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Fonte: ANEEL, 2002.

Por ano, o Sol irradia cerca de 10 mil vezes a energia consumida pela população
mundial no mesmo período. Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, publicado pelo Ins-
tituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no ano de 2008, o país recebe mais de 2200
horas de insolação, o que equivale a 15 trilhões de MWh, correspondente a 50 mil vezes o
consumo nacional de eletricidade (CEMIG, 2012).

Apesar de o país ser privilegiado com níveis elevados de radiação, a energia solar fo-
tovoltaica ainda é pouco explorada. O alto custo para a implantação ainda é o maior empeci-
lho para o desenvolvimento desta fonte de energia, pois as placas solares apresentam preços
elevados (SALAMONI, 2009).

2.3 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTÁICA

A energia solar fotovoltaica é conseguida por meio da conversão da radiação solar


em eletricidade através de materiais semicondutores, ou seja, materiais com características
intermediárias entre um condutor e um isolante, esse fenômeno é denominado de efeito foto-
voltaico.
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2.3.1 HISTÓRICO DO EFEITO FOTOVOLTAICO

O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez no ano de 1839, pelo físico
francês Alexandre Edmond Becquerel, em um eletrodo imerso em selênio, líquido condutor.
O físico observou o aparecimento de uma diferença de potencial (DDP) entre os eletrodos
imersos na solução condutora, quando esta era iluminada pela luz solar (TIRADENTES,
2007).

Mas apenas no ano de 1883 a primeira célula fotovoltaica construída por Charles
Frits, foi confeccionada com selênio (material semicondutor) e uma fina camada de ouro. Po-
rém a eficiência da célula na conversão de energia solar em eletricidade era muito baixa, em
torno de 1% (ABINEE, 2012).

No ano de 1950, o efeito começou a ser estudado mais afundo. Nesse ano foram
iniciadas pesquisas em aplicações praticas para a tecnologia fotovoltaica por cientistas da área
espacial, que buscavam uma maneira eficiente para o fornecimento de energia para os equi-
pamentos dos satélites de comunicação que estavam em órbita. No ano de 1954 o Laboratório

Bell, localizado nos Estados Unidos da América, produziu a primeira célula fotovoltaica de
silício de junção PN. Esta célula possuía uma eficiência significativamente maior que a pro-
duzida em 1883, em torno de 4,5% (BRAGA, 2008).

Na década de 70 houve a crise do petróleo, que fez com que o governo ficasse
preocupado com um possível esgotamento das reservas petrolíferas, devido a isso houve uma
necessidade de procurar novas fontes de energia, o que levou ao estudo mais aprofundado das
células fotovoltaicas. A partir de então as placas solares fotovoltaicas foram sendo cada vez
mais utilizadas (NASCIMENTO, 2004).

Atualmente a tecnologia por trás das placas solares está cada dia mais avançada, e
sua eficiência cada vez maior. As placas solares que apresentam maior eficiência são aquelas
feitas de silício. Em laboratório foi possível fabricar uma placa solar com eficiência de 25%,
sendo que o limite teórico para células de uma única junção é de 30% (CRESESB, 2014).
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2.3.2 O EFEITO FOTOVOLTAICO

O efeito fotovoltaico acontece em materiais semicondutores, que são caracteriza-


dos pela presença de faixas de energia onde é admitida a presença de elétrons (faixa de valên-
cia) e de outra totalmente “vazia” (faixa de condução). O semicondutor mais utilizado é o
silício (CRESESB, 2014).

Uma célula fotovoltaica simples é constituída fundamentalmente por duas cama-


das de silício, ou qualquer outro substrato de material semicondutor, onde é criado um campo
elétrico interno permanente, com uma camada fina de material tipo N (negativo) e uma cama-
da mais espessa de material tipo P (positivo). Essa junção de materiais P e N é denominada de
junção PN (Figura 2). A placa possui também contatos metálicos na sua parte frontal e poste-
rior, este contato deve ser o mais transparente possível na parte frontal, para que haja redução
das perdas de calor sem ocorrer redução na recepção de calor (Portal Energia, 2014).

Figura 2 – Junção PN.

