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5205/1981-8963-v12i7a231399p2050-2060-2018
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(7):2050-60, jul., 2018 2050
ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i7a231399p2050-2060-2018
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
cuidados que precisam ou desejam receber. abandoná-la e confessa já ter ameaçado suas
Os autores apontam que para que isso pacientes dizendo que não iria mais atendê-
aconteça, é preciso que ocorra informação las, embora afirme que nunca cumpriria tal
correta, sem o uso de terminologias médicas e promessa. Mas, aponta que já viu colegas
jargões, além da valorização por parte dos abandonando mãe e bebê, deixando-os sem
profissionais, bem como o conhecimento e atendimento.22
opiniões das mulheres, porém o estudo Estudo mexicano de 2015 realizado com 29
demonstra não ocorrer tais cuidados com as médicos objetivou identificar a percepção de
participantes da pesquisa.21 violência obstétrica e determinar sua possível
Privar a gestante/parturiente de relação com a síndrome de Burnout ou
informações corretas é uma violência que desgaste profissional. A pesquisa mostrou que
acaba por diminuir ou anular a confiança que 35,71% dos entrevistados declararam já ter
as mulheres possuem nos profissionais que presenciado situações de negligência médica,
deveriam deixá-las seguras. Todavia, observa- mesmo percentil de médicos que
se que muitos profissionais ainda se utilizam presenciaram casos de discriminação por
da fragilidade em que se encontram as idade, raça ou condição socioeconômica.
mulheres devido aos medos e receios do parto Tratar as mulheres com grosseria, ataques
por falta de informações seguras e claras para verbais e frases denegrindo a parturiente foi
se apropriar e controlar uma situação que vivenciado por 17,8% dos participantes e
deveria ser da mulher. 10,7% referiram omissão, negação ou falta de
Em 2016, estudo brasileiro, produzido por informação adequada aos pacientes.23
Martins e Barros, mostra que mulheres são Outra violência que as mulheres foram
despersonalizadas, desumanizadas e anuladas submetidas está relacionada com o contato
em suas identidades pelos profissionais de com o bebê após o nascimento. Em mais de
saúde, que se referem a elas pela paridade, um relato, as puérperas contam que logo após
centímetros de dilatação ou número da ficha o nascimento ficaram aguardando que
hospitalar. Outro achado desse estudo foi a colocassem o bebê em contato com elas,
negação de informações e atitudes porém não foi o que ocorreu.24
discriminatórias e desumanas por parte dos No Brasil, pesquisa realizada com 21
profissionais devido à diferença de classe, mulheres que tiveram seus filhos em
gênero e raça das mulheres. Para as que maternidades de São Paulo mostrou o
apresentam menor reconhecimento social, desrespeito por parte dos profissionais por
existe abandono e recusa de assistência.10 meio de discriminação devido à cor ou
No mesmo estudo, os autores relatam que condição social e por tratamento grosseiro,
muitas mulheres autorizam intervenções com impaciente ou indiferente, além de falas de
base em informações parciais ou distorcidas cunho moralista e desrespeitoso. Ameaças
devido a inverdades contadas a elas, como também foram relatadas. Uma mulher afirmou
enganar quanto à dilatação ou à vitalidade do que lhe disseram que se não ficasse quieta,
feto e inventando recomendações para iriam abandoná-la. Outra ouviu da enfermeira
cesárea que não são verdadeiras, como que era para continuar quieta, pois
mecônio, macrossomia do feto, circulares de geralmente os médicos judiam um pouco
cordão e bacia da mãe muito estreita. Falas quando a mulher dá trabalho.24
coercitivas durante o parto de cunho Estudo de um jornal online em 2011 foi
moralista e de conteúdo sexual com o intuito produzido a partir de um relatório sul-africano
