.

- Há sapatos altos, cor preta e piano de calda. É tudo que você pode saber por enquanto.
– sussurrei contra seus lábios e sai do carro.
A casa estava cheia. Praticamente todos da cidade e La Push. Meu pai e sua mania de
socialização era uma coisa interessante. Gastei meu bom tempo conversando com
Victória e Leah. James e Sam eram os churrasqueiros oficiais da noite e Emmett
resolveu ajuda-los só para ter a chance de beliscar mais. Alice estava empoleirada com
minha mãe em um canto com Rose. Esme conversava com a mãe de Mike Newton e a
de Lauren Mallory. Eca.

Fiquei olhando ao meu redor a fim de manter James ou Renée longe de Edward, mas ele
parecia bem em conversar com Jasper, meu pai e Carlisle. Havia outros homens, mas
não os conhecia.

- Então, nós não pudemos conversar sobre você e Sam. – Victória chamou atenção de
Leah que estava babando por Sam. – Ele terminou com aquela índia da outra reserva?

- Eles terminaram e bom, ele diz que foi porque sente minha falta… – respondeu
corando um pouco. Essa era boa. Leah sou coração de gelo corando por causa do amor
de sua vida. Bom, isso até fazia sentido.

- E resolveu dar outra chance? – perguntei e ela sorriu. Tomei aquilo como um sim. –
Isso é bom. Eu realmente gosto de vocês juntos.

- Eu também. – sorriu voltando a fita-lo.

- Por que não vai com ele ver o apartamento ao lado do meu? Não que queira você por
perto, mas é bem grande e talvez devam morar juntos. – sugeri e ela fechou a cara.

- Por que moraria com Sam? Não estou preparada para isso.

- Por que não? – retruquei – É tão delicioso acordar agarradinha com seu namorado.
Pelo menos, com meu bunda bonita é assim. – sorri.

- Você está tão apaixonada que me dá dor de cabeça. – empurrou-me levemente com o
ombro – Bom, aquilo que falou no almoço, é verdade? Vocês estão…

- E como… – suspirei e as duas sorriram.

- Vocês estão usando camisinha? – Victória perguntou preocupada – Bebê continua


tomando os remédios regularmente?

- Sim. Não usamos camisinha porque não gosto… – respondi baixo e as duas riram. –
Tomo remédio e oro todos os dias. – brinquei

- Quando você sumiu naquele dia sabia que tinha encontrado um pedaço de homem
quente. – Leah implicou

- Tire o olho coisa fofa. Aquele pedaço inteiro tem dona. – fingi estar emburrada – É
exclusivo.

- Quem te garante? – Victória entrou na brincadeira.


- Bom… Toda vez que ele goza gritando meu nome eu sei que sou exclusiva. –
sussurrei no ouvido das duas. Victória chegou a engasgar com sua Coca-Cola. – Ah, que
foi? Meu irmão nunca falou sujo com você? – perguntei e estremeci – Não quero saber.

- Só não me acostumei com este seu lado… – respondeu rindo. – Meu bebê cresceu
minha gente! – gritou me abraçando e várias pessoas ao meu redor riram conosco. Se
elas soubessem…

- Merda. – Leah xingou olhando para um ponto atrás de mim. Virei-me por curiosidade
e deparei com Jacob estacionando sua moto na garagem de Charlie. – Ele não chegará
perto.

- Espero. – completei mais baixo. Edward também estava olhando e depois olhou pra
mim. A expressão dele não era nada amigável. Dei meu melhor sorriso e ele sorriu pra
mim de volta. Acabei indo em sua direção como uma ímã e o abracei. – Minha bunda
bonita, acho que seu corpo puxa pelo meu.

- Também acho, apesar de achar sua bunda mais bonita. – brincou me empurrando para
o cantinho mais escuro e apertou minha bunda com força. Acabei gemendo alto contra
sua boca. Porra, aquilo não se fazia. – Não geme assim, amor, não posso perder meu
controle com você aqui no cantinho do quintal do seu pai. – sussurrou no meu ouvido –
Mas não seria nenhuma má ideia de pegar contra parede. Você está tão gostosa com
esse vestido. – mordeu meu ombro e obviamente, gemi. Sua mão foi subindo por dentro
do meu vestido e senti um desejo de fechar as pernas pra conter aquela queimação.
Meus seios ficaram duros ao mesmo tempo. – Eu quero te despir por completo… Uhn…
Fio dental, qual é a cor?

- Azul… Porra. – respondi incoerente tentando me conter, mas as mãos dele estava
completamente brincando com a minha calcinha. Sua boca estava trilhando vários beijos
no meu pescoço, hora sugando, chupando, beijando…

- Azul é a minha cor preferida em você… – sussurrou e minhas pernas falharam quando
sua mão se fechou em concha no meu centro – Você está tão quente… Tão pronta pra
mim… Amo seu corpo por completo.

- Edward… Não. Devia. Estar. Fazendo. Isso. Comigo… – choraminguei entre gemidos.
Ele estava sendo muito ruim pra mim. – Vamos embora…

- Quer ir pra casa terminar isso, é? – beijou-me – Está incomodo? – mordeu meu
queixo. Tirei minha mão de dentro da sua camiseta e passei a massagear sua ereção por
cima da calça. Ahá. Também sei brincar, bobão. – Uhrg… Bella… Assim… Não…

- O quê? Está incomodo, amor? – perguntei rindo. – Precisamos resolver isso antes que
suas bolas fiquem azuis.

- Você me deixou assim quando falou de sapatos altos, lingerie preta que irei rasgar e
meu piano. Você soltou a minha maior fantasia sexual do nada. Isso não se faz, amor. –
respondeu com a voz rouca. Escorrendo sexo. Nessa altura já estávamos nos fundos da
casa de Charlie. As vozes estavam longe e aquilo era um perigo pra mim.
- Não sabia que era sua… Também. – retruquei – Quando me deu o pingente, a única
coisa que consegui pensar foi você me jogando contra o piano.

- Você realizaria isso por mim? – perguntou com os olhinhos brilhando.

- Com toda certeza do universo. – respondi e o puxei para mais um beijo molhado e
provocativo. Eu estava tão excitada, mas pera lá, era casa de Charlie, meu pai podia ser
legal, mas tinha limites. – Vamos continuar isso depois, minha bunda bonita.

- Com toda certeza, seios gostosos. – respondeu rindo dando um beijo no meu decote. –
Chorona.

- Babaca.

Nós sorrimos cumplices um para o outro enquanto continuávamos na nossa bolha


especial. Aspirei seu cheirinho deliciosamente masculino, beijei seu pomo de adão e
peito. Ele apoiou o queixo na minha cabeça e aproveitamos o fim de noite fria para
ficarmos apenas juntos.

Era inevitável. Edward já tinha me tomado por inteira. Isso não me impediu de querer
fazer dancinhas por todo lado e gritar que aquele pedaço de homem quente, com a
bunda bonita e abdômen definido era meu. Eita PORRA. SÓ MEU.

Capítulo 11 – Coisas de casais

Estar admirando a natureza verde escura de Forks sozinha é chato, mas estar sentada no
banquinho dos fundos da casa de Charlie, agarrada a Edward, enquanto ele conversava
baixo comigo cheirando meu pescoço e beijando-me carinhosamente era a coisa mais
perfeita do universo. Dude, estava amando demais aquele momento só de nós dois.

- Bella, você pensa em publicar seu artigo? – perguntou-me entre uns beijos na nuca.

- Não sei. Só você e Jeremy têm lido e acompanhado este processo de produção. Não sei
exatamente se é bom ou inovador para a fotografia. Se fará alguma diferença. – respondi
ainda acariciando seu cabelo quero sexo.

- Acredito que você deva tentar… Sou totalmente leigo no assunto, mas ele é bem
explicativo e completo. Não há como ter dúvidas. Fora que você é capaz de seduzir até
pela escrita. – sorriu e seu hálito quente bateu contra minha pele. Hum, isso era bom.
Edward lia cada página que escrevia sempre que podia e volte e meia digitava quando
meus dedos estavam doendo, ou simplesmente opinava em cada parágrafo. Ele era um
bom crítico e me ajudava muito.

A festa ainda estava acontecendo na parte da frente e graças ao bom Deus, ninguém
veio nos procurar. Obviamente, meu estomago traidor começou a roncar e Edward riu.

- Vamos comer antes que passe mais vergonha ao seu lado. – brinquei puxando-o pra
mim.

Nós voltamos para a festa, um pouco mais vazia, mas com um Emmett animado
dançando com meu… James? Agora o viadinho achava justo socializar com a família
do meu namorado? Jasper estava bem ao lado deles dançando com Seth. Todas as
mulheres estavam sentadas ao redor assistindo.

Depois de um tempo compreendi ser um espetáculo a parte. Obviamente eles adoravam


uma atenção e por isso conduziriam aquela brincadeira. Charlie estava vermelho de
tanto rir e ainda arriscou uns passinhos. Meu pai era único. Renée estava nos
observando atentamente. Espero que ela não tenha ido espiar nossa brincadeirinha lá
trás… Seria um tanto constrangedor ser pega com meu namorado com a sua mão dentro
do meu vestido. Não que isso fosse ruim… Muito pelo contrário. Opa. Foco.

- Você quer algo em especial?

- Trate de trazer algo doce. No mais, confio em você. – pisquei dando-lhe um beijo.

Edward seguiu para a mesa com um prato colocando algumas coisas. Senti o cheiro da
minha mãe e sorri. Ela era tão previsível.

- Me diga que você está 100% apaixonada e não sente que isto é loucura? – perguntou-
me dando um abraço de leve.

- Não sei se estou apaixonado e tenho completa e total certeza que isto é loucura. –
respondi sinceramente e ela sorriu.

- Mesmo isso não importando pra você, tem a minha benção. – sorriu e abracei muito
forte.

- Claro que tem importância mãe. – retruquei – Agora você poderia parar de implicar
com ele.

- Veja. Vic está em nossas vidas há muito tempo. Não existe mulher melhor para seu
irmão, mas que espécie de sogra seria se não irritasse vocês com isso? – perguntou-me
rindo e deu um beijo antes de partir. Menos mal. Ela gostava de Edward, mas não
pararia de me irritar com as implicâncias dela. Ah, ela não conseguia atingir Edward.
Ele achava divertido. Vai entender.

- Vocês desapareceram… – Alice pulou na minha frente rindo – Que seja, mas Bella, é
sério que você vai trabalhar com essa mão enfaixada?
- Preciso ter um salario, pagar contas, minhas dividas estão acumuladas com essa ultima
semana só dando atenção a Renée. Não que eu ligue para contas, mas preciso pagá-las.

Alice continuou a falar, mas toda vez que os músculos dos braços de Edward se
moviam, eu me sentia completamente perdida e molhada. Desculpe, mas ele não era
grotesco como Emmett em compensação tinha a minha dose perfeita para gritar que
estava no ponto para o abate. Que espécie de tarada estava me formando, não sei, só sei
que ele era completamente lindo e quente.

E isso tudo só estava escolhendo o que me daria para comer.

- Você está deslumbrando meu filho na minha frente? – Esme perguntou. Ops, Esme?
Não era Alice? – Não fique rubra, querida.

- Também te amo, sogra. – brinquei – Você devia sentir orgulho, seu filho é tão lindo. –
suspirei.

- Aqui está, meu amor. – Edward colocou o prato na minha frente e dois garfos. Desde a
briga por causa dos macarons, decidimos dividir as coisas. Exceto o creme dental,
porque ele odiava que eu esquecia de tampar e eu detestava sua mania de organização.
No mais, estávamos nos acertando a morar junto como um casal. Na cama, tudo estava
certo. Faltava o resto, não que tivéssemos problemas, por mais que meu apelido fosse
um bebê, eu sou filha de pais separados, sei que relacionamentos adultos são cheios de
merda.

- Isso está realmente bom. – comentei depois de provar a torta de frutas vermelhas de
Sue. Ela fazia isso desde que eu era pequena e amava descontroladamente. E detalhe,
era a única receita que não acertava. – Minha mãe nos deu a benção.

- Sempre soube que ela me amou assim que bateu os olhos em mim. Sou irresistível. –
brincou com os lábios vermelho pela torta. Não resisti ao impulso de beijá-lo. Uhn.
Bom.

- Sem sombras de dúvidas. – sorri em seus lábios. – O que faremos amanhã?

- Jogaremos basebol como uma família americana saudável. Seu irmão está realmente
animado e chamou alguns amigos. Será divertido.

- E seu plantão?

- Segunda, onze horas da manhã. Dará tempo de levar sua mãe e Phil no aeroporto e
também tomar um delicioso café no Gracys. – sorriu torto.

- Soa perfeito pra mim.

- Como não dará tempo de olhar seu carro, você fica com meu, ok?

- Posso me virar sem carro, Edward. Não posso dirigir, de qualquer modo. – respondi
sacudindo minha mão enfaixada e ele bufou.
- Não gosto de você andando por aí ou pegando taxi. É Seattle! Algo realmente ruim
pode acontecer, vejo isto o tempo todo no hospital. – retrucou e respirei fundo. Ao
mesmo tempo que era fofo sua preocupação, ele parecia meu pai.

- Tomarei o cuidado de ir e voltar pra casa rapidamente. E ah, ver Jér também. – sorri
tranquila e ele beijou minha bochecha. – Apenas, não fique preocupado.

- Apenas fique inteira pra mim. – retrucou dando-me seu melhor sorriso torto.

- Me explica novamente por que estamos aqui? – perguntei completamente enfezada por
ele ter me acordado às sete horas da manhã para ir a um jogo. Melhor dizendo, vê-lo
jogar com seus irmãos e meus irmãos.

- Passatempo americano. Pare de chorar, chorona. – respondeu ajeitando seu boné em


meu rabo de cavalo desajeitado.

- Se você não tivesse uma bunda tão bonita, chutava agora mesmo. – retruquei cruzando
os braços como uma criança emburrada. Olhei ao redor tentando entender a animação
de Emmett. Ele devia ser um irmão perdido de Alice, tinham uma energia estranha.

Meus olhos continuaram passeando pelos meninos de La Push presentes, até Leah
estava ali, agarrada com Sam. Compreensível, estava frio demais. Até que o vi. Seu
jeito arrogante e prepotente de andar me fez querer vomitar por namorar aquilo.

Jacob estava sem camisa – estava frio pra caralho naquele campo – segurando vários
tacos e um saco de bola enquanto conversava com Seth. Nota mental: Matar meu irmão
caçula de porrada. De preferencia, com um daqueles tacos. Esse era o nome? Ah, eu
odeio esportes. Odeio quando me acordam cedo por causa deles. E mais ainda, odeio
encontrar ex-namorados.

- É, será interessante. – Edward comentou casualmente quando viu Jacob. – Rebatedor


tem boas miras.

É assim que se fala amor!

- Bom dia. – Alice sorriu lindamente. Ela estava com Victória, Claire, Leah, Rose e…
Rebeca?

- Só se for pra você. – resmunguei afundando-me no tronco. Edward tirou seu casaco,
exibindo sua a forma com a camisa flanelada e colocou em mim, antes de sair me deu
um selinho longo. Suspirei com sua fofura e o deixei ir. Muito a contra gosto. – É sério
que acordei cedo para assistir isto?

- Acordamos cedo. – Leah resmungou – Por mais que ame Sam, acordar domingo às
sete horas para vê-lo jogar é muito pra mim.

- Concordo. Emmett é minha vida, mas a cama…


- De preferencia com ele do lado. Quer dizer, o Paul. – Rebeca completou suspirando. –
De qualquer modo será divertido. Bella tem um novo namorado bem bonito e meu
irmão merece apanhar um pouco.

- Credo. Ele é seu irmão. – suspirei bocejando – Não que me importe, mas Edward
comporta-se como se tivesse nascido no inicio do século passado. Jacob teria que me
ferir ou agredir verbalmente para que ele partisse para agressão física.

- Ual. Você realmente sabe tê-lo. – Leah sorriu pra mim. – Isso não nos impede de uma
boa diversão.

- Edward não irá irritá-lo. Fingirá como não existe. – retruquei rindo. Elas queriam uma
boa briga. Loucas.

- Pelo visto você realmente apagou Jacob de sua vida. Justamente isso o irritará. –
Rebeca sorriu como se estivesse assistindo UFC live in vegas.

- Não sou um pedaço de carne para leões brigarem por mim. Edward não faria isso.

- Emmett é assim também. Ele simplesmente me protege, mas não se importa com
outros homens. Ele ignora como se não existisse mais nada no mundo. – Rose comentou

- Jasper também é assim. Acho que é algo cavalheiro da armadura brilhante que Esme e
Elizabeth o criaram. – Alice suspirou

- E eu amo este lado brilhante de Edward… Ele sabe ser sexy. Devemos fazer uma
viagem de meninas para agradecer a mãe de Esme. – brinquei e elas riram. Victória
começou a cochilar do meu lado. – É sério, vou dormir de calças jeans hoje. Edward me
paga por isso.

- Papai do céu, prometo não roubar ideias do meu chefe durante os próximos sete dias
se começar a chover em breve. – Leah ajoelhou-se e todas nós gritamos amém. Até
Victória que estava bem mais pra lá do que pra cá.

Eles estavam jogando longe, bem longe e depois eu estava dormindo. Não me culpem.
Odeio esportes.

- Bella? Amor? – ouvi Edward sussurrar. Eu estava molhada? Abri os olhos


rapidamente e estávamos dentro do quarto dele. Meio molhados. – Nós precisamos
tomar um banho. Temos muita chuva e você não deve…

- Cala a boca. – resmunguei fechando os olhos. – Deite-se aqui e durma comigo. Agora.

- Não. Vem. – falou forte. Isso me causou a porra de um arrepio. – Banho e depois
podemos dormir o dia inteiro.

- Você vai me dar banho? – perguntei manhosa.

- Posso fazer o que você quiser… – mordeu minha orelha e rapidamente pulei do seu
colo. – Espertinha.
- Estou bem acordada agora! – sorri maroto já tirando a roupa.

- Você será a minha morte. – falou baixo me ajudando a tirar a minha roupa. Nós
entramos no chuveiro juntos e a água estava bem quentinha, mas isso não o impediu me
apertar contra seus braços maravilhosos. – Você não se incomodou com Jacob hoje? Ele
é um tanto grosseiro.

- Me incomodei tanto que dormir até chover. Oração de Leah, alias. – respondi
reprimindo o bocejo. – Dá tempo de dormir antes do almoço? Você foi cruel comigo
hoje.

- Nós somos um casal. Casais gostam de assistir coisas juntos. – respondeu rindo – Dá
tempo sim, minha chorona.

- Na próxima vez que Alice quiser me levar as compras, você VAI comigo. – ordenei e
ele se encolheu pegando meu shampoo – Coisas de casais.

- Acho que dispenso essa…

- Não me acorde mais cedo por isso, ok? – pedi fazendo bico. Edward revirou os olhos
todo cheio de sabão. Que visão do mal, do bem, não sei mais, não importa. Começou a
cutucar minha costela, depois fazer cosquinha e meio que me empurrar contra parede,
alguém nos gritou e meu celular começou a tocar. Ótimo. Não pude conter meu suspiro.
– Pode ser o Papa, Edward. Eu irei dormir um pouquinho. – resmunguei e ele me olhou
feio. A preguiçosa, eu sei. – Por favor. Dorme agarradinho comigo?

Nós saímos do chuveiro e era minha mãe, rapidamente respondi sua ligação e ela queria
saber que horas iriamos voltar pra casa. Resolvi – sem comunicar ao motorista – que
logo depois do almoço. Nós precisávamos dormir. Tanto ele quanto eu. Não tinha em
mim a mínima disposição de morrer de sono ou por sono tão perto de casa.

Vesti uma camiseta dele mesmo, sem nada por baixo e meias. Ele estava do lado de fora
conversando com Emmett e fui-me deitar. Ouvi que as meias irmãs do mal estavam
fazendo o mesmo. Pouco tempo depois senti Edward me puxar para o seu lado e
adormeci feliz. Eu sei, precisava deixar de ser preguiçosa, mas por enquanto iria
aproveitar pra dormir sem engordar.

Acordei ouvindo Edward me chamar, mas depois fui perceber que ele estava falando
meu nome durante o sono e isso foi o ápice do meu dia. Fiquei sorrindo que nem uma
idiota, mas a minha mão começou a doer e isso era sinal do remédio. Perguntei-me até
quando ela iria latejar assim.

Coloquei uma bermuda jens, tênis e casaco. Segui as vozes pela casa e encontrei todos
na cozinha, preparando o almoço. Exceto Esme e Carlisle, a minha cara de sono não era
única.

- Olá! Boa tarde soninho. – Jasper bateu no meu quadril.

- Boa tarde pra você também. – resmunguei e Carlisle veio ao meu encontro com o meu
remédio. Já sabia a quem Edward tinha puxado. – Obrigada.
- Está melhorando? – Emmett perguntou me puxando para o canto e pegando a maleta
de primeiros socorros em cima da bancada dos fundos. Neguei com a cabeça enquanto
ele desenfaixava, limpava e verificava ponto por ponto. – Evite molhar e pare de fechar
essa mão.

- As vezes é involuntário. – dei língua e ele sorriu torto. Outra marca da família. Rose
veio espiar e fez uma careta voltando para o outro lado. – Frouxa.

- Olha quem fala. – revidou fingindo desmaiar.

- Touché. – Alice e Emmett gritaram.

- É feio zoar a fraqueza dos outros. – Jasper brigou meio brincando. Nós ficamos em
silencio olhando pra ele por um bom tempo. – Ok, continuem. Não está mais aqui quem
falou.

- Bella, como sua mãe está indo embora amanhã logo cedo, bom, tomei a liberdade de
convidá-la para o almoço com seu irmão e cunhada. – Esme anunciou me dando um
beijo. Era para me deixar calma. Assenti tranquilamente. Ontem minha mãe declarou
sua real opinião e James foi capaz de jogar com Edward sem feri-lo. Não sei se sua
vontade de matar Jacob era maior que ele mudou de foco ou simplesmente resolveu
deixar meu namorado em paz. Fiquei na dúvida.

- Cadê Edward? – Alice perguntou enquanto fazia a salada. Comecei a me incomodar de


ficar na cozinha sem poder ajudar. Eu era péssima com a mão esquerda. É claro que
tinha que cortar a palma da mão que me ajudava na vida. Essa semana será longa…

- Estou bem aqui abandonado por uma namorada ingrata que deixou a cama fria. –
resmungou entrando na cozinha sem camisa, com o rosto amassado e o cabelo
completamente bagunçado. Houve um coro de ‘awnnn’ e suspiros. Dos meninos eram
pura zuação, das meninas era de fofura. Até eu me vi suspirando.

- Fecha boca cunhadinha. – Rosalie implicou jogando uma cenoura pequena na minha
direção.

- Desculpe. – respondi quando ele sentou do meu lado, mas me puxou para seu colo.
Sacudi minha mão não enfaixada na frente do seu rosto. Ele a pegou, olhou os pontos,
um por um como Emmett e depois beijou. – Minha mãe está vindo almoçar aqui com
Phil, Victória e James.

- Tudo certo. Melhor colocar uma camiseta. – respondeu-me e me agarrei mais ainda a
seu corpo. – Quer me ajudar?

- A colocar uma roupa? Não, prefiro o contrario. – respondi baixo e ele gargalhou
saindo da cozinha. – Que foi? – perguntei ao resto que nos olhavam como se fosse dois
et’s. – Não há nada que eu possa ajudar? Está me incomodando ficar olhando! Por
favor, Esme.
- Querida, eu sei o quanto você gosta de cozinhar, mas não. Vá ver tevê. – respondeu-
me rindo. Ela estava adorando ver os dois desastres na cozinha. A Hale e a Brandon. O
telefone tocou e Esme atendeu sorrindo – Oi Tânia querida.

- Agora mesmo que vou. – resmunguei baixo e Carlisle riu me empurrando mais ainda.
Que a vaca não aparecesse mesmo. Não estava com clima para ter urubu na mesa do
almoço não. Fiquei mudando de canal umas vezes até encontrar um filme de ação
qualquer, estava olhando para a tevê, mas não necessariamente prestando atenção. Vi
que Edward desceu quando seu pai o gritou e a campainha tocou logo em seguida.
Reunindo minhas minúsculas forças, abri a porta achando ser minha mãe, mas era um
homem de cabelos loiros meio cinza, com olhos tão azuis quanto de Esme e tinha uma
leve semelhança.

Ele me avaliou com tanto… Desejo. Nossa, pensei que fosse errado olhar dessa forma
para mulheres mais novas e comprometidas. Ele devia ser cerca de quinze anos mais
velho que eu.

- Olá? – ele chamou minha atenção durante minha analise. Seu rosto bonito tinha uma
expressão divertida. – Esme está?

- Sim. Só um minuto. – respondi meio baixo. – Você é… ?

- Garrett. Garrett Evans.

- Tio! – Emmett gritou atrás de mim, me dando um puta susto. – Você sempre fazendo
surpresas!

Rapidamente desapareci do caminho dos dois e fui pra sala ainda atordoada com o olhar
do homem. Nem Aro, meu flertador de carteirinha me olhava desse jeito. Credo. Senti-
me um pedaço de carne diante de um lobo faminto. Ouvi Edward e Jasper também
conversando animado com o cara.

- Meu irmãozinho caçula! – Esme rompeu a porta da cozinha pela sala de jantar. – Que
saudades! Você veio para ficar, certo? – o apertou com força e ele a rodopiou no ar.

- Claro que sim! E sinto cheiro de carne assada! – gritou animado. Meu santo não bateu
com o irmão da minha sogra. Fudeu. Alice e Rosalie apareceram logo depois, mas elas
não pareciam abaladas com a presença dele. Não como eu. Foram até simpáticas e
conversaram animadas. Fiquei observando atenta até que vi o olhar de Edward em mim.
Ele estava com cenho franzido e rapidamente me escondi no sofá fingindo ver o filme.
Ele iria me chamar em 5,4,3…

- Bella? – Edward chamou e em uma lentidão exagerada levantei. Fui caminhando em


passos lentos e entrei na sala de jantar. – Tio, esta é minha namorada, Bella Swan. –
apresentou-me e ele sorriu tão lindamente quanto todos os Cullen sorriam.

- Prazer. Você é muito bonita para estar ao lado de um bobão quanto Edward. – falou
olhando dentro dos meus olhos. Ele estava de um jeito brincalhão, mas ninguém
efetivamente riu. Acho que porque eu não sorri de volta.
- Prazer e sinto em discordar de você. – dei um sorriso simpático e Edward me apertou
no seu braço sorrindo. A campainha tocou novamente quebrando o clima. – Deve ser
Renée.

- Bom, venham me ajudar a por a mesa. Deixe que Edward e Bella recebam os
convidados. – Esme chamou as meninas e Carlisle conduziu os outros meninos ao bar
para pegar taças e vinhos.

Edward me abraçou por trás e nós fomos andando assim juntinhos até a porta. Ele ficou
subindo e descendo sua mão pelo minha barriga, chegando bem perto dos meus seios e
beijando minha nuca, pescoço, ombro…

- Amor, assim vai ficar muito difícil. – brinquei colocando a mão na maçaneta. Ele
parou rindo e me soltou. – Não está melhor assim… Resolveremos isso em casa. –
cutuquei suas costelas, mas antes que alguma atrocidade, abri a porta para minha
família. – Boa tarde!

- Olá meu Bebê. – Renée me abraçou apertado e depois abraçou Edward bem apertado,
dando-lhe um beijo deixando marcas. – Oi meu novo genro. – sorriu e Edward
gargalhou.

- Dormiram bem? – James perguntou divertido com um olhar travesso para Edward. Eu
e Victória nos olhamos confusa e chegamos a mesma conclusão. Eles aprontaram algo.

- Bom, venham. Esme está colocando a mesa. – disse puxando-os para dentro.

Edward apresentou minha família ao seu Tio que fez o favor de mostrar sua opinião
sobre o fato de morarmos juntos. A cara de James foi impagável.

- Eu sei que Bella sabe o que faz. – sorriu torto e o assunto mudou. Ufa! Que feliz.

Minha mãe já estava na cozinha tagarelando na cozinha. Ela tinha uma facilidade de
conquistar as pessoas com rapidez. Victória tinha se dado bem com Rosalie e isso me
surpreendeu. As duas eram tão complicadas que ninguém entendia. Ainda sentia os
olhos perseguidores de Garrett em mim e minha língua se coçava para manda-lo a
merda. O que me freava era seu parentesco com minha sogra.

Edward me ajudou a colocar a comida e acabou por picar tudo o que precisaria cortar.
Parecia comida de criança, mas ele não tinha culpa. James fez o imenso favor de ficar
me zuando e por causa do remédio, estava bebendo suco de uva, aos invés e vinho como
todos.

- É injusto. Só isso. – retruquei Emmett que não parava de cantarolar meu apelido.
Edward me deu a taça dele e bebi, era suco também. – Isso é companheirismo.

- Coisas de casais. – sorriu torto. Minha mãe suspirou feliz. Vá entender…

O almoço passou rápido e completamente desgastante pra mim. Demorei mais do que o
normal para comer, derrubei a maior parte e me irritei ignorando o resto da comida. Isso
não passou despercebido pela mesa, mas eles foram gentis em não comentar meu
dilema. Exceto quando quase peguei o garfo com a mão direita e Edward me deu um
leve empurrão, negando com a cabeça. O maior problema é que ainda sentia fome.
Muita.

Rapidamente estávamos a volta de ir para casa. Quer dizer, Edward. Porque eu não
podia nem guardar minhas roupas dentro da minha bolsa, mas ficar fazendo sala para o
tio de Edward que continuava a comer com os olhos e não preciso dizer que isto estava
me irritando muito. Nós nos despedimos e aproveitei ter muita gente para fugir do
abraço dele. O homem era muito bonito, assim como todos os outros, mas isso não
significava nenhum pouco que gostava dos seus olhares. Pelo amor de Deus, eu era a
namorada do seu sobrinho!

Parei de pensar em Garrett quando Edward entrelaçou minha mão boa com a sua e nem
quando precisava passar a marcha me soltou. Nós ficamos conversando sobre
banalidades e vi que nas pequenas coisas nós já estávamos meio sintonizados e ao
mesmo tempo aprendendo mais. Era muito bom pra eu memorizar suas expressões e até
agora seus oito tipos de risadas diferentes também. Ele tinha um brilho no olhar intenso
pela medicina. Era algo tão forte que simplesmente o fazia tão homem. Nesse aspecto
nós éramos completamente diferentes. Ele era muito mais vida adulta do que eu. Fiquei
pensando se um dia, de qualquer maneira, isso iria nos afetar. Não via em mim um
desejo de largar meu lado Peter Pan.

Quando faltavam só vinte minutos para chegarmos a casa, Edward desviou do caminho
e entrou em um drive do Burger King. Meu sorriso se abriu, porque ele sabia que estava
com muita fome. Escolhi milk shake de morango e um saco enorme de batata fritas.
Acabei ficando muito empolgada e o agarrei ali mesmo.

- Beijinho geladinho. – sorriu contra meus lábios – E com gostinho de morango.

- Te adoro, meu namoradinho.

- Finalmente estamos indo para casa. – sorriu beijando meu queixo. – Não aguentava
mais meu tio te olhando. Terei uma conversinha bem séria quanto a isso.

- Você percebeu? – perguntei sem graça.

- Claro, mas não iria falar algo que pudesse irritar minha mãe hoje. Se ele continuar,
perde os olhos. – sorriu torto. Ele estava apenas brincando. O máximo que faria seria
conversar com seu tio e dizer que não gostou. Edward era meu oposto. Enquanto eu
partia para agressão física, ele primeiro conversava. O que me dava medo, pessoas
assim quando explodem, matam.

- Bobo. – brinquei saindo do seu colo e ajeitando meu lanche no meu. – Vamos para
casa bunda bonita. Tenho que me preparar para amanhã.

- Sim, minha bonita.

- Agora vai ficar me chamando de bonita? – perguntei curiosa.


- Sim, ficar chamando você de seios gostosos podem tentar outros caras a prova-los. E
como eles são meus, isso está fora de cogitação. Além do mais, é o significado do seu
nome e de algumas partes do seu corpo que eu gosto. – piscou sorrindo torto. Meu rosto
esquentou lembrando perfeitamente bem dos momentos que ele havia mencionado este
detalhe. Oh Merda. – Respira, amor. Bonita.

- Estou respirando, bunda bonita. – respondi baixo e ele riu. Idiota. Essa provocação não
iria prestar.

Era segunda-feira bem cedo quando estávamos voltando do aeroporto depois de


despedir de Renée e Phil. Ficaria com saudades da minha descontrolada mãe, mas
estava feliz dela finalmente estar indo para o seu cantinho e eu ficaria no meu, com a
minha recém-adição. Acho que nós dois estávamos felizes por finalmente termos um
tempo só nosso antes do trabalho.

- O que vai querer para o café? – perguntei quando sentamos na nossa lanchonete
favorita. – Panquecas, bacon ou ovos?

- Bacon e ovos com torradas. E uma caneca de café. – respondeu e percebi que ele
estava muito emburrado.

- Isso é tudo sono? – sorri acariciando seu rosto amassado. Seu boné velho estava bem
colocado escondendo seus lindos olhos azuis. Quando olhei pro lado percebi que havia
um homem me encarando e sorriu torto ao me ver, estendendo a caneca, como se me
oferecesse. Eca, repugnante.

- Definitivamente, vou quebrar a cara dele. – resmungou levantando-se. Rapidamente


segurei seu braço confusa.

- Ei… Não. É só ignorar. Estou aqui com você. – retruquei baixo acariciando seu braço.

- Odeio quando homens olham pra você. – resmungou fazendo um bico adorável e por
impulso, mordi. Era cedo demais para esse tipo de demonstração de afeto, mas Edward
mexia com todas as partes do meu corpo com um simples olhar. Ele virou-se me dando
mais passagem para um beijo e colocou a mão na minha perna.

- Eu te adoro seios gostosos. – sussurrou pra mim.

- Eu também, bunda bonita. – sorri dando vários beijos estalados.

- Chorona.

- Babaca.

- Bonita.

- Chega. – bati na mesa e minha mão doeu. Respirei fundo e engoli as lágrimas. Tinha
doído mesmo. Quando ia ficar boa? Ah, daqui a sete dias. Meda ao quadrado. Tinha
quase certeza que meu rosto ficou vermelho e as lagrimas se acumularam nos olhos. Já
mencionei que era fraca para dor? Edward pegou minha mão e começou a acariciar. Eu
sentia que iria arrumar um jeito de abrir meus pontos antes do previsto. – Já passou. –
menti. Ainda estava doendo muito.

- Vai ficar doendo por muitas vezes ainda, amor. Sinto muito. – falou baixo beijando
meu rosto repetidas vezes.

- Eu sei. Vou superar. – sorri e a garçonete veio nos atender. Ela já estava acostumada
com nossa presença ali todas as manhas e tinha parado de lançar olhares furtivos a
Edward.

- Oi Bella. Sinto muito por isso, mas se não fizer, terei problemas depois. – disse com
um sorriso sem graça e o rosto vermelho. Ela me entregou um cartão com as mãos
trêmulas. – Desculpe mesmo.

Olhei para o papel e tinha o nome de Laurent Wilson com o telefone e um pedido de
ligar de volta. Que diabos era aquilo? Lancei meu melhor olhar feio para ele que sorriu
torto. Edward acompanhou meu olhar, pegou o papel da minha mão e quando fui ver,
ele tinha dado um soco no cara. Como ele simplesmente atravessou a lanchonete em
segundos e acertou um belo soco no rosto do homem em um piscar dos meus olhos, não
sei. Talvez não tenha sido tão rápido, talvez eu realmente tenha ficado mortificada com
a ação dele que simplesmente congelei.

Peguei minha bolsa e fui até Edward que ainda gritava alguma coisa com o homem
jogando o papel amassado no nariz quebrado dele. Uns homens o seguravam e pediam
para que se acalmasse. Toquei em seus ombros delicadamente e o puxei pra mim. O
repreendi silenciosamente e reboquei pra fora da lanchonete. O pior de tudo era que
simplesmente tinha AMADO sua explosão. A cara de bad boy não mexa com minha
namorada tinha enviado uma mensagem subliminar a meu corpo que tremi de excitação.
Porra! Que macho!

