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About the Catholic education

Postado porPadre Rodrigo Maria in Catequese Views 8867

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Existem 5 passos para uma boa confissão, são eles:

a) Exame de Consciência bem feito (Isto é, rezar e pensar nos pecados cometidos por
pensamentos, palavras, atos e omissões;)

b) Arrependimento sincero dos pecados cometidos (também dos já perdoados)

c) Propósito de nunca mais pecar (antes morrer do que tornar a pecar)

d) Confissão individual com o sacerdote (isto é, contar aos pecados ao confessor em


espécie, número e circunstâncias)

e) Satisfação (isto é, execução da penitência imposta pelo confessor, se possível


imediatamente)

Oração para antes da Confissão: Senhor, iluminai-me para me ver a mim próprio tal
como Vós me vedes, e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efetivamente dos
meus pecados. Ó Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão.

Como se Confessar: Antes de mais, examine bem a sua consciência. Em seguida, diga
ao sacerdote que pecados específicos cometeu, e, com a maior exatidão possível,
quantas vezes os cometeu desde a sua última boa confissão. Só é obrigado a confessar
os pecados mortais, visto que pode obter o perdão dos seus pecados veniais através de
sacrifícios e atos de caridade. Se estiver em dúvida sobre se um pecado é mortal ou
venial, mencione ao confessor a sua dúvida. Recorde-se, também, que a confissão dos
pecados veniais ajuda muito a evitar o pecado e a avançar na direção do Céu.
Condições necessárias para um pecado ser mortal:

1. Matéria séria
2. Reflexão suficiente
3. Pleno consentimento da vontade
Considerações preliminares:

1. Alguma vez deixei de confessar um pecado grave, ou conscientemente disfarcei ou


escondi um tal pecado?
Nota: Esconder deliberadamente um pecado mortal invalida a confissão, e é
igualmente pecado mortal. Lembre-se que a confissão é privada e sujeita ao Sigilo da
Confissão, o que quer dizer que é pecado mortal um sacerdote revelar a quem quer que
seja a matéria de uma confissão.
2. Alguma vez fui irreverente para com este Sacramento, não examinando a minha
consciência com o devido cuidado?
3. Alguma vez deixei de cumprir a penitência que o sacerdote me impôs?
4. Tenho quaisquer hábitos de pecado grave que deva confessar logo no início (por
exemplo, impureza, alcoolismo, etc.)?
Primeiro Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas – Eu sou o Senhor teu
Deus, Não terás deuses estranhos perante Mim (incluindo pecados contra a Fé,
Esperança e Caridade).

1. Descuidei o conhecimento da minha fé, tal como o Catecismo a ensina, tal como o
Credo dos Apóstolos, os Dez Mandamentos, os Sete Sacramentos, o Pai Nosso, etc?
2. Alguma vez duvidei deliberadamente de algum ensinamento da Igreja, ou o neguei?
3. Tomei parte num ato de culto não católico?
4. Sou membro de alguma organização religiosa não católica, de alguma sociedade secreta
ou de um grupo anti-católico?
5. Alguma vez li, com consciência do que fazia, alguma literatura herética, blasfema ou
anti-católica?
6. Pratiquei alguma superstição (tal como horóscopos, adivinhação, tábua Ouija, etc.)?
7. Omiti algum dever ou prática religiosa por respeitos humanos?
8. Recomendo-me a Deus diariamente?
9. Tenho rezado fielmente as minhas orações diárias?
10. Abusei os Sacramentos de alguma maneira? Recebi-os com irreverência, como, por
exemplo, a Comunhão na Mão sem obedecer aos princípios e às sete regras
promulgadas por Paulo VI como sendo obrigatórias neste caso?
11. Trocei de Deus, de Nossa Senhora, dos Santos, da Igreja, dos Sacramentos, ou de
quaisquer coisas santas?
12. Fui culpado de grande irreverência na igreja, como, por exemplo, em conversas,
comportamento ou modo como estava vestido?
13. Fui indiferente quanto à minha Fé Católica — acreditando que uma pessoa pode salvar-
se em qualquer religião, ou que todas as religiões são iguais?
14. Presumi em qualquer altura que tinha garantida a misericórdia de Deus?
15. Desesperei da misericórdia de Deus?
16. Detestei a Deus?
17. Dei demasiada importância a alguma criatura, atividade, objeto ou opinião?
Segundo Mandamento: Não tomarás o Nome do Senhor teu Deus em vão.

1. Jurei pelo nome de Deus falsamente, impensadamente, ou em assuntos triviais e sem


importância?
2. Murmurei ou queixei-me contra Deus (blasfêmia)?
3. Amaldiçoei-me a mim próprio, ou a outra pessoa ou criatura?
4. Provoquei alguém à ira, para o fazer praguejar ou blasfemar a Deus?
5. Quebrei uma promessa feita a Deus?
Terceiro Mandamento: Guardar Domingos e Festas.

1. Faltei à Missa nos Domingos ou Festas de guarda?


2. Cheguei atrasado à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda, ou saí mais cedo por
minha culpa?
3. Fiz com que outras pessoas faltassem à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda,
ou saíssem mais cedo, ou chegassem atrasados à Missa?
4. Estive distraído propositadamente durante a Missa?
5. Fiz ou mandei fazer trabalho servil desnecessário num Domingo ou Festa de guarda?
6. Comprei ou vendi coisas sem necessidade nos Domingos e Dias Santos de guarda?
Quarto Mandamento: Honra o teu pai e a tua mãe.

