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S t e v e F arrar
Forjados
1 ll
poir
M o ld a d o s pelo Sen h o r
NOS BONS E NOS MAUS MOMENTOS DA VIDA
CENTRAL
GOSPEL
C opyright 2008 Steve Farrar
D avid C ook, 4050 Lee Vance View, C olorado springs, C O 80918, U.S.A
C opyright 2012 da obra em portu g u ês p o r E ditora C en tral G ospel, com perm issão da D avid
C ook, 4050 Lee Vance View, C olorado springs, C O 80918, U.S.A
I a edição: ju lh o /2 0 1 2
I a reim pressão: o u tu b ro /2 0 1 3
Capítulo 1
De modo estranho e lento, Deus está trabalhando
Capítulo 2
Mesmo quando os seus sonhos morrem,
Deus está no controle de perdas devastadoras
Capítulo 3
Não foi por acaso...
Deus está no controle de todas as circunstâncias
Capítulo 4
Pegue este trabalho e engula...
Deus está no controle de todo o seu trabalho
Capítulo 5
Mesmo quando faz você voltar à estaca zero,
Deus está no controle de retrocessos dolorosos
Capítulo 6
Mesmo quando a esperança é interceptada,
Deus está no controle de esperanças despedaçadas
6
Capítulo 7
Rebaixado e colocado no banco dos reservas...
Deus está no controle das esperas prolongadas 129
Capítulo 8
Indivíduos influentes...
Deus está no controle dos poderosos 149
Capítulo 9
Deus programa o “boletim de meteorologia” ...
Ele está no controle da fome, do clima e dos desastres naturais 165
Capítulo 10
Subindo a escada do sucesso egípcia...
Deus está no controle de todas as promoções e avanços 183
Capítulo 11
Do útero à sepultura, Deus está no controle de todos os eventos da
sua vida, e Ele fará com que tudo coopere para o seu bem 197
DA HISTÓRIA DE J OSÉ
José tinha 11 irmãos e era odiado por pelo menos dez deles. Ele
veio de uma família problemática cuja árvore genealógica se tornou
bastante famosa. Alguns podem traçar sua genealogia até o Mayflower!‘
1 Mayflower foi o fam oso navio que, em 1620, tra n sp o rto u os cham ados P eregrinos d o p o rto de S o u th a m p to n ,
Inglaterra, para o N o v o M u n d o (Fonte: W ik ip é d ia ). O b v iam en te, o a u to r está referin d o -se à o rig e m dos
n o rte -a m e ric a n o s, usando u m a m etáfo ra para dizer que José está en tre os patriarcas da nação israelita.
8 Um a visão panorâmica da história de José
D is p u t a f a m il ia r
José foi o prim eiro filho de Raquel, que mais tarde m orreu dando
à luz seu filho mais novo, Benjamim. José e Benjamim tinham um
Foqados por Deus 9
V a m o s fa zer u m n e g ó c io
Aquele era um plano perfeito! E foi exatamente isso que eles fi
zeram, venderam José como escravo por 20 moedas de prata.
Ao retornar à cova, R úben desejava resgatar José (como se fosse
L ittlejoe) e mandá-lo de volta “ao rancho Ponderosa” , mas José não
estava mais lá. Os irmãos nunca mais teriam de lidar com aquele m e
nino irritante. Finalmente haviam se livrado de José para sempre! Pelo
menos era nisso que acreditavam.
Enquanto is s o , no E g ito
D esperate H o u s e w if e "
S a ia g r a t u it a m e n t e d a p r is ã o
A d iv in h e q u e m v e m pa r a o j a n t a r
de morrer, papai m encionou que queria muito que um dia você nos
perdoasse por todo o mal que fizemos a você” (veja G n 50.16,17).
Q uando José escutou essas palavras, chorou. Ele conhecia o co
ração dos irmãos e sabia o que estava por trás daquela mensagem.
Estavam m orrendo de medo de que ele os enforcasse e esquartejasse
como fizeram a W illiam Wallace em Coração Valente (embora isso só
fosse acontecer 2.500 anos depois).
A resposta de José revelou sua perspectiva de tudo o que lhe havia
acontecido. Ele disse: Não temais;porque, porventura, estou eu em lugar de
Deus? (Gn 50.19b).
Em outras palavras, José quis dizer que seus irmãos não precisa
vam ter medo, pois Deus estava no controle de tudo o que havia acon
tecido. “Por que eu m e tornei o hom em mais poderoso do mundo?
Por causa dos meus ‘contatos’ ou dos meus ‘diplomas’? Não, foi o pró
prio Deus quem me colocou aqui.” Vós bem intentastes mal contra mim,
porém Deus o tornou em bem, para fa ze r como se vê neste dia, para conservar
em vida a um povo grande (Gn 50.20).
José demonstrou, com isso, não estar contra seus irmãos, mas ao
lado deles.“Eu sustentarei vocês e seus filhos” ; com essas palavras,José
expressou benignidade e misericórdia para com seus irmãos, os mes
mos que haviam planejado a m orte dele e o haviam vendido como
escravo, anos antes.
José fez essa declaração aos 49 anos. Ele ainda gozaria de uma
vida longa, m orrendo somente aos 110 anos. Mais de 400 anos mais
tarde, quando Moisés tirou os israelitas do Egito, eles carregaram os
ossos de José e enterraram -nos na Terra Prometida, a terra de Abraão,
Isaque ejacó.
Esta é a visão panorâmica da história de José.
Agora, pousaremos nosso avião e mergulharemos no caudaloso
rio de verdades que corre daqui para a eternidade, com algumas cor
redeiras ao longo do caminho.
Vai ser um a aventura e tanto!
C a p ít u l o 1
Soberano Rei dos céus, cheio de graça e sabedoria, todos os m eus dias
estão em Tuas mãos, e todas as circunstâncias sob o Teu mandar.
— J o h n R yla nds
D e v ítim a a v e n c e d o r
José deve ter sentido a mesma coisa durante aquela longa viagem
de camelo, enquanto suas correntes retiniam a cada passo do caminho
para o Egito, rum o a uma vida de escravidão sem fim.
A soberania de Deus nos garante que Ele é o R ei e que está no
controle absoluto de tudo; ela também assegura que o controle [do
que acontece em nossa vida] não pertence a nós.
José se dirigiu aos seus irmãos não na posição de vítima, mas de
vencedor. Com o foi possível ele não ter sido dominado pela amargura
e pelo desejo de vingança? Ao fazer um retrospecto de sua vida, José
pôde perceber o controle absoluto de Deus operando o Seu plano
eterno em todas as circunstâncias por que passou, tanto as boas como
as más.Tudo estava sob o controle soberano do grande Deus de Israel.
E o que implica a providência? Ela se manifesta quando Deus
executa o Seu plano em nossa vida e em todo o universo. H á um
provérbio que diz que “o diabo está nos detalhes”, mas isso é absolu
tamente incorreto. E Deus quem está nos detalhes.
encaixasse nas atuais circunstâncias de nossa vida. Não! Seus planos para
nós sempre foram e continuam sendo os originais. Planos perfeitos, que
jamais precisarão ser retificados. Isso é que é um grande Deus!
Os planos que Ele delineou sempre são executados com perfei
ção. Sua vontade é certa, jamais incerta. Para que o Seu propósito seja
executado e cumprido, Ele coordena os mínimos detalhes da nossa
vida e de todo o universo. Deus executa, sustenta e m antém tudo
funcionando de acordo com o Seu querer. E isso só pode ser efetuado
quando se está no controle absoluto. Ele está no controle, por isso Jó
declarou: Porque [Deus] cumprirá o que está ordenado a meu respeito e m ui
tas coisas como estas ainda tem consigo (23.14).
O plano de Deus para a sua vida será cum prido no tem po exato.
John J. M urray resume isso m uito bem:
• O p la n o de D e u s é p erfeito .
• O p la n o é c o m p le to .
• O p la n o é p ara o m e u b e m su p rem o .
• O p la n o é secreto. D e u s o e sc o n d e d e m im até q u e ele se c u m p ra.
• E u o d escu b ro dia após dia c o n fo rm e ele vai d esen ro lan d o -se .
(M u rra y , 1990, p . 10)3
Façam o s u m a p a u s a pa r a falar
UM POUCO DE FUTEBOL AMERICANO
Talvez esse assunto esteja ficando pesado demais. Então, por que não
falamos um pouco sobre futebol americano?
Se você entende de futebol americano, deve estar familiarizado
com Bill Belichick, o lendário treinador dos N ew England Patriots.
Ele levou os Patriots a três vitórias no Super Bowl e é considerado um
dos maiores treinadores de futebol americano da atualidade (apesar das
recentes alegações de que costuma enviar seus assistentes para dar uma
espiada nos treinos de seus futuros adversários).
O que você não deve saber é que o pai dele, Steve Belichick,
talvez tenha sido o m aior olheiro na história do futebol americano.
Ele era treinador assistente da M arinha americana, e sua principal
função era observar os futuros adversários e apresentar um relató
rio à equipe de treinadores. Antes de Steve Belichick, o trabalho de
olheiro era feito de um m odo um tanto aleatório. Steve o transfor
m ou em um a ciência.
Nos anos 50, o futebol americano universitário dominava a cena,
e a M arinha e o Exército americanos eram verdadeiras potências fute
bolísticas. Em 1957, o Exército se gabava de possuir dois A li American111
running backsIV e um ataque que raramente passava a bola. A filosofia de
olheiro de Steve Belichick era a seguinte: “Descubram o que os outros
caras fazem de melhor, o que preferem fazer, principalmente quando
estão sob pressão em um jogo importante; descubram tudo e forcem-
-nos a fazer jogadas com que não estão acostumados” ( H a l b e r s t a m ,
2005, p. 2)6.
Belichick passou horas pesquisando o que o Exército gostava
de fazer, então apresentou ao treinador principal da M arinha, Eddie
III AU American é u m títu lo h o n o rá rio esportivo usado nos E U A para se referir a jogadores am adores que
se destacam em sua atuação em tim es de universidades o u de escolas de ensino m édio, selecionados p o r
m em bros da m ídia nacional.
IV U m nmning back (RJB) é u m a posição do fu teb o l a m erican o q u e n o rm a lm e n te se alinha n o backjield. O
principal papel de u m nmning back é c o rre r co m a bola q u e p o d e ser passada para ele pelo quarterback o u
e m u m stiap d ireto do center, sendo q u e ele tam b ém p o d e receb er e ajudar n o bloqueio.
Capítulo 1 29
A V IS O
DEUS TRABALHA DE M O D O ESTRANHO.
DEUS TRABALHA DE M O D O LENTO.
D eus t r a b a l h a de m o d o e s t r a n h o
Esse plano faz m uito mais sentido para mim. Ele levaria José à p o
sição de corregente com muito menos dificuldade e estresse. Já pensei
muito sobre isso, e, para mim, esse parece simplesmente ser um cami
nho bem melhor. Entretanto, dê só uma olhada no que Deus tem a
dizer sobre nossos caminhos e planos “lógicos” :
D eus t r a b a l h a de m o d o len to
A o nde q u e r e m o s chegar c o m is s o ?
Este livro vai levar você a m ergulhar nas profundezas [da história de
vida de José], N ão vai ser um livro do tipo O gato da Cartola, de Dr.
Seuss. Se é isso que você está procurando, é m elhor ir até a livraria
mais próxim a e buscar [algum título] na seção infantil.
Assim como eu, é provável que você já tenha desperdiçado tem
po demais perm anecendo no lado raso da vida, andando por aí com
água pelas canelas, fingindo que está nadando. Q uero aprofundar-me
e fortalecer-me como hom em de Deus, e, a menos que eu esteja en
ganado, você quer o mesmo.
Capítulo 1 33
i/ de perdas devastadoras;
t/ de todas as circunstâncias;
i/ de todo o seu trabalho;
i/ de retrocessos dolorosos;
l/ de esperanças despedaçadas;
1/ das esperas prolongadas;
i/ de indivíduos poderosos;
*/ da fome, do clima e dos desastres naturais;
s/ de todas as promoções e avanços;
\/ de todos os eventos da sua vida e fará com que tudo coopere
para o seu bem.
Existe uma obra que Deus preordenou para a sua vida (Ef 2.8-
10). Nada pode prever nem deter esse propósito. Talvez você não veja
ou sinta isso, pode ser que nem acredite nessas palavras hoje, mas não
importa: o Senhor está no controle.
Q uando Davi recebeu essa revelação, talvez estivesse deitado sob
as estrelas no deserto enquanto pastoreava as ovelhas de seu pai e, en
tão, tenha cantado o seguinte:
N o teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e
determinado, quando nem um deles havia ainda.
S a lm o 139.1 6b ( a r a )
Ele tinha 25 anos, e aquele deveria ter sido o m elhor ano de sua vida.
O jovem acabara de casar-se com a m ulher que amava e havia plane
jado cuidadosamente cada detalhe de sua lua de mel na Europa.
Entretanto, durante uma forte tempestade, sua bela esposa, Annie,
foi atingida por um raio. O incidente a deixou paralítica pelo resto da
vida. Nos 39 anos que se seguiram, seu esposo cuidou fielmente dela.
O casal nunca mais pôde viajar, e os dois começaram a colecionar
cartões postais do m undo todo. Jamais poderiam visitar pessoalmente
aqueles lindos lugares, mas juntos apreciavam as fotos que seus amigos
lhes enviavam de suas viagens.
O marido era o grande teólogo cristão Benjamin B. Warfield. Por
quase 40 anos, ele deu aulas, escreveu artigos e cuidou da esposa. O r
ganizou seu horário de m odo a quase nunca sair de perto da m ulher
por mais de duas horas.