De alguma maneira precisava mostrar a ele que era completamente dele, principalmente
se continuasse com aquela carranca. Ao chegar no estacionamento, o empurrei contra o
carro e esmaguei meus lábios nos dele, colocando minha mão no cós da sua calça por
dentro da blusa. Sua pele estava quente, pegando fogo e minha mente queria mais. Uma
fornalha!

- O que foi exatamente isso?

- A mensagem de que nós iremos voltar pra casa e você vai chegar atrasado no trabalho
hoje.
Capítulo 12 – Um saco sem você.
As ultimas semanas passaram bem rápido. Com o fim de ano se aproximando cada vez mais e as
inúmeras festas que iriamos fazer e também a viagem de natal para Chicago – casa dos meus avós, esse
ano o sorteio caiu neles – tanto eu quanto meus irmãos estávamos dobrando nossos turnos a fim de ter
hora na casa e viajar sem complicações. A parte mais ridícula de tudo era que via minha namorada em
poucas horas e ela fazia de tudo para manter-me descansado quando eu queria sair com ela e fazer coisas
de casais. Ela morria de rir quando usava esse termo.

Bella estava as voltas do seu artigo com Jeremias, ele estava ajudando-a a corrigir
alguns pontos e toda vez que podia também fazia o mesmo. Era um trabalho leve, mas
por precaução. Bella tinha um talento extraordinário para a escrita assim como a
fotografia. Fora que Alice estava exigindo sua ajuda nos preparativos das festas e ela
seria a encarregada de buscar minha avó no aeroporto com Rosalie na sexta-feira de
ação de graças. Isso seria muito interessante.

Nosso relacionamento tinha evoluído um pouco. Quer dizer, as brincadeiras e apelidos


estavam cada vez piores coisa que só ela me fazia. Certa vez me perguntei porque
estava correndo atrás dela no apartamento, além de ser divertido embarcar em suas
loucuras, ela tinha um pote de doce de leite com biscoitos e não queria dividir. Para me
irritar, obviamente.

As brigas também foram surgindo nessas semanas. Não sei dizer se era TPM porque ela
toma remédios e não tem ciclo. Uma aplicação mágica a cada quinze dias e tudo estava
bem, bom, eu acho. Ela era teimosa quando queria algo e cismou de querer dividir as
contas de casa, onde já se viu deixar minha namorada pagar o aluguel? Nunca. Eu era o
homem, o provedor. Isso era meio medieval e ela ficou gritando que era um maldito
homem das cavernas, mas ela tinha coisas a pagar que me ofereci a pagar e a resposta
foi um travesseiro no meu rosto.

Dinheiro nunca foi problema na minha vida. Não com a herança de família de varias
gerações e meu bom salário. Só que ela não queria aceitar, queria pagar sozinha então,
nada mais que justo fazer com que as contas de casa fossem responsabilidades minha.
Ela não aceitou, mas deu a hora de ir para o plantão e deu-se a nossa primeira briga
porque nas quarenta e oito horas que estou aqui no hospital, ela não me ligou e sim para
Emmett para saber se estava bem e tinha comigo. Eu ri da sua teimosia, mas não forcei.
Seria melhor pra mim quando estivermos de bem.

Estava saindo de mais um ronda cansativa. Topei com Jasper na sua ala e conversamos
um pouco, mas logo Alice ligou e fiquei pensando que outra pessoa pra ter tanta atenção
dele precisaria estar morrendo ou seria seu filho. Aro estava na minha cola durante todo
o tempo, eram meus últimos meses como residente e logo seria um neurocirurgião e
depois de ter machucado minha mão – que vale quatro milhões de dólares – por bater
em um cara que deu em cima de Bella na lanchonete, ele vinha me enchendo.

- Juro que se meu pai me bipar de novo, eu surto. – Jane jogou-se na poltrona do meu
lado com uma caixa de prontuários na mão. – Essa pressão de fim de residência está me
cansando. Não entendo como Emmett pode ficar feliz e Jasper ter sido tão calmo com a
dele.
- Jasper tem uma calma sobrenatural e ao contrário de nós, Emmett tem mais nove
meses de residência.

- Por um lado isso é bom, em dois meses seremos oficialmente médicos. Não que faça
alguma diferença, mas ter um contrato logo de cara é muito bom pra nós.

- Concordo. Faremos uma festa!

- Será natal, Edward. Você estará levando sua namoradinha para conhecer a fazenda da
família. – sorriu implicando comigo. – A proposito, ela me ligou e garanti que você já
almoçou e que iria estar em casa para o jantar. Ela é dura na queda quando diz que não
irá falar com você.

- Quando chegar em casa resolverei isso. – brinquei e ela revirou os olhos. Voltamos a
prestar atenção nos prontuários e fiquei na mesma posição por mais duas horas, dei
minha ultima ronda e fui para o vestiário trocar de roupa para finalmente ir pra casa. O
carro de Bella já estava funcionando e estava menos preocupado com suas idas a rua
sozinha a pé. Via cada coisa ruim no hospital que ficava louco se alguma coisa
acontecesse com ela. Essa era a merda de morar em cidade grande. Ela ficava puta
quando dava razão a Charlie dizendo que Forks era bem mais segura que aqui.

Não deixava de ser verdade.

- Cullen. – Mike cumprimentou no elevador.

- Newton. – respondi no mesmo tom e ficamos em silencio. Do andar conseguia ouvir a


música Loca – Shakira soar a toda altura, destranquei a porta já rindo e fui direto para
cozinha onde pude reconhecer o cheiro da receita mais famosa de Sue: Torta de frutas
vermelhas. Bella ainda estava tentando superá-la. Encontrei-a com uma camiseta justa
escrita beije minha bunda e uma calcinha azul com uma carinha piscando pra mim.

Cheguei agarrando-a por trás e dando um longo beijo no seu ombro.

- Esse é um recado pra mim? – perguntei baixo dando uma mordida no seu pescoço.

- Sim. Você diz que a minha bunda é bonita, não resisti. – brincou – I’m Crazy but you
like it. Loca, loca, loca… – cantou pra mim dançando contra o meu quadril. Desligou o
fogo e a puxei para meu colo. – Senti sua falta, babaca.

- Eu também Bonita, gatinha raivosa.

- Isso me fez lembrar que estamos brigados. – emburrou-se virando para o lado. – Nós
não temos um acordo.

- Faremos o seguinte, as contas desse mês já estão pagas, então, vamos brigar de novo
no inicio do mês que vem, ok? – argumentei voltando a atacar seu pescoço. Estava com
tantas saudades.

- Só não acho justo. Não quero ser um fardo.


- De onde tirou essa ideia absurda?

- Edward, você é meu namorado e não meu marido e mesmo que fosse, não é justo.

- Amor, por favor, só enquanto você tiver suas dívidas. Depois eu prometo ouvir melhor
isso… Tá bom?

- Tenho outra opção se tudo está no seu nome? Essa conversa não se encerra aqui, mas
definitivamente não quero estar brigada com você quando sua avó chegar. – resmungou
voltando a me abraçar. Ela quando com raiva parecia uma gatinha manhosa. – Não me
chame mais de gatinha manhosa, sua cota de apelidos está acabando.

- Gatinha manhosa, bunda bonita, Bonita, amor, Bebê… – comecei a listar vários
apelidos e ela calou-me com um beijo. – Ok, parei.

- Obrigada. – sorriu me dando mais um beijinho – Vá tomar seu banho e vou colocar a
mesa do jantar.

- Estou fedendo, é? – perguntei fingindo ofensa. Cheguei a colocar a mão no coração


para completar meu drama.

- Seu cheiro com hospital é muito gostoso, mas já que sou a mulher da casa, estou
começando a criar regras. – falou séria franzindo o cenho pra mim do tipo não me
contrarie.

- Ok. Qual é o próximo passo? – perguntei indo pro quarto jogando metade das minhas
coisas no escritório.

- Um animal de estimação! – gritou da cozinha e estremeci.

- Ér, podemos fazer isso juntos? – perguntei baixo do corredor. Seu rosto se iluminou e
ela abriu um largo sorriso. Não que eu gostasse de bichos, mas conhecendo minha
maluquinha do jeito que conhecia, não duvidava se aparecesse com um mini-dragão.

- Não demore… Nós temos que dormir cedo porque a sua avó ligou dizendo que
chegará por volta das cinco horas. Meu pai vai precisar da sua ajuda com a tenda para
montar no quintal da casa dos seus pais e tem Alice me enchendo para cozinhar as tortas
com Sue durante o dia. – tagarelou e percebi que ela estava estressada demais com tudo.
– Ah, eu fui contratada hoje!

- O quê? – gritei de volta.

- Deixa. Estamos parecendo um casal de velho gritando um com o outro. Espero você
voltar. – respondeu e ouvi seu risinho baixo.

Boba. Tomei meu banho rapidamente, coloquei o pijama e nossa, já eram onze horas…
Puta merda, estava cansado só de pensar no jantar de amanhã.

- Estava lhe dizendo que durante a semana que vem fui contratada para trabalhar com
um jornal. Receberei tudo no fim da semana. Eles me conheceram através da exposição.
– comentou com um sorriso. Ficava fodidamente orgulhoso com suas conquistas, seu
olhar era sempre tão mágico que seria impossível não comemorar.

- Parabéns meu amor. – beijei sua testa e sentei-me ao seu lado e um bocejo escapuliu.
Seu rosto estava vermelho. Corado. – Você está tímida amor?

- É a primeira coisa que celebramos juntos. – falou baixo. – Acho que se encaixa nas
“coisas de casais”. – brincou e gargalhei alto. – Não ria insensível.

- Você ficou tão fofa assim… – puxei-a para meu colo. – Essa foi a primeira de muitos.
Em breve teremos o natal em Chicago. Quero te mostrar tantas coisas…

- Isso me faz lembrar que você contará isso a Charlie. – sorriu maliciosamente – Se
fosse você, escolheria um momento que ele estivesse sem farda, ou as ferramentas das
barracas. E antes do jantar também. Há facas de prata de Esme. – Me deu um beijo leve
e voltou para seu lugar servindo-se da salada.

- Obrigada pelo incentivo. Pensei que quisesse seu namorado vivo. – resmunguei e ela
sorriu

- Melhor papai do que James. Está com uma pequena vantagem. – brincou e seu coque
frouxo se desfez. A visão dos seus cabelos caindo em cascatas pelo ombro, entrando em
contraste com sua pele alva era tão linda que parei de comer. – O quê? – ruborizou. Dei
os ombros e voltamos a comer em silencio sua famosa lasanha de queijo branco que
adorava.

Ela estava com a camiseta larga, sem soutien, calcinha azul com carinha, meias de
bolinha e usando a fala da minha cunhada, uma verdadeira bagunça. Estava acostumado
com mulheres perfeitas, roupas impecáveis e cérebro curto. Bella era a minha metade
perfeita. Bebia cerveja comigo e assistia futebol, usava vestidos e chinelos ou uma calça
surrada qualquer e meias.

Sabia contar além de quinze, me ajudava a escrever meus artigos do hospital, me fazia
uma massagem quando chegava cansado, me alimentava muito bem, me mimava, me
divertia com suas teorias da conspiração, sua musica cubana alta e seu quadril rebolando
com o ritmo, tocava piano pra me acalmar e mostrar que estava ficando com tanta
prática quanto eu.

Acordava cedo – mesmo odiando e dormindo meia hora depois – para me ver chegar ou
sair. Tinha um ciúme monstro e sempre me batia quando alguém – mulher – me olhava
com cobiça. Se divertia com as enfermeiras do hospital dando em cima de mim ou dos
meus irmãos, era o mais novo xodó de minha mãe e cunhadas – as mulheres mais
importantes da minha vida.

Estava procurando um colega de quarto, um amigo que pudesse ser solteiro e iria sair
comigo para fazer a limpa pelas ruas e mulheres bonitas, então, veio uma baixinha
maluca, que se mudou no dia seguinte e mexia com todos os meus sentidos. Fazendo-
me ser um fodido tarado e encantado com tudo. Com suas merdas, manias, cheio,
sorriso, olhos, boca… Ela era tão louca que se entregou pra mim, me escolheu pra ser
seu primeiro, não me contou com medo de que eu desistisse. Quando no mundo iria
desistir de alguém tão… Perfeita como ela? Nunca.

Quando percebi que ela era virgem, mas não podia parar, minha vontade foi de dar um
tiro em mim mesmo por ter sido tão babaca. Tão fodidamente um homem das cavernas
que não perguntou, não abriu a maldita boca para perguntar e ser no mínimo romântico.
Ok, eu não sabia ser romântico e Alice estava me dizendo coisas a fazer, como ir ao
cinema – coisa que só me pareceu ser legal com ela. Jantar fora – principalmente em
restaurante japonês que ela ficava atrapalhada com os palitos e com raiva. Bella com
raiva no seu jeito gatinha manhosa – era muito excitante. Eu era um maníaco. E dar
presentes, sim a recompensa dos seus olhos brilhando emocionada e na cama depois era
maravilhosa. Sair pra dançar juntos também era uma ótima coisa que titulei como
‘coisas de casais’. Estávamos chegando a um bom acordo com tudo isso.

Todas as pessoas ao meu redor diziam que morar junto era por a corda no pescoço. Que
nós não nos conhecíamos e isso tinha toda razão em acabar mal, mas não era assim pra
mim. O que? Começamos a namorar e cada um vai para seu canto? Eu gostava do nosso
arranjo, apesar da mãe dela ter quase nos enlouquecido – era muito engraçado e pelo
fato de não cair na pilha de Renée, Bella ficava mais puta ainda – e James também, para
completar a novela.

Cada mínimo detalhe dela era bom pra mim e isso, de forma alguma me parecia errado.
Até mesmo ir contra a meu juramento como médico em nunca ferir, mas sim, salvar
vidas. O próximo que a olhasse torto não iria ficar só com o nariz quebrado. Minha
calma e paciência tinham limites bem definidos e ela chegou bagunçando minha vida
como um caralho.

Minha sala perfeitamente organizada tinha disco de vinis cubanos empilhados nos meus
cd’s clássicos. Meu tapete italiano que comprei em um leilão tinha virado o lugar
preferido dela para comer pipoca doce com meu irmão Emmett durante nossas noites de
filme. Minha cozinha antes nunca habitada tinha mais vida que o resto da casa. Toda
vez havia tortas, bolos, lasanhas e receitas novas extraídas da internet para uma mente
curiosa. E mãos habilidosas.

Meu escritório no hospital tinha uma enorme porta retrato de nós dois na sala da casa
dos meus pais no aniversário de Jasper e outra foto nossa dançando em seu aniversário
no cantinho perto do piano. Isso fazia maior sucesso com meus pacientes preocupados
com suas esposas assanhadas.

Não havia mais separação da minha vida com a dela. Era uma mistura tão não-perfeita e
intensa que eu estava mais que apaixonado. Eu amava Bella. A realidade do sentimento
que sentia por ela foi tão forte que me virei na cama para olhar seu rosto levemente
adormecido encostado no meu peito. O quarto estava em uma verdadeira penumbra e
seu rosto em formato de coração brilhava com a luz da lua.

- Eu te amo. – falei beijando o topo da sua cabeça. Ela abriu um largo sorriso. A traidora
não estava dormindo. – Muito.

- Finalmente. – suspirou rindo. – Eu também te amo, bunda bonita. Muito mesmo.


- Traidora.

- Chega de apelidinhos. Eu queria te dizer, mas se fizesse isso primeiro, teria que pagar
mil reais a Emmett. – resmungou baixo e senti vontade de socar meu irmão caçula.
Babaca.

Foi mais um momento louco da nossa vida. A primeira vez que nos declaramos,
dormimos dois minutos depois. Casais normais estariam agora tendo sua melhor de sexo
romântico enquanto eu continuava puxando-a pra perto de mim, mas muito sonolento e
ela já estava dormindo pesado como sempre. Nós definitivamente não fazíamos parte do
conceito casais normais e eu nem queria isso. Que seja muito longa e louca minha vida
ao lado dela. Minha Bonita.

- Edward, acorda. – Bella falou baixo e senti o cheiro do seu shampoo bem forte no
quarto. – Nossas coisas estão prontas e está quase na hora.

- Já? – resmunguei puxando as cobertas e ela me impediu.

- Tem café pronto. O banho vai ajudar a acordar, vou terminar de me arrumar, vê se
levanta. A primeira coisa que fico responsável pela a sua avó e não quero chegar
atrasada.

Levantei da cama feito um zumbi, tomei um banho quase gelado para despertar uma
xicara imensa de café pra acordar e ainda sentia sono. Bella me apressou e nós
morávamos a meia hora do aeroporto e faltava exatamente meia hora para a minha avó
chegar. Nós fomos cantando seu CD do The Smiths e ela arranhou bem This Charming
Men.

E rimos lembrando-se da noite que vimos 500 dias com Ela, nós discutimos por causa
da Summer e o comportamento depressivo do Tom. Ela realmente dormiu com raiva de
mim, com tanta raiva que me acordou no meio da noite porque estava sem conseguir
dormir enquanto não desse razão a seu argumento. Com tanto sono disse que sim ou ela
não me deixaria dormir e ficaria de costas pra mim a noite inteira. Que escolha eu tinha?

Nós ficamos em pé no portão de desembarque por cerca de quinze minutos quando vi os


inconfundíveis cabelos bronzeados da minha avó Elizabeth. Ela abriu um largo sorriso a
me ver e tinha um jovem rapaz ajudando-a a trazer suas malas.

- Que saudades! – abraçou-me apertado e me encheu de beijo exatamente como sempre


fazia. – Você consegue ficar cada vez mais bonito como seu avô. Tão homenzinho.

- Olá Vovó. Seja bem vinda e obrigada. – sorri retribuindo seu abraço e ela gentilmente
virou-se para Bella, primeira analisando suas roupas, que eram calça jeans claras
sobradas, uma blusa cinza com um E enorme e keds pretos. – Esta é Bella, minha
namorada. – apresentei pegando sua mão e puxando-a pra frente.

- Você é mais bonita do que imaginei. – disse a Bella. – Sua voz é tão doce ao telefone e
estou dando graças que não veio a barbie ou a manequim de loja nanica.
Esqueci-me de mencionar que a minha avó adora Alice e Rosalie. Só para não dizer ao
contrário.

- Ah. Obrigada, eu acho. – Bella ruborizou e minha avó sorriu. Menos mal. Vovó
Elizabeth era pior que Renée e James juntos.

- Tão adorável. Aonde encontrou esta belezura? – perguntou enquanto caminhávamos


para o carro.

- Ela me encontrou. Deixei um anuncio e ela me achou.

- Você deixou um anuncio que estava precisando de uma namorada, Edward? Um


Masen não precisa disso. – ralhou e me encolhi. Esqueci que ela não sabia dos detalhes.

Durante o caminho para Forks Bella contou nossa história editada para menos de 18
anos para a minha avó que brigou comigo por não ter feito um pedido de namoro
descente e que Charlie deveria realmente me bater. As duas conversaram a maior parte
do tempo conhecendo um pouco mais e minha querida matriarca só me lançava olhares
aprovadores. Alívio, oi?

Não que fosse me importar com a opinião dela, quer dizer iria ouvir, ficar chateado, mas
não faria nada. Ela teria que aceitar, assim como as minhas cunhadas, só que eu sabia
que Bella se sentiria desconfortável com isso, não iria mais passar o natal em Chicago
comigo e daí ficaria puto, não iria mais e acabaria fazendo um natal só meu e dela.
Mandar a família pra casa do caralho.

- Mamãe! – Esme gritou descendo as escadas principais rapidamente. Ela agarrou minha
avó com força e as duas começaram a falar ao mesmo tempo. – Vejo que conheceu
minha nora, ela é linda, não é mamãe?

- Um amor. Edward acertou. – sorriu – Diferente de Emmett que se apaixonou pelo


aquele poço de mal humor. – ralhou com Emmett que acabava de chegar com Rosalie.

- Oi pra você Vovó. – Rosalie veio abraça-la. Ela também não dava mínima para isso.

- Oi Barbie, você consegue ficar cada vez mais bonita. – Vovó Elizabeth elogiou e Rose
se derreteu – Viu, ainda sei fazer essas meninas derreterem por mim.

Todos nós gargalhamos e entramos em casa para tomar café da manhã e para minha
surpresa, Alice era quem estava terminando de ajeitar a mesa. Vovó poderia nos visitar
mais vezes, assim a baixinha iria se fizer de útil.

- Alice, pare de fingir querida, eu sei que seu dom não é para o lar. – Vovó comentou
puxando-a para sentar ao seu lado. Bella estava vermelha de tanto rir com cada tirada.
Nossas mãos estavam entrelaçadas e a beijei delicadamente.

- Então, Emmett Cullen. – Bella limpou a garganta – Espero meus mil dólares na conta
até segunda-feira.
- Droga, Edward. – resmungou – Você poderia ter essa dignidade de deixar que ela se
declarasse primeiro.

- Do que está falando Emmett? Na primeira vez que você me viu já disse que me amava
e queria casar comigo. – Rosalie ralhou – Ou estava mentindo, Emmett Charles Masen
Cullen?

- Não. Não. É que…

- Você perdeu Emm. Pague-me. – Bella cortou antes que ele entrasse em problemas
com Rosalie que cerrou os olhos para os dois.

- Vou pagar e parabéns pela força de vontade de conseguir prender este sentimento
dentro de você. – retrucou colocando no ar dúvidas sobre o sentimento dela por mim.

- Emmett, você por algum acaso está colocando a palavra de minha filha em dúvida? –
Charlie perguntou da porta da cozinha com seu melhor olhar ameaçador de Chefe da
polícia. Todos gargalharam surpresos com sua chegada e Emmett rapidamente negou.

Eventualmente voltamos a comer sem piadinhas porque todos tinham muito que fazer
para o jantar. A paz estava instaurada… Até as infernos Denali chegarem. Porra, porque
a minha mãe tinha que convidá-las? Foda-se que eram órfãs. Nenhuma delas tinha
menos de trinta anos e Bella ficava muito irritada com a presença delas… Sobrava pra
mim. Merda.

- Você seriamente quer me deixar com problemas com Bella. – resmunguei para a
minha mãe e ela encolheu os ombros.

- Elas não têm ninguém. Fico com pena, querido.

- É, fique com pena de mim. – retruquei e Bella entrou na cozinha batendo o pé me


lançando seu olhar ameaçador e Tânia estava logo atrás.

- Oi Eddie. – ronronou pra mim. Ai merda…

- Hm, oi Tânia. – falei meio seco. Se fosse sem educação com ela a minha mãe e minha
avó iriam me esfolar porque o discurso era o mesmo. Não importa quem seja, mulher
tem que se bem tratada. Isso incluía Tânia e suas irmãs. Embora se eu fosse educado
demais, Bella me esfolaria. – Eu acho que vou ajudar meu sogro. – completei meio
limpando a garganta pra minha voz sair confiante. Bella estava encostada no balcão bem
séria com os olhos brincando entre eu e Tânia. Dei um beijinho rápido nela antes que
apanhasse e sai. Aquilo ali com ciúmes não fazia bem a saúde de ninguém.

Passei o dia montando as barracas do lado de fora, se chovesse, todos teriam abrigo.
Rosalie e Alice tinham passado as ordens de decoração do lado de fora e Bella assumiu
o comando da cozinha com a minha mãe e avó. As Denali estavam ajudando na cozinha
e fiquei tentando calcular o tamanho o mal humor de Bella mais tarde.

- Hey, aquela Tânia está aí? – James perguntou-me enquanto montávamos umas mesas.
Assenti com a cabeça meio zonzo. – Você está tão ferrado, Cullen.
- Obrigada, Swan. – resmunguei voltando para dentro de casa novamente. Estava com
fome e ninguém tinha previsão de comida. Cheguei a cozinha e Bella tinha sanduiche de
manteiga de amendoim e geleia de uva. – Isso tudo pra mim, Bonita?

- Não. Para todos. Não vai dar para fazer o almoço e isso é para enganar. – respondeu-
me tirando dois saquinhos e me entregando. – Coma os seus e depois leve para todos?
Se Emmett entrar na cozinha correndo de novo, não quero ficar sem a mão.

- Tudo bem, Bonita.

- Obrigada, Babaca. – beijou-me e depois voltou para o fogão ao lado da minha mãe.
Tânia me observava com repulsa e minha avó com carinho. Rapidamente catei meu
rumo antes que alguma bomba explodisse ali. Tá doido.

Terminada todas as arrumações corri para meu quarto onde possivelmente Bella já
estava. Finalmente um momento sozinho com minha namorada, mesmo que seja para se
arrumar. Encontrei-a de calcinha de renda vermelha andando de um lado para o outro
com os cabelos presos no alto.

- Você vem sempre aqui, gatinha?

- Só quando meu namorado resolve visitar seus pais, e você? – perguntou entrando na
brincadeira.

- Não sei. Se toda vez encontrar uma mulher semi-nua no meu quarto, viverei aqui.

- Babaca.

Bella ordenou que fosse tomar banho e acabei jogando-a sobre meu ombro fazendo-a
tomar junto comigo. Nós brincamos de bichinhos com espuma, contamos histórias no
box embaçado, lavei seu cabelo e ela me fez ficar de joelhos para lavar o meu, mas se
arrependeu depois que fiquei fazendo cosquinha na sua barriga ou dando beijinhos
propositais em um certo caminho da felicidade.

Ajudei-a a secar seu cabelo e volte-me ela me queimava com sua chapinha – que
cismou que teria de passar para ficar com o cabelo diferente (eu não vi nada de diferente
ali) – enquanto fazia minha barba. Ela adorava o estado que estava e por mais que
quisesse agradá-la, meu pai iria reclamar tanto porque muitos diretores e médicos
importantes estariam presentes e nós tínhamos que ter uma aparência boa.

Bella também soube fazer o papel de namorada de médica perfeita durante todo jantar,
só não gostei da roupa, era bonita, mas séria demais. Gostava muito das suas roupas
coloridas, suas pulseiras de instrumentos musicais ou caveiras. A única joia que usava
era o cordão que havia dado em seu aniversario e um belo sorriso que sempre era
dirigido a mim. Tudo estava muito tranquilo, ela estava muito calma, sem falar
palavrões ou besteiras durante a maior parte do jantar.
- Edward… – Bella falou baixo no meu ouvido. – Cinco minutos no banheiro do
terceiro andar. Tenho uma surpresa pra você. A dica e azul de renda com um enorme
espelho da frente.

Falando isto com a maior naturalidade saiu rebolando com seu vestidinho justo até o
interior da casa enquanto a minha cabeça estava quase de cabeça pra baixo ao imaginar
Bella de quatro pra mim e eu tendo a melhor visão de todas no banheiro do terceiro
andar com aquele puta espelho de uma parede inteira. É o caralho quem quer ter vidinha
de casal normal. Minha vida seria um saco sem essa garota.

Capítulo 13- Passado azarento.

Eu estava oficialmente odiando Alice. Se recebesse mais uma ligação para fazer provas
de vestido ou escolher um sabor de canapé diferente porque ela tinha enjoado do
escolhido anterior, iria surtar. A próxima festa em vista seria a renovação de votos dos
pais de Edward e duas semanas depois será o casamento dela. Essas duas datas
provocavam em mim um lado feminino tão idiota que me emocionava. Esme e Carlisle,
em pouco tempo, se tornaram meu maior exemplo que amor, por mais que louco, pode
dar certo.

Vovó Elizabeth também. Estava loucamente ansiosa para conhecer o Sr. Edward avô.
Será que Edward ficará parecido com ele quando chegar a esta idade? Será que nós
vamos ficar juntos até esse tempo? Meu único receio de pisar em Chicago e encontrar o
irmão caçula de Esme. Isso sim aumentava minha dor de cabeça.

Alice e Jasper davam inveja a qualquer casal. Eles eram extremamente diferentes, mas
perfeitos juntos. Tão perfeitos que irrita, muito. Principalmente porque a baixinha
consegue ser uma nazista quando se trata de perfeição. Tinha absoluta certeza que ela só
trabalhava com James por ser a única perfeccionista capaz de ser pior que ele. Ops,
arquiteta. Que seja.

Era uma quinta-feira a noite e nós só iriamos a Forks no sábado de manhã, sem dar
tempo de ajudar em mais nada. Graças a um bom Deus, meu estúdio estava tendo um
bom numero de clientes, o que me fez abrir vaga para um assistente perdido que não
achei, mas iria encontra-lo. Edward tinha me ajudado a pregar cartazes e ele deixou bem
claro que se fosse homem, não iria deixar. Morri de rir o que o deixou mais puto, daí
entendi que ele não estava brincando.
Desde incidente em socos alheios e a implicância quando o Tio dele ligou mandando
beijos carinhosos pra mim, Edward estava um saco com qualquer homem que chegasse
perto. Eu não o repreendia porque gostava de fazer o mesmo… Ou pior. Renée estava
doente, com um resfriado enjoado e ganhou licença da escola e isso deu tempo de sobra
para lotar minha caixa de e-mail ou usar bastante o telefone. Isso estava começando a
me dar nos nervos. Odiava qualquer coisa que me sufocasse.

Além do mais, eu estava puta da vida hoje. Cansada, com dor e de TPM. Um fio e iria
explodir.

Cheguei ao hall de entrada e o porteiro logo deu-me passagem e Mike Newton subia
com uma menina, dei graças porque assim ele não falaria comigo. Fingi que não o vi,
mesmo estando no mesmo elevador e corri pra dentro de casa. Estava louca para um
banho bem relaxante, uma comida quentinha e cama. Embora o cheiro de chocolate
queimado chamou a minha atenção, rapidamente corri pra cozinha e um grito agudo
saiu dos meus lábios.

- O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA COZINHA EDWARD ANTHONY CULLEN?

- Bolo de chocolate? – perguntou confuso. Ele estava sujo da cabeça aos pés e tinha
rastro de farinha, ovo, chocolate, panela, colheres e panos por toda minha impecável
cozinha. Meu lugar sagrado na casa e Edward bastardo estava se metendo nela. – Era
pra fazer surpresa.

- E por que cargas d’água você achou que iria gostar de uma cozinha inteira fedendo a
chocolate queimado?

- A batedeira. Ela venceu a batalha, mas eu ganhei a guerra. – apontou para a minha
batedeira ultima geração quebradinha no lixo. – Pelo menos o bolo está no forno. –
sorriu como criança cometendo uma traquinagem. Suspirei e ele se emburrou – Você
vai gostar.

- Eu sei amor. Só não pise na cozinha novamente sem a supervisão de um adulto.


Estamos entendidos?
- Eu não sou criança e não coloquei fogo na casa.

- Não, mas sujou a cozinha que eu limpei ontem o dia inteiro. – retruquei irritada –
Fiquei com uma tremenda dor nas costas porque nós vamos para a festa de casamento
dos seus pais. Alice me ligou hoje umas trezentas vezes, tive um cliente chato pra
caramba e estou irritada por simplesmente estar irritada. Entendeu agora? – bati o pé no
chão como criança e ele ainda me fitava confuso com um misto de incredulidade – E a
cozinha é o único lugar que ninguém mexe. Meu manto sagrado igual ao seu quarto em
Forks. E você o corrompeu. – disparei a falar e meu rosto estava quente. Edward abriu a
boca umas trezentas vezes e fechou. O forno apitou e resolvi que precisava tomar banho
para esfriar a minha cabeça.

Entrei no chuveiro e minha cabeça parecia explodir de dor. Um tremendo saco. Era um
bando de gente querendo fazer meu trabalho. A maldita fotografa era eu. E não, eu não
gostava de canapé de queijo de cabra e leite maltado não fazia diferença do desnatado.
Meu celular começou a tocar e não estava muito inclinada a atender, mas podia ser
algum cliente do dia seguinte que estava rezando para simplesmente cancelar e me
deixar o dia livre.

- Oi filhote da mamãe! – Renée gritou do outro da linha. Bufei impaciente. – Como


está?

- Do mesmo jeito que há duas horas. – respondi acidamente.

- Pintei minhas unhas.

- Tchau, mãe.

Joguei-me na cama e a culpa veio me correndo lentamente. Aquela voz dizendo que fui
injusta com Edward. Que não deveria ter sido grossa ou descontado toda minha irritação
nele. Em compensação era a minha cozinha… Ok, cozinha dele, mas quem cozinhava
era eu. Tinha que ter um desconto também. Talvez, ele nem tenha ficado chateado,
pensei tentando me tranquilizar. Continuei na cama e as horas se passaram sem que
ouvisse qualquer tipo de barulho do lado de fora. O pânico começou a gritar no meu
ouvido, porque de todas as coisas, Edward não tinha culpa de nenhuma.
Ele não tinha culpa da minha falta de paciência com clientes chatos.

Não tinha culpa de a minha mãe ser chata.

Não tinha culpa de Alice ser inconveniente e muito menos nazista.

Edward estava na sala quando reuni minha coragem de levantar da cama as duas horas
da manhã. A casa estava escurinha, do jeito que minha cabeça não doía. Ele estava
dormindo, segurando o controle com um filme de ação passando. Espiei a cozinha –
impecavelmente limpa – e a mesa estava posta para duas pessoas e um lindo bolo de
chocolate com cerejas. Comecei a chorar porque era uma maldita irritada e boba
também.

- Edward… – sacudi.

- Hm? Que houve? – perguntou meio grogue

- Você não vai vir pra cama? – perguntei fungando baixo. Ele já estava de banho
tomado, significa que ele usou qualquer outro banheiro da casa, menos o nosso. Fui tão
idiota em não perceber que ele estava fazendo um bolo, de chocolate com cerejas, para
me fazer ficar feliz e joguei a minha frustração nele. – Desculpa. Desculpa…

- Ei, calma. – abriu os olhos e me puxou para o seu colo – Por que está chorando?

- Por que fui uma idiota sem coração com você. Estava tão irritada que descontei na
pessoa errada… – respondi baixo – Me desculpe.

Ele respirou bem fundo e vi que ele estava chateado demais.


- Desculpe-me também. Ao invés de te evitar, deveria ter ido conversar.

- Essa sua mania de transferir a culpa pra si é muito chata, sabia? – briguei secando as
lágrimas. – Eu fui uma monstruosa de TPM

Edward respirou fundo novamente e me abraçou fazendo um carinho na nuca, beijando


meu ombro. Aproveitei a deixa para agarra-lo um pouquinho mais e senti seu cheiro que
sempre me acalmava. Minha dor de cabeça ainda não tinha sumido e realmente não m
lembrava mais quando começou e sim que continuava martelando como uma escola de
samba.

- Estou perdoada? – choraminguei

- Claro que sim, meu amor. Eu posso pedir desculpas?

- Se você pedir desculpas, nós vamos brigar novamente. – respondi ficando irritada
novamente. Que mania dos infernos. – Vamos para a cama?

- Você não quer comer nada? Comeu na rua?

- Não. Estou com muita dor de cabeça. – resmunguei fechando os olhos. A luz vindo da
tevê estava incomodando demais. – Eu só quero deitar porque a luz incomoda, o
barulho, tudo… – sussurrei

- Abra bem os olhos pra mim. – pediu e eu neguei com uma lágrima escorrendo. – Por
favor, amor. Preciso ver. – lentamente obedeci e as lágrimas escorreram. Edward tateou
seu bolso e tirou uma lanterna, franzi o cenho porque era estranho ter uma lanterna no
bolso, mas… – Era para procurar bem lugares que ainda estavam sujos. – deu os ombros
sem graça e senti mais vontade de chorar, se isso não fizesse minha cabeça doer. – Vou
tocar e você diz onde dói, certo?
Assenti mudamente e Edward foi tocando delicadamente meu rosto. Pelas minhas
caretas ele soube exatamente onde doía, principalmente porque chorava mais.

- É por enquanto uma enxaqueca. Você vai deitar e tomar o remédio, mas sinto em
informar que se não passar, iremos para o hospital tomar uma dose mais forte, ok? –
beijou a pontinha do meu nariz quando concordei.

Nós fomos para o quarto e ele veio com um comprimido enorme. Disse que se morresse
entalada, ele nunca mais iria arrumar uma namorada porque puxaria o pé de todas.
Edward me deitou e começou a me ninar, mas seria muito dizer que ele dormiu vinte
minutos depois e eu continuei acordada com dor?

Cinco horas da manhã eu me rendi. Ele acordou e me viu embolada do seu lado com os
olhos molhados de tanto chorar. Antes de me socorrer, brigou por não ter acordado e
pedido para ir a emergência, mas olha bem pra mim que com dor iria querer me enfiar
no hospital?

