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http://www.revistamuseu.com.br/artigos/art_.asp?id=3254
Os museus representam o mundo como parte da ordem social, sua taxonomia refletindo,
de forma mediada, a estrutura da própria sociedade. Não é casual que uma palavra-chave na
organização dos museus seja, precisamente, taxonomia, pois tudo no museu é classificado e
ordenado. Os setores, da reserva técnica à exposição, cada um subdividido e classificado. Esta
concepção acompanha os museus, desde sua própria fundação, refletindo a própria hierarquia
social na qual surgiu. No entanto, mais do que uma única ordenação e taxonomia, o mundo
pós-moderno caracteriza-se pelo mais radical pluralismo, programa explícito da proposta do
Aktives Museum. O tema central do trabalho didático do Museu Ativo consiste em transformar
os consumidores de conhecimento em produtores. As visitas guiadas deveriam, sempre que
possível, serem dissolvidas em participação ativa, um meio para que a confrontação com o
mundo material gere o sentimento inesperado, a indignação e a curiosidade. Em uma
sociedade aberta, há uma pluralidade de opiniões e deveria, pois, haver diferentes relatos do
mundo material exposto no museu. Este pluralismo implica subverter o discurso da
autoridade que prevalece na exposição de uma única versão, a verdade dos que controlam o
poder.
Neste contexto mais amplo, como se pode situar a formação do profissional de museu e
qual museu será por ele criado? Em primeiro lugar, há que se superar concepções estreitas e
rígidas do que seja e, principalmente, do que deva ser o museu. A formação do profissional de
museu não pode prescindir de um amplo e variado contato com as ciências, em geral, e do
homem, em particular. A formação do profissional inclui um conhecimento, de primeira mão,
das diversas ciências envolvidas com o patrimônio e os museus, tão numerosas que,
provavelmente, apenas uma amostra poderá ser estudada pelo futuro profissional de museu.
O profissional de museu deve, necessariamente, lutar pela transformação do próprio museu, à
luz do que se faz e discute no mundo, a este respeito, mas, também, na interação com a
comunidade. O primeiro e decisivo passo é formar profissionais autônomos, independentes e
transformadores do mundo.
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