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ESTUDOS
JUDAICOS
INSTITUTO HISTÓRICO
ISRAELITA MINEIRO
INSTITUTO HISTÓRICO
Revista de Estudos Judaicos
ISRAELITA MINEIRO
APOIO CULTURAL
AETHRA
AETHRA
S I S T E M A S AU T O M O T I V O S
S I S T E M A S AU T O M O T I V O S
Proibida a reprodução de qualquer parte ou do todo sem a prévia autorização do Editor.
Disponível no site: www.ihim.org.br.
Comissão Editorial
Aléxia Teles Duchowny
Maria Antonieta A. de M. Cohen
Naftale Katz
Pareceristas
Carlos Alberto Gohn (Universidade Federal de Minas Gerais)
Leonardo Alanati (Congregação Israelita Mineira)
Lívia Cristina Guimarães (Faculdade Novos Horizontes)
Lyslei Nascimento (Universidade Federal de Minas Gerais)
Diagramação
Tiago Garcias
Revisão de provas
Aline Sobreira
Eduardo Soares
Ano XI – n. 8
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da comunidade judaica local e o vídeo Vidas, produzido pelo instituto, com
os sobreviventes do Holocausto, hoje integrantes da comunidade mineira.
Existe uma preocupação constante do IHIM com a conservação e
preservação de todo o material integrante de suas biblioteca, mapoteca,
hemeroteca e videoteca. Atualmente, a acessibilidade ao acervo vem sendo
facilitada pela digitalização, tratamento e organização do acervo fotográfi-
co e pela migração de dados antigos para mídias mais modernas.
As variadas peças museológicas – máquina de escrever com tipos
em hebraico, mezuzás, menorás, rolos da Torá, kipás, talits, shofares etc. – são
cedidas para exposições e se encontram expostas para visitação no Espa-
ço Cultural Judith e Nelson Cohen, inaugurado em novembro de 2007 e
localizado no andar térreo da UIBH.
O IHIM realiza eventos culturais e sociais, palestras, cursos, ceri-
mônias, lançamentos de livros, mostras de cinema, exposições, feiras de
livros, simpósios, shows, festivais, ciclos de debate e congressos – como o
3º Encontro Nacional do AHJB, em maio de 2003, em Ouro Preto/MG.
As parcerias para a realização de eventos são muitas: Embaixada de Israel,
Embaixada da Polônia, Arquivo Público Mineiro, Universidade Federal
de Minas Gerais, Fundação Municipal de Cultura, Secretaria de Estado
de Cultura de Minas Gerais, Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, Palácio das Artes, Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, Biblioteca
Pública Estadual Luiz de Bessa, Arquidiocese de Belo Horizonte, Museu
Histórico Abílio Barreto, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Câmara
Municipal de Belo Horizonte, Escola Anne Frank e entidades judaicas
do Brasil e do mundo. Com a comunidade em geral, o instituto mantém
diálogo eficiente, atendendo prontamente às inúmeras solicitações que lhe
são encaminhadas para aulas, entrevistas, palestras e esclarecimentos sobre
tradições, religião e literatura judaicas.
A promoção e desenvolvimento de pesquisas tem sido uma cons-
tante para o IHIM. Dentre tantos, podem ser citados os seguintes proje-
tos e respectivos parceiros: “O papel da comunidade judaica na formação
histórica e cultural de Minas Gerais” (Instituto Euvaldo Lodi – Gover-
no do Estado de Minas Gerais, 2003), “Cristãos-novos na Estrada Real”
(Fapemig, 2003-2004), “Páginas da memória: catalogação e restauração
do acervo da biblioteca do IHIM” (Lei Estadual de Incentivo à Cultura
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de Minas Gerais (LEIC/MG), 2006-2007), “Projeto para ampliação e es-
tímulo do acesso aos serviços oferecidos pelo Instituto Histórico Israeli-
ta Mineiro” (LEIC/MG, 2009-2010 e 2010-2011), “Inquisição em Minas
Gerais no século XVIII: do banco de dados à Arqueologia” (Laboratório
de Arqueologia da UFMG, 2009-2010).
A Revista de Estudos Judaicos, publicada desde 1998 e disponível em
versão digital no site do IHIM, encontra-se agora em seu oitavo número,
comemorativo dos 25 anos do Instituto Histórico. Tem sido periódico de
grande relevância para a divulgação dos estudos judaicos em geral, com
números temáticos publicados bianualmente.
Na presente edição são apresentados nove artigos, o estatuto do
IHIM e a listagem de todas as diretorias, desde sua fundação.
A Comissão Editorial
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Sumário
2 A carnavalização do Holocausto
Luiz Nazario . . . . . . . . . . . . . . . 51
8 Os primatas superiores
e os xenotransplantes do dr. Voronoff
Ethel Mizrahy Cuperschmid . . . . . . . . . . . 143
9 Arqueologia na Terra Santa: Lady Hester Lucy Stanhope
Reuven Faingold . . . . . . . . . . . . . . 153
Colaboradores . . . . . . . . . . . . . 161
Introdução
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Tal descrição foi encontrada no meio das ruínas de uma antiga muralha,
em uma região hoje conhecida como Assuã.