Por causa da paralisia de Annie, eles nunca puderam ter filhos
nem desfrutar da vida que haviam planejado juntos. Foi uma perda
36 Mesmo quando os seus sonhos morrem, Deus está no controle de perdas devastadoras
Tom em os com o exem plo u m acontecim ento qualquer, seja ele gran
de ou pequeno — a queda de um império ou de um passarinho, a qual
o Senhor m esm o afirm ou jamais acontecer sem a vontade de nosso
Pai (M t 10.29) [...] D eus certam ente tem conhecim ento de tudo o
que se passa no universo. N ão há sequer u m canto escuro que escape
aos olhos do Senhor, que tudo vê; nada ocorre que esteja oculto ao
Seu olhar universal. E certam ente não se pode im aginar que algum
acontecim ento n o universo o pegue de surpresa. [...] T am pouco p o
dem os im aginar que D eus seja indiferente aos acontecim entos, com o
se, em bora soubesse que algo está para ocorrer, Ele não se importasse
se o episódio de fato aconteça o u deixe de acontecer. Nosso D eus
não é assim; Ele é u m D eus que se im porta infinitam ente com as
mínimas coisas. Acaso nosso Salvador não citou [o cuidado com] os
passarinhos e os cabelos de nossa cabeça para nos ensinar essa verdade?
O ra, p o rv e n tu ra alguém p o d eria im aginar que, em b o ra D eus
se im p o rte in fin itam en te conosco, E le seja im p o te n te diante dos
aco n tecim en to s do Seu universo e não possa preveni-los? Acaso
deveríam os su p o r que desde a etern id ade Ele vê acontecim entos
contrários à Sua von tad e aproxim arem -se cada vez mais no tem po,
até finalm ente o co rrerem , sem, co n tu d o , p o d e r im pedi-los?
B em , se Ele não pudesse evitar tais acontecim entos, não preci
saria ter criado o universo; ou talvez devesse tê-lo feito de form a
diferente. D eus não tinha obrigação algum a de criar este universo
Capítulo 2 37
— o u qualquer o utro que fosse. N ada o com peliu a isso, exceto Seu
bel-prazer; e nada é capaz de forçá-lo a p erm itir a ocorrência de
qualquer evento co ntrário aos Seus desígnios no universo que Ele
m esm o crio u ao Seu bel-prazer.
Está claro que certas coisas não deveriam oco rrer n o universo
criado p o r D eus, pois essas coisas lhe desagradam. Ele não fica para
do, observando im p o ten te o desenrolar de acontecim entos contrá
rios ao Seu querer. O que quer que aconteça já foi antevisto p o r Ele
desde a eternidade, ten d o êxito apenas pelo fato de enquadrar-se à
vontade do Senhor. [...] Sabemos que evento algum poderia advir
a m enos que tivesse um a função a desem penhar, u m lugar a ocupar
e u m papel a cu m p rir n o abrangente plano de D eus. E tal c o n h eci
m e n to nos basta. ( W a r f i e l d , 1916, p. 26S-267)8
NO M E IO DA TE M P E S TA D E
Aquilo não fazia sentido algum para o jovem José. Com o o bondoso
Deus de Israel poderia perm itir que tais coisas acontecessem com ele?
Suas esperanças, ambições e sonhos haviam desaparecido para sempre,
varridos em um instante. Haviam não só desaparecido, mas também
estavam m ortos e enterrados. Sua jornada praticamente terminara, e
José mal a tinha iniciado.
N ão havia como José saber disso na época, porém esse capítulo
de sua vida duraria 13 anos. D urante aquele período, a intervalos va
riados, ele experimentaria a exaustão, a humilhação, a perplexidade e
um medo paralisante.
Por vezes, José deve ter se perguntado se conseguiria sobreviver.
Todos os seus planos estavam destruídos, completamente desarraigados
e demolidos pelo ódio daqueles que deveriam tê-lo amado e apoiado.
Seus próprios irmãos tramaram arruinar a vida dele. Porém, o plano
dos irmãos de José seria ofuscado pelo plano de Deus.
Reais e ameaçadoras, devastadoras e caóticas, as tempestades da
vida às vezes nos fazem perguntar a nós mesmos se conseguiremos
sobreviver. N ão obstante, sobrevivemos para enfrentar a tempestade
de novo no dia seguinte. Algumas são breves, desaparecendo da tela do
nosso radar em um a questão de horas ou até mesmo minutos. U m a
nuvem encobre o sol, mergulhando o m undo na penumbra, mas logo
o sol volta a brilhar, e a vida volta ao normal.
A tempestade de José durou 13 anos, e nada fez sentido até que
ele a atravessasse. Q uando chegou do outro lado, José pôde olhar para
trás, para os acontecimentos daqueles anos terríveis, e ver claramente
o plano bem -ordenado do Deus todo-poderoso. Entretanto, quando
estava no meio da tempestade, sua vida parecia totalmente fora de
controle.
Talvez você se sinta assim com respeito à sua vida neste m om ento.
A agulha está na zona de alerta, e as circunstâncias parecem totalm ente
Capítulo 2 39
fora de controle. Se você for sincero, dirá que concorda com a ava
liação de Churchill. E assim que você está: sua vida está acabada, mas
ainda não chegou ao fim.
A PERDA D EVASTADORA DE Ü O S É
Q uando José foi vendido como escravo por seus irmãos, foi como se
tivesse levado uma paulada na cabeça. Não, muito pior que isso. U m
hom em pode recuperar-se m uito bem de uma paulada. Mas disso? Sua
vida estava acabada.
C om o você acha que José deve ter se sentido enquanto estava
montado naquele camelo a caminho do Egito? José não era burro.
Sabia m uito bem o que acontecia aos escravos. Ele sabia que estava
acabado. N ão havia saída para a sua situação. Q uem o resgataria? Ja
mais voltaria para casa ou veria sua família de novo. José havia sido
traído de m odo atroz, e sua vida estava irremediavelmente arruinada.
Você não teria se sentido da mesma maneira?
E provável que você tam bém já tenha passado por algumas tem
pestades. O u talvez seu sofrimento não tenha ficado no passado, mas
ainda permaneça. Talvez você esteja vivenciando o choque de uma
perda devastadora neste m om ento. Se isso é verdade, então você deve
fazer uma boa ideia de como José se sentiu durante aquela viagem de
camelo rum o a uma vida de escravidão.
Talvez esse pensamento sequer tenha passado pela cabeça daquele
jovem naquele m om ento, porém, independente de todo o choque e
de toda a aflição que José estivesse sentindo, era de admirar que ainda
estivesse vivo. A intenção clara de seus irmãos era matá-lo, e eles o
teriam feito não fosse pela intervenção da providência de Deus no
último instante.
H á um grande hino cujo título fala da providência do Senhor: Tu
és fiel. Sempre gostei m uito de cantar aquele verso que diz “Tua mercê
me sustenta e me guarda” . A ideia aqui é :“Tua providência me sustenta
e me guarda” .
O que José precisava naquele m om ento era que Deus o livrasse
de ser assassinado. Se a providência divina não tivesse interferido, José
40 Mesmo quando os seus sonhos morrem, Deus está no controle de perdas devastadoras
Na ho ra exata
v Just in time é u m sistema de adm inistração da p ro d u ção q u e d e te rm in a que nada deve ser produzido,
transportad o o u co m p rad o antes da h o ra exata. P o d e ser aplicado em q u alq u er organização, para reduzir
estoques e os custos d eco rren tes.
Capítulo 2 41
mais um a vez. Horas mais tarde, ele foi resgatado p o r outro navio, o
U S S A ndrew Jackson.
Deitado num leito de enfermaria, Staples se recusava a tirar a boia,
que havia salvado sua vida duas vezes. Ele estudou cada centímetro da
sua superfície, reparando em cada detalhe da fabricação cuidadosa.
Alguém havia produzido meticulosamente aquele salva-vidas. Deitado
no leito, Staples não se cansava de examinar a boia, maravilhado pelo
fato de ela ter salvado sua vida duas vezes no mesmo dia. A ironia era
que a boia havia sido fabricada em Akron, sua cidade natal, no estado
de Ohio, pela Firestone Tire and Rubber Company [Companhia Firesto-
ne de Pneus e Borracha].
Q uando Staples teve alta, a M arinha lhe concedeu uma licença
para que fosse para casa rever a família. Em suas próprias palavras, ele
descreveu sua chegada:
O ndas de p e r d a
G rande D e u s , g r a n d e s o n d a s , g r a n d e s p r o p ó s it o s
Satanás não pode ver nem imaginar os propósitos que o nosso grande
Deus tem em mente. Em bora o Senhor dê permissão a Satanás para
agir, Ele continua no controle.
O utra onda
aflições e dificuldades vêm de Satanás. Mas não foi isso que Jó disse! E
não é isso que as Escrituras ensinam. Deus está no controle tanto das
situações agradáveis como das adversidades em nossa vida. Ele está no
controle absoluto de tudo.
O Senhor envia ondas de bênção e ondas de perda. O Senhor dá
e o Senhor tira. Não é Satanás que tira. E o Senhorl
Isso lhe soa estranho? Existem bons e maus pregadores na televi
são; talvez você esteja assistindo a pregadores demais. Com o podemos
diferenciar os dois tipos? Eu começaria pelo cabelo. Se o cabelo do
pregador for esquisito, norm alm ente a doutrina é esquisita também.
Parece engraçado, mas esse teste costuma funcionar.
Graças ao Senhor existem pastores fiéis, que ensinam cuidadosa
m ente a Palavra de Deus na televisão, mas tam bém existem os que não
são tão cuidadosos e só sabem pregar sobre a prosperidade. Se o prega
dor ministrar apenas sobre a prosperidade, terá um problema com toda
a Bíblia. Ministros da prosperidade nunca pregam sobre a história de
Jó, pois ela contradiz a sua teologia.
Deus está no controle tanto da prosperidade como da adversida
de, usando ambas na vida dos Seus servos para que Seu propósito se
cumpra. Porém, a maioria dos cristãos aprendeu que, se alguma perda
devastadora nos sobrevêm, ela deve estar vindo de Satanás.
Isso pode parecer difícil de entender. Por que Deus perm itiria
que sofrêssemos perdas devastadoras? Se Ele está no controle de tudo,
por que não impede que o sofrimento nos alcance? Se o Senhor podia
ter evitado que a vida de Jó fosse atingida por tamanha tragédia, por
que cargas d’água não fez isso?
Existe um term o que explica essa forma estranha de Deus traba
lhar. E o que chamamos de providência contraditória.
P r o v id ê n c ia s c o n t r a d it ó r ia s
Deus nos avisou logo de cara que nós não o entenderíamos. Isso é um
princípio bíblico. N o capítulo anterior, vimos a declaração do Senhor
em Isaías 55.8: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos, os meus caminhos, d iz o S E N H O R .
48 Mesmo quando os seus sonhos morrem, Deus está no controle de perdas devastadoras
0 que o S e n h o r n ã o pode fa z e r
Sua própria natureza. Porque Deus é santo, Ele só pode fazer o bem.
Ele é bom e faz o bem mesmo quando não nos parece ser esse o caso.
N ão pareceu bom a José que ele estivesse destinado a uma vida de
escravidão no Egito. O nde estava a bondade de Deus em tudo aquilo?
N o mom ento, José não podia responder a tal pergunta. N o entanto,
anos depois, ele obteve a resposta.
R eputação n e g a t iv a
1995, p. 3 3 3 )14
Talvez você esteja pensando que Deus jamais faria algo assim por
você, mas acho que o Senhor quer que saibamos que Ele age dessa
íorm a regularmente. Todos nós somos pessoas diferentes, com histó
rias diferentes. Porém, Deus é especialista em transformar derrotas em
vitórias ou conquistas impressionantes.
O Senhor tem um propósito e um plano para a sua vida. Ele já
começou uma boa obra em você quando o trouxe para Cristo. Mas
Ele também tem uma missão para você (Ef 2.8-10). Deus tinha uma
missão para José, embora isso nem passasse pela cabeça deste. E Ele
tem uma para você também.
Quando Deus começa uma obra, Ele a termina.Você não precisa
acreditar apenas nas minhas palavras; essa firme promessa está registrada
52 Mesmo quando os seus sonhos m orrem , Deus está no controle de perdas devastadoras
nas Escrituras: Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao
D ia de Jesus Cristo (Fp 1.6).
Deus está no controle de nossas perdas devastadoras. Ele compre
ende que ficamos feridos, com o coração despedaçado, quando somos
pegos de surpresa por uma tragédia. Perto está o S E N H O R dos que têm
o coração quebrantado e salva os contritos de espírito (SI 34.18).
N ão deveríamos surpreender-nos quando o sofrimento e a perda
nos sobrevêm como seguidores de Cristo. O Senhor Jesus nos avisou:
no mundo tereis aflições (Jo 16.33b). Em Atos 14.22, lemos que por m ui
tas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus. Em Filipenses 1.29, a
mesma verdade é declarada com clareza absoluta: Porque a vós vos fo i
concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer
por ele.
José foi pego de surpresa por uma perda assoladora. Mas a expe
riência dele deve servir de exemplo para nós. Se a perda de José estava
sob o controle do Todo-poderoso, a nossa também está. E, mesmo
quando sua perda não fazia sentido algum para ele, a providência do
Senhor estava ah, escondida atrás das nuvens de sofrimento. Sua vida
não estava fora de controle, e sim sob o controle do Senhor. Deus ti
nha algo grande em m ente para José.
JohnTrapp expressou isso m uito bem: “Aquele que está cavalgan
do rum o à sua coroação não se deixa incom odar pela chuva” . Princi
palmente quando olha para trás!
José teria concordado com as palavras de Jó:
Vl Expressão baseada na frase “ não existem ateus em trin ch eiras” ; u m aforism o usado para arg u m e n ta r que
c m m o m e n to s de estresse o u m e d o extrem os, c o m o n o m e io de u m a guerra, todas as pessoas acreditam na
existência de u m p o d e r superior.
58 N ão foi por acaso... D eus está no controle de todas as circunstâncias
José deve ter feito a mesma pergunta. Seus irmãos queriam matá-
-lo, mas uma caravana de mercadores de escravos o livrara da morte.
Sim, José se tornara um escravo, mas pelo menos estava vivo. Ele devia
estar pensando, assim como George Bush naquele submarino: “Por
que fui poupado? Q ue missão Deus tem para mim?”
