Sei sulla pagina 1di 43

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICO


APLICADOS A REFRIGERADORES NO ÂMBITO DO PROGRAMA BRASILEIRO
DE ETIQUETAGEM

RAYANE RAMOS DO NASCIMENTO

RIO DE JANEIRO
05/2019
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ENGENHARIA ELÉTRICA

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICO


APLICADOS A REFRIGERADORES NO ÂMBITO DO PROGRAMA BRASILEIRO
DE ETIQUETAGEM

RAYANE RAMOS DO NASCIMENTO

Monografia apresentada como


requisito da disciplina Monografia I do
curso de Engenharia Elétrica
Orientador: Vinícius Pinto Maciel

RIO DE JANEIRO
05/2019
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ENGENHARIA ELÉTRICA
Rayane Ramos do Nascimento

Avaliação Comparativa dos níveis de eficiência energético aplicados a


refrigeradores no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem

Monografia apresentada como


requisito final à conclusão do
curso de Engenharia Elétrica.

APROVADA EM:__/__/__
Grau conferido ao aluno:______
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
PROF. Vinícius Maciel Pinto, M. Sc.
ORIENTADOR

______________________________________________________
Membro (À definir)

______________________________________________________
Membro (À definir)

______________________________________________________
Rayane Ramos do Nascimento

Coordenação de Engenharia Elétrica


Rio de Janeiro
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os pioneiros em suas respectivas áreas de estudo,
e aos que escolheram temas com pouco material de referência. Dedico a todos os
alunos que tiveram e os que terão dificuldades em definir seus temas. Dedico a todos
os professores que se dispuseram a disseminar seu conhecimento e dedico a todos
as pessoas que possuem sede de conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer ao meu orientador José Aguiar, pela sua
paciência com meus atrasos e principalmente a solicitude e precisão em seus
conselhos. Gostaria de agradecer a todos os meus amigos que, de certa forma,
sofreram comigo durante a concepção deste estudo. E aos amigos que eu
infelizmente não pude encontrar muitas vezes em detrimento deste trabalho, mas que
estiveram torcendo por mim o tempo todo. Gostaria de agradecer a minha tia Flavia
Alice, que me forneceu todo o suporte no que tangia a propriedade industrial. Gostaria
de agradecer também, de antemão, aos professores que comporão a banca
examinadora daqui a alguns dias, independente do resultado deste trabalho.
RESUMO
O estudo consiste em prospectar tecnologias de levitação magnética na base de
patentes do escritório europeu Espacenet. As buscas foram realizadas levando em
consideração o ano de publicação e o símbolo B60L13, para que fosse o mais próximo
possível do tema proposto. A busca se concentrou em selecionar apenas patentes
que tivessem sido citadas mais de uma vez, patentes com apenas uma citação não
foram selecionadas. Foram feitas, no total, 3 buscas a partir dos relatórios de busca
da lista inicial. A primeira busca retornou 1659 resultados, após a terceira busca, 125
resultados foram tabelados. As buscas subsequentes levaram em conta os símbolos
das patentes citadas, caso a patente não fosse do símbolo B60L13/04, ela não seria
selecionada. Houve ainda uma tolerância quanto a isso, o símbolo poderia estar na
segunda ou terceira posições da lista de símbolos da patente, caso não estivesse
nestas posições, a patente não seria selecionada. As ferramentas do Espacenet não
são fáceis de utilizar, existe uma curva de aprendizado a ser levada em consideração.
Se as buscas houvessem iniciado com o conhecimento adquirido na conclusão do
estudo, as buscas teriam sido mais produtivas, com mais resultados finais, menos
poluídas e com uma massa de dados maior.
ABSTRACT
The present study consists in prospecting Maglev technologies in the European
Patent office base, the Espacenet. The searches were realized considering de
publication dates and the CPC symbol B60L13, so the results could be the closest
possible to the proposed theme. The searches concentrated in selecting only patents
that was cited more than once. Patents that were cited only once, were not selected.
Three searches were made in total, going from the initial list search reports. The first
search found 1659 results, after the third search, 125 results were tabulated. The
subsequent searches took in account the symbols of the cited patents, if the patent
was not in the B60L/13/04 it would not be selected. There was a tolerance in that
criteria, the symbol could be located in the second or third space in the relevance list,
if the symbol wasn’t in those positions, the patent would not be select either. The
Espacenet tools are not easy to use, there is a learning curve to be taken into account.
If the searches had started with the knowledge acquired in this study, the searches
would have been much more productive, with more final results, less polluted, and with
a much bigger data mass. After the searches, the selected patents were analyzed
according to its methods and devices, regarding levitation, propulsion, speed,
stabilization and control. It was not difficult to acquire knowledge about several existing
but new technologies for the author at the time of conducting the study. Still following
the learning curve, it was necessary to learn the way that patents are written, what
each section says, after mastering patent formatting, it was easy to go exactly in the
text that contained the necessary information. A diagram of the relationship between
patents and their citations was then created, and a development tree highlighting
where the technology came from, the direction it has taken to this day, and a possible
projection of where it will be in the next few years. Even looking for a small field of 22
patents, which corresponds to only 1.26% of the results of the initial search of 1659
results, it was still possible to find the desired information at the beginning of the study.
It is similar to the work of chemical analysis by samples, as this study started with a
small sample, and in the end showed reliable results with respect to the technology of
maglevs in general.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Matriz energética brasileira ............................................................ 12
Figura 2 - Mercado de eletricidade (2017 e 2018) ......................................... 13
Figura 3 - Etiqueta de eficiência energética ................................................... 18
Figura 4 - Etiqueta de eficiência energética do Canadá ................................. 20
Figura 5 - Etiqueta de eficiência energética dos EUA .................................... 21
Figura 6 - Etiqueta de eficiência energética da União Europeia ..................... 22
Figura 7 - Etiqueta de eficiência energética da China .................................... 23
Figura 8 - Esquema do ciclo de compressão ................................................. 25
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 11

