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Direito Processual do Trabalho

Pedido

É o objeto da ação; É o pedido que motiva e dá vida à instauração do processo, tornando-


se, assim, o elemento medular da petição inicial. O pedido é, portanto, o projeto da sentença.

Pedido pode ser:


 Imediato: Provimento Jurisdicional
 Mediato: Bem da vida pretendido. Ex.: FGTS, 13º

De acordo com o art. 286 do CPC o pedido deve ser: O pedido deve ser certo ou
determinado.
• Certo: expresso, exteriorizado, inconfundível;
• Determinado: deve ser definido e delimitado, em sua qualidade e quantidade.

OBS.: A doutrina é praticamente unânime ao reconhecer o erro técnico do legislador ao empregar


o termo “ou”, em lugar do conectivo “e”. Isto porque, em rigor cientifico, o pedido tem de ser
necessariamente certo E indiscutivelmente determinado.

Existe ainda o pedido implícito, porém em casos excepcionais. Cuida da hipótese em que
não há a expressão do pedido, mas será fornecido por acompanhar outro pedido. Ex.: juros,
honorários (proc. Civil), correção monetária.
OBS.: O juiz só poderá conceder os pedidos previstos em lei.

1. Pedido Genérico
Previsto no art. 286 do CPC (Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É
lícito, porém, formular pedido genérico):, está relacionado a determinação do pedido.
OBS.: O pedido genérico, não obstante seja certo quanto à existência e determinado quanto ao
gênero, é quantitativamente indeterminado.
Hipóteses:
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens
demandados;

A hipótese prevista no inciso I supra não tem aplicabilidade no processo individual do


trabalho, porquanto neste não há lugar para ações universais como é o caso da falência.

II – quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do


ato ou do fato ilícito; Ex.: dano moral.

Tal hipótese ocorre quando não conseguir delimitar o pedido em virtude de um fato alheio a
vontade do agente. Ex.: danos morais.

III – quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.

É o que ocorre, por exemplo, com as horas extras, onde não pode ser computado a
quantidade em virtude do controle ficar com a parte contrária.

2. Cumulação de Pedidos
Trata-se da cumulação objetiva, ou seja, ocorre quando o autor deduz mais de um
pedido na petição inicial, com o escopo de que todos eles sejam apreciados na sentença. A
cumulação objetiva nada mais é do que a cumulação de pedidos numa mesma ação.
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

2.1. Requisitos da Admissibilidade da Cumulação (Previsto no §1º do art. 292 do


CPC):
I – que os pedidos sejam compatíveis entre si;
Seriam incompatíveis, por exemplo, a cumulação do pedido de
reintegração ao emprego com o pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho.

II – que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;


De outra parte, não lícita a cumulação quando o juiz do trabalho for
competente para um pedido e incompetente para o outro.

III – que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

OBS¹.: Quando para cada tipo de pedido corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á
a cumulação, se o autor optar pelo procedimento comum ordinário (Art. 292, §2º do CPC).
OBS².: É necessário preencher TODOS os requisitos.

3. Pedido Alternativo (exemplo de cumulação)


O pedido alternativo é aquele em que a obrigação, por força do contrato ou da lei,
pode ser cumprida de mais de uma forma, de acordo com o artigo 288 do CPC.

Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo.

Ex.: Vale Transporte


Vale OU Transporte
→ Não se tem o acolhimento dos dois pedidos; ou um ou outro.

OBS.: Um exemplo de pedido alternativo pode ocorrer quando o réu, empregador, comprometer-
se a conceder um prêmio ao empregado mais assíduo, cabendo-lhe escolher entre o pagamento
das mensalidades de um curso a ser realizado no estrangeiro ou o pagamento das passagens
aéreas. Percebe-se que a obrigação do empregador, neste caso, é tipicamente alternativa, o que
implica dizer que o autor somente poderá formular pedido alternativo: ou o pagamento das
mensalidades ou o pagamento das passagens aéreas. A escolha caberá ao réu (reclamado), se
procedente o pedido.

4. Pedido Sucessivo ou Subsidiário.

Encontram previsão no art. 289 do CPC, segundo o qual: “É lícito formular mais de
um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo
acolher o anterior.”
Não podendo o juiz acolher o pedido principal, passa a examinar o sucessivo.
Nos pedidos sucessivos, portanto, vê-se que o primeiro pedido é prejudicado em
relação ao segundo. Em outros termos, se for acolhido o primeiro pedido, o juiz não poderá mais
o segundo, o terceiro ou mais pedidos sucessivos contidos na petição inicial.
Ex.: Empregada gestante dispensada sem justa causa formula pedido de
reintegração ou, se esta não for possível por motivos alheios à sua vontade, a indenização do
período estabilitário correspondente.

OBS.: O termo sucessivo é criticado pela doutrina, pois seria sucessivo se o segundo pedido
fosse acolhido somente se o primeiro também fosse.
5. Pedidos Cominatórios.
Previsto no art. 287 do CPC, segundo o qual: “Se o autor pedir que seja imposta ao
réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa,
poderá requerer cominação de pena pecuniária para o caso de descumprimento da sentença ou
da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4º, e 461-A).;”
Pedido cominatório diz respeito às obrigações de fazer, ou não fazer, bem como nas
obrigações de entregar coisa, sendo incabível nas ações que tenham por objeto obrigação de dar
ou pagar (STF, Súmula nº 500)
Não tem caráter indenizatório. A razão de ser de tal cominação é compelir o réu a
cumprir o que está previsto no título e foi determinado na decisão concessiva de tutela antecipada
ou na sentença final.
Ex.: Pedido de reintegração ao emprego formulado por dirigente sindical dispensado
sem que o empregador tenha proposto inquérito judicial para apuração de falta grave, requerendo
aplicação de multa diária enquanto não cumprida a decisão.