Q uando você olha para a sua vida em retrospectiva, consegue
lembrar-se de alguma situação em que tenha escapado da m orte por
pouco? Talvez tenha escapado ileso de um acidente de carro em sua
adolescência ou tenha sido tirado da piscina por um salva-vidas, que o
fez recobrar o fôlego.
Isso não aconteceu por sorte, nem foi uma coincidência. Você está
vivo neste exato m om ento porque Deus tem uma missão para você. O
apóstolo Paulo escreveu: Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus
para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas (Ef2.10).
A resposta é muito simples... e igualmente profunda.
José não foi vendido como escravo porque estava “no lugar errado na
hora errada” . Graças à providência de Deus, ele na verdade estava no
lugar certo na hora certa — embora tenha sido vendido como escravo.
A traição de seus irmãos foi o fator principal que desencadeou o cum
prim ento da vontade de Deus na vida dele.
Seus irmãos não o jogaram na cova porque ele estava tendo um
dia ruim. Naquele dia terrível, José estava bem no centro da vontade
de Deus. Com o isso é possível?
Capítulo 3 59
Em sua vida não existe sorte, acaso nem carma. N ão existem aci
dentes nem acontecimentos aleatórios. Deus está no controle de todas
as circunstâncias. J. I. Packer resumiu isso m uito bem:
A parta-te de m im , desespero!
M eu gracioso Senhor m e ouve.
Capítulo 3 61
A REALIDADE DO MAL
O mal e o pecado são reais, e às vezes parecem dom inar tudo em nossa
vida. Mas isso não é verdade. Deus é maior do que eles. O mal jamais
poderá impedir que Seu plano seja cumprido. Deus é tão grande que
faz o mal se encaixar e cooperar com Seu propósito. O Pai é soberano,
porém o hom em é responsável por suas escolhas e decisões.
O que podemos dizer a respeito de Deus é que Ele está no con
trole, e Sua vontade é maior do que qualquer outra. Ele não só está no
controle de tudo, como também de todos. Isso inclui mísseis antiaéreos,
caravanas de mercadores de escravos e jovens esposas atingidas por
raios em plena lua de mel.
Essa verdade não é fácil de ser digerida. Temos muita dificuldade
em aceitá-la. Algumas coisas estão além da nossa compreensão. Deus
tem motivos que prefere não revelar (Dt 29.29). Enquanto isso, tudo o
que podemos fazer é repetir a declaração de Jó: A inda que ele me mate,
nele esperarei (Jó 13.15a).
E fácil confiar [em Deus] em tempos de bênção e de prosperi
dade. E difícil confiar em tempos de angústia e de dor. Mas somos
chamados a confiar em ambas as situações.
V on ta d es fortes
Seu filho de quatro anos tem vontade própria, mas isso não significa que
você o deixa controlar sua família. Alguns o permitem, porém sugiro
que parem imediatamente. Pais sábios não deixam que a vontade de
uma criança de quatro anos prevaleça e sobrepuje a da família inteira.
62 N ão foi por acaso... D eus está no controle de todas as circunstâncias
A c o n t e c im e n t o s aleatórios
vida desses dois reis foi aleatório, assim como não existem aconteci
mentos aleatórios na sua.
Vamos começar com Ciro, que não era rei de Israel, mas sim da
Pérsia. Sua história é uma das mais incríveis na Bíblia. Mais de 100
anos antes do seu nascimento, Deus falou com ele por interm édio do
profeta Isaías, cham ando-o pelo nom e e revelando-lhe os Seus planos.
Em Isaías 44.28, o Senhor disse acerca de Ciro: E meu pastor e cumprirá
tudo o que me apraz.
Em outras palavras, Deus disse claramente: “Usarei um hom em
chamado Ciro para cum prir a minha vontade e executar o m eu pla
n o ” . O problema foi que na época ninguém entendeu nada. As pes
soas ficaram olhando-se, perguntando umas às outras: “ Ciro? Q uem
é Ciro? Vocês conhecem alguém com esse nome? Será que é aquele
sujeito que acaba de mudar-se para o bairro?”
E a razão por que as pessoas daquela época não sabiam nada sobre
Ciro era m uito simples: ele ainda não havia nascido. Seu pai ou seu avô
tampouco. Mas o mais impressionante de tudo foi o que Deus decla
rou a seu respeito logo em seguida: quem d iz de Ciro: E meu pastor e
cumprirá tudo o que me apraz; dizendo também a Jerusalém: Sê edificada; e
ao templo: Funda-te (Is 44.28). Isso soava mais estranho ainda, uma vez
que, quando a profecia foi escrita, Jerusalém não precisava ser recons
truída. A cidade estava de pé. E o templo não precisava de alicerces,
pois já possuía um bom.
Entretanto, não por muito tempo. A nação de Judá estava prestes
a cair e a ser destruída pelo rei Nabucodonosor, e muitos dos seus
cidadãos seriam levados cativos para a Babilônia. Jerusalém se tornaria
um m onte de ruínas fumegantes, sem que ficasse pedra sobre pedra.
O povo de Judá (que incluía Daniel e seus três amigos) perm ane
ceria no exílio babilônico por 70 anos. Então os exércitos dos medos
e dos persas derrotariam a poderosa Babilônia. Depois de algum tem
po, um rei chamado Ciro teria uma ideia inovadora: perm itiria que
todos os judeus que estivessem dispostos retornassem à sua terra natal
e restabelecessem a capital em Jerusalém. Ele não só os deixaria voltar
para casa, como também os ajudaria a reconstruir a cidade e o templo.
Capítulo 3 65
U m crim e a le a tó r io
U m a seta aleatória
A ssim , o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, subiram a Ram ote-G ileade.
E disse o rei de Israel a Josafá: E u me disfarçarei e entrarei na peleja; tu,
porém, veste as tuas vestes. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entrou na p e
leja. E o rei da Síria deu ordem aos chefes dos carros, que eram trinta e dois,
dizendo: N ão pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só
contra o rei de Israel. Sucedeu, pois, que, vendo os chefes dos carros Josafá,
disseram eles: Certamente, este é o rei de Israel. E chegaram-se a ele, para
pelejar com ele; porém Josafá gritou. E sucedeu que, vendo os chefes dos
carros que não era o rei de Israel, deixaram de segui-lo. Então, um homem
entesou o arco, na sua simplicidade, eferiu o rei de Israel por entre as fivelas
e as couraças; então, ele disse ao seu carreteiro: Vira a tua mão e tira-me do
exército, porque estou gravemente ferido. E a peleja fo i crescendo naquele
Capítulo 3 69
dia, e o rei parou no carro defronte dos siros; porém ele morreu à tarde; e o
sangue da ferida corria no fu n d o do carro. E , depois do sol posto, passou um
pregão pelo exército, dizendo: Cada um para a sua cidade, e cada um para
a sua terra! E morreu o rei, e o levaram a Samaria e sepultaram o rei em
Samaria. E , lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam
o seu sangue (ora, as prostitutas se lavavam ali), conforme a palavra que o
S E N H O R tinha dito.
1 Reis 2 2 .29 -38
E m Hebreus 9.27 está escrito que aos homens está ordenado morre
rem uma vez, vindo, depois disso, o ju ízo . O tem po determ inado de Acab<
havia chegado.
Todos nós temos nosso tem po determinado. O m om ento da su;
m orte e da m inha foi estabelecido antes da fundação do mundo.
O s teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas esta
coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando ner
ainda uma delas havia.
S a l m o 139.1
Antes que a terra girasse pela primeira vez em torno do seu pró
prio eixo, Deus já havia determinado o m om ento exato da sua con
cepção, do seu nascimento e da sua morte. Esse princípio é ensinad(
com clareza e m jó 14.1,5:
Ú ltim a s considerações
Existe uma velha música country chamada Take This Job and Shove
It [Pegue este trabalho e engula]. Mas há outra opção: pegue o seu
trabalho e submeta-o ao plano providencial e estranho que Deus está
executando em sua vida.
Em que você trabalha atualmente? Você está satisfeito com isso?
O u você sente que está flutuando a esmo, sem nenhum a carreira de
finida? Alguns empregos nos agradam; outros, não. M as todos eles vêm
do Senhor.
O Salmo 37.23a deixa isso bem claro: Os passos de um homem bom
são confirmados pelo Senhor. Deus está no controle da sua jornada e do
seu destino neste exato momento. Ele está no controle do seu trabalho.
O próprio Deus nos escala para ocuparmos nosso posto. Q uando
o Senhor lhe dá um trabalho, isso não significa que você ficará nele
para sempre. Seu emprego pode m udar dentro de um ano, um mês ou
mesmo uma semana. Ele pode mudar amanhã. N o entanto, por ora
você está nele.
74 Pegue este trabalho e engula... D eus está no controle de todo o seu trabalho
José agora era um escravo na casa de Potifar. Mas o Senhor não havia
se esquecido dele, embora José fosse obrigado a realizar essa tarefa
nova e indesejável. Pelo contrário, seu trabalho como escravo no Egito
tinha um papel crucial na missão que Deus lhe reservara.
E B. M eyer descreveu como José deve ter se sentido ao chegar ao
Egito para uma vida de escravidão.
Ele havia devotado sua vida e seus talentos ao exército. Ele tinha
51 anos de idade; so m en te o advento da guerra o havia salvado da
ap osentadoria forçada e de u m a vida na p en ú ria, sem econom ias,
sustentado apenas p o r u m a m odesta pensão. E m b o ra ele tivesse
im pressionado todas as pessoas para q u em havia trabalhado, ele
n ão tin h a n e n h u m a habilidade especial n e m q u alquer grande feito
q u e pudesse co n tar aos netos c o m orgulho. Se ele tivesse m o rrid o
e m 1941, n u m a idade em que a m aio ria dos grandes ho m en s já
realizou suas tarefas m o n u m en tais, ele h o je seria co m pletam ente
desconhecido. (A m bro se, 1990, p. 59)24
A conclusão disso tudo foi que nenhum dos trabalhos realizados por
José fo i desperdiçado. Cada um era parte de um plano que ele não podia
ver. E o mesmo se aplica a você. Deus está no controle de tudo. Por
tanto, três observações relativas às nossas tarefas podem ajudar-nos a
entender como funciona a providência de Deus:
\
A s vezes Deus coloca você num trabalho que não tem futuro.
A s vezes Deus lhe dá uma tarefa dentro de outra tarefa.
A s vezes Deus lhe nega a posição que você deseja.
U m trabalho s em futuro
José tinha um novo trabalho. Ele agora era um escravo. N ão era isso
que queria, nem o que esperava, m uito menos o que sonhava fazer
quando era apenas um jovem na casa de seu pai. Mas era um fato. Ele
achava que estava condenado a trabalhar como escravo pelo resto da
vida. Em Gênesis 39.1 encontramos as seguintes informações:
N e n h u m beco s e m s a íd a é p e r m a n e n t e
Todo beco sem saída e todo trabalho sem futuro têm um começo,
um m eio e um fim. Deus estabeleceu um lim ite ao redor do seu
beco sem saída. Ele quer que você aprenda lições aí que não podem
ser aprendidas em nenhum outro lugar. Seu beco sem saída provavel
m ente incluirá provas no m eio do período e um a prova final, assim
como alguns testes no m eio do caminho. Deus já determ inou seu
calendário escolar. O período tem um com eço e um fim, mas você
não conhece essas datas.
Q uanto mais tem po você passa nesse beco sem saída, mais se con
vence de que ficará nele para sempre.Você começa a pensar que não
tem escapatória. Todavia, no tem po certo, a saída aparecerá.
Tenho um amigo responsável pelo conteúdo bíblico e editorial
de inúmeros livros cristãos — obras publicadas em diversas línguas e
distribuídas pelo m undo todo. Ele supervisiona um grande número de
autores, tom a decisões importantes sobre o conteúdo bíblico e dou
trinário desses livros. Seu trabalho consiste em certificar-se de que a
verdade é apresentada de forma equilibrada. Ele exerce um a função
crucial, já que suas decisões afetam potencialm ente milhões de pessoas.
Era um dos melhores alunos no seminário, encarando seu curso
com extrema seriedade. Tendo se formado com menção honrosa, es
perava que Deus abençoasse seu ministério. Mas, depois de pastorear
uma igreja por apenas alguns anos, foi afastado do posto. Arrasado,
m eu amigo começou a buscar outra posição ministerial.
Capítulo 4 81
N o entanto, por mais que ele procurasse, nada aparecia. Por três
anos, o único trabalho que conseguiu arranjar foi o de entregador de
jornais. E só. Todos os dias acordava às quatro da manhã e saía para
entregar jornais. Aquele trabalho não tinha futuro. Às vezes ele achava
que ficaria ali para sempre; achava que Deus tinha se esquecido dele.
Q uando m eu amigo estava entregando jornais, sentia-se um fra
cassado. Mas o Senhor o acompanhava, e ele estava prestes a tornar-se
um hom em bem-sucedido.
Ao encontrar-se num beco sem saída, saiba que não está sozinho.
Você pode achar que está, mas não está. José era um escravo num a na
ção estrangeira cuja cultura e língua lhe eram absolutamente estranhas.
Ele não conhecia ninguém e estava a centenas de quilômetros de seus
amigos e de sua família. Porém, a Bíblia deixa bem claro que José não
estava sozinho. Em Gênesis 39.2 é declarada uma verdade significativa:
E o Senhor estava com José.
O contexto dessa declaração se encontra na seguinte passagem:
uma única razão: o Senhor era com ele. E esse fato era tão claro que
até mesmo Potifar, um político egípcio durão, podia enxergá-lo.
Talvez inicialmente o trabalho de José tenha sido o pior dos pio
res. Ainda assim, o Senhor estava com ele. E o fato de o Senhor estar
com você muda tudo.Todas as coisas se tornam possíveis.
Se o Senhor está com você — independente do beco sem saída
em que você se encontre — , afinal tudo ficará bem. Pode ser que suas
circunstâncias não sejam favoráveis agora, mas um dia todas as coisas
contribuirão juntam ente para o seu bem.