1. Desobedeci aos meus pais, faltei-lhes ao respeito, descuidei-me em ajudá-los nas suas
necessidades ou na compilação do seu testamento, ou recusei-me a fazê-lo?
2. Mostrei irreverência em relação a pessoas em posições de autoridade?
3. Insultei ou disse mal de sacerdotes ou de outras pessoas consagradas a Deus?
4. Tive menos reverência para com pessoas de idade?
5. Tratei mal a minha esposa ou os meus filhos?
6. Foi desobediente ao meu marido, ou faltei-lhe ao respeito?
7. Sobre os meus filhos:
Descuidei as suas necessidades materiais?
Não tratei de os fazer baptizar cedo? *(Veja-se em baixo.)
Descuidei a sua educação religiosa correcta?
Permiti que eles descuidassem os seus deveres religiosos?
Consenti que se encontrassem ou namorassem sem haver hipótese de se celebrar o
matrimónio num futuro próximo? (Santo Afonso propõe um ano, no máximo).
Deixei de vigiar as companhias com quem andam?
Deixei de os disciplinar quando necessitassem de tal?
Dei-lhes mau exemplo?
Escandalizei-os, discutindo com o meu cônjuge em frente deles?
Escandalizei-os ao dizer imprecações e obscenidades à sua frente?
Guardei modéstia na minha casa?
Permiti-lhes que usassem roupa imodesta (mini-saias; calças justas, vestidos ou
camisolas justos; blusas transparentes; calções muito curtos; fatos de banho reveladores;
etc.)? †
Neguei-lhes a liberdade de casar ou seguir uma vocação religiosa?

* As crianças devem ser baptizadas o mais cedo possível. Além das prescrições
diocesanas particulares, parece ser a opinião geral . . . que uma criança deve ser
baptizada cerca de uma semana ou dez dias a seguir ao nascimento. Muitos católicos
atrasam o baptismo por quinze dias ou um pouco mais. A ideia de administrar o
Baptismo nos três dias que se seguem ao parto é demasiado estrita. Santo Afonso,
seguindo a opinião geral, pensava que um atraso não justificado de mais de dez ou onze
dias a seguir ao parto seria um pecado grave. Segundo o costume moderno, que é
conhecido e não corrigido pelos Ordinários locais, um atraso de mais de um mês sem
motivo seria um pecado grave. Se não houve perigo aparente para a criança, os pais que
atrasem o baptismo por três semanas, pouco mais ou menos, não podem ser acusadas de
pecado grave, mas a prática de baptizar o recém-nascido na semana ou dez dias que se
seguem ao parto deve recomendar-se firmemente; e, de facto, pode mesmo recomendar-
se um período ainda mais curto. — H. Davis S.J., Moral and Pastoral Theology, Vol.
III, pg. 65, Sheed and Ward, New York, 1935

†Muito Importante: MODÉSTIA NO VESTUÁRIO

Quinto Mandamento: Não matarás.

1. Procurei, desejei ou apressei a morte ou o ferimento de alguém?


2. Alimentei ódio para com alguém?
3. Oprimi alguém?
4. Desejei vingar-me?
5. Provoquei a inimizade entre outras pessoas?
6. Discuti ou lutei com alguém?
7. Desejei mal a alguém?
8. Quis ferir ou maltratar alguém, ou tentei fazê-lo?
9. Recuso-me a falar com alguém, ou ressentimento de alguém?
10. Regozijei-me com a desgraça alheia?
11. Tive ciúmes ou inveja de alguém?
12. Fiz ou tentei fazer um aborto, ou aconselhei alguém a que o fizesse?
13. Mutilei o meu corpo desnecessàriamente de alguma maneira?
14. Consenti em pensamentos de suicídio, desejei suicidar-me ou tentar suicidar-me?
15. Embriaguei-me ou usei drogas ilícitas?
16. Comi demais, ou não como o suficiente por descuido (isto é, alimentos nutritivos)?
17. Deixei de corrigir alguém dentro das normas da caridade?
18. Causei dano à alma de alguém, especialmente crianças, dando escândalo através de mau
exemplo?
19. Fiz mal à minha alma, expondo-a intencionalmente e sem necessidade a tentações,
como maus programas de TV, música reprovável, praias, etc.?
Sexto e Nono Mandamentos: Não cometerás adultério. Não cobiçarás a mulher do
próximo.