1.1 MOTIVAÇÃO ..................................................................................... 12

1.2 OBJETIVOS GERAIS ........................................................................ 14

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 14

1.4 METODOLOGIA ................................................................................ 14

2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................... 17

2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .............................................................. 17

2.2 PROGRAMAS DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .......... 17

2.2.1 Programa Brasileiro de Etiquetagem ........................................... 17

2.3 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EQUIPAMENTOS ........................... 19

2.3.1 Etiqueta de Eficiência Energética EnerGuide – Canadá .............. 19

2.3.2 Etiqueta de eficiência energética Energy Guide – Estados Unidos


20

2.3.3 Etiqueta de eficiência energética – União Europeia..................... 21

2.3.4 Etiqueta de eficiência energética – México .................................. 22

2.3.5 Etiqueta de eficiência energética – China .................................... 22

2.4 REFRIGERADORES E A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .................. 23

2.4.1 Breve histórico ............................................................................. 23

2.4.2 Princípio de Funcionamento ........................................................ 24

3. METODOLOGIA DE CLASSIFICAÇÃO DA EFICIÊNCIA EM


REFRIGERADORES ................................................................................................ 27

4. REFRIGERADORES SELECIONADOS ............................................... 29

5. ANÁLISE COMPARATIVA .................................................................... 31

6. CONCLUSÕES ..................................................................................... 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 34


11

1. INTRODUÇÃO

As fontes energéticas mais abundantes no Brasil e no mundo são as que


utilizam combustíveis fósseis. Apesar de ser uma das fontes mais baratas e
abundantes na natureza, a sua principal desvantagem está relacionada à grande
quantidade de gases poluentes emitidos, por ela, na atmosfera, um dos fatores mais
prejudiciais ao meio ambiente, além disto, este não é um recurso inesgotável, fato que
ficou evidente, na década de 1970, devido ao primeiro choque do petróleo. O impacto
econômico dessa crise foi tão grande que motivou as maiores potências mundiais a
investirem em projetos de eficiência energética e fontes renováveis de energia a fim
de encontrar alternativas que reduzissem a dependência pelos combustíveis fósseis
e seus derivados (SOUZA et al, 2011).
Nessa época, Estados Unidos e União Europeia formularam normas referentes
a eficiência energética, que estabeleciam a redução do uso de energia e emissão de
gases poluentes (ALTOÉ et al, 2017). Posteriormente no Brasil, no ano de 1983, é
criado pelo Ministério da Indústria e Comércio (MIC), o primeiro programa de
conservação de energia no setor industrial, o CONSERVE, que tinha como objetivo
diminuir consumo de energia nas indústrias, incentivar a utilização de fontes de
energia alternativas nacionais, além de otimizar processos e produtos industriais, a
fim de serem mas eficientes. (PICCININI, 1994)
O primeiro programa referente a eficiência de eletrodomésticos, o Programa
Brasileiro de Etiquetagem – PBE, é criado em 1984, com o protocolo firmado entre o
Ministério de Indústria e Comércio e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica, que teve como interventor o Ministério de Minas e Energia (MME, 2011).
Este tem como principal atribuição informar ao consumidor a atuação daquele
aparelho, de acordo com seus níveis de eficiência, levando em consideração também
os ruídos e outros fatores que podem influenciar na decisão de compra (INMETRO,
2019). Este tipo de informação possibilita ao comprador fazer uma escolha mais
eficiente de acordo com suas necessidades, o que traz benefícios não só para ele,
mas contribui para diminuir a demanda de energia utilizada, principalmente no setor
residencial.
Através da lei sancionada em outubro de 2001, o PBE teve sua importância
estratégica consolidada. Conhecida como a “Lei da Eficiência Energética”, esta
12