C om o tempo, Potifar ficou tão impressionado que entregou a
José a administração de toda a sua casa. José cuidava de tudo para ele
— assim como Eisenhower fazia tudo para M acArthur. A única coisa
que Potifar precisava fazer era decidir se queria com er “cheeseburger”
ou “lasanha” no jantar.
José havia se saído m uito bem. Ele prosperou num trabalho sem
futuro porque o Senhor estava com ele. Todavia, essa história fala de
algo maior do que o sucesso aparente.
U m a tarefa d en tr o de ou tr a tarefa
N o texto não consta que o Senhor era com José e que este prosperou
instantaneamente, mas sim que José se tornou próspero. Em outras pala
vras, isso não aconteceu em 24 horas. Deus precisou submeter José a
um processo essencial. O Senhor costuma trabalhar ao mesmo tempo
em diversas áreas de nossa vida. Ele tem propósitos múltiplos que nós
não conseguimos enxergar. Por isso às vezes Ele nos dá um a tarefa
dentro de outra tarefa.
A prim eira tarefa de José era tornar-se um escravo.
A segunda era aprender a perdoar aqueles que o haviam vendido.
Creio que seria seguro afirmar que a prim eira tarefa foi mais fácil que
a segunda. Q uando se é profundamente ferido por alguém, nada é
mais difícil do que aprender a perdoar.
Com o vimos, o Senhor abençoou José com o sucesso aparente. Po
deríamos dizer que o sucesso de José era óbvio, claro, visível. Mas havia
outro tipo de sucesso que ele precisava desenvolver: o sucesso interno.
Capítulo 4 83
fizesse questão de que a Bíblia fosse o prim eiro livro impresso, ele
nunca aceitou sua mensagem. Pode-se dizer que a prensa móvel foi
a invenção mais im portante do período m oderno. O advento trans
form ou dram aticam ente o m undo. Ao pensarm os nessa invenção,
pensamos em G utenberg. Q uando era vivo, porém , as pessoas não
associavam sua invenção a ele, já que ninguém havia ouvido falar
em G utenberg.
Naquela época, a invenção de G utenberg era atribuída a Johann
Fust. Q uando Gutenberg teve a ideia e traçou os planos para a fabri
cação da prensa móvel, não dispunha dos recursos necessários para
produzi-la. Então pediu um empréstimo a Fust. A construção da pri
meira prensa móvel era um projeto extremam ente caro. Mais tarde,
G utenberg pediu mais dinheiro emprestado a Fust. Depois de haver
aperfeiçoado sua invenção e quando estava pronto para realizar a p ri
meira impressão em massa da Bíblia, Fust o processou.
O juiz deu ganho de causa a Fust. G utenberg perdeu sua prensa,
suas ideias, anos de trabalho, e até mesmo suas ferramentas. Perdeu
tudo quando estava a apenas alguns dias do sucesso. Q uando a Bíblia
foi impressa, as pessoas ficaram maravilhadas com a clareza das letras e
a beleza artística do trabalho. E todos passaram a falar de Fust e de sua
grande invenção.
Fust não sabia sequer colocar uma folha de papel na prensa. N o
entanto, era ele quem estava sendo elogiado como o inventor da má
quina que revolucionava o mundo.
G utenberg viu tudo lhe ser tirado, inclusive o crédito por sua
invenção. N unca recebeu um centavo pelo trabalho que havia consu
mido toda a sua vida. Ele m orreu na pobreza — um hom em falido e
amargurado.
Até o dia da sua morte, nunca conseguiu perdoar Fust por sua
traição. O veneno da amargura sugou cada miligrama da energia de
G utenberg e da sua vontade de trabalhar.
A impressão da Bíblia havia sido o sonho dele, mas G utenberg
nunca entendeu sua mensagem. A Bíblia não é um livro sobre a amar
gura, e sim sobre o perdão.
Capítulo 4 85
C o n s c iên c ia pesada
Então por que nos referimos hoje à prim eira Bíblia impressa como a
Bíblia de Gutenberg? Anos depois da m orte de Gutenberg, a consci
ência de Fust continuava a atormentá-lo. Ele não podia viver consigo
mesmo. Estava sendo elogiado e aclamado pelo trabalho de outro h o
mem. Finalmente, Fust resolveu retratar-se e dar a G utenberg o de
vido crédito pela invenção da prensa móvel. Mas G utenberg já estava
na sepultura, e sua própria amargura fora responsável por colocá-lo lá.
José se tornou um hom em próspero, e um a das razões desse su
cesso foi a sua decisão de entregar ao Senhor todo o seu ódio e a sua
amargura e confiar em Sua benignidade.
N o Salmo 37.3 está registrado qual deve ser nosso foco quando
somos injustiçados: Confia no S E N H O R e fa z e o bem; habitarás na terra
e, verdadeiramente, serás alimentado.
A responsabilidade de José era não se estressar p or causa do que
seus irmãos lhe haviam feito. Ele tinha de seguir adiante e colocar sua
confiança somente no Senhor.
Q uando desperdiçamos nossos dias mergulhados em amargura
e ira para com aqueles que nos feriram, não estamos confiando no
Senhor nem fazendo o bem. Q uando mantemos nosso foco naqueles
que nos causaram grande dor, estamos olhando para a vida com olhos
vesgos. N ão podemos enxergar claramente e não estamos entregando
nosso futuro ao Senhor.
A fé na promessa de que Deus será fiel a nós nos faz enxergar a
vida através de lentes poderosas que nos perm item ver nossas circuns
tâncias com maior clareza. Assim podemos seguir adiante, confiando
que o Senhor fará um caminho para nós.
Nosso dever é habitar na terra, trabalhar naquilo que nos chega
às mãos e alimentar-nos da fidelidade de Deus. O Senhor sabe exa
tamente onde estamos, assim como tudo que nos aconteceu. Mas Ele
tem planos maiores para nós, conform e nos ensina o Salmo 37.4,5:
N ã o ouso d e te rm in a r m e u destino;
A inda que pudesse, não o faria;
E scolhe para m im , O D eus,
Para que eu possa andar retam ente.
Pega o m e u cálice,
E e n c h e -o de alegria e pesar;
D a fo rm a que lhe parecer m elhor,
E scolhe m e u b e m e m in h a aflição. (S p u r g e o n , 1983, p. 189)28
Acho que foi isso que José fez. E tudo começou quando ele de
cidiu perdoar seus irmãos, em vez de odiá-los.
O texto bíblico não revela o processo pelo qual José teve de passar
para superar seu profundo ressentimento, mas ele era humano! C er
tamente se ressentia de seus irmãos. N ão era um super-hom em . José
era apenas um sujeito com um cuja vida havia sido destruída. E lógico
que ele teve de lidar com isso. E porque sua ferida era tão profunda,
Capítulo 4 87
o Senhor não podia deixar que ela ficasse infeccionada. Q uanto mais
tempo a questão fosse ignorada, maiores seriam as chances de que uma
infecção espiritual se instalasse na alma e no coração.
Deus tinha grandes planos para José, mas Ele não o promoveria se
seu coração estivesse doente ou seu espírito amargurado. Por isso José
teve de realizar uma tarefa dentro de outra tarefa.
Junto com sua irmã, C orrie ten B oom passou vários meses num
campo de concentração nazista. Sua irm ã foi horrivelm ente abusada
e acabou morrendo. Grande parte do ministério de C orrie depois da
guerra foi dirigido aos sobreviventes dos campos de concentração.
C erta ocasião, C orrie fez uma declaração reveladora sobre os so
breviventes: “Aqueles que conseguiram perdoar seus velhos inimigos
foram capazes de inserir-se novamente na sociedade e reconstruir sua
vida; aqueles que preferiram alimentar sua amargura perm aneceram
inválidos” .
C orrie ten B oom perdoou pessoalmente um dos guardas mais
cruéis do campo de concentração que mataram sua irmã. Ela seguiu
adiante e conseguiu viver uma vida produtiva porque havia aprendido
a perdoar.
José passou pelo mesmo processo. O fato de ele ter perdoado seus
irmãos o capacitou a desfrutar de uma vida produtiva.
G utenberg nunca perdoou o hom em que o traíra. E ele m orreu
como um velho miserável e amargurado, sem um centavo no bolso.
Então, quem você precisa perdoar? E tem po de seguir adiante.
S eg uindo a d ia n t e
Se José não tivesse aprendido a lidar com a amargura que sentia em re
lação aos irmãos, como poderia lidar com a amargura que estava pres
tes a experim entar ao ser falsamente acusado pela esposa de Potifar?
José estava no caminho do sucesso, tendo alcançado uma extra
ordinária posição de prestígio e responsabilidade. Mas Deus não con
fiaria uma posição tão im portante a um hom em vingativo e em pe-
çonhado, tomado de ressentimento e fantasias de vingança. Por isso
José teve de lidar com o grande mal que seus irmãos lhe haviam feito
88 Pegue este trabalho e engula... D eus está no controle de todo o seu trabalho
enquanto a ferida ainda era relativamente recente. E foi o que fez. Ele
sabia que o Senhor estava no controle absoluto do seu passado, do seu
presente e do seu futuro.
Isso nos leva de volta ao fato de que Deus está no controle de
todas as tarefas que nos chegam às mãos. Todo trabalho que realizamos
faz parte do Seu plano. Isso não significa que todas as tarefas serão em
polgantes ou satisfatórias, mas que todas servirão como preparação para a
missão que Ele tem para cada um de nós. Consequentemente, nenhum
trabalho é desprezível. Todas as tarefas que o Senhor faz chegar às nossas
mãos são relevantes, embora algumas possam fazer com que nos rebai
xemos, não sendo em nada semelhantes àquilo que teríamos escolhido.
Essa era a situação de José quando foi vendido como escravo.
Seu trabalho era degradante e extremamente desagradável. E José não
podia enxergar a importância estratégica dessa situação que o Senhor
estava usando para prepará-lo para a missão que tinha para ele.
C orrie queria ajudar outras pessoas a aprender a perdoar aqueles
que tinham abusado delas e as injuriado. Por isso, era necessário que ela
também aprendesse essa lição nos recessos mais íntimos do seu coração.
O mesmo se aplicava a José. Era preciso que o perdão completasse
sua obra árdua e oculta em seu coração para que ele pudesse superar a
amargura e a hostilidade que ameaçavam destruí-lo. Esse foi o sucesso
que José precisou alcançar nas profundezas secretas de sua alma. Foi
assim que deixou de ser uma vítima para se tornar um vencedor.
Ele entendeu a providência de Deus. Compreendeu que todas as
tarefas vêm do Senhor, e isso incluía a escravidão. José dobrou os joelhos
e submeteu sua vontade a Deus. Essa é a definição do verdadeiro sucesso.
entendemos Sua providência, mais podemos ver Sua mão nas posições
que desejávamos obter, mas que nos foram negadas.
João Calvino fez uma observação acertada: “Q uando a luz da
providência divina brilha sobre um hom em justo, ele não somente é
aliviado e liberto de todos os temores e ansiedades que tinha antes,
mas tam bém de todos os cuidados” .
Sendo assim, dê a volta por cima. Deus está no controle da sua
vida e sabe exatamente o que está fazendo.
C a p ít u l o 5
AS IN T E R E S T A D U A IS DA P R O V ID Ê N C IA
Assim como eu, tenho certeza de que você já passou p o r algum re
trocesso doloroso. D e igual modo, é provável que, enquanto estiver
mos nesta terra, tenhamos de enfrentar outros tantos. Nossos planos
“perfeitos” foram virados de cabeça para baixo. D e repente não temos
ideia do que estamos fazendo ou de para onde estamos indo.
Capítulo 5 93
Isso É U M TESTE
José era grato a Deus por seu sucesso e sua promoção. Mas o Senhor
tinha em mente uma promoção maior para ele. Estou certo de que
José teria ficado satisfeito se as coisas tivessem perm anecido como es-
tavam. Entretanto, os caminhos do Senhor não são os nossos.
Se dependesse de nós, nossos sucessos continuariam indo de vento
em popa, em pleno acordo com nossas próprias ambições e objetivos.
Mas Deus tem todo direito de interrom per nossos planos a qualquer
m om ento para que o Seu plano, que é infinitam ente superior, seja
cum prido em nossa vida. O Senhor não tem nenhum a dificuldade em
96 Mesmo quando faz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
remover nosso sucesso quando isso serve aos Seus propósitos. Este é
um princípio que não devemos esquecer: Antes de promover, Deus prova.
Se existe alguma dúvida quanto a esse princípio, o Salmo 105.16-
19 confirma exatamente isso na vida de José:
Deus tinha uma razão para o retrocesso doloroso de José que esse
jovem piedoso ainda não podia enxergar. Ele estava prestes a ser sub
m etido a outra prova excruciante.
Para ingressar na universidade nos Estados Unidos, é necessário
fazer o exame do SATIX (Scholastic Aptitude Test — Teste de Apti
dão Escolar). Para ser promovido por Deus, também é preciso passar
no SAT, só que, no vocabulário do Senhor, a sigla SAT quer dizer
Setback And Trial [Retrocesso e provação]. E, no caso de José, ela
tam bém queria dizer Sex A nd Temptation [Sexo e tentação]. U m a
m ulher egípcia “ cheia da grana e do botox, lipoaspirada, siliconada e
toda esticada” estava de olho nele.
E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia
do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era form oso de
aparência e form oso à vista. E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher
de seu senhor pôs os olhos em José e disse: D eita-te comigo. Porém ele recu
sou e disse à mulher do seu senhor: E is que o meu senhor não sabe do que
há em casa comigo e entregou em m inha mão tudo o que tem. N inguém
há maior do que eu nesta casa, e nenhum a coisa me vedou, senão a ti,
porquanto tu és sua mulher; como,pois, faria eu este tamanho mal e pecaria
contra D eus? E aconteceu que, falando ela cada dia a fo sé, e não lhe dando
ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, sucedeu, num certo dia,
lx U m exam e educacional pad ro n izad o nos Estados U n id o s aplicado a estudantes d o ensino m éd io que serve
d e c rité rio para admissão nas universidades n o rte -a m e ric a n as (sem elhante ao E N E M brasileiro).
