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16/07/2019 MAIKON K — O Ânus Solar

← O Ânus Solar

→ Criação, textos, canções e performance

Maikon K

→ Colaboradores:

Interlocução: Patríci Saravy

Figurino: Faetus Tezelli

Luz: Fábi Regin

Som: Beto Kloster

Orientação sonor : Iri Brag

Fotos: Lauro Borges

Edição de vídeo: Stephany Mattanó

Câmer em estúdio: Tathy Yázigi

Cenotécnico: André Baliú

Design gráfico: Adrian Alegri

Produção: Maikon K e Patríci Saravy

Assessori de imprens : Victor Hugo Gabardo

→ Duração

1h30

Rito neomedieval.

Liturgi erótic .

Paródi sombri . O Â N U S S O L A R
Exorcismo de formas e gêneros.

Só h um signo possível: o caos.

Triturar os clichês até chegar n medul . Champanhe, gasolin , leite e sangue. Motosserr , colchão, pregos, microfone. Belez e

terror. O artist é o ídolo autoimolado, marionete erótic , o tabu violado.

Neste trabalho, Maikon K se inspir n obr literári homônim de Georges Bataille. Ele absorve as imagens de Bataille e cri o seu

próprio Ânus Solar. O ânus como tudo aquilo que rejeitamos, cegueir revelador , o contrário do que queremos mostrar. O ânus

misterioso e temido. Buraco negro devorador de galáxias, sol radioativo, sangue coagulado, arauto d destruição e início.

A performance se instaur como um campo ritual impuro onde se misturam as linguagens: canto, vídeo, danç e teatro, n busc

por um experiênci caótic , um corpo em pedaços, fragmentado em discursos e formas. Um metralhador giratóri que esporr

balas de todos os calibres e substâncias. Evocam-se cegueir coletiv , os ídolos vazios, o gozo, os antros, deidades, sacerdotes,

putas, o mito do artist em busc d visão, o apocalipse que nunc chegar .

Realizado com incentivo do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, estreou em 19 de abril de 2017, num galpão no centro de

Curitib .

TEXTO INICIAL DA PERFORMANCE

Um corpo só é um corpo após ser despedaçado e ter seus pedaços entregues multidão. Um corpo só é um corpo após ser

desejado, devorado, digerido. Um corpo só é um corpo depois de ter gritado, vertido sólidos e líquidos, convulsionado. Um corpo só

é um corpo depois de ser penetrado e abandonado solidão de ser um corpo. Um corpo só é um corpo após sentir o frio, o calor,

o desmaio, fome, dor. Estraçalhado pelo ódio e pelo amor. Um corpo só é um corpo após sair do corpo e voltar. O corpo pode

ser beijado, amado, rejeitado, operado, mas nunc transcendido. Não se transcende o corpo. É dele vitóri final. Ele é o alvo de

todas as armas. É ele ampulhet vertendo sangue, locomotiv , bomb relógio d morte, berço túmulo do agor . São dele

esses pedaços que escorrem pelas paredes.

 Info EN

https://www.maikonk.com/pt-br/o-anus-solar 1/1

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