7. Possibilidade de Modificação (Arts. 264 e 294 do CPC)


No processo civil pode ocorrer antes do recebimento da notificação citatória pelo
réu. Já depois da citação do réu só será admitida com a concordância deste.
No processo do trabalho, não raro, o autor formula pedido de aditamento da inicial
na própria audiência, caso em que o juiz indaga ao réu se concorda ou não com o aditamento. Se
a resposta for positiva, o juiz autoriza o aditamento. Se negativa, não há previsão legal para o juiz
impor ao réu a aceitação. Nesse caso, restaria ao autor elaborar nova petição, instaurando outro
processo.
Há contudo, entendimento doutrinário no sentido de que, se o pedido de aditamento
é feito na própria audiência, ANTES da apresentação da resposta do réu, o juiz deve autorizá-lo,
designando nova audiência, ficando, desde logo, notificadas as partes.
Apresentada a defesa, já não será mais possível aditar a inicial sem consentimento
do réu.

Modificação pode ser:


• Quantidade: 30 H.E. → 40 H.E.
• Qualidade: 9:00 – 23:30 → H.E. + Ad. Noturno

Quando ocorre uma modificação quantitativa nem sempre será necessário alterar o prazo
para modificação da defesa. Diferentemente da modificação qualitativa; nessa hipótese o
reclamado irá se manifestar à respeito dessa modificação.
OBS.: Se ocorrer a mudança do valor com o aditamento poderá ter a conversão do
rito/procedimento.

8. Indeferimento da Petição Inicial


O artigo 295 do CPC prevê as Hipóteses em que a petição inicial será indeferida.
NO processo do trabalho o indeferimento da petição inicial é raramente observado,
uma vez que o juiz geralmente dela só toma conhecimento na própria audiência, exceto em caso
de tutela antecipada.

UNIDADE VII – Audiência

1. Conceito
Ato formal, solene em que há instrução, discussão e decisão da causa. A audiência
ocorre antes da contestação.
É o lugar e o momento em que os juízes ouvem as partes.
Petição Protocolada → Data da Audiência

2. Presença do Juiz e Servidores nas Audiências


O juiz e os servidores são imprescindíveis. Se as partes faltarem, ainda sim ocorrerá
a audiência. Se o juiz não comparecer NÃO há audiência.
É admissível o atraso do juiz de no máximo 15 minutos, não se estendendo às
partes. (OJ 245 SDI-I: o beneficio da tolerância NÃO se estende às partes.)

3. Características da Audiência.
3.1. Unicidade: elaborada para ser uma e que nela seja realizada todos os atos
processuais. Todavia, não há obrigatoriedade, determinados casos, em virtude da
ocorrência, da complexidade da causa, a audiência poderá ser fracionada.
3.2. Concentração: Pregão → conciliação → defesa → produção de provas → razões
finais → conciliação → decisão; todos praticados em uma única audiência.
3.3. Oralidade: Maior parte dos atos deverão ser realizados na forma oral.
3.4. Publicidade: Toda audiência deve ser pública (Art. 93, IX da CF).
Exceção: o juiz pode restringir o acesso de terceiros quando for para atender o
interesse público, caso em que a publicidade pode tumultuar o andamento do processo;
pode ser determinada de ex oficio ou a requerimento da parte.
3.5. Conciliação: O objeto da audiência é a conciliação, por isso há dois momentos em
que o juiz é obrigado a tentá-la, caso contrário acarretará a nulidade.

4. Particularidades da Audiência
4.1. Quanto ao Prazo: A audiência deverá ser realizada no prazo mínimo de 5 dias (Art.
841 da CLT)
OBS.: Para a União o prazo para contestar é em quádruplo, nesse caso o prazo mínimo é de 20
dias.

4.2. Quando a Duração: O funcionamento das audiências ocorre em dias úteis


previamente fixados, entre 8 e 18 horas, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas,
salvo quando houver matéria urgente. (Art. 813 da CLT)

OBS.¹: Há doutrinadores que entendem que o cômputo de todas as audiências não pode
ultrapassar 5 horas. Outros entendem ser este o tempo máximo de uma audiência,
OBS.²: A lei admite, que havendo necessidade imperiosa, poderão ser convocadas audiências
extraordinárias, desde que seja afixado edital na sede do Juízo do Tribunal, com a antecedência
mínima de 24 horas.

4.3. Quanto ao Local (Art. 813 da CLT): As audiências dos órgãos da Justiça do
Trabalho são realizadas na sede do Juízo ou Tribunal.

OBS.¹: Todavia, em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das
audiência, mediante edital afixado na sede do Juízo do Tribunal, com antecedência mínima de 24
horas.
OBS.²: A doutrina afirma que esse prazo deve ser maior ou que a comunicação seja feita de
forma pessoal.

5. Poder de Policia
As audiências e sessões judiciárias devem processar-se com ordem e tranquilidade,
cabendo aos juizes ordenar medidas para a manutenção do respeito por parte dos espectadores,
inclusive requisitando a força pública, se necessário fazendo prender e autuar os desobedientes,
evacuar a sala, interromper os trabalhos e tomar outras medidas que sejam convenientes (Art.
816 da CLT).
Trata-se do exercício do poder de policia pelo juiz, também chamado de poder de
policia processual, que é um princípio elementar para manutenção de ordem, do decoro e da
segurança nos recintos destinados às audiências e sessões dos tribunais.
O dispositivo, consolidado é complementado pelos arts. 445 e 446 do CPC.

OBS.: Se, todavia, até 15 minutos após a hora marcada o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das
audiências. É o que diz o parágrafo único do art. 815 da CLT, cujo destinatário é o juiz. Vale dizer,
o atraso tolerável sem justificativa por apenas 15 minutos é apenas para o magistrado. As partes
e seus representantes, inclusive os advogados, não tem qualquer tolerância quanto a atrasos (OJ
245 da SDI – I do TST)

6. Registro das Audiências


Determina o art. 817 da CLT que “O registro das audiências será feito em livro
próprio, constando de cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como
as ocorrências eventuais.”
Os livros próprios de registro continuam existindo. Os termos de audiência, no
entanto, não são mais manuscritos ou datilografados, mas digitados em meio eletrônico.
É facultado a qualquer interessado requerer certidão dos atos realizados na
audiência.

7. Hipóteses que Podem Ocorrer antes das Realização dos Atos

7.1. Ausência do Reclamante


Diz o art. 844 da CLT que o não-comparecimento do reclamante à audiência
importa o arquivamento da reclamação. Há erronia técnica no emprego do termo “arquivamento
da reclamação”. Na linguagem da ciência processual, a reclamação é ação, sendo que esta não é
arquivada, pois é um direito da parte; os autos do processo é que são arquivados.
Tecnicamente, portanto, ocorre, na Hipóteses em tela, a extinção do processo
sem resolução do mérito.
Se o autor (reclamante), porém der causa a dois arquivamentos seguidos,
sem motivo relevante, ficará impedido de ajuizar qualquer ação trabalhista pelo prazo de 6 meses
(perempção). Art. 732 da CLT.