Capítulo 5 97
que veio à casa para fa z e r o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali.
E ela lhe pegou pela sua veste, dizendo: D eita-te comigo. E ele deixou a
sua veste na mão dela, efu g iu , e saiu para fora. E aconteceu que, vendo ela
que deixara a sua veste em sua mão e fugira para fora, chamou os homens
de sua casa e falou-lhes, dizendo: Vede, trouxe-nos o varão hebreu para
escarnecer de nós; entrou até m im para deitar-se comigo, e eu gritei com
grande voz. E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a m inha vo z
e gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora. E ela pôs a
sua veste perto de si, até que o seu senhor veio à sua casa. Então, falou-lhe
conforme as mesmas palavras, dizendo: Veio a m im o servo hebreu, que nos
trouxeste para escarnecer de mim. E aconteceu que, levantando eu a minha
v o z e gritando, ele deixou a sua veste comigo e fu g iu para fora.
G ê n e s is 3 9 .6-1 8
Por isso, lemos em 1 Tim óteo 4.16 ( n v í ) : A tente bem para a sua pró
pria vida e para a doutrina. Precisamos atentar bem para a nossa maneira
de viver e para as convicções que temos sobre Deus e Sua Palavra.
Estou tocando nesse assunto por uma razão: as convicções que
José tinha sobre Deus determ inaram a maneira como ele reagiu à ten
tação sexual. Seu com portam ento não estava separado das suas con
vicções; pelo contrário, estava ligado a elas e foi uma conseqüência das
mesmas.
José sabia que Deus era soberano, mas tam bém acreditava que ele
era responsável diante do Senhor por suas escolhas. José atentava bem
para a sua própria vida e para a doutrina — ambas eram mais im por
tantes para ele do que o seu sucesso.
Sim, José sabia que Deus estava no controle. Ele tinha plena cons
ciência de que o Senhor comandava sua vida, mas tam bém sabia que
ele próprio era responsável por andar cuidadosa e prudentem ente na
vereda em que o Senhor o havia colocado. Existe um equilíbrio bíbli
co que devemos m anter sempre diante de nós: Deus é soberano, mas
nós somos responsáveis.
José havia alcançado esse equilíbrio. Q uando aquela mulher egíp
cia, pagã e rica tentou seduzi-lo, ele já tinha sua reação preparada. Pre
cisava decidir o que fazer quanto à esposa de Potifar. Ele dormiria ou
não com ela? E José precisava tomar essa decisão todos os dias porque
ela tentava seduzi-lo todos os dias. Ele não foi provado apenas uma vez,
porém o era diariamente — ela nunca o deixava em paz. Não é preciso
muita imaginação para concluir que ela deve ter usado todos os truques
femininos possíveis e imagináveis na tentativa de fazê-lo ceder.
A ênfase deste livro tem sido o fato de que Deus é soberano e de
que todas as coisas estão sob o Seu cuidado e o Seu plano providen
ciais. Ele está no controle!
Essa é a mensagem central. Todavia, esse princípio fundamental
não nega o fato de que o hom em é responsável por suas escolhas e
decisões! Tal verdade está presente na resposta primorosa de José ao
convite daquela m ulher ímpia: Como, pois, posso eu cometer este grande
mal, e pecar contra Deus?
Capítulo 5 99
José não hesitou nem racionalizou. Ele não minim izou ou subes
tim ou a seriedade da tentação — e foi por isso que saiu correndo, não
andando, daquela nuvem de perfume e daquele aposento! Ele chamou
o convite dela de grande mal. Isso era absolutamente claro para José. Ele
não podia nem iria trair o seu Deus soberano.
C ontudo, José era humano, 100% hom em , e isso não deve ter
sido fácil. Deus colocou a Predadora no caminho de José para provar
o coração e a determinação desse jovem. Enquanto dia após dia a m u
lher desavergonhada jogava seu charme para cima de José, Deus estava
provando o caráter, a pureza e a fidelidade do Seu servo.
U m dia, a Predadora pensou ter armado uma cilada perfeita. Não
havia mais ninguém em casa, e, quando José apareceu, ela o agarrou,
puxando-o para a sua cama. Mas, em vez de aceitar sua proposta sexual,
ele literalmente correu do quarto.
Para a Predadora, aquela fora a última gota. Você já ouviu o velho
ditado “Hell hath no fury like a wom an scorned” [A fúria do inferno
não pode ser comparada à de uma m ulher desprezada]? Sentindo-
-se desprezada pelas inúmeras negativas de José, a Predadora decidiu
vingar-se.
E aconteceu que, ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher, que lhe
falava, dizendo: Conforme estas mesmas palavras m e fe z teu servo, a sua ira
se acendeu. E o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere, no
lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere.
G ê n e s is 39.1 9,2 0
Interrompemos e s t e p r o g r a m a ...
P erplexo n a prisão
O Senhor estivera com José na casa de Potifar e agora estava com ele
na prisão. E tem mais: o Senhor prosperou José e deu-lhe graça aos
olhos do carcereiro. Em pouco tempo, José havia se tornado respon
sável pela prisão inteira.
José amava o sucesso que havia experimentado no palácio de
Potifar. Ele aprendera diversas coisas à medida que Potifar lhe dele
gara cada vez mais responsabilidade. José descobrira talentos que não
sabia que tinha. A mansão de Potifar era imensa, por isso José teve de
aprender a fazer orçamentos, planilhas, inventários e a administrar os
recursos humanos. Depois de algum tempo, ele havia aprendido tudo
que podia ser aprendido naquela posição. José não sabia disso, mas já
havia extraído todas as lições possíveis daquela situação.
José gostava de sua posição e de seus privilégios, mas não podia
continuar ali, pois Deus queria que ele aprendesse outras coisas. E
onde ele as aprenderia? N a prisão do faraó! Em pouquíssimo tempo,
José estava dirigindo a prisão, assim como havia dirigido a grande
propriedade de Potifar.
Aquela era mais uma etapa da sua preparação. E é justam ente
nisso que consistem os retrocessos dolorosos: Deus interrom pe nossos
planos, esperanças e sonhos para cum prir o Seu plano em nossa vida.
As vezes uma prova severa nos deixa estonteados e cegos. Se não
tivermos cuidado, o choque e a desorientação causados por essa perda
nos levarão à depressão e até ao desespero.
U m dos melhores amigos de W inston Churchill era um físico
brilhante e excêntrico, o professor universitário F. A. Lindemann. O
professor era um gênio, e nada comprova m elhor sua maneira peculiar
de encarar a vida do que algo que ele fez durante a Primeira Guerra
Mundial.
104 Mesmo quando faz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
S a i n d o do p a r a f u s o
grato por sua vida ter sido poupada; contudo, sentia-se muito solitário
no castelo. Estava longe de seus amigos e alunos. Durante vários meses
ele ressentiu sua permanência naquele lugar, embora soubesse que era
a única solução segura.
Então Lutero teve uma ideia. Por que não usar todo aquele tem
po livre para traduzir a Bíblia para o alemão? Se as pessoas pudessem
ler suas próprias Bíblias, as coisas seriam diferentes! Até aquele m o
m ento somente os padres podiam lê-la, já que estava escrita em latim.
Mas, se ele conseguisse traduzi-la para a linguagem com um do povo,
este poderia gravar a Palavra de Deus em seu coração.
E foi exatamente isso que Lutero fez. A Bíblia que ele traduziu
para o alemão abalou toda a Europa e continua sendo a tradução con
sagrada da Bíblia em alemão (Veith , 2005, p. 77)36.
O tem po que Lutero passou no Castelo de W artburg transformou
a vida dos milhões de pessoas que leram sua tradução das Escrituras ao
longo dos séculos. Ele pensou que m orreria pelo fogo, mas a intenção
do Senhor era que Lutero incendiasse toda a Europa com o poder da
Palavra. Essa é a beleza das providências contraditórias de Deus.
E existe outra preciosidade nessa história. As prensas móveis de
Gutenberg, que na época de Lutero existiam em toda a Alemanha,
começaram a publicar milhares e milhares de exemplares da Bíblia
traduzida por ele. U m a coisa era Lutero traduzir a Bíblia, outra era sua
tradução ser impressa e distribuída a milhares de pessoas.
Cem anos antes, isso não poderia ter acontecido. N o entanto, a
providência de Deus estava trabalhando tanto na vida de Gutenberg
como na de Lutero. E a Palavra foi difundida, dando origem à Reforma.
Q uando somos abalados por uma providência contraditória, que
não faz sentido algum para nós, precisamos dar um passo atrás, deixar
nossa pulsação galopante se acalmar por um m om ento, e lembrar que
o Senhor está trabalhando (de algum modo) em nosso favor.
N o m om ento em que Lutero foi seqüestrado, tudo o que ele p o
dia enxergar era um retrocesso doloroso. N ão lhe passava pela cabeça
que Deus transformaria aquela situação para promover um extraordi
nário avanço do evangelho.
108 Mesmo quando faz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
José deve ter entrado em choque durante sua prim eira noite no cala-
bouço egípcio.Tudo o que havia conquistado acabara de lhe ser tirado.
N o seu entender, ele jamais teria outra oportunidade. N ão podia en
xergar nenhum a esperança para o seu futuro. Sua reputação havia sido
aniquilada por uma m ulher extremamente poderosa e influente. D o
ponto de vista de José, ele não tinha nenhum futuro no Egito.
Imagine que o Senhor tivesse sentido pena desse jovem sofrido
e desapontado. Imagine que Ele tivesse visitado aquele calabouço à
m eia-noite e sussurrado as seguintes palavras ao ouvido de José:
“José, escute bem. Eu sei que você está sofrendo e também sei
que não pode com preender o porquê de tudo isso estar lhe aconte
cendo. Sei que essa situação deve estar sendo devastadora para você.
Por isso, decidi fazer algo que não costumo fazer. Decidi lhe contar o
motivo por que o coloquei aqui. Está pronto? Bem, é o seguinte:
D entro de pouco tempo, você dirigirá esta prisão. Eu lhe darei
graça aos olhos do carcereiro, e ele entregará tudo em suas mãos, exa
tamente como Potifar.Você aprenderá coisas aqui que não poderia ter
aprendido na casa do oficial. Por isso coloquei você aqui. D entro de
algum tempo, dois dos oficiais do faraó serão presos. Eles terão sonhos
distintos, e você interpretará o sonho de cada um deles. U m dos ofi
ciais viverá, e o outro morrerá, exatamente conform e a sua interpreta
ção. Q uando um deles voltar a trabalhar para o faraó, você pedirá a ele
que não se esqueça de você, mas ele se esquecerá. Eu o farei esquecer,
e você permanecerá aqui por mais dois anos.
Está me acompanhando, José? Ao fmal desse período, darei um
sonho ao faraó que o deixará apavorado. Ele chamará todos os seus
magos e conselheiros, mas nenhum deles será capaz de interpretá-lo.
Então farei o copeiro se lembrar de você. Ele falará de você ao faraó
e lhe contará sobre os sonhos que você interpretou. O faraó mandará
chamá-lo, você se apresentará diante dele e anunciará que eu enviarei
sete anos de prosperidade seguidos de sete anos de fome.Você o acon
selhará a escolher um hom em sábio para administrar o Egito durante
os anos de prosperidade, para que o m undo inteiro possa sobreviver
Capítulo 5 109
José não estava preocupado em jogar tênis. Ele estava preocupado com
o curso de sua vida. Em bora estivesse a apenas dois anos de uma gran
de realização, esse jovem precisava travar uma batalha primeiro. Tinha
de lutar contra as esperanças despedaçadas.
Com a sabedoria que Deus lhe deu, Salomão descreveu bem os
efeitos de uma esperança frustrada: A esperança demorada enfraquece o coração,
mas o desejo chegado é árvore de vida (Pv 13.12). E um excelente resumo.
Q uando nos enchemos de esperança de que nosso sonho está
prestes a realizar-se e de repente tudo vai por água abaixo, nosso co
ração desfalece. N ão existe dor mais profunda do que o sofrimento
emocional. E todos nós já passamos por isso.
A esperança despedaçada é como um chute no estômago. Q uan
do uma grande esperança é frustrada, a vida pode tornar-se um infer
no na terra.
Esperanças destroçadas muitas vezes andam lado a lado com a de
cepção e o desgosto. Perdemos a esperança quando somos esmagados
e surrados pelas decepções e tristezas da vida. Você já passou p or isso,
e eu também.
0 COPEIRO E 0 PADEIRO
0 silêncio de D eus
Fora do controle
Q uando nossas esperanças são despedaçadas, nossa vida parece ter per
dido totalmente o controle. Não há mais plano, nem estrutura, nem
organização. Nada mais faz sentido. Q uando nossas esperanças são es
tilhaçadas, a “cola” que m antém a vida estruturada se perde — ou pelo
menos essa é a impressão que temos.
Abraham Lincoln era um desastre ambulante. E ninguém sabia
m elhor disso do que seu parceiro W illiam H erndon. Este descreveu
assim o hom em com quem trabalhou durante anos:
Q uem está em Cristo sabe que Deus nos ama tanto que enviou o
Seu próprio Filho para m orrer por nós. Porém, talvez você diga: “Eu
sou um grande pecador” . Sim, isso é verdade, e foi por isso que Deus
enviou o Senhor Jesus. Ele está a seu favor, e, como Davi disse no Sal
mo 57.3, Ele dos céus enviará seu auxílio e me salvará.
Deus está prestes a enviar-lhe o Seu auxílio porque Ele é o gran
de transator dos seus negócios.
Q uando sua esperança é despedaçada por causa do aparente silên
cio de Deus, o plano do Senhor para a sua vida continua em vigor. Seu
plano não pode ser frustrado, tampouco adiado. Também não pode
ser obstruído, impedido, nem sair do cronograma do Senhor. Deus
cumprirá a obra dele em sua vida, cuidará dos seus negócios. N inguém
pode resistir ao Seu plano. N inguém , absolutamente ninguém, pode
atrapalhá-lo.
