Sei sulla pagina 1di 6

FACULDADE SATC – ENGENHARIA ECONÔMICA – ANÁLISE ECONÔMICA

Professor: Eng. Pascoal Meller Neto,Esp. - Material Didático Cap. VIII REV. 2018

CAPÍTULO VIII
ENGENHARIA ECONÔMICA

ESTUDO DE VIABILIDADE DE PROJETOS

8.1 Introdução:
Antes de começarmos a analisar se um projeto será ou não viável devemos lembrar
que em todas as atividades econômicas há certo risco e, portanto, o projeto pode dar
certo (alcançando o objetivo previsto) ou pode dar errado.
O estudo de viabilidade é a análise detalhada, que tem três objetivos básicos:
 Identificar as condições necessárias para o nosso projeto dar certo;
 Identificar e tentar neutralizar os fatores que podem dificultar as possibilidades
de êxito do nosso projeto.
 Verificar se o projeto mesmo dando certo no que se refere à técnica também
será viável financeiramente.

Para isso, a condição essencial é que: O estudo de viabilidade deve ser feito antes
de se iniciar a execução do projeto. Embora possa parecer uma observação óbvia,
convém enfatizá-la, pois, na maior parte das vezes, não é isso o que normalmente ocorre
no cotidiano.

A análise de viabilidade econômica se divide em duas partes:

 Na primeira formulamos, a nós mesmos, uma série de perguntas sobre o projeto


que queremos construir. O que precisamos é saber escolher bem as perguntas, e
depois, buscar as suas respostas. Este procedimento nos força a conferir e, se for
o caso, aperfeiçoar o nosso conhecimento sobre a atividade que queremos
realizar.
 Num segundo momento, lançamos nas planilhas utilizando as respostas das
perguntas que formulamos anteriormente. Ou seja, vamos ordenar e interpretar
os números que encontramos na primeira parte.

8.2 Levantamento de Dados:

8.2.1. Quais as perguntas necessárias?

Para não esquecermos nenhuma pergunta importante, podemos classificá-las conforme


os tipos de atividades, como por exemplo:

I. Perguntas sobre o processo de produção:


Normalmente nos preocupamos apenas em saber o que vamos produzir, porém isto não
é suficiente. Precisamos, também, ter informações sobre:
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Material didático complementar para uso exclusivo da disciplina de Eng. Econômica/ Análise Econômica

FACULDADE SATC – CRICIÚMA – SC Autoria: Prof. Pascoal Meller Neto, Esp. pascoal.neto@satc.edu.br
FACULDADE SATC – ENGENHARIA ECONÔMICA – ANÁLISE ECONÔMICA
Professor: Eng. Pascoal Meller Neto,Esp. - Material Didático Cap. VIII REV. 2018

 Que quantidade vamos produzir?


 Para atingir esta produção quais as matérias primas que teremos que comprar?
Em que quantidades? Quanto custa?
 Além da matéria prima, o que mais se precisa investir ou gastar para fazer o
projeto produzir?
 Quantas pessoas serão necessárias para se atingir a produção programada? O
que cada um vai fazer? (Haverá acréscimo ou decréscimo de funcionários)

II. Perguntas sobre os investimentos:

 Para conseguirmos a produção que planejamos, quais são as máquinas e


equipamentos que precisamos comprar?
 Como dimensionar e escolher esses equipamentos?
Observação: é comum os grupos comprarem máquinas com capacidade muito maior
que a produção planejada. Isto é um erro perigoso, porque quanto maior a máquina,
maior será o custo para pô-la em “marcha”.
 Que instalações são necessárias? Será preciso alguma instalação especial
(exemplo: tanque, aquecedor, redes de ar comprimido, bases especiais, etc..)

III. Perguntas sobre o consumo de energia:

 As máquinas que escolhemos consomem que tipo de energia (elétrica, óleo,


lenha). Como saber a quantidade consumida por hora ou por quantidade
produzida?