estabelecia níveis máximos de consumo, ou mínimos de eficiência energética de


máquinas e aparelhos consumidores de energia (BRASIL, 2001). No mesmo ano, em
dezembro, foi assinado um decreto que designou o Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) como órgão responsável por
coordenar e fiscalizar os Programas de Avaliação da Conformidade relacionados à
eficiência energética.
A definição dos padrões e regras foi fundamental para aumentar a
confiabilidade do consumidor nas etiquetas presentes nos equipamentos
eletrodomésticos. O PBE conta com apoio de outros programas para estimular os
fabricantes na produção de equipamentos mais econômicos, um deles é o Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), executado pela Eletrobrás,
e responsável por designar, através do Selo Procel, qual aparelho de determinada
categoria é de fato mais eficiente. (PROCELINFO, 2019)

1.1 MOTIVAÇÃO

Se no passado o que impulsionou a busca por eficiência energética foi a crise


do petróleo, no presente, são os sinais de esgotamento, que se tornam mais evidentes
a cada dia. Observa-se que no Brasil a maior parte do país é suprida por energia
proveniente de usinas hidrelétricas, em janeiro de 2019, esta energia era representada
por 60% de toda potência gerada no país, com uma capacidade instalada de 98,2GW.

Figura 1 - Matriz energética brasileira

Fonte: ABEEólica (31/01/2019)


13

Apesar do grande potencial de geração, a ausência de planejamento


apropriado e alterações nos padrões de chuvas, faz com que haja necessidade de se
utilizar outros métodos para geração de energia e também otimizar o uso da mesma.
Além destes fatores, existem também as questões ambientais, pois, apesar de ser
uma fonte renovável de energia, também causa impactos prejudiciais ao meio
ambiente.
Outro fator que contribui para uma possível escassez de energia é o aumento
da população, estimado em 50%, até o ano de 2030, o que exige uma demanda maior
de energia (EPE, 2014b).
Tendo em vista o crescimento populacional, a energia elétrica é um recurso
cada vez mais utilizado, principalmente no setor residencial. Devido ao acréscimo na
base de consumidores, no ano de 2018, houve um aumento no consumo de energia
nas residências de 1,2% em relação ao ano anterior, ficando somente atrás do setor
industrial (EPE, 2019).

Figura 2 - Mercado de eletricidade (2017 e 2018)

Fonte: Comissão Permanente de Análise e Acompanhamento do Mercado de Energia Ele


trica - COPAM/EPE. Dados preliminares, 2019

Nas residências, estão presentes os mais variados tipos de eletrodomésticos,


porém, alguns são responsáveis por maior parte do consumo. Dentre eles, em ordem
decrescente estão os chuveiros, refrigeradores e condicionadores de ar,
respectivamente (PROCEL E ELETROBRÁS, 2007). Apesar dos chuveiros ocuparem
14

o primeiro lugar, seu uso não é constante, e a sua utilização não é uma necessidade,
como a de conservar alimentos, o que faz os refrigeradores ocuparem grande parte
dos domicílios no território brasileiro. Cerca de 96% da população brasileira possui
pelo menos um equipamento deste tipo em casa (PROCEL E ELETROBRÁS, 2007).
Ao levar em consideração a quantidade deste tipo de aparelho presente nas
residências, e o seu consumo médio de energia, os níveis de eficiência indicado na
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia possui um papel de grande relevância
no que tange a eficiência energética. O ganho de EE através do “progresso
autônomo”, que pode ser entendido como a substituição de equipamentos por
similares, porém mais eficientes, faz parte de uma das iniciativas propostas no PNE
2030, e tem por objetivo a redução de 5% da demanda através incentivos que
promovem EE através destes equipamentos (MME, 2011).