Mas nem sempre vemos as coisas dessa forma. Q uando nos en
contramos na caverna das circunstâncias ou na prisão das decepções,
a prim eira coisa que fazemos é questionar Deus ou julgar a maneira
como Ele está trabalhando. Aliás, às vezes parece que o Senhor não
está fazendo nada, que Ele tirou férias prolongadas, e então começa
mos a m urm urar e a reclamar.
Todos nós já passamos por isso e tivemos essa atitude. Em vez de
agradecermos a Deus e entregarmos a Ele o nosso caminho, começa
mos a julgar precipitadamente nossas circunstâncias e a questionar a
benignidade do Pai. Começamos a acusar o Senhor como um ávido
prom otor de justiça acusa um time de lacrosseXI.
Thingsfor Good [Todas as coisas para o bem] ,jde Watson, e The Mystery
o f Providence [O mistério da providência], de Flavel. Comprei os dois na
mesma livraria no mesmo dia e venho digerindo ambos desde então.
Q uando se trata da providência de Deus, tanto Watson como Flavel
sabem do que estão falando. O assunto aparece em todas as páginas das
suas obras. Ambos eram homens brilhantes, mas não escreviam apenas
para impressionar o pessoal de O xford ou de Cambridge. Eles viviam
essas verdades debaixo de pressão e perseguição inimagináveis.
Você tem ideia do que aconteceria se o governo de repente de
cretasse que todos os pastores que pregassem o evangelho de Jesus
Cristo deveriam ser imediatamente removidos de suas igrejas? Era
exatamente isso que estava acontecendo na Inglaterra em 1662.
A Igreja e o Estado eram a mesma entidade na época, e com isso
o rei de repente ordenou a remoção imediata de todos os pastores
conservadores que cressem na Palavra de Deus de suas igrejas. Eles
foram proibidos de pregar e obrigados a m anter uma distância de oito
quilômetros de qualquer cidade. Depois de perderem suas igrejas e seu
único meio de sustento, esses pastores foram expulsos das cidades sem
nenhum a provisão para si nem para suas famílias. Esse evento ficou
conhecido como The Great Ejection [A grande expulsão].
Tanto Watson como Flavel foram expelidos de suas igrejas. Watson
escreveu o livro A li Things fo r Good para encorajar seus colegas que
também haviam sido expulsos de suas igrejas.
O pai de John Flavel era um dos pastores que haviam sido expul
sos. Ele foi preso, m orrendo pouco depois durante a peste de 1665.
Flavel teve de lidar com a amargura de ver o pai ser falsamente acusado,
emprisionado e empobrecido. Com o se isso não bastasse, sua própria
vida estava em constante perigo. Ele foi expulso de sua igreja, de sua
casa, e forçado a viver sob a pressão diária de saber que poderia ser
preso, torturado e m orto a qualquer momento.
Então, quando John Flavel nos aconselha a não prejulgarmos o
agir de Deus no m om ento em que as coisas não vão conform e gos
taríamos, ele sabe por experiência própria do que está falando. Seus
escritos não eram um mero exercício intelectual. Flavel escrevia sobre
Capítulo 6 125
Q uando os p ie d o s o s são m o r t o s
Q uando Steve Saint tinha cinco anos, esperava que seu pai voltasse
de sua expedição à selva a tempo para o jantar. Todavia, seu pai não
voltou, assim como os outros quatro homens que estavam com ele no
coração da Floresta Amazônica. N enhum deles saiu de lá vivo. Foram
atravessados pelas lanças dos índios Aucas no dia 8 de janeiro de 1956.
Os Aucas na verdade são índios da tribo Waodani, mas também
são conhecidos como Aucas, que significa assassinos selvagens. A espe
rança que Steve tinha de ver seu pai de novo foi estilhaçada. Esse é um
remédio amargo para um m enino de cinco anos. Entretanto, acompa
nhado da mãe, da tia e de algumas das esposas dos outros missionários
martirizados, Steve continuou vivendo entre os homens e as famílias
que mataram seu pai.
A bondade de Deus tirou esses assassinos da escuridão espiritual
e os aproximou dele. O episódio resultou num fruto tremendo, mas o
126 Mesmo quando a esperança é interceptada, Deus está no controle de esperanças.
B each para transform ar suas vidas para m elhor. A lém disso, para
m im seria suficiente saber que, p o rq u e M incaye m ato u o m eu pai,
m in h a fam ília agora te m o privilégio de am á-lo e de ser am ada p o r
ele. E p o rq u e m e u pai, Jim , E d, P e te r e R o g e r estavam dispostos
a m o rrer, K im o, D y u w i, G ikita, O m p o d ac,T em en ta, G aba, O dae,
T idi, D aw a, C aw aena, C o b a, G aacam o, seus filhos, netos, bisnetos
e m uitos outros terão u m a o p o rtu n id a d e de viver. Se eu pudesse
voltar n o tem p o agora m esm o e reescrever o roteiro desse filme,
não m u d aria u m a cena sequer. C o n seg u i co m p reen d er que a vida
é com plexa e cu rta dem ais para que a história seja dirigida p o r
am adores. P refiro deixar o M estre C o n ta d o r de H istórias escrever
a m inha. (S a i n t , 2005, p. 59, 60)42
Sua tese foi prontam ente aceita, e Einstein de algum m odo con
seguiu evitar a longa espera. Só um gênio poderia realizar tal proeza.
Essas coisas não funcionam assim para o restante de nós, pobres m or
tais com Q I abaixo de 180.
Esperar é como comer cascalho. N inguém em perfeito juízo deseja
fazê-lo. Por quê? Porque nenhum de nós gosta de esperar — por nada.
José tinha sido encarcerado por causa de um a falsa acusação. Ago
ra era obrigado a esperar. Q uanto tem po demoraria a ser solto, se é
que isso aconteceria? Ele não tinha ideia. Sabemo? pelo relato bíblico
que José perm aneceu no calabouço por dois anos, mas ele não ima
ginava que seria assim. Devia achar que ficaria preso por anos a fio e
que acabaria m orrendo naquele lugar.
Q uando você está esperando numa prisão egípcia ou quando está
preso em uma circunstância difícil, não há m uito que fazer. E quanto
mais você espera, mais desencorajado fica.
Por que Deus não faz algo miraculoso e muda instantaneamente
nossa situação quando estamos esperando? R o b ert J. M organ tem uma
excelente resposta para isso:
0 PROPÓSITO P R O V ID E N C IA L DA ESPERA
xn A Federal A viation A d m in istratio n (FAA) é a en tid ad e go v ern am en tal responsável pelos regulam entos e
todos os aspectos da aviação civil am ericana.
Capítulo 7 135
Os caçadores não podiam ver uma boa razão para a sua espe
ra. Entretanto, havia uma boa razão — eles apenas não conseguiam
enxergá-la da sua perspectiva. R ocky teve de esperar tanto quanto
eles. Sabia muito bem por que estava esperando, mas isso não m udou
a situação. Ainda assim ele teve de esperar. R ocky esperou sabendo o
porquê da espera; os caçadores tiveram de esperar no escuro.
Se você está esperando Deus agir, talvez Ele tenha algumas razões
muito boas para a Sua demora. Aliás, eu não diria talvez. C om certeza
Ele tem razões importantes das quais você não tem nenhum conheci
mento. Então, por que não entrega suas frustrações ao Senhor e confia
nele, certo de que Ele conhece o m elhor caminho?
Vamos lá. Pouse este livro, abaixe sua cabeça, e entregue tudo a
Ele. Diga a Deus o que está em seu coração. Desabafe sua ira, e depois
lhe diga que você está disposto a esperar, ainda que não entenda as
razões para isso.
J osé e s pe r o u so b os c u id a d o s de D eus
José tinha certeza de que o copeiro, por ter acesso direto ao faraó, seria
seu passaporte para fora da prisão. E José estava certo. O copeiro seria
o instrum ento usado por Deus para levar José ao faraó. O problema foi
que José achou que isso aconteceria imediatamente, mas as coisas não
sucederam assim. Ele seria obrigado a ver os dias se arrastarem naquela
prisão por mais dois anos inteiros. Entretanto, o Senhor estava com ele
durante todo esse tempo. José permanecia sob os Seus cuidados.
Q uando R ocky foi forçado a esperar pelo grupo de caçadores
na pousada, ele fez o máximo ao seu alcance para que tudo estivesse
preparado quando o avião finalmente pudesse ir resgatá-los. Porém,
R ocky teve de esperar tanto quanto eles. Suas mãos estavam atadas.
As mãos do Senhor nunca estão atadas. Se as circunstâncias de
nossa vida parecem amarradas, tenha certeza de que foi o próprio
Deus quem as amarrou. Isso faz parte do Seu plano.
Capítulo 7 137
Se você tem esperado por muito tempo, saiba que isso não é
um erro. Deus o guardará e o carregará em Seus braços enquanto
você espera nele, e continuará a fazer isso quando a espera terminar.
O Senhor é quem nos carrega, quem supre as nossas necessidades e
sustenta-nos durante todo o curso de nossa vida na terra. As seguintes
passagens deixam isso bem claro:
Salvai, Senhor, vosso povo e abençoai a vossa herança; sede seu pastor,
le va i-o nos braços etern am ente.
S a lm o 28 .9 (A C R F v e r s ã o c a t ó lic a )
Porque este D eus é o nosso D eus para sempre; ele será nosso guia até à
morte.
S a l m o 48.1 4
sem cuidar da vida. Ela não é uma desculpa para a passividade, nem
quer dizer que você vai passar o dia todo contando as flores no papel
de parede ou jogando paciência até a madrugada. Estamos falando de
períodos em que Deus o coloca num a situação difícil e o faz esperar
até que Ele dê uma solução ao seu dilema. Enquanto isso, você cuida
da sua vida, “pega o touro pelos chifres” e faz tudo o que estiver ao
seu alcance.
As Escrituras indicam que José estava disposto a esperar e a traba
lhar duro. N unca lemos que ele m urm urou contra o Senhor ou ficou
amargurado. Decidira, como é recomendado em 1 Pedro 4.19, confiar
sua alma ao fiel Criador, praticando o bem.
Esperar é um exercício de fé que demonstra o estado do nosso
coração. Esperar no Senhor é um ato de fé, e esta é o que separa os
homens dos meninos.
Saul e Davi, os dois primeiros reis de Israel, oferecem-nos um
nítido contraste pela maneira como reagiram a situações em que fo
ram forçados a esperar. Havia uma diferença enorm e entre esses dois
homens. U m estava disposto a esperar no Senhor; o outro, não. U m
estava disposto a ser treinado (Davi); o outro (Saul), não. Assim, Saul
com eçou bem, mas não term inou bem.
Saul era o hom em mais alto de Israel, porém era um fracote, por
que não tinha coragem de esperar. Certa ocasião, os filisteus haviam
enviado um exército imenso para atacar Israel, seu arqui-inimigo. Apa
vorado, o povo literalmente tentou esconder-se do exército invasor
em cavernas. Ao ver isso, a fé de Saul derreteu mais rápido que uma
escultura de gelo numa sauna. Em vez de esperar no Senhor pelo
tem po que o profeta Samuel determinara, Saul entrou em pânico e
resolveu agir por conta própria.
Preste bem atenção no que vou dizer: tirar os problemas das mãos
de Deus e tentar resolvê-los sozinho nunca é uma boa ideia. Aliás, o
resultado invariavelmente é um desastre.
Esperando pelo s i n a l v e r d e
deixou perplexo. Será que eu havia feito algo errado ou dito algo
inapropriado? N ão conseguia encontrar nenhum a razão para aquele
comportamento.
“O brigado por ter procurado um emprego para m im ” — disse eu
enquanto me levantava para sair da sala. “Entendo perfeitamente. Mas,
antes de partir, gostaria de deixar algo bem claro: só voltei hoje à tarde
porque o senhor me pediu que voltasse.”
“Perfeitamente. O brigado por ter vindo.”
Eu queria deixar bem claro que havia voltado a pedido dele, já
que seu com portam ento tinha sido tão radicalmente diferente na tar
de anterior.Tão diferente que cheguei a pensar que eu havia feito algo
para ofendê-lo. Depois de apertar sua mão, saí do imenso escritório e
entrei no elevador. Enquanto andava para o m eu carro, lem bro-m e de
ter pensado: “Pai, a mudança no com portam ento daquele hom em foi
tão radical que isso só pode ter vindo do Senhor” .
Naquele m om ento, eu sabia que aquela fora minha última opor
tunidade de ficar no seminário. Voltei para o m eu quarto, fiz as malas
e parti para a Califórnia na manhã seguinte.
O utra r o d a d a de espera
Pelo menos, pensei eu, poderia conseguir trabalho numa doca de car
ga e descarga em San José. Mas o que eu não sabia era que o desem
prego tam bém havia afetado a Califórnia. Pelos próximos seis meses,
esperei. Falei com todos os encarregados de docas que pude encontrar.
Procurei emprego por toda parte, mas por três meses nada aconteceu.
Finalmente, um dos encarregados me ligou e disse que eu pode
ria trabalhar uma noite por semana. Isso era m elhor que nada, mas não
era o suficiente. Eu estava m orando na casa dos meus pais e sentia-me
um fracassado. Tinha 25 anos e não estava indo a lugar nenhum . Meus
amigos estavam no seminário, na reta fmal para a formatura. E o que
eu estava fazendo? Eu permanecia sentado. Bem, não me encontrava
sentado somente porque gastava muito tem po preenchendo form u
lários de recrutamento. Todas as empresas que eu visitava diziam não
ter nenhum a vaga, então preencher formulários o dia todo era uma
perda de tempo.
144 Rebaixado e colocado no banco dos reservas... Deus está no controle das esperas.
R e s u m in d o
É fácil escrever sobre a espera, mas esperar é difícil. Talvez tenha sido
por isso que, enquanto escrevia este capítulo, continuava sendo obri
gado a esperar. Eu pensava que a resposta à promessa do Senhor tinha
chegado há meses e meses. N o entanto, ainda não chegara.
Enquanto escrevia este capítulo, precisei tirar uma semana de folga
porque em m eu próprio coração eu estava tendo dificuldade de acei
tar o tem po de Deus. Entendo o conceito da espera prolongada em
minha mente, mas esse entendim ento precisa chegar ao m eu coração.