de denegrir a mulher também são relatadas, mostra a discriminação vivida por mulheres
além de xingamentos, hostilidade, gritos, em virtude da condição de saúde, xenofobia,
palavras e expressões de ironia, comentários além de apresentar relatos fortes de mulheres
desrespeitosos e ameaças.10 que sofreram diversos tipos de violência.25
Este tipo de violência foi retratado em um Violência física
estudo feito no Brasil, em 2013, com A violência física é definida pelos atos
puérperas e trabalhadores da saúde. No praticados que acometem o corpo feminino,
artigo, quase todos os entrevistados relataram causando dano não acidental, ocasionando dor
que já haviam utilizado ou presenciado o uso ou lesão física, seja ela intensa ou não, não
de frases de conotação sexual, mentirosas e apresentando recomendações baseadas em
ameaçadoras. Essas frases jocosas, moralistas evidências.26
e preconceituosas são muito comuns no
Estudo realizado no Brasil, em 2016,
cotidiano da assistência prestada às
levantou dados bibliográficos em busca dos
parturientes. Um dos obstetras pesquisados
principais tipos de violência obstétrica
relatou já ter escutado colegas mandando
sofridos pelas mulheres brasileiras em
parturiente calar a boca e ameaçando
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(7):2050-60, jul., 2018 2055
ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i7a231399p2050-2060-2018
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
unidades públicas de saúde. Como violência que era assim que atendiam no hospital, que
física foram encontrados toques vaginais no momento não sentiu nada, mas depois lhe
violentos ou realizados em excesso, realização doeu bastante, quase não sentia as pernas, ao
de amniotomia de rotina, negação de passo que o médico lhe disse ser normal.29
analgesia, o uso da posição de litotomia, A posição de litotomia também foi citada
manobra de Kristeller, utilização do fórceps, em estudo brasileiro. Os autores trazem a
realização de episiotomia para fins de treino, informação de que estudantes e residentes
o uso de ocitocina sintética sem indicação negociam entre si quem irá realizar uma
clínica, execução de procedimentos sem o episiotomia para fins de treino sem o
consentimento da mulher e realização de consentimento da paciente. Apontam que
cirurgias cesarianas devido a interesses dos mulheres são escolhidas para o treinamento
profissionais médicos.26 de práticas como o uso do fórceps e até
Resultados semelhantes foram encontrados mesmo a realização de uma cesariana e, nessa
no estudo realizado em São Paulo, em 2008, lógica, os autores reforçam que é preciso
que mostra depoimentos de mulheres vítimas rever os conteúdos de todas as profissões de
de violência por meio de toques vaginais saúde para que a prática dos alunos seja
excessivos, dolorosos e sem explicação e baseada em evidências científicas.20
consentimento prévios. A vergonha descrita O artigo traz que a violência obstétrica tem
por várias delas, além da dor devido à envolvimento com a morbidade e mortalidade
realização de toques em série, mostra o materna por meio do manejo agressivo do
sofrimento vivido por essas mulheres. Em uma parto vaginal, com a negativa de qualquer
das falas, a mulher relata que em menos de forma de anestesia, além de danos associados
uma hora cerca de cinco pessoas fizeram o ao uso em demasia, muitas vezes não
exame enquanto mais de dez ficavam informada, nem consentida, do uso de
observando. Passado um tempo, todo o ocitocina, manobra de kristeller, uso do
processo se repetia. No fim do depoimento, fórceps.20
ela informa acreditar que tudo isso fosse Nos Estados Unidos, também apontou
normal.11 alguns abusos em seu estudo, como o
Pesquisa realizada em 2010 mostrou que tratamento e consultas sem consentimento
dentre as muitas formas de abusos, de informado e práticas como administrar
insensibilidade e de maus-tratos são ocitocina até o bebê entrar em sofrimento.
