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DIRIETO CIVIL - AULA 13 (26/06/12)

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO DE TERCEIRO


- No CC/1916, art. 1.521, as hipóteses de responsabilidade por ato de terceiro eram baseadas em
presunções de culpa. O novo CC, por sua vez, ao prever a responsabilidade por ato de terceiro em
seu art. 932, aboliu essas presunções de culpa, ao consagrar uma responsabilidade civil objetiva (art.
933).
OBS: Este art. 933 não impede que, em determinadas situações, o representante argumente que o
representado não teve culpa no fato. Por exemplo: o empregador não se exime alegando ausência
de culpa na escolha do empregado, mas pode se defender alegando que o seu empregado não teve
culpa no acidente de veículo.
- O art. 934, CC, disciplina o direito de regresso, que não haverá se o causador do dano for
descendente absoluta ou relativamente incapaz daquele representante.

Hipóteses de Responsabilidade Civil


Inciso I, art. 932, CC:
- A responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos sofreu uma profunda transformação, se
compararmos o art. 156 do CC/1916, com o art. 932, I, CC/2002.
- No direito anterior, apenas fora reconhecida a responsabilidade solidária do menor relativamente
incapaz que cometesse um ilícito, ou seja, os absolutamente incapazes, mesmo detentores de
patrimônio, eram inimputáveis. O novo CC revolucionou. Isso porque, nos termos do art. 928, o
incapaz, seja em capacidade absoluta ou relativa, poderá ter responsabilidade civil, ainda que
subsidiária.
OBS: O incapaz somente terá responsabilidade civil se o seu representante não tiver condição
econômica de indenizar a vítima ou se o seu representante não tiver a obrigação de indenizar a
vítima.
OBS: Caso em que o representante não terá a obrigação de indenizar a vítima, recaindo a
responsabilidade no incapaz, é a hipótese de, em ação socioeducativa, na forma do ECA, o juiz impor
ao adolescente a reparação à vítima.
- A interpretação do inciso I do art. 932 é ainda acentuadamente polêmica. Antigo julgado do STJ
interpreta a norma em sua literalidade para excluir a responsabilidade do pai que não detinha a
guarda, nem tinha o menor em sua companhia (REsp. 540.459/RS). Todavia, julgado mais novo
reconheceu a responsabilidade de ambos os pais, mesmo estando separados (REsp. 1.074.937/MA).

Inciso II, art. 932, CC:


- Aplicam-se, mutatio mutantis, as regras do inciso anterior.

Inciso III, art. 932, CC:


OBS: Vale advertir que a responsabilidade do empregado, por exemplo, não é apenas decorrente do
exercício do trabalho em si, mas também em razão dele. Ex: empregado que usa carro da empresa
para ir ao trabalho e atropela um transeunte, terá responsabilidade em razão do trabalho.
- Neste exemplo, se o empregado estiver usando o carro, mas não em razão do trabalho (férias), o
empregador não responde com base no inciso III, art. 932. Mas o STJ permite responsabilizar aquele
que empresta o seu veículo.

Inciso IV, art. 932, CC:


- O fundamento desta norma é o dever de segurança que se espera dos estabelecimentos elencados.
- No caso das escolas o dever é muito mais nítido, pois existe uma representação do dono do
estabelecimento pelo educando menor. Se a escola é pública, a responsabilidade é do Estado.
OBS: Problema que se agravou nos últimos anos, a prática do bullying, posto não exista
regulamentação legal específica, poderá conduzir à responsabilidade dos donos das escolas por
omissão no dever fiscalizatório.

Inciso V, art. 932, CC:


- Este inciso quer impedir que as pessoas que praticam crime não tenham responsabilidade civil.