Q uando todas as demais coisas falham, é preciso voltar às Escrituras.
148 R ebaixado e colocado no banco dos reservas... Deus está no controle das esperas.
1. P or o rd e m de D eus
2. Sob os cuidados de D eus
3. Sob o trein am en to de D eus
4. Pelo tem p o de D eus (M organ, 2001, p. 13)50
Ele tem tudo sob controle, mesmo que esteja faltando um a frase
[para você alcançar o esperado milagre, como ocorreu com a tese de
Einstein].
C a p ít u l o 8
Indivíduos influentes...
Deus está no controle dos poderosos
Xl!l D o c e o rig in ário da N o v a Inglaterra, sem elhante ao alfajor, q u e consiste de dois biscoitos re d o n d o s do tipo
m aizena recheados d e m arsh m allo w e co m c o b ertu ra de chocolate, banana o u coco.
150 Indivíduos influentes... Deus está no controle dos poderosos
U m a a c u s a ç ã o falsa
N a época de José, o faraó era o hom em mais poderoso da terra. Ele ti
nha acesso a todos os luxos e privilégios que se pode imaginar (exceto
a MoonPies, pois nasceu uns 2.900 anos antes da criação dessas delícias).
José estava preso no cárcere do faraó. Eu não estou preso, mas
conheço alguém que está. Trata-se de um hom em nascido num res
peitável lar cristão, que teve uma educação exemplar, ou seja, a última
pessoa que você imaginaria ver na prisão.
Q uem conhece o caso concorda que ele não deveria estar atrás
das grades. Sem querer entrar em detalhes, a situação desse hom em é
a seguinte: ele foi acusado, ju n to a um punhado de indivíduos, de ter
cometido um crime de colarinho branco. Os demais foram acusados
de crimes muito mais graves. Todos, porém, incluindo o advogado de
acusação, concordam que ele não deveria ter sido preso. O fato, po
rém, é que ele o foi.
Depois de passar anos lutando contra a sua condenação e de ter
gastado praticamente cada centavo que tinha, esse hom em decidiu
Capítulo 8 151
negociar: ele não seria preso, e todo o episódio seria esquecido. Toda
via, logo depois de firmar o acordo, ele recebeu u m telefonema infor
mando que iria para a cadeia de qualquer jeito. Algum juiz poderoso
havia intervindo no caso e anulado o acordo.
Então, duas semanas depois do nascimento do seu prim eiro filho,
ele foi encarcerado num a prisão federal por um crime que não tinha
cometido, para cum prir uma sentença que não merecia. Esse hom em
é cristão e havia participado de um grupo de estudo bíblico do qual
eu fora o líder por muitos anos.
Então, como isso se encaixa no conceito de que Deus está no
controle de indivíduos poderosos? O advogado dele entrou com um
recurso, mas, daqui que o seu caso seja revisto, ele já terá cum prido a
sentença.
Alguém muito poderoso invalidara o acordo, mas Deus está no
controle de indivíduos poderosos. Isso faz algum sentido?
usados por Ele para os Seus propósitos. E fazem exatamente o que Ele
ordena. Essa é uma declaração e tanto sobre o poder que o Senhor exer
ce sobre os reis da terra: Ele toma o coração dos poderosos e inclina-o,
como correntes de água, na direção que bem entende.
N em todos os cristãos creem nisso e nem todos os pastores acre
ditam nesse ensinamento claro das Escrituras.
U m pastor certa vez questionou o poder que Deus exerce sobre
indivíduos poderosos: “Deus não pode simplesmente passar por cima
do livre-arbítrio das pessoas quando este entra em conflito com a Sua
vontade. Já que Deus decidiu criar o m undo da form a como ele é,Ele
não pode garantir que Sua vontade seja feita em todas as situações.
Precisamos tolerar e contornar com sabedoria a irrevogável liberdade
dos agentes humanos e espirituais” ( B o y d apud B r i d g e s , 2006, p. 28)53.
Então, deveríamos presumir que homens poderosos supostamen
te têm mais poder do que Deus? Eles podem fazer o que bem enten
dem ,enquanto o Senhor está de mãos atadas?
Provérbios 21.1 declara que Deus subjuga o livre-arbítrio e faz o
que entende como o melhor. Inúmeros outros versículos ensinam o
mesmo princípio. - - .. "
Isso me lembra o rei N abucodonosor no capítulo 4 de Daniel. N a
época, ele era o hom em mais poderoso da terra. N ão é de espantar que
todo aquele mimo, lisonja e adulação lhe tivessem subido à cabeça.
Q uando N abucodonosor assumiu as rédeas do poder na Babilô
nia, seu ego embarcou numa viagem interestelar. Ele não achava que
Deus era grande, mas sim que ele era grande. Então, um ano depois
de ignorar um alerta de Daniel, N abucodonosor recebeu do Senhor a
m ente de um animal. D urante os próximos sete anos, ele pastou com
as vacas no campo. N o fmal desse período, Deus restaurou sua mente.
Ele se tornou fortem ente inclinado a admitir que o Senhor é grande.
Todavia, de acordo com o pastor que citei acima, o livre-arbítrio
dos seres humanos, assim como dos agentes espirituais, é irrevogável.
Devo presumir que ao m encionar agentes espirituais ele se referia a
anjos e demônios (que são anjos caídos). Então vamos ver se eu en
tendi: ele está afirmando que a vontade do hom em ou de um anjo
sobrepuja a vontade de Deus.
Capítulo 8 153
P or que o f a r a ó t i n h a p o d e r
Q uem mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos
palmos, e recolheu em uma medida o pó da terra, e pesou os montes e os
outeiros em balanças? Q uem guiou o Espírito do S E N H O R ? E que
conselheiro o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse
Capítulo 8 155
Por que eles caem? Sir John sugere inúmeras causas. Contudo, a
verdadeira razão, entalhada nas páginas das Escrituras, é que o Senhor
é quem os derruba. Deus está no controle das nações e de seus líderes
poderosos, incluindo os impérios listados a seguir:
são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os
desenrola como tenda para neles habitar; o que fa z voltar ao nada os prínci
pes e torna coisa vã os ju iz e s da terra. E não se plantam , nem se semeiam,
nem se arraiga na terra o seu tronco cortado; sopra sobre eles, e secam~se;
e um tufão, como pragana, os levará. A quem pois me fareis semelhante,
para que lhe seja semelhante? -- d iz o Santo. Levantai ao alto os olhos e
vede quem criou estas coisas, quem pro d u z por conta o seu exército, quem
a todas chama pelo seu nome; por causa da grandeza das suas forças e pela
fortaleza do seu poder, nenhum a faltará.
Is a ía s 4 0 .2 1 -2 6
Deus não dorm e jamais. Ele nunca cai no sono, nunca precisa ti
rar uma soneca à tardinha. O Senhor não dorm e porque jamais perde
energia. Isso é o que eu chamo de poder!
Mas o faraó, o qual todos temiam e consideravam tão poderoso e
aterrador, precisava dormir. Certa noite, lá para as nove ou dez horas,
ele com eçou a bocejar e a deitar o corpo no trono. Então colocou seu
“pijama de seda” e enfiou-se debaixo de seus lençóis de algodão egíp
cio de 300 fios para dormir. E, conform e o relato em Gênesis 41.1-8
( n v i ) , foi isso o que aconteceu:
Mais uma vez ele acordou e viu que estivera sonhando. Todavia,
não conseguiu esquecer os sonhos. O faraó ficou perturbado porque
sabia que significavam algo. Então, pela manhã, m andou chamar os
magos e sábios do Egito para que os interpretassem (afinal, para que
ele m antinha um bando de sábios na folha de pagamento?).
Aqueles homens deviam ter se formado em “universidades” egíp
cias equivalentes a Harvard,Yale e Oxford, mas, quando se tratava de so
nhos, eles eram totalmente incompetentes. Isso porque os sonhos do fa
raó vieram do Senhor, e as coisas de Deus se discernem espiritualmente.
Seria necessário chamar um hom em que conhecesse Deus para
interpretar os sonhos enviados por Ele. E já estava mais do que na hora
de o copeiro se lembrar daquele extraordinário jovem hebreu que
conhecera no calabouço do faraó.
G ê n e s is 4 1 .9 -1 3 ( nvi)
O utro rei p o d e r o s o
antes de ser preso, ele teria descrito a si mesmo como um cristão que
havia perdido o senso de prioridade em sua vida espiritual e que estava
afastando-se daquilo que sabia ser verdade.
Em sua carta, ele escreveu as seguintes palavras (que cito aqui
com sua permissão):
Falando e m d e s a s t r e s ...
Essa foi basicamente a interpretação que José fez dos sonhos que
tanto perturbaram o faraó. Nos dias de hoje, a boa notícia deixaria os
corretores da bolsa de valores e os economistas exultantes. A inflação
cairia, e os lucros chegariam ao teto!
Mas e quanto à segunda parte do boletim informativo — aquela
que afirmou que Deus enviaria uma calamidade duradoura que amea
çaria a própria existência do Egito como nação?
E provável que todos os membros da corte do faraó tivessem
uma opinião. Se fosse hoje, o tópico seria discutido incessantemente
Capítulo 9 167
A s sete vacas boas são sete anos, e as sete espigas boas são também sete
anos; trata-se de um único sonho. A s sete vacas magras efeias que surgiram
depois das outras, e as sete espigas mirradas, queimadas pelo vento leste, são
sete anos. Serão sete anos de fom e. “É exatam ente como eu disse ao faraó:
D eus mostrou ao faraó aquilo que ele vai fazer. Sete anos de m uita fartura
estão para vir sobre toda a terra do Egito, mas depois virão sete anos de
fom e. Então todo o tempo de fartura será esquecido, pois a fo m e arruinará
a terra. A fo m e que virá depois será tão rigorosa que o tempo de fartura
não será mais lembrado na terra. O sonho veio ao faraó duas vezes porque
a questão já fo i decidida por Deus, que se apressa em realizá-la. “Procure
agora o faraó um homem criterioso e sábio e coloque-o no comando da terra
do Egito. O faraó também deve estabelecer supervisores para recolher um
quinto da colheita do Egito durante os sete anos de fartura. Eles deverão
recolher o que puderem nos anos bons que virão e fa z e r estoques de trigo
que, sob o controle do faraó, serão armazenados nas cidades. Esse estoque
servirá de reserva para os sete anos de fo m e que virão sobre o Egito, para
que a terra não seja arrasada pela fom e.
G ê n e s is 4 1 .2 6 -3 6 ( nvi)
D eus c o n t in u a no tr o n o
Q uando um pastor diz que Deus não teve nada a ver com os eventos
de 11 de setembro (o que a citação no início deste capítulo parece
indicar), ele está tirando Deus do trono. Por que aquele pastor disse
isso? Acho que estava tentando inocentar o Senhor. Ele não quer que
as pessoas pensem que Deus é um sujeito malvado. Mas, quando afir
ma que o Senhor não teve nada a ver com aquele evento, o pastor está
cavando um buraco ainda mais profundo. Se Deus não teve nada a ver
com o 11 de setembro, então de algum m odo o incidente lhe passou
despercebido, e, se isso é verdade, Ele não está no controle absoluto
de tudo.
A verdade é que o Senhor não precisa que o inocentemos. Ele
não precisa ser defendido ou explicado. Talvez não conheçamos Seus
propósitos ao enviar os eventos de 11 de setembro, mas nem por isso
devemos negar que Ele estava no controle e que até mesmo planejou
o ocorrido.
Porque nós amamos e honramos a Deus, queremos que todos
tenham sentimentos positivos em relação a Ele e que todos tenham
suas perguntas respondidas. Porém, isso jamais vai acontecer. N enhum
Capítulo 9 169
Se você acredita na Bíblia, não pode negar que Deus está no con
trole das calamidades:
Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu
faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da m inha mão.
D e u te ro n ô m io 32 .39
Q uem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?
Porventura da boca do A ltíssim o não sai o mal e o bem?
L a m e n ta ç õ e s 3.3 7 ,3 8
Capítulo 9 171
V erdades duras
Em seu livro G od’s Greater Glory [A maior glória de Deus], o Dr. Bruce
Ware analisa cuidadosamente o ensinamento desses versículos:
A m aio ria dos cristãos afirm aria sem hesitar que D eus está no
con tro le de todas as coisas boas que aco ntecem ; afinal, T iago 1.17
declara que todo dom perfeito p ro ced e d o Pai das Luzes. P ortanto,
não deveríam os ficar surpresos o u p ertu rb ad o s ao lerm os nessas
passagens q u e o S e n h o r faz viver, o S e n h o r sara, o S en h o r e n riq u e
ce, o S en h o r exalta, o S e n h o r traz dias de prosperidade, o S enhor
endireita, o S en h o r fo rm a a luz, o S en h o r co ncede o bem -estar e
o S en h o r p rom ove o q u e é b o m .
M as o que é su rp reen d en te e elucidativo nesses versículos é que,
nas m esm as linhas, eles a trib u e m a D eus realidades hum anas que se
e n c o n tra m do lado o posto do espectro. O S en h o r não apenas faz
viver, mas Ele tam b ém m ata; E le não apenas sara, mas Ele tam b ém
fere. Aliás, a B íblia diz que o S en h o r em pobrece, o S en h o r abate,
o S en h o r faz to rto , o S en h o r traz dias de adversidade, o S enhor
cria as trevas e a calam idade, o S en h o r traz aquilo que é m au. [...]
Precisam os e n te n d e r as Escrituras, deixando que essas passagens
nos in stru am q u an to à extensão do controle soberano de D eus.
A inda q u e não consigam os co m p re e n d er satisfatoriam ente com o
o S en h o r controla o b e m e o m al sem que o Seu relacionam ento
co m o m al o co m p ro m eta m o ralm en te, esses versículos afirm am
claram ente que D eu s está n o con tro le de am bos. (W a r e , 2004, p.