1. Neguei ao meu cônjuge os seus direitos matrimoniais?


2. Pratiquei o controlo de natalidade (com pílulas, dispositivos, interrupção)?
3. Abusei dos meus direitos matrimoniais de algum outro modo?
4. Cometi adultério ou fornicação (sexo pré-marital)?
5. Cometi algum pecado impuro contra a natureza (homosexualidade ou lesbianismo,
etc.)?
6. Toquei ou abracei outra pessoa de forma impura?
7. Troquei beijos prolongados ou apaixonados?
8. Pratiquei a troca prolongada de carícias?
9. Pequei impuramente contra mim próprio (masturbação)?
10. Consenti em pensamentos impuros, ou tive prazer neles?
11. Consenti em desejos impuros para com alguém, ou desejei conscientemente ver ou fazer
alguma coisa impura?
12. Entreguei-me conscientemente a prazeres sexuais, completos ou incompletos?
13. Fui ocasião de pecado para os outros, por usar roupa justa, reveladora ou imodesta?
14. Fiz alguma coisa, deliberadamente ou por descuido, que provocasse pensamentos ou
desejos impuros noutra pessoa?
15. Li livros indecentes ou vi figuras obscenas?
16. Vi filmes ou programas de televisão sugestivos, ou pornografia na Internet, ou permiti
que os meus filhos os vissem?
17. Usei linguagem indecente ou contei histórias indecentes?
18. Ouvi tais histórias de boa vontade?
19. Gabei-me dos meus pecados, ou deleitei-me em recordar pecados antigos?
20. Estive com companhias indecentes?
21. Consenti em olhares impuros?
22. Deixei de controlar a minha imaginação?
23. Rezei imediatamente, para afastar maus pensamentos e tentações?
24. Evitei a preguiça, a gula, a ociosidade, e as ocasiões de impureza?
25. Fui a bailes imodestos ou peças de teatro indecentes?
26. Fiquei sozinho sem necessidade na companhia de alguém do sexo oposto?
Note bem: Não tenha receio de confessar ao sacerdote qualquer pecado impuro que
tenha cometido. Não esconda ou tente disfarçá-lo. O sacerdote está ali para o ajudar e
perdoar. Nada do que possa dizer o escandalizará; por isso, não tenha medo, por mais
envergonhado que esteja.

Sétimo e Décimo Mandamentos: Não roubarás. Não cobiçarás os bens do teu


próximo.

1. Roubei alguma coisa? O quê, ou quanto?


2. Danifiquei a propriedade de outrem?
3. Deixei estragar, por negligência, a propriedade de outrem?
4. Fui negligente na guarda do dinheiro ou bens de outrem?
5. Fiz batota ou defraudei alguém?
6. Joguei em excesso?
7. Recusei-me a pagar alguma dívida, ou descuidei-me no seu pagamento?
8. Adquiri alguma coisa que sabia ter sido roubada?
9. Deixei de restituir alguma coisa emprestada?
10. Lesei o meu patrão, não trabalhando como se esperava de mim?
11. Fui desonesto com o salário dos meus empregados?
12. Recusei-me a ajudar alguém que precisasse urgentemente de ajuda, ou descuidei-me a
fazê-lo?
13. Deixei de restituir o que roubei, ou obtive por embusted ou fraude? (Pergunte ao
sacerdote como poderá fazer a restituição, ou seja, devolver ao legítimo dono o que lhe
tirou).
14. Tive inveja de alguém, por ter algo que eu não tenho?
15. Invejei os bens de alguém?
16. Tenho sido avarento?
17. Tenho sido cúpido e invejoso, dando demasiada importância aos bens e confortos
materiais? O meu coração inclina-se para as posses terrenas ou para os verdadeiros
tesouros do Céu?
Oitavo Mandamento: Não levantarás falsos testemunhos contra o teu próximo.

1. Menti a respeito de alguém (calúnia)?


2. As minhas mentiras causaram a alguém danos materiais ou espirituais?
3. Fiz julgamentos temerários a respeito de alguém (isto é, acreditei firmemente, sem
provas suficientes, que eram culpados de algum defeito moral ou crime)?
4. Atingi o bom nome de alguém, revelando faltas autênticas mas ocultas (maledicência)?
5. Revelei os pecados de outra pessoa?
6. Fui culpado de fazer intrigas (isto é, de contar alguma coisa desfavorável que alguém
disse de outra pessoa, para criar inimizade entre eles)?
7. Dei crédito ou apoio à divulgação de escândalos sobre o meu próximo?
8. Jurei falso ou assinei documentos falsos?
9. Sou crítico ou negativo sem necessidade ou falto à caridade nas minhas conversas?
10. Lisonjeei outras pessoas?

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As obras de Misericórdia espirituais e corporais

Descuidei-me no cumprimento das obras seguintes, quando as circunstâncias mo


pediam?

As sete obras de Misericórdia espirituais

1. Dar bom conselho aos que pecam. 2. Ensinar os ignorantes. 3. Aconselhar os que
duvidam. 4. Consolar os tristes. 5. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.
6. Perdoar as injúrias por amor de Deus. 7. Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos.

As sete obras de Misericórdia corporais

1. Dar de comer a quem tem fome. 2. Dar de beber a quem tem sede. 3. Vestir os nus. 4.
Visitar e resgatar os cativos. 5. Dar pousada aos peregrinos. 6. Visitar os doentes. 7.
Enterrar os mortos.

Lembre-se que a nossa Santa Fé Católica nos ensina que …assim como o corpo sem o
espírito está morto, também a fé sem obras está morta (Tiago 2: 26).