destacados o exame de toque doloroso e a Algumas mulheres são tratadas com
recusa pelo profissional médico para o alívio hostilidade extrema, incluindo a negação do
da dor. As autoras mencionam que segundo alívio da dor e abuso de âmbito sexual. O
dados oficiais, as taxas de parto cesáreo nos autor afirma que as taxas para várias práticas
estabelecimentos de saúde pública chegam a prejudiciais estão aumentando, como o uso de
52% e no setor privado são superiores a 80%, ocitocina, induções e cirurgia cesariana, além
números não encontrados em outra parte do da episiotomia.30
mundo.27 Sabendo que na grande maioria das vezes
Estudo corroboram com dados dos autores todos esses procedimentos poderiam ser
acima mencionados e enfatizam que o aspecto evitados e que a maior parte deles não tem
complicado e problemático do nascimento no recomendações clínicas, fica evidente a
Brasil não se deve apenas às elevadas taxas de violência que as mulheres sofrem quando vão
parto cesáreo, mas também a outros tipos de ao hospital para o dia tão esperado, o
violência contra a mulher no ciclo gravídico- nascimento de seu(s) filho(s). Ao intervir em
puerperal, entre eles a omissão em esclarecer algo inato, os profissionais acabam por
procedimentos realizados e agressões verbais, destruir sonhos e expectativas criadas por
como gritos e xingamentos.18 muitos meses.
Em 2015, a OMS modificou suas diretrizes Um estudo ao analisar os relatos observou
sobre a cesariana, pois reconhece que as taxas algumas dinâmicas coercitivas por parte dos
desse tipo de cirurgia vêm aumentando no profissionais para realizar uma cesárea, entre
mundo todo, sendo que Brasil, México e elas a ameaça de que se as mulheres não
Estados Unidos apresentam taxas de cesariana obedecerem irão colocar vida do bebê e a
maiores que 30%, sendo o Brasil o líder própria vida delas em risco, o desrespeito aos
mundial nesse tipo de parto.28 desejos e escolhas das gestantes, a imposição
Outro tipo de violência apontado pelas de procedimentos dolorosos sem o correto
mulheres relaciona-se à episiotomia. As alívio da dor, condicionamento do fim do
participantes reclamaram que desconheciam a sofrimento à aceitação da cirurgia cesariana,
prática da episiotomia em ambiente a impressão falsa de que poderiam passar por
hospitalar. Uma mulher relatou que não sabia todo o trabalho de parto, mas posteriormente
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Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(7):2050-60, jul., 2018 2056
ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i7a231399p2050-2060-2018
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
ser indicada uma cesárea e o convencimento comportar bem, ela referiu muita dor ao
de que, se o parto for por via vaginal, pode toque vaginal.24
acontecer de não haver profissionais como Obstetras entrevistados neste estudo
anestesista ou pediatra no momento ou ainda revelam que a prática mostra que é muito
que estes profissionais serão desconhecidos do melhor suturar uma episiotomia do que um
obstetra.13 rasgo, ou seja, uma laceração. Porém, outro
A autora mostra outros tipos de violência, obstetra afirma que jamais faz episiotomia e
como a manobra de kristeller, o uso de esclarece que essa prática tem hoje, no
fórceps, não explicar procedimentos para as mundo, quatro indicações, que são bastante
pacientes, não solicitar o consentimento da infrequentes de ocorrer, de modo que ele não
parturiente para realizar determinados a realiza e revela que em 94% dos partos não
procedimentos, a aceleração do parto com existe indicação para real para fazê-la.24
ocitócitos e a privação de alimentos durante o A cultura de dominação do saber médico
trabalho de parto. Conclui dizendo que “a está enraizada em muitas mulheres, que
escolha é respeitada quando o desejo é pela acreditam que devem obediência e gratidão
cesariana, mas não quando o desejo é pelo eterna a esses profissionais. Acredita-se ser
parto normal”.13 esse um dos motivos que fazem os
O estudo que utilizou dois cenários de trabalhadores na saúde obstétrica utilizarem
pesquisa, sendo um grupo de preparo para o tantas intervenções desnecessárias, pois assim
parto humanizado e um documentário, reforça se fazem essenciais no atendimento, mesmo
a violência sofrida por mulheres no ciclo que essa necessidade seja uma mentira
gravídico-puerperal, como partos por contada por meio da violência e da selvageria.