Sabe-se que parte desse exército e suas famílias emigraram para a
Abissínia durante a Rebelião na Diáspora entre os anos 115 a 117 a.E.C.
Posteriormente, os descendentes dessas famílias se casaram com os nati-
vos da região, e tudo indica que o judaísmo e a pele negra dos modernos
judeus da Etiópia e da Eritreia têm a ver com sua história africana. Do
mesmo modo, descobriu-se que o judaísmo propagou-se entre os abissí-
nios, porém mais rapidamente do que o cristianismo, solidificando-se na
região como a religião oficial da Abissínia.
Com o desenvolvimento das pesquisas e dos fatos acerca da traje-
tória humana no país, descobriu-se através de documentos uma série de
batalhas nas quais o grupo judaico foi se enfraquecendo e, consequente-
mente, perdendo poder territorial e mesmo espaços na sociedade. Para
Gilbert (1985), a população tornou-se predominantemente cristã e, poste-
riormente, alguns séculos depois da expansão islâmica no norte da África,
elevou-se a uma maior quantidade de maometanos. Os vencedores cris-
tãos, ao assumirem o poder, denominaram os judeus da Abissínia com o
nome de falashas, ‘os estranhos’.
Derrotados e separados, os falashas apegaram-se lealmente a suas
tradições judaicas. Naquele período de suas vidas, muitos sobreviveram
como artesãos e lavradores em suas próprias aldeias. Essa comunidade
não sabia hebraico e até sua Torá era escrita num antigo dialeto abissínio.
Através de documentos encontrados pelo professor Jacques Faitlovich,
sabe-se que, perto de acontecer o Shabat, os falashas banhavam-se e se ves-
tiam de branco, e toda a comunidade reunia-se para rezar e participar de
uma refeição comum. Também foi descoberto que naquela comunidade
não se trabalhava aos sábados.
As leis de kashurut dos falashas eram um pouco diferentes das leis
dos outros judeus ocidentais. Estes, por exemplo, habitavam uma região
onde os animais descritos na proibição não se aproximavam daqueles re-
feridos na Torá; a realidade vivida e encontrada pelos falashas era outra;
eles conviviam diariamente com animais selvagens e nativos da África –
da região da Abissínia. De modo geral, os falashas não revelaram qualquer
indício de influências de um judaísmo rabínico do Talmude.
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decidia emigrar, ele deveria deixar todas as suas posses. Apesar disso, entre
1923 e 1945, um total de 17 mil judeus teimanitas deixaram o país e tiveram
novamente como foco a Palestina.
Após a Segunda Guerra Mundial, milhares de outros teimanitas queriam
migrar para a Palestina, mas o Livro Branco dos britânicos ainda estava em
vigor e aqueles que deixassem o Iêmen acabariam em morros abarrotados
de gente em Áden, onde revoltas graves aconteceram em 1947, depois que
as Nações Unidas decidiram pela partição. Muitos judeus foram mortos e
o bairro foi completamente incendiado. Apenas em setembro de 1948 as
autoridades britânicas em Áden permitiram que os refugiados fossem para
Israel. Em 1947, após a decisão pela partição, revoltosos muçulmanos deram
início a uma sangrenta perseguição em Áden que matou 82 judeus e destruiu
centenas de casas judias. A comunidade judaica em Áden, que contava com
8 mil judeus em 1948, foi forçada a fugir. Até 1959, mais de 3 mil já haviam
chegado em Israel. Muitos fugiram para os Estados Unidos e Inglaterra.
De acordo com Scheindlin (2003), atualmente não há judeus rema-
nescentes em Áden. Na mesma época da fundação de Israel, a comunida-
de judaica no Iêmen estava economicamente paralisada, já que a maioria
das lojas e negócios judaicos foi destruída. Essa situação cada vez mais
perigosa levou à emigração de toda a comunidade judaica teimanita – qua-
se 50 mil judeus – entre junho de 1949 e setembro de 1950, na chamada
operação Tapete Mágico.
Uma emigração em menor escala foi permitida até 1962, quando
uma guerra civil trouxe um final abrupto ao êxodo judaico. Esse é mais um
exemplo do deslocamento de toda uma comunidade judaica de suas raízes
ancestrais em países árabes. É estimado que aproximadamente mil judeus
vivam atualmente no Iêmen. Eles são mantidos como reféns, em péssimas
condições e não lhes é permitido deixar o país.
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Os judeus de Cochim
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B’nei Israel
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Considerações finais
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PÓVOA, Carlos Alberto. A territorialização dos judeus na cidade de São Paulo: a migração
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– Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
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UNTERMAN, Alan. Dicionário judaico de lendas e tradições. Rio de Janeiro: Jorge
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