Os sete pecados mortais e as virtudes opostas

1. Soberba………………………………….Humildade
2. Avareza………………………………….Liberalidade
3. Luxúria………………………………….Castidade
4. Ira………………………………………… Paciência
5. Gula………………………………………Temperança
6. Inveja…………………………………….Caridade
7. Preguiça…………………………………Diligência

Os cinco efeitos do orgulho

1. Vanglória: a. Jactância b. Dissimulação/ Duplicidade


2. Ambição
3. Desprezo dos outros
4. Ira/ Vingança/ Ressentimento
5. Teimosia/ Obstinação.
Nove maneiras de ser cúmplice do pecado de outrem

a. Alguma vez fiz deliberadamente com que outros pecassem?


b. Alguma vez cooperei nos pecados de outrem:

1. Aconselhando? 2. Mandando? 3. Consentindo? 4. Provocando?


5. Lisonjeando? 6. Ocultando? 7. Compartilhando? 8. Silenciando?
9. Defendendo o mal feito?

Os quatro pecados que bradam aos Céus

1. Homicídio voluntário.
2. O pecado de sodomia ou lesbianismo. (pecado impuro contra a natureza)
3. Opressão dos pobres, viúvas e órfãos.
4. Não pagar o salário justo a quem trabalha.

Os seis Mandamentos da Igreja

1. Ouvi Missa nos Domingos e Festas de guarda?


2. Cumpri o jejum e a abstinência nos dias prescritos, e guardei o jejum eucarístico?
3. Confessei-me pelo menos uma vez no ano?
4. Recebi a Sagrada Eucaristia pelo menos uma vez por ano?
5. Contribui, na medida do possível, para as despesas do culto?
6. Observei as leis da Igreja sobre o Matrimónio, ou seja, quanto ao matrimónio sem a
presença de um sacerdote, ou no caso de matrimónio com um parente próximo ou um
não-Católico?
As cinco blasfêmias contra o Coração Imaculado de Maria

1. Blasfemei contra a Imaculada Conceição?


2. Blasfemei contra a Virgindade Perpétua de Nossa Senhora?
3. Blasfemei contra a Maternidade Divina de Nossa Senhora? Deixei de reconhecer a
Nossa Senhora como Mãe de todos os homens?
4. Tentei pùblicamente semear nos corações das crianças indiferença ou desprezo, ou
mesmo ódio, em relação à sua Mãe Imaculada?
5. Ultrajei-A directamente nas Suas santas imagens?
Finalmente:

Recebi a Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal? (Este é um sacrilégio muito


grave).

O exame dos pecados veniais de Santo António Maria Claret


A alma deve evitar todos os pecados veniais, especialmente os que abrem caminho ao
pecado grave. Ó minha alma, não chega desejar firmemente antes sofrer a morte do que
cometer um pecado grave. É necessário tem uma resolução semelhante em relação ao
pecado venial. Quem não encontrar em si esta vontade, não pode sentir-se seguro. Não
há nada que nos possa dar uma tal certeza de salvação eterna do que uma preocupação
constante em evitar o pecado venial, por insignificante que seja, e um zelo definido e
geral, que alcance todas as práticas da vida espiritual — zelo na oração e nas relações
com Deus; zelo na mortificação e na negação dos apetites; zelo em obedecer e em
renunciar à vontade própria; zelo no amor de Deus e do próximo. Para alcançar este zelo
e conservá-lo, devemos querer firmement evitar sempre os pecados veniais,
especialmente os seguintes:

1. O pecado de dar entrada no coração de qualquer suspeita não razoável ou de opinião


injusta a respeito do próximo.
2. O pecado de iniciar uma conversa sobre os defeitos de outrem, ou de faltar à caridade de
qualquer outra maneira, mesmo levemente.
3. O pecado de omitir, por preguiça, as nossas práticas espirituais, ou de as cumprir com
negligência voluntária.
4. O pecado de manter um afecto desregrado por alguém.
5. O pecado de ter demasiada estima por si próprio, ou de mostrar satisfação vã por coisas
que nos dizem respeito.
6. O pecado de receber os Santos Sacramentos de forma descuidada, com distracções e
outras irreverências, e sem preparação séria.
7. Impaciência, ressentimento, recusa em aceitar desapontamentos como vindo da Mão de
Deus; porque isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e disposições da Divina
Providência quanto a nós.
8. O pecado de nos proporcionarmos uma ocasião que possa, mesmo remotamente,
manchar uma situação imaculada de santa pureza.
9. O pecado de esconder propositadamente as nossas más inclinações, fraquezas e
mortificações de quem devia saber delas, querendo seguir o caminho da virtude de
acordo com os caprichos individuais e não segundo a direcção da obediência.
Nota: Fala-se aqui de situações em que encontraremos aconselhamento digno se o
procurarmos, mas nós, apesar disso, preferimos seguir as nossas próprias luzes,
embora frouxas.

Oração para uma boa confissão:

Meu Deus, por causa dos meus pecados crucifiquei de novo o Vosso Divino Filho e
escarneci dEle. Por isto sou merecedor da Vossa cólera e expus-me ao fogo do Inferno.
E como fui ingrato para conVosco, meu Pai do Céu, que me criastes do nada, me
redimistes pelo preciosíssimo sangue do Vosso Filho e me santificastes pelos Vossos
santos Sacramentos e pelo Espírito Santo! Mas Vós poupastes-me pela Vossa
misericórdia, para que eu pudesse fazer esta confissão. Recebei-me, pois, como Vosso
filho pródigo e dai-me a graça de uma boa confissão, para que possa recomeçar a amar-
Vos de todo o meu coração e de toda a minha alma, e para que possa, a partir de agora,
cumprir os Vossos Mandamentos e sofrer com paciência os castigos temporais que
possam cair sobre mim. Espero, pela Vossa bondade e poder, obter a vida eterna no
Paraíso. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amen.

