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RESUMO
Este artigo busca analisar como os fatores externos ao projeto arquitetônico interferem na sua
exatidão. E ainda, como o modernismo se mostra aplicável nessa conjuntura precária de
ausência de infraestrutura nas cidades. Porém cabe salientar, que todo o estudo aplicado
decorrente dos modernistas, não permitiram chegar à solução do problema, mas amenizou-se
no seu tempo com suas devidas limitações. E por fim, fica o questionamento acerca do porque
a escassez ainda não fora sanada, mesmo com tanta tecnologia a disposição.
1. INTRODUÇÃO
1- Graduando do curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo da Universidade Federal de Santa Maria – CS.
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2. OS MOTIVOS DA ESCASSEZ
Seu maior crescimento ocorre na virada do século, no período entre 1886 e 1900. O
principal responsável por esses números era a industrialização na qual passava o país. Os
centros urbanos ganharam uma nova estrutura, dessa vez fabril com pequenos conglomerados
de residências, e uma alta densidade nas regiões industriais. A busca por oportunidade de
trabalho trazia da zona rural milhares de pessoas, e com elas, a necessidade por infraestrutura
e, concomitante, um grande despreparo da cidade em receber tamanha massa urbana. Em
1925, São Paulo possuía 2.000 indústrias e 70.000 operários (PETRONE apud MOTA, 2007
p.121). Este número demonstra como o crescimento urbano está fortemente atrelado ao
industrial.
com preços elevados, sobretudo no setor da construção civil, em especial na produção de aço
(BENEVOLO, 2014, p. 438).
No período entre 1930 e 1933, a crise por infraestrutura ainda não havia sido
resolvida. O país passava por uma grande recessão devido à queda na venda do café –
principal produto de exportação do Brasil – e, por conseguinte a redução do PIB (Produto
Interno Bruto). Este cenário caótico intensificaria a precariedade de infraestrutura que se
perpetuava na cidade. (AÇO BRASIL, 2013, p. 55). Diante disso, o então presidente Getúlio
Vargas decide investir na indústria siderúrgica e química do país.
“A nossa arquitetura deve ser apenas racional, deve basear-se apenas na lógica [...]
e opor-se aos que estão procurando por força da imitação na construção, algum
estilo [...]. Construir uma casa a mais cômoda e barata possível, eis o que deve
preocupar o arquiteto construtor da nossa época, de pequeno capitalismo, onde a
questão da economia predomina todas as demais. A beleza da fachada, tem que
resultar do plano da disposição interior”.
Outro fator deste “estilo” era a economia de uma construção. Ela deveria estar livre
de ornamentos – usado até então nos estilos historicistas – e ser racional. Nessa época, o
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Essa linha de raciocínio unindo arte e industrialização, era defendida por Gropius
enquanto diretor da Bauhaus. Ele dizia que no período em que viviam, era impossível
permanecer fora do cenário global, ou seja, distante da industrialização de produtos
(GROPIUS, 1923 apud FRAMPTON, 2015, p. 150). Por fim, La Sarraz (1928, apud
FRAMPTON, 2015, p. 327) diz que: “O método mais eficiente de produção é o que decorre
da racionalização e da padronização [...]. A necessidade de uma eficiência econômica máxima
é resultado inevitável do empobrecimento da economia geral”.
“Sejamos artistas do nosso tempo e teremos realizado uma nobre missão. Não
podemos admitir hoje uma arquitetura que não seja racional, pois, a escola deve
aproveitar de todo o conforto das construções modernas, de todas as conquistas da
ciência no sentido de realizar a perfeição sob o ponto de vista da higiene
pedagógica”.
Diante desse cenário ainda precário, outras escolas seriam construídas, dentre elas a
Visconde de Congonhas do Campo. “Essas novas construções foram marcadas,
principalmente pela introdução do uso do concreto armado” (OLIVEIRA, 2007, p. 99). Com
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ele, a escola pousa sobre pilotis permitindo o térreo livre. Observando a figura 1, é possível
citar praticamente quase todos os pontos caracterizados como ideias por Le Corbusier: Pilotis;
janelas horizontais e; cobertura com laje impermeabilizada.
Figura 1: Visconde de Congonhas do Campo. Fonte: Revista Acrópole, n.º 3, jul. 1938, p. 64.
Figura 2: Planta do Térreo. Fonte: Revista Acrópole, n.º 3, jul. 1938, p. 63.
Figura 3: Planta do 1º Pavimento. Fonte: Revista Acrópole, n.º 3, jul. 1938, p. 63.
Figura 4: Planta do 2º Pavimento. Fonte: Revista Acrópole, n.º 3, jul. 1938, p. 63.
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5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. 4ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2015.
MINISTÉRIO DA CULTURA. Aço Brasil- Uma viagem pela indústria do aço. 1ª ed. Belo
Horizonte: Escritório de Histórias, 2013.
MOTA, Paula de Brito. A cidade de São Paulo de 1870 a 1930- Café, imigrantes, ferrovia,
indústria. 2007. 181 p. Dissertação para título de mestrado na Faculdade de Urbanismo e
Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
OLIVEIRA, Fabiana Valeck de. Arquitetura Escolar Paulista nos anos 30. 2007. 140 p.
Dissertação para título de mestrado na Área de concentração: histórica e fundamentos da
Arquitetura e do Urbanismo, na Faculdade de Urbanismo e Arquitetura da Universidade de
São Paulo.
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