70, 71)63
Tenho uma pergunta: será que Deus precisa de permissão para cortar
uma árvore? A resposta é não. O Senhor criou as árvores e é dono de
las. Ele envia tempestades e incêndios, com isso árvores são destruídas.
Mas às vezes Deus decide simplesmente tornar uma árvore oca.
H á pouco tem po uma cerimônia extraordinária ocorreu em Isra
el. Enquanto tocava o tronco oco de uma árvore que ele havia trazido
da Europa, um sobrevivente do Holocausto disse a uma audiência
fascinada: “Esta árvore salvou a m inha vida” .
Ao doar a árvore ao M em orial do Holocausto Yad Vashem em
Jerusalém, o polonês Jakob Silberstein contou que se escondera em
seu tronco oco quando os soldados alemães foram procurar judeus na
Tchecoslováquia no final da Segunda Guerra Mundial.
Capítulo 9 173
O, qual nos tempos passados, deixou andar todos os povos em seus pró
prios caminhos.
A to s 14.16
Porque não vos quero agora ver de passagem, mas espero ficar convosco
algum tempo, se o Senhor o p e r m itir.
1 C o rín tio s 16.7
E isso faremos, se D eu s o p erm itir.
H eb reu s 6.3
Ware então nos leva à conclusão que nos ajuda a resolver esse
dilema moral:
Então o Senhor perm ite que o mal ocorra quando serve Seus
propósitos santos e bons. E será que todos esses eventos — o que in
cluiria furacões, incêndios florestais, deslizamentos de terra, doenças,
acidentes e até mesmo a m orte — fazem sempre sentido para nós?
Capítulo 9 175
D e vqltâ a J osé
José olhou nos olhos do faraó e disse que haveria sete anos de fartura
seguidos de sete anos de fome absoluta. Fomes severas resultam de um
calor excruciante acompanhado de uma seca prolongada. Em outras
palavras, dias quentes sem nenhum a chuva. E quando você planta suas
safras num clima desse por sete anos, você se depara com uma fome —
um grande desastre natural. Alguém chame a F e m a [Agência Federal
de Gestão de Emergências] e ore para que seus agentes apareçam!
As companhias de seguro chamam os desastres naturais de “atos
divinos” . N ão é interessante que elas tenham mais senso teológico do
que alguns pastores contemporâneos?
Será que o mesmo pode ser dito de desastres que assolam o nosso
corpo?
M eu amigo Paul Lanier é médico. Seu hobby é a musculação. Ele
é um freqüentador assíduo dos estudos bíblicos que ministro em Dalas
às quartas-feiras à noite.
Mas preciso contar-lhe algo sobre Paul. Em bora ele tenha apenas
quarenta e poucos anos, não exerce mais a medicina. E tam bém não
pratica mais a musculação. Aliás, Paul não consegue nem levantar a
mão ou entrar andando na sala. Q uando vai ao estudo, seus amigos o
levam numa cadeira de rodas.
Paul é portador da doença de Lou G ehrig e perdeu a habilidade
de falar há alguns anos. A maioria dos homens acometidos dessa doen
ça m orre em dois ou três anos. Paul sofre dela há oito. E provável que
tenha conseguido sobreviver tanto tem po assim p or estar em forma
tão extraordinária antes de a doença atacar seu corpo.
A última coisa que me lembro de ter escutado Paul dizer antes
de perder a fala é algo extraordinário. Ele disse com muita dificuldade:
176 Deus programa o “boletim de meteorologia”...Ele está no controle da fome, do.
barco. Teriam de fazer uma travessia de 1,6 km até o outro lado do rio
à noite, sem nenhum a iluminação.
Assim que escureceu, os soldados começaram a carregar os barcos.
N inguém dizia uma palavra e nenhum a luz foi acesa. D urante toda a
noite, fizeram diversas viagens. C om o dia prestes a amanhecer, porém,
muitos homens ainda não haviam sido evacuados. Contudo, para a
surpresa de todos, minutos antes dos primeiros raios de sol iluminarem
a cena, uma densa névoa desceu sobre eles. Era impossível enxergar
mais de dois metros em qualquer direção. “M esmo depois do nascer
do sol, o nevoeiro perm aneceu tão denso quanto antes, enquanto na
margem de Nova Iorque do rio não havia nevoeiro algum” (M c-
C u l l o u g h , 2005, p. 191)69.
Pouco depois das sete da manhã, os últimos soldados desembar
caram em Nova Iorque, e em poucos minutos o nevoeiro havia se dis
sipado. Nove mil tropas americanas foram salvas das garras do inimigo
com a ajuda da escuridão e de um nevoeiro. Q uando este se desfez,
os oficiais britânicos ficaram abismados. Puderam ver os soldados de
W ashington acenando para eles do outro lado do rio.
Em seu livro 1766, David M cC ullough escreveu: “Mais uma vez,
inexplicavelmente, as circunstâncias — o destino, a sorte, a providên
cia, a mão de Deus, como muitos disseram — intervieram ” ( M c
C u l l o u g h , 2005, p. 191)70.
N ão foi o destino. N ão foi a sorte. O mesmo Deus que 200 anos
antes havia salvado a M arinha britânica agora a confundia.
Em 1588, Deus soprou, e eles se espalharam.Em 1776, Deus so
prou, e o nevoeiro se form ou. Davi expressou isso desta forma: O nosso
Deus está nos céus e fa z tudo o que lhe apraz (SI 115.3).
D ez a t o s d iv in o s
Senhor enviou dez pragas sobre o Egito, que hoje seriam conhecidas
como desastres naturais. Aliás, foram desastres sobrenaturais, ou seja,
atos divinos.
A M A I O R DE TO D AS AS DORES
D e v o l t a a 11 de s e t e m b r o
Este capítulo com eçou com uma pequena citação de um pastor rela
tiva aos eventos de 11 de setembro de 2001. Ele disse: “Deus não teve
nada a ver com os eventos de 11 de setembro de 2001” .
Muitas vezes nos perguntamos por que tantas pessoas sofreram
e m orreram naquele dia, um dia tão terrível na história dos Estados
Unidos. N o entanto, o que deveríamos nos perguntar seria quantas
pessoas se converteram pela devastação de 11 de setembro.
N ão é possível que o Senhor tenha usado o furacão Katrina para
trazer muitos ao Seu Reino?
Ele usou um pai quebrantado como Joe Bayly para proclamar o
evangelho no funeral de seu filho mais velho — e muitos jovens se
converteram.
Joe Bayly teria preferido que Deus tivesse usado outro método.
Paul Lanier também. Mas eles sabiam que os caminhos do Senhor não
são os nossos caminhos. Apesar disso, Seus caminhos são sempre certos
e bons, mesmo quando estão além de nossa habilidade de compreender.
C a p ítu lo 1 0
Q u e ro tudo. Agora.
— Q u e e n [b a n d a d e rock ]
Escravo aos 17 anos e rei aos 30. Essa foi a história de José, a qual
representa a maior promoção de todos os tempos. E ele não precisou
falsificar seu currículo para obtê-la.
D e acordo com um estudo recente, mais da metade dos america
nos já m entiram em seu currículo.
“U m a pesquisa realizada em 2004 pelo Government Accountability
Office (GAO)XIV descobriu que 463 funcionários de oito agências fe
derais haviam listado credenciais acadêmicas falsas em seu currículo.
Vinte e oito dos mentirosos ocupavam cargos do alto escalão, um nú
mero que o GAO considerou‘uma subestimação’” .73
D entre eles, os que ocupavam os cargos mais elevados incluí
am três gerentes com habilitações de segurança máxima na National
XIV Ó rg ão responsável pela au d ito ria, pelas avaliações e investigações do C ongresso dos Estados U nid o s. N o
Brasil, seria u m órgão co m objetivos similares aos da C o n tro la d o ria G eral da U nião.
184 Subindo a escada do sucesso egípcia... Deus está no controle de todas as promoções.
m antim ento nas cidades, e o guardem. A ssim , será o m antim ento para
provimento da terra, para os sete anos de fome que haverá na terra do
Egito; para que a terra não pereça de fome. E esta palavra fo i hoa aos olhos
de Faraó e aos olhos de todos os seus servos. E disse Faraó a seus servos:
Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de D eus? D e
pois, disse Faraó a José: Pois que D eus te f e z saber tudo isto, ninguém hã
tão inteligente e sábio como tu. Tu estarás sobre a m inha casa, e por tua
boca se governará todo o m eu povo; somente no trono eu serei maior que tu.
D isse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do E g i
to. E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o f e z vestir
de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o f e z subir
no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. A ssim , o
pôs sobre toda a terra do Egito. E disse Faraó a José: E u sou Faraó; porém
sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu p é em toda a terra do Egito.
G ê n e s is 4 1 .3 2 -4 4
U m a p e r g u n t a n o céu
Estou certo de que José tinha uma imaginação fértil. Porém, mes
mo em seus sonhos mais extravagantes, ele jamais poderia ter imagi
nado o que o Senhor tinha planejado para sua vida.
N ão se esqueça, contudo, de que ele não começou do topo. José
passou por um processo. E, como já vimos num dos capítulos anterio
res, antes de promover, Deus prova. Antes que o Senhor elevasse José
a um nível tão m onum ental de poder e responsabilidade, ele precisou
ser provado quanto à sua pureza.
P r o p o s it a d a m e n t e p u r if ic a d o
José devia ser um jovem muito talentoso. A forma acelerada como es
calou os diversos níveis de hierarquia na casa de Potifar — até que esti
vesse dirigindo toda a propriedade — revela como ele aprendia rápido.
José com certeza possuía excelentes habilidades interpessoais e uma
inteligência privilegiada. Mas todos nós já vimos jovens talentosos com
um potencial tremendo, porém sem um elemento essencial: caráter.
O caráter de José era testado dia após dia enquanto a m ulher de
Potifar tentava seduzi-lo sem sucesso. José sabia que teria de prestar
contas a Deus por suas ações e seu comportamento. N o entanto, essa
m ulher implacável não desistia. José era um jovem extremam ente ta
lentoso. Porém, Deus se certificou de que ele fosse propositadamente
purificado subm etendo-o ao fogo da tentação sexual proveniente da
m ulher de Potifar.
R ecentem ente fui lembrado da importância crucial da pureza
na vida daqueles que desejam ser usados por Deus. Estou falando de
188 Subindo a escada do sucesso egípcia... Deus está no controle de todas as promoções.
P a c ie n t e m e n t e preparado
P e r f e it a m e n t e p o s ic io n a d o
2002, p. 102)79
Instantaneamente p r o m o v id o
• José foi rejeitado p o r seus irm ãos; Jesus, pelos ju d eu s, Seus ir
m ãos segundo a carne.
• José foi v en d id o aos ismaelitas p o r 20 m oedas de prata;Jesus foi
v endido p o r Judas p o r 30 m oedas de prata.
• José foi colocado na prisão; Jesus foi colocado na sepultura.
• N a prisão, José apreg o o u a libertação ao co p eiro -m o r; Jesus
p ro clam o u o evangelho aos espíritos aprisionados.
• José tin h a dois com panheiros na prisão — u m foi liberto, e o
o u tro m o rreu ; Jesus tin h a dois crim inosos co m Ele no C alvário
— u m foi perdoado, e o o u tro escolheu a m o rte eterna.
• José foi p ro m o v id o ao trono. Jesus está assentado à direita do
tro n o de D eu s Pai e em breve será coroado R e i dos reis e Se
n h o r dos senhores. (M eyer, 1995, p. 381)84
Do útero a sepultura,
Deus está no controle de todos os eventos da sua vida,
e Ele fará com que tudo coopere para o seu bem
U m a p e r s p e c t iv a s o b r e a p r o v id ê n c ia
V io l ê n c ia e m e n t ir a
muitos anos numa prisão na Sibéria. Foi naquele terrível Gulag que
ele encontrou Jesus. Anos depois, quando Soljenítsin imigrou para os
Estados Unidos, ele ganhou o Prêm io N obel da Paz. Mas seu relato
foi muito criticado. Isso não deveria surpreender-nos, já que continha
tanta verdade. Em seu discurso, ele demonstrou a conexão entre a
violência e a mentira:
D or p e s s o a l
Vós bem intentastes mal contra m im , porém D eus o tornou em bem, para
fa z e r como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande.
G ê n e s is 50.20
outras enfermidades do coração hum ano não são bons. O que a pas
sagem afirma é que Deus usa todo o mal, todas as circunstâncias ruins
que ocorrem em nossa vida, para operar o bem em favor daqueles que
o amam e que foram chamados por Ele.
Foi exatamente isso que José declarou aos seus irmãos: “O mal
que vocês planejaram e fizeram contra m im para arruinar m inha vida,
Deus o intentou para o bem, para produzir o presente resultado” . E o
resultado a que ele se referia era que se tornara o corregente do Egi
to, por isso tinha poder para consolar aqueles que haviam planejado
destruí-lo e prover as necessidades deles. Q ue conclusão estranha para
circunstâncias tão complexas! Estranha, porém maravilhosa.
Thomas Watson escreveu:
A n tes dos anos de fom e, A zen a te, filh a de Potífera, sacerdote de O m , deu
a José dois filhos. A o primeiro, José deu o nome de Manassés, dizendo:
“D eus m e fe z esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de meu p a í”.
Capítulo 11 203
C a p ítu lo 3: N ão f o i p o r a c a s o . . .
D e u s e s t á n o c o n t r o l e de t o d a s a s c i r c u n s t â n c i a s
C a p ít u l o 4: P e g u e e s t e t r a b a l h o e e n g u l a ...
D eus e s tá no c o n tr o le de to d o o seu t r a b a l h o
3. O autor deste livro observou que os planos que Deus tinha para José
eram muito maiores do que ele jamais poderia ter imaginado. Que
planos! Reserve um momento agora para ler a oração encontrada em
Efésios 3.14-20, de preferência usando mais de uma versão da Bíblia.
Medite nas palavras infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou
pensamos. Em que áreas e circunstâncias de sua vida você talvez esteja
limitando o Senhor?
4. Reflita sobre a seguinte afirmação: “Deus tem todo o direito de inter
romper nossos planos a qualquer momento para que o Seