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“Eu tenho uma força que me leva a cantar

Um maracatu, papa jerimum


Batendo zambê na terra potiguar
Ouça o som do meu tambor, energia que me dá
Seja negro ou de outra cor, proteção de orixá
Viva o rei, viva a rainha
Viva a Corte Real
Viva o baque primeiro da cidade Natal!”

Patrimônio vivo e pulsante do estado do RN, a Nação Zambêracatu traz na força dos
seus tambores a energia dos orixás, fundada em outubro de 2012 na cidade do Natal-RN,
com o objetivo de fortalecer e difundir a cultura afro brasileira no estado do Rio Grande do
Norte, o grupo – que tem ligação religiosa com o Candomblé de Nação Ketu, mas que
agrega a tod@s, independente de credo – é sinônimo de resistência da cultura negra no Rio
Grande do Norte, emanando asé (a boa energia) por onde passa, fazendo soar suas alfaias,
seus agbês, seus gonguês e suas caixas, e encantando com as loas (canções) que são
compostas pelo próprio grupo.
O grupo carrega em sua musicalidade uma grande referência do Maracatu de Baque
Virado, original de Pernambuco e fortemente estabelecido na sua capital Recife. As Nações
de Maracatu são grupos que surgiram em função das coroações de rainhas e reis negros
denominados Reis do Congo, sob a proteção das Irmandades de Nossa Senhora do
Rosário e de São Benedito, sinônimo de resistência religiosa e cultural negra, as Nações
reverenciam suas divindades e celebram sua ancestralidade africana através do maracatu,
mostrando que mesmo sob grande controle e tentativas de moldá-los a uma estética
eurocentrada de corte real, os negros permanecem cultuando suas divindades e corando
suas rainhas negras, que durante o carnaval são apresentadas e reverenciadas pela
comunidade.
Fortemente ligadas às religiões de matriz africana, em especial, o Candomblé, as
Nações mais "tradicionais" encontram nos símbolos, cânticos, danças, indumentárias e
adereços, estreitas relações com os orixás e outras entidades. A Nação Zambêracatu está
atrelada a religiosidade afro brasileira, tendo suas fundamentações no Candomblé de
Nação Ketu, pertencendo ao Ilè Asè Dajo Obá Ogodô (Extremoz- RN), sob os cuidados do
babalorixá Melquezedeque de Xangô, esta ligação com o candomblé de Nação Ketu,
influencia nos toques execultados pelo grupo, que reproduz e faz releituras de ritmos
tocados nas cerimônias religiosas.
O Maracatu é uma manifestação cultural de espírito, corpo e musicalidade africana,
num movimento de luta, resistência e preservação das práticas culturais afro-brasileiras,
dentro dessa perspectiva a Nação Zambêracatu mescla o maracatu com ritmo do Zambê,
manifestação cultural autenticamente potiguar, raíz negra norte riograndense que dá nome
a nossa Nação. O grupo desenvolve um trabalho autoral, que traz em suas canções, a
exaltação do negro potiguar e de sua religiosidade, sendo também um instrumento de
combate ao racismo e intolerância religiosa, através de ações em comunidades da grande
Natal, como ensaios abertos, oficinas e apresentações, fortalecendo a construção e
afirmação de uma identidade negra.
Além das ações realizadas durante todo o ano, a Nação Zambêracatu possui um
calendário com datas fixas anuais, são elas:

"Batuque para a Rainha do Mar"

A Nação é a grande responsável pelo festejo de Iemanjá na cidade do Natal,


agregando anualmente inúmeros adeptos, praticantes e simpatizantes de religiões de matriz
africana, no dia 2 de fevereiro, data em que se comemora nacionalmente o dia de Iemanjá,
a Nação Zamberacatu puxa um cortejo que sai da Ponta do Morcego, pela Avenida Café
Filho, finalizando na estátua de Iemanjá (Praia do Meio), marco da presença e resistência
das religiões de matriz africana na cidade, a cada ano o Batuque se fortalece e agrega mais
pessoas, tornando-se parte do calendário daqueles e daquelas que se sentem
representados por essa ancestralidade, manifestada nos toques, cânticos, roupas e
adereços da Nação e seus seguidores.
"Cortejo Abrindo os Caminhos"

O “Cortejo Abrindo os Caminhos” abre o carnaval da cidade de forma independente,


propagando a musicalidade e religiosidade negra da cidade do Natal através do maracatu
de baque virado. A intenção do cortejo é pedir a benção e proteção dos orixás para que os
quatro dias de folia no carnaval sejam de paz e muita alegria nesta festa que é a mais
popular do nosso país.

“Coroação da Rainha”

A Coroação da Rainha é sem dúvidas o momento mais especial e mais esperado do


ano, é quando a nação se reúne em frente a Igreja do Rosário dos Pretos para coroar uma
mulher negra como representante daquele povo e como testemunho vivo de resistência e
ancestralidade, aquela que representa para toda a cultura Iorubana, a grande matriarca,
referência e ligação entre orun (céu) e Aiyê (terra), em 2019 pelo quarto ano consecutivo
vamos coroar a Rainha Maria Lázaro de Oyá sucessora e mãe de Iracema Albuquerque
(Rainha Iracema) que foi fundadora e rainha da nação de 2012 a 2015 quando fez sua
passagem, sendo hoje considerada uma grande luz ancestral que também rege a Nação.

“Pele negra para esconder a dor


Baque virado ao som do meu tambor
Eu vim aqui, pra saudar uma rainha
Rainha negra do povo Nagô”
CARNAVAL 2019
CONTATOS:

Endereço: TECESol (Rua Governador Valadares, s/n, Conjunto Pirangi, Natal-RN

(84) 98887-2747 (Marilia Negra Flor)


(84) 98621-5123 (Kleber Moreira)

@nacaozamberacatu
facebook.com/nacaozamberacatu

links:
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https://www.youtube.com/watch?v=X_mCNgEEznQ

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