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AIRR-991-43.2015.5.17.

0004
A C Ó R D Ã O
5ª Turma
EMP/sl

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. LEI Nº 13.015/2014.
ART. 896, § 1º-A, DA CLT.
ADMISSIBILIDADE.
Pela leitura dos acórdãos verifica-se
que não houve negativa de prestação
jurisdicional. As questões suscitadas
e essenciais à resolução da
controvérsia, ao contrário do que foi
alegado, foram amplamente apreciadas
e receberam do Regional manifestação
jurídica plena e efetiva. Observa-se
que o Tribunal Regional expôs e
fundamentou, de forma suficiente, os
motivos pelos quais manteve a decisão
que consignou respeitado o prazo
prescricional para ajuizamento da
ação.
Configurando-se efetiva a prestação
jurisdicional, não se pode cogitar
violação do art. 93, IX, da
Constituição Federal. Se o resultado
desse julgamento lhe foi
desfavorável, a hipótese não é de
negativa de prestação jurisdicional.
Nego provimento.

PRESCRIÇÃO. FRACIONAMENTO DA EXECUÇÃO


DE AÇÃO COLETIVA EM AÇÕES
INDIVIDUAIS.
O Tribunal Regional consignou que
somente após a apresentação do
requerimento do Ministério Público do
Trabalho houve decisão do Juízo da
execução coletiva em autorizar a
propositura de ações individuais para
execução. Esta decisão foi proferida
em 24/07/2013, tendo sido a ação
individual proposta em 03/07/2015,
assim, menos de dois anos da decisão
que autorizou a propositura das ações
individuais. Logo, não caracterizada
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da Lei nº 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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a prescrição suscitada pela
Recorrente.
Agravo de instrumento desprovido.

Vistos,   relatados   e   discutidos   estes   autos   de


Agravo   de   Instrumento   em   Recurso   de   Revista   n°  TST­AIRR­991­
43.2015.5.17.0004,   em   que   é   Agravante  DACASA   FINANCEIRA   S.A.   ­
SOCIEDADE   DE   CRÉDITO,   FINANCIAMENTO   E   INVESTIMENTO  e   Agravados
ULISSES DE SOUZA NASCIMENTO E OUTROS.

Trata-se de agravo de instrumento interposto em


face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso
de revista.
Contraminuta não apresentada.
Sem remessa dos autos à Procuradoria Geral do
Trabalho.
É o relatório.

V O T O

AGRAVO DE INSTRUMENTO

1. CONHECIMENTO
Presentes os pressupostos extrínsecos de
admissibilidade, conheço.

2. MÉRITO

Trata-se de agravo de instrumento interposto em


face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso
de revista, pelos seguintes fundamentos:

"PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Processo
Coletivo / Ação Civil Pública.
DIREITO CIVIL / Fatos Jurídicos / Prescrição e Decadência.
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Alegação(ões):
- violação do(s) artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal.
- violação do(s) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 11; Código
Civil, artigo 202, inciso I; artigo 202, inciso II; artigo 202, inciso III; artigo
202, inciso IV; artigo 202, inciso V; artigo 202, inciso VI.
- divergência jurisprudencial: .
- Súmula 150 do STF;
Consta do v. acórdão:
"1. PRESCRIÇÃO BIENAL. INTERRUPÇÃO DO PRAZO
PRESCRICIONAL PELO AJUIZAMENTO DA AÇÃO COLETIVA.
REINÍCIO DA CONTAGEM APÓS A PUBLICAÇÃO DO EDITAL PARA
A EXECUÇÃO INDIVIDUALIZADA
Renova a reclamada a prejudicial de mérito referente à alegada
prescrição bienal dos direitos dos reclamantes.
Afirma que o trânsito em julgado da ação coletiva cognitiva ocorreu
em 30/05/2011 e a esta ação executiva foi proposta somente em
19/06/2015, ou seja, mais de 2 anos após o trânsito em julgado, e invoca,
assim, a Súmula 150, do C. STF.
Sem razão.
É certo que a execução prescreve no mesmo prazo de prescrição da
ação e que o trânsito em julgado da ACP 0003200-32.2008.5.17.0003
ocorreu em 30/05/2011. Todavia, o caso em análise guarda particularidades,
as quais já são de conhecimento desde E. TRT.
Em que pese o trânsito em julgado, o que se depreende dos autos da
ACP 0003200-32.2008.5.17.0003, cujos documentos encontram-se
digitalizados nestes autos juntamente com a petição inicial do Reclamante,
o MPT, em 10/06/2013, requereu ao juízo da 3ª Vara do Trabalho de
Vitória, nos autos da ação coletiva cognitiva, fosse deferida a execução
individualizada em autos autônomos, a serem propostas pelos Reclamantes.
Tal requerimento foi deferido pelo juízo singular, o qual determinou a
expedição de edital para ciência da categoria interessada na execução dos
direitos ali deferidos. A decisão que autorizou tal diligência foi publicada
em 24/07/2013, sendo que, somente a partir daí é que se pode considerar
que, de fato, poderiam os interessados propor a execução de forma
individual.