IV. Perguntas sobre a comercialização:

A comercialização é um dos problemas mais sérios enfrentados pelos grupos de análise


econômica. Antes de iniciarmos qualquer projeto, precisamos ter um mínimo de
segurança se vamos conseguir vender toda a produção. E se essa venda vai ser feita
por um preço compatível com o mercado, ou seja, preço viável.

 Há possibilidade de venda de toda a produção que planejamos?


 Há meses em que a procura aumenta ou diminui? (sazonalidade)
 Onde vamos vender o produto (na própria comunidade, na cidade mais próxima,
em outras cidades) Atenção: quanto mais longe formos vender, maior será o
gasto. Portanto, só é vantagem vender para um mercado mais distante se o preço
compensar.
 Qual o preço do frete para cada uma das localidades pesquisadas?
 Como será feito o transporte?
 Qual o preço médio para o nosso produto (ou similar) na região em que
pretendemos vendê-lo?

Observação: a não ser que já se conheça muito bem a região, só há uma forma de
responder a essas perguntas: visitando os locais e pesquisando.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Material didático complementar para uso exclusivo da disciplina de Eng. Econômica/ Análise Econômica

FACULDADE SATC – CRICIÚMA – SC Autoria: Prof. Pascoal Meller Neto, Esp. pascoal.neto@satc.edu.br
FACULDADE SATC – ENGENHARIA ECONÔMICA – ANÁLISE ECONÔMICA
Professor: Eng. Pascoal Meller Neto,Esp. - Material Didático Cap. VIII REV. 2018

V. Perguntas sobre impostos e legislação

 Nossa atividade vai exigir algum registro fiscal?


 Temos que pagar algum imposto?
 Quem vai nos orientar nesse campo?

Nesta primeira fase do estudo é preciso ter claro que essas perguntas não são feitas
para que o grupo chegue a algum impasse. O objetivo é exatamente o contrário, ou
seja, identificar, logo de início, as dificuldades que, mais cedo ou mais tarde, poderão
aparecer.
As respostas buscadas para estas questões indicam as condições que precisam ser
satisfeitas para que o projeto dê certo. Por esta razão, é da maior importância que todas
as pessoas diretamente envolvidas no projeto participem de todo o processo:
formulando as perguntas e buscando as respostas. Desta forma, o estudo de viabilidade
acaba se transformando num útil exercício de busca de alternativas e soluções para
problemas que, por si só já abre múltiplos caminhos para a resolução de um problema.

8.2.2 Levantamento dos Custos e Receitas

8.2.2.1 TMA – Taxa de Mínima Atratividade

Conforme já descrito anteriormente vamos relembrar:

A taxa de mínima atratividade (T.M.A.) é a taxa a partir da qual o investidor


considera que está obtendo ganhos financeiros. Para uma empresa, a TMA seria
equivalente ao seu custo de capital, que é a taxa de retorno mínima sobre seus
investimentos de maneira que ela pudesse continuar com o mesmo nível de atividades
indefinidamente. Para uma pessoa comum, a TMA seria provavelmente a rentabilidade
proporcionada pela caderneta de poupança. Pois, caso esta pessoa guardasse suas
economias “embaixo do colchão” ela estaria perdendo a oportunidade de auferir o
retorno da poupança. Portanto, a TMA também pode ser considerada um custo de
oportunidade.
Já para o dono de uma empresa, a TMA seria o custo de oportunidade de deixar de
investir em sua empresa, ou seja, se guardar o dinheiro “embaixo do colchão” deixará
de auferir os lucros que a empresa proporcionaria. Quando se fala em nível de empresas
a TMA é denominada de custo de capital e que está associado ao risco inerente ao ramo
de atividade de cada empresa. Empresas que atuam em setores tradicionais e
consolidados da economia, em geral, são menos arriscadas, pois seus lucros futuros são
mais previsíveis. Empresas que atuam em setores de ponta, como empresas “ponto
com”, por exemplo, têm seus lucros futuros de difícil previsão e, portanto, têm um risco
maior que as empresas tradicionais. Consequentemente, a TMA de empresas tradicionais
tende ser menor do que a de empresas de ponta, pois o investimento nestas últimas é
mais arriscado, com um retorno mais incerto.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Material didático complementar para uso exclusivo da disciplina de Eng. Econômica/ Análise Econômica