1.2 OBJETIVOS GERAIS

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma proposta de comparação


da eficiência energética em refrigeradores de modelos semelhantes em alguns países
selecionados, incluindo o Brasil. Será analisada a relação entre o consumo previsto e
o consumo efetivo nestes eletrodomésticos, além mostrar de forma clara se o Brasil
está dentro dos padrões mundiais de consumo e eficiência energética.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos centrais deste trabalho são:


a) Apresentação das etiquetas de eficiência energética dos seguintes países:
Brasil, Canadá, Estados Unidos, União Europeia, México e China;
b) Escolha dos refrigeradores de modelos e níveis de eficiência equivalentes
em cada país;
c) Cálculo do consumo previsto através das especificações técnicas do
eletrodoméstico;
d) Avaliação comparativa dos níveis de eficiência energética aplicados a
refrigeradores no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem.

1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA


15

O presente trabalho segue as seguintes etapas para avaliação comparativa dos


níveis energéticos atribuído a refrigeradores, no âmbito do PBE:
a) Discriminação dos programas de etiquetagem dos países selecionados;
b) Formação do parque de refrigeradores, separação por categoria (ou
modelo equivalente) em cada país;
c) Utilização e tratamento de dados para cálculo do consumo de energia dos
equipamentos, fragmentados por modelos equivalentes e separados por país,
para a inclusão das variáveis de degradação de eficiência e temperatura ambiente;
d) Análise da classificação dos níveis de eficiência segundo o Programa
Brasileiro de Etiquetagem;
e) Apresentação dos resultados e comparação aos níveis de eficiência
determinados pelos programas de etiquetagem dos países selecionados.
17

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Entende-se por eficiência a capacidade de realizar tarefas ou trabalhos de


modo eficaz e com o mínimo de desperdício, mas quando se trata de eficiência na
área de energia elétrica podem ser atribuídos outros significados a esta palavra. Um
deles é a produção de determinada quantidade de energia utilizando menos recursos
naturais, ou seja, através do uso de fontes renováveis (EPE, 2019). Outro conceito
associado à eficiência é o consumo apenas do necessário, utilizando corretamente os
aparelhos combatendo o desperdício.

2.2 PROGRAMAS DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Vários programas de incentivo a eficiência energética foram criados na década


de 80, após o choque do petróleo. Alguns com participação voluntária, outros com
caráter obrigatório. Dentre eles, o Programa Brasileiro de Etiquetagem que será
abordado subsequentemente.

2.2.1 PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM

No Brasil o órgão responsável por etiquetar eletrodomésticos é o Programa


Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Criado no ano de 1984, com o Protocolo firmado
entre o Ministério da Indústria e Comércio e a Associação Brasileira da Indústria
Elétrica e Eletrônica (ABINEE), este programa é coordenado pelo Inmetro, a quem é
atribuído objetivos e competências a fim de garantir a qualidade de produtos e
serviços. (MME, 2011)
Atualmente o PBE possui trinta e oito programas, em níveis distintos de
implementação. Há mais de vinte anos algumas categorias de eletrodomésticos são
avaliadas, como as de refrigeradores e condicionadores de ar (INMETRO, 2019). O
PBE possui parcerias que são responsáveis por premiar produtos mais eficientes, uma
delas é com a Eletrobrás, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia
18

Elétrica (Procel) e outra com a Petrobras, através do Programa Nacional da


Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet).
O Programa de Etiquetagem Brasileiro estabelece os níveis de eficiência para
os diversos tipos de equipamentos, além disso engloba edificações e veículos leves.
Os aparelhos são divididos por categorias, variando do “A” (mais eficiente), até a letra
correspondente ao menos eficiente (pode variar de “C” até “E”). Na etiqueta também
é mostrado o consumo em kWh: para refrigeradores, é dado por mês; no caso dos
condicionadores de ar, por hora; nas máquinas de lavar, por ciclo; e em fogões através
do percentual de rendimento dos queimadores e dos fornos, bem como informações
adicionais como volume, consumo de água e outros.