De moletom estava, de moletom fiquei até chegarmos ao hospital e Emmett nos receber
no portão de emergência. Não prestei atenção em mais nada ao redor, só de Edward me
segurando e conduzindo até um quarto, onde Jéssica Stanley estava me aguardando com
um sorriso carinhoso no rosto. Só morrendo que a vaca se compadecia de mim. Tive
vontade de xingá-la, mas não tinha forças, então, aceitei que me deitasse na cama e
fizesse o que tivesse que fazer para a dor de cabeça sumir.

- Edward, ela bateu com a cabeça nas ultimas 24 horas? – Jane perguntou e não tinha
me dado conta que ela estava do meu lado com a mão na minha testa. – Bem febril.

- Bella, você caiu? Bateu com a cabeça? – Emmett perguntou-me e Edward saiu do
quarto rapidamente com o prontuário azul que estava na mão de Jéssica. O acompanhei
com o olhar e tenho certeza que fechei minha expressão – Ele foi preencher seus
campos de formulário e trocar de roupa.

Fechei os olhos e tentei lembrar o meu dia. Desde momento que sai de casa de manhã,
quando vi Jeremias, quando cheguei ao estúdio e teve a primeira sessão de fotos,
quando o tripé caiu em mim e câmera bateu na minha cabeça e… Merda.
- Uhn. O tripé caiu em cima de mim com a câmera. – respondi baixo. – Ontem cedo, no
estúdio.

- Você começou a sentir dor depois disso, certo?

- Acredito que sim. Emmett, por favor, faça isto parar, eu só quero dormir. –
choraminguei e Jane sorriu afagando minha mão.

– Já vai passar. Só ficar quietinha que pronto. – respondeu amorosamente e rapidamente


olhei para o tudo preso ao meu braço com um líquido transparente. – Emmett vai ficar
com você até Edward voltar. Não se preocupe que você vai dormir. – completou me
cobrindo e senti Emm sentar ao meu lado, afagando minha mão.

Não sei se demorou muito para a dor cessar, mas fechei os olhos quando Emmett quis
inventar mais uma aposta. Eu lhe disse que iria dormir antes mesmo dele chegar uma
conclusão. Não sei o que ele respondeu porque apaguei pouco tempo depois sem dor.
Foi como dormir nas nuvens, apesar de me sentir muito fraca, estava bem. Pelo menos a
dor de cabeça estava reduzida o suficiente para abrir meus olhos e aguentar a claridade.

Edward estava na poltrona ao meu lado com muitos prontuários ao seu redor e dois
copos de café. Reparei que estava com um pouco de coriza e olhos lacrimejados.
Edward levantou os olhos e ao ver que estava acordada, sorriu.

- Hey. – sussurrei com a voz grogue.

- Melhor? – perguntou aproximando-se. Seu beijo em minha testa foi longo e ele
resmungou baixinho. – Você ainda tem febre.

- A dor diminuiu um pouco, consigo te olhar sem doer, mas não entendo essa coriza que
está me fazendo falar como uma pata e porque meu coro cabeludo parece sensível.
- Você está tendo uma crise enxaqueca. Ao que parece é hereditário. Renée se submeteu
a um tratamento antes de você nascer. – respondeu-me e fiquei mais confusa ainda – Eu
liguei para seus pais para avisar seu estado no momento. Todos sabem que está aqui,
mas não posso deixar visitas. Muito barulho pode atenuar a dor. – completou e percebi
que nós dois estávamos falando baixinho.

- E amanhã estarei boa? – perguntei temerosa. – Nós temos que ir a Forks.

- Eu sei, você vai ficar de observação até amanhã. Rosalie está arrumando nossas coisas
e iremos nós quatro no Jipe porque não terei condições de dirigir com sono e ficar de
olho em você.

- Tudo bem. – resmunguei baixinho. – Acho que estou com fome. Serei obrigada a
comer algo do hospital?

- A comida não é ruim, acredite. Emmett é daquele tamanho por algum motivo. – beijou
a pontinha do meu nariz – Apesar da sua ser bem melhor.

- Desculpe pelo bolo. – murmurei envergonhada. Edward sorriu abertamente como se


estivesse aprontando. – O que há?

- Primeiro, vou providenciar algo para você comer e depois conversamos sobre isto. Há
um interfone do seu lado, qualquer mínima coisa, chame Jéssica. Ela disse que apesar
de vocês não se derem bem, ela não deseja sua morte.

- Ótimo, estou me sentindo muito segura agora. – revirei os olhos, mas doeu,
automaticamente me encolhi. Edward me deu um beijo lento e saiu. Afundei ainda mais
na cama e puxei o cobertor azul bem grosso pra cima de mim.

- Não me diga que não posso ver minha irmã, Stanley. – James soou do outro lado da
porta e me encolhi mais ainda. De repente, o clarão do corredor invadiu o quarto e me
escondi. Aguem, provavelmente Jéssica deu lhe instruções, mas James era James. –
Cuidei da minha irmã a vida inteira, não venha me ensinar a fazer isto.
- Fale baixo. – pedi já chorando. – Por favor.

- Oh, meu bebê. – James atravessou o quarto e não sei como, de alguma maneira, eu já
estava aninhada em seu colo e isso me confortou como sempre fazia, desde pequena.
Ele era chato, mas era meu irmão mais velho. James começou a cantarolar baixinho pra
mim conforme fazia carinhos no meu cabelo. – Vai ficar tudo bem, o mano vai estar
aqui. – falou baixinho no meu ouvido e até esqueci-me da fome que sentia quando
adormeci de novo nos braços do meu irmão.

Acordei mais faminta ainda, meu nariz ainda estava escorrendo, meu cabelo doía, meus
olhos também e a cabeça não tanto como antes, mas ainda sentia um resquício de dor. O
que era bem aturável. Minha bexiga parecia que iria explodir, observei que James estava
dormindo em uma poltrona reclinável bem ao meu lado, com o celular no peito.
Levantei de fininho e estremeci quando meus pés tocaram o chão absurdamente gelado.

O banheiro era uma claridade que só. Se não acendesse a luz iria tropeçar e quebrar
alguma parte do meu corpo, mas a luz estava incomodando um pouquinho. Quis saber
onde estava Edward, mas duvido muito que ele estava no hospital apenas passeando. Do
jeito que estava preocupado com as férias de natal, estava fazendo muitas horas para ter
o tempo livre pra mim. Isso seria muito romântico se não fosse cansativo para ele.

Assim que me vi no espelho, sufoquei um grito. Meus lábios estavam inchados, meu
nariz vermelho, meus olhos estavam inchados e com poças de lágrimas por debaixo de
cada um. Era uma imagem extremamente assustadora. Minha boca se abriu incrédula.
Fui atropelada?

- Amor? – Edward sussurrou entre abrindo a porta com cuidado. – Tudo bem?

- Eu fui atropelada por algum caminhão? – perguntei me agarrando a ele. Edward me


deu um beijo longo no cabelo e me apertou mais um pouquinho. – Muito movimentado
lá fora?

- Não estou pegando grandes casos. Nós sairemos em poucas horas. – respondeu-me
beijando o nariz – Deseja comer agora?
- Quero sim. – respondi quando ele me colocou na cama novamente. – Você o chamou?

- Claro, ainda sou seu irmão e posso bater nele por me negligenciar isto. – James
respondeu sonolento. – Está se sentindo melhor, meu bem? – perguntou preocupado.
Assenti rapidamente e seu celular acendeu vibrando. – É Vic. Vou atender lá fora.

- Vou pedir a Jéssica para trazer sua comida e se comer tudo, teremos sobremesa. –
Edward beijou-me com cuidado, imagino porque meus lábios estavam quase roxos de
inchados. Parecia que tinha apanhado. – Pode acender a luz um pouco?

- Pode sim. – sorri para sua preocupação e ele foi até o painel de luz ajustando a
claridade, não deixando nada tão forte quanto ao banheiro, mas claro o suficiente para
que pudesse enxergar a comida a minha frente. A salada tinha uma aparência deliciosa e
a sopa também. Como Edward disse, não chegava aos pés dos meus dons culinários,
mas fazia mais de 24 horas que não comia. Era em torno de umas cinco horas da manhã
e eu queria tanto um banho.

A sobremesa era o bolo chocolate de Edward e estava muito gostoso. Isso só atenuou
minha culpa, mas do jeito que ele estava carinhoso comigo, parecia que nem lembrava
mais. Não demorou muito para tomasse um banho e Rosalie aparecesse para me ajudar
com roupas e outras coisas. Nós nos encontramos no Jipe e ainda me sentia meio
grogue. Não havia chuva e sim bastante sol, uma raridade em Forks.

Edward estava daquele jeito cansado e ordenei que ele dormisse. Ficamos em silencio
até chegarmos lá e fiquei feliz por todos estarem cooperando e preocupados com meu
estado caótico que duraria mais alguns dias. Enxaqueca tem isso… Quando ela vem,
esquece-se de ir embora. Esme e Alice não gritaram como sempre e Vovó Elizabeth
tinha feito seu melhor chá tira enxaqueca pra mim no café. Eu estava me achando
aquelas dondocas com dor de cabeça atoa, era tão vergonhoso. Ei, você está passando
mal de quê? Ah, eu tenho dor de cabeça forte. Não soa falso?

Minha bunda bonita ficou argumentando comigo quando fomos expulsos do primeiro
andar para dormir que não era nada disso. É algo crônico que se não tratado, pode ser
preocupante.
Eu parecia atropelada e ele um zumbi. Éramos o casal estranho do dia. Se tivesse força,
eu sorria. Nós dormimos durante o dia e Alice gentilmente arrumou-me para o jantar.
Toda a minha família que parecia ser a mesma de Edward estava bem entrosada e mais
alguns vários amigos. Foi engraçado ter todos os médicos ao meu redor, verificando-
me, embora o que mais me fazia sentir apaixonada e idiota era Edward. Ele me dava
beijinhos, afagos, colo, chamego, carinhos, mais beijinhos e mais carinhos. Era tão
estupidamente fofo.

- Eu te amo. – beijei seu queixo no fim do jantar. Era o momento dos votos e eu chorei
copiosamente do inicio ao fim. Houve um vídeo com vários momentos deles. Quando
os meninos eram crianças – Edward bebê era tão lindo que um lapso de insanidade me
fez querer ter igual –, momentos durante todos os 35 anos de casados. Até nós, as noras,
estávamos presentes. Não fico surpresa quanto as nazistas irmãs do mal, mas a mim.
Tinha uma foto que eu dormia com a cabeça no colo de Esme e os pés em Carlisle. A
legenda era: Nosso mais novo bebê. No fim do vídeo vinha um depoimento de cada e
advinha que Carlisle perguntou? Qual das noras iriam dar-lhe netos.

Eu e Alice deixamos esse encargo para a Rosalie. Apesar de ser apenas dois anos mais
velha que eu e casada com o caçula, ela casou primeiro. Alice ainda estava perto e seria
casada com o mais velho e eu nem casada era. Fora da lista.

Acordei no dia seguinte sem nenhum resquício de dor, inchaço ou qualquer pontinha de
enxaqueca. Dei um alto e sonoro grito pra ver se era verdade e pulei na cama como uma
descontrolada para acordar Edward e dizer que estava bem.

- Estou vendo, ouvindo e sentindo, amor. – respondeu baixo e rouco de sono. – Você
não deveria pular assim, Bella. É um processo…

- Ei, namorado agora. Doutor depois. – ralhei brincando voltando a quicar na cama.

- Meu bem, são seis horas da manhã. Tem certeza?

- Absolutíssima! – gritei de volta. – Nós passamos as ultimas 48 horas passando mal.


Estava um saco, falou? Então, cara, você não deve ter gostado de 48 horas com sua
namorada fazendo um puta drama como sua sogra.
- Absolutíssima, falou, cara, puta… Parecida com a sogra… – repetiu listando minhas
gírias – Quem é você e cadê a minha namorada? Eu aturo as frases do caralho ou vá
para a puta que pariu, mas essas gírias falou mano do gueto não dá não.

- Estou bem aqui amor bunda bonita babaca da minha vida. – gritei eufórica. – Sinto
fome. Será que ainda tem torta? – pulei da cama para colocar minha calça de moletom.
Edward me puxou de volta e me prendeu com suas pernas – Sabe que quando você dá
esses ataques de homens das cavernas, eu fico excitada, não sabe?

Edward riu bem alto e me apertou um pouquinho mais. Nós ficamos apenas acariciando
sem nenhum teor sexual e me desculpe sociedade, a ultima coisa que queria agora era
ter dor de cabeças, então, não iria exagerar tanto, fora que não estava me sentindo
nenhum pouco sexy. Cabelos bagunçados e cara de quem passou muito mal durante os
últimos dias não estava nada atraente. E minha calcinha era bege. Definitivamente não
permitiria que Edward visse aquilo.

- Realmente estou com fome, Edward. Deixe-me ir. – resmunguei

- Só Vovó Elizabeth deve estar acordada…

- E ela é a melhor companhia para comer. Sempre me dá tudo que preciso sem dizer que
vou engordar e você vai me abandonar. – retruquei cruzando os braços irritada.

- Alice diz isso? – perguntou emburrado.

- Todas as vezes que devoro um muffin de sabor diferente na frente dela. – respondi
sorridente – Elas querem me convencer a correr, mas pera lá, tenho minhas aulas de
dança e ainda tenho boa disposição física.

- Eu sei bem disso. – piscou e moveu-se para pegar seu celular, aproveitei que ele me
libertou do aperto das pernas e sai correndo da cama. – Isto não foi justo.
Acabei topando com Rosalie no corredor e nós preparamos o maior café lotado de
guloseimas do ano. Tinha muitas sobras de doces do dia anterior e outras coisas
extremamente gostosas que Vovó Elizabeth tinha preparado com o decorrer da semana.
Ouvi a mesma conversando com seu esposo no telefone e por ultimo percebi que era
Garrett. Rezei aos céus quando ela disse que eu estava indisposta e não poderia
conversar.

- Veja só, meu filho querendo competir com meu neto. Pedi para não me levar a mal,
mas minha Bella é perfeita para meu garotão.

- O preferido da vovó. – Jasper resmungou revirando os olhos. Emmett riu. Fiquei me


perguntando o que realmente o afetaria.

Todos os outros desceram logo após e Alice dominou a conversa sobre os afazeres de
cada um no casamento. Meu humor despencou trinta andares porque não era bem aquilo
que queria tratar, eu a amava, juro, mas depois de uma crise de enxaqueca…

Tomei meu café ouvindo Alice dizer que não poderia engordar por causa da prova dos
vestidos.

- Edward me ajuda a emagrecer depois. – respondi meio brincando meio falando sério.

- Uh uh – revirou os olhos meio irritada.

Aquela manhã de segunda-feira após a renovação de votos dos meus sogros era dia de
fazer compras no mercado e Edward disse que iria comigo. Pra quê? Não sei. Edward
colocava sucrilhos, balas, caldas de variados sabores, compotas de doces, doritos, batata
rufles e congelados. Era muito engraçado porque nós dois amávamos comer aquilo, mas
Vovó Elizabeth simplesmente resolveu que me amava e iria passar essa ultima semana
dela aqui na minha casa!
Alguém tem completa noção do que é ter a matriarca da matriarca te analisando
milimetricamente? Não que ela não gostasse de mim, mas se ela por um acaso descobrir
que uso calcinha de carinhas, meias de bichinho e permito que Edward se alimente –
também – de besteiras, serei colocada na lista de noras sem potencial.

Eu cozinhava alimentos saudáveis. A cozinha é meu segundo lugar favorito na casa,


mas isso não é impedir Edward de comer todas as besteiras que pudesse da dispensa.
Meu namorado tinha uma disposição física muito grande para malhar, correr e lutar.
Para sexo também. E isso requer gastar calorias.

- Edward, essa conta vai ficar absurdamente cara e você não tem estomago para comer
tudo isso. Eu não posso servir lasanha congelada a sua avó.

- Ela vai amar tudo o que você fizer… – argumentou segurando duas caixas de cerveja
diferente.

- Edward!

- Ok.

- Eu só não quero que ela se assuste com seu péssimo hábito alimentar. Emmett deve
comer melhor que você.

- Eu não tenho um péssimo hábito alimentar, ele só é diferente… Com muitos doces. Eu
como tudo o que você faz. – retrucou escolhendo umas cerejas. Pra fazer doce, é claro.

- Sim e todo resto. – completei dando um beijinho na sua bochecha. Seu bipe deu um
susto enorme quando tocou e ele se afastou bufando. – Vai lá meu doutor, mostra pra
todo mundo o quanto é bom.
Fiquei na pontinha dos pés e beijei seus lábios vermelhos. Edward me puxou mais pela
cintura e apertou em seus braços. Era sempre assim. Uma emergência e uma despedida
melancólica. Minha mãe estava agora com a tese de que criamos uma relação
dependente no qual nenhum dos sabe se soltar com facilidade. Não discordei, afinal de
contas, eu não queria me soltar dele, se o nome disso era ser co-dependente, então, que
seja.

- Não demora, ok? E não fique preocupada com a minha avó, estarei em casa o mais
rápido possível. – deu um beijinho na minha testa e tirou as chaves do carro do bolso
para me entregar – Não tire minhas besteiras do carrinho.

Fiquei observando-o sair e terminei minhas compras sozinha, me sentindo sozinha…


Isso era completamente depressivo, mas poxa. Não me julgue, vocês não namoram
Edward Cullen, de qualquer modo. Não posso exigir essa compreensão. A fila estava
um pouquinho grande, mas caminhava bem rápido, puxei uma revista qualquer e
comecei a folhear a vida de fofoca alheia. Afinal, precisava ler a sinopse da novela pra
ter mais assunto com Vovó Elizabeth… Senti uma pontada de neurose brotando e fios
de cabelos brancos nascendo.

- Bells?

Tranquei minha respiração e pensei se na minha agenda tinha um espaço livre para
retornar ao mercado e refazer todas as compras. Ao ouvir aquela voz a primeira
sensação que veio foi sair correndo. Fugir. Desaparecer. Jacob continuou parado do meu
lado na expectativa de uma resposta, simplesmente ignorei. A velhinha a minha frente
me olhou torto, provavelmente me censurando por não responder, falta de educação, sei.

A fila andou mais um pouquinho, chegando a minha vez. Não olhei para o lado para
conferir se Jacob ainda estava ali, apesar de querer muito. Meus olhos coçaram, mas
ainda não sabia qual seria a minha reação… Bom, visto que tinha enrolado a revista em
forma de porrete, não seria totalmente agradável.

Acabei com as compras e fui empurrando o carrinho tranquilamente até o carro. Assim
que soltei o alarme do Volvo, uma sombra apareceu. Xinguei inúmeros palavrões
quando percebi que estava sozinha com Jacob ali.
- Você realmente vai me ignorar?

- Se tivesse algo pra falar com você. – resmunguei fechando meu porta malas. Jacob me
segurou forte pelo braço e me jogou contra a lateral do carro com força. – Ei. ME
SOLTA AGORA! – gritei.

- Então é isso? Você ficou me enrolando naquela palhaçada de virgem e esperar seu
tempo. Dois tempos e você está namorando com um riquinho, andando de carrinho
novo, exibindo dinheiro e morando com ele. Deve estar dando o dia inteiro e comigo era
aquela palhaçada? – perguntou rangendo os dentes e me batendo mais uma vez contra o
carro. – Você que não vale nada Swan. Forks inteira não fala comigo porque você se de
vítima quando eu só corri atrás das minhas necessidades. Tenho nojo e ódio de você.
Ódio. – jogou-me de novo contra o carro.

Eu estava tão assustada, tão mortificada que não sabia se gritava, chorava ou batia nele
também. Seu aperto era tão mortal que estava doendo muito e minhas costelas pareciam
que ia esfarelar.

- Me solta, Jacob. – choraminguei – SOCORRO!

- Cala boca! Merda, você achou que iria ficar olhando você passear com o riquinho e
não fazer nada? Ele sabe que você é interesseira? Falsa? Mentirosa. O quê? O enrolou
com o papinho de virgindade? – rosnou apertando com meu rosto com força. Não sei
como, de alguma maneira, seu corpo me prendia por completo e já sentia o gosto de
sangue se formando na minha boca.

Ouvi uns passos se aproximando e gritei ainda mais alto. Jacob me deu mais um
encontrão contra o carro e me deixou cair no chão completamente dolorida. Meu corpo
doía. Minha alma doía. Eu cresci junto com ele. Meu pai era melhor amigo do pai dele.
Nós namoramos e durante o tempo que durou, fomos felizes e isso, violência física?
Estava tão humilhada, sentindo meu coração quebrado em vários pedacinhos.

- Moça? Moça? – um homem se aproximou – O que aconteceu? Quer que eu chame a


polícia?
- Sim. – falei com um fio de voz puxando meu celular para ligar para Charlie. Eu
precisava tanto do meu pai e de Edward agora. Chamou umas duas vezes e não esperei
dizer alô. – Pai, preciso que você venha pra cá. – falei chorosa – O mais rápido possível.

Eu não tinha condições de dirigir porque meu corpo parecia quebrado. Ou talvez
estivesse triste demais para prestar atenção no trânsito. O rapaz que estava ao meu lado
chamou a polícia e a ambulância. Alguns funcionários do mercado que resolveram
aparecer, colocaram bolsas de gelo no meu rosto. Eu devia estar muito horrível e sem
uma única dignidade, não saí do chão. Fiquei encolhida ali sem me importando de
chorar.

Um dia considerei me entregar para aquele homem. Ele estava em todas as minhas
memórias infantis. Ele era o melhor amigo do meu irmão caçula… Eu estava magoada
por sua traição, mas nada se comparava ao que sentia. Como ele podia dizer aquelas
coisas horríveis? Como ele pode ter me batido sendo que eu era mais de quarenta quilos
mais magra que ele e quase quarenta centímetros mais baixa?

Uma ambulância chegou junto com um policial e ele mesmo disse que precisava de
atendimento médico antes de dar meu depoimento. Eu não conseguia falar. Abria a boca
e saia um gemido de dor em seguida por um soluço magoado. A paramédica tentou me
movimentar, mas eu precisava de mínimo movimento porque ela disse que havia a
possibilidade de ter quebrado pelo menos uma costela.

Trêmula mostrei meu cartão do presbiteriana com o nome de Edward e algumas


informações adicionais minhas. Como tipo sanguíneo, nome completo e minha relação
com o médico residente da casa. Ouvi suas ordens de me removerem pra lá. Certifiquei
de estar com a minha bolsa e com o carro trancado, mais tarde mandaria alguém vir
aqui. O policial riu da minha preocupação, mas era estupidez me preocupar com o carro
do meu namorado? O Volvo e eu tínhamos uma disputa acirrada no coração dele.

Gemia a cada sacolejar da ambulância e quase cantei glórias aos céus quando a senti
parar e pela primeira vez me senti dentro do seriado grey’s anatomy, sendo aquela que
era empurrada no meio da confusão. Só que eu estava no hospital inimigo do Seattle
Grace, isso não importava no momento. Eu ver Edward. Meu celular vibrou no meu
bolso e a enfermeira me olhou feio.

- É meu pai. – falei baixo – Diga onde estou, por favor. – pedi com um fio de voz.
- Bella! – alguém gritou meu nome e ao virar meu rosto para ver, era Jasper chegando
em mim numa rapidez impressionante. – O que aconteceu, Bebê?

EPOV

- Jane, hoje era meu dia de folga. – resmunguei saindo da cirurgia. – Se bem que valeu a
pena abrir mais cérebro. – ironizei

- Credo. Bella coou café na calcinha pra você ficar tão viciado. Você está longe dela por
uma hora e meia. – brincou me empurrando. Umas enfermeiras passaram correndo por
mim e me olhando estranho. – O que deu nelas? O que você fez?

- Nada. – dei os ombros. – Não fiz nada.

Nós seguimos adiante e meu bipe tocou umas duas vezes vindo do centro de emergência
código azul. Peguei meu caminho até o elevador e Jane me acompanhou por não ter
nada a fazer. Eu estava do outro lado do hospital e até chegar a entrada iria demorar um
pouquinho.

Meu celular vibrou e era Charlie.

- Edward? O que aconteceu com Bella? Por que uma enfermeira está me chamando no
hospital?

- O que? Como assim?

- Bella, ela me ligou, mandou vir a Seattle. Estou na estrada e uma enfermeira disse
que ela tem duas costelas quebradas e estava na emergência.
- Eu a deixei no mercado e vim cobrir uma emergência no hospital. Estou correndo
agora para a emergência.

- Eu ligo de novo.

- O que houve, Edward? Você está pálido! – Jane começou a correr junto comigo e
desci sabe se lá quantos vão de escada rapidamente.

Invadi a emergência e vi Jasper empurrando uma maca até um quarto separado com
vários enfermeiros envolta. Ele fez sinal para vir e empurrei algumas pessoas ate chegar
na salinha.

- Amor? – Bella choramingou estendendo a mão pra mim. Seu rosto estava vermelho e
molhado, seus lábios estavam cortados com machas de sangue em volta, a enfermeira
levantou sua blusa e havia contusões e hematomas por todas as costelas e barriga. – Está
tão ruim assim?

- O que aconteceu, Bella? – aproximei-me pegando sua mão com cuidado. – Amor,
quem fez isso?

- Jacob estava no mercado. – choramingou – Ele me empurrou repetidas vezes contra o


carro. – chorou – Foi horrível.

Meu coração pareceu ficar inexistente e meu sangue ferveu, apenas ferveu de ódio. Eu
iria matar aquele filho da puta miserável. Bella estava chorando, segurando minha mão
enquanto uma enfermeira fazia exame de toque.

- Duas costelas. Contusões e hematomas. – a enfermeira disse a Jasper e Jane já estava


encaminhando a ortopedia.

- Edward… – Bella chamou minha atenção – Fica comigo aqui. Eu preciso de você
aqui. Estou assustada. – sussurrou e senti uma tremenda vontade de chorar. Ela estava
tão vulnerável, triste e ferida que isso só atenuou minha raiva. Ninguém encostaria-se a
Bella e sairia vivo.

- Não irei a lugar algum. – prometi.

Não por enquanto, porque vou encontrar aquele desgraçado e ele vai saber o que é
mexer com um Cullen. Jasper olhou pra mim e como se entendesse a linha do meu
pensamento, acenou e deu um sorriso torto.

Capítulo 14 – Nova Cullen

Meu corpo pequeno favorito mexeu-se contra o meu na cama soltando um gemido
baixo. Já fazia duas semanas desde o incidente com as costelas de Bella. Jacob havia
sido preso no mesmo dia e isso definitivamente não era o suficiente pra mim… Eu ia
quebrar as costelas dele também. Vovó Elizabeth tinha ficado aqui em casa comigo e
em parte foi muito bom. Nos dias que não podia ficar em casa, ela ajudou Bella a tomar
banho e a não se locomover. Foi complicado porque minha namorada é um verdadeiro
poço de teimosia e queria fazer as coisas por si só. Foi chato gastar meus argumentos
para convencê-la.

Já era bem tarde da noite e ela estava dormindo quietinha do meu lado, hora falava, hora
gemia e depois sempre adormecia mais pesado ainda. Meu celular vibrou na cabeceira
com a mensagem que estava esperando a noite inteira. Jacob saiu porque pagou a fiança,
mas isso não me deixava feliz. Não mesmo. Arrumei os travesseiros para Bella não rolar
na cama e sai de fininho do apartamento para não acordar o Satélite Masen, vulgo Vovó
Elizabeth.

Cheguei ao local já encontrando o carro de James, Emmett e Jasper. Félix estava na


esquina com o celular na mão e uma toca. Estava frio pra caralho essa madrugada, mas
eu não ia dormir bem novamente enquanto não olhasse bem na fuça daquele filho da
puta. Surpreendi ao ver Seth sair do carro de James. Ele e Jacob era bem amigos…
Embora Bella fosse sua irmã de criação.

Com a cabeça, Félix nos indicou a direção e pela penumbra da rua reconheci sua sombra
e seu andar prepotente do caralho. Estava doido para deixar aquele cachorro andar com
três patas. Cada um de nós foi andando por um lado. Emmett e Jasper entraram em um
beco para fechar a rua do outro lado, Seth e James pelo outro e continuei andando
firmemente atrás dele.

- Ei! Jacob! – gritei e ele virou-se parando levemente tentando reconhecer quem o
chamava. Fazendo isto, começou a andar mais rápido deparando com Emmett e Jasper
no fim da rua. – Não está feliz em me ver? Temos tanto a conversar.

Jacob tentou caminhar para o outro lado, mas deu de cara com James e Seth.
- Não tenho nada para falar com você, Cullen. – rosnou – Deixe-me ir.

- Ah, por que? – perguntei me aproximando – Na hora de encurralar minha namorada


sozinha no mercado você queria conversar, não é? – perguntei já dando o primeiro soco.
– Eu tenho duas costelas para quebrar e enquanto não fizer isso, não irei embora.

- Eu já pedi desculpas. – argumentou tentando revidar o soco, mas ele era muito lerdo. E
burro.

- Desculpas? Vai se foder. – James ralhou acertando mais um soco.

- Não sabe lutar mano a mano, Cullen? Teve que chamar os irmãozinhos?

- Você lutou justo batendo em Bella? – Emmett vociferou alto empurrando-o contra a
parede de tijolos.

Jacob tentou revidar, mas em certo ponto ele já estava quebrado demais para tentar
brigar e eu completamente satisfeito. Deixei ele caído no fim do beco e fui embora com
meus irmãos para casa. Minha mão estava meio ferida só que isso me dava mais desejo
ainda de sorrir. Quando cheguei em casa eram três horas da manhã e fui direto para a
cozinha tirar um saco de gelo para minha mão. Ouvi passos pequenos atrás de mim e
Bella estava com sua camiseta fina marcada no corpo mostrando que estava sem soutien
e de calcinha preta. Seus cabelos caídos de um só lado do corpo e o rosto amassado de
sono.

Ela era linda demais em qualquer momento. E estava cada vez mais difícil resistir a seu
corpo, principalmente que duas semanas era o nosso recorde de ficar sem sexo.

- Essa técnica do travesseiro na cama para não perceber a ausência só funcionou até
meus cinco anos. – comentou rindo um pouco, chegando mais perto para olhar minha
mão. Bella ficou em silencio olhando-a com inúmeras emoções passando pelo seu rosto.
Ela subiu na bancada travando o rosto com dor. Ela pegou o saquinho de gelo e puxou
minha mão. – Você foi atrás dele, não foi?- perguntou baixa e calma.

Pensei em responder inúmeras coisas. Mentir que encontrei alguém, que briguei, sei lá.
Não sabia ao certo qual seria a reação dela. Assenti optando pela verdade.

- Espero que tenha dado um bom soco nele. – comentou massageando minha mão e
suspirei de alívio.

- Ele nunca mais irá te incomodar. – falei baixo e ela assentiu puxando-me pelo cos da
calça para ficar entre suas pernas. Sua mão gelada pela bolsa de gelo encostou-se a
minhas costas e estremeci.

- Eu sinto tanto a sua falta, Edward. – choramingou deitando a cabeça em meu peito.

- Amor… – tentei processar em alguma coisa para argumentar e Bella estava com a
ponta do dedo brincando com o cos da minha cueca por debaixo da blusa. Porra!
- Faça amor comigo, Edward. Por favor. Eu realmente preciso de você. – sussurrou
olhando profundamente em meus olhos.

- Shiu…- calei seus lábios com um beijo delicado que a mesma fez questão de
aprofundar quando enterrou a mão em meus cabelos puxando meu rosto para bem mais
perto. Bella puxou minha blusa e jogou no chão da cozinha beijando meu queixo,
pescoço, ombro e peito.

- Vamos para o quarto… – pediu e a peguei no colo indo para nosso quarto sem soltar
nossos lábios. Deitei Bella na cama tirando sua blusa delicadamente, tomando meu
maior cuidado em não soltar o homem das cavernas que habitava em mim toda vez que
a via nua.

Meus lábios tomaram os seios maravilhosamente lindos de Bella e ouvi seu gemido
baixo escapar. Eu os adorava com toda minha alma. Bella tinha os dedos embolados em
meus cabelos, arqueando ainda mais as costas para aproximar seus seios do meu rosto.

A calça jeans já estava apertada com minha ereção pulsante pedindo libertação
imediata. Nossos lábios se encontraram novamente conforme tirava sua calcinha e
espalmei minha mão em sua barriga delicadamente, descendo para seu ventre até
encontrar seu centro já completamente quente. Pronto pra mim.

Depositei beijos molhados no seu pescoço e senti sua mão querendo abrir minha calça
jeans com dificuldade, mas ela sempre conseguia o que queria. Ela delicadamente
puxou minha boxer pra baixo e a ajudei livrando completamente minha roupa. Bella
envolveu meu pau em sua mão e começou a fazer caricias lentas e completamente
ritmada do jeito que eu gostava e muito.

Ela gemeu quando introduzi um dedo e rebolou seu quadril contra minha mão,
continuando a sussurrar meu nome entre gemidos baixos e quentes. Ela estava perto de
chegar a seu clímax quando aumentei o ritmo, mas antes que isso realmente
acontecesse, parei ouvindo choramingo da parte dela. Puxei-a para o meio da cama e a
penetrei lentamente arfando de prazer. Este era meu local preferido no mundo inteiro.
Senti tanta falta.

Bella permaneceu de olhos fechados por um tempo, mas quando deitei meu corpo
parcialmente sobre o seu, fazendo que nossos corpos se encontrassem mais
profundamente, ela me fitou com todo seu amor. Nós começamos a nos movimentar
lentamente, apenas nos beijando sem perder o contato visual em momento algum. Ela
tinha os olhos brilhantes, cheios de desejos e gratidão.

Sem querer machuca-la, aumentei nosso ritmo e gozamos juntos rindo um para o outro.
Foi incessantemente mágico. Perfeito como só ela podia fazer.

- Eu te amo. – sussurrou

- Eu também te amo muito. – beijei seu queixo.

Nós acordamos cedo no dia seguinte porque era casamento de Alice em Forks e graças
ao estado de saúde da minha namorada, minha pequena cunhada deu folga para todos
com os preparativos de casamento. Vovó Elizabeth desceu conosco para Forks e
ficamos conversando animadamente até lá. Bella ainda não podia fazer muito esforço
físico ou usar salto altos, mas estava estampada no seu rosto o quão melhor estava
depois da noite de ontem.

- Como Alice conseguiu fazer isso? – perguntou-me vendo a enorme tenda aquecida que
minha pixie tinha colocado no quintal da casa dos meus pais.

- Não me pergunte. – respondi ajudando-a sair do carro.

- Aquela peste veio do inferno e consegue o que quer. – Vovó Elizabeth passou por nós
jogando os cabelos e a enxarpe – e o nariz em pé também.

Bella e eu subimos rindo dela, sem que ela veja é claro. Nenhum de nós queria ser
castigado por isso. Esme veio nos receber animada e Alice já estava aos gritos lá em
cima. A parte chata da equação é que fiquei completamente sozinho. Todos os homens
tinham tarefas e eu não tinha nenhuma por cuidar de Bella a semana inteira. Não que eu
estivesse reclamando. Fui para meu quarto, troquei de roupa e me joguei na cama, para
horas mais tarde ouvir Bella deitar do meu lado resmungando um pouquinho de dor. Ela
não dormiu, mas tinha os cabelos e maquiagens pronta.

- Você vai me ajudar com o vestido, não vai?

- Te expulsaram do quarto? – perguntei rindo e ela concordou.

- Elas estão praticando muitas coisas perigosas, como beber champanhe e dançar. –
respondeu mais baixo. – Antibióticos e costelas em recuperação me deixaram de fora.

- Só mais algumas semanas e tudo voltará ao normal, minha Bonita. – afaguei seu rosto
e ela beijou minha mão.

- Eu sei. Eu sei. Agora, minha bunda bonita, venha me ajudar a se vestir e aproveite
enquanto é tempo. – piscou me puxando da cama.

Seu vestido azul claro era completamente lindo e deixou seu rosto mais brilhante ainda.
Eu não tinha visto meus irmãos e não estava nenhum pouco a fim de um tempo com
meninos porque tinha a minha garota que precisava de mim e ontem dei a Jasper a
melhor despedida de solteiro. Socar um homem em um beco escuro é a reencarnação de
filmes de ação que sempre assistimos, não existe melhor.