FACULDADE SATC – CRICIÚMA – SC Autoria: Prof. Pascoal Meller Neto, Esp. pascoal.neto@satc.edu.br
FACULDADE SATC – ENGENHARIA ECONÔMICA – ANÁLISE ECONÔMICA
Professor: Eng. Pascoal Meller Neto,Esp. - Material Didático Cap. VIII REV. 2018

Se a empresa conseguir investimentos que proporcionem retornos acima de seu


custo de capital ela estará adicionando valor a ela. Se a empresa conseguir
investimentos que proporcionem retornos iguais ao seu custo de capital ela estará no
mesmo nível de valor anterior. Se a empresa conseguir investimentos com retorno
abaixo de seu custo de capital ela estará subtraindo valor dela.
Maneiras de se obter a: TMA - TAXA DE MÍNIMA ATRATIVIDADE

A) TMA - INTERNA (EXTRAÍDA DA EMPRESA)


Uma empresa em desenvolvimento mesmo que não tenha dinheiro aplicado em
operações financeiras de mercado (CDB, poupança, Bolsa de Valores, etc.) sua “riqueza”,
ou seja, seu ativo patrimonial, em tese cresce ano à ano, pois “DINHEIRO GERA
DINHEIRO”.

Exemplo: Com dinheiro em caixa, posso comprar a matéria-prima à vista e, portanto,


conseguir um menor preço, melhorando minha margem e assim gerando mais vendas e
ou melhores margens de lucro. Então, o fato de uma empresa não aplicar seus recursos
no mercado financeiro não indica que ela não tenha rentabilidade de seu patrimônio e,
portanto, esta empresa certamente possui uma TMA “INTERNA”. Onde localizar a TMA
interna?

Nos balanços contábeis desde que estes sejam “fidedignos” onde se perceberá o
crescimento ano a ano do patrimônio da empresa.

** IMPORTANTE: Em casos onde a TMA interna da empresa seja alta o setor financeiro
poderá optar ao invés de “pegar” o recurso do caixa obter empréstimos no mercado
financeiro, e para isso, temos alguns bancos que oferecem taxas bem atrativas como
BNDES, BADESC, FINAME dentre outros, então deixe para que o setor financeiro e
contábil da empresa defina qual a TMA a utilizar. (O departamento de contabilidade
lhe auxiliará nesta coleta de dados)

Com essa informação você pode entender, por exemplo, porque empresas de alta
rentabilidade às vezes optam em financiar ao invés de retirar do seu “caixa” os recursos,
resolvem alugar ao invés de comprar, etc.

Se porventura: MINHA EMPRESA É NOVA; OU NÃO CONSIGO LOCALIZAR A TMA


“INTERNA” DE MINHA EMPRESA.

Em casos de empresas recém-criadas, obviamente não teremos os dados contábeis de


anos anteriores para se obter a TMA INTERNA.
Sabemos também que algumas empresas que apesar de possuírem certa idade não
possuem seus balanços contábeis “claros” também dificultam em como localizar a TMA
INTERNA. Então como proceder?

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Material didático complementar para uso exclusivo da disciplina de Eng. Econômica/ Análise Econômica

FACULDADE SATC – CRICIÚMA – SC Autoria: Prof. Pascoal Meller Neto, Esp. pascoal.neto@satc.edu.br
FACULDADE SATC – ENGENHARIA ECONÔMICA – ANÁLISE ECONÔMICA
Professor: Eng. Pascoal Meller Neto,Esp. - Material Didático Cap. VIII REV. 2018

B) TMA - ESTIMADA (COMPARADA COM INVESTIMENTOS EM MERCADOS


FINANCEIROS)
Ao fazermos um projeto de investimento devemos considerar o fato de não estarmos
aplicando o dinheiro em outros produtos financeiros.
O investimento para ser atrativo deve render no mínimo a taxa de juros equivalente a
uma rentabilidade (de pouco risco) das aplicações do mercado financeiro.