OBS.¹: Exceções à Necessidade da Presença das Partes: Art. 843. Na audiência de julgamento
deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de
seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúrimas (litisconsórcio ativo facultativo)
ou Ações de Cumprimento (substituição processual, ex.: sindicato), quando os empregados
poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

OBS.²: Súmula 9 do TST: Ausência do Reclamante


A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em
audiência, não importa arquivamento do processo.
Na audiência de instrução a ausência NÃO acarreta o arquivamento.

“Caso o autor não compareça à “audiência em prosseguimento”, que, na prática,


como já vimos, ocorre após a “audiência de conciliação”, não há em que se falar em
“arquivamento” (extinção do processo), mas poderá haver confissão quanto à matéria de fato, se
ele for expressamente intimado com essa cominação para a audiência em prosseguimento. É
que, neste caso, a defesa do réu já foi apresentada.

Se o reclamante faltar na 1ª audiência (inaugural): extinção do processo → poderá ajuizar outra


ação trabalhista.
Se o reclamante faltar na 2ª audiência (instrução): possível efeito da revelia, presunção de
veracidade dos fatos narrados pelo reclamado.

7.2. Ausência do Reclamado: diferença de tratamento relacionado ao Princípio


da Proteção.

Art. 844. (…) e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de


confissão quanto à matéria de fato.

7.2.1. Revelia ≠ Contumácia


Contumácia é a ausência das partes, tanto reclamante quanto
reclamado.
Quando o reclamado é contumaz tem-se a revelia, logo revelia é a
contumácia do reclamado.

OBS.: Tanto o autor como o réu poderão ser contumazes, mas somente o réu poderá será ser
revel.

No processo civil, ocorre revelia, de acordo com alguns doutrinadores, quando o réu não
apresenta defesa, porém prevalece o entendimento que a revelia é a ausência da contestação.

No processo do Trabalho revelia é a ausência física do reclamado imotivadamente, quando


citado na forma da lei.

OBS.: Se os dois faltarem (reclamante e reclamado) não há revelia, mas sim a extinção sem
julgamento do mérito.

7.2.1. Efeitos da Revelia


• Processual: Não há comunicação dos atos processuais. A revelia implica
prosseguimento do processo em face do réu, independentemente de intimação ou
notificação para a contagem do inicio dos prazos, ou para atos do processo. No
processo do Trabalho não se aplica a regra do art. 322 do CPC (se não tiver
advogado qualificado nos autos não será comunicado dos atos processuais, Se tiver
será comunicado através de seu advogado.), mas sim a do art. 852 da CLT: Da
decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na
própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida
no § 1º do artigo 841 (registro postal com franquia). O reclamado só será intimado
da sentença, logo não será intimados a respeito dos atos anteriores nem mesmo na
pessoa do seu advogado.

OBS.: O efeito processual é a comunicação dos atos processuais. No CPC só ocorre essa
consequência se o réu não tiver advogado (Art. 322 do CPC). No processo do Trabalho não irá se
aplicar o art. 322 do CPC, pois a CLT possui um dispositivo que é o art. 852, que diz que da
sentença a parte revel sera cientificada (ele não será intimado dos atos, só será intimido da
sentença.)

• Material: Presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária (ou
seja, em tese, o reclamante); Porém trata-se de uma presunção juris tantum
(relativa), pois admite-se prova em contrário, razão pelo qual não pode-se falar
de imediato em julgamento antecipado da lide, haja vista que isto só ocorrerá se
tiver provas suficientes para tanto. O principal efeito da revelia incide sobre a
prova, uma vez que, se o réu não contestar a ação, serão considerados
verdadeiros os fatos alegados pelo autor.

OBS.: Presunção de Veracidade ≠ Confissão Ficta


A presunção de veracidade ocorre quando o reclamado não comparece a 1ª
audiência. Já a confissão ficta se verifica quando a parte não comparece em juízo para depor ou
comparece e se recusa a prestar depoimento ou a responder (Sumula 74 do TST)
Se o reclamado NÃO comparecer na audiência de instrução NÃO haverá revelia,
pois ele compareceu na audiência inaugural; o que haverá é a confissão ficta, pois o juiz não
ouviu o seu depoimento.
A revelia não é uma sanção, mas sim um ônus do reclamado, haja vista que ele não
é obrigado a se defender. A confissão ficta quando ocorre, não significa que o juiz irá
necessariamente julgar procedente o pedido do reclamante.

Há situações em que tais efeitos NÃO serão aplicados (Elisão)


• Quando houver nulidade da citação, seja pela sua ausência ou pela não realização nos
termos da lei (prazos inferior aos 5 dias).

OBS.: A ausência de citação pode ser suprida pelo comparecimento do reclamado à audiência,
desta maneira não se tem a aplicação da revelia.

• Ausência Motivada: se o advogado comparecer e demonstrar a impossibilidade do


reclamado ou de seus preposto comparecer impede a aplicação do efeito da revelia.
(Súmula 122 do TST – É imprescindível a apresentação de atestado médico que
declare expressamente a impossibilidade de locomoção do empregador ou de seu
preposto.)

• Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:
I – se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; Ex,: pólo passivo
– terceirização. (Não ocorre a revelia quando uma das partes apresentar defesa.
II – se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (pouco visualizado no âmbito
trabalhista)
III – se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei
considere indispensável à prova do ato.

Aplica-se a revelia a Fazenda Pública?


De acordo com a OJ 152 SDI – I do TST, a revelia é aplicada a Fazenda Pública. Todavia a
aplicação dos efeitos da revelia não serão aplicados por se tratar de direitos indisponíveis.

Revelia e Comparecimento de Advogado.


Se o advogado comparecer munido de procuração, defesa e documentos probatórios,
porém sem a companhia do reclamado ou preposto?
No processo civil tem-se a continuidade do processo.
No processo do trabalho a regra é a revelia, porém isso vem sendo relativizado pela
doutrina e pela jurisprudência, os quais defendem a possibilidade de acatar a defesa e não
aplicar a revelia; verificar a suficiência de provas, e somente se o depoimento do reclamado for
imprescindível aplicar a revelia.