Fonte: BLUESOL, 2011.

Quando a radiação solar atinge um átomo do semicondutor, o mesmo liberta um


elétron que pode ser conduzido pelo campo elétrico interno para os contatos, contribuindo
assim para a corrente produzida pela célula fotovoltaica, como é possível observar na Figura 3
(SILVA; BRITO, 2006). A intensidade da corrente elétrica gerada será proporcional à inci-
dência de luminosidade sobre a placa.
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Figura 3 – Estrutura e função de uma célula cristalina solar.

Fonte: BLOG APOLAR, 2014.

A placa solar não é capaz de fazer o armazenamento da energia, sua função é ape-
nas manter um fluxo de elétrons situados em um circuito elétrico enquanto existir incidência
de luz sobre ela. Para que a armazenagem seja feita utilizam-se baterias de chumbo-ácido e
devem ser do tipo descarga profunda ou estacionária (NASCIMENTO, 2004).

2.4 CONVERSÃO DA ENERGIA SOLAR EM ENERGIA E-


LÉTRICA

A conversão de energia solar em energia elétrica ocorre por meio da incidência de ra-
diação sobre determinados materiais, individualmente os semicondutores (POMILIO, 2013).
A energia solar pode ser convertida em eletricidade de duas maneiras distintas. A primeira
maneira é por meio da concentração de energia solar através de espelhos, aquecendo um flui-
do de trabalho (gás ou líquido sobre alta pressão) para produzir vapor e elevadas temperaturas
(Figura 4), este tipo de produção de energia é chamada de heliotérmica. O vapor gerado é
utilizado para mover turbinas conectadas a geradores elétricos, gerando assim a energia (A-
BINEE, 2012).
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Figura 4 – Diagrama do sistema solar heliotérmico.

Fonte: ENERGIA HELIOTÉRMICA, 2013.

A segunda é através do efeito fotovoltaico, que é o foco principal do trabalho, no qual


células produzidas com materiais semicondutores, quando exposta à luz (fótons) produz cor-
rente elétrica contínua (Figura 5), esse tipo de geração é chamada de energia fotovoltaica.
(ABINEE, 2012). A corrente contínua gerada pelos painéis é encaminhada para o inversor,
que a converte em corrente alternada, que é o padrão elétrico de corrente que alimenta a maio-
ria das casas e equipamentos ao redor do mundo.

As baterias são utilizadas nos sistemas fotovoltaicos para armazenas a energia exce-
dente produzida pelos painéis solares, para ser utilizada durante a noite ou em dias com baixa
insolação. Quando se utiliza baterias é necessário também, a utilização de controlares de car-
ga, para que as baterias sejam carregadas completamente e evitar que sejam descarregadas
abaixo de um valor seguro, este controlador é instalado entre o painel e as baterias.
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Figura 5 – Diagrama do sistema solar fotovoltaico.

Fonte: NEOSOLAR, 201-.

O sistema fotovoltaico pode ser de dois tipos: autônomo (Off-grid) ou conectados à


rede elétrica fornecida pela concessionária (Grid-tie). O primeiro abastece diretamente os apa-
relhos que utilizarão a energia, geralmente utilizados em locais em que não há fornecimento
de energia. Já o segundo é utilizado geralmente em residências urbanas e é capaz de fornecer
energia à rede elétrica, que poderá ser utilizada por outros consumidores. Os sistemas conec-
tados possuem vantagem em relação aos sistemas isolados, pois não utilizam baterias e con-
troladores de carga (NEOSOLAR).

2.5 ANÁLISE DO POTENCIAL FOTOVOLTAICO

Para determinar o potencial fotovoltaico de determinado local é necessário primeira-


mente ter informações como, localização, dimensões do local onde se deseja implantar o sis-
tema FV e como elemento determinante, é necessário ter conhecimento a respeito do índice de
radiação incidente, pois a radiação solar é a matéria prima para a geração de energia solar.