QUESTÕES ESPECIAIS DA JURISPRUDÊNCIA ACERCA DA RESPONSABILIDADE CIVIL PARA


CONCURSO PÚBLICO
01) Responsabilidade Civil no Transporte Gratuito
- A Súmula 145, STJ estabelece que, no transporte desinteressado ou de simples cortesia (carona), o
transportador só será responsável se houver atuado com dolo ou culpa grave.
- No caso de transporte com interesse (corretor de imóveis), responderá por dolo ou culpa.

02) O STJ, no que tange à responsabilidade civil do transportador aéreo por extravio de bagagem,
entende, em favor do consumidor, que deve ser aplicado o CDC, afastando a indenização tarifada da
Convenção de Varsóvia (AgRg no Ag 1.230.663/RJ).
- Esta Convenção de Varsóvia estabelece um limite de indenização por bagagem, nos casos de vôos
internacionais. E até mesmo os vôos nacionais possuem regramentos sobre estes limites. É esta
limitação que é afastada pelo STJ.

03) Em caso de overbooking (vender mais passagens do que o número de lugares), também já
decidiu o STJ tratar-se de um ato ilícito, passível de responsabilidade civil (REsp. 211.604/SC).
OBS: Ver Noticiário STJ de 05/07/2009.

04) Responsabilidade Civil do médico


- Noticiário do STJ de 09/11/2008 noticiou que nos últimos 06 anos a quantidade de processos
envolvendo erro médico aumentou 200%.
- A despeito de o CDC estabelecer como regra a responsabilidade civil objetiva, os profissionais
liberais, incluídos os médicos, por exceção, respondem com base na culpa profissional, a teor do art.
14, § 4º, CDC (no CC, ver art. 951).
OBS: No REsp. 985.888/SP foi dito que mesmo em procedimento de cirurgia plástica estética, a
responsabilidade do médico é subjetiva, ainda que haja presunção de culpa.
- O STJ, a par da responsabilidade subjetiva do médico, admite a inversão do ônus da prova (ver
Noticiário de 09/11/2008).
- O cirurgião chefe responde solidariamente por eventuais erros da sua equipe, que lhe é
subordinada, mas a responsabilidade do anestesiologista é autônoma.
OBS: Denomina-se termo de consentimento informado o documento emitido com base no art. 15,
CC, pelo qual o médico, na perspectiva da boa-fé objetiva e do dever de informação dá ao paciente
conhecimento dos possíveis efeitos da sua intervenção.
- Vale lembrar ainda, quanto a transfusão de sangue em testemunha de Jeová que há autores
contrários à atuação médica contra a vontade do paciente, ainda que seja para salvar-lhe a vida.
Uma segunda corrente entende que o médico deve atuar para salvar a vida, à luz da teoria de
ponderação de interesses.

05) Um dos temas mais polêmicos é a responsabilidade dos hospitais e clínicas. Aparentemente, o
STJ aponta uma mudança de orientação: em um primeiro momento afirmava que a responsabilidade
dos hospitais e clínicas também seria subjetiva, baseada na culpa (REsp. 258.389/SP, REsp.
908.359/SC); mas, recentemente, o REsp. 986.648/PR entendeu que somente a responsabilidade do
médico, profissional liberal, é subjetiva. A da clínica ou hospital não.
- Em conclusão, vale anotar ainda dois importantes julgados: o Resp. 629.212/RJ entendeu que o
hospital também responde objetivamente pela infecção hospitalar. Mais recentemente, o REsp.
866.371/RS reafirmou a idéia de que o plano de saúde responde objetivamente pelo erro do seu
médico credenciado.

06) Responsabilidade Civil do Condomínio


- O STJ, nos termos do REsp. 268.669 e do REsp. 618.533 firmou entendimento no sentido de que “o
condomínio só responde por furtos ocorridos nas suas áreas comuns se isto estiver expressamente
previsto na convenção”.
- Em caso de uso indevido de dinheiro do condomínio o HC 105.559 fora negado em desfavor de
síndico condenado por apropriação indébita.

07) Existe responsabilidade civil por abandono afetivo?

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