Representação do Reclamado – Preposto

O §1º do art. 842 da CLT, no entanto , faculta ao empregador fazer-se substituir


(representar) pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, ou cujas
declarações obrigarão o preponente,
Para ser preposto deve ter duas características:
• Deve ser Empregado: salvo se este for empregador doméstico ou contra micro ou
pequeno empresário (Súmula 377 do TST)

OBS.: A exceção ao empregador doméstico fundamenta-se na hipótese em que é admitido ter


como preposto qualquer pessoa da família, que usufruiu do empregada. Quanto a micro e
pequenas empresas diz respeito a quantidade reduzida de empregados.

• Conhecer os Fatos

OBS¹.: De acordo com a doutrina empresas que entraram em processo de falência poderão ter
como preposto qualquer pessoa que detenha conhecimento do fato.
OBS.²: Quando o preposto é empregado há uma presunção de que conhece os fatos. E os seus
argumentos e alegações vinculam o reclamado/empregador.

OBS³.: Tem sido admitido o advogado empregado atuando como, ao mesmo tempo, como
preposto, o que é proibido pelo art. 3º da Lei nº 8.906/94 (EOAB). Porém, vale ressaltar que a
CLT não coloca qualquer obstáculos.

Comparecimento do Preposto SEM a Carta de Preposição


Na legislação não há qualquer exigência expressa a respeito da obrigatoriedade da
apresentação da carta de preposição, porém é o que ocorre na prática.

OBS¹.: Não há figura do preposto em relação ao reclamante. Somente quem possui preposto é o
reclamado!
OBS².: A representação de Autarquias, Fundações, da Adm. Pública Direta NÃO pode ser feita
através de preposto, mas sim por seus procuradores (Art. 12 do CPC). Diferentemente das
sociedades de economia mista e Empresa pública.

Respostas do Reclamado

O direito de resposta encontra seu principal fundamento de validade na CF, no art. 5º, LV ,
princípio do contraditório e ampla defesa.
O CPC, em seu art. 297, disciplina que após a sua citação, o réu poderá oferecer
exceção, contestação, e reconvenção. Agiu bem o legislador, uma vez que a resposta do réu
abrange essas três modalidades.
A CLT só prevê expressamente a defesa, embora no sentido de contestação, e duas
modalidades de exceção: a de “foro” e a de suspeição. Não há regramento próprio da
reconvenção.

No Processo Civil o réu possui um prazo de 15 dias para apresentar a resposta. No


Processo Trabalho a resposta é apresenta na audiência, tendo esta o prazo minimo de 5 dias
para ser realizada.

A resposta pode ser verbal e assim sendo deverá ocorrer no prazo de 20 minutos (Art. 846
e 847 da CLT) e será reduzida a termo.
O momento da resposta é após a primeira tentativa de conciliação.
Na resposta o reclamado deve apresentar todos os documentos probatórios necessários .

1. Contestação
A contestação é a forma mais usual e contundente de resposta do reclamado. Trata-
se da defesa por excelência, haja vista que nesta o reclamado irá combater as alegações do
reclamante.
A contestação é regida por dois princípios:
• Eventualidade (Art. 300 do CPC): A contestação é o “evento” que foi
colocado a disposição do réu naquele dado momento para atacar todas as
alegações, de fato ou de direito, aduzidas pelo autor. Se o réu não se
manifestar sobre todos os fatos narrados pelo autor ocorrerá a preclusão,
salvo em caso de fato superveniente ou matéria de ordem pública (Art. 303
do CPC).
• Impugnação Especifica: Para evitar os efeitos da revelia, não basta
defender-se, é indispensável que impugne o reclamado TODOS os fatos
narrados pelo reclamante na ação trabalhista, sob pena de presumir-se
verdadeiro o fato não impugnado (Art. 302 do CPC)

OBS¹.: Tanto no processo civil quanto no trabalhista, a contestação por negação geral é ineficaz,
arcando o réu com o ônus de serem considerados verdadeiros os fatos articulados na petição
inicial. Se o juiz não se convencer defere todos os pedidos do reclamante.
OBS².: Paragrafo único do art. 302 do CPC: Esta regra, quanto ao ônus da impugnação
especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do
Ministério Público.
OBS³.: Vinculo + Rescisão + Verbas → E o reclamante apenas se manifesta quanto sobre o
vinculo empregatício. Nesta hipótese não há prejuízo haja vista que deste decorre o restante.

Defesa
 Processual ou Preliminares (Art. 301 do CPC)
 Dilatória: Não põe fim ao processo, mas dilata o desfecho do processo.
 Peremptória: extinção do processo

 Mérito
 Direta: Combate os fatos constitutivos, ora negando os fatos ou seus efeitos.
 Indireta: Admite os fatos constitutivos, mas alega o impedimento (ineficácia), fato
modificativo (alteração) ou um fato extintivo.

2. Contestação contra o Processo (Defesa Processual)


Na contestação contra o processo, o réu ataca não a lide, o pedido, a pretensão ou
o bem da vida vindicado pelo autor, e sim o processo ou a ação.

Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:


I – inexistência ou nulidade da citação;
II – incompetência absoluta;
No processo do trabalho trata-se da competência em razão da matéria e funcional. A qual
não levará a extinção do processo, mas sim a remessa dos autos ao competente.
Em se tratando de incompetência relativa esta deverá ser arguida mediante exceção e não
contestação.
III – inépcia da petição inicial; → extinção do processo.
A petição inicial é considerada inepta (CPC, art. 295, parágrafo único) quando:
• Lhe faltar pedido ou causa de pedir;
• A narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
• O pedido for juridicamente impossível;
• Contiver pedidos incompatíveis entre si.

IV – perempção;
A perempção é a perda do direito de ação. É a perda do direito de ação em
virtude de o processo, tendo em vista a mesma demanda, ter sido extinto três vezes pelo motivo
do art. 267, III do CPC (o autor abandonar a causa por mais de 30 dias). Desta maneira não
poderá mais ingressar com uma ação, é permanente.
No âmbito trabalhista quando o reclamante faltar duas vezes na audiência
dando causa a dois arquivamentos, este ficará impedido de ajuizar uma ação trabalhista pelo
prazo de 6 meses, é temporária.