Figura 3 - Etiqueta de eficiência energética

Fonte: INMETRO, 2019


19

2.3 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EQUIPAMENTOS

A eficiência energética é um tema abordado não só pelo Brasil, mas também


por quase todo o mundo. Países desenvolvidos buscam aperfeiçoar suas tecnologias
a fim de criarem equipamentos cada vez mais eficientes.
As primeiras etiquetas obrigatórias surgiram na Europa, no ano de 1940, e não
eram referentes a equipamentos, na verdade possuíam o intuito de informar sobre
substâncias que causavam dano a saúde do consumidor. Estas, desde sempre,
possuem o caráter informativo, e naquela época era atribuída, através de
comparativos, somente a produtos da mesma categoria que apresentavam os
melhores índices (PAIM NETO, 2015).
Com a finalidade de informar ao consumidor os níveis de consumo,
mundialmente, as etiquetas são classificadas por três tipos: etiqueta de endosso,
etiqueta de comparação contínua e de comparação por categoria. A primeira, informa
se o equipamento é o mais eficiente dentro de determinada categoria, esta também é
nomeada de selo ou certificado. A seguintes são compostas por especificações mais
detalhadas a respeito do consumo (GELLER, 2006; CARDOSO, 2012).
As etiquetas de eficiência energética encontradas no Brasil, na Europa e na
China utilizam escalas, e são fracionadas por categoria (A, B, C, D, E, F ou G).
Diferentemente das etiquetas presentes nos Estados Unidos, no Canadá, e no
México, que são do tipo contínuo, ou seja, indicam o valor consumido anualmente
pelos equipamentos (CARDOSO, 2008).

2.3.1 ETIQUETA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ENERGUIDE – CANADÁ

Os equipamentos canadenses são certificados pelo EnerGuide, um programa


nacional de etiquetagem comparativa, que é gerenciado pelo Natural Resources
Canada. Criada em 1978, é aplicada de forma obrigatória a condicionadores de ar,
freezers, refrigeradores, lavadoras de roupa, lavadoras e secadoras combinadas,
lavadora de louças e fogões/fornos. O consumo de energia dos aparelhos que
possuem a etiqueta da EnerGuide é apresentado por ano, em kWh, e também a sua
posição em relação ao consumo mais baixo e o mais alto de equipamentos
equivalentes, como pode ser visto na figura X (GELLER, 2006).
20

Figura 4 - Etiqueta de eficiência energética do Canadá

Fonte: Paim, 2015

2.3.2 ETIQUETA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ENERGY GUIDE – ESTADOS UNIDOS

Por volta de 1980 o Programa Energy Guide foi colocado em vigor através da
obrigatoriedade da aplicação de etiquetas de eficiência energética em equipamentos
elétricos. Criado através da agência nacional de comércio americana (Federal Trade
Commission – FTC), este programa determina que equipamentos como
condicionadores de ar centrais e de janela, lavadoras de roupa, lavadoras de louça,
freezers, fornos, refrigeradores, aquecedores de água, bombas de calor, boilers,
reatores e lâmpadas, sejam etiquetados. Inicialmente, apenas o custo era
apresentado na etiqueta de forma anual, porém com a mudança do preço nacional
médio da energia elétrica de um ano para o outro, foi necessário revisar este indicador.
Em 1994, o principal comparador indicativo de consumo passou a ser exibido nas
etiquetas em kWh, sendo mostrado na etiqueta a energia (kWh/ano), o custo
operacional, e os maiores e menores valores de consumo energético de
equipamentos similares, exibido na Figura X. O alerta contido na etiqueta, deixa claro
que o custo referente ao consumo depende totalmente dos hábitos de utilização dos
equipamentos (GELLER, 2006; PAIM NETO, 2015).
21

Figura 5 - Etiqueta de eficiência energética dos EUA

Fonte: Paim, 2015

2.3.3 ETIQUETA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – UNIÃO EUROPEIA

A etiquetagem de eletrodomésticos e lâmpadas, é regularizada desde 1992 na


União Europeia. Os aparelhos compreendidos neste programa são: máquinas de lavar
louça, lavar roupa e secar roupa, fornos elétricos, equipamentos de refrigeração
(frigoríficos, combinados e arcas), aparelhos de ar condicionado e ainda televisores
(QUERCUS, 2014b). Além do consumo, as etiquetas também indicam outras
características, como volume, níveis de ruídos, entre outros. Até o ano de 2003, estes
aparelhos eram categorizados em sete classes (A, B, C, D, E, F e G) (QUERCUS,
2014a).
Através do desempenho dos fabricantes em desenvolverem equipamentos
mais eficientes, em 2003 foram criadas duas classes de equipamentos (A+ e A++).
No final de 2010, a nova legislação criou uma etiqueta, com novas categorias e uma
nova imagem, a fim de relacionar a etiqueta à evolução tecnológica (QUERCUS,
2014a).
22