Para calcular a intensidade da radiação solar é preciso que sejam feitas inúmeras ope-
rações matemáticas e, além disso, são necessários modelos de distribuição temporal e espacial
da radiação solar, o que torna o procedimento complexo. Devido a isso, foram desenvolvidos
mecanismos que auxiliam na obtenção de dados de radiação solar. Um desses mecanismos é o
software RADIASOL2, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (U-
FRGS), que fornece um conjunto de dados de radiação, na forma de tabelas ou gráficos, que
podem ser utilizados para cálculos em projetos ou apresentação em relatórios.
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O software RADIASOL2 utiliza internamente modelos matemáticos disponíveis na
literatura, desenvolvidos por outros autores ou por integrantes do Laboratório. No
programa os cálculos são realizados através de rotinas que determinam o efeito da
inclinação da superfície receptora e da anisotropia da radiação solar em suas compo-
nentes direta e difusa. O usuário pode selecionar o modelo de distribuição da radia-
ção e obterá na tela, imediatamente, um conjunto de dados adicionais na forma de
tabelas ou gráficos.

O software possui uma interface fluida e de fácil uso. Em sua página inicial há
duas opções: “Escolher Cidade” e “Sair”, ao clicar em escolher cidade o usuário será direcio-
nado a uma segunda página, como mostra a Figura 6.

Figura 6 – Página Inicial.

Fonte: Software RADIASOL2


A Figura 7 mostra a segunda página do software que exibe o mapa do Brasil, no
qual há círculos em vermelho que representa cada estado do país.

Figura 7 – Escolha do estado.

Fonte: Software RADIASOL2


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Ao clicar em um dos círculos vermelhos o mapa do estado será aberto, esse mapa
também conterá círculos vermelhos e amarelos representando as cidades do estado. Ao esco-
lher qualquer estado os gráficos que informam a temperatura média, mínima e máxima, a ra-
diação global e inclinada, e a umidade relativa são atualizados com as informações corres-
pondentes. Para escolher uma cidade do estado basta clicar em um dos círculos. O mapa utili-
zado como exemplo na Figura 8 é do estado da Bahia.

Figura 8 – Escolha da cidade.

Fonte: Software RADIASOL2

Ao escolher uma cidade os gráficos serão atualizados novamente, dessa vez os


dados fornecidos serão referentes à cidade escolhida. Na figura 9 foi escolhida a cidade de
Jacobina-BA, utilizada para o estudo.

Com a escolha da cidade é possível obter a sugestão de inclinação do módulo com


um clique no botão “Sugerir Inclinação”; Para escolher a orientação na qual se deseja obter os
dados de radiação, deve-se digitar o valor do Azimute no espaço destinado para tal.
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Figura 9 – Sugestão da inclinação.

Fonte: Software RADIASOL2

Para obter os dados dos gráficos em forma de tabelas o usuário deve clicar no bo-
tão “Entrada Manual de Dados” e então será fornecida uma tabela com todos os valores de
cada um dos gráficos (Figura 10).

Figura 10 – Valores tabelados.

Fonte: Software RADIASOL2


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Ao clicar no botão “Confirmar” é aberta uma nova página, em que mostra os valo-
res de radiação global horizontal, inclinada, difusa inclinada e direta inclinada por hora, em
forma de gráfico (Figura 11). Para obter esses dados por mês, clica-se em “Gráfico de Bar-
ras”.

Figura 11 – Valores de Radiação para a cidade de Jacobina-BA.

Fonte: Software RADIASOL2

Ao clicar em “Gráfico de Barras” abrirá uma nova página que mostrara os valores
das radiações ditas anteriormente, mas desta vez por mês e em forma de gráfico de barras (Fi-
gura 12). Para obter estes dados e os anteriores tabelados, basta clicar em “Tabela de Dados”.

Ao fazer isso será aberta uma nova janela com tabelas referentes aos mesmos da-
dos anteriores de radiação (Figura 13).

Figura 12 – Gráfico de barras.

Fonte: Software RADIASOL2


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Figura 13 – Dados de radiação tabelados para a cidade de Jacobina-BA.

Fonte: Software RADIASOL2


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Figura 14 – Imagem aérea do IFBA.

Fonte: Google Earth (adaptada pelo autor)

Figura 15 – Esquema do telhado.

Fonte: Do autor

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