V – litispendência;
Ocorre litispendência quando há duas ações em trâmite, que possuem o
mesmo reclamado, mesmo pedido e mesma causa de pedir. Nesse caso extingue-se a 2ª
demanda.Dá-se litispendência quando se repete ação que está em curso, isto é, quando há duas
ou mais ações idênticas tramitando perante o mesmo ou juízos diversos.

VI – coisa julgada;
Há a coisa julgada ocorre quando se repete ação que já foi decidida por
sentença, de que não caiba recurso.

VII – conexão; Art. 103


VIII – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
difícil visualização em virtude do Jus Postulandi
IX – convenção de arbitragem;
Trata-se da única defesa que o juiz não pode conhecer de ofício.
X – carência de ação;
XI – falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar
Não existe caução no Processo do Trabalho.

3. Defesa de Mérito Direta


Dá-se a contestação direta, também chamada de defesa direta de mérito, quando o
réu ataca o fato constitutivo do direito alegado pelo autor, seja pela negativa de sua existência,
seja pela negativa de seus efeitos jurídicos. Combate os fatos constitutivos, ora negando a
existência dos fatos ora seus efeitos.
• Negativa dos Fatos Constitutivos: O réu nega a existência dos fatos constitutivos
do direito do autor, fará com que ao autor caiba provar tais fatos constitutivos,
durante a instrução.
Ex.: Quando o reclamante alega ter direito a horas extras e o reclamado nega que
tenha havido trabalho em regime de sobrejornada, juntando os cartões de ponto
correspondentes. Caberá, pois, ao reclamante, na instrução, provar que realizou as horas extras.

• Negativas dos Efeitos dos Fatos Constitutivos: O réu também poderá, na


contestação, reconhecer a real existência e veracidade dos fatos alegados pelo
autor, mas negar-lhes as consequências jurídicas alvitradas na petição inicial.
Ex.: O reclamante pede adicional de transferência e o reclamado, reconhecendo o
fato da transferência, alega que não é devido o adicional porque a transferência é definitiva, e não
provisória, como exige o art. 469, §3º, parte final da CLT.

4. Defesa de Mérito Indireta


Na contestação indireta de mérito o réu reconhece o fato constitutivo do direito do
autor, mas opõe um outro fato impeditivo (ineficácia), modificativo (alteração) ou extintivo do
pedido formulado na petição inicial.
4.1. Fatos Impeditivos
São os que provocam a ineficácia dos fatos constitutivos alegados pelo autor.
Ex.: o reclamante pede pagamento de aviso prévio, alegando ter sido despedido sem justa causa,
e o reclamado reconhece a despedida, mas alega que a dispensa se deu em virtude de ato de
improbidade do reclamante (CLT, art. 482. a)
4.2. Fatos Modificativos
São os que implicam alteração dos fatos constitutivos alegados pelo autor.
Ex.: o reclamante pede o pagamento integral e imediato de participação nos lucros no importe
liquido de R$ 1.000,00 e o reclamado alega que o pagamento foi ajustado em parcelas mensais,
e não de forma integral e imediata. São exemplos de fatos modificativos o parcelamento, a
compensação e a retenção.

4.2.1. Compensação
Duas pessoas reúnem reciprocamente as qualidades de credor e
devedor. Assim, sempre que o reclamado entender que é credor do reclamante poderá requerer
ao juiz que a dívida do empregado possa ser compensada com os eventuais créditos deste. A
divida deve ser liquida e certa e deve ser alegada na defesa (Súmula 48 do TST), se não o for
ocorrerá a preclusão.

OBS.: O §5º do art. 477 da CLT dispõe que, na rescisão qualquer compensação no pagamento a
que fizer jus o empregado não poderá exceder o equivalente a um mês de sua remuneração.
Porém, há uma corrente doutrinária que diz que não há limite para o valor da compensação.

4.2.2. Retenção
Consiste no direito que o reclamado tem de reter alguma coisa do
reclamante até que este quite sua dívida em relação àquele. A retenção, tal como a
compensação, deve ser requerida pelo reclamante na contestação, sob pena de preclusão. Ex,: o
empregador, para compensar um dano retém um instrumento de trabalho do empregado;
Não devolução de algo que detém de forma legitima para garantir o
pagamento.

OBS.: Dedução é diferente de Retenção: A dedução consiste no abatimento de valores, o qual


pode ser declarada de oficio, diferentemente da retenção.

4.3. Fatos Extintivos


São os que eliminam, extinguem ou tornam sem valor a obrigação assumida
pelo réu, por não ser ela mais exigível. Ex.: reclamante pede o pagamento de saldo de salários e
o reclamado alega que efetuou o respectivo pagamento, anexando à contestação o
correspondente comprovante de pagamento. A renúncia, a transação, a prescrição e a
decadência são também fatos extintivos do direito do autor.

5. Matérias que podem ser alegadas APÓS a contestação


Art. 303. Depois da contestação, só é lícito deduzir novas alegações quando:
I – relativas a direito superveniente;
II – competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III – por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer
tempo e juízo.

EXCEÇÃO (Cont. Espécies de resposta)

A CLT, em seu art. 799, dispõe literalmente que, nas “causas das jurisdição da Justiça do
Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou
incompetência”. Logo em seguida, no §1º do dispositivo em causa, salienta que as “demais
exceções serão alegadas como matéria de defesa”.
Justifica-se a omissão da CLT a respeito da exceção de impedimento porque quando da
sua promulgação, em 1943, era o CPC de 1939 o diploma subsidiário, e não o CPC de 1973.
Assim, diante da lacuna normativa da CLT, cremos ser factível a aplicação subsidiária do CPC, no
particular.
As hipóteses de suspeição e impedimento dos juízes estão reguladas no CPC, nos arts.
134 a 138.

Essas exceções tem como objetivo resguardar a imparcialidade do juiz, a qual constitui
direito das partes bem como se trata de um pressuposto processual subjetivo.

Art. 801. O juiz, presidente ou Juiz classista, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser
recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: (aspecto
subjetivo)
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa.