Figura 6 - Etiqueta de eficiência energética da União Europeia

Fonte: Paim, 2015

2.3.4 ETIQUETA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – MÉXICO

Implementado pela Comissión Nacional para el Ahorrro de Energía (CONAE),


é obrigatório o uso de etiquetas de eficiência energética em eletrodomésticos
contemplados por este programa, estes são: condicionadores de ar de janela,
refrigeradores, congeladores, lavadoras de roupa, bombas centrífugas residenciais,
aquecedores de água. Esta etiqueta também possui um alerta para relação de hábitos
de consumo e o consumo de energia efetivo dos aparelhos (GELLER, 2006; PAIM
NETO, 2015).

2.3.5 ETIQUETA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – CHINA

Lançado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e AQSIQ


(General Administration of Quality Supervision, Inspection and Quarantine of China)
no ano de 2004, o China Energy Label é o programa responsável pela etiquetagem
de equipamentos elétricos. Esta etiqueta é obrigatório em refrigeradores, freezers,
23

condicionadores de ar, máquinas de lavar, aquecedores de água, lâmpadas,


televisores, impressoras, fornos, fogões e outros aparelhos elétricos. Cada produto
recebe um grau de 1 a 5, sendo 1 o menos eficiente, e 5 o mais eficiente. Nesta
etiqueta são mostrados valores referentes a eficiência energética do aparelho, o
índice de consumo de energia e outros números relacionados ao desempenho destes
equipamentos (CVC, 2014b).

Figura 7 - Etiqueta de eficiência energética da China

Fonte: Paim, 2015

2.4 REFRIGERADORES E A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

2.4.1 BREVE HISTÓRICO

Os primeiros refrigeradores surgiram por volta de 1876, com a finalidade de


conservar alimentos durante o tempo de transporte. Somente no ano de 1910, foram
criados os primeiros refrigeradores para uso doméstico. Esta invenção revolucionou o
cotidiano, pois com geladeiras em casa, não era mais necessário comprar alimentos
e cozinhá-los todos os dias, o que mudou o cenário do mercado de trabalho, pois
24

possibilitava as mulheres de trabalharem fora. A geladeira pode ser incluída entre os


50 objetos mais importantes do cotidiano, sendo ela responsável por grande parte do
consumo residencial, sendo assim, com a utilização de aparelhos mais eficientes é
possível gerar uma economia considerável (BBC, 2017). Segundo GELLER et al
(1998), entre 1986 e 1996, a utilização de refrigeradores e freezer eficientes
ocasionaram em uma economia de 2,5TWh por ano, número de corresponde a 1% do
consumo de energia elétrica no ano de 1996.

A eficiência de refrigeradores está atrelada a fatores como a utilização e a


tecnologia de fabricação. Menor consumo pode ser garantido através de
aperfeiçoamento no isolamento, vedação, compressor e termostato (FUPAI, 2007).
Isto pode ser observado através de cálculos realizados pela Associação Nacional de
Fabricantes de Produtos (2010), que comprovam que equipamentos ultrapassados,
fabricados há mais de cinco anos, consomem 40% mais energia, quando comparados
aos fabricados recentemente, o que demonstra o aumento da EE através da redução
no consumo.
Os programas de etiquetagem impulsionaram os fabricantes a criarem
produtos cada vez mais eficientes, visto que esta informação aparece estampada no
produto (SALVADOR, 2013). Apesar do custo de algumas tecnologias, quando se leva
em consideração a vida útil do equipamento, a aquisição se torna viável.

