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Nome do curso: Meteorologia Sinóptica I,

Departamento de Meteorologia, Instituto de Geociências, IGEO/UFRJ


Prof. Hugo Abi Karam

Conteúdo dessa nota

● Fenomenologia do sistema frontal, desenvolvimento do ciclone extratropical e da oclusão


● Modelo de Bjerknes

1. Fenomenologia do sistema frontal

BJERKNES e SOLBERG explicaram a genese e o desenvolvimento de um ciclone. Para eles, a


superfíce de descontinuidade é a superfície de separação entre ar polar e ar tropical denominada frente
polar. O ciclone nasceria de uma onda de pequena amplitude que aparece sobre a superfície da frente
polar. Gradualmente, essa ondulação se desenvolveria na forma de uma ciclone extratopical associado
ao sistema frontal formado pela frente fria e frente quente. A precipitação frontal ocorreria na
retaguarda da frente fria e na dianteira da frente quente. A área de precipitação da frente fria seria fina
(~70 km) com tempestades e precipitação tipo pancada de chuva enquanto a precipitação da frente
quente seria extensa na horizontal (~300 km), fraca e associada com Nimbus-stratus. Ambas as
precipitações cairiam sobre as massas de ar frio polar, principalmente a precipitação estratiforme da
frente quente. O ciclone frontal associado a oclusão apresentaria um núcleo frio em superfície.

Etapas de desenvolvimento frontal em superfície (Figura 150 do livro do Pettersen):

A) Uma frente estacionária retilínea separa a massa de ar polar da massa de ar subtropical


B) Uma onda de pequena amplitude aparece deformando a frente estacionária
C) Um sistema frontal contituído por uma frente fria e uma frente quente imersas em um
escoamento rotacional ciclônico
D) O escoamento ciclônico se intensifica e o processo de oclusão se inicia com a borda oeste da
frente fria alcançando a borda leste da frente fria
E) A oclusão se completa com a o encontro em superfície das cunhas de ar frio, a pressão do
ciclone diminue
F) as massas de ar fria e quente acabam por se misturar na oclusão com circulação ciclônica
residual. Uma frente estacionária retilínea se forma no lado equatorial da circulação cicônica
residual.

Etapas do desenvolvimento de sistema frontal associado a um ciclone extratropical