SUSPEIÇÃO IMPEDIMENTO
Gera nulidade relativa Gera nulidade absoluta
Ocorre preclusão Não há preclusão
Alegada só na resposta do réu Pode ser alegada a qualquer momento e
inclusive pelo próprio juiz
Não cabe ação rescisória Cabe ação rescisória (após o trânsito em
julgado – Art. 485, II, do CPC)
Aspecto Subjetivos Aspecto Objetivo
Todos os meios de prova Prova é geralmente documental
Presunção Relativa Presunção Absoluta

OBS.: Impedimento – Art. 134 do CPC.


Suspeição – Art. 135 do CPC.

Procedimento da Exceção de Suspeição e Impedimento


Deve ser alegada na defesa (audiência), junto com a contestação. Pois se o reu apresentar
somente a exceção e não apresentar a contestação haverá revelia, o que implica na presunção
de veracidade dos fatos (via de regra). Salvo se o juiz resolver na ata de audiência que o réu
apresentará a contestação depois.
O juiz irá marcar audiência na qual ele apresentará sua defesa, haja vista que a exceção é
contra ele. (Art. 802 da CLT)
Remessa dos autor para o TRT. Todavia na prática o próprio juiz é que analisa e julga se é
ou não impedido ou suspeito. A decisão a respeito da exceção é uma decisão interlocutória e
na Justiça do Trabalho não é passível de recurso. Desta maneira a parte prejudicada só
poderá contestar essa decisão na sentença.

Exceção de Incompetência Relativa – Arts. 799 e 800 da CLT


Na Justiça do Trabalho a incompetência relativa se dá apenas em relação ao território.
Só pode ser alegada pelo réu (não podendo ser alegada de oficio) no momento da audiência
inaugural.
OBS.: Já a incompetência absoluta pode ser alegada na contestação em suas preliminares.
Procedimento
- É alegada na defesa em audiência
- O juiz abre um espaço de tempo de 24h para manifestação. Se acolhida a exceção o juiz
remete os autos para a Vara/Tribunal competente.
- Se improcedente passa para a fase de instrução do processo.

Defesa → Alegação de Incompetência → Resposta → Decisão


→ Procedente: remessa dos autos.
→ Improcedente: instrução da causa.

Sumula 214, item “c” do TST: Decisão Interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho,
nos termos do art. 893, § 1o, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso
imediato, salvo nas hipóteses de decisão: (…) c) que acolhe exceção de incompetência
territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o
juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2o, da CLT.

RECONVENÇÃO (Espécie de Resposta)

1. Conceito
É a demanda do réu contra o autor no mesmo processo em que esta sendo demandado.
Há autores que dizem que a reconvenção não é uma defesa, mas sim um contra-ataque
do réu em face do autor dentro do mesmo processo. (Bezerra Leite)
Há quem sustente o descabimento da reconvenção no processo do trabalho em virtude de
sua não previsão na CLT.

2. Natureza Jurídica
Trata-se de uma ação autonôma, e portanto deve preencher os requisitos da petição inicial
(Art. 840 da CLT). Logo em se houver desistência da ação principal, permanece a reconvenção.

3. Requisitos Específicos da Reconvenção


É certo, porém, que a reconvenção, como qualquer ação, exige do réu-reconvinte, a
satisfação dos pressupostos processuais e das condições da ação, além de observar alguns
requisitos específicos exigidos por lei para o seu cabimento, seja no processo civil, seja no
trabalhista.
3.1. Juízo Absolutamente Competente (Art. 109 do CPC): a reconvenção deve versar,
pois, sobre demanda oriunda da relação de emprego ou da relação de trabalho, ou, ainda, nas
demais hipóteses previstas no art. 114 da CF.
3.2. Haver Compatibilidade entre os Ritos Procedimentais da Ação Principal e da
Ação Reconvencional: No procedimento sumaríssimo e sumário NÃO cabe reconvenção, só é
possível no procedimento ordinário.
3.3. Existência de Processo Pendente: A reconvenção tem lugar quando a ação principal
estiver em curso, sendo certo que o momento próprio para a apresentação da reconvenção
trabalhista é na audiência dita inaugural (Art. 847 da CLT)
3.4. Haver Conexão entre a Reconvenção e a Ação Principal.
OBS.: Se for apresentada somente a reconvenção, dependendo do conteúdo o juiz poderá
aproveita-la como contestação.
OBS.: NÃO É CABÍVEL A RECONVENÇÃO
• No procedimento Sumaríssimo • No processo Cautelar
• No procedimento Sumário • Na fase de Execução: a
• Na substituição processual: o obrigação é certa nesta fase.
reclamado não pode reconvir • Na ação civil pública (Renato
contra alguém que está Saraiva)
litigando em nome próprio
defendendo interesse alheio.
4. Procedimento
Apresentada a reconvenção o juiz abre um prazo de 5 dias para o reclamante se
manifestar. Se o reclamante não se manifesta ele será revel da reconvenção.
Ocorrida a manifestação do reclamante ou não o juiz instrui o processo principal e a
reconvenção e depois ele sentencia: a sentença é uma.
O réu possui 3 testemunhas e ele terá que distribuir essas testemunhas para a
contestação e reconvenção.
A decisão de rejeição da reconvenção é interlocutória, logo não cabe recurso.

5. Reconvenção e Compensação (Art. 769 da CLT c/c art. 315 do CPC).


A compensação poderá ser invocada no processo do trabalho por meio de
reconvenção se o montante a ser compensado for superior a uma remuneração mensal do
empregado.

6. Reconvenção e Inquérito Judicial


No processo do trabalho, o exemplo mais comum de ação dúplice é o do inquérito
judicial para apuração de falta grave.
OBS.: Ações Dúplices – ações em que o autor e o réu assumem simultaneamente as posições
de demandante e demandado.
No inquérito o empregador suspende o contrato de trabalho e entra com o inquérito
para apurar falta grave, se este for procedente, essa paralisação será considerada suspensão do
contrato. Agora se considerado improcedente a paralisação do contrato é considerado interrupção
e o empregador é condenado a restituir o empregado no tempo que ficou parado.
Se, todavia, o objeto da reconvenção for mais amplo que o inquérito, como, por
exemplo, se o empregado pede, além da reintegração e salários do período de afastamento,
danos morais ou outras parcelas distintas dos salários, terá ele, interesse processual na
reconvenção no que concerne tais pedidos.