conveniência de data para médicos, evitando, Nos Estados Unidos, um estudo que
assim, finais de semana, horário noturno e comparou resultados em 13 instalações no
feriados.31 Quênia depois da capacitação de provedores
No mesmo estudo, outra puérpera relatou mostra que o cuidado não consensual era
que o pior de tudo tinha sido a episiotomia, comum no início do estudo (61%), porém subiu
que inflamou. Revela que se sentiu violada, para níveis mais altos na linha final (81%). Já a
violentada e estranha e não gostava quando agressão física durante o trabalho de parto e
seu marido tocava aquela região. Até o dia da parto diminuiu consideravelmente, saindo de
entrevista sentia coceira no local dos pontos. 3,8% da linha de base para 0,4%. O estudo
Segundo a mulher, a episiotomia lhe afetou apontou que mulheres com melhor poder
bastante a sexualidade e como lidava com o aquisitivo tinham mais chance de relatar
próprio corpo.32 abusos físicos. Além disso, mulheres que
Narrativas de violência e desrespeito como tiveram filho à noite sofreram 2,5% a mais de
essas, no momento do parto, são reincidentes abusos físicos do que as que pariram durante o
e variam desde não realizar um procedimento dia.32
desejado pela mulher, como analgesia para No México, uma pesquisa com 29 médicos
dor, alimentar-se e caminhar no hospital, as relacionados com obstetrícia que trabalhavam
práticas que não desejam, como episiotomia, em diferentes instituições e hospitais de
raspagem de pelos, lavagem intestinal, estado de Puebla apontou que mais de 35%
xingamentos e ofensas de cunho moral, dos participantes já presenciaram práticas
administração de ocitocina intravenosa, nocivas à mulher, como a realização de
ocasionando forte incômodo, pressão cesáreas e episiotomia sem indicação clínica e
emocional para antecipar o parto, cesáreas e 17,8% informaram situações em que a
cicatrizes. paciente, ao referir dor, foi ignorada.23
Estudo realizado em 2013 enfatizou que as No Brasil, estudo produzido por Andrade et
mulheres desconheciam a razão pela qual al. em 2016 com 522 pessoas teve por
realizaram alguns procedimentos e referiram objetivo analisar em uma maternidade escola
que foi necessário realizar episiotomia e o uso de referência da cidade do Recife os fatores
de ocitocina sintética. Em um dos relacionados com a violência obstétrica de
depoimentos, a puérpera disse que o parto foi acordo com as práticas não recomendadas na
muito difícil e por sorte uma mulher se assistência ao parto por via vaginal.33
empoleirou em sua barriga. Outra relata que Tal estudo concluiu que 87% das pacientes
ao chegar ao hospital com 7 cm de dilatação, sofreram algum tipo de violência durante o
sua bolsa amniótica foi rompida pelo médico trabalho de parto e parto, sendo as práticas
que mandou ela se deitar. Quando foi mais frequentes os esforços de puxo (65%), a
examiná-la, falou à mulher que o que ele iria administração de ocitócitos (41%) e uso
fazer não ia doer nada, que era para ela se rotineiro da posição de litotomia/supina
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Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(7):2050-60, jul., 2018 2057
ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i7a231399p2050-2060-2018
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
(39%). Os autores apontam outros dados, 31% saúde são formados em distintos contextos
das mulheres sofreram amniotomia precoce, educacionais. Remodelar/Mudar a forma de
30% tiveram o clampeamento precoce do ensinar, ressaltando a ética, a boa vontade de
cordão umbilical, 19% tiveram a manipulação fazer melhor e aplicar as evidências
ativa do feto/toques vaginais repetitivos, 11% científicas na atenção obstétrica são bons
sofreram restrição hídrica e alimentar no princípios para a qualificação prática
trabalho de parto, 10% sofreram exame retal, obstétrica.