● Etapa A) Inicialmente, existem duas massas de ar com temperaturas diferentes que são
separadas uma da outra por uma região de baixa pressão alinhada ao longo de um círculo de
latitude alta. A massa no lado polar é mais fria e seca que a massa do lado equatorial. O vento é
zonal nessas massas de ar, com escoamento de oeste na massa do lado equatorial. Existe
cisalhamento meridional do vento de forma que o escoamento é mais fraco ou de sinal oposto
na massa do lado polar.
● Etapa B) Aparece uma ondulação na região de baixa pressão entre as massas de ar quente e
fria. Essa ondulção na linha de cavado superficial aparece na carta de pressão a superfície (Z=0)
como uma baixa fechada mas não muito intensa. As isóbaras são muito curvadas dentro da
massa de ar fria e seca e praticamente lineares dentro da massa quente e úmida. Ao longo da
linha do cavado separa-se parte da linha que é associada a frente fria e outra parte associada a
frente quente.
● Etapa C) As frentes fria e quente são identificadas facilmente na região de baixa pressão. A
frente fria corresponde a linha separando a massa fria que se propaga em direção ao equador e a
frente quente é a interface de divisão da massa de ar quente que se propaga em direção ao pôlo.
Uma baixa pressão fechada, com escoamento de circulação fechada aparece onde as frentes fria
e quente se encontram. Áreas de nebulosidade e precipitação se associam as frentes fria e
quente. A área da circulação fechada da baixa pressão frontal em superfície também é uma área
de muita precipitação e nebulosidade. Um ponto de cela do escoamento aparece a oeste da
baixa fechada em superfície para o lado do polar dentro da massa de ar fria.
● Etapa D) Um movimento vigoroso do ar frio que avança de oeste para leste empura a linha de
frente fria em direção ao encontro com a linha da frente quente. Quando a linha da frente fria
encontra a linha da frente quente ocorre a oclusão frontal. A oclusão é o encontro do
escoamento de ar mais frio da massa de ar fria com a porção dessa mesma massa de ar frio que
escoava se fastando com o movimento da frente quente. O ar quente e úmido que formava a
nebulosidade da frente quente é encontrado acima da oclusão em superfície. Ou seja, parte do
ar quente é elevado sobre a massa de ar fria em superfície. O movimento é espiralado sobre a
oclusão uma vezque o ar frio vem por um lado descendo de altos níveis e o ar quente vem por
outro lado ascendendo na área de baixa pressão, que é o ciclone extratropical, bastante
desenvolvido por causa da oclusão.
● Etapa E) A oclusão é muito extensa e dominante. A região de escoamento de ponto de cela se
aproxima da frente fria que avançou bastante em direção à região equatorial. A massa de ar
polar agora se posicionaou sobre uma região mais equatorial que a original. A massa de ar
quente e úmida se encontra agora sobre uma região de latitude mais alta e sobre a massa de ar
frio da oclusão. O resultado pode ser entendido como a realização de um processo de mistura
das massas de ar e de um transporte meridional (e vertical) de calor e umidade. Um transporte
de momento linear e angular também ocorre.
● Etapa F) O sistema frontal formado pelas frente fria e quente e pelo ciclone extratropical que
era identificado nos campos de pressão, temperatura, vento, nebulosidade e precipitação começa
a desaparecer. O resultado final é um ciclone fraco nas latitudes médias e altas associado a uma
massa de ar fria modificada (aquecida) em latitudes médias e tropicais e um linha de cavado
correspondente a ramos avançados da frente fria e quente que não ocluíram no processo de
desenvolvimento ciclônico da oclusão. Esse cavado residual é pouco intenso perturbando o
escoamento em latitudes tropicais.

Estrutura de ciclones móveis

As feições salientes observadas na formação de uma onda ciclônica e seu desenvolvimento


desde uma onda instável de pequena amplitude até um vórtice mais intenso são mostradas na Figura
156 do livro de Pettersen.
O desenvolvimento frontal é mostrado em cinco estágios diferentes, cada qual ilustrado por
maio de dois mapas horizontais, um na superfície da Terra e outro na massa de ar quente acima da
superfície da frente polar, e duas seções de cortes verticais, uma ao norte do ciclone (HN) e outra ao sul
do ciclone.

Estágios de desenvolvimento para sistema frontal no Hemisfério Norte (HN):


