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CONSTRUINDO PONTES DE DIÁLOGO

I – Apresentação: Sou Pastor da Igreja de Deus por mais de trinta anos e tenho trabalhado em
várias frentes e em várias igrejas locais tanto no Estado do Rio de Janeiro como em São Paulo.
Sou um estudante da Bíblia e das correntes teológicas que tem se levantado no seio da igreja
durante todo esse tempo. Mas vou falar aqui sob o ponto de vista de um Pastor, lugar onde
me assento e porque creio que muito já se tem falado sob o ponto de vista do teólogo. Talvez
eu seja aquele que está escalando a montanha pelo outro lado e a minha visão não seja tão
especificamente clara como a dos demais.

I – DEFININDO DIÁLOGO

Para iniciar minha fala quero pensar um pouco sobre o que é dialogo. Dialogo é “a conversação
entre duas ou mais pessoas, que manifestam suas idéias ou afetos de forma alternativa”, mas
creio que isto deve nos levar a conclusão de que o diálogo deverá nos fazer chegar a um
entendimento. Se vamos dialogar sem chegarmos a um entendimento, então teremos um bom
convívio, em alguma área mas não teremos nunca a oportunidade de vivermos uma verdadeira
unidade, ou então viveremos uma unidade utópica.

II – ILUSTRAÇÃO

Conta a história de dois irmãos que viviam próximos às duas margens de um rio, e os dois
acompanhavam a vida um do outro, de longe, sem ter a oportunidade de estarem juntos
porque o rio impedia essa comunhão. Chegou ao ponto de começarem olhar um para o outro
nas margens opostas do rio e trocarem insultos, por vários motivos, até que um dia, um dos
irmãos resolveu dar cabo àquela situação. Contratou um homem a quem pediu que utilizasse a
madeira que ele tinha ajuntado junto à margem do Rio e construíssem um muro tão alto que
ele não pudesse mais olhar os insultos do seu irmão na outra margem. Dada a ordem ele
viajou e quando voltou, qual não foi a sua surpresa? O profissional estava de saída e ao invés
de construir um muro ele havia construído uma ponte. Aquele homem chamou o profissional e
começou a insultá-lo por haver feito, exatamente o que ele não queria... quando olhou para
ponte e viu seu irmão atravessando por ela com seus braços abertos correndo em sua direção
como a agradecer por haver construído a possibilidade de voltarem a se comunicar. Sem
qualquer alternativa ele corre em direção a seu irmão e ambos se abraço no meio da ponte em
cima do rio, que por tanto tempo os havia separado.

MORAL DA HISTÓRIA: Ali estava a solução para um problema que creio ser o nosso problema
como filhos de um Deus que nos ama tanto, A PONTO DE ENVIAR O SEU ÚNICO FILHO PARA SE
TORNAR A PONTE QUE NOS UNE A ELE. A ponte que liga o pecador a Deus, cujo RESULTADO é
o homem PODER se tornar SANTO, e, apesar da sua condição pecaminosa, poder viver neste
mundo como uma nova criatura em Cristo Jesus. Não é possível o homem atravessar essa
ponte sem uma mudança em sua vida. A ponte nos permitir viver mais próximos porque o
acesso a ambos os lados está aberto.
III – A CASO DA MULHER SAMARITANA

Encanta-me a narrativa de João, em seu evangelho, quando fala da ida de Jesus da Judeia para
a Galileia, dizendo que era necessário passar por Samaria. Gosto porque sempre entendo que
Jesus sempre fez todas as coisas de modo muito intencional e que o fato de ser necessário
passar por Samaria não seria outro a não ser construir uma ponte de diálogo com dois grupos
específicos:
Primeiro, com a MULHER. Todos sabemos a dificuldade que os judeus tinham em relação à
inserção da mulher na sociedade e nas esferas da decisão. As mulheres tinham o seu valor
como mulher e como mãe, mas não o tinham como parte integrante de uma sociedade. Sua
voz não era ouvida.

Jesus no entanto, providencia um meio todo especial de construir uma ponte que mudaria o
conceito da igreja em relação à mulher. Ele se cansa por causa da viagem. Ele para junto ao
poço de Jacó. Seus discípulos vão à cidade para comprar alimento. A mulher vem apanhar
água. Todo esse cenário se torna a ponte necessária para que Jesus pudesse inserir uma
mulher no contexto da evangelização e da missão de fazer com que uma cidade pudesse
conhece-lo. Doutra forma seria muito difícil.