Nós nos arrumamos no quarto rindo com os gritos de Alice. Bella prometeu que não
seria assim e foi a primeira vez que mesmo de brincadeira, mencionamos casar em
quatro meses de namoro. Quatro meses mais loucos da minha vida inteira.

Bella deixou-me para juntar-se as mulheres e eu finalmente desci até o salão de jogos
onde todos os homens estavam rindo bem alto. Charlie, James e Seth também estavam
prontos e apostos.

- Resolveu aparecer, bonito? – Emmett questionou rindo usando apelido de Bella.


- Eu estava dando atenção a minha namorada. – retruquei e Charlie riu.

- Então, Jasper. Cinco minutos para se amarrar oficialmente pra sempre. – Carlisle
comentou rindo. – Dá tempo de fugir, filho.

- Eu sei que vocês estão aterrorizados com Alice durante esse período Noiva
perigosa… Só que nós sabemos que não é bem assim. – comentei tentando aliviar a
barra da baixinha.

- Não puxa o saco porque Bella é pior. – Jasper retrucou rindo.

- Estou tentando defender sua futura esposa!

- Eu sei. Só que não sou burro. Como a Vovó diz, Alice é filha do diabo. – respondeu
rindo.

- Além do mais, Bella prometeu que não será uma noiva assim. – completei bebendo o
whisky do meu pai.

- Bella falou de casamento. Quer dizer, mesmo de brincadeira? – Charlie perguntou


incrédulo e assenti orgulhoso. Quase cantei Sou Foda*, mas meu sogro não iria gostar
disso. – Agora tenho esperanças de ser avô.

- Estamos aqui, pai. – James apontou pra si e para Seth.

- Tem treze anos que espero um neto seu e Seth não começou a faculdade ainda para ter
filhos. Leah não gosta de crianças. Sobrou Bebê.

- O casamento é de Jasper. Não vamos falar de bebês. – James mudou de assunto.

- Moribundos. Hora do casamento. Subam logo! – Vovó gritou olhando para a garrafa
de whisky na mão do meu pai – Eu falei para Esme que ele era alcoólatra. – murmurou
baixo e nós gargalhamos.

- Família! Cheguei! – Tio Garrett gritou empolgado e fechei minha cara. Ok, ele era
meu tio, mas dar em cima descaradamente da minha namorada e pedir pra levar porrada.
Sendo meu tio ou não.

- Se você der em cima de Bella, eu bato em você. – Vovó Elizabeth bateu com sua bolsa
nele.

- Ok, mãe. Acabei de chegar. – resmungou descendo as escadas. – E Edward já está a


ponto de me bater de qualquer modo.

Esbocei um sorrisinho entre os dentes e nós rapidamente subimos para as nossas


posições. Fiquei no altar do lado de Emmett e nós brincamos de apelidar alguns
convidados para distrair o nervosismo de Jasper. Essa ideia deu certo no casamento
dele, mas entrei na pilha sem dizer que brincadeiras de cérebro de ameba só funcionam
com irmãos caçulas.
- Está na hora. – Emmett sussurrou.

- Ainda dá tempo de correr. – sussurrei.

- Calem a boca. – O padre ralhou e nos encolhemos no canto.

Eu fiquei tentando prestar atenção ao meu redor, mas quando Bella entrou no meu
campo de visão com seu buque de flores brancas, vindo lentamente atrás de Rosalie
abrindo caminho para Alice entrar com seu Vera Yong perfeito. Palavras dela. Eu fiquei
zonzo, minha namorada era a mulher mais bonita da festa. Bella quando me viu abriu
seu lindo sorriso apaixonante e piscou indo para seu lugar. Automaticamente virei-me
de lado para que não pudesse perder nosso contato visual.

Ela ruborizou e inclinou a cabeça para olharmos Alice entrar. Minha cunhada estava
simplesmente linda e senti inveja do meu irmão porque não via a hora de casar. De fazer
Bella efetivamente minha mulher. De vê-la vestido de branco com muitas parafernálias.
Nós ficamos o casamento inteiro apenas nos olhando e rindo. Emmett chamou minha
atenção umas duas vezes por estar tarando minha namorada indefesa na frente de um
padre, mas minha preocupação estava com preguiça nesse dia. Ela era minha mesmo.

- Você ficou me tarando, seu babaca. – Bella ralhou fingindo estar emburrada – Você
terá que fazer algo para me acalmar depois. – mordeu meu queixo. Essa era a minha
Bonita.

- Mal posso esperar! – concordei rindo tirando-nos do centro do salão.

Nós fomos convocados para fotos, danças, conversas, mais fotos, mais danças, brindes,
discursos, ameaças, brincadeiras, pegadinhas a Jasper e Alice. Bella começou a
demonstrar cansaço e irritação. Ela odiava ficar debilitada do jeito que estava e isso
atingia diretamente seu humor.

- Preciso sentar agora, Edward. – falou baixo e envergonhada. Conduzi-a até a mesa de
sua família e resolvemos comer um pouco. Bella olhou para as mãos de James que
Victória massageava em cima de um machucado leve como o meu e abriu a boca em um
O espantado.

- Bella! – Aro veio ao nosso encontro e começamos a rir antecipadamente. – Quero que
você conheça seu futuro enteado. – puxou o pequeno Alec pra frente. – Diga olá a moça
bonita.

- Oi Bella. – Alec ruborizou e caiu nas graças da minha namorada. Bella ficou
paparicando e o enchendo de elogios. Limpei minha garganta e ele girou me vendo pelo
primeira vez. – Tio Edward!

- Oi garotão. Entao você vai ficar dando em cima da minha namorada, rapaz? –
perguntei pegando-o no colo.

- Ela é bem bonita. – sorriu e depois olhou para Victória. – Ela também. – sussurrou e
James fez o seu melhor para olhar feio, mas acabamos rindo.
- Ele ainda está aprendendo, mas vai chegar lá, não vai filhão? – Aro bagunçou seus
cabelos e um belo par de pernas morenas passou por nós e ele acompanhou com o olhar.
– Vem Alex, papai vai conhecer outra pessoa. – puxou o menino pela mão e seguiu a
mulher.

- Como ele consegue ficar pior? – Sue perguntou ainda rindo. – Querido, seu celular
está tocando. – disse a Charlie tirando o aparelho de sua bolsa pequena.

- Só um minuto, é Billy. – disse levantando da mesa e eu e James trocamos um olhar


segurando o risinho estupidamente malicioso. Bella apertou minha perna mandando-me
controlar minha expressão.

- Está difícil. – falei baixo.

- Vou te ajudar. – sussurrou dando-me um beijinho e sua mão que estava no meu joelho
veio subindo bem lentamente, parando bem perto da minha virilha, fazendo círculos e
recomeçando o mesmo caminho. Isso estava enviando uma mensagem errada para meu
cérebro.

- Não vai ajudar muito, Bonita. – falei baixo limpando a garganta.

- Problemas aí, cunhado? – James perguntou malicioso e Victória riu. Era bem melhor
tê-lo do meu lado do que enchendo o saco.

- Nenhum problema, Jamie. – Bella riu e depois olhou ao redor. – Eu gostei da


decoração azul, mas acho que usaria preto e branco no meu casamento. – comentou e a
mesa inteira ficou em silencio. Sue estava olhando-a espantada e Victoria também. –
Que foi gente? Não posso querer casar um dia?

- Você sempre foi contra casamento, Bella… – James disse meio sem graça.

- Eu tinha meus motivos. – deu os ombros e Victória sacudiu a cabeça para continuar –
Não me leve a mal, Sue, você sabe que te amo muito como minha mãe – disse rindo –
Só que meus pais casaram e só depois foram encontrar seus verdadeiros pares.

- E? – James inquiriu confuso.

- E que isso não importa. Meus pais confundiram amizade com casamento e não
souberam superar os erros de um casamento porque não era pra ser, mas em
compensação, com seus novos/velhos parceiros sim. Você encontrou a Vic cedo e um
papel não prova exatamente seu amor, mas eu agora quero casar. Com direito a véu,
grinalda e liga especial. – respondeu e conforme ia falando, apertava mais ainda a minha
perna.

- E o que fez você enxergar isso? – Sue perguntou interessada. Bella sorriu e olhou pra
mim quando dei meu melhor sorriso idiota apaixonado do caralho de volta. – Não
precisa responder.

- Então, você vai casar com a minha irmã? É sério mesmo que vou olhar pra esse cara a
minha vida inteira? – James perguntou enfezado, mas eu sabia que estava brincando.
- Não começa James! – Bella e Victória advertiram ao mesmo tempo e ele piscou
mandando beijinho para as duas.

- Jacob sofreu um atentado ontem. Ele se recusa a dizer quem é e eu sinceramente não
quero saber. – Charlie sentou olhando profundamente pra mim e para James. – Vocês
são impossíveis.

- Melhor não saber mesmo, pai. – James concordou. Sonso.

- Então, sobre o que estavam conversando? – perguntou mudando de assunto.

- Sobre o casamento de Bella e Edward. – Victória respondeu rindo.

- Hum, marcaram a data? – Sue perguntou colocando pilha.

- Sim. Dia 31 de fevereiro. – Bella respondeu revirando os olhos.

- Será em breve, não é Bonita? – perguntei rindo e ela sorriu mais ainda me dando um
beijo lento, cheio de carinho.

- Muito em breve no tempo certo. – sussurrou rindo.

Acredito fielmente que todos na mesa compreenderam que nós não estávamos de
casamento marcado e sim aceitando essa possibilidade em nosso relacionamento. Nós
não estávamos mais apenas namorando e conhecendo um ao outro e sim, abrindo um
termo de relacionamento sério. Algo que ambos queriam levar para a vida inteira. Eu
não sei como, mas Bella superou aquele infame medo de relacionamentos rotulados.

Não sei se foi sua experiência com Jacob, alguém que ela quis muito isso e ele foi seu
maior agressor, um baque muito grande no seu emocional. Não sei se foi uma semana
com Vovó Elizabeth. Eu realmente não sabia o que tinha feito minha namorada ex
emocionalmente instável aceitar que eu a amava muito.

Quando dei um cordão de presente ela quase surtou achando ser um anel. Ela não queria
nada daquele tipo naquela época. Foi engraçado quando de madrugada esses dias ela me
acordou para confessar isso, na verdade, durante essa semana ela me contou muitos dos
seus medos pessoais. Medo de Jeremias nunca mais se recuperar. Medo de fracassar.
Medo de uma vida inteira distante de tudo que sempre esteve convicta.

Eu não entendi na hora o que ela quis dizer, mas quando a olhei brincando com seu
cordão escrito meu nome, conversando com sua cunhada uma pontinha de entendimento
faiscou. Eu era a resposta de suas convicções terem falhado… Assim como ela era a
minha resposta.

Eu encontrei alguém tão louco e tão perfeita pra mim.

- Vai sair fumaça, Edward. – Bella brincou alisando meu rosto. – Compartilhe comigo.

Compartilhar. Nossa nova façanha.


- Estou pensando em você. – respondi

- Sobre?

- Tudo. Nosso relacionamento e como nós mudamos com esse tempo. – respondi e ela
riu envergonhada.

- Desde o acontecido, tenho tido muito tempo livre para pensar e muitas coisas
mudaram pra mim. Eu amo você, Edward. E serei eternamente grata por ter cuidado de
mim e me ensinado muitas coisas…

- Ei, o que é isso? – perguntei preocupado.

- Isso é tão estranho, Edward. – falou baixo. – Eu acreditei tanto em muitas coisas que
com você, tudo virou fumaça.

- Eu sei, entendo…

- Acho que isso é amor. – completou me dando um beijo – Obrigada por me amar.

- Eu que devo agradecer, Bonita. Eu te amo, muito.

- Eu sei, eu sei. Estou tentando ser legal aqui porque você tem uma bunda bonita no
qual minha mão tem livre acesso. – brincou apertando minha bunda de leve.

- Isso é sacanagem porque não posso morder seus seios agora, o que faço?

- Me beija. – ordenou puxando-me pelo colarinho.

Tudo bem, confesso. Estava completamente disposto a beijar a mesma mulher todos os
dias da minha vida até o seu fim. E essa mulher será Isabella Maria Swan – futuramente
– Cullen.

Capítulo 15 – Noite Feliz

Dizem que mente vazia é oficina do cão. No meu caso, nem tanto. Durante as duas
semanas no qual fiquei literalmente de molho em casa em companhia de Vovó
Elizabeth eu pensei tanto na minha vida que estava me sentindo diferente. Sendo ela
muito mais madura do que eu, abriu meus olhos para medos tão idiotas que poderia
futuramente colocar meu relacionamento com Edward em risco.

Eu tinha sim, muito medo de relacionamentos rotulados. Morar junto e ter um namorado
era aceitável. Casar? Não mesmo. Ter filhos? Por favor! Eu desejei isso intensamente
com Jacob e ele me traiu e isso morreu em mim. Jacob foi aquele namorado no qual
sonhei realizar todos os contos de fadas femininos, mas ao vê-lo nu na cama que sempre
dormi com outra mulher, eu deixei que isso morresse. Na verdade eu quis deixar de ser
aquela Bella.

Só que isso foi o meu melhor acerto e também meu maior erro. Quando a gente se
depara com uma ferida que não quer sarar, nós temos que encontrar a cura. Temos que
nos moldar de acordo com a vida e não se matar com qualquer coisa. Foi uma decepção,
foi. Só que sempre existe o momento de crescer com suas experiências. Eu não fiz isso.

Uma vez Renée me disse que a morte não é a maior perda da vida e sim aquilo que a
gente deixa morrer enquanto estamos vivos.

Eu me libertei de algumas coisas… Demais. Foi bom ser livre pra ser quem realmente
era. Talvez Deus escreva certo por linhas certas. Eu conheci Edward. Ele é a minha
maior prova que eu posso ser quem sou e ainda ter um casamento e filhos. Edward me
amava com meias de bichinhos, cabelos embolados de manhã cedo, música cubana e
minhas experiências culinárias. Ele me amava sendo Bebê e sendo Bella. Era um amor
completo.

O casamento de Alice tinha sido o momento crucial pra mim depois da decisão que tive
em compartilhar mais meus pensamentos com Edward. Vovó Elizabeth disse que
quanto mais cedo aprendesse a viver ao lado de um homem diferente de mim, mais
chances de um casamento bem sucedido teria. Nossas brigas por conta de espaço no
armário, creme dental na pia do banheiro e infinitos papeis médicos espalhados pelo
escritório diminuiriam se a gente conversasse muito mais.

Ela contou que quanto mais você entende a rotina de um médico, mais fácil fica em
suportar as bagunças, a mania por limpeza e o estresse. Edward não era tão reclamão,
mas tinha dias que eu sabia que não estava bem. Eu queria que ele tivesse mais
liberdade de expressar qualquer coisa para que pudesse ser útil. Eu não sei como
funciona um cérebro. Ele sabe, então, preciso que me explique quando algo dá errado
para saber o que dizer.

Assim como eu tinha meus medos, meus traumas e ele não entendia quando fugia de
assunto. Eu ainda achava que era o motivo de separação dos meus pais, mas novamente
Vovó Elizabeth e toda sua sabedoria me fez cuspir todos meus traumas e jogar no ralo.
Comecei lentamente, nas madrugadas que Edward voltava do trabalho a contar minhas
coisas. Enquanto fitava o teto e ele deitava de lado para me ouvir, eu sabia que estava
fazendo a coisa certa.

Ele no inicio não entendeu muito, mas com o tempo foi contando os dele. Nessas duas
semanas ele sabia muito mais de mim que qualquer outra pessoa e eu sabia dele. Foi
isso que me fez pensar que casar não era ruim. Casamento dá certo quando você não
sabe o que fazer, mas tenta. Passar vários dias sozinha com a avó de Edward me fez ver
um lado da vida completamente diferente, principalmente quando ela ainda se derretia
ao falar do seu marido. Era aquilo que queria pra mim. Era uma vida ao lado de alguém
com uma prole linda como a dela que queria. Principalmente depois que vi Alice de
noiva e senti o desejo de ser a de branco.
Mais algumas semanas tinham se passado e no quesito compartilhar estávamos muito
bem. Vovó tinha ido embora e nós nos encontraríamos em alguns dias no Natal. Charlie
ainda estava resmungão quanto a isso, mas quando Esme disse que a casa dele entraria
no sorteio de todo fim de ano, parou de reclamar ativamente.

Edward estava trabalhando muito e eu, bem recuperada também, mas Jane ficava
realmente no meu pé sobre esforço físico. Ainda tomava um coquetel de remédios e fui
aconselhada ir ao psicólogo, mas mal sabem eles que já tinha passado por essa
experiência. E foi muito boa pra mim. Edward estava no hospital e chegaria em breve.

Alice e Rosalie estavam discutindo na cozinha com Jasper sobre os sabores de pizza e
eu abusadamente deitei no sofá com Emmett sentado no chão jogando videogame. Não
estava muito a fim de entrar na guerra porque iria perder, de qualquer modo. Era o
jantar de toda segunda comemorando a volta da lua de mel relâmpago do nosso recém-
casal oficialmente casados.

A campainha tocou e era o porteiro trazendo um enorme pacote de um quilo endereçado


a Edward. Era de Oxford. A faculdade na Inglaterra. Fiquei mórbida de curiosidade,
mas guardei no escritório. Uma coisa era abrir a conta de luz outra aquele misterioso
pacote pesado.

- Boa noite família. – Edward abriu a porta sorridente e minhas pernas amoleceram. Ele
era sempre tão lindo. – Olá minha Bonita. – sorriu vindo me beijar. Quando ele se
afastou ainda quis mais. – Vou tomar um banho e estou com muita fome, já pediram as
pizzas?

- Estamos ligando. – Rosalie gritou da cozinha.

Segui Edward até o quarto e escolhi não contar sobre o pacote enquanto os irmãos dele
estivessem ali. Tive a ligeira sensação de que isso poderia ser tão bom ao ponto de
estragar nossa noite. Ele me contou seu dia enquanto tomava banho e comecei a rir da
situação. Ele, tomando banho, e eu sentada no vaso com sua toalha ouvindo e dando
pitaco em coisas do hospital que não compreendia.

- Do que está rindo? – perguntou enfezado.

- Disso. – gesticulei para nós dois. – Você tomando banho e eu conversando sem te
tarar.

- Nós precisamos rever isso. Como consegue me ver nu sem simplesmente fazer nada? –
perguntou incrédulo.

- Bom… Estou fazendo um esforço sobrenatural aqui, querido. – brinquei entregando


sua toalha e ele me puxou para um abraço molhado. – Minha blusa vai ficar
transparente, Edward. – ralhei e ele deu um jeito de tirá-la, beijando meu pescoço,
puxando o cos do meu short, empurrando-me para a cama. – Edward… Seus irmãos.

- Shiu, todos eles estão bem a vontade lá fora. – sussurrou beijando meu ombro de boca
aberta e sua mão gentilmente abaixava meu short de pano bem devagar. Como negar
fogo? Nunca. Senti a cama debaixo de mim e Edward ficou de joelhos no meio dela. –
Eu passei as ultimas vinte e quatro horas pensando no seu corpo. – terminou de tirar
meu short – Na sua boca – beijou-me ternamente – No seu pescoço… – beijou e chupou
meu pescoço repetidamente. – Dos lindos e maravilhosos seios que cabem
perfeitamente na minha boca. – sussurrou e seu hálito quente batendo contra o bico dos
meus seios me causou um reboliço interno que acabei gemendo antecipadamente, fechei
os olhos e ouvi Edward sorrir antes de leva-los a boca.

- Vocês podem, por favor, deixar pra fazer isso quando formos embora? Eu sinto fome e
as pizzas já chegaram! – Alice gritou do outro lado. Edward gargalhou alto voltando a
me beijar sem me importar. Eu já tinha me acalmado em parte. Poderia deixar isso para
mais tarde.

- Amor… – o chamei e me ignorou me beijando. – Bunda bonita… – tentei novamente e


ele voltou a atacar meus lábios. – EDWARD!

- Quê? – choramingou

- Nós precisamos ir. – disse baixo acariciando sua cabeça molhada – É muito antissocial
da sua parte ficar aqui. – sorri e ele bufou

- Você vai conseguir ir? – perguntou surpreso – Porque nós dois sabemos que a
ninfomaníaca da relação é você.

- Obrigada pela parte que me toca, mas realmente estou com fome. – disse baixo.

- Sério? Você tomou seus remédios que horas? – perguntou preocupado.

- Tem duas horas. – respondi envergonhada pela bronca que ia levar. – É que eles iam
chegar de qualquer modo, resolvi esperar para comer.

- Bella, você ao menos comeu uma banana? – perguntou levantando-se

- Uhm… – murmurei puxando minhas roupas novamente e fugi para o banheiro sem
respondê-lo. Fui me ajeitar, parecer gente normal, colocar uma calcinha limpa e fazer
cara de gente normal. Edward já não estava mais no quarto, então, fui direto pra sala
onde eles estavam no chão, comendo pizza e vendo Duro de Matar 4.0 pela
quadragésima vez. Emmett estava desenvolvendo teorias sobre o filme e por isso
sempre argumentava que queria mais.

- Coma. – empurrou o prato pra frente e meu estomago realmente roncou. – Faz isso
comigo não, Bella. – choramingou quando sentei entre suas pernas. – Você me paga
mais tarde.

- Shiu. Estou comendo. – brinquei.

Eu realmente comigo sete pedaços de pizza? Não estava acreditando. Eu comi quase
como Emmett! Ok, ele começou 14, mas não importava. Eu comi pra caralho! Nós
rimos vendo mais dois filmes de comédia e encerramos a noite com karaokê. Era quase
uma da manhã quando Jasper e Alice saíram depois de ajudar Rose e Emmett com a
louça.
Quando ficamos sozinhos, Edward me pegou no colo e jogou sobre os ombros. Eu não
aguentei e minha barriga ficou é doendo de tanto rir. Ele e seus ataques homem da
caverna era muito sexy e também muito engraçado. Quando me jogou na cama já estava
sem camisa e veio pra cima de mim com muita rapidez que a graça acabou e a excitação
tomou conta. Esse era minha bunda bonita maravilhosa.

- Edward… – falei enquanto soprava meu chá. Era inicio de dezembro e o frio veio com
força – Ontem chegou um pacote para você de Oxford. – disse bem calma tentando ler
sua expressão. Seu olhar saiu da torrada com manteiga de amendoim e me fitou
confuso. Permaneci em silencio conforme seu rosto ficava branco, inexpressivo e seus
olhos faiscavam inúmeras emoções diferentes.

- Não é importante agora. – disse-me baixo. – É um curso, mas só vou pensar sobre isso
depois do Natal.

- Tem certeza? –perguntei confusa.

- Meu primeiro natal com você é sem dúvida mais importante. – disse beijando minha
mão e voltei a tomar café sem pensar nisso.

O dia foi tranquilo. Eu já tinha terminado de arrumar as nossas malas e Edward estava
no quarto verificando se faltava algo para a nossa viagem amanhã de manhã bem cedo.
Eu estava particularmente ansiosa para comprar os presentes de todos. Alice me
garantiu que poderia encontrar tudo por lá e isso diminuiria o tamanho de nossas malas,
bom, eu acho que só a dela. Enfim.

Lavei alguns jalecos de Edward para deixar pronto para o nosso retorno e preparei um
almoço leve porque estava morrendo de fome. Nós não falamos mais sobre o pacote e
não achei que ele mudou de humor ou algo do tipo. Só voltamos a rir como sempre.
Nossas idiotices normais. Coloquei a salada na mesa e ele bateu na minha bunda quando
passou por mim indo a dispensa.

- Edward, por favor. Isso dói.

- Calada, tudo isso aí é meu. – riu tirando um saco de batatas palhas. Claro, ele tinha
que estragar meu almoço saudável.

- Ok, bunda bonita, pegue o suco e vamos almoçar antes que você resolva reivindicar o
que é seu. – rendi sentando-me a mesa e ele me olhou malicioso.

- Não me dê ideias, amor. – sorriu torto beijando minha testa.

- Edward… – alertei e ele riu.

- O que nós vamos ficar fazendo até amanhã? – perguntou inocente depois que
começamos a comer nossa sobremesa deliciosamente mandada por Sue. Eu ri da sua
inocência e resolvi brincar. Muito justo da minha parte.
- Penso em algo como uma cama de casal e nós deitados em cima sem roupa. – respondi
bem séria. Edward colocou mais uma colher de torta na boca, me olhou torto segurando
o riso.

- Já acabei de comer e estou indo para o quarto tirar a minha roupa. – disse levantando-
se com um tom de voz bem sério que parecia estar falando com um dos seus pacientes.

Jeremias estava passando natal com seus filhos, mesmo não concordando, dei força.
Eles não gostavam de mim e eu também odiava o modo relaxado que eles cuidavam
dele. Na verdade, eles não cuidavam, enfim, ele estava feliz que os filhos o tenha
convidado para ficar perto dos netos esse ano. Fiquei bem com essa parte, mas Vovó
Elizabeth também andou conversando com ele via telefone, abusadamente roubou o
numero de telefone dele e mantinha conversas amigáveis.

Nós já tínhamos chegado a Chicago e todos nós instalado na enorme – eu disse


ENORME – casa da Vovó Elizabeth. Estava frio e resolvemos brincar um pouco antes
do jantar. Era pique esconde e por isso, estava dentro do baú de bebidas no andar
inferior esperando Rosalie me dar o sinal pra sair correndo e vencer o time dos meninos.

Edward já tinha me pegado umas duas vezes porque eu era um diacho de previsível,
mas tudo bem, quando ouvi o toque de Rose, respirei fundo e sai correndo disparada
para o quintal, encontrando com as meninas no meio do caminho. Edward do outro lado
viu a gente e veio correndo e merda, não sabia que malhar todo dia dava a ele essa
vantagem.

- Corre meninas! – gritei vendo Emmett cada vez mais próximo. – Pensa que tem
alguma mulher querendo pegar nossos homens. – incentivei

- Então teria que empurrar vocês, porque aquele homem ali é meu. – Rosalie riu me
empurrando de leve.

- Foda-se. – pulei em cima de Emmett junto com elas e nós três conseguimos derrubar
no chão. – Vencemos! – gritei rolando na grama com o peito doendo com a respiração
pesada.

- Foram 10 contra 1 né, Bonita. – Edward revidou rindo do meu cansaço

- Me ajude aqui, Bunda Bonita. – pedi sem folego e ele me puxou para seu aperto.

- Suas crianças desordeiras que estão destruindo meu jardim. – Sr. Edward gritou – O
jantar está na mesa! – completou emburrado. – Ô Lizzinha, Emmett pisou nas minhas
rosas. Aquele moleque não cresce nunca não?

- Agora a culpa é minha? – Emmett gritou de volta.

- A culpa é sempre do caçula. – Jasper disse puxando Alice para dentro de casa.
- Nós vamos jantar e vou para nossa cabana, quando te ligar, não tem nada de mais
cinco minutos, entendeu? – ordenei limpando a grama do meu jeans. Eu tinha um plano
muito interessante para as minhas costelas bem curadas.

Eu gostei muito de descobrir como é bom fazer amor e que sexo lento é bem
gostosinho, mas tinha uma surpresinha para matar o tempo que a gente destruiu a mesa
do escritório. A minha cena do piano ainda não tinha acontecido, mas eu planejava
remanejá-la para o ano novo. Edward já tinha esquecido ou parado de me propor. O
legal era pegá-lo desprevenido.

Não comi muito porque não queria vomitar durante a noite… Seria interessante. Edward
ficou distraído com seu adorável avô enquanto escapuli da casa central para preparar
nossa noite. Vovó Elizabeth tinha nos posto propositalmente pedido por mim em um
local afastado da casa. As vantagens de ser a queridinha da matriarca não tem preço.

Forrei a cama com lençóis negros e apaguei todas as luzes substituindo por algumas
velas sem cheiro. Nada poderia desviar atenção dele a cinta liga vermelha que estava
usando. Tirei da mala no compartimento escondido as algemas caso ele não se comporte
do jeito que realmente queria. Essa noite não existia mãos em Bebê Swan. Também tirei
o chicote, não prendia deixar marcas, mas… Tudo dependeria dele.

Depois de calçar meu loubotins recém-adquirido por Alice, liguei para Edward em um
tom autoritário do caralho que só usava quando mandava estocar bem fundo. E não é
que a bunda bonita reconheceu? Minutos depois ouvi a porta se abrir e meu estomago se
revirou de nervosismo. Relaxa Bella. Encolha a barriga, estufe o peito, empina a bunda
e mexa essas pernas brancas com o chicote e as velhas.

- Amor? Bonitá! – Edward chamou e virei o corredor com uma vela na mão. Foi o único
momento que desejei que as luzes estivessem acesas para ver bem sua reação, mas pela
luz da vela os olhos de Edward se abriram em puro choque e depois ficaram brilhando
de diversão. Ele se aproximou e veio querendo me tocar como previ, peguei o chicote e
bati na sua mão.

- Essa noite você vai fazer o que eu bem entendo. – disse caminhando com a ponta do
chicote do seu pescoço, onde ele engoliu seco até o meio da sua barriga – Você não
pode tocar em mim. Só fazer o que eu mando, ou essa bunda bonita terá muitas marcas,
entendeu Babaca?

- Sim.

- Sim o quê? – perguntei ameaçando bater e ele mordeu a boca para não rir. Estava
MUITO engraçado, mas tinha que manter a pose, não é?

- Sim senhora. – disse com a voz controlada e comecei a morder minhas bochechas para
não rir.

- Agora venha comigo. Não me toque e pare no meio do quarto. – ordenei dando as
costas para ele contemplar minha calcinha minúscula vermelha, sapatos altos e cabelos
soltos. Uma fantasia sexual que ele havia me confessado.
Com o quarto mais iluminado senti o tamanho da luxuria que emanava de Edward em
mim. Minha vontade de rir foi embora quando ele parou, já muito excitado no meio do
quarto com um sorrisinho sacana brincando nos lábios. Sentei na beirada da cama
cruzando as pernas com o chicote bem do meu lado.

- Tire toda sua roupa. – falei lentamente com aquele mesmo tom de voz quente, como
ele dizia. Seus olhos pareciam bem mais escurecidos de desejos conforme deitei na
cama apoiada pelos cotovelos para fita-lo melhor.

Ao vê-lo todo nu automaticamente fiquei de pé. Isso era a melhor visão da minha vida.
Peitoral definido, braços fortes e torneados, trapézio, pescoço, coxas maravilhosas e não
preciso dizer o resto. Demos um passo pra frente juntos sem quebrar o contato visual,
depois mais e mais um até sentir seu corpo encostar de leve e meus seios cobertos pelo
fino soutien vermelho de renda endureceram.

Edward tomou minha boca com fúria e minhas mãos invadiram seus cabelos para
aprofundar ainda mais o beijo.

- Cama. Agora. – rosnou e eu ri.

- Não. Quem manda sou eu. – falei contra seus lábios puxando seus cabelos com força.

- Eu não quero te obedecer, então, você vai para essa cama. – disse mordendo meu
ombro com força. Do jeito que gosto! Edward segurou minha cintura e me jogou de
costas contra cama. Esqueci de explicar, a fantasia dele não era nunca ser domado e sim
mostrar o quanto dominante.

- Eu continuo mandando aqui. – empurrei-o de leve e ouvi um farfalhar de lençóis,


minha mão sendo erguida e um clique. Merda. Algemas.

- Cala a boca que quem manda aqui sou eu. – rosnou no meu ouvido apertando meus
seios de leve e tirando o feixe frontal com força. Ele tomou meus seios com a boca, foi
beijando minha barriga até chegar a minha calcinha minúscula e rasgar nas laterais,
puxando a meia da liga consigo, jogando meus sapatos do outro lado do quarto.

Edward mergulhou entre minhas pernas, beijando meu centro avidamente, brincando
perfeitamente com meu clitóris. Eu já estava muito excitada, com as pernas bem fracas e
meu peito parecia que ia explodir a qualquer momento. Quando mais Edward me
chupava, mais erguia meu quadril ao seu encontro.

- Por favor. – falei manhosa. Eu queria tanto soltar minha mão e tocar sua pele quente e
macia. Queria enterrar meus dedos em seus cabelos e puxá-los com força. Edward
levantou sua cabeça e subiu mais seu corpo e meus braços foram libertados. Eu o beijei
com força abraçando seu corpo com mais vontade ainda. – É horrível a sensação de não
poder tocar em você. – sussurrei contra seus lábios e o senti penetrar em mim com
força.

- É horrível não estar dentro de você.


A cama se movia muito bruscamente e o lençol colava no meu corpo e arranhava
minhas costas conforme Edward estocava bem fundo. Eu já não freava mais meus
gemidos e quando segurei seu ombro e ele apoiou as mãos na cabeceira da cama para
aumentar o ritmo eu fui ao extremo limite da vida e da morte. Edward veio pouco tempo
depois e caímos na cama completamente ofegante.

- Quando você vai preparar a próxima? – brincou me beijando – Isso tudo foi mais que
bom.

- Feliz véspera de natal, amor. – beijei seu queixo – E bom, espero recuperar minhas
forças antes. – completei me apertando a ele. Nós estávamos completamente melados.

- Eu te amo. – suspirou no meu cabelo e eu sorri. Amava ouvir isto dele.

- Eu também te amo. – sorri boba. Eu estava tão demente que não cabia em mim.

- Vem tomar banho comigo. – disse rindo.

- Ok. Poupe minhas pernas e me leve até lá. – pedi e Edward me pegou no colo sem
nenhum esforço chutando as coisas do caminho até o banheiro. Nós tomamos um banho
regado as mais algumas rodadas interessantes e eu realmente estava morta. Era oficial.
Ele fez o favor de trocar os lençóis enquanto vestia uma camisola qualquer e quando
estendeu os braços pra mim, me aninhei neles e dormi.

Não sei qual força sobrenatural me fez acordar cedo e antes de Edward. Sai da cama de
fininho, me arrumei previamente e deixei a cabana com ele dormindo bem pesado. Eu
acho que dei uma canseira no homem ontem, meu sorriso se abriu idiotamente.

- Uhn, noite boa? – Vovó Elizabeth me perguntou sorrindo entregando-me uma xicara
de café bem quente.

- Muito boa. – pisquei e ela bateu em minha mão com um hi-5.

Esme juntou-se a nós pouco tempo depois e só quando Alice e Rosalie desceram que
começamos os preparativos da ceia de natal. Os homens acordaram um belo par de
horas depois. Edward foi o primeiro a surgir com um sorriso contagiante. Eu suspirei
mais apaixonada ainda.

- Bom dia. – disse alegre e roubou dois beijos antes de ir tomar café com os homens da
sua família.

Eu passei o dia inteiro passando mal de tanto rir. Alice por não saber cozinhar, se
apossou da minha câmera e registrou todos os momentos. Até mesmo quando o saco de
farinha explodiu no cabelo de Rosa e quando deixei cair alguns ovos caindo em cima
deles. Foi uma melequeira só. Os rapazes haviam saído e quando tudo bem adiantado
ficou fui para o quarto terminar de ajeitar as lembrancinhas de natal que havia feito e
comprado para todos.

Esperava que Edward gostasse muito do dele porque foi uma boa grana. A idiota da
Alice disse que eu ficaria bem de bege, mas Rosalie quando veio pedir um brinco
emprestado disse que eu estava nua. Era um macacão de linho bege escuro de costas
nuas. Depois de me infernizar, disse que estava brincando, mas estranhamente senti
vontade de chorar e fiquei: Como? Eu nunca me importei com roupas.

- Aaaaaaaaaaaaaaah amiga eu estava me vingando da blusa elefanta chiclete rosa! –


gritou vindo me abraçar. – Desculpa.

- Tudo bem. Vai se arrumar. – sorri mais aliviada e Edward entrou assim que ela saiu
trocando ofensas, é claro. Os dois tinham necessidade de se xingar. Ele ficou parado me
olhando de costas um tempão. – O que foi? Está ruim?

- Não. Está ótima a visão daqui. – sorriu torto. – E tentando decifrar a maneira mais
fácil de arrancar isso de você mais tarde.

- Querido. Vá tomar banho. Não me tente a chegar amassada no primeiro natal com sua
família.

- Você está linda, Bella! – Sr. Edward avô elogiou e eu corei 20 tons de vermelho
diferente. Ele era aqueles vovozinhos fofamente rabugentos. Muito lindo. Eu queria
abraça-lo o tempo todo.