Estágio 1 – Esse estágio de desenvolvimento é o que define a condição inicial do
desenvolvimento do sistema frontal. Ele corresponde as figuras da primeira coluna a esquerda na
Figura 156.
Na Figura 156 A2, o ar frio ao norte (HN) se move de oeste com velocidade que é menor que do
ar quente ao sul. Em muitos casos, a massa de ar ao norte (HN) se move de leste e a massa de ar quente
ao sul se move de oeste. Esses dois casos são dinamicamente instáveis (devido ao cisalhamento entre
massas de ar de temperaturas diferentes) e ambos apresentam cisalhamento ciclônico (vorticidade
positiva e circulação horária no HN) na vizinhança da zona frontal. O primeiro caso é mais geral e será
utilizado na discusão que segue.
A frente é situada em um cavado de baixa pressão. O cavado é o eixo de baixas pressões no
mapa.
No estágio inicial, Figura 156A2, a frente é quase estacionária (não vai para norte ou para sul) e
é mais ou menos paralela às isóbaras (linhas de mesma pressão). A superfície frontal inclina-se para o
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lado potencialmente frio e sua inclinação típíca é da ordem de .
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No corte vertical paralelo à frente fria, corte esse que passa a norte dentro da massa de ar frio,
Fig. 156A1, a intersecção inicial da superfície frontal é uma linha horizontal, e assim, também será a
intersecção com a tropopausa (Fig. 156 A1). Essa é a condição inicial (CI) desse desenvolvimento.
Uma massa de ar potencialmente quente e horizontalmente homogênea está sobre uma massa de ar
potencialmente fria. Nesse corte vertical considera-se a distribuição vertical de temperatura potencial
quanto refere-se a estrutura vertical da temperatura do ar. As linhas tracejadas nas figuras 156 A1 a E1
e A4 a E4 podem ser interpretadas como isolinhas de pressão contante. Logo, essas figuras mostram
que a espessura da camada entre esses níveis de pressão p 1 e p 2 , ou seja a diferença de altura
geopotencial,  Z=Z  p2 −Z  p1  , varia no espaço conforme o sistema baroclínico se desenvolve.
O sistema baroclínico é formado pela onda de ar superior (alta troposfera) mais superfície frontal mais
ciclone frontal. Baroclínico se refere ao fato de que a onda de temperatura não estar em fase com a
onda de pressão em associação a um gradiente horizontal (meridional ou Norte-Sul) da temperatura,
que provoca o aumento do vento geostrófico com a altura (conservação do geostrofismo) e circulação
horizontal (teorema de Bjerknes), e o cisalhamento do vento a medida que se sobe da superfície para
altos níveis da troposfera.
Uma ascenção de ar sobre a superfície frontal mostra uma intensificação do vento de oeste (W)
conforme a frente é ultrapassada, o que indica que o cisalhamento do vento na vertical está concentrado
sobre a zona frontal. Não se observa cisalhamento do vento mais acima na troposfera. Na tropopausa
existe uma discontinuidade de primeira ordem para o vento, enquanto na frente a discontinuidade é de
primeira ordem.
Obs.: Discontinuidades de ordem zero apresentam um salto no valor da variável e as derivada
snão são definidas. O exemplo é uma função degrau, └ ─ ┐. Discontinuidades de primeira ordem
apresentam um salto na derivada primeira do campo, mas não no valor da variável. Derivadas de ordem
superior não são definidas. O exemplo é uma função triangular, /\ .
A seção vertical que passa ao Sul da frente fria (HN) não intersepta a superfície frontal (Fig.
156 A4), mas intersepta a tropopausa que normalmente inclina-se para baixo do equador para os pôlos.
A altura da tropopausa é maior no equador e menor nos polos. A altura da tropopausa na Figura 156 A4
é maior que na Figura 156 A1 porque o corte vertical zonal da figura 156 A1 está mais próximo ao pôlo
Norte.
As isóbaras na camada de ar potencialmente quente (i.e., média troposfera) sobre a superfície
frontal (Fig. 156 A3) no plano (x,y) será quase paralela e correrá de oeste para leste, W  E , com a
baixa pressão para o lado do pôlo e a alta para o lado equatorial.
Representação de nuvens em cartas sinópticas

● Cirrus
● Cirro-stratus
● Alto-cumulus
● Alto-stratus
● Strato-cumulus ou Stratus
● Nuvens baixas fragmentadas
● Cumulus humilis
● Cumulus congestus
● Cumulus-nimbus

Referências

1. PETTERSEN: Weather Analysis and Forecasting. Book, volumes 1 e 2. Estudar especialmente


capítulo VII: “Wave and cyclones”.
2. KOUSKY, V. E. e M. ELIAS, 1982: Meteorologia Sinóptica: parte 1. Publicação INPE-2605-
MD/021, 107 pp.
3. WALLACE, J. M. and P. V. HOBBS, 2006: Atmospheric science: an introductory survey, 2nd
ed., International Geophysics Series, Academic Press, Elsevier Inc., 483 pp.
4. HOLTON, J. R., 2004: An introduction to dynamic meteorology, 4th ed., International
Geophysics Series, Academic Press, Elsevier Inc, 529 pp.
5. HALTINER and WILLIAMS. Livro

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