7. Reconvenção da Reconvenção?
Embora a lei não a vede expressamente, não tem sido aceita a reconvenção da
reconvenção, pois isso, é óbvio, poderia implicar tumulto processual e eternização do processo.

PROVAS
1. Conceito
São tomadas na fase de instrução. Demonstração pelos meios admissíveis do
direito dos fatos controvertidos e relevantes para a solução da controvérsia.
2. Princípios Probatórios
2.1. Contraditório e Ampla Defesa
As partes têm o direito de se manifestar reciprocamente sobre as provas
apresentadas. (Art. 5º, LV da CF). As partes também devem ter igualdade de oportunidade para
apresentar suas provas nos momentos processuais próprios.

2.2. Unidade da Prova


A prova deve ser examinada no seu conjunto, formando um todo unitário, em
função do que não se deve apreciar a prova isoladamente.

2.3. Proibição da Proba Obtida Ilicitamente


Encontra residência no art. 5º, LVI, da CF, segundo o qual “são inadmissíveis,
no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.
Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda
que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se
funda a ação ou a defesa.
OBS.: Se a ação tem por objeto direitos fundamentais é admissível provas obtidas por meios
ilícitos. Para direitos patrimoniais não há admissões de provas obtidas por meios ilícitos.
2.4. Persuasão Racional – Art. 93, IX da CF e art. 131 do CPC
Há 3 sistemas de valoração das provas:
• Legal ou Certeza Legal: a lei determina o critério de valoração das
provas, o juiz não possui liberdade; Havia então uma hierarquia das
provas.
• Livre Convencimento: O juiz forma a sua convicção apreciando
livremente o valor das provas dos autos.
• Persuasão Racional: adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro, o
juiz goza de liberdade na valoração, porém não pode tal liberdade
converter-se em arbítrio, sendo, antes, um dever motivar o seu
raciocínio.
2.5. Oralidade
As provas devem ser realizadas, preferencialmente, na audiência de
instrução e julgamento, isto é, oralmente e na presença do juiz. A maior parte das provas será
oral, sendo, posteriormente, reduzidas a termo. Ex.: depoimento das partes e testemunhas.

2.6. Aquisição Processual


A prova produzida, independentemente de quem a produziu, é adquirida pelo
processo, ou melhor, pelos autos, dele não podendo mais ser retirada ou desentranhada, salvo
em situações especiais legalmente autorizadas, como as previstas nos arts. 195, 392, parágrafo
único.
2.7. Necessidade da Prova
As alegações das partes em juízo não são suficientes para demonstrar a
verdade ou não de determinado fato. É necessário que a parte daça prova de suas alegações,
pois os fatos não provados são inexistentes no processo.

2.8. In Dubio pro Misero/Operario


Consiste na possibilidade de o juiz, em caso de dúvida razoável, interpretar a
prova em benefício do empregado, geralmente autor da ação trabalhista.

3. Objeto da Prova
Constituem objeto da prova os fatos relevantes, pertinentes e controvertidos. Regra
geral, apenas os fatos devem ser provados, pois a parte não é obrigada a provar o direito. Há,
portanto, uma presunção legal de que o juiz conhece o direito e, por via de consequência, as
normas que compõem o ordenamento jurídico. Trata-se de presunção absoluta em relação ao
direito federal, uma vez que o juiz pode, nos termos do art. 337 do CPC, determinar a
comprovação do teor e vigência do direito estrangeiro, municipal, estadual, distrital ou
consuetudinário invocado pela parte. Nesse caso, o juiz deverá conceder um prazo judicial para
que a parte cumpra a determinação.

3.1. Exceções
Art. 334. Não dependem de prova os fatos:
I – notórios;
É notório o fato inerente à cultura mediana de determinado meio
social no momento do julgamento da causa.
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos, no processo, como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de
veracidade.

4. Destinatário das Provas


O destinatário primário é o juiz, haja vista que busca-se convence-lo.
O destinatário secundário são as partes, pois um processo bem instruído evita
recurso.

5. Prova Emprestada
É aquela produzida em outro processo judicial e aproveitada em outro processo.
Para que a prova translade de um processo para outro ela precisa de um
documento chamado certidão. E será realizada quando não houver outra maneira de produzi-la
no mesmo processo.
Há doutrinadores que estabelecem um certo grau de admissibilidade destas provas:
• Mesmo reclamante e mesmo reclamado = é possível!
• Reclamante diferente, mas é o mesmo reclamado = é possível!
• Reclamante e Reclamado diferentes = é difícil!

6. Ônus da Prova = quem deve provar? - Art. 818 da CLT

Art. 333. O ônus da prova incumbe:


I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
6.1. Inversão do Ônus da Prova: Quando o juiz verificar a impossibilidade do
reclamante de produzir determinada prova ele pode inverter o ônus para o reclamado,
desde que motive tal inversão.
• Súmula 338 do TST
• Art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor
• Art. 852-D e 852-H da CLT
7. Meios de Prova = como provar – Art.5º, LVI da CF

7.1. Depoimento (Arts. 342 e 343 do CPC e Súmula 74, I do TST)


É o relato realizado pelo reclamante ou reclamado com o objetivo de obter a
confissão. Pode ser determinado pelo juiz ou requerido pelas partes. O objetivo principal do
depoimento é a confissão real que possui presunção absoluta.

7.2. Prova Testemunhal (Arts. 820 e 848 da CLT)


É o relato de pessoa física sobre o fato controvertido do processo que sabe
por conhecimento próprio.

7.2.1. Quem pode ser testemunha?


• Pessoa Física
• Pleno exercício da sua capacidade
• Não pode ser suspeita ou impedida (Art. 829 da CLT e Art. 405 do
CPC)
• Conhecimento dos fatos relativos ao conflito de interesse constante do
processo no qual irá depor.
OBS.¹: Art. 405, §4º do CPC: testemunha considerada suspeita ou impedida será considerada
como informante.
O processo do trabalho admite, em regra, que cada parte indique apenas três
testemunhas, salvo no inquérito judicial para apuração de falta grave, quando esse número pode
ser elevado a seis, nos termos do art. 821 da CLT. Tratando-se, porém, de ação submetida ao
procedimento sumaríssimo, são permitidas apenas duas testemunhas para cada parte (Art. 852-
H, §2º da CLT)
Quando os litisconsortes tiverem interesses conflituosos, o bom senso recomenda que a
regra rígida do número de testemunhas possa ser mitigado, a fim de permitir ao juiz a busca da
verdade real.