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Qualquer que seja o prazo prescricional a ser aplicado, há de ser
contado da ciência inequívoca, pela jurisdicionado, do direito deferido.
Aqui não se leva em conta a data da extinção do contrato de trabalho ou do
trânsito em julgado da ação cognitiva.
A actio nata inicia-se somente quando o trabalhador toma ciência, de
forma inequívoca, do seu direito, a partir de quando pode efetivamente,
executá-lo.
O fundamento legal para a contagem do prazo prescricional somente
da ciência inequívoca do trabalhador quanto ao seu direito está no art. 189
do Código Civil, que estabelece com clareza que, "Violado o direito, nasce
para o seu titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos
a que aludem os arts. 205 e 206".
Ressalte-se que entre os requisitos da prescrição, encontra-se a
existência de uma ação exercitável. Logo, não se pode exigir do
jurisdicionado que exercite a ação antes da efetiva ciência do deferimento
judicial do seu direito, o que somente ocorreu com a publicação dos editais
pelo juízo respectivo.
Neste sentido, considerando a publicação do edital na ACP em
24/07/2013 e o ajuizamento da presente ação em 03/07/2015, não há
qualquer prescrição a ser declarada quanto aos pedidos relacionados à
decisão proferida na ação coletiva.
Neste sentido, os seguintes precedentes deste E. TRT, referentes à
mesma ACP 0003200-32.2008.5.17.0003:
(...)
Nego provimento."
Primeiramente, eventual contrariedade a Súmula do Supremo
Tribunal Federal não se encontra entre as hipóteses de cabimento do
recurso de revista previstas no artigo 896 da Consolidação das Leis do
Trabalho.
Outrossim, tendo a C. Turma manifestado entendimento no sentido
que o marco inicial da contagem do prazo bienal da pretensão executiva
ocorreu com a decisão que determinou a publicação de edital para ciência
dos interessados (24-07-2013), e tendo em vista o ajuizamento da presente
ação de execução individual realizado em 03/07/2015, não há falar em
prescrição a ser declarada quanto aos pedidos relacionados à decisão

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proferida na ação coletiva, não se verifica, em tese, a alegada violação,
conforme exige a alínea "c" do artigo 896 Consolidado.
Por fim, a ementa das páginas 5-6 mostra-se inespecífica à
configuração da pretendida divergência interpretativa, porquanto não
aborda a mesma particularidade fática tratada no caso dos autos, em que
somente após a notificação dos interessados por edital é que os
beneficiários tiveram ciência da possibilidade de execução individual da
sentença coletiva, iniciando-se, a partir daí, a contagem do prazo
prescricional (S. 296/TST).
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista."

A Reclamada alega em preliminar negativa de


prestação jurisdicional ao argumento de que nos embargos
declaratórios foram apontados aspectos fático-jurídicos essenciais
não analisados. Em relação ao mérito alega que o termo inicial da
prescrição da pretensão se inicia com o trânsito em julgado da
sentença, sendo que a sentença coletiva transitou em julgado em
30/05/2011, e a presente execução individual foi ajuizada somente em
19/06/2015, ou seja, mais de dois anos após o transito em julgado.
Aponta violação dos arts. 7º, XXIX, da
Constituição da República e 11 da CLT, contrariedade à Súmula 150 do
Supremo Tribunal Federal e divergência jurisprudencial.
Sem razão.
Pela leitura dos acórdãos verifica-se que não
houve negativa de prestação jurisdicional. As questões suscitadas e
essenciais à resolução da controvérsia, ao contrário do que foi
alegado, foram amplamente apreciadas e receberam do Regional
manifestação jurídica plena e efetiva.
Observa-se que o Tribunal Regional expôs e
fundamentou, de forma suficiente, os motivos pelos quais manteve a
decisão que consignou respeitado o prazo prescricional para
ajuizamento da ação.
Configurando-se efetiva a prestação jurisdicional,
não se pode cogitar violação do art. 93, IX, da Constituição
Federal.
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Se o resultado desse julgamento lhe foi
desfavorável, a hipótese não é de negativa de prestação
jurisdicional.

Em relação ao mérito, não há como prosperar a


alegação da parte, no sentido de que o prazo prescricional tem
início com o trânsito em julgado da decisão proferida na ação
coletiva, visto que somente com a publicação do edital em que os
beneficiários da ação coletiva foram cientificados da necessidade de
ajuizamento das ações individuais, o que ocorreu em 24/07/2013, é
que se pode iniciar o prazo. Assim, ajuizada a ação em 03/07/2015,
não há de se falar em prescrição.
Ilesos os dispositivos legal e constitucional
apontados pela parte.
Já os arestos transcritos para o confronto de
teses não possuem a identidade fática necessária com o caso dos
autos, o que os torna inespecíficos, de acordo com os moldes
estabelecidos pela Súmula nº 296 do TST.
Nega-se provimento ao agravo quando o agravante
não desconstitui os fundamentos contidos na decisão monocrática
proferida. Não preenchidos os requisitos de admissibilidade
recursal, deve ser confirmada a negativa de seguimento do recurso de
revista.
Nego provimento.

ISTO POSTO

ACORDAM  os   Ministros   da   Quinta   Turma   do   Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade, negar provimento ao agravo de
instrumento.
Brasília, 3 de outubro de 2018.

Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)


EMMANOEL PEREIRA
Ministro Relator

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