O segundo então, são os samaritanos que viviam como os dois irmão da ilustração, e havia
necessidade de se construir uma ponte através da qual a mensagem do evangelho pudesse
chegar àquelas vidas. Construída a ponte entre ele e a MULHER e essa samaritana, agora Jesus
lança essa mulher como uma ponte entre ele os samaritanos da cidade de Sicar.

Entendo a partir dessa narrativa que Deus e Jesus são grandes construtores de pontes. Ponte,
não apenas de diálogos, mas pontes responsáveis por resultados concretos, transformadores,
renovadores e eternos.

IV – A IGREJA FOI COLOCADA NA TERRA COMO CONSTRUTORA DE UAM PONTE ENTRE O


HOMEM E DEUS.

É ela que neste mundo representa o Reino de Deus. Somos nós os embaixadores do reino
perante uma humanidade que conhece apenas a sua “cidade” e não sabe que existe uma outra
cidade governada por Deus e aberta para tantos quantos desejarem melhorar sua condição de
vida. A grande comissão de Jesus foi a expressão máxima da construção dessa ponte que
deveria ser colocada de maneira eficaz entre o pecador e Deus, levando-o a acreditar que o
amor de Deus não o deixaria morrer do outro lado do rio sem lhe oferecer a oportunidade de
atravessá-lo.

A PROMESSA DO ENVIO DO ESPÍRITO SANTO é seguida da promessa do enchimento de poder


ou empoderamento para que a igreja pudesse construir essa ponte, não somente, para a
cidade de Jerusalém, mas para a Judeia, para Samaria e para toda a raça humana que se
tornaria o campo das atividades da nascente igreja. Como cristãos e como pentecostais nós
somos construtores de pontes.

V- CONTRUINDO PONTES DE DIÁLOGOS ENTRE CRISTÃOS NO MUNDO ATUAL

Quando pensamos a necessidade de construirmos pontes em nossa época dentro do universo


cristão, precisamos, agora numa visão bem pastoral, reconhecer que existe um rio que nos
separa: conceitos, doutrinas, e posições claras quanto à aplicação das verdades bíblicas tais
quais temos aprendido e defendido durante centenas de anos.

Durante muito tempo estudei o ecumenismo através de uma visão bem realista das
impossibilidades de formarmos uma unidade dentro da adversidade quando nessa diversidade
existem pontos que que não podem ser desconstruídos de ambos os lados.

Creio que devemos criar pontes sim, de diálogo constante, porque temos algo em comum.
Precisamos, todavia, entender que em muitas áreas vamos andar de mãos dadas, vamos
compartilhar vida e experiências. Entretanto, em outras áreas nunca poderemos comer no
mesmo prato porque nenhum dos lados vai descontruir o seu edifício para estampar a
construção do outro.

Ouvindo como pastor, atentamente a fala de nosso amigo, Padre Marcial Maçaneiro que fala
do entendimento dentro da comissão, no estudo sobre Maria, por exemplo, noto que na
Comissão é fácil entender a posição de ambos os lados: Cristãos evangélicos pentecostais e
cristãos católicos. Porque na comissão de estudos se encontram palavras que podem sintetizar
de modo conclusivo que o que se ensina não é o que se pratica, ou seja Maria não é vivida pela
Igreja o que se entende, de fato, nas esferas mais altas do catolicismo, entretanto, será
impossível desconstruir esse ensinamento no meio da devoção católica popular, quem tem em
Maria o pilar principal de sua devoção. É bem verdade que vozes solitárias começam a seu
ouvidas em nossos dias, mas essas vozes vão aos poucos sendo silenciadas ou ofuscadas.

CONCLUSÃO

Então, concluo que as pontes de diálogo devem ser construídas entre nós mesmos:
Pentecostais x Pentecostais, carismáticos e neo-pentecostais. Ente nós cristãos evangélicos,
pentecostais e não pentecostais e Católicos. Com a finalidade de vivermos em unidade quanto
as coisas que nos unem e buscarmos outras coisas que poderão nos unir ainda, sem
descontruirmos aquilo que temos construído com base em nossa hermenêutica bíblica, E
Nossa herança teológica cristã, evangélica e pentecostal, ainda que sabendo que muitas coisas
podem e precisam ser revistasQue o Senhor nos abençoe nesta trajetória.

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