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A instalação do sistema colonial hispânico na América foi marcada por um processo

massivo de eliminação de boa parte das populações indígenas que aqui viviam. No
entanto, conforme assinalado pelo poeta chileno Pablo Neruda, a “cruz”, a “espada” e a
“fome” não foram suficientes para encerrar as resistências da população indígena frente
ao colonizador espanhol. No século XVIII, a infiltração das idéias iluministas e liberais
só vieram a potencializar essa relação de conflito entre índios e espanhóis.
Aconteceu entre os anos 1780 e 1781 e foi uma revolta de índios descendentes dos incas.
Estes índios eram habitantes dos Andes e tentaram resistir por 40 anos ao invasor
espanhol, porém em 1781, seu último chefe (Túpac Amaru I) foi capturado e executado
pelo vice-rei do Peru, Francisco de Toledo. Após isso, foram submetidos à servidão ou
semi- escravidão. Os índios não tinham direito a salário, as doenças só pioravam, o vazio
demográfico se instalou na região andina e os indígenas eram tratados brutalmente pelos
conquistadores. Essa “soma” de problemas foi a responsável pela revolta. Túpac Amaru
conseguiu consolidar sua autoridade armando numerosos exércitos e atraindo povos
autóctones, mestiços, crioulos, pobres e pequenos mesteirais para a sua causa. Com o
poder conquistado, Túpac Amaru II conseguiu até controlar um grande território do vice-
reino do Peru, contudo, não chegou a controlar a capital inca (Cuzco), que sequer foi
conquistada.Apesar do sistema colonial hispânico desagradar boa parte da população que
sofria com as mortes e outros problemas graves, ainda existiam alguns que aceitavam
acordos com os espanhóis, os chamados caciques ou curacas. Os espanhóis, por meio
desses acordos, garantiam a dominação sobre uma determinada população nativa.Túpac
Amaru estudou na Universidade de São Marcos (em Lima), onde aprendeu sobre algumas
ideias iluministas que o inspiraram a iniciar uma revolta contra os espanhóis.A rebelião,
em si, começou com a execução de um dos chefes espanhóis da administração colonial.
E continuou com milhares de mestiços, indígenas, escravos e colonos pobres se recusando
a obedecerem as exigências e os tributos da Coroa Espanhola. A popularização das ideias
de Túpac Amaru II ocorreu rapidamente, e os espanhóis tiveram que agir rápido para
tentarem detê-los.A resposta dos colonizadores veio rapidamente: um ano após o início
da revolta, Túpac Amaru II foi capturado e julgado pelas autoridades metropolitanas.
Considerado culpado, teve a língua cortada cruelmente e o corpo arrastado por uma tropa
de cavalos, para que servisse de exemplo aos outros rebeldes que tentassem continuar
com as rebeliões. Mas ainda assim aconteceram outras lutas, que resultaram na morte de
80 mil rebeldes.
Percebe-se que a morte de Tupac, para ser exemplar aos outros indígenas que tentassem
insurreição semelhante, foi, inicialmente, programada como um suplício. O objetivo era
arrancar seus braços e pernas com a força de quatro cavalos. Entretanto, em decorrência
da malfadada tentativa de suplício, cortaram-lhe a cabeça. Tudo feito em praça pública,
como um macabro espetáculo para a população local.

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