- Obrigada. – sorri e Garrett veio em minha direção. Daí-me paciência.

- Tio… – Edward rosnou possessivamente me puxando para seus braços.

- Era brincadeirinha. – sorriu torto e eu ri. Ele achava divertido irritar Edward. Sorte
dele que foi o único que levou um soco no meio da fuça. Só porque era irmão da mãe
dele. Só por isso.

A noite foi incrível. Só tinha a família de Edward e foi tão divertido. Nós brincamos no
karaokê, de pique, advinha, verdade ou consequência, contamos histórias e comemos
muito. Eu tive que ensinar passos de danças a eles, toquei algumas vezes no lindo piano
branco e depois coloquei para tocar algumas musicas cubanas para ensina-los a dançar.
Até Vovó Elizabeth com Edward bonitão avô. Dançar com meu sogro foi o melhor da
noite, não sei como ele conseguia ter dois pés esquerdos.

Fiquei quase uma hora falando com toda minha família e Edward também. Minha mãe
chorou como todo ano. Tinha cerca de uns sete anos que não passava natal com ela. Eu
fiquei meio tristinha de estar longe de James e meu pai, mas eles pareciam bem com
nosso acerto, então, estava tudo bem.

- Amanhã eu tenho um lugar muito especial pra te levar. – disse no pé do meu ouvindo
quando fomos falar com minha família. – Um dos meus presentes será dado lá.

- Certo. Você terá que esperar amanhã cedo para trocarmos nossos presentes. – sorri

- Imagina quando o natal for em nossa casa? – perguntou-me olhando para sua família
pelo vidro. – Tipo, uma casa, cachorro e crianças.
- Será lindo. – suspirei – Não é estranho pra você fazer planos do futuro comigo?

- Com quem mais faria se é com você que irei passar a minha vida inteira? – disse
retoricamente e virei para olhar bem em seus olhos que me transmitiam toda paixão da
galáxia.

Edward tinha razão quando dizia que ao me encontrar percebeu que nada mais
importava. Ele sempre tinha razão, principalmente por sempre afirmar o quanto me
amava. Eu não poderia ser mais grata por tê-lo. Meu homem.

E Bebê Swan faz dancinhas irlandesas, japonesas, indianas, cubanas, russas e mexicanas
por ter um homem fodidamente gostoso que era exclusivamente dela em uma noite de
natal feliz. Beijo pra mim!

Capítulo 16 – Passando títulos

O natal foi incrível e o ano novo mais ainda. Ficamos na casa dos meus sogros para a
festa de fim de ano e como sempre, Renée não veio. Em Chicago conheci o gazebo no
meio da mata onde Edward adorava e acabamos batizando com muito amor – sexo – e
carinho. Foi interessante trocar nossos presentes sozinhos. Edward foi maravilhoso,
como sempre. Eu ainda iria encontrar um momento que meu namorado não fosse
perfeito.

Eu dei a ele um camarote vitalício no estádio de Washington para suas noites de


meninos com seus irmãos. Tendo passe livre para qualquer jogo, evento ou show feito
no espaço. Ele gostou e muito. Seus olhos pareciam de criança com brinquedinho novo.
Foi emocionante.

Mais ainda foram seus presentes. Eu ganhei uma coleção nova – incluindo uma câmera
profissional – sobre/para fotografia moderna. E tinha conseguido publicar meu artigo
sobre a reprodutibilidade técnica sem nem que dessa falta dele em minha pasta em casa.
Fiquei tão emocionada com o carinho dele que chorei um pouquinho. Era tão bobo e ao
mesmo tempo tão lindo.

Era a quinta semana do ano e nossa vida estava voltando ao normal, a não ser completar
sete meses juntos e estarmos meio ocupados. Eu só falava com a nossa família por
telefone, nós tínhamos nos fechados um pouco em uma bolha meio nossa. Alice meio
ocupada com prédio novo e Rosalie tinha ido visitar uns parentes distantes fora do
estado com Emmett. Jasper tinha demitido dois cardiologistas ficando sozinho e
Edward, bom, era o chefe da neurocirurgia com Aro. Isso era ótimo e ocupante.

Jeremias estava de mudança para uma pequena casa nos fundos da casa de um dos
filhos dele. A nora dele, Lila, me procurou na outra semana e nós conversamos por
cerca de sete horas. Eu também chorei muito. Ele estava indo a ter sua família de volta e
isso me deixava orgulhosamente feliz. Eles me prometeram passe livre e que iriam
cuidar dele, como eu havia feito nos últimos anos. Depois disso, contei a Vovó
Elizabeth e fui conversar com eles. Fizemos uma conferencia e Jér me jurou que sentia
bem com isso.

Foi como se um filho tivesse indo para a faculdade. Eu superei isso e até ajudei a levar
algumas coisas. Também torci o pulso e fiz mais uma viagem grátis ao hospital. Eu
tinha que arrumar um jeito que parar de me machucar…

Eu fiquei em casa a maior parte do tempo alisando o misterioso pacote lacrado de


Oxford. Sempre sentia um arrepio na espinha toda vez que meus olhos batiam nele.

Já tinha feito o jantar e estava com um pouquinho de sono. Deitei na cama e acordei
duas horas depois com a porta sendo batida com força e Edward murmurando um
merda. Dei um pulo na cama e meu coração bateu disparadamente no peito. Edward
entrou no quarto e me viu com a mão no coração, veio para meu lado, largando a pasta
no chão.

- Desculpe. Desculpa, amor. – beijou-me repetidas vezes.

- Tudo bem. – sorri aceitando de bom grado seus beijos.

- Eu vou tomar um banho e volto para deitar com você. – beijou-me mais uma vez e
levantou da cama, indo até o closet puxando uma calça de moletom, arrancando sua
roupa de qualquer jeito e jogado no chão. A santa dificuldade de dobrar qualquer
mínima peça. É porque ele tinha a Bonita para arrumar. Eu ainda iria ter coragem de
deixar as coisas dele bagunçadas.

- Como foi seu dia? – perguntei rolando na cama.

- Um dia de merda. – resmungou do chuveiro.

- Dia de merda?

- É… Perdi dois pacientes complicados e meus internos tiraram o dia para fazer merda.
Por isso, um dia de merda.

- Hum… Entendi. – murmurei debilmente observando de longe enquanto ele tomava


banho com a porta aberta. As costas perfeitas e a bunda bonita pra caralho. Meu macho
alfa lindo. Eu sei, intimidade demais, mas isso era tão absurdamente normal que dava
vontade de rir. Deitei novamente na cama esperando-o vir deitar comigo.

- Por isso, que acho que deitar, ao lado da minha Bonita, meu humor vai melhorar. – riu
ajeitando-se do meu lado.

- Sono eu tenho de sobra. – brinquei bocejando e ele me beijou mais uma vez
ternamente. – Eu fiz empadão de frango para o jantar…

- Vamos inverter, quando acordar, jantamos, ok? – bocejou do meu lado.


- Perfeito pra mim.

Edward estava de folga e eu cabulei minha agenda para ficar o dia inteiro com ele. Essa
semana entrei na operação arranca informações sobre Oxford. Até agora ele não tinha
falado nada e isso me consumia de nervosismo e raiva. Eu não era a namorada dele?
Nós não podíamos ter muitos segredos e esse definitivamente era um.

Decidimos ir ao parque e em meio das diversões iria fingir que lembrei que quase um
mês atrás chegou o pacote misterioso que quase fez Edward cuspir sua torrada.
Coloquei uma calça confortável e blusa de manga fina. Nós jogamos em várias barracas,
comemos doces e rimos demais com as coisas que vimos. Sentamos em uma
barraquinha de cachorro quente pra lanchar de novo, porque eu resolvi comer tudo que
via. Edward estava até estranhando, mas não me importei.

- Então, o que é aquele pacote de Oxford? – perguntei olhando para meu cachorro
quente cheio de molho de pimenta.

- Hm… Um curso. – deu os ombros passando a mão no cabelo e aquilo foi a gota
d’água.

- Um curso de quê, pra quê e quando? E melhor, onde? – joguei a metade do cachorro
quente na mesa com força. Edward suspirou.

- Oxford está me convidando para um curso intensivo lá na Inglaterra por dois meses. –
respondeu olhando nos meus olhos. Eu engoli a massa gosmenta que tinha se formado
na minha boca. Desceu de forma errada, bateu no estomago e quis voltar.

- Você vai? – perguntei tentando engolir aquele tremor e enjoo.

- É uma boa oportunidade. – respondeu passando a mão no cabelo nervosamente.

Comecei a técnica que aprendi quando minha mãe quis fazer Ioga e obrigou tanto eu
quanto James a fazer com ela. Respirei fundo. Expirei. Inspirei. “É uma boa
oportunidade”. Claro que é. Ótima! E o nosso fim porque ele não iria ficar dois meses
sozinhos na Inglaterra. Eu não ia sobreviver sem Edward… Eu sabia. Eu sabia! Estava
perfeito e bom demais. Meu estomago se revirou e levantei da mesa correndo para o
banheiro mais próximo, apertando os lábios com força para não vomitar ali, no meio do
caminho.

Inglaterra. Dois meses. Bella sem Edward. Eu vomitei tudo que tinha comido, eu acho,
ali naquele banheiro público. E além de estar suando frio, minhas pernas estavam fracas,
inexistentes. Edward entrou no banheiro e eu já estava saindo da cabine. Lavei minha
boca sem olhá-lo e percebi que a mulher que tomava conta não estava satisfeita com sua
presença ali. Ele segurou meus cabelos e colocou a mão na minha testa verificando
minha temperatura. Seu olhar estava completamente dolorido e isso doeu em mim.

Peguei minha bolsa de sua mão e tirei meu creme dental e escova para tirar aquele gosto
horrível da minha boca, mas eu continuava muito enjoada e com uma vontade de chorar
enorme. Eu sentia os nós dos seus dedos subindo e descendo pelas minhas costas
querendo me acalmar, mas estava sendo inútil. Eu ainda iria chorar. Nós voltamos pra
casa, é claro. Eu continuava querendo vomitar tudo que havia dentro de mim, mas
estava engolindo isso e sugando o choro.

- Bonita… – chamou-me docemente no elevador e ergui os olhos para vê-lo. – Por


favor. Não é o que você está pensando…

- É uma boa oportunidade, Edward. – repeti suas palavras e as lágrimas escapuliram dos
meus olhos e a ânsia de vômito também. Eu nunca destravei uma porta tão rápido e
corri para o banheiro do escritório mais rápido ainda. Era o mais perto. Tranquei a porta
também. Eu não o queria tão perto.

Além de vomitar e chorar ao mesmo tempo, fiquei jogada no chão do banheiro me


sentindo fraca e idiota. Edward tinha batido na porta, ameaçado derrubar, gritou,
implorou querendo conversar, mas eu não me movi. Continuei intercalando entre
conseguir vomitar e chorar ao mesmo tempo. Há quanto tempo ele vinha planejando
isso? Ele iria me dizer quando? No dia de partir? Ah, amor, estou indo morar dois
meses na Inglaterra. A gente se vê na webcam!

- Bella, abre a porta. – Leah bateu de fininho. Destranquei ainda sentada no chão. –
Você vai morrer ou algo assim? – perguntou sentando do meu lado. Eu deitei no seu
colo e chorei mais ainda. Só saiu da minha boca entre os soluços que ele iria embora…
– Ele não vai embora, você devia ouvir seu namorado. Até porque, se ele fosse embora,
eu estaria lá fora matando-o. Ninguém faz minha irmã caçula chorar. – eu ri. Essa era a
minha Sis. Dor na bunda.

- Eu vou vomitar de novo. – avisei saindo do seu colo.

- Eu vou embora e você vai sair desse banheiro e conversar com seu namorado,
entendeu Isabella? – rosnou em pé na porta tirando a chave. – O coitado está desolado lá
fora.

- Entendi. – murmurei a contra gosto.

- Tchau. – disse saindo batendo os pés.

Edward entrou no banheiro e eu tinha testa apoiada contra o piso do mesmo. Era só
porque estava gelado. Ele me pegou no colo, tirou a minha roupa e entrou comigo no
chuveiro, me dando um banho que agradeci meio debilmente. Escovei meus dentes
ainda meio apoiada nele me sentindo envergonhada e vazia. Deitei na cama querendo
me esconder dele.

- Eu sei que não está na hora, mas você não me deixou terminar.

- É uma boa oportunidade. – cortei choramingando. Era uma excelente oportunidade


que não estava incluída. Máximo.

- Cala a boca. – ordenou e me encolhi em seus braços. – Eu não vou. Nunca quis ir. –
disse olhando nos meus olhos. – Eu sei, fiquei balançado. Só que presta atenção: Eu
tenho o amor da minha vida aqui, meus pais aqui, o hospital… Tudo é aqui. Por que
diabos eu iria embora?

- Não sei. Talvez por ser Oxford. – resmunguei

- Bonita, várias faculdades me convidaram. – disse orgulhoso. Eu queria rir porque


também sentia muito orgulho dele. – Eu vou me graduar pelo Prebisteriana como meu
pai e meu irmão mais velho. Eu nunca pretendi ir embora. Não depois de você. –
assegurou com um brilho certo no olhar. – Por isso eu não falei nada.

- Eu fui uma idiota, não fui? – perguntei me escondendo – Eu fiquei com tanto medo de
você ir embora, Edward. Eu jurei pra mim mesma que não iria sobreviver. – solucei

- Ei, calma. – sussurrou me embalando – Eu te amo e não vou a lugar algum.

- Eu te amo demais, Edward. – beijei seu queixo. Meu rosto estava todo molhado de
lágrimas.

- Eu não vou te deixar, minha vida. – sussurrou colando nossos lábios, seria mais
romântico se não tivesse me afastado correndo e indo vomitar. Ótimo. Melhor ainda!

Edward me fez beber soro caseiro e me deu um remédio para enjoo que dormi quinze
minutos depois. De babar, principalmente. Acordei no meio da noite sentindo meu
estomago revirar e pulei da cama. Devia ser alguma virose maldita, mas me recusei a ir
para o hospital. Eu já tinha vergonha de pisar lá. E eu parecia que tinha apanhado
também. Meus olhos estavam enormes e horríveis.

- Bella? Por que você comeu salsicha? Desde bebezinha você fica mal com isso. – Sue
disse docemente no telefone. Estava no vivo voz e Edward me olhou fuzilante enquanto
fumegava seu café. – Você não vai melhorar, Bells. Quantos cachorros quentes foram?

- Do jeito que ainda estou enjoada, acho que 30. – resmunguei sentindo ânsia de novo –
Foram quatro, sei lá.

- Quatro? Você comeu quatro cachorros quentes? – Sue perguntou incrédula – E coube
em você?

- Boba. – resmunguei correndo para o banheiro.

- Nós estamos indo ao hospital. Nos vemos em breve, Sue. – Edward desligou e já
apareceu na porta com casaco e bolsa. – Não discute comigo agora, amor.

Edward me levou para o hospital muito rápido porque eu estava enjoada com o perfume
dele. Ele me levou diretamente para clínica dentro do hospital e eu me senti meio verde,
mas bem melhor do que fechada no carro com ele. Eu achei que esse dia nunca fosse
chegar.

- Então Bella, eu sou Juan e vou fazer uns exames pra ver se podemos fazer uma
lavagem estomacal ou simplesmente dar-lhe um tratamento intenso contra alergia. –
disse docemente e colocou um balde do meu lado. – Você não vai poder levantar por
causa do soro.

- Ótimo. – resmunguei quando vi a ampola para recolher sangue. Edward acariciou


meus cabelos e o rapaz fez mais algumas coisas antes de sair na promessa de voltar em
uma hora.

- Soube que minha cunhada estava aqui. – Jasper entrou no quarto. – Nossa, Bellinha,
você está verde.

- Idiota. – resmunguei me encolhendo contra o peito de Edward que tremeu de rir.

- É o quê? – perguntou sentando na beirada da cama. – Alergia?

- Não sabemos. Bella comeu metade do parque ontem. – Edward respondeu rindo e
forças para bater nele eu tinha. Dei dois beliscões também. – Desculpa, amor. Nós
vamos descobrir.

- Sei. Sei.

- Bom, eu volto depois. Vou continuar a ronda. – Jasper me deu um beijo na cabeça e
saiu da sala com sua prancheta e jaleco impecável. Eu ia perguntar a Alice como ela
passava, porque eu definitivamente não sabia acertar e ficava como tivesse saído da
boca de um cachorro.

- Um dia vou aprender a passar seu jaleco. – comentei

- Você está com o estomago saindo pelo ouvido e está pensando em passar meus jalecos
perfeitamente? – perguntou rindo.

- E em quando melhorar, comer nossa torta favorita. Um doce cairia bem. – retruquei
cutucando suas costelas e ele riu mais ainda.

- Você deve dormir, quando o exame chegar, eu te acordo. – beijou minha testa – Você
precisa repor suas energias.

- Tudo bem. – bocejei me encolhendo na cama.

Eu dormi e sonhei com gatos voadores. Definitivamente o remédio estava causando


algum efeito sobrenatural em mim porque não sabia como conseguir criar um gato com
asas. Acordei meio assustada e Edward estava me olhando e rindo.

- Gatos voadores? – perguntou arqueando uma sobrancelha.

- Falei dormindo, é? – murmurei envergonhada. – Foi estranho.

- Olá! – Juan entrou sorridente. – Tudo melhor?

- Menos enjoada. – respondi meio nervosa. – E então, lavagem?


- Não poderemos fazer lavagem, muito menos dar-lhe remédio. – disse rindo e fiquei
com raiva. Porque diabos ele estava rindo? – Você não precisa de um tratamento. –
completou e Edward abriu a boca e ficou meio pálido.

- Como não?

- Os enjoos serão normais pelos próximos meses. Isso quer dizer, Bella, que você tem
um bebê sendo gerado no seu ventre, conforme estes exames de sangue provam. – disse
rindo.

Congelei. O mundo resolveu parar porque ele acabou de dizer que eu estava grávida?
Como exatamente isso é possível? Eu tomo anticoncepcional desde que fiquei
menstruada a primeira vez. Meu ciclo sempre foi bem cuidado e tinha uns dois anos que
não estava mais, porque emendava as injeções. Victória sempre foi minha ginecologista
e me garantiu esse tratamento. Ela era minha cunhada. Ela era como a minha mãe. Eu
nunca tive problemas algum em contar nada do gênero. E como?

- É impossível. – disse fitando os papeis com curiosidade. Edward estava com a mão
presa a minha, só que de modo congelado. E eu não podia culpa-lo.

- Bom, exames de sangue não erram. – Juan disse olhando Edward.

- Anticoncepcionais perdem efeito com antibióticos. – Edward respondeu meio rindo,


meio chorando e me olhando abobalhado.

- Você tomou antibióticos no período de um mês em Novembro do ano passado. – Juan


disse olhando minha prancheta. – Eles realmente anulam o efeito de qualquer método
contraceptivo. – completou – Eu vou chamar a ginecologista de plantão ou deseja ver a
sua?

- Minha cunhada. – respondi rápido puxando minha bolsa em busca da minha carteira.
Entreguei um cartão. – Diga que eu estou morrendo e que se ela contar ao meu irmão,
vai morrer comigo. Exatamente essas palavras, ok?

Edward estava com o rosto vermelho e quando Juan fechou a porta, fui praticamente
violentada e sufocada com seu beijo e abraço. Essa não era a reação que esperava dele,
pensei que fosse congelar e desmaiar. Mas do jeito que me beijava e apertava ao mesmo
tempo conclui que era felicidade.

Nossa, nós teríamos um filho. Esse tempo todo, desde que começamos a conversar
sobre filhos, eu estava grávida. Ual. Grávida.

- Eu estou grávida. – murmurei meio debilmente como se fosse pra fazer a ficha cair. –
Bebê. Grávida.

- Uhum. Um bebê. Nosso. – Edward estava chorando. – Você está me dando um filho.
Nosso primeiro filho, amor. – sussurrou e me sentei em seu colo, fazendo a bolsa de
soro cair na cama. Edward espalmou a mão na minha barriga que tinha um bebezinho
dentro e eu comecei a chorar. E muito.
Puta que pariu! Eu estava grávida! Eu não sei se eu estava momentaneamente
enlouquecendo porque era felicidade que me fazia tremer ou medo. Decidi que podia ser
os dois, mas Edward estava ali, tão absurdamente feliz, que ganhar na loteria (ok, ele
tinha dinheiro a pampa, isso seria realmente nada, mas na falta de expressão melhor…)
não seria capaz de dar aquele brilho intenso no olhar. Meu macho estava altamente feliz
porque produzimos um bebezinho de – parei para calcular – possivelmente três meses.

- Você é a melhor coisa da minha vida. A melhor pessoa. A mãe do meu bebê, minha
futura esposa, minha Bonita… Porra, Bella, eu te amo tanto. – esmagou meu corpo em
um abraço e minha boca só saia soluços. Eu tentei dizer eu te amo várias vezes, mas eu
tremia tanto e soluçava e ria ao mesmo tempo. Edward entendeu o que quis dizer – Eu
sei amor.

Meu interior estava tão trêmulo. Eu queria conseguir dizer alguma coisa, mas eu iria
gritar. Apertei Edward tão forte, mas tão forte que nós dois acabamos rindo. Era tão
mágico. Eu ia ficar gorda pra caralho, cheia de celulite – dessa parte eu chorei de medo
– e movida aos meus hormônios (essa parte Edward que iria chorar).

- Ok. Eu não sou terapeuta de casal. O que você fez com o meu bebê? – Victória entrou
no quarto com um sorriso lindo. Eu comecei a rir entre as lágrimas. Estava toda melada.

- Ele fez um filho em mim. – disse simplesmente rindo que nem uma doida. – Vou ser
mamãe!

Victória ficou me olhando como se eu tivesse duas cabeças e fosse alienígena. Juan
soltou uma risadinha baixa e entregou a ela que leu o exame duas vezes antes de abaixar
o papel chorando e me apertar.

- Oh. Bella! – choramingou – Eu vou ser titia. – riu me soltando. – Bom, eu vou fazer
um exame de toque rápido e você volta amanhã lá no consultório. Eu vou dar um jeito
de fazer ultrassonografia e vai que conseguimos ver o sexo? – falou desesperada tirando
a bolsa, pegando um bloco. – Seu irmão vai surtar! Meu Deus, serei tia. Isso é tão mais
legal que ter um bebê. – riu

- Nós só vamos contar quando souber tudo. De quantas semanas, o sexo e assim por
diante. – Edward falou mais calmo. – Caralho, eu vou ser pai.

- Então, Bellinha, tire a blusa. – Victória falou rindo do comentário de Edward e vindo
me apalpar.

- Juan, cai fora. – Edward ordenou e o menino riu levantando as mãos em rendição.

- Calma, chefe! – saiu da sala gargalhando.

Tirei minha blusa e Vic veio apertando meus seios, pescoço, articulações, olhou meus
olhos, palma da mão e a apertou minha barriga. Fiquei tão idiota. Eu nem sequer tinha
desconfiado qualquer mudança. Só que meus soutien estavam apertados, mas eu culpei
Edward por ter colocado o amaciante errado e eles encolheram.
- Nenhum nódulo, como já sabia. Eu vou preparar tudo. Vitaminas que deve tomar e
afins. – sorriu apertando minha bochecha – Edward, veja um remédio para as
enxaquecas de Bella. Com a gravidez, os hormônios se tornaram confusos e isso pode
atenuar um pouco.

- Certo. – assentiu rápido.

- Bom, amanhã, nove horas. Eu vou colocar você antes de todo mundo. – sorriu
animada. – Eu vou evitar falar com seu irmão hoje. – gargalhou me dando um beijo e
um abraço em Edward.

- Eu estou com fome. – resmunguei

- Nós podemos ir pra casa agora. Eu vou pegar uns remédios para amenizar o enjoo na
farmácia e iremos embora. – Edward beijou minha testa e saiu do quarto.

Juan entrou novamente, tirou o soro e ele estava rindo idiotamente. Eu pedi umas
cinquenta vezes para que não contasse a ninguém. Ele prometeu, mas não podia deixar
de ficar animado. Encontrei com Jane no corredor e foi quase impossível não soltar a
novidade. Eu não sabia que iria ficar tão feliz por estar esperando um bebê. Na verdade,
ainda era bem surreal, mas de um jeitinho gostosinho. Edward tinha um brilho no olhar
tão intenso que não nos soltamos nem quando dirigiu pra casa. Era tudo tão bobo. Tão
feliz.

Fui tomar um banho e tirar o cheiro de hospital de mim e ouvi Edward combinando um
jantar aqui em casa no dia seguinte com a nossa família. Eu achava meio cedo, mas
tinha quase certeza que eu seria a primeira a dar nos dentes mesmo. Quando estava no
closet escolhendo alguma roupa, ouvi que ele foi tomar banho cantando até com Buena
Vista Social Club. Ah, mas meu filho iria dançar também. Comecei a rodopiar no closet
e um par de braços molhados me envolveu movendo junto com ritmo.

Edward tinha um efeito sobrenatural sobre mim que já estava excitada só de sentir as
gotas do seu cabelo molhando pingar em meu ombro e escorrer pelo meu corpo.
Algumas até caminhando entre meus seios. Sua mão esquerda estava no meu quadril,
apertando minha carne com força para mover junto com ele no ritmo da musica e a
outra espalmava minha barriga até meus seios, onde ele deu um beliscão de leve no
bico, me fazendo gemer alto.

Seus lábios estavam sugando a pele do meu pescoço e sentir seu nariz roçando contra a
minha pele me fez arrepiar. A barda por fazer também. Eu adorava a barba dele
crescendo contra minha pele. Empinei meu quadril pra trás, fazendo Edward gemer e
me morder com um pouquinho mais de força quando rebolei bem lentamente contra sua
ereção.

Girei meu corpo no fim da musica, tirando a toalha de Edward e fui empurrando seu
corpo de volta ao quarto, em direção a cama conforme nos beijávamos loucamente. Eu
não precisava mais de preliminar nenhuma, muito menos falar coisas que nos
excitassem mais ainda. O quarto tinha uma musica baixa, uma luz meio amarelada do
banheiro, nossas respirações e gemidos – que se tornaram frequentes quando Edward
penetrou em mim lenta e dolorosamente.
Eu amava muito fazer sexo com Edward. Aquele cheio de luxuria, desejo, excitação…
Mas fazer amor era incomparável. Incrível. Além de ter todas as outras misturas, tinha o
tempero certo: O nosso amor.

- Então. Vamos fazer uma ultrassom! – Victória bateu palminhas a lá Alice. Ela já tinha
passado outros exames, explicado certas coisas sobre o inicio da gravidez e tinha uma
bolsa de livros que ela se empolgou na livraria antes de vir pra cá. Edward, é claro,
começou a rir. – É meu primeiro sobrinho. Eu vou paparicá-lo. Mimá-lo. Estragá-lo…

- Nesse quesito, estamos ferrados. – resmunguei indo deitar na cama acolchoada para
ver meu bebe e confirmar quantas semanas tinha. Putzs, meu bebê. Bebê. Bebê e bebê.

O negocio gosmento e gelado. Victória ligando o aparelho. Edward apertando minha


mão. Uma imagem estranha. Um som de coração acelerada. Era meu bebê. Comecei a
chorar que nem uma boba olhando para tela que não entendia nada. Edward e Victória
me explicaram onde estavam tudo e ele tinha o tamanho do meu dedo mindinho e 17
semanas. Eu estava com três meses e duas semanas e meia de gestação.

- Ele é tão pequenininho. – sussurrei olhando pra tela. Minha voz saiu rouca de chorar. –
Deve ser tão lindinho. E o sexo? É um só, não é?

- Eu quero uma sexagem fetal também. – Edward pediu e eu assenti feliz por ele ter
lembrado. Era pra ter mais certeza ainda. Victoria acenou concordando e virou-se
novamente para tela.

- Então, digam olá para a mais nova integrante da família. – Vic sorriu apontando para
tela. – É uma menina. Teremos a confirmação com a sexagem, mas pela minha
experiência, é menina. Possivelmente um só. Poderemos confirmar isso depois. Vovó
Swan era gêmea, você tem o gene.

- Ela é tão pequena. Dá pra ver? – sorri olhando para tela. – Tira aquelas fotos.
Inicialmente, só para os avós. – pedi rindo. – E quantas aos genes, tenho certeza que foi
pra Jamie.

- Nossa menininha. – Edward sussurrou emocionando beijando meus lábios com


carinho. – Ela já é linda, amor. Obrigada. – beijou-me novamente repetida vezes. Eu
não disse que meu macho era lindo?

- Eu te amo. – choraminguei rindo.

Preparei o jantar ainda na minha nuvem de ser mãe. Ok, eu não tinha completa noção
sobre como ser assim, mas era tão doce. Uma sensação gostosinha de que simplesmente
minha vida iria mudar de cabeça pra baixo porque tinha uma menininha, que se puxasse
ao pai, seria a mais linda do mundo. E além do mais, o próprio pai estava tão animado
que simplesmente não parava de falar. De fazer planos. Eu sei, sete meses e já estamos
nos preparando para um bebê. Muito estranho também.
Embora, isso não me dava medo. Quer dizer, não medo de estar errado, porque eu tinha
Edward. Eu sabia que nosso amor era certo e por isso, não tinha que ter medo. Ele me
roubou um beijinho conforme me ajudava a arrumar a casa para a nossa enorme,
escandalosa, tagarela família chegar. Vinham todos. Até Emmett e Rosalie que
chegaram hoje de manhã de viagem.

Eu fiz duas tortas de morangos, tinha sorvete e cookies. Para o jantar, teve salada
completa de alface, tomate, rúcula, palmito, azeitonas e tomates secos. Arroz branco e o
strogonoff da Vovó Swan para acalmar os ânimos dos meus irmãos e pai. Eu realmente
não sabia o que esperar deles. Embora meu maior, total e completo medo era de Renée.
Ela sim, iria fazer a minha vida um inferno. Acho que nunca fiquei feliz por morar tão
longe dela.

- Vai dar tudo certo. – Edward beijou-me e foi atender a porta. Alice chegou junto com
James e Victória. Minutos depois veio Emmett com Rosalie e Jasper. Edward ia fechar
a porta, mas falei que enquanto todos não chegassem, melhor deixar aberta mesmo.
Meia hora depois, todos estavam espalhados pela minha sala. Seus olhares eram
curiosos em nossa direção, mas conversaram entre si normalmente.

Victória sendo a única que sabia me dava sorrisos encorajadores. Eu não sabia se
contava antes de comer ou se comia e depois contava. Edward me olhou daquele jeito
que eu decidia e foi a primeira vez que fiquei com raiva. Decide homem! Ok, eu sei, era
minha barriga e a probabilidade de encrenca era da minha família.

- Então, quando saberemos o motivo da conferencia? – Carlisle perguntou dando um


gole em seu vinho. – O jantar parece delicioso e sei que saudades não é.

Lancei um olhar nervoso e suplicante a Edward e ele veio me abraçar, parando-nos no


meio da sala.

- Obrigado a todos presentes. E por virem tão rápido. – começou rindo. – Eu e Bella
temos algo a anunciar que é muito importante para nós.

- Vocês vão casar? – Alice gritou

- Sim. – Edward respondeu. Eu me virei pra ele. Não era essa a notícia, diacho!

- Sim? – inquiri confusa. – Quer dizer, também, mas não é isso. – corrigi e ele riu
piscando.

- Então o que é? – James perguntou confuso. – Vocês vão casar ou não?

- Estou com fome. – Seth resmungou e lhe lancei um olhar feio. Irmão caçula é um caso
sério.

- Vamos, mas não é isso. Deixe-me falar. – resmunguei batendo o pé e eles


gargalharam. – Espero que a família feliz esteja preparada para mais um novo membro.
– disse alto e Edward me apertou mais.
Houve um silencio na sala e tinha vários de pares de olhos me fitando confusos e com
curiosidade. Olhei para Edward com expectativa e seus olhos brilhavam de diversão.
Tudo era divertido com ele.

- Vocês vão adotar um cachorro? – Emmett perguntou.

- Porra! Eu estou grávida de quase quatro meses de uma menina! – gritei irritada.
Emmett não podia comparar meu grande acontecimento com um cachorro.

Houve mais alguns segundos de silêncio e minha família inteira começou a gritar e falar
ao mesmo tempo. Rosalie e Alice pulavam ao meu redor, falando, chorando, gritando,
me apertando ao mesmo tempo. James tinha abraçado Edward, depois veio Esme,
Victória, meu pai chorando, minha madrasta também. Leah veio do seu jeitinho com
Sam me apertar e dizer que estava comigo, pra sempre. Eu chorei tanto que meu pai
ficou preocupado.

- Meu bebe… – abraçou-me apertado – Crianças é sempre uma benção. Você vai
descobrir um novo mundo sendo mãe.

- Um brinde a Bella e Edward pela benção de estar trazendo para a nossa família um
bebê. – Carlisle brindou e eu voltei a chorar.

É, a família iria ganhar a nova Bebê Swan e eu acho que estava mais que feliz e honrada
em passar o apelido para minha filha.

Capitulo 17
Acordei sentindo minha barriga ser beijada. Abri os olhos bem devagar para encontrar
Edward entre minhas pernas, levantando minha blusa e beijando minha pequena barriga
já durinha de quatro meses. Éramos uma família linda deitada em nossa cama. Eu, meu
namorado e minha filha linda. Estava confirmado pela sexagem que era uma só. Acho
que fiquei aquelas semanas meio insone pensando na possibilidade de ter dois bebês
dentro de mim. Isso sim se tornou aterrorizante!

Todos da minha família, bom, exceto Renée, estavam extremamente excitados com a
nossa menina. Não sei porque estava terrivelmente apavorada com possibilidade de
contar via telefone. Nunca liguei tanto para minha mãe como nas ultimas duas semanas,
mas sempre encerrava a ligação chorando. Meu pai estava tão animado e James também
que vi que era um esforço de ambos em não sair gritando em contar a mamãe. E o pior
era que minha barriga era visível.

Eu não tinha vergonha do meu bebê, mas aos 21 anos e tendo Renée como mãe,
principalmente porque era não era fã numero um do meu relacionamento com Edward,
me fazia temer do que poderia acontecer. Eu amava demais Edward e minha filha para
permitir que Renée tirasse essa minha alegria. Ah, a alegria de ser mãe era
completamente gostosa! Minha bunda bonita estava tão feliz, tão apaixonado, tão bobo
que me deixava demente.

- Bom dia babaquinha. – sorri ao vê-lo conversar com a nossa filha. Nós descobrimos
que ela já nos ouvia, então, Edward conversava sobre banalidades com ela. Era muito
lindo assistir isso.

- Bom dia, Bonita. – sorriu me dando mais beijinhos subindo ao meu encontro. – Você
dormiu bem?

- Como uma pedra. Sono é que não falta. – bocejei. – Você chegou que horas? –
perguntei acariciando seus cabelos molhados. – Foi tudo bem este plantão?

- Foi tudo tranquilo. – sorriu – Esta manhã, antes de sair, recebi um informe de Aro que
irei a Flórida amanhã. – sorriu travesso.

- Não. – gemi

- Ele e eu achamos uma boa oportunidade. Ir a um evento representando o hospital e


contar a sua mãe. Eu irei com minha futura mulher e filha provando que o nosso
hospital está bem de equipe e vamos contar a minha sogra sobre ela.

- Isso não é uma boa ideia. – resmunguei jogando o travesseiro no rosto.

- Chorona.

O mais engraçado durante o tempo que descobri minha gravidez foi entender
e descobriralgumas mudanças no meu corpo. Meus seios e laterais do meu corpo doíam
dependendo da posição que ficava na cama e no livro dizia que era porque meu corpo
estava se adaptando as modificações dos meses passados. E as alterações de humor
também. Todos os dias aconteciam algo no trabalho ou um cliente era chato demais que
tive que engolir o choro muitas vezes. Ou qualquer coisa que Emmett fazia me dava
crises de risos. Era um extremo que eu acabava sempre rindo ou chorando. Intenso e
tenso.

Também acordava com o nariz com coriza o que fazia Edward teimar que estava
resfriada. Eu li que era meio normal, então, dane-se.