Nota final

Lembre-se de confessar os seus pecados com arrependimento sobrenatural, tendo uma


resolução firme de não tornar a pecar e de evitar situações que levem ao pecado. Peça
ao seu confessor que o ajude a superar alguma dificuldade que tenha em fazer uma boa
confissão. Cumpra prontamente a sua penitência.

Acto de Contrição

Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração, pesa-me
de Vos ter ofendido, e com o auxílio da Vossa divina graça, proponho firmemente
emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas
culpas pela Vossa infinita misericórdia. Amen.

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Acredito num Salvador que me ama, que perdoa os meus pecados e que me dá a graça
de me tornar santo. Jesus Cristo, através do ministério dos Seus sacerdotes, faz ambas
as coisas no Sacramento da Penitência.

“Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio. . . Recebei o Espírito Santo. A
quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados; e a quem os retiverdes, ser-lhe-ão
retidos.” (João 20:21-23)

“Mesmo que os teus pecados sejam como escarlate, ficarão brancos como neve.” (Isaías
1:18)

“Não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mateus 9:13)

“Os homens receberam de Deus um poder que não foi dado aos anjos nem aos arcanjos.
Nunca foi dito aos espíritos celestes, ‘O que ligardes e desligardes na terra será ligado e
desligado no céu’. Os príncipes deste mundo só podem ligar e desligar o corpo. O poder
do sacerdote vai mais além; alcança a alma, e exerce-se não só em baptizar, mas ainda
mais em perdoar os pecados. Não coremos, pois, ao confessar as nossas faltas. Quem se
envergonhar de revelar os seus pecados a um homem, e não os confessar, será
envergonhado no Dia do Juízo na presença de todo o Universo.” (S. João
Crisóstomo, Tratado sobre os Sacerdotes, Liv. 3)

Fonte: http://www.fatima.org/port/essentials/requests/examconpt.asp

A Santa Igreja nos orienta a confessar com frequência, e isso significa


aproximadamente 1 vez por mês, sendo que existe um mandamento da Igreja que nos
obriga a confessar no mínimo 1 vez por ano, para pessoas que têm mais dificuldade para
encontrar sacerdotes disponíveis.
São Pio de Pietrelcina dizia que não entendia como alguém conseguia se manter longe
dos confessionários por mais de uma semana!

Desde que o pecador se arrependa, tudo pode da Misericórdia de Deus.


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Descrição de um êxtase de Santa Gemma Galgani feita pelo Padre Germano de


Santo Estanislau, seu diretor espiritual e autor da sua biografia.

Era uma quinta-feira. A meio do jantar, Gema, pressentindo o êxtase, levantou-se da


mesa, e retirou-se tranquilamente para o quarto. Pouco depois, D. Cecília, sua mãe
adotiva, chamou-me; segui-a e encontrei a donzela em pleno êxtase, na ocasião em que
travava com a Justiça Divina uma viva luta, cujo fim era aconversão de um pecador.
Confesso que em minha vida nunca assisti a um espetáculo tão comovedor.

A extática, sentada sobre o seu pobre leito, voltava os


olhos, o rosto, toda a sua pessoa para o ponto do quarto em que o Senhor se encontrava.
Comovida, mas sem agitação, mostra-se resoluta, na atitude de uma pessoa que discute
e que quer vencer a todo custo. Começou assim:
“Já que viestes, Jesus, pedir-Vos-ei de novo pelo meu pecador. É vosso filho e meu
irmão, salvai-o, oh, Jesus”.
Em seguida nomeou-o.
Era um estrangeiro que ela tinha conhecido em Luca e a quem muitas vezes já, levada
por uma inspiração interior, tinha advertido de viva voz e por escrito, que pusesse em
ordem a sua consciência e não se contentasse com a fama de bom cristão, de que gozava
entre o povo.
Ora Jesus, surdo às recomendações da sua serva, parecia decidido a trata-lo como justo
juiz. Gemma continuou sem desanimar:
“Porque é que hoje não me ouvis, oh, Jesus! Tanto fizestes por uma só alma e a esta
recusais salvá-la? Salvai-a, Jesus, salvai-a! ¹[Nesta altura do êxtase Jesus deve ter-lhe
dito que abandonava de uma vez esse pecador. Só assim se explica o que se segue].
“Sede bom, Jesus, não me faleis assim. Na boca de Quem é [em Si] a Misericórdia, esta
palavra “Eu o abandono”, não soa bem; não deveis pronunciá-la. Vós derramastes,
sem medida, o vosso sangue pelos pecadores. E agora quereis medir a quantidade dos
nossos pecados? Não me ouvis? A quem hei de eu recorrer então? Derramastes o vosso
sangue por ele, assim como por mim.
“Salvais-me a mim, e a ele não? Não me levantarei daqui; Salvai-o. Dizei-me que o
salvais. Ofereço-me como vítima por todos, mas particularmente por ele. Prometo-Vos
que nada vos hei de recusar. Dais-me? É uma alma. Pensai nisso. Jesus, é uma alma
que vos custou muito. Virá a ser boa e há de corrigir-se”.
Por única resposta, o Senhor continuou a opor a Divina Justiça. E Gemma continuou
também, animando-se cada vez mais:
“Eu não procuro a vossa justiça, mas a vossa misericórdia. Por quem sois Jesus, ide
ter com esse pobre pecador, e dai um terno abraço ao seu coração. Vereis que ele se
converte. Experimentai ao menos… Ouvi, Jesus, Vós, como dizeis, tendes multiplicado
os assaltos para o ganhar, mas nunca lhe chamaste vosso filho; experimentai. Dizei-lhe
que sois seu pai e que ele é vosso filho. Vereis, vereis que, a este doce nome de pai, o
seu coração endurecido se há de abrandar”.
Nesta ocasião, o Senhor, para mostrar à sua serva os motivos desta severidade,
descobriu à ela, uma por uma, com as mais pequenas circunstâncias de tempo e de
lugar, as faltas deste pecador, concluindo por dizer que a medida estava cheia.
A pobre menina, que repetiu em alta voz toda esta confissão, ficou espantada: os braços
caíram-lhe; soltou um profundo suspiro, pareceu ter-lhe fugido toda a