9% foram vítimas da manobra de Kristeller e Ao concluir este estudo surge o seguinte
2% sofreram episiotomia.33 questionamento: “É possível mudar o cenário
É importante pontuar que o trabalho no qual se encontra a temática violência
também questionou sobre as boas práticas na obstétrica no âmbito mundial?”. Afinal, apesar
maternidade e 95% das mulheres tiveram o dos esforços mundiais, esta revisão apontou
direito ao acompanhante respeitado, 93% que a violência obstétrica se faz presente em
contaram com o apoio de profissionais no diferentes âmbitos de cuidado confirmando
trabalho de parto e 89% das parturientes que as ações ainda são insuficientes para sua
foram respeitadas em sua privacidade.33 erradicação.
Em um estudo brasileiro foram Contudo, acredita-se que é possível mudar
entrevistadas 21 puérperas no município de tal cenário, primeiramente é necessário
São Paulo. Depoimentos de brutalidade no repensar o ensino/prática dos profissionais
momento do exame de toque foram médicos e enfermeiros, os quais, muitas
constatados, bem como relatos de vezes, ensinam e praticam conhecimentos
profissionais que romperam a bolsa amniótica arcaicos e os estudantes acabam reproduzindo
de gestantes sem indicação clínica. A tais práticas, demonstrando um retrocesso no
realização de episiotomia, de exames sem processo. É preciso reforçar no ensino e na
consentimento, em que intervenções foram prática que a humanização do cuidado deve
feitas e não foram negociadas, nem permear de maneira horizontal os currículos
explicadas, além da negação por parte dos das faculdades dos cursos da área da saúde.
profissionais na obtenção para o alívio da dor Além dos aspectos citados acima, acredita-
das gestantes também são encontrados no se que é fundamental trabalhar na vertente
artigo.22 de empoderar as mulheres a respeito das
Por fim, uma publicação da Argentina inicia práticas seguras e naturais do processo de
mostrando que as visões sobre a violência parturição para que as mesmas reconheçam a
obstétrica, tanto entre mulheres e violência, denunciem e exijam o cuidado
profissionais médicos, são divergentes. Para qualificado ao qual têm direito.
sistematizar as distintas visões, relatou a Ao finalizar esta pesquisa, almeja-se
postura de médicos obstetras diante do parto despertar reflexões, aprofundar e gerar novos
humanizado, posturas que iniciaram a conhecimentos acerca da violência obstétrica,
implementação de um programa federal no seus avanços e retrocessos no âmbito mundial.
México, que contou com a participação de Acredita-se que existe a necessidade de novos
obstetras, médicos sem especialização e estudos na vertente do (re)conhecimento,
homeopatas, para formá-los e capacitá-los nas bem como da conscientização por parte das
práticas do parto humanizado.34 mulheres e dos profissionais de saúde no que
se refere à temática violência obstétrica.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Esta revisão integrativa permitiu conhecer
a produção científica nacional e internacional 1. 1. Silva EC; Santos IMM. A percepção das
sobre a temática violência obstétrica no mulheres acerca da sua parturi(a)cão. Rev
período de 2007 a 2016. Evidenciou-se que o pesqui cuid fundam (Online). 2009;1(2):111-
ano de 2015 concentrou o maior número de 23. Doi: 10.9789/2175-5361.2009.v1i2.%p
publicações sobre a temática, sendo o Brasil o 2. Castro JC; Clapis MJ. Parto humanizado na
país com maior número de produções dessas percepção das enfermeiras obstétricas
pesquisas. envolvidas com a assistência ao parto. Rev Lat
Observou-se que a violência obstétrica está Am Enfermagem.2005;13(6):960-967. Doi:
deixando de ser algo velado para ser http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
discutido, repercutindo no aumento de casos 11692005000600007.
relatados nas publicações. 3. Cechin PL. Reflexões sobre o resgate do
No mundo, a violência obstétrica está parto natural na era da tecnologia. 2014.
presente de várias formas e em vários 4. Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM.
estabelecimentos de saúde. Profissionais de Revisão integrativa: método de pesquisa para
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Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(7):2050-60, jul., 2018 2058
ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i7a231399p2050-2060-2018
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
Kopereck CS, Matos GC de, Soares MC et al. A violência obstétrica no contexto multinacional.
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