Nós estávamos no aeroporto fazendo o check in do nossa morte. Não era medo de o
avião cair. Era medo de a Renée gritar ao ponto de morrermos. Gravidez antes do
casamento era a regra numero um do manual não siga meu exemplo. E olha que eu
nunca fui fã de casamento antes de Edward. Olhe só como mudei! Mamãe tinha que
ficar feliz por mim. Isso devia contar pontos positivos…

Eu sentia ao meu redor cheiros bons, misturados com horríveis. Como pizza da
lanchonete próxima e o perfume da mulher que estava atrás de nós. Eu continuava
enjoando muito fácil e ficar ali em pés estava me fazendo zonza. Minha boca ficava
salivando e travei os dentes e a respiração a maior parte do tempo. Edward nos puxou
para a fila preferencial e deitei minha cabeça no tampo do balcão de mármore, só
porque era geladinho.

Ouvi a menina perguntando se eu estava bem e precisava de algo. Não sei o que Edward
respondeu, porque estava exercendo minha concentração com minha respiração. Era
uma técnica da Ioga para não vomitar. Tinha funcionado das últimas vezes,
principalmente porque Edward sempre que perto, dava aquela massagem no meio das
minhas costas com os nós dos dedos. Era o céu.

- Melhor agora, amor? – perguntou baixo.

- Muito melhor. As pessoas deviam usar perfumes melhores. – resmunguei e a menina


do balcão riu entregando nossos tickets.

- Você quer comer alguma coisa? – perguntou-me quando deitei a cabeça em seu
ombro.

- Não. Não quero sentir cheiro das coisas… Aquela mulher me traumatizou. –
resmunguei.

- Você ficou mais chorona ainda. – brincou me enchendo de beijinhos.

- Sua bunda não ficou mais bonita. – contra ataquei. – Alias, a tendência é murchar.
Temos que ver isso amor, você está perto de completar 27 anos.

- Que absurdo. Eu tenho mais 20 anos pra ficar gostoso. Você vai ver. – resmungou.
Mexer no ego de Edward era muito engraçado.

- Uma coisa é certa: Vou continuar apertando sua bunda todos os dias. – ri cutucando
suas costelas.

Nós ficamos brincando de fazer cosquinhas um no outro como dois adolescentes. As


pessoas ao nosso redor estavam nos olhando como se fossemos alienígenas. O povo não
sabe ser feliz. Nosso voo foi chamado e eu o dormi por inteiro, deixando meu namorado
lendo seu discurso e IPOD com musicas clássicas. Isso me deu sono. Ele não pareceu
chateado, porque mantinha sua mão em minha barriga, fazendo carinhos. Seu novo
segundo lugar favorito no meu corpo, não vou nem dizer qual é o primeiro.

Eu queria muito que meu bebê mexesse logo. Essa história de conversar com a barriga
sem resposta me deixava nervosa. Eu sabia que minha menina estava ouvindo, mas isso
não significava que eu não queria uma interação, oras.

Chegamos a Flórida e o tempo estava mais quente, só que me recusei a tirar o casaco até
contar a minha mãe. Nem que passasse por louca na rua. Phil veio nos buscar e me
olhou meio torto, mas não perguntou nada. Ocupei minha boca com uma bala e fiz
questão de ficar quieta o caminho inteiro até a casa que morei a menor parte da minha
vida.
As ruas eram familiares e contei a Edward algumas memorias conformes passávamos
em algum lugar. Phil contribuía as mais vergonhosas e acredite se quiser, a maioria
delas foi proporcionada por Renée. Dom de mãe, eu sei. Espero fazer muito com minha
filha, porque depois que a gente cresce, isso se torna tão divertido. E depois que você
sabe que é mãe e vai poder passar isso com um pedacinho que é seu, fica mais bonito
ainda. Podia começar a entender minha mãe toda vez que ela chorava ao se dar conta
que eu tinha crescido.

- Chegamos! E você pode parar de morder a boca. Seja o que for, meu bebê, sua mãe
não vai te matar. – Phil disse me conduzindo até dentro de casa. – Nesses quinze anos
que estou com sua mãe, você só nos deu orgulho minha gatinha. – beijou-me e abraçou.
– Vou adorar ser avô. – comentou passando a mão na minha barriga. – Estou velho, só
que ainda sei adivinhar suas expressões e posso entender a felicidade de Jamie no
Facebook. – piscou abrindo a porta de casa.

Edward me olhou com carinho conforme começava a querer chorar. Meu nariz devia
estar vermelho e as bochechas também. Ninguém podia me culpar porque querer chorar
depois do meu padrasto havia falado comigo. Edward entrelaçou nossas mãos e ouvi os
gritos de Renée descendo as escadas rapidamente, vindo ao meu encontro em um abraço
apertado que meus seios doloridos protestaram. O inesperado aconteceu quando os
olhos azuis de Renée se abriram no modo análise. Com os braços ao redor do meu
ombro, com a sala em silencio, ela se afastou um pouco com vinco na testa. Sua
minucia não foi no corpo e sim no rosto, principalmente nos olhos.

Ela abriu um sorriso materno ao ver minhas lágrimas bobas descendo. Aproveitei para
puxar o casaco sobre os ombros e pegar a mão dela e por na minha barriga, abri meu
sorriso lindo toda vez que pensava na minha menina e Renée embalou comigo em um
abraço choroso. Ficamos assim quietinhas, com a mão dela na minha barriga. Ouvi
suspiros de alivio dos dois homens que nos observavam. Renée agitou as cabeleiras
loiras, secou as lágrimas e olhou feio para Edward.

- Você engravidou meu bebê. – acusou com a voz baixa. Eu revirei meus olhos porque
sabia que ela não ia gritar, não ia fazer nada, mas só queria esconder o quanto estava
feliz.

- Mamãe, você sabe que sexo precisa de suas pessoas. E se me lembro bem, fui eu quem
engravidei ele. – brinquei e ela sorriu. Edward mordia os lábios para não rir na cara
dela.

- Que seja! – agitou os braços indo agarrá-lo. – Seja bem vindo a minha casa, querido. –
deu-lhe um beijo na bochecha. – Agora, quero saber tudo! Essa barriguinha já está
linda!

Renée não deu tempo pra descanso. Ficamos a tarde inteira contando as ultimas duas
semanas que havia descoberto a existência da minha filha. Pergunte se ela ao menos se
fez de humilde em dizer que nós não precisávamos ter vindo até a Flórida contar? Que
nada! Ela disse que fiz muito bem ou do contrario ela iria. Bom, em parte prefiro vir de
que ficar com mamãe seguindo meus rastros em casa.
Eventualmente senti muita fome e ela tinha mandado Nina, sua cozinheira (minha mãe
não sabia cozinhar e nunca quis aprender) fazer um monta de coisas. Nesse quesito ela
parecia com Edward querendo empurrar tudo pela goela. Meu namorado estava com as
bochechas vermelhas do sol e isso o fez ficar tão lindo. Mais ainda. Era inverno aqui
também, mas tinha um solzinho que nenhum de nós dois estávamos acostumados.

- Mamãe, acho que quero dormir agora. O dia foi cansativo. – bocejei meio deitada no
sofá com Edward fazendo massagem nos meus pés. – Eu preciso de um banho relaxante
e caminha.

- Tudo bem. Ainda temos amanhã o dia inteiro e o dia seguinte antes de vocês irem
embora! – comemorou e eu quase gemi, mas não podia tirar alegria da nova vovó do
pedaço. Principalmente porque contei que minha filha já tinha úteros e unhas.
Significava que ela podia ser bisavó.

- Boa noite família. – Edward me ajudou a levantar porque estava mole. Ok, eu estava
me fingindo de mole pra me carregar. Qualquer desculpa era válida pra ficar nos braços
do meu namorado bunda bonita maravilhoso.

Ele tinha ficado a maior parte do dia quieto porque Renée controlou a conversa o tempo
inteiro e nós dois conversávamos muito um com outro, mas não estávamos acostumados
com muito falatório na cabeça. Tudo bem, nosso apartamento não era silencioso porque
os dois tinham mania de ouvir musica muito alta ou tocávamos piano por algumas
horas, fazendo quase todos os vizinhos nos amarem e nos odiarem ao mesmo tempo.

Nós tomamos banho juntos com muitas risadas porque o box do meu antigo quarto era
muito pequeno e tivemos que ficar grudados, isso não era dificuldade alguma, como
sempre, tínhamos que cantar, fazer bichinhos e caretas. Edward deu com a cabeça na
entrada e na saída, a sorte que a cama sempre foi de casal.

Por mais que necessitada estivesse, porque a gravidez me proporcionava um desejo


sexual tão intenso que fazia o humor de Edward visitar Deus, só por estar tão alto, mas
ali na cada da minha mãe, seria matéria de educação sexual. Eu também estava muito
cansada, com seios doloridos e por isso não provoquei meu taradinho. Ao reclamar o
quanto meus seios estavam doloridos, ele se prontificou a massageá-los e eu deixei. Foi
uma merda quando Edward começou a provocar. Eu tive que permitir ir com meus
desejos e nós nos amamos ali. Minha bunda bonita fez a dor dos seios desaparecer de
um jeitinho especial. Eu o amava demais.

Acordei antes de Edward, colocando um biquíni e um vestido longo para caminhar na


praia, mas antes de acordá-lo, iria assaltar os cereais e o bolo de chocolate que sabia que
tinha na cozinha. Nina a me ver descendo, já abriu a geladeira para tirar um generoso
pedaço antes do café. Eu realmente não estava me importando em comer duas vezes.
Depois de um tempo Edward desceu preparado para a caminhada, deve ter visto as
roupas que deixei separado.

Nina colocava a mesa do café enquanto a gente ficava se olhando como dois bobos, se
paquerando. Edward tinha um sorriso tão lindo, tão maravilhoso que se não tivéssemos
companhia, pularia em seu pescoço.
- Dormiu bem, meu amor? – perguntou-me beijando minha mão.

- Como uma pedra. – sorri e ele veio limpar, com a própria língua, minha boca suja de
chocolate.

- Bom dia crianças! – Renée entrou na cozinha pronta para trabalhar. – Eu vou a escola
porque tenho duas alunas na terapia e estarei em casa a tempo de vocês voltarem do
passeio. – comentou enquanto tomávamos café. – Você deseja ir a algum salão para
fazer seu penteado de hoje a noite?

- Isso seria bom. Sem Alice, não tenho ideia do que fazer. – concordei e Edward
pareceu orgulhoso. Ele ficava nessa minha mulher se arrumando para me acompanhar.

- Irei marcar. – sorriu docemente dando-me um beijo e depois indo beijar Edward. –
Aproveitem o sol. Não deixem minha netinha com fome!

Nós não demoramos muito tomando café e a praia também não era longe da casa da
minha mãe, por isso fomos a pé. Eu estava abusadamente sem blusa. Desisti do vestido
e coloquei um short e aproveitei bem o sol, apesar do meu tom de pele branquelo
espantava qualquer pessoa ao meu redor. Um homem passou por mim me comendo com
os olhos e eu ri do aperto que Edward deu em mim.

- Meus ossos quebram, ok? – brinquei abraçando-o e ele bufou.

- O povo não respeita mais mulheres comprometidas e grávidas. – resmungou me


beijando. – Você é inteiramente minha.

- Sério? – retruquei rindo.

- Bom, desde que é a minha filha que está dentro de você, isso te faz minha,
completamente. – riu e continuamos andando. Eu não podia culpa-lo e só achava injusto
não poder colocar algo dentro dele. Isso seria engraçado.

Edward me fazia sentir única no mundo, ainda mais agora, que estamos esperando
nosso primeiro bebê. Na próxima gravidez espero ter a mesma sensação. Edward
conseguiu umas espreguiçadeiras e me deitou entre suas pernas e ficamos em silencio,
curtindo o som do quebra mar e as pessoas que passavam por nós. Éramos uma família
tão linda. Bom, eu não tinha visto o rostinho da minha filha, mas ao julgar pelo pai,
seria perfeita.

- Você quer comer algo, minha Bonita? – perguntou-me baixo.

- Não.

- Você deveria comer… – começou a sair do modo namorado para entrar no médico.
Essa parte era um saco.

- Corta essa, malandro. – resmunguei. – Eu pensei em uns nomes… – mudei de assunto.

- Eu também.
- Quais seriam os seus? – perguntei curiosa.

- Antônia. – disse rindo

- Feminino de Anthony, Edward? Pelo amor de Deus! – ralhei com meu corpo tremendo
com sua gargalhada.

- O quê? Ela pode ser Edwarda! – argumentou

- Babaca! – resmunguei – Então, ela vai se chamar Marie!

- Não pode ter o mesmo nome que o seu.

- Nem do seu. – retruquei cruzando os braços irritada. Edward continuava rindo de se


acabar dos meus surtos de humor.

Nós ficamos discutindo sobre nomes as duas horas seguintes que passeamos na praia.
Eu ri das besteiras e me irritei ao mesmo tempo, porque Edward era um saco. Ele
escolheu nomes que nunca concordava e não definimos nenhum nome. Só terminei
minha manhã bem emburrada com ele e depois encontrei com minha mãe para ir ao
salão. Ela riu quando contei sobre os nomes dele e disse que quem escolheu meu nome
foi minha avó Marie e por isso, ganhei o segundo nome dela.

- Não tem uma cor mais nude? – perguntei a manicure que insistia em um vermelho
sangue. – Vermelho não irá combinar com o evento.

- Está na moda. – comentou rindo e mostrando outras cores. Renée me olhava confusa.

- Mãe. Edward e eu iremos a um evento cheio de médicos conservadores. Eu não acho


que as esposas dondocas irão gostar de mim se eu estiver como uma devassa. – brinquei
– Eu só prefiro algo discreto agora, porque não sei como funciona.

- Melhor prevenir do que errar. – a cabelereira comentou finalizando meus cabelos. Ela
fez uma escova daquelas depois de cortar um pouco. Tinha até uma possível franja
agora. Acho que iria sentir falta dos meus habituais cachos.

- Certamente. – Renée comentou sorridente.

Nós saímos do salão rindo das besteiras que James já havia comprado para minha filha e
minha mãe me arrastou para o pequeno shopping no caminho de casa e comprou
inúmeras roupinhas. Eu ainda não tinha noção de como ficaria o quartinho dela. Edward
já tinha começado a desmontar a cama de casal e cômodas. O espaço tinha pedaços de
móveis e caixas de coisas que a gente não tinha ideia de como fazer. A parte boa é que
tinha alguns meses pela frente, a ruim é que não sabia como fazer. Além de perder o
único quarto de hospedes.

- Nós iremos nos mudar do apartamento. Eu só não sei se devemos fazer isso agora. –
comentei e Renée me olhou confusa enquanto olhava uns sapatinhos tão lindos. Eu já
tinha escolhido cinco de formas diferentes, sem contar os dois pagões e vestidinhos
rosas e lilás. Era irresistível.
- Por quê?

- Nós temos muitos livros. Muita coisa e um quarto de hospedes faz falta. Como
teremos um bebê, você e vovó Elizabeth irão nos visitar com mais frequência. –
respondi rindo – E além do mais, Edward precisa de espaço. Com um bebê pequeno, ele
precisará de um canto para estudar.

- Uma casa maior realmente seria a solução. – concordou segurando mais algumas
roupinhas. – Vocês pensam em casamento? – perguntou casualmente e eu quase ri do
seu esforço em parecer casual.

- Bastante. – respondi sincera. – Ano passado, na verdade, nós começamos a falar sobre
isso.

- Sério? – iluminou-se – Você sempre foi contra a casamentos.

- Bom… Realmente. Só que Edward faz as coisas serem diferentes. Digamos se hoje, eu
ainda estivesse namorando Jacob engravidasse. – estremecemos juntas. – Estaria
desesperada, porque ele nunca me ofereceu estabilidade e confiança.

- E Edward te dá tudo isso?

- Sim. Eu sei que ele nunca vai deixar faltar nada, mesmo sendo praticamente
impossível, mas Edward é esforçado. Ele acabou a residência agora, foi convidado por
inúmeras universidades para publicar seu artigo e já é chefe da neurocirurgia. – respondi
extremamente orgulhosa.

- E quando pretendem casar? – perguntou tirando seu cartão de crédito e eu lhe


entreguei o meu, mas me ignorou.

- Não sei. Com o bebê, nós falamos sobre isso, mas não chegamos a uma definição. –
respondi sincera. – Por quê?

- Nada. – mamãe riu daquele jeito encantador, sacudindo seus fios loiros. – Eu só estou
vendo que novamente, estava errada. – riu me apertando um pouquinho. – Edward é
bom pra você. Vocês dois amadureceram muito juntos. Apesar de se comportarem como
adolescentes, mas nessa parte, com o amor, nunca irá mudar. – beijou-me – Espero que
agora você entenda que por mais chata que nós mães somos, agimos por preocupação.
Você sofreu muito com Jacob, e eu tive medo que uma atitude precipitada pudesse fazer
com você no futuro. Não suportaria ver meu bebê sofrer mais uma vez sem poder fazer
algo.

Meu nariz pediu para fungar porque eu já estava meio que chorando. Era só uma
emoção. Um sentimento de aquecer o peito. Uma sensação de amor incondicional que
senti vindo de minha mãezinha dramática, instável e complexa. Nós nos abraçamos ali
no meio do shopping, como duas bobocas choronas. Novamente, Edward tinha razão
em me trazer para minha mãe. Novamente, minha bunda bonita sabia o que precisava
antes mesmo que eu pudesse enxergar meus sentimentos.
Minha mãe não só tinha amado a ideia de ser avó, como estava gostando mais ainda de
ser sogra de Edward. Isso era muito importante pra mim. Meu pai sempre gostou. Na
verdade, papai sempre foi muito intuitivo. Ele nunca aprovou meu relacionamento com
Jacob, mesmo ele sendo filho do seu melhor amigo. Já Edward, foi amor a primeira
vista como eu. E Renée não. Renée não gostou de Jacob e também não foi muito fã de
Edward pelas circunstancias no qual ela soube do meu namoro.

James um eterno implicante, encontrou em Edward, Emmett e Jasper um pouco de si


mesmo. Eles se tornaram amigos e isso me deixava muito feliz. Meu irmão sempre foi
meu protetor, meu amigo e meu colo quando precisei. Nossos dez anos de diferença fez
com que James assumisse muitas coisas por mim. Mesmo papai tendo outros filhos –
não propriamente seus, mas de criação – James assumiu Leah e Seth como seus. Ele
tinha um grande coração. Um coração pronto pra família, só que essas coisas cada um
tem seu tempo. Ele e Victória priorizaram a profissão antes dos filhos. No meu caso,
nunca me importei com nada disso.

Em toda minha vida não me imaginei que um dia estaria me arrumando, para ir a uma
convenção de médicos, onde meu namorado, pai da minha filha e amor da minha vida
receberia um prêmio pelo hospital no qual foi graduado. Eu nunca me imaginei que
grávida, estaria usando um vestido de gala maravilhoso que Rosalie e Alice me
ajudaram a escolher de ultima hora. E Victória encontrou uma bolsa/carteira perfeita e
os sapatos eu mesma escolhi. Até mesmo Leah foi me levar seu cordão para ser meu
amuleto da sorte durante a noite.

Edward gostou do meu cabelo, da roupa e todo o resto. Ele estava impecavelmente lindo
de terno escuro e gravata da mesma tonalidade do meu vestido. Presente meu. Eu acho
que poderia me acostumar com esses eventos, em ser mãe de três filhos e ser a mulher
do médico cirurgião chefe. Contanto que tenha Edward ao meu lado pra sempre, poderia
lidar com qualquer detalhe para esse caminho.

O evento foi um sucesso. Eu me sentia orgulhosa demais do meu babaca maravilhoso e


não tive como tirar o sorriso do rosto. Ele recebeu felicitações, foi aplaudido de pé
quando o vídeo do hospital foi passado, deu entrevistas e me apresentou para tanta gente
que fiquei meio confusa, mas acabei conversando e sorrindo que muitas daquelas
pessoas. Quando retornamos, tudo que sentia eram meus pés doendo e queria cama, mas
ainda assim, trocamos de roupa e arrastei-o para praia de madrugada comigo.

Forrei um lençol enorme e deixei o coberto pertinho de nós, tirei meus chinelos e deitei
ao lado dele perto de um quiosque no cantinho da praia. Só tinha a gente ali, o carro de
Phil estava bem próximo e estávamos sem nada de valor.

- Eu te amo. – sussurrei olhando para o céu. Edward sorriu e deitou seu corpo
parcialmente sobre o meu para me beijar cheio de volúpia. Ele desceu com a boca pelo
meu queixo, pescoço, colo e seios.

- Eu estava a noite inteira me focando para não arrancar sua roupa. – sussurrou contra
minha pele – Eu estava louco para ter você. Todos os dias é muito pouco pelo quanto
desejo você toda hora. – sussurrou de forma que seu hálito quente bateu contra meus
seios meio desnudos por ele já estar abrindo os botões da minha blusa.
Nessas horas eu perdia o controle da minha voz de tão dominada por ele ficava. Edward
tirou parte da minha blusa e subiu um pouco minha saia, para sua mão ficar de livre
encontro ao meu sexo já completamente molhado, pedindo muito da sua atenção. Eu
gemi baixo, enterrando uma mão no seu cabelo e a outra cravando as unhas nas costas.
Ele continuou mordiscando meus seios como se fosse algo raro e caro. Eu amava o
modo que Edward idolatrava meu corpo.

- Edward… – sussurrei arqueando meu quadril em direção a sua mão que ficava
brincando com meu centro por cima do pano fino da calcinha. – Merda… Por favor. Me
ame… Aqui… Agora… – gemi contra sua boca e não foi preciso falar duas vezes. Senti
Edward mudar o peso do seu corpo entre minhas pernas, mas erguendo um pouco meu
quadril para ir de encontro a seu membro já posicionado na minha entrada.

Nós dois gememos juntos porque essa definitivamente era a melhor sensação da minha
vida. Edward comandou os movimentos de forma lentamente ritmada e prazerosa. Eu
não me importei em arranhar suas costas quando queria mais e muito menos em gemer
ali, no canto escurinho da praia. Cada vez que eu pedia mais forte, ele chegava mais
forte. Eu cheguei ao ápice antes dele, porque essa era a pressa que meus hormônios
confusos me oferecia. Ele veio pouquinho tempo depois e deitou seu corpo sobre o meu,
colando nossas testas. Fiz um biquinho para beijá-lo.

- Você é minha vida. – sussurrou sem folego ainda dentro de mim.

- Você é o meu mundo. – sussurrei de volta agarrando-o mais ainda. – Minha bunda
bonita, nós acabamos sem querer, cortando mais um item da lista de fantasias sexuais.

- Sem querer? – riu – Eu tenho tudo milimetricamente planejado. – piscou saindo de


dentro de mim e eu choraminguei.

- Quero ver o sol nascer, falta pouquinho… – comentei fechando minha roupa.

- Tudo bem. – sorriu cobrindo-me com o cobertor.

Edward deitou do meu lado, enfiando a mão na minha barriga por dentro da blusa e
ficou acariciando conforme víamos o sol nascer. As luzes rosadas, puxadas para a
laranja, se contrapunham contra o azul do mar, as gaivotas gritando bom dia e as ondas
se quebrando com aquele cheiro de natureza limpa me deu uma sensação de paz tão
grande.

- Nós vamos comprar uma casa na praia. – Edward falou do nada. – Depois que
comprarmos a nossa casa. Definitivamente teremos uma casa na praia.

- Por que do interesse repentino? – perguntei rindo.

- Ficar com você aqui é o mais novo item a lista lugares preferidos do mundo do
Edward com a Bella. – respondeu rindo. Virei para ele e beijei seu queixo.

- Vocês dois são as melhores surpresas da minha vida. – confessei baixo.


- Vocês duas são a minha vida agora, eu não posso existir em um mundo onde não tenha
você e a mais nova bebê Swan.

- Mamãe Swan e Bebê Swan. – brinquei

- Na verdade, nós temos que mudar isso e logo. – comentou meio emburrado. – Não é
justo. Você tem que ser a Mamãe Cullen e o Bebê Cullen. – resmungou

Eu ri da sua irritação e como se uma lâmpada acendesse em minha cabeça, tive uma
ideia particularmente brilhante e que nossa família iria surtar mais uma vez.

- Nós podemos resolver isso mudando nossa passagem de volta pra casa. – sorri travessa
e Edward demorou um tempo para compreender, mas depois abriu um sorriso lindo.

- Vamos arrumar as malas. – disse rápido. – Bebê, mamãe e papai estão prologando
nossa viagem para Vegas! – comemorou e saímos correndo até o carro.

Se tudo desse certo, menos de 48 horas seria Isabella Marie Swan Cullen, carregando o
bebê Swan Cullen. Deus me salve de Renée e Alice depois.

Capitulo 18

As mulheres normalmente pensam em seus casamentos que vão chorar. Se emocionam,


ficam loucas, gritam, xingam e descontam suas frustrações e ansiedades no noivo. No
meu caso, Edward me ajudou a escolher um vestido na loja de grife do cassino,
encontrei um par de all star todo confeccionado com paetês e pedras bonitas. E ri
loucamente com Edward e o Elvis bêbado que nos casou.

Foi incrível ficar com as bochechas doendo e dormentes de tanto rir. Me diverti tanto
com Edward nas doze horas que passamos em Las Vegas, que agora ambos estavam
com o corpo doendo e completamente felizes.

Eu estava meio mole depois dos orgasmos estrelares que tive. Eu nunca tinha tido dois
orgasmos seguidos. Foi tão forte que achei ter ficado cega por alguns instantes. Nós
chegamos de madrugada em casa e fizemos nossa lua-de-mel particular. Quer dizer,
Edward tinha planos de escolher um local com praia, mas isso não seria agora. Estava
amanhecendo e ele teria que trabalhar muito em breve. Meu babaca agora era meu
marido. Eu estava tão feliz que não conseguia parar de sorrir.

Minha aliança era linda. Da era Edwardian. Baseada apenas, mas não preciso dizer
porque, não é? O cartão de créditos do meu marido não tinha limites. Meu lado
feminino ficou tão feliz com isso. Minha filha também. Eu sei que ela entendeu quando
papai pagou tudo. A campainha começou a tocar loucamente.

Ontem depois que dissemos sim, tiramos uma foto e enviamos via sms a todos os
membros da nossa família. Deu tempo o suficiente de eles descobrirem nosso retorno.
Eu já estava rindo antes mesmo de vestir as roupas. Edward meio zonzo, sentou na
cama nu e ficou me olhando um tempo. Deus, meu macho estava cansado. Uma
pontinha, não, mentira, um iceberg do caralho cresceu em mim porque fui eu que o
cansei. Chupem essa!

- Vista isto, amor. – Joguei uma calça pra ele. Edward pegou a cueca, se vestiu e foi até
a sala, onde praticamente estavam socando minha porta. – Bom dia. – Edward sorriu e
uma bolso voou na sua direção. – Ai Vó!

- Ai Vó? – Vovó Elizabeth rebateu. – Você levou a menina para casar em Vegas? Eu
não criei você pra isso! – acusou dando mais bolsadas.

- A idéia foi minha! – argumentei ficando na frente dele, mas Edward me empurrou para
o lado.

- Eu sei! – ela e Alice gritaram ao mesmo tempo. – Me admira é ele concordar! – Alice
acusou batendo o pé.

- Como se Edward fosse capaz de discordar de Bella. Ainda mais grávida! – Esme veio
me abraçar, me dando vários beijos. – Parabéns meu amor.

- Oficialmente cunhadinhas! – Rosalie quicou me agarrando. – Deixe-me ver a aliança!


– pediu animada e todas as mulheres se aglomeraram ao meu redor. Vovó Elizabeth deu
um suspiro de aprovação e me abraçou.

- Mais que bem vinda a família, Bella. – sorriu

- Sem querer ofender, mas você veio aqui só pra brigar comigo? – Edward perguntou
desolado do outro lado da sala. Jasper, Emmett e Carlisle também estava do meu lado.
Não foi surpresa ver meu pai com Sue, Leah, Seth, Sam, James, Victória, Riley e Bree.

- Nós vamos comemorar mesmo assim. Liguei ontem a noite para um buffet. Você está
dispensado do trabalho essa semana. – Alice sorriu – Aro, Jane e Demetri vão chegar
logo. Por isso, vem Bella, trouxe um vestido lindo para sua festa de casamento! – sorriu
me rebocando para o quarto. Eu sorri de volta, mas ela me olhou feio. – Ainda não te
perdoei.

- Tudo bem. – soprei

A festa bem improvisada foi muito engraçada e tudo que eu realmente quis. Ligamos
mamãe na webcam e tudo ficou mais certo ainda. Eles pararam de me oportuna por
causa do meu casamento e ficaram felizes por termos contraído matrimonio a nossa
maneira. Vovó Elizabeth pegou o primeiro avião assim que recebeu as fotos e ficou uma
arara por não ter sido convidada, mas ela disse que me conhecia o suficiente pra saber
que eu não fiz de maldada. Eu era louca mesmo. Tentei não ficar ofendida.
Quando deu nove horas da noite, eu estava quebrada de cansaço, mas Vovó Elizabeth
começou a sacudir umas chaves na minha frente.

- Quando Emmett e Jasper casaram, eu dei a eles novas casas. – disse rindo. – No caso
de vocês, estava planejando por causa do bebê. O apartamento é grande, mas meu
bisneto não vai ser criado assim. – completou e eu abri minha boca sem saber o que
falar.

- Bom. – Charlie limpou a garganta – Eu tinha planos de dar a casa. Então, mudei e
comprei-lhe um novo carro. Carango é legal, mas você precisa de algo seguro agora que
está transportando minha netinha. – disse sorrindo. Meu pai sempre odiou meu carro.
Enfim, ele sabia o que fazer na hora certa.

- Eu não sei o que dizer. – murmurei chorando. Hormônios idiotas! – Isso é tão lindo!
Obrigada família! – pulei para abraçar Vovó e depois meu pai. Achei engraçado minha
barriga roçar na do meu pai. Era quase do mesmo tamanho.

Edward estava tão bobo, tão bobo que eu quis apertá-lo até seus olhos saírem pela
cabeça. Pouco tempo depois nossa família foi embora e nós dois bobos terminamos de
limpar tudo, tomamos banho e caímos na cama.

- Bonita… – Edward desviou minha atenção do filme. – Nós estamos casados, com uma
filha a caminho, uma casa nova e dois carros.

- Ops, somos uma família. – sorri que nem uma idiota. Era tudo tão, tão, tão
maravilhosamente do caralho.

- Eu te amo, minha vida. – sorriu me beijando com carinho.

- Eu te amo, minha bunda bonita. – sorri e algo na minha barriga meio que se mexeu
com a gargalhada de Edward. Eu não senti cólicas, não era gases e só podia ser minha
filha. – Edward. Ela mexeu. – sussurrei o movimento parou.

- Sério? – ele perguntou levando a mão até a minha barriga, mas ela fez questão em
ficar quieta. – Ela está brincando comigo, não é? – perguntou rindo tentando se fazer de
ofendido. – É papai, filha. Pode confiar.

- É, se você puxar sua Tia Alice, adianta dizer que o cartão de créditos dele é sem
limites? – brinquei e ela se mexeu. – Adiantou.

- Oh céus. Consumista! – Edward acusou minha barriga, fazendo cosquinhas. – O cartão


da mamãe agora é, porque mamãe não viu que casou com comunhão total de bens
comigo e vai parar de negar as coisas.

- Edward… – choraminguei – Não começa.

- O quê? – fez-se de inocente. Tão lindo. – Ok, vamos ficar quietinhos e dormir porque
amanhã vamos conhecer a casa nova.


Seis semanas! Meu Deus. Quanta correria. Nós conhecemos nossa casa vitoriana de
cinco quartos. Um deles transformamos em escritório e graças a Emmett e Jasper, meus
livros tinham prateleiras altas. Eu só não sabia como iria conseguir tirar algum deles de
lá, ou pelo menos limpar.

Edward e eu passamos um mês comprando alguns utensílios e moveis novos. Esme me


ajudou muito com a decoração depois que Vovó Elizabeth foi embora. Minha barriga
não era mais singela para um grande ovo de cinco meses. Ual. Passou rápido, por isso
eu sei que minha menina era linda e adorava deixar a mamãe sem ar quando fazia
minhas costelas de trampolim.

Interessante para não dizer ao contrário.

Nós tínhamos nos mudado e tinha tanta caixa para guardar. Eu não sabia que em quase
1 ano com Edward tinha adquirido tanto cacareco. Joguei muitas coisas fora por pura
preguiça. Meu novo quarto de casal porque era uma mulher casada era lindo. Uma cama
enorme, decorado com tons nudes, bem clarinhos. O quarto da minha filha sem nome
também estava pronto.

Rosalie e Alice, porque se dependesse de mim… Eu estava meio que me sentindo,


porque tinha uma casa, um marido, uma filha do meu jeitinho. Isso era tão mais legal! E
ah, meu novo carro também. Meu pai também colocou uma cadeirinha instalada. Eu só
não sabia como tirar, mas enfim, bom que quando o bebê nascesse não precisaria
mesmo.

- Estou quase terminando, Bells. – Carlisle disse. Ele estava colando aquele adesivo que
me impede de escorregar na escada. Eu ainda estava meio cética, mas o que posso
fazer?

- Você vai ficar para o jantar, não vai? – perguntei – São sete horas, ainda há tempo de
ir a Forks. Se bem que eu ficaria mais tranquila se você inaugurasse o quarto de
hospedes. – comentei divagando.

- Eu não durmo longe de Esme. – piscou rindo.

- Tudo bem. – rendi-me – Só não negocio o jantar. Edward chegará em breve.

Foi falar o nome de Edward, que a minha menina se mexeu animadamente e ouvi o som
do seu carro entrando na garagem. Bem na hora, meu macho. Coloquei a salada verde
na mesa e puxei a tampa do meu forno ultramoderno que não entendia nada, mas foi
presente dos meus sogros, então eu iria me esforçar minimamente. Lasanha quase
pronta. Mais dez minutos.

- Boa noite família! – Edward entrou pela portada garagem que dava a cozinha. – Boa
noite filha, tudo bem? – beijou minha barriga e ela se mexeu.- Oi Bonita. – levantou-se
e beijou-me varias vezes. – Oi pai! – gritou da cozinha e Carlisle só sorriu de volta.

- Como foi lá? – perguntei estabelecendo pratos a mesa.


- Produtivo. Novos internos e provas de residente. É estranho, meses atrás eu estava
sentado fazendo a prova e agora estou aplicando a prova. – sorriu torto coçando a
cabeça.

- Ué, você é o chefe. Faça como Aro e sente-me colocando os pés na mesa. E ainda
deboche no modo Like a Boss. – brinquei.

- Então, sinto cheiro de lasanha da minha nora. – Carlisle entrou na cozinha rindo com
seu óculos quase caindo do nariz.

- Está pronto, vocês podem lavar as mãos enquanto começo a servir. – ordenei e Edward
saiu da cozinha dizendo algo como ‘Sim, mamãe’. Ele alegava que a gravidez estava me
deixando mais mandona, mas do que ele iria reclamar se nossa vida sexual estava mais
quente ainda?

A mamãe aqui o fazia ir trabalhar sorridente sempre. Ainda com direito a visitinhas para
inaugurar seu novo escritório.

Carlisle jantou conosco e foi embora logo porque tinha a estrada. Edward tinha umas
coisas a fazer, por isso fiquei no quarto me preparando para a primeira seção da terapia
de Jeremias na manhã seguinte, bem cedinho. A Drª Heidi disse que seria importante
minha presença devido aos últimos anos e por ele falar muito de mim.

Seria a primeira experiência da terapia em grupo. Ela prometeu não ser algo muito forte
porque eu simplesmente não poderia aguentar muito pressão emocional.
Qualquer Buuu me fazia chorar como uma louca de hormônios compulsivos. A sorte
que não era grávida com desejos. Não estranhos. As vezes eu comia um pouquinho a
mais ou simplesmente aprontava tortas e doces em massa, mas nada muito absurdo.
Muito menos acordei Edward de madrugada para sair de casa. Só quando tinha preguiça
de me mover e o convencia a base de beijos pegar alguma coisa.

- Edwaaaaaaaaaaaaaaaaaard! – gritei da cama – O que você acha de fazer pipoca de


panela e vir ver um filme comigo? – perguntei e ouvi sua gargalhada.

- Você quer a pipoca ou a minha companhia, Bonita?

- Os dois. Quero comer e agarrar minhas pernas no meu marido! – retruquei mais alto.