Santa Gemma Galgani


esperança de vencer.
De repente dissipa-se o seu abatimento e volta à carga:
“Eu sei, eu sei, que ele vos ofendeu muito, mas não vos tenho eu ofendido mais? E não
obstante, tendes usado de misericórdia para comigo. Eu sei, eu sei, Jesus, que ele vos
fez chorar, mas neste momento não deveis pensar nos seus pecados, deveis sim, pensar
no vosso sangue derramado. Que bondade tendes tido para comigo! Usai para com o
meu pecador, eu vo-lo peço pela vossa caridade”.
Entretanto o Senhor permanecia sempre inflexível e Gemma voltou a cair no mesmo
desalento. Está em silêncio, parecendo abandonar a luta, quando de súbito brilha no seu
espírito um outro motivo que lhe parece invencível.
Retoma a coragem e exclama:
“Bem, eu sou uma pecadora, não podereis encontrar ninguém pior do que eu, Vós
mesmo que me dissestes. Não, não mereço, confesso-o, não mereço que me atendais.
Apresento-Vos, porém, outra intercessora: é a vossa própria Mãe, que vos pede em seu
favor. Ides dizer que não a vossa Mãe? Certamente a Ela não o podereis fazer. E agora
dizei-me, Jesus, que o meu pecador está salvo”.
Desta vez alcançou vitória. O misericordioso Senhor concedeu a graça e a cena mudou-
se de aspecto. Com um ar de alegria indescritível, Gemma exclamou:
“Está salvo, está salvo! Vencestes Jesus, triunfai sempre assim”.
E saiu do êxtase.
Este espetáculo, verdadeiramente admirável, tinha durado boa meia hora. Para o
descrever, utilizei as próprias palavras de Gemma, recolhidas à pena na ocasião ou
cuidadosamente confiadas à minha memória.Tinha-me retirado para o meu quarto,
entregue a mil pensamentos, quando ouvi bater à porta. Anunciaram-me que era um
indivíduo estranho. Mandei-o entrar. Lançou-se a meus pés, chorando, e pediu-me que o
confessasse. Meu Deus, qual não foi a minha surpresa! Era o pecador de Gemma,
convertido poucos momentos antes. Acusou-se de todas as faltas reveladas no êxtase
pela serva de Deus, esquecendo somente uma, que lhe pude recordar. Consolei-o,
contei-lhe a cena que acabava de se dar e obtive dele autorização de publicar estas
maravilhas do Senhor.
Depois de termos nos abraçado, despedi-o.
Fonte: A Flor da Paixão - Pe. Germano de Santo Estanislau

DOMINGO, 31 DE JANEIRO DE 2016


[FH] Educar o instinto sexual
Muitos se deixam dominar pelo instinto sexual por julgá-lo irresistível ou porque
desconhecem a força da própria vontade. Outros, pela persuasão errônea de que a
resistência pode acarretar enfermidades ou que seguir tal instinto é prova de virilidade.
Muitíssimos, porque esperam encontrar nesta satisfação a felicidade a que todos
almejamos. Há também aqueles que maldizem o instinto sexual, esquecendo que ele é
bom e que Deus o criou com uma finalidade própria. Não aceitam que o pecado
original tornou esse instinto desregrado, e que devemos, pela graça e pelo esforço,
colocá-lo em seu devido lugar. Mas como fazer isso? O Padre Narciso Irala nos ensina.
REMÉDIOS PARA A CURA

1º. Antes de tudo, se dominavam idéias errôneas neste ponto, é preciso corrigi-las lendo
algum livro de educação sexual sadio e aprovado pela Igreja.