Exemplo 1: Se meus projetos não tiverem um retorno mínimo da remuneração anual


da caderneta de poupança, onde sabemos que praticamente neste tipo de aplicação não
há riscos, então seria preferível não investir no projeto e colocar o dinheiro do
investimento na própria caderneta de poupança, portanto, para uma análise econômica,
a TMA ESTIMADA deve ser sempre MAIOR que, nesse exemplo, o rendimento da
caderneta de poupança. Mas estimar o quanto a mais da caderneta de poupança?
Em linhas gerais dependendo do valor do investimento inicial, vida útil do projeto e
fatores de risco, estudos mostram que na prática o engenheiro deve tomar como base
a Caderneta de poupança + 4% a +6%, nesta faixa.

Exemplo 2: Outra opção também utilizada é a utilização da taxa SELIC - (Sistema


Especial de Liquidação e de Custódia) que é um índice pelo qual as taxas de juros
cobradas pelos bancos no Brasil se balizam, e neste caso aconselhamos a utilizar a
referida taxa sem mais acréscimos exceto se o risco do projeto for alto.

8.2.2.2 Custos de Investimento:

I. Custos diretos:
 Todas as máquinas e componentes que envolvem o projeto.

II. Custos indiretos:


 Despesas aduaneiras e alfandegárias (caso de máquinas importadas)
 Transportes;
 Instalações especiais (água, energia, bases de concreto especiais, etc.)
 Custo para “por em marcha” o projeto: ajustes e regulagens.
Uma dica: Se porventura tivermos dificuldade de obter os custos indiretos, segundo a
literatura, estima-se um percentual em relação aos CUSTOS DIRETOS sendo:
Aproximadamente 10% no caso de projetos nacionais e 15% quando há componentes
importados sendo que os “importados” devem ter um grau de significância médio.
(custos dos importados + 50% do projeto)

8.2.2.3 Custos variáveis e de operação:


Lembre da pergunta: O projeto aumenta o consumo de? Combustível (energia
elétrica, diesel, gás, queima de carvão, lenha)? E os descartes de resíduos? (Qual
a legislação);
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Material didático complementar para uso exclusivo da disciplina de Eng. Econômica/ Análise Econômica

FACULDADE SATC – CRICIÚMA – SC Autoria: Prof. Pascoal Meller Neto, Esp. pascoal.neto@satc.edu.br
FACULDADE SATC – ENGENHARIA ECONÔMICA – ANÁLISE ECONÔMICA
Professor: Eng. Pascoal Meller Neto,Esp. - Material Didático Cap. VIII REV. 2018

** Mão de obra lembre-se de que mão-de-obra compreende salários + encargos


e poderá haver casos de redução de mão-de-obra, como por exemplo, a
automação.
Faça uma análise criteriosa de todos os custos levantados.

** Depreciação durante a vida do projeto. Não esqueça de a depreciação é um


custo variável que ocorre desde o ano 1 até o final da vida útil econômica ajustada.
(Veja Cap. 07 sobre depreciação da apostila do professor)

8.2.2.4 Receitas de operação:


Um projeto bem-sucedido visa aumentar a “lucratividade” da empresa, portanto,
deve-se prever qual o ganho com isso. Neste caso devemos lembrar-nos das seguintes
perguntas:
O projeto diminui o consumo de?
O projeto gera o que?

CUIDADO: Deixar de vender é a mesma coisa que “COMPRAR”

8.3 Resolução lista de exercícios entregue/publicada pelo professor

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Material didático complementar para uso exclusivo da disciplina de Eng. Econômica/ Análise Econômica

FACULDADE SATC – CRICIÚMA – SC Autoria: Prof. Pascoal Meller Neto, Esp. pascoal.neto@satc.edu.br

Potrebbero piacerti anche