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← O Ânus Solar
Maikon K
→ Colaboradores:
→ Duração
1h30
Rito neomedieval.
Liturgi erótic .
Paródi sombri . O Â N U S S O L A R
Exorcismo de formas e gêneros.
Triturar os clichês até chegar n medul . Champanhe, gasolin , leite e sangue. Motosserr , colchão, pregos, microfone. Belez e
Neste trabalho, Maikon K se inspir n obr literári homônim de Georges Bataille. Ele absorve as imagens de Bataille e cri o seu
próprio Ânus Solar. O ânus como tudo aquilo que rejeitamos, cegueir revelador , o contrário do que queremos mostrar. O ânus
misterioso e temido. Buraco negro devorador de galáxias, sol radioativo, sangue coagulado, arauto d destruição e início.
A performance se instaur como um campo ritual impuro onde se misturam as linguagens: canto, vídeo, danç e teatro, n busc
por um experiênci caótic , um corpo em pedaços, fragmentado em discursos e formas. Um metralhador giratóri que esporr
balas de todos os calibres e substâncias. Evocam-se cegueir coletiv , os ídolos vazios, o gozo, os antros, deidades, sacerdotes,
Realizado com incentivo do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, estreou em 19 de abril de 2017, num galpão no centro de
Curitib .
TEXTO INICIAL DA PERFORMANCE
Um corpo só é um corpo após ser despedaçado e ter seus pedaços entregues multidão. Um corpo só é um corpo após ser
desejado, devorado, digerido. Um corpo só é um corpo depois de ter gritado, vertido sólidos e líquidos, convulsionado. Um corpo só
é um corpo depois de ser penetrado e abandonado solidão de ser um corpo. Um corpo só é um corpo após sentir o frio, o calor,
o desmaio, fome, dor. Estraçalhado pelo ódio e pelo amor. Um corpo só é um corpo após sair do corpo e voltar. O corpo pode
ser beijado, amado, rejeitado, operado, mas nunc transcendido. Não se transcende o corpo. É dele vitóri final. Ele é o alvo de
todas as armas. É ele ampulhet vertendo sangue, locomotiv , bomb relógio d morte, berço túmulo do agor . São dele
Info EN
https://www.maikonk.com/pt-br/o-anus-solar 1/1