2º - Para fazer contrapeso ao influxo inconsciente da afetividade do deleite,


procuraremos arraigar afetividades e tendências contrárias, acostumando o corpo ao
trabalho, à vida dura, a à mortificação e à dor (dignificadas pela fé) e afastando-o da
comodidade e do prazer. Os esportes sadios e varonis ajudam bastante.

Um jovem de família rica confessou-me que lhe parecia impossível a castidade quando
vivia em sua casa rodeado de comodidades e de presentes. Quando esteve em um campo
de concentração com muitas privações e trabalhos nunca teve tentação carnal.

3º - Devemos evitar pessoas, objetos, leituras, conversas e espetáculos que tragam


associações de imagens ou tendências menos puras. Querer a castidade com esses
incitamentos é pretender caminhar sem cair por terrenos inclinados e escorregadios. É
preciso evitar que se suscitem tais incitamentos por objetos proibidos.
4º - Quando aparecerem as tendências más ou pensamentos, resistir logo no primeiro
momento “quando ainda são fracas”, contrapondo-lhes outras imagens (sensações
conscientes, concentrações voluntárias, atos que ocupem a atenção) e outras tendências,
por exemplo, querer evitar o inferno, ganhar o céu, querer dar gosto a Jesus Cristo,
salvar almas, etc.

Um jovem muito casto e virtuoso ao encontrar-se com amigas ou parentes, via-se logo
perturbado e assaltado por pensamentos impuros sem saber como evita-los. Bastou-nos
aconselhar-lhe que associasse conscientemente outras imagens à idéia de mulher, por
exemplo, à excelência da mãe que dá filhos para o céu, o Espírito Santo que mora nela
pela graça, a sublimidade da Virgem Mãe de Deus etc. [para os homens com AMS vale
o mesmo conselho: excelência do pai que dá filhos para o céu, o Espírito Santo que
mora nele pela graça, a sublimidade de São José]. Poucos dias depois, voltou para
agradecer-nos. Esta nova associação de idéias induzida voluntariamente havia acabado
com as outras subconscientes e instintivas e sentia-se agora tranquilo e feliz.

5º - Para resistir melhor, evitemos colocar-nos em estado de inferioridade psíquica


(alcoolismo, romantismo afetivo, sonolência, divagação cerebral). Neste estado, ficam
soltas a imaginação e a afetividade subconsciente e como que adormecidas a vontade e a
razão. Permanece todo o homem entregue à mercê do primeiro impulso. Este brotará
fácil e violentamente, sobretudo se se juntou a tudo isso uma posição excessivamente
cômoda que, por associação inconsciente do sentido do tato, desperta os baixos
instintos. Teremos, ainda assim, poder para resistir e por isso seremos responsáveis pelo
ato, mas... o atacante é forte e o defensor não está em guarda.

O Santo Cura de Ars fugia da sensação de comodidade como quem foge do fogo.
6º - Não encaremos esta luta heroica de um modo negativo: “Não se pode fazer isto; é
preciso evitar aquilo”, mas sim de forma positiva: como um sacrifício que
generosamente oferecemos a nosso Deus Crucificado, para amá-lo, agradá-lo, obedecer-
lhe e imitá-lo. Esta luta positiva alegra e anima; a negativa deprime.

7º - Motivemos devidamente e elevemos à sua excelsa dignidade este instinto. Por ele
quer Deus fazer depender do homem Seu poder de criar almas imortais e quer que isto
se faça na entrega total de um ser para outro ser com o qual se completa e faz feliz por
um amor desinteressado. Esta entrega a outra pessoa que vai completa-la e satisfazê-la
emocionalmente é uma concretização aqui sobre a terra, da união íntima, espiritual e
sublime com o Deus de infinito Amor e com felicidade divina que Ele nos prepara no
céu. Por isto deu à união conjugal o caráter sagrado pelo sacramento do Matrimônio.
Querer a satisfação sexual, excluído a finalidade dela, é burlar a intenção de Deus,
nosso Pai e frustrar Seus planos divinos.

8º - Contra as idéias motoras que impelem à realização do ato, opor o sentimento de que
podemos evita-lo, por exemplo: mando a meus pés que não vão àquele lugar, ou a
minhas mãos que estejam cruzadas sobre o peito por um tempo determinado, para
fortalecer meu caráter, para agradar a Nosso Senhor, para merecer o Céu (não diga
“para evitar o pecado” pois tal evocação despertaria as idéias e impulsos que tratamos
de dominar). Estes atos assim concretizados sentir-se-ão como possíveis e a vontade
poderá querê-los.

9º - Uma vez feito tudo o que podíamos, dada a dificuldade especial desta matéria,
resta-nos ainda recorrer a Deus para conseguir forças sobrenaturais pela oração, pela
confissão e pela comunhão. Esta graça pedida com humildade, confiança e perseverança
nunca nos será negada. A experiência de muitos séculos em todas as raças e homens de
toda condição intelectual e social demonstra que estes meios sobrenaturais vencem a
dificuldade especial de guardar a castidade.

[extraído do livro Controle Cerebral e Emocional, do Padre Narciso Irala]

QUINTA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2016


[Esp] A vitória sobre si mesmo - a mortificação (III)
Continuamos nossa sequência de postagens sobre a mortificação. Afirmamos
anteriormente que nossa primeira meta, a castidade, não se consegue ou vive da noite
para o dia, e a mortificação é um dos meios para alcançá-la. Como deve ser essa
mortificação? Basta o sacrifício de um dia para eu conseguir um resultado imediato?
Em resposta a essas perguntas, nada melhor do que o seguinte texto extraído do livro A
vida espiritual reduzida a três princípios, um clássico de autoria do Padre Maurício
Meschler, S.J., que nos ajudará a entender e a praticar a vitória sobre nós mesmos.
PREDICADOS QUE DEVE TER
A VITÓRIA SOBRE SI MESMO

Nobre e glorioso é o intuito que perseguimos mediante a vitória sobre nós mesmos; mas
para consegui-lo é necessário que nossa mortificação seja de bom quilate e possua
qualidades mui peculiares.

1. Primeiramente, o domínio de nós mesmos deve constituir um princípio a que sempre


nos devemos ater. Há algumas pessoas que consentem em se vencer, porém de modo
acidental, em determinadas ocasiões e, por assim dizer, excepcionalmente, por ser isso
imprescindível, em razão dos inconvenientes que sobreviriam no caso contrário. Isto
não basta. É forçoso que a mortificação seja na nossa vida um exercício habitual,
metódico, admitido a priori como dever de estado. Cumpre tomar a resolução de
vigiarmos a nós mesmos, de não dar largas a natureza, de violentarmo-nos, porque, de
outro modo, não conseguiremos dominar as paixões desordenadas, nem o mal que em
nós vive e não cessa de constituir perigo. Nunca esqueçamos que a concupiscência e a
desordem não se acham em nós acidentalmente e como por acaso, mas sim como
herança de nossa natureza. Trazemo-la conosco, ao entrar no mundo, e conservamo-la
por toda a vida. Diz São Paulo que o mal constitui, em nós, uma lei, um hábito
arraigado, uma potência solidamente estabelecida. Ora, um hábito só pode ser superado
por outro hábito; a uma lei, é mister opor outra lei, a um poder, outro poder. Aquele que
quiser marchar com segurança, não deve, cessar de repetir a si mesmo: "Cumpre vencer-
te, violentar-te, senão o mal triunfará de ti.”
2. Em segundo lugar, é necessário que a prática da vitória sobre nós mesmos, abranja
tudo; não devemos negligenciar coisa alguma, por mínima que seja, mas usar de
constante vigilância, em nosso corpo, na alma e em cada uma de suas potências:
memória, inteligência, vontade, assim como em todas as nossas inclinações. Qualquer
paixão descurada é um inimigo que deixamos atrás de nós, que pode atacar-nos de
improviso e causar nossa ruína. A quem acudiria a idéia de que o apego ao dinheiro
viesse a transformar um apóstolo em traidor, em suicida? Uma paixão desordenada é
temeroso adversário, e, por assim dizer, um demônio prestes a estrangular-nos.

3. Em terceiro lugar o exercício da mortificação deve ser perseverante e ininterrupto. O


inimigo não dorme e o mal continua, em nossa alma, seu trabalho latente: é uma erva
daninha que pulula, eforçoso é termos sempre a enxada à mão. Além disso, difícil coisa
é vencer o homem a si mesmo, lutar, incessantemente, contra a própria natureza; só o
hábito e a prática é que podem atenuar essa dificuldade.

Quando um pesado veículo está em marcha, ele avança regularmente e com relativa
facilidade, mas quando, após longo repouso, é preciso repô-lo novamente ao caminho,
que custo! Quantos clamores, quantas vergastadas! O mesmo se dá com a mortificação;
se a interrompermos por largo espaço de tempo, novos estorvos se nos deparam e nos
corre a vida em meio de perpétuos transes.

4. Enfim, e este é o último predicado que requer a vitória sobre nós mesmos, cumpre
não nos limitarmos a permanecer na defensiva, mas tomar a ofensiva e estar sempre
aparelhado para a arremetida. Esse princípio da ciência militar aplica-se, com toda a
propriedade, ao combate espiritual. Logo, tomemos a dianteira, invistamos contra o
inimigo antes que ele nos ataque. Senão, nós nos arriscamos a sermos apanhados de
improviso, e então a resistência viria demasiado tarde. É sempre mais fácil atacar que
defender.
No ataque estamos em plena atividade e a vantagem é nossa; na defesa, ficamos
passivos e em posição desvantajosa. “Se quiserdes a paz, preparai a guerra”, diziam os
antigos. Tal é a tática preconizada por S. Inácio, no livro dos Exercícios. Não devemos
contentar-nos com o necessário, mas ir além. Se sentirmos, por exemplo, a tentação de
ultrapassar certa medida que nos propusemos observar, relativamente a alimentação; de
omitir ou abreviar as orações habituais, tomemos uma quantidade de alimento menor
que a determinada e acrescentamos alguns instantes ao tempo fixado para a oração.
Assim faz o soldado aguerrido do reino de Cristo. É deste modo que nos tornaremos
temíveis ao demônio.

Tais são as qualidades da verdadeira mortificação; tais as armas de que usam os fortes
de Israel. Com elas poderemos arremeter contra o inimigo, qualquer que seja, mas...
unicamente com elas.

Postado por Courage Brasil às 16:10

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