2.4.2 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

As geladeiras e freezers são máquinas térmicas utilizadas para retirar calor de


um ambiente, neste caso seu interior. Apesar do aperfeiçoamento dos componentes
dos aparelhos atuais, a concepção termodinâmica é bastante similar aos fabricados
no início do século XX (SALVADOR, 2013; NAGENGAST, 2004).
Estes obedecem ao princípio de funcionamento de um ciclo de compressão a
vapor. A refrigeração acontece devido à circulação de um fluído refrigerante em um
percurso fechado, que é composto pelos seguintes elementos: compressor,
condensador, mecanismo de expansão (tubo capilar) e evaporador.
Para melhor compreensão, o funcionamento destes equipamentos pode
ser mostrado na Figura X:
25

Figura 8 - Esquema do ciclo de compressão

Fonte: Costa, 1982

Trecho 1-2 – Estando à mesma pressão do evaporador, o gás refrigerante entra


no compressor, e é comprimido até atingir a pressão de condensação, chegando ao
estado de vapor superaquecido.

Trecho 2-3 – Ao passar pelo condensador, o gás realiza trocas térmicas com o
meio externo, ocasionando a perda de calor e consequentemente a transformação do
gás em líquido.

Trecho 3-4 – A expansão acontece na válvula ou capilar, onde a passagem do


fluido é restringida pelo sistema, o que faz com que sua vazão diminua. Este processo
diminui a pressão e temperatura (OLIVEIRA, REBELLATO, YAMASHITA, 2016).

Trecho 4-1 – O fluido troca calor com meio externo até atingir ao estado de
vapor saturado.
27

3. METODOLOGIA DE CLASSIFICAÇÃO DA EFICIÊNCIA EM


REFRIGERADORES
29

4. REFRIGERADORES SELECIONADOS
31

5. ANÁLISE COMPARATIVA
33

6. CONCLUSÕES
34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALTOÉ, Leandra. et al. Políticas públicas de incentivo à eficiência energética.


Estudos avançados, 31, 89, 2017.

BRASIL. Câmara dos deputados. Lei nº 10.295, de 17 de outubro de 2001. Política


de eficiência energética no Brasil. Brasília, DF, out, 2015.

CARDOSO, Rafael Balbino. Avaliação da economia de energia atribuída ao


Programa selo PROCEL em Freezers e Refrigeradores. 2008. 90 f. Dissertação
(Mestrado em ciências em Engenharia da energia) – Programa de pós graduação em
engenharia da energia, Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, 2008.

GELLER, Howard. Índice mínimos de eficiência energética, etiquetas e


procedimento de ensaios para refrigeradores, freezers e condicionadores de ar
de janela no Canadá, México, Estados Unidos, China e Outros Países em
desenvolvimento e em transição. 2006.

INMETRO. Folder PBE. Disponível :


<https://www2.inmetro.gov.br/pbe/pdf/folder_pbe.pdf> Acesso em: 31 mai. 2019.
INMETRO. O programa brasileiro de etiquetagem. Disponível
em:<https://www2.inmetro.gov.br/pbe/conheca_o_programa.php> Acesso em: 27
mai. 2019.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Plano nacional de eficiência energética:


Premissas e diretrizes básicas. 2007.
35

PAIM NETO, José Roberto. Proposta para classificação do nível de eficiência


energética individual. 2015. 80 f. Dissertação (Mestrado em Gestão de redes e
Telecomunicações) – Centro de ciências exatas, ambientais e de tecnologia, Pontífica
universidade católica de Campinas, São Paulo, 2015.

PICCININI, Maurício Serrão. Conservação de energia na indústria: As políticas


adotadas na época da crise energética. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 1. n.
2, p. 153-182, 1994.

PROCEL; ELETROBRÁS. Pesquisa de posse de equipamentos e hábitos de uso –


ano base 2005 – Avaliação do mercado de eficiência energética no Brasil. Rio de
Janeiro, 2007. Disponível em: http://www.procelinfo.com.br/services/procel-
info/Simuladores/DownloadSimulator.asp?DocumentID=%7BA9E26523%2D80B8%2
D41E2%2D8D75%2D083A20E85867%7D&ServiceInstUID=%7B5E202C83%2DF05
D%2D4280%2D9004%2D3D59B20BEA4F%7D Acesso em: 22 mai. 2019.

PROCELINFO. Selo PROCEL. Disponível em:


<http://www.procelinfo.com.br/main.asp?TeamID={88A19AD9-04C6-43FC-BA2E-
99B27EF54632}> Acesso em: 21 mai. 2019.

SALVADOR, Emerson. Eficiência energética em refrigeradores. 2013. 40 f.


Dissertação (Mestrado em ciências em Engenharia da energia) – Programa de pós
graduação em engenharia da energia, Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais,
2013.

Potrebbero piacerti anche