OBS.²: Pode o juiz determinar a intimação de testemunhas referidas nos depoimentos das partes
ou de outras testemunhas, cuja oitiva seja essencial para o deslinde da controvérsia. Essas
testemunhas são chamadas de “testemunhas do juízo” (Art. 418, I do CPC c/c Art.769 da CLT).

OBS.³: No processo do trabalho NÃO há obrigatoriedade da apresentação do rol de testemunhas.

Somente quando a testemunha não comparecer espontaneamente à audiência é que o juiz


poderá, de ofício ou a requerimento da parte, determinar a sua intimação (Art. 825, parágrafo
único da CLT).

Os depoimentos das testemunhas, no procedimento ordinário, serão resumidos pelo juiz e


reduzidos a termo.
No procedimento sumaríssimo, o art. 852-F da CLT, prescreve que na ata de audiência
serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as
informações úteis à solução da causa trazidos pela prova testemunhal.
Já no procedimento sumário é dispensado o resumo dos depoimentos, na medida em que
deve constar da ata apenas a conclusão do juiz quanto à matéria de fato.

Embora omissa a CLT a oportunidade para a parte contraditar a testemunha é logo após a
sua qualificação e antes que preste o compromisso de dizer a verdade sobre o que sabe e lhe for
perguntado (Art. 414, §1º do CPC)

7.3. Confissão
É objetivo que o juiz busca alcançar quando ele realiza o depoimento. É uma
afirmação da existência de um fato contrário ao confitente e favorável ao adversário.
7.3.1. Classificação da Confissão
• Judicial: pode ser provocada ou espontânea – é a admitida
• Extrajudicial: só pode ser espontânea
• Provocada
• Espontânea
• Real: Visa o reconhecimento da veracidade dos fatos alegados
pelas partes, goza de presunção absoluta e é indivisível, isto é,
deve ser considerada por inteiro, não podendo ser aceita no tópico
em que beneficia a parte e rejeitada no que lhe for desfavorável
(Art. 354 do CPC)
• Ficta: Dá-se a confissão ficta pelo não-comparecimento da parte à
audiência em que deveria prestar seu depoimento pessoal, desde
que devidamente intimada para tal fim, mas, se existir outra prova
pré-constituída nos autos, o juiz poderá utiliza-la para afastar a
confissão ficta (Sumula 74 do TST); Goza de Presunção relativa

7.4. Prova Documental (Arts. 777, 780, 787 e 830 da CLT)


É uma prova pré-constituída, ou seja, foi produzida, independentemente da
relação processual. Ela deve acompanhar a petição inicial e a contestação sob pena de
preclusão.
Exceção: documentos novos ou supervenientes (Art. 397 do CPC), nesse
caso o juiz abre um espaço de tempo para a outra parte se manifestar.
7.4.1. Limite para Apresentação
• CPC: Até a instrução (para documentos supervenientes)
• Majoritária: Fase recursal (documentos novos e supervenientes)
Se a parte pretender provar suas alegações por meio de documentos que se
encontram em poder da outra parte, deverá pedir ao juiz que determine sua exibição. O prazo da
resposta é de 5 dias; tratando-se de documento que esteja em poder de terceiro, o juiz mandará
citá-lo para responder no prazo de 10 dias (Art. 360 do CPC)

7.4.2. Incidente de Falsidade Documental


É permitido à parte contra quem foi produzido o documento suscitar o
incidente de sua falsidade. A CLT não trata desta questão, o que impõe a aplicação subsidiária do
CPC, cujo art. 390 vaticina que o “ incidente de falsidade tem lugar em qualquer tempo e grau de
jurisdição, incumbindo à parte, contra quem foi produzido o documento, suscitá-lo na contestação
ou no prazo de dez dias, contados da intimação da sua juntada aos autos”.
Quando o documento for oferecido ANTES de encerrada a instrução, a
parte arguirá de falso, em petição dirigida ao juiz da causa, expondo os motivos em que funda a
sua pretensão e os meios com que provará o alegado. Neste caso, o incidente será processado
nos mesmos autos.
Todavia, se o documento for apresentado depois de encerrada a
instrução, o incidente de falsidade correrá em apenso aos autos principais.

7.5. Prova pericial: (art. 195, §1º CLT e a partir do art. 145 do CPC)
Quando há a necessidade de um conhecimento técnico e científico
para comprovar determinado fato.
Ex: comprovação de periculosidade, insalubridade e para exame
grafotécnico.

Solicitada a perícia, o juiz irá verificar a necessidade, para só assim


deferir o pedido de perícia. Nomeado o perito o juiz abrirá um prazo de 5 dias para as partes
nomearem um assistente se quiserem e elaborar os quesitos.
O juiz concede um prazo de 30 dias, em média, para a apresentação
do laudo.
Apresentado o laudo o juiz pode designar uma audiência com a
presença do perito.
O laudo pericial não vincula o juiz, pois uma vez apresentado o laudo,
o juiz pode designar uma nova perícia ou decidir com base em outras provas.
Obs.: O perito é pago por honorários periciais. Sendo que no CPC
esse depósito é prévio. Já no Processo do trabalho, o juiz não pode exigir o depósito prévio se
assim o fizer cabe mandado de segurança.  OJ 98 da SDI-2.
Há uma proibição na Justiça do trabalho com relação ao depósito
prévio.  Art. 790 e 790-B da CLT.
No CPC quem paga é a parte que solicitou a perícia.
Já no Processo do trabalho quem paga é a parte sucumbente ao
objeto da perícia (para quem a perícia foi desfavorável), exceto quando houver o benefício da
justiça gratuita.

7.6. Inspeção Judicial (a partir do art. 440 do CPC)

É quando o juiz tem a faculdade de ir até o local para comprovar o fato


ou objeto do processo.
Pode ser:

a. Direta: quando o próprio juiz vai ao local.

b. Indireta: quando há a delegação à um dos servidores.

Obs.: A inspeção é declarada pelo juiz.


Obs.: Realizada a inspeção, é elaborado um laudo sobre a inspeção.
Obs.: As partes podem participar dessa inspeção.

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