- Tudo bem. – riu e ouvi seus passos descendo as escadas. Agora fazia um barulho mais
engraçado ainda.

- Edward, acorda! – sacudi meu marido bêbado. Ele teve uma noite de meninos
inaugurando o porão/salão de jogos com tevê de plasma e um monte de palhaçada.

- O quê? – ele perguntou alarmado. Eu estava beirando os sete meses agora.

- Eu não consigo dormir. Não sinto nada, mas é normal perder o sono? – perguntei meio
aflita. Eu estava muito cansada, mas não dormia. – Estou ficando nervosa.
- Calma amor. – Edward me abraçou. – Você deve estar estressada pela seção de
Jeremias hoje.

Sim, sem sombras de duvidas estava preocupada quanto a isso. Era somente uma
questão de que tudo que o afetava emocionalmente mexia profundamente comigo. Fazia
parte do tratamento e da sua libertação, mas putzs, era tão doloroso vê-lo chorar. Ele era
meu mestre. Meu Jeremias. Agi por impulso e invadi o consultório e o abracei. Drª
Heidi disse que não fiz mal e que se fosse seu filho, que também assistia comigo, iria
ser interpretado como pena. Jeremias sendo esquizofrênico só conseguia me enxergar
como consolo.

Eu fiquei tão emocionalmente abalada com isso que chorei a maior parte do tempo,
antes dos meninos chegar. Acabei arruinando a noite de meninas com minhas irmãs e
cunhadas porque eu simplesmente era uma boba hormonal e agora me sentia culpada.
Acabei contando em detalhes – novamente – como me senti em relação a tudo e
adormeci embalada pelos braços da minha bunda bonita. Ele me acordou tempos depois
dizendo que estava indo trabalhar.

Teimosamente desci e preparei nosso café da manhã e senti vontade de chorar quando
ele teve que ir trabalhar. Eu tinha mais sete horas até meu primeiro cliente e voltei para
cama. Fui acordada por James e nós nos encontramos no centro para almoçar.

- Não temos um nome ainda? – perguntou e eu sorri timidamente. – Você vai encontrar
um. – sorriu torto beijando minha mão.

Eu já tinha um nome, mas acho que só ia contar depois. Edward tinha aprovado e
gostado de como o nome da nossa menina soava. E ainda ensaiou um tom de voz grosso
para chamar atenção. Como ele fosse fazer isso. Edward era bem parecido com meu pai.
Tenho certeza que ele deixaria sua menina aprender com erros, mas não hesitaria em
proteger como um leão protege suas crias. O mundo está errado quando seu bebê quer.
Isso é muito ruim, mas tipo, não deixa de ser adorável.

- Bella? Bella? Amor? – chamou-me meio desesperado. Eu nem percebi que tinha
dormido no sofá. Cheguei tão cansadinha do trabalho que sentei para tirar os sapatos e
acho que dormi. Ual. Estava escuro. Edward entrou na sala com o rosto branco. – Ah,
você está aí.

- O que aconteceu? – perguntei assustada.

- Estava desde as cinco horas tentando te ligar, amor. Você me assustou como um
inferno! – disse com a voz controlada.

- Que horas são? – perguntei sonolenta.

- Sete horas. Eu só fiquei preocupado. – disse mais baixo e bati no lugar ao meu lado.

- Obrigada meu amor, eu estou bem. Acho que dormi.

- Foi cansativo? – perguntou-me preocupado.


- Muita dor nas costas. Trabalhar em pé me cansa mais. – murmurei bocejando.

- Talvez seja hora, não acha? São quase sete meses, Bonita.

- É, talvez. – bocejei. – Vamos subir? Eu acho que preciso continuar meu soninho
agarrada com meu marido.

- Soa ótimo pra mim. – beijou-me e um fogo se acendeu em mim. Fiquei na luta interna
se queria fazer amor com Edward e dormir ou dormir e fazer amor. Acabei dormindo
antes de decidir e acordei Edward de madrugada com os lábios em um lugar bem
especial. A noite foi produtiva.

Edward ganhou doze horas de folga esta semana a mais, então estava preparando um
jantar especial para nós dois. Sete meses e duas semanas de gravidez, eu me sentia uma
pata gorda, apesar de ter engordado somente oito quilos e minha filhotinha se mexia
muito toda vez que ouvia minhas musicas cubanas. Comecei a dançar pela cozinha
enquanto fazia penne aos quatro queijos.

- Nova modalidade da mamãe Cullen é fazer a dança da barrigudinha? – Edward


perguntou e soltei um grito assustado. – Desculpe amor, mas remexer a barriga foi
engraçado.

- Idiota. – resmunguei jogando meus braços ao seu redor do seu pescoço. Minha barriga
impediu um pouco e fiquei meio frustrada.

Nós jantamos e subimos para o mais novo lugar favorito na casa. O quartinho do nosso
bebê. Eu não pude evitar o branco com rosa, ficou tão fofo que nem quis argumentar.
Sentei na minha poltrona e Edward sentou no chão entre minhas pernas e ficamos
juntinhos. Uma coisa era certa. Eu estava MUITO ansiosa para ver minha filha. Como
seria seu rostinho, se ela iria parecer mais comigo ou com Edward, se seu cabelo seria
bronze ou castanhos. Queria pegar no colo, dar de mamar, ensinar besteiras e sentir seu
cheirinho de bebê. Tão emocionante.

Edward acabou adormecendo conforme fazia cafuné em seus cabelos de sexo


maravilhosos. Sexo agora estava mais complicado, mas quem disse que eu desistia?
Não mesmo. Victória me contou de casos que as mulheres cortam as relações sexuais
aos seis meses e tem homens que simplesmente acham que vão machucar seus filhos.
Eu quase tive surtos psicóticos de tanto rir, e adorei a sorte de Edward ser médico e
saber que nem tem tendo um pênis de três metros, ele encostaria-se a nossa filha.

Com muito sacrifício empurrei Edward para cama e deitei na minha mais nova posição
pré oito meses que era meio sentada, meio deitada, meio respirando, meio dormindo.
Era um meio que não completava nada, principalmente que minha filha vivia no escuro
dentro da barriga e ela escolhia as madrugadas para brincar no parquinho das minhas
costelas ou no trampolim da minha bexiga.

Apesar desses pequenos detalhes, era durante minhas madrugadas insone que eu via o
quanto tinha mudado. O quanto ser mãe mudou o eixo da minha vida. Que ser a esposa
de Edward tinha me dado uma expectativa diferente, meus planos, meus sonhos futuros
e sei lá. Era algo intensamente sobrenatural, como dizia minha mãe.

Edward mexeu-se do meu lado, sem tirar a mão da minha barriga e falou algo meio
desconexo. Eu o amava tanto que sentia vontade de chorar em ver minha barriga com
um bebê que nós dois fizemos juntos. É tão obra divina você unir seu corpo ao homem
que ama e ainda disso, ter um filho, prova fiel do seu amor.

Eu não aguentava mais para ter Charlotte Claire Swan Cullen em meus braços. Minha
menina!

Capítulo 19 – Boa sorte, Charlie!

Senti a cama se mexer pela quadragésima vez durante a noite. Não exatamente culpa de
Bella que ela ficava sem sono, inquieta e não me deixava dormir. Eu não conseguia
dormir com ela sem sono, mesmo que ficasse quietinha na cama. Eu sabia que ela
tentava ao menos ficar tranquila, mas grávida de nove meses e duas semanas, foi
ficando praticamente impossível dormir e respirar ao mesmo tempo. Compreendia.

Ouvi seus passos leves saindo do quarto e logo a escada denunciou que ela ia direto
para a cozinha. Victória tinha dito repouso absoluto. Isso só a fez parar de trabalhar e
frequentar a terapia de Jeremias, fazer compras e outras coisas que ela exigia fazer.
Sossegar dentro de casa estava fora da equação. Levantei da cama meio zonzo e segui
até onde vinha o barulho da televisão e encontrei Bella esparramada no sofá, com os
cabelos embolados em um coque desajeitado, pote de sorvete entre as pernas e o
controle pulando de canal em canal.

Sem sombras de dúvidas era a mulher mais bonita de toda a minha vida. Tão cheia de
vida e sorrisos que me deixava louco. Sacudi a cabeça pensando que essa mesma data
ano passado estava entediado, sozinho, aturando Emmett e Rosalie usando meu
apartamento para ringue de brigas. Semanas depois eu encontrei Bella, nós começamos
a morar juntos, semanas depois a namorar, meses depois engravidamos, semanas depois
casamos e agora estamos só esperando nossa menina nascer. Eu bati o recorde em
construção de família. Menos de um ano. Sou foda.

- Ei bunda bonita. Não adianta ficar me paquerando e dizer que sou linda porque sou
uma elefanta enorme que está morrendo de sono com o humor prestes a ficar macabro. –
disse rindo quebrando-me dos devaneios. – Dê meia volta e volte para cama. Você
acabou de chegar do plantão.

- Tudo certo. Você é minha esposa, eu posso te paquerar. – argumentei roubando sua
colher e sentando do seu lado.
- Que diabos, Edward! – rosnou – Esse tempo todo não aprendeu que eu odeio dividir
minhas coisas?

- Nós entramos em um acordo, lembra? – perguntei rindo e ela bufou.

- Eu tinha que ter sinal verde. Estou grávida. – deu os ombros puxando a colher de mim.

- E quando não estiver mais?

- Estarei amamentando. – retrucou – E provavelmente depois engravidarei, porque você


do jeito que é. – sorriu maroto.

- Oh, eu fiz o filho sozinho?

- Não, amor. Eu estive lá gemendo pedindo pra você bater mais fundo. – retrucou e eu
estremeci. Ela era uma peste. Nós estávamos a três semanas sem sexo. Eu sei, nove
meses e fica complicado, mas seria fácil se ela – isso mesmo, ELA, filhote do diabo –
não ficasse me provocando. – Não me olhe assim. Eu já disse que posso resolver seu
problema com a boca. – piscou

- Não. – resmunguei – Vamos mudar de assunto? – peguei a colher de volta.

- Babaca. – choramingou – Vá pegar sua colher. São três horas da manhã e você está
devidamente roubando sorvete da sua mulher grávida. Isso é classificado como injusto!

- Ok Bonita, sem chorar. Chorona. – rendi-me e fui até a cozinha pegando um saco de
biscoitos. Nós dois ficamos deitados no sofá da sala vendo tevê e comendo besteiras até
que em algum momento adormeci.

- Bunda bonita. – Bella sussurrou. Abri os olhos lentamente e ela estava sorrindo, com
os cabelos molhados, roupa trocada e já estava claro lá fora. – Você dormiu pesado. É a
terceira vez. – sorriu dando beijinhos no meu rosto.

- Você tomou banho sem mim? – perguntei magoado.

- Bom… Você não acordou, eu cochilei, o sorvete derreteu e fiquei toda melada. –
respondeu sinceramente dando os ombros. Automaticamente pensei em Bella, cheia de
sorvete derretendo pelo seu corpo e minha língua fazendo todo serviço. Eu fiquei
instantemente duro e dolorido. – Urgh.

- Desculpe. Não falei nessa intenção. Ai amor. – Bella falou rápida e aflita. Ela ficava
irritada quando me provocava sem querer. Ela gostava de perturbar intencionalmente
mesmo.

- Dessa vez não né? – brinquei tentando relaxar o clima. Se dependesse dela, nós
teríamos quebrado essa ordem médica, por isso eu tinha que fazer o papel de marido
responsável e manter a linha.

- Dessa vez. – concordou relaxando um pouquinho. – Vá deitar na cama amor, eu


preparo as coisas do churrasco.
- Desista amor, você não ficará longe de mim. – pisquei indo tomar um banho rápido
para encontra-la na cozinha resmungando algo sobre gigante com pés inchados. Nós
preparamos algumas coisas, mas logo Alice simplesmente invadiu a casa com meus pais
em seu encalço.

Pouco tempo depois o que era uma manhã silenciosa com Bella – a gravidez fez minha
mulher ficar mais equilibrada, falar menos, ouvir musicas mais baixas e respirar mais
vezes. Eu devia mantê-la grávidas mais vezes. – se transformou em um verdadeiro
pardieiro.

A família dela com a minha família se transformou em uma só, numa situação ruidosa,
de conversas, gargalhadas, gritos, cantorias e zuações. Bella estava no meu colo depois
do almoço e sua expressão foi ficando tensa.

- Que foi? – perguntei começando a massagear o meio das suas costas.

- Só aquela pressão de quando ela se mexe muito rápido. – respondeu tentando sorrir,
mas foi meio forçado. – Eu vou a cozinha beber um pouco de água, já volto.

- Eu pego, Bonita. Fica sentadinha. – ofereci e ela negou.

- Esticar as pernas. – Piscou indo até a cozinha com os longos cabelos balançando.

Voltei a prestar atenção na conversa parcialmente, ainda de olho nos movimentos de


Bella na cozinha. Ela sorria e falava alguma coisa com Alice, mas depois as duas
sumiram do meu campo de visão, então deduzi que sentaram a mesa. O balcão me
impedia de ver. Leah e Sue também se juntaram a elas duas pouco depois.

Charlie passou a contar suas ultimas aventuras de pesca com Seth e disse que o menino
era um problema em ficar em silencio. Eu tive que comentar que isso era de família,
porque Bella adorava fazer barulho. Não tinha igual. Seth contou que Bella sempre foi
barulhenta e passou a espalhar as melhores brigas dela e de Leah durante a
adolescência. Tentei imaginar Sue tão calma com quatro crianças brigando ao mesmo
tempo.

- Esme! Victória! – Alice gritou daquele jeito agudo que me fez querer tapar os ouvidos.
– Preciso da sua ajuda. – disse mais baixo. – Rosalie, você também.

Esme e Rosalie e Victória foram a cozinha tranquilamente, elas falaram um pouco, vi


Sue saindo e depois voltando com panos de chão, minha mãe subiu as escadas e voltou
com um toalha e Rosalie veio para sala com um sorriso lindo onde nós homens
estávamos sentados juntos.

- Rapazes. Nossa menininha está chegando. – anunciou sorrindo. Completamente


calma. Senti que todos me olharam e eu continuei sem entender. – Edward! Acorda! A
bolsa estourou. – sorriu lindamente.

Bolsa? Que bolsa?


Bella grávida. MEU DEUS DO CÉU A BOLSA ESTOROU. MINHA FILHA VAI
NASCER. Dei um salto enorme e voei até a cozinha onde Bella estava sentada enrolada
na toalha com o sorriso mais lindo do universo colado no rosto. Ela também tinha
Victória falando para respirar conforme aprendemos no pré-natal e na yoga.

- Vai nascer, Bunda Bonita. – Bella sorriu quando me agachei a sua frente. Eu não sabia
o que fazer. Eu queria correr e gritar, mas fiquei preso no olhar mais lindo da minha
mulher. Tão lindamente emocionado. – Edward, amor, agora é hora de você pegar o
carro e me levar para o hospital. – Bella sorriu. Charlie e James praticamente me
empurraram pra ganhar atenção dela. – Estou bem, vocês estão me assustando assim.
Mexam-se. Preciso ir ao hospital ter meu bebê. – falou tranquilamente.

- Sue, ela já parou de vazar. Hora de irmos. – Victória sorriu e Bella apoiou em meus
ombros para levantar. – Edward, as malas, as coisas, tudo pronto?

- Está tudo dentro do carro. – respondi rápido não soltando a mão de Bella.

- Eu vou dirigindo com Bella e Edward. Victória vem conosco. – Jasper puxou da
minha mão a chave do carro. – Amor, leva o carro, ta? – beijou Alice e foi me
empurrando para a garagem.

Durante o caminho Bella teve suas contrações mais curtas.

- Nossa. Essa doeu. – resmungou deitando a cabeça no meu peito. – Precisa doer tanto
pra sair? Alguém ligou pra minha mãe? – perguntou rangendo os dentes.

- Querida, sua mãe chega amanhã e tenho certeza que James vai ligar. – respondi
tentando tranquiliza-la. Inferno, eu era médico e não estava preparado pra ver a minha
mulher dar a luz a minha filha. Eu queria fazer a dor parar, mas só ela poderia fazer
isso.

- E Vovó Elizabeth? Alguém ligou? – perguntou se encolhendo e apertando minha mão.

- Bonita, nós vamos nos preocupar com isso. – sussurrei beijando seus cabelos e Jasper
já tinha Emmett nos esperando no hospital. Eu não queria saber quantas multas ele
levou para chegar tão rápido.

- Eles já têm um quarto e Victória já subiu para se vestir. – Emmett soou tranquilo.
Diabos, ele estava se formando em pediatria. Ver recém-nascidos era seu esporte
favorito. Por que eu estava tão nervoso?

- Santa Merda! – Bella gritou se contraindo. – Respirar. Eu vou conseguir. Ai merda,


amor dói demais! – chorou e eu estava do seu lado em dois segundos. – Não me deixa,
por favor, eu não vou conseguir fazer isso sozinha, você vai estar comigo?

- Claro que vou, amor. – sorri bobo secando suas lágrimas. – Eu nunca vou sair do seu
lado.

- Ok, babaca, espero que esses anos de academia tenha preparado você ao meu aperto
mortal. – sorriu apertando minha mão.
- Eu aguento. – pisquei.

- Eu quero muito xingar um palavrão, mas minha filha não merece ouvir isso. –
choramingou no elevador. – Vai demorar muito? Minha bolsa estourou tem meia hora e
já tenho contrações… Isso é normal? – perguntou a enfermeira. Ela estava começando a
entrar em pânico. Porra, Edward, você é o médico.

- Amor, respira. – disse e ela continuou esperando uma resposta. – Bonita, respira
fundo, seu trabalho de parto deve ter começado cedo. Há quanto tempo você está
sentindo dores?

- Desde daquela hora que tomamos sorvete no sofá. – murmurou timidamente e mordi
minha língua para não brigar com ela. – Tem mais de doze horas.

- E em quanto tempo vinha às contrações? – perguntei tentando focar na situação. Ela


sabia que estava errada em não ter falado nada.

- A cada hora, eu acho. Eu não tenho certeza, Edward. Eu realmente achei que fosse
gazes ou ela se mexendo. O último mês foi assim. – resmungou emburrada e tivemos
que nos soltar para a cadeira entrar no quarto e ela deitar-se a cama.

- Bom bom bom. Minha sobrinha vai nascer! – Victória entrou no quarto sorridente. –
Vamos ver sua dilatação. – sentou-se a beirada da cama e Bella se contorcia de nervoso.
– Eu acho que devemos esperar só mais um pouquinho. Preciso que relaxe Bells.

- É fácil falar. Não é você que vai parir quase três quilos em sua vagina apertada. –
rangeu os dentes caindo na cama. Eu olhei pedindo desculpas a Victória, mas ela
pareceu não se importar. Hormônios. – Putaquepariu mais quanto tempo? – Bella gritou
e suas contrações diminuíram o tempo.

- Quando não restar mais espaço entre as contrações. – Victória sorriu. – Em alguns
minutos, quem sabe? – sorriu dando tapinhas na perna de Bella.

- Eu vou te chutar cadela. – Bella murmurou irritada. Eu abri a boca pra falar, mas ela
me lançou o olhar mortal. – Eu nunca mais faço sexo com você! – acusou – Eu estou
falando sério. Você fez isso comigo.

- Quando seu resguardo acabar, vou te lembrar disso. – brinquei e ela me golpeou um
tapa.

- Eu quero meu pai! – chorou – Eu posso ter meu marido e meu pai aqui? – perguntou a
enfermeira que negou. – Chame Aro aqui, ele vai ter que me explicar porque não posso
ter meu – MERDA – pai aqui e meu marido.

- Um ou outro, querida. – a enfermeira disse docemente.

- Cadê Jéssica Stanley? Entre uma vadia e outra prefiro uma que faça o que eu quero. –
retrucou – Victória, quando começa a parte que eu empurro minha filha e essa dor
desaparece do meu corpo?
- Bella, calma, amor. – beijei sua testa suada e ela resmungou algo “não é você que está
parindo”. Eu só pude suspirar. Meu demônio estava a solta.

Mais alguns minutos ou horas Bella gritou e xingou qualquer pessoa que falasse algo,
até que Victória pediu que eu sentasse atrás dela, o que Bella quase soltou um grito de
felicidade. Suas unhas encontraram um buraco na minha perna enquanto eu tinha o
dever de incentivá-la a continuar empurrando.

- Eu não consigo, amor. – chorou

- Eu sei que você consegue, Bonita. Você é capaz disso. Só mais um pouco. – incentivei
e ela gritou empurrando de novo.

- Vamos lá. Eu já tenho a cabeça! – Victória incentivou

- Não fale da minha filha desconjuntada! – Bella gritou empurrando novamente e um


som de choramingos baixos preencheu a sala.

- É tão linda! – Victória chiou emocionada. Bella deitou novamente no meu peito
arfando. Ela estava meio mole com a respiração completamente dolorida.

- Você fez um excelente trabalho, amor. Ela nasceu. – sussurrei beijando seu pescoço
freneticamente. Porra! Minha filha! Minha mulher fez minha filha nascer perfeita. Isso
era tão louco e lindo que queria sair correndo, pulando e gritando de felicidade. – Eu te
amo, seios gostosos.

- Só você pra me fazer rir assim. – Bella murmurou meio rindo, meio chorando. – Quero
a minha filha. – pediu ansiosa.

- Papai vem cortar o cordão umbilical e leve a nossa menina a mamãe. – Victória pediu
voltando a trabalhar em Bella, que estava mais relaxada.

Rapidamente atravessei o quarto e fui até enfermeira que fazia os primeiros testes nela,
limpava e abria sua boca, tirando todo resquício de placenta que poderia sufoca-la. Eu
queria me importar com termos médicos, mas putaquepariu eu fiz o bebê mais
malditamente lindo do universo. Minha mente só processava que ela tinha o rostinho em
formato de coração, os lábios e o nariz de Bella. Completamente cabeluda.

- Oi amor. – sussurrei chorando. Minhas mãos tremiam conforme cortava seu cordão e
enfermeira pegava enrolando em um manto rosa. – Tão pequenininha do papai. –
comentei segurando-a em meus braços.

- Edwaaaaaaaaaaard. – Bella choramingou querendo ver a nossa menina.

- Ela é tão linda, amor. – emocionei-me sentando ao seu lado, entregando-a para Bella
que tremia compulsivamente. – Tão perfeita.

- Oi. Eu sou sua mamãe que xingou como um marinheiro. Espero que me perdoe. –
Bella sussurrou – Charlotte, mesmo com cara de joelho amassado, você é a bebê mais
linda do universo. – sussurrou chorando. – Edward, eu te amo. – Bella soluçou e com o
braço envolvido em torno dela, colei nossos lábios.

- Eu te amo, minha vida. – beijei seu nariz.

- Oh. Alguém nos observa. – Bella sorriu e Charlotte nos surpreendeu abrindo os olhos
pela primeira vez, mostrando seus olhos tão azuis quanto os meus. – Cabeluda, com os
olhos do pai e meu nariz. – Bela sorriu

- Tão perfeita quanto a mamãe. – sussurrei e ela surpreendentemente agarrou meu dedo.
Sua mãozinha pequenininha ficou me segurando me fazendo chorar. – Serei o pai mais
bobo do mundo.

- Você pode ser como Charlie, não vou me importar. – Bella comentou sem desviar os
olhos da nossa menina.

- Bells, precisamos leva-la para os exames de praxe, em quinze minutos ela volta. –
Victória sorriu pegando a menina que para minha surpresa, Bella entregou, mas não
tirou os olhos dela.

Os próximos minutos eu e a enfermeira ajudamos Bella a terminar de se limpar, ela


queria tomar banho, mas ainda não podia levantar, mas foi aquela história de banho de
gato. Ela quis pentear o cabelo e a enfermeira fez uma trança frouxa. Ela parecia ter
esquecido que no momento de ápice Bella a chamou de vadia pra baixo.

- Olha quem voltou, mamãe. – Jéssica entrou no quarto com o pequeno berço móvel. –
Demoramos porque Tio Emmett parou a enfermaria com a minha chegada e tinha uma
multidão me olhando pelo vidro.

- Oh, eu imagino. – comentei imaginando minha família fazendo escanda-lo lá fora.


Bella sorriu se esticando para pegá-la de novo, que já vestia a roupinha rosinha que
escolhemos juntos semanas atrás. Era branca com lilás.

- Eles vão entrar, mas só por uma hora. Eu vou deixar todos, mas, por favor, controlem,
porque se minha chefa descobrir, não será Aro que poderá me salvar. – Jéssica
comentou – Parabéns, ela é linda. – sorriu e Bella retribuiu sinceramente. As mulheres
da minha vida eram as mais lindas do mundo.

- Oh! Ela é tão perfeita! – Charlie foi o primeiro a entrar, vindo parar ao lado de Bella,
que embalava a nossa menina que praticamente tinha a mão dentro da boca.

- Será que isso é fome? – Bella perguntou sorrindo. Nós dois sabíamos que ela tinha
leite em abundância. Nos últimos meses era preciso estimular as glândulas mamarias
dos seios e por isso praticamos bastante. Tanto ao ponto dela louca ficar brincando de
tiro ao alvo no espelho. – Mamãe ainda não sabe como vai te dar de mamar, mas que tal
você ser babada um pouquinho pela nossa família?

Charlotte desviou sua atenção da boca e olhou para Bella como se tivesse tendo uma
conversa. Seus lábios tremeram no seu primeiro sorriso e Alice não parava de tirar
fotos. Estava se flash e ela precisava de movimentar. Bella deu nossa menina a Charlie e
ele tinha James, Leah, Seth e Sue pendurados no seu ombro.

- Você é linda demais. Ainda bem que puxou o Tio. – Seth disse rindo.

- Teria muito medo se minha filha parecesse com você, estupido. – Bella ralhou.

- Tão linda. Eu lembro o dia que peguei você pela primeira vez. – Charlie sussurrou
indo até meus pais, que até então, estavam tão calmos. Era muita gente para competir
atenção. – Olhe, esse é seu vovô Carlisle e vovó Esme, a gente vai te mimar tanto. –
Charlie sussurrou – Igualzinho que eu fiz com sua mãe, não deixe sua avó Renée saber
disso, ela é tendenciosa a dramas. – completou entregando Charlotte ao meu pai, que
tinha os olhos vermelhos.

Bella soluçou deitando a cabeça em meu ombro, observando a cena da nossa família
completamente misturada, babando pela nossa menina.

- Bom trabalho, bunda bonita. Você me ajudou a fazer uma garota quente. – Bella riu.
Só ela para referir a um bebê desse jeito. – Eu quero outro filho. – disse e todos olharam
assustados pra ela. – Calma gente. Estou tentando me desculpar com meu marido,
voltem a babar minha filha. – sorriu e virou-se pra mim – Eu fui uma cadela com você,
mas estava doendo como um inferno. Eu te amo, Edward. Te amo por ser meu melhor
amigo, meu namorado, meu noivo, meu marido, meu homem, meu macho, minha bunda
bonita mais babaca do mundo. – sussurrou chorando – Eu achei que nunca iria querer
ter essa experiência, mas tudo é você.

- Eu não poderia te amar mais por ter dado a luz a nossa primeira filha, amor. – sorri
beijando seus lábios – Você é a minha vida e pode gritar comigo nos próximos partos. –
pisquei e ela gargalhou. – Eu te amo. Por toda minha vida.

Jéssica entrou pedindo para que todos saíssem porque era hora da mamãe e do bebê
relaxarem, e Rosalie não queria soltar a sobrinha. Quando ficamos sozinhos, Victória
instruiu como amamentar junto com Emmett. Eu tentei não me importar com meu irmão
tocando nos seios da minha mulher e depois de um tempo me convenci que ele via Bella
como irmã, ela era minha mulher e era melhor ser meu irmão que outro homem. Isso
definitivamente não ia acontecer.

- Ela é forte. – Bella sussurrou a voz meio cortada. Começou a sangrar um pouco. Ela
ficou assustada, mas Emmett sorriu.

- Ela vai mamar com sangue e tudo. Estou deixando essa pomada aqui para Edward
passar quando ela adormecer. Toda vez que ela terminar de mamar, é importante passar
que vai cicatrizar mais rápido. – disse mostrando a Bella os tubos branco com rosa. –
Nas próximas vezes vai doer menos e a pomada não é prejudicial, pode confiar.

- Obrigada Emm. – Bella sussurrou sem tirar os olhos da nossa menina mamando. Eu
também não. – Amor, seu parque de diversões está compartilhado. – Bella brincou meio
bocejando.
- Eu consegui fazer com que ela não vá ao berçário, ao menos que necessário, por isso,
papais, vão dormir juntinhos hoje. – Emmett beijou a cabeça de Bella – Amanhã o Tio
Emmett volta. Estou tão ansioso para te ensinar besteiras. – sussurrou brincando com a
mãozinha de Charlotte, que estava muito concentrada nos seios de Bella. – Mano,
parabéns, de novo. – sorriu e não pude controlar o sorriso idiota que cresceu em meus
lábios.

- Fiz direitinho. Com amor e carinho. – brinquei e Bella revirou os olhos.

- Até amanhã, família!

Depois que Emmett saiu, ajudei a Bella colocar a pomada porque Charlotte estava
dormindo pacificamente no berço móvel do hospital. Bella teve sua ultima verificação
da noite e conseguimos nos aprontar para que ela pudesse dormir.

- Eu não quero dormir. – bocejou – Quero olhar minha filha. – sussurrou tentando
reprimir outro bocejo.

- Ela estará aqui e provavelmente vai te acordar quando sentir fome. – empurrei seus
ombros finos e magros até a cama. – Você fez muito esforço hoje. Deixe-se relaxar.

- Você vai ficar confortável neste sofá? – perguntou mordendo os lábios preocupada.

- Não se preocupe comigo. – protestei e ela bufou.

- Estou tentando ser uma esposa legal. – resmungou. – Tudo bem bunda bonita, não faça
nada emocionante sem mim.

- Nada é emocionante sem você. – sorri beijando sua testa, nariz, bochechas, queixo e
por fim, boca.

Não contei até dois até ver Bella adormecida embolada em si mesma, virada em direção
ao berço, com a mão segurando-o como se fosse fugir. Deitei no sofá deixando o berço
no meio de nós dois e suspirei. Tinha sido um dia intenso. Eu nunca iria esquecer
nenhum segundo do dia mais feliz da minha vida. Eu comecei a cochilar durante um
tempo, mas ouvi barulhinhos estalados perto do meu ouvido para abrir os olhos e
encontrar Charlotte com a mãozinha na boca me olhando. Seus lindos e enormes olhos
azuis me fitando com curiosidade.

- Oi linda. – sussurrei e ela soltou um estalo chupando a mãozinha – Você não chora
quando acorda? Acho que o papai pode gostar disso. – continuei falando baixinho
porque Bella continuava dormindo e não se passava três horas desde a hora que ela
esteve amamentando. – Vamos tentar não mexer na mamãe agora? – peguei-a

Aninhei Charlotte nos meus braços e rocei meu nariz em sua pele macia sentindo seu
cheirinho de bebê maravilhoso. Ela tinha os cabelos escuros e com a raiz clara. Eu não
sabia se ia cair para o bronze como o meu ou para o castanho como Bella porque ela
tinha fios loiros em sua raiz. Minha menina mexeu as pernas com força e ficou
apertando meu nariz fazendo barulhinhos com a outra mão que estava na boca. Eu acho
que era fome.
Fiquei mais um tempinho observando-a e ela começou a torcer a expressão. Acho que
agora iria chorar. Ela estava menos inchada e dava pra ver o quanto parecia com a Bella.
Seu narizinho arrebitado iria se torcer muito pra mim, como a mãe fazia. Eu não podia
estar mais ansioso pra isso.

- Ei papai. – Bella chamou-me – Eu poderia ficar a noite inteira vendo você afogar
nossa filha de baba, mas eu acho que já sou uma mãe muito foda e sinto que esses
barulhinhos são de fome. – sorriu e eu nem tinha percebido que ela estava acordada.
Sentei-me ao seu lado e Charlotte pareceu abrir mais os olhos quando viu Bella. Ela
tocou o queixo de Bella fazendo outro barulhinho estalado com a boca. – É a mamãe. –
sorriu – Eu sei, vou te dar um dólar pelo palavrão.

- Vou abrir falência. – murmurei baixinho e Bella riu. – Nós precisaremos encontrar um
meio de lavar a boca da mamãe, filha.

- Como se papai fosse santo. – Bella murmurou ajeitando Charlotte para mamar. Peguei
aquele travesseiro enorme que tinha esquecido o nome e que de maneira alguma iria
ficar na minha cama e fiquei observando as caretas de satisfação da minha filha e de dor
da mãe. – Oh, ela dormiu novamente. – Bella sussurrou – Ainda bem que lembrei fazê-
la mamar no outro seio.

- Amanhã iremos lembrar-nos disso. – beijei sua bochecha.

- Acho que aceito cochilar de novo. – Bella bocejou me entregando Charlotte para o
berço. – Como vou descobrir que ela vai precisar trocar a fralda?

- Não sei. – respondi sinceramente. – Acho que ela vai chorar. – completei pensativo
cobrindo suas mãozinhas. Isso pareceu satisfazer Bella porque ela se ajeitou para dormir
e mandou um beijinho pra mim.

- Eu acho que eu pari uma criança. – murmurou antes de dormir. – Uma fodidamente
linda. – bocejou incoerente.

- Viu Charlotte, mamãe já te deve cinquenta dólares. – brinquei voltando a deitar no


sofá.

Vovó Elizabeth chegou de manhã cedinho e enquanto pode segurar Charlotte no colo
sem falar mais nada. Bella estava mais disposta e pediu que Alice a acompanhasse até o
banheiro, onde eu juro que ouvi barulho de secador e o cabelo dela voltou mais liso. E
tinha uma leve maquiagem também com um vestido florido de algodão que compramos
semana passada. Eu tentei não pensar porque ela não quis minha ajuda.

- Você não pode me ver assim. – Bella resmungou

- Assim como? – perguntei confuso. – Eu estou cansado de te ver nua.

- Não é isso, amor. – revirou os olhos. – Eu ainda tenho a barriga flácida e estou usando
cinta. Essa definitivamente não é a cena que eu quero que você veja.
- Fala sério. – exalei a respiração incrédulo. – Eu nunca deixaria de te desejar, amor. –
sussurrei no seu ouvido e ela corou.

- Eu te amo. Muito. – beijou-me e voltamos a prestar atenção em Vovó Elizabeth tendo


um papo animado com Charlotte. Alice e Rosalie estavam penduradas do seu lado sem
desviar o olhar.

O dia iria parecer tranquilo e Bella começou a conversar com as meias irmãs do mal.
Alguém bateu na porta e imaginei ser meus pais pela hora, mas fiquei surpreso ao ver
Seth segurando o braço de Jeremias.

- Oh! Jér! – Bella praticamente pulou da cama e foi ao encontro dele. – Eu não sabia
que você vinha.

- Seth foi me buscar esta manhã. – sorriu timidamente. – Eu tinha que vim ver minha
netinha.

- Você odeia hospitais! – Bella exclamou emocionada.

- Eu te amo muito mais, minha menina. – sorriu abraçando Bella – Agora, mostre-me
Charlotte. Seth insiste em dizer que é linda como ele.

- Nunca dê ouvidos a Seth. – Bella resmungou e Vovó Elizabeth se aproximou com


Charlotte. – Essa é a Charlotte Claire Swan. – Bella apresentou e Jeremias se inclinou
emocionado para ver melhor.

- Eu posso? – perguntou mencionando sem segurar minha filha. Bella assentiu e meu
pacote rosa estava nos braços dele, sendo embalada meio sem jeito. – Oi Edward. Ela
realmente é bonita, mas não veja nada de Seth aqui.

- Vocês são cegos. A menina fará tanto sucesso quanto eu. – Seth revirou os olhos
dramaticamente.

- Então eu serei o pai mais tranquilo porque nós dois sabemos que você não faz sucesso
algum. – retruquei e todos riram. Seth deu os ombros voltando a babar minha filha.

O dia foi cheio de visitas. Aro ficou um tempão com minha filha no colo contando meus
maiores deslizes desde o colegial até o fim da residência, fazendo Bella e minha avó
terem crises de risos. Depois Jane ficou completamente emocionada com Demetri e eles
foram embora dizendo que era hora de dar um sobrinho a Alec. Riley e Bree chegaram
ao anoitecer e ficaram um bom tempo com a menina no colo. Bella estava tão
absurdamente boba que não parava de sorrir. Foi um dia movimentado com gente
entrando e saindo e eu tive que ir em casa um momento tomar banho, comer alguma
sobra, mas depois descobri que meus pais tinham ficado lá e mamãe tinha um jantar
quentinho. Eu engoli tudo e voltei para o hospital para encontrar Renée com Charlotte e
Phil.

- Vocês fizeram um excelente trabalho. – Renée sorriu quando entrei no quarto. – Ela
não chorou em momento algum. Que verdadeira dama. – completou embalando o
pacotinho rosa.
- Ela é calma, pelo menos por enquanto. Tanta gente pegou, conversou, mexeu e ela não
choramingou ou estranhou. Ela também acorda sem chorar. Tudo é novidade. – Bella
sorriu – Ela choramingou quando Edward e eu fomos trocar sua fralda. Creio que pelo
frio.

- Ela fica com os olhões observando tudo. – Phil comentou

- Bella que é assim. Essa calma é disfarçada. – Renée brincou – Eu estava tão ansiosa
para te conhecer. É tão gostoso ser avó. Sua lindinha!

Renée ficou até o ultimo horário de visita e nos deixou para nossa segunda noite como
pais e ultima no hospital. Bella deitou-se um pouco cansada e não quis por Charlotte no
berço. Eu fiquei observando as duas dormirem até quase desmaiar de felicidade. Eu era
o homem de sorte, tendo duas pessoas tão lindas que eu iria amar incondicionalmente
por toda minha vida.

De manhã cedo nos arrumamos para ir embora. Charlotte ficou tão entretida com Bella
contando como a gente se conheceu de uma maneira completamente engraçada. Bella se
recusou a sentar na cadeira de rodas por ter passado dois dias sentada sem se mover e
por isso descemos andando, onde eu sabia que tinha praticamente uma multidão
esperando nossa chegada a recepção. Jéssica vinha conosco, porque era o dever de uma
enfermeira acompanhar o paciente e isso rendeu boas risadas, porque ela soltou histórias
de como Bella era desengonçada no colegial.

- Ai meu Deus. – Bella falou boquiaberta. Toda nossa família – eu disse toda – estava
nos esperando nos saguões completamente ruidosos, chamando atenção, gargalhando,
conversando e brigando.

- Nossa! Vocês tem uma grande família. – Jéssica comentou quando eles avançavam
como um exército. Bella chegou apertar Charlotte nos braços. – É, boa sorte, Charlie. –
sorriu deixando-nos com a nossa família que disputava atenção.

Observei Bella abrir seu maior sorriso emocionado conforme segurava Charlotte e tinha
praticamente todos disputando sua atenção, querendo pegar nossa filha e falavam ao
mesmo tempo. O hospital inteiro estava parado com tanta gente chamando atenção e
nem parecia que tinha três médicos da Staff presentes. Essa era a mistura perfeita que
me fez apaixonar por Bella.

Barulho, amor, atenção, carinho, extroversão, inteligência, amizade, companheirismo e


tantas outras coisas que nos misturavam e nos completavam. Vovó começou a dar crise
com Renée sobre se hospedar em nossa casa e Bella foi se encolhendo nos meus braços,
segurando Charlotte que nos olhava com os olhos assustados e o pé na boca. Como ela
conseguiu fazer aquilo, não sabia, mas eu só podia dizer uma coisa em relação a nossa
família.

- Boa sorte, Charlie. – Bella sorriu beijando seu nariz – Bem vinda a mistura insana de
Swan’s com Cullen’s.

Vovó pegou o braço de Bella e disse como era ultrajante ter que disputar sua bisneta.
É filha, boa sorte.

Capítulo 20 – Epílogo

10 anos depois….

Estava sentado na minha mesa observando os cabelos de Charlotte sacudir, conforme


pulava tentando saber se eu tinha algum paciente dentro do escritório. Ao invés de bater,
ela pulava pelo vidro e verificava se estava só. Semana passada disse que ela podia
bater, mas acho que como a mãe dela, ignorou o que disse. Rindo, fui até a porta
encontrar minha garotinha de dez anos de idade.

- Finalmente pai. – resmungou com a mão cheia de doces. – Não me olhe assim, Pops
disse que você era filho dele, então, ainda manda em você. – completou repetindo a
resposta do meu pai.

(N/A Pops nesse momento é Aro)

- E eu mando em você, bonitinha. – apertei seu nariz e puxei os doces de sua mão.

- Adianta dizer que estava altamente disposta em dividir com Tony? – sorriu travessa.

Charlotte tinha se desenvolvido lindamente. Ela com toda certeza iria ser nanica como a
mãe, porque Anthony com oito anos conseguia ser uma pouco maior. Seus cabelos eram
cacheados como de Bella, da mesma cor e os olhos azuis vivos como os meus. Um
verdadeiro sucesso.

- Não. Tony está com cáries nos dentes. – respondi e ela deu os ombros.

- Isso realmente não é minha culpa. – sorriu enrugando o nariz como a mãe. Eu amava
cada pedacinho da minha princesa. Ela era a cópia fiel de Bella. Principalmente nas
loucuras. – Então, mamãe disse que você estará em problemas se chegarmos atrasados
para o almoço.
- Me diz de novo o que você veio fazer aqui? – perguntei confuso. A menina chegou do
nada expulsando as enfermeiras de perto de mim. O ciúme era como da mãe também. –
Seu irmão está onde agora?

- Aqui. – sorriu meu garotinho sentando do lado da irmã. Charlotte sorriu e puxou os
doces para trás do seu corpo. Espertinha.

Eu tinha um lindo menino de oito anos. Dois anos depois que Charlotte nasceu, Bella e
eu decidimos que teríamos mais um filho enquanto estávamos jovens. Então, veio
Anthony Carlisle Swan Cullen. Ele tinha o mesmo cabelo impossível de pentear, meio
bronze, meio ruivo, olhos azuis, pernas cumpridas como a minha e confesso que o
queixo e o nariz eram meus também. Bella vivia dizendo que ela foi o meio de
transporte do meu MiniMe* por nove meses.

(N/A MiniMe* Quem viu o filme Austin Powers sabe do anão que é o Mini Austin
Powers, chamado Mini Me*)

- Nós viemos com Tia Rosalie trazer o Ethan para Tio Em. Mamãe disse que
precisávamos sair de perto dela antes que nos colocasse para doação. – deu os ombros.
Sufoquei a risada porque eles deviam ter enchido a paciência da minha mulher.

- O que fizeram para mãe de vocês? – perguntei tentando soar sério. Percebi que falhei
quando Anthony revirou os olhos.

- Charlie tem tendências dramáticas como Tia Alice. Ela acordou esta manhã querendo
convencer a mamãe comprar um novo tênis que todas as amigas delas tem. – Tony
suspirou. Ele não tinha uma gota de paciência com as ideias de Charlotte.

- Eu só estava tentando fazê-la entender meu ponto. – deu os ombros – Pai, já que você
resolveu me privar de doces, podemos ir embora almoçar?

- Ok, ok mocinha. – sorri bagunçando seus cabelos e ela bufou.


Terminei de pegar minhas coisas e separei a quadragésima briga em menos de cinco
minutos e fomos para meu carro. Rosalie acenou de longe com Ethan no colo e ela
devia estar lá em casa desde cedo. Bella decidiu que iria para de trabalhar e por isso
minhas cunhadas estavam frequentando ainda mais minha casa. Era tanta mulher que
não sabia onde me enfiar. E ah, crianças também. Descobrimos que em nossa família
somos bons fazedores de bebês.

Rosalie e Emmett tinham três filhos lindos: Max, John e o pequeno Ethan. Alice e
Jasper tinham London e Mia. Leah e Sam tinham Quil e Embry, as duas verdadeiras
pestes que já conheci. Era difícil controla-los. E ainda juntava com o pequeno satanás
que Victória e James conseguiram fazer: Piero. E as duas caçulas, que era Tara, filha de
Seth com sua esposa, Claire. E a minha princesinha chamada Anne Elizabeth de oito
meses.

Sim, eu e Bella conseguimos a proeza de termos três filhos em dez anos de casamentos.
Eu amava minha mulher loucamente por ter me dado mais três amores fodidamente
perfeitos. Eu achei que não poderia amar mais na vida, mas toda vez que os via,
colocava pra dormir ou recebia um beijo, meu coração entrava em processo de explosão
de orgulho. Estacionei o carro na garagem e as crianças pularam fora antes mesmo que
pudesse dizer-lhes algo.

Bella os enviou para me tirar do trabalho cedo. Hoje nós iriamos a Forks para o
aniversário de oitenta anos da Vovó Elizabeth. A mulher me tinha me enrolado com o
dedo mindinho. E eu não poderia estar mais feliz. Meus avós haviam se mudado para
Forks e a mansão não era mais a mesma. Ela estava quatro vezes maior devido a
quantidade de netos somados com o exagero da minha mãe.

- Querida! Cheguei! – gritei do hall de entrada e ouvi uma gargalhada gostosa bem
próxima a mim. No meio da sala, Anne estava no cercadinho olhando para a direção da
minha voz. Ela não podia me ver ainda, mas eu via seus olhinhos azuis na expectativa.

Assim que me fiz presente, ela sorriu e gargalhou mais ainda. Sua boca estava
completamente babada pelos dentinhos que ainda nasciam.

- Eward! – gritou batendo palminhas. Ah, sim… Ela não me chamava de papai… Nem
pagando.
- Baby Ann. – sorri pegando-a no colo – Como vai você, princesa? – perguntei
enchendo-a de beijos. Ela soltou inúmeras gargalhadas gostosas e apertou meu nariz em
resposta. – Você se comportou direitinho com a mamãe?

- Mama? – perguntou apontando para outra direção. Indicava a cozinha e Bella estava
parada ali com um sorriso bobo nos lábios, nos observando. – Mamamamamama!

- Oi, meu amor? – Bella sorriu se aproximando.

- Eward. – apontou pra mim e sorriu vindo esfregar o nariz com o meu, dando beijinhos
de esquimó.

- Papai chegou em casa, é isso? – Bella perguntou novamente, chegando mais perto. Eu
ainda estava distraído com Anne agarrando meu nariz com força. – Está na hora do bebê
almoçar.

Dei um beijo na bochecha de Bella e acariciei sua cintura. Ela sorriu e corou. Nós
tivemos um bom tempo esta manhã quando ela me acordou aos beijos e logo montou
em cima de mim porque não tínhamos lá tanto tempo. Anne dormia pesado, mas
escolhia as melhores horas para acordar.

- Ann, papai não ganhou beijo da mamãe. – choraminguei e Bella somente riu indo para
cozinha. Fiquei parado vendo seus quadris se moverem perfeitamente. Bella conseguia
estar com 32 anos, três filhos e gostosa pra caralho. Eu ainda não conseguia manter
minhas mãos longes do corpo dela.

- Eward?

- Ok papai te leva para comer. – sorri beijando sua bochecha gordinha. Minha menina
era linda. – Charlie, Tony, hora de comer. – gritei na beirada da escada. Eles vieram
correndo e sorriram quando viram a irmã pequena batendo palmas e tendo convulsões
de felicidade.
- O que tem para comer, mãe? – Tony perguntou dando um beijo estalado na bochecha
de Bella.

- Eu fiz torta de camarão. – respondeu e meu estomago deu voltas. A mulher também
me conquistou pela barriga. Tony a ajudou de terminar a mesa e Charlotte se ocupou
arrumando o lugar da irmã menor. – Obrigada crianças.

- Papa! – Anne bateu comemorando vendo sua papinha de espinafre se aproximar. –


Mama papa!

- Eu sei, sobrinha de Emmett. Estou chegando. – Bella ralhou. Ela vivia dizendo que
minha filha tinha o apetite do Tio Em.

Nós almoçamos com as crianças dando o relatório real do tempo que ficaram no
hospital. Charlotte contou quantas enfermeiras falaram comigo e ainda assegurou que
tinha uma dando em cima de mim. Bella tentava se manter séria e fatal pra mim, mas
ela achava malditamente fofo sua cria também brigando por mim. As duas eram
ciumentas demais. Eu só não falava muita coisa porque depois de socar muitos homens
por aí, vivia dizendo a Tony que ele deveria proteger sua mãe e irmãs de homens, todos
eles.

- Crianças, vamos tomar um banho e descansar antes de irmos para Forks, ok? – Bella
soou maternalmente enquanto eu lavava a louça e ela secava.

Anne estava nos meus pés puxando minha calça enquanto lavava, Bella ficava batendo
com a bunda em mim propositalmente, sentindo o quanto estava começando a ficar
animado. Ela mordia o lábio inferior para não rir, mas a safada fazia essas coisas de
proposito. Só depois que Anne começou a chorar de sono, ela me deixou só e subiu para
verificar a gritaria no segundo andar. Provavelmente o Senhor Thomas, o sapo
gosmento e nojento do meu filho fugiu para o quarto de Charlotte. Subi e encontrei as
portas fechadas, significava crianças tentando dormir e papai devidamente atrapalhava
porque eles me viam como sinônimo de brincadeira. Toda vez que os colocavam para
dormir, eram altas gargalhadas deixando minha mulher bem puta da vida comigo.
Tomei banho quente, relaxante e não tinha sinal de Bella. Tony dormia pacificamente
sozinho, Anne também e encontrei-a ainda dobrando umas roupas no quarto de
Charlotte, que também dormia. Agarrei-a por de trás empurrando levemente seu corpo
do chão e ela soltou um gritinho abafado, mas depois relaxou e deitou a cabeça no meu
ombro.

- Estou cansada. E nem são 15h da tarde. – resmungou

- Acompanhe seu marido que ele vai te fazer uma massagem revigorante.

- Não quero massagem. Eu sinto falta de apenas deitar e dormir do seu lado. –
respondeu me puxando pelo corredor. Nós deitamos e como costume, puxei-a para
meus braços. – Caralho, eu tenho 32 anos. – sussurrou com os olhos arregalados. – Um
marido gostoso e três filhos. – sorriu – Edward, você me fez parir três crianças. A sorte
que sua bunda continua bonita.

- E você dizia que ela iria cair.

- Daqui a uns anos ela vai parecer mochila de hippie, não se anima. – brincou – Eu pelo
menos estiquei três vezes e continuo gostosa.

- E eu achei que crianças iriam te fazer lavar a boca. – brinquei cutucando suas costelas.

- Consigo controlar minha boca. Charlotte estava levando minha conta bancária a
falência com tantas notas de 1 dólar de punição. Tony nunca se tocava, horas depois ele
vinha cobrar, era mais fácil enrolá-lo.

- Que horror, Bonita. – gargalhei alto. – Nós fizemos uma espertinha. Charlotte não
deixa barato para ninguém. Hoje ela olhou tão feio e foi logo chamando Jéssica para
ajudar a tirar a mulher de perto de mim. O mais engraçado é que nem vi isso acontecer.

- Você nunca vê as mulheres te secando. – revirou os olhos.


- Eu só tenho olhos para uma mulher só. – sussurrei no seu ouvido e ela me bateu.

- Essa é velha, babaca. – socou-me – Seja mais criativo e deixo você fazer sexo comigo
até foder seu cérebro essa noite.

- Não me anima, ok? Nós temos um bebê que gosta de acordar nas horas que papai está
quase lá. – sussurrei imaginando ter Bella a noite inteira.

- Meu pai pediu para ficar com as crianças esta noite. Todos os três vão dormir com
Pops Charlie hoje.

- Séeeeeeeeeeeeerio? – sorri animado. – Eles voltam amanhã, certo? É porque é meu dia
de folga e pensei em treinar com Anthony na campina enquanto Charlie anda de
bicicleta.

- Amor da minha vida. Eu acabo de dizer que seus filhos vão dormir fora, isso te dá uma
noite de sexo incrível sem interrupção, e está seriamente preocupado quando eles
voltam? Porra, eu te amo. Pensei a mesma coisa mais cedo.

- Somos incorrigíveis com nossas crias. – beijei seu queixo e ela bocejou.

- Mãe? – Charlotte soou na porta. Ela tinha Anne no colo. – Você esqueceu a babá
eletrônica lá no quarto de novo. – bocejou e Anne pulou para cama e Charlotte deitou
do meu lado.

- Eward? – Anne chamou sonolenta e coloquei minha mão nela, dois segundos depois
dormiu com o rosto enterrado em Bella. Minha esposa também ficou com os olhos
pesados e se deixou dormir. Cinco minutos depois Tony pulou do meu lado, puxando
parte do edredom pra si.
- Tinha que estragar o clima. – Charlie sussurrou dando uma cotovelada de leve no
irmão, que riu dando um beijo estalado na bochecha dela. – Você é nojento.

- Você nunca vai arrumar um namorado. Não gosta de beijos. – Tony sussurrou e
Charlotte riu bocejando. – Dorme maninha.

- Dorme, burro.

Charlotte chamava seu irmão de burro e acredite se quiser, era seu apelido carinhoso.
Visto que sua primeira palavra foi babaca, de tanto ouvir sua mãe me chamar assim, não
foi surpresa a ninguém ouvi-la amar o irmão. Eu não tive coragem de repreender porque
era inofensivo e também engraçado pra caramba.

Eu estava com sono, mas a cena diante dos meus olhos era tão linda que seria ridículo
dormir sem babar um pouquinho. Meu menino dormindo com o braço jogado na cintura
da irmã, que estava virada de bruços, com o dedo mindinho enrolado no cabelo de
Anne, que tinha o rostinho enterrado em Bella, na outra extremidade da cama. Estava
apertado e quente, mas nenhum deles pareciam de importar, contando que estivessem
juntos.

Essa era a minha família. Bella chegou na minha vida e eu virei um homem. Minha
maluquinha bonita que eu amava mais que a minha própria vida. Ela me deu mais três
presentes, prova real do nosso amor. Não podia ser mais feliz e apaixonado pela minha
vida. Cada segundo era extremamente importante pra mim. A vida deles era a minha
prioridade.

- Dorme um pouquinho, nós não vamos fugir. – Bella sussurrou e fiquei meio perdido
nos seus olhos. Meu coração bateu forte. Eu a amava tanto que sufocava. – Eu também
te amo, marido. – sorriu antes de fechar os olhos e adormecer novamente.

Ajeitei Anthony a minha frente e lembrei-me de quando ele era pequeno demais e
Charlotte ficava apertando-o chamando de bebê da Char o tempo todo. Ele era
sorridente. Qualquer pessoa, abria seu maior sorriso. Era como Charlotte que sempre
observava demais. Anne já era mais tagarela, mesmo não sabendo falar, sua língua de
bebê era interminável. Ela e Ethan conversavam por horas, cheguei até filmar. Emmett
quis por no youtube para ver o quanto poderia lucrar com o título “meu filho cantando
sua prima”, mas nossas mulheres confiscaram o vídeo.

Dormi pouco tempo depois completamente vencido pelo sono, mas sem soltar meus três
filhos pequenos. Em breve eles iriam crescer. Não caberiam mais na minha cama ou em
meus braços. Meu coração não estava preparado pra isso.

- Papa? – uma vozinha chamou-me distante – Eward?

- Oi princesa. – murmurei sonolento.

- Papa? – perguntou confusa. – Papa Ann?

- É, Eward é papa da Ann. – Bella sussurrou e percebi que estávamos sozinhos na cama
com a pequena.

- Eward papá. – sussurrou quicando um pouquinho.

- Bonita, ela está me chamando de papai? – perguntei baixo incapaz de acreditar.

- Uhum. Acordou assim. Ela virou e ficou numa trava língua de papapapapapapa.

- Oi amor, é papai sim. – sussurrei emocionado.

- Mama e papa. Opa! – sorriu batendo palminhas. Tão linda com os dentinhos pequenos
e as bochechas rosadas.
- Papai, ajuda a mamãe a dar banho na Anne? Nós precisamos nos arrumar. – Bella
beijou-me antes de levantar com a pequena no colo. Segui atrás das duas escolhemos as
roupas para colocar na pequena bolsa do final de semana.

- Mãe, você pode me ajudar com o cabelo? Eu acho que Tony jogou bolinhas de papel
enquanto amarrava meu tênis.

- Eu não me lembro de ter feito algo. – Anthony entrou no quarto e foi direto para Anne
que comia seu sapatinho rosa.

- Acho que o papai precisa comprar um remédio para memória, o que acha, pai? –
Charlotte perguntou seriamente e Tony se encolheu com risinhos. Bella ainda tentava
tirar todas as bolinhas sufocando a risada.

- Talvez eu tenha jogado uma ou duas. – comentou casualmente.

- Espertinho. – murmurou irritada.

- Ok, já está bom assim. Prenda a pontinha com sua presilha azul. – Bella deu um beijo
estalado em sua bochecha. – Tranque a casa pra mim, ok? E Tony, fica com Anne
enquanto eu e seu pai nos vestidos.

Uma hora e meia depois conseguimos sair de casa. Quando se tem criança, você pode
tomar banho junto com sua esposa, namorar um pouquinho, economizar tempo que não
adianta. Sempre acontece alguma coisa. É um que cai e se machuca, é outro que se suja,
é a pequena que chora de fome e destrói sua roupinha, é verificar se não está faltando
nada, é Bella indecisa, sou eu irritado e por fim, família feliz pega a estrada rindo das
confusões.

Anthony em meia hora de estrada reclamou de fome, Charlotte começou a discutir com
ele e Anne resolveu entrar na briga com sua língua de bebê. Eu e Bella começamos a rir
o que fez os três se virarem contra nós. Babão e bobo como sou, parei no Mac Donald
da estrada e nós lanchamos, compramos brinquedinhos e brincamos no pequeno parque.
Bella tirava várias fotos e por isso chegamos a Forks e metade da minha família já
estava arrumada para festa.

Minha mãe estava com a mão na cintura, olhando feio pra mim. Bella com toda certeza
jogou a culpa em mim.

- Não sei o que ela disse, mas é mentira. – retruquei e Bella bateu os cílios pra mim
inocentemente.

- Eu não disse nada amor, foi Charlotte. – deu os ombros e minha filha traidora sorriu
lindamente pegando o irmão pelo braço em direção a saleta de jogos, meu antigo porão,
onde seus primos já deviam estar fazendo uma zona.

- Tio Edwaaaaaaaaaaard. – Piero, pequeno satanás, veio correndo com Quil. – Amanhã
tem futebol, você vai jogar conosco?

- Claro, amigão. – sorri.

- Legal, meu pai vai arrebentar com você. – sorriu e saiu como um pequeno demônio.
James subiu logo atrás dele com a mão nas costas. Sim, o pai deles vai arrebentar a
coluna.

- Não dê ouvidos. Aquela pequena peste acha que sou o homem de ferro. – James beijou
Bella com afeto. Ele ainda agia como se fosse um bebê. Vai entender… – Eu tenho 43
anos. Não dá.

- A idade chegou companheiro. – brinquei e Victória riu atrás dele. Ela continuava
muito bonita, mesmo depois dos 40 anos.

- Eu avisei a ele não iludir a criança, agora não aguenta.


- Estou ouvindo isso, amor. Estou velho, mas não surdo. – resmungou

- Edward e Isabella, vocês podem, por favor, arrumar suas crias e se aprontarem para a
festa? – Alice autoritária apareceu na soleira da porta. Eu ainda tinha medo das ameaças
delas, por isso peguei Anne de James e subi rapidamente.

- Filha, para de comer o sapatinho. – Bella sussurrou. Ela ainda estava de calcinha e
soutien tentando prender um lacinho na cabeça inquieta da minha caçula. – Pronto.
Você vai descer com papai, ok? Te amo.

- Papá Ewaaaaaaard. – Anne comemorou e eu ri. Agora sim ela sabia quem era o cara.
Sou eu.

- Tira esse sorriso idiota do rosto e caia fora porque quero me vestir. – Bella ralhou e
deu um gritinho quando bati forte na sua bunda, saindo do quarto com a pequena.

Vovó estava exuberante. Foi a primeira vez que comemoramos seu aniversário fora de
Chicago. Com a idade avançado e Tio Garrett sendo meio espoleta, mamãe achou por
bem trazê-los para cá. Com as crianças pequenas ou nossas mulheres grávidas, ficou
impossível ficar indo até a fazenda todo ano, por isso, vendemos e compramos os quatro
terrenos ao redor da mansão. Ampliamos a casa, construímos gazebo, decks e um
celeiro. Tudo estava diferente, mas do jeito certo.

Família três vezes maior. Eu era um cara de sorte.

Sendo chefe da neurocirurgia e Aro agora prestes a se aposentar, concorria com meus
irmãos a gerencia geral do hospital, Jasper era o melhor indicado a isso. Ele não sabia,
mas eu e Emmett secretamente abrimos mão disso com Aro. Na frente dele a gente
competia para botar pilha porque eu seria um péssimo irmão se me comportasse feito
um maricas. E Jasper obteve a maior parte dos seus cabelos brancos com a minha
cunhada, eu tinha o direito de lhe dar alguns também.
A festa estava cheia. Recebi um beijo estalado de minha avó quando passou por mim,
mas logo alguém chamou sua atenção. As crianças corriam para todo lado e se Bella
visse o estado caótico de Charlotte e Anthony antes mesmo do meio da festa, iria surtar.
Anne depois de vagar pelo colo de meio mundo, agora estava interessada no botão da
minha camisa.

Charlie e Sue conversavam sobre algo animado com Leah e Sam mantinha os olhos nos
seus dois pestinhas. Seth chegou com Tara e Claire juntando-se a nós a mesa. James
estava na outra extremidade da mesa falando avidamente com sua, finalmente, esposa.
Nossa família e eu particularmente sentia falta de Renée aqui. Minha sogra era chata pra
caralho, mas a amava demais. Me divertia horrores com suas crises.

- Ual. – Foi tudo que saiu dos meus lábios quando Bella apareceu no meu campo de
visão. Ela estava com um vestido preto, que abraçava suas curvas de forma justa. Os
seios estavam em formas de lindas almofadas, bem acomodados no decote, a cintura
sempre fina, marcando o quadril avantajado e as pernas torneadas, gostosas e
cumpridas. Ela também tinha as sandálias de amarrar no tornozelo que diziam “me
foda”.

- Respira, filho. – Charlie deu tapinhas nas minhas costas. – Você está linda, Bells.

Ela corou e mexeu no cabelo.

- Obrigada papai.

- Você está maravilhosa. – sussurrei em seu ouvido quando ela sentou do meu lado.
Anne desviou atenção do botão e sorriu para Bella, que se derreteu.

- Obrigada, meu amor. – Bella sorriu beijando o cantinho da minha boca. Fiquei com
gostinho de quero mais. A mulher sabia trabalhar com a minha sanidade.
A festa passou rápido e me vi cantando parabéns animado para minha avó, que tinha
todas as crianças ao seu redor. Ela estava tão feliz de ter tantos bisnetos que chorou no
seu discurso. Bella, tremendamente apaixonada por Vovó Elizabeth chorou junto.
Aproveitei sua fragilidade e abracei-a por trás bem apertado, depositando um beijo de
boca aberta na sua nuca. Ela estremeceu na mesma hora e seu corpo arrepiou. Certas
coisas não mudam.

Ela empurrou a bunda mais pra trás e quase girei meus olhos na cabeça sentindo sua
pele esquentar com o carinho forte que fazia no seu quadril. Aproveitei que ninguém
estava olhando e segurei com força, como se estivesse investindo nela e ouvi seu
gemido sôfrego escapar dos lábios. Minha vontade era de enfiar a mão por debaixo da
sua saia, mas isso era só o aquecer do fogo…

Nós ainda nos comportávamos como dois adolescentes cheios de hormônios. Foi mais
engraçado na época que decidimos ter mais um bebê. Com Tony grandinho, nós
sentimos falta daquele chorinho gostoso, aquela sensação apaixonante dos primeiros
anos da vida de um bebê. Charlotte e Anthony também pediram mais um e por isso,
fizemos a nossa sei lá, quinta lua de mel para encomendar mais um. Foram duas
semanas na Itália. Bella não engravidou. Daí, ela cismou em passar quatro dias na nossa
casa na Flórida. Anne foi feito em algum momento dentro do mar.

Nós compramos uma casa perto de Renée e da praia. Férias do ano letivo todo ano era
pra lá. A casa era enorme porque divido com meus irmãos. As meninas ficaram
empolgadas com esse momento de família. Teve ano que até meus pais viajaram
conosco e meus avós também.

- Mamamamama! – Anne estava chamando por Bella em algum canto da sala. Nossa
atenção imediatamente foi para o outro lado. Ela estava no colo de Demetri. – Ann
Mama!

Era engraçado que ela dizia coisas como Anne papá, seria como Anne quer comida.
Mamãe pega Anne. Tão fofa. Sua boquinha estava suja de chocolate e os cabelos sem
presilhas. Ela estava com sono. Observei que nem um bobão Bella ninar nossa menina e
Charlotte veio sentar-se do meu lado, apoiando a cabeça em mim. Anthony,
completamente molhado de suor, parou do lado e ficou olhando também.

- Amanhã nós vamos a campina, pai? – perguntou-me


- Sim, meu garoto. Descanse essa noite, ok?

- Tchau pai. – beijou-me na bochecha – Tchau mãe. Vem Charlie.

Eu os vi entrando no carro e Bella entregando Anne para Sue meio relutante. Depois
que o carro sumiu de vista, observei as sandálias me foda dela, amarradas
deliciosamente nas panturrilhas gostosas e a bunda durinha. Porra, minha mulher era
muito boa.

- Babador aí, cunhado? – Rosalie beijou minha bochecha e Alice me deu um tapa.

Quando pensei que ia pegar minha mulher e jogar pelo ombro feito homem das
cavernas, minhas cunhadas sumiram com ela. Fiquei vagando pela festa feito um
vagabundo bêbado e desolado conversando de grupo em grupo, até que a festa foi
esvaziando e só tinha meus irmãos no canto, sozinhos. As crianças já deviam estar
dormindo.

- Quero minha mulher. – resmunguei

- As três estão aprontando alguma coisa… – Jasper comentou aleatoriamente. – Alice


nem desceu para fazer Mia dormir.

- Algo está errado. – Emmett olhou para o outro lado meio nervoso.

Minutos depois que já estávamos na segunda taça de vinho, meu pai se despede dizendo
que vai dormir. A casa já tomada por um silêncio terno, meu celular vibra no bolso.
Quase gemi achando ser do hospital, mas fiquei surpreso ao ver o nome de Bella piscar
na tela.

“Cabana do gazebo. Você tem dois minutos.”


Porra, porra e PORRA! Meu pau chegou a se contorcer na calça já imaginando o que
minha pequena endiabrada estava aprontando. Despedi dos meus irmãos e peguei o
rumo em direção a cabana. Era na outra extremidade da residência, bem próximo ao
lago. Nós estaríamos muito longe de todos.

Tudo estava meio na penumbra, mas tinha panos pendurados por toda extensa e meu
coração entrou em ataque convulsivo quando vi minha esposa só de lingerie e as
sandálias me foda perto de um mastro de pole dance.

Meu santo caralho. Minha respiração engatou levemente. Bella sorriu e inclinou a
cabeça para a beirada da cama. Tirei os sapatos, abri uns botões da blusa e me livrei do
cinto da calça. As alças de renda perfeitas estavam abraçando seus seios deliciosamente
maiores com o tempo. Eu sabia que ela tinha feito aulas de dança afim de recuperar o
corpo depois do nascimento de Anne, visto que ela engordou vinte e sete quilos, mas
devido as complicações pós parto, Bella emagreceu trinta quilos nas primeiras duas
semanas após o parto.

Nada, mas nada no meu casamento me preparou para a cena de quando Bella começou a
rebolar com a batida da música. Diabos, eu nem conhecia aquela música, mas porra, o
que era aquilo? Eu estava louco para tocá-la, mas eu tinha que ver até o fim. Seu quadril
rebolava de forma hipnotizadora, cheia de graça e delicadeza. Perfeita.

Estava tão duro e dolorido que fui obrigada a abrir a calça para dar alguma espécie de
alívio. Os olhos delas transbordavam luxuria, chegava ser palpável minha excitação,
meu desejo e porra, meu amor. Eu não entendia os caras que reclamavam dos seus
casamentos. Bella e eu nunca ficamos entediados, sempre eram aventuras e fantasias
realizadas.

Eu estava quase gozando na calça quando ela veio com toda sua glória e perfume dançar
no meu colo. Envolvendo meu pescoço com uma renda impregnada com seu cheiro. Eu
xinguei algumas profanações. Avisei que se ela continuasse, eu ia gozar e forte. Bella
parou e sentou no meu colo, continuando o movimento de vai e vem sem permitir
penetração de acordo com a batida da música.

Seu sorriso era sexy como o inferno. Sua pele estava quente e o coração batia forte que
podia sentir só de tocar em seu seio. Minha mulher. O sentimento de posse aflorou com
os anos. Não demorou muito e gozei na cueca, para o sorriso vitorioso dela. Se não
fosse por ela, isso me deixaria envergonhado, mas ela me passou uma sensação de
orgulho de si mesma, que quase ajoelhei e gritei meu amor eterno.

- Isso foi… Porra, amor…

- Você gostou? Mesmo? – perguntou demonstrando insegurança.

- Isso foi incrível, amor. Quando penso que não existe mais nada no mundo que você
possa me surpreender, ganho uma rasteira. Eu te amo demais, minha vida.

- É? Mesmo depois de dez anos de casados?

- Mesmo depois de 50 anos de casados. Você é tudo que sempre quis. A mulher que me
faz feliz, cuida de mim e me deu três maravilhosos filhos. Eu sou um homem por sua
causa. – respondi aos sussurros. Era um sentimento sufocante de tão forte.

- A noite ainda não acabou… Eu quero que você me ame, Edward. De forma lenta e
gostosa. – sussurrou no meu ouvido e lentamente deitei-a no centro da cama. Ganhei um
bom tempo observando seu corpo, de como era linda e maravilhosa. Era minha.

Nós acordamos perto da hora das crianças chegarem e passamos a manhã com sorrisos
bobos dos lábios. Juntamos-nos a nossa família para o café e as ultimas limpezas da
festa e o futebol iria rolar durante o dia enquanto acontecia o famoso churrasco
americano em família. Eu olhava para minha esposa e sorria idiotamente lembrando
tudo. Eu ia enlouquecer.

Anne estava no meu colo e Sue contou que chorou a maior parte da noite. Agora ela se
negava me soltar. Nem com o Tio Emmett, o preferido de fazer bagunça. Aproveitei
para simplesmente observar minha família.
Victória estava tentando alimentar satanás. Não adianta, aquele moleque é a porra de
uma peste. Os próprios pais admitiam isso. Leah estava com seus dois pequenos
também comendo apressados para voltarem a brincar. Charlotte conversava
gesticulando com Alice, enquanto a mesma embalava Mia no colo. London e Anthony
comiam com meus avós no canto e também conversavam como dois rapazinhos
comportados.

Charlie ria alto com James, Carlisle e Jasper sobre algo que Demetri contou. Alec já um
adolescente ajudava Jane com os gêmeos. Até mesmo Félix estava presente com sua
esposa e seus dois pequenos. Rosalie e Emmett tinham os meninos ao redor, rindo
descontrolávelmente com algo que o pai falou. Nossa enorme família ruidosa,
bagunceira e cheia de vida.

- Eles são lindos. – Bella suspirou deitando a cabeça no meu ombro. – Eu me sinto
muito feliz por termos tudo isso.

- Um pouco de você e um pouco de mim. – completei

- Eu te amo, bunda bonita. Você é babaca, mas é tudo na minha vida.

- Eu também te amo, Bonita. – beijei sua testa e Anne olhou pra mim também exigindo
beijos.

Ninguém mais chamava Bella de bebê porque todos reconheciam na minha esposa, uma
mulher. Ela tinha evoluído, crescido por si só e também mudado a vida de todos.
Inclusive de Jeremias, que estava no momento na França, na turnê do seu novo livro,
chamado Heath Bella. Era a história de amor mais emocionante da atualidade e ele não
era mais aquele homem esquizofrênico que eu conheci. Tudo era Bella. Tudo por ela.

Bebê Swan não existia mais. Existia Isabella Marie Swan Cullen, a mulher mais forte,
louca e corajosa que já conheci e dedico meus dias até a eternidade a amá-la com todas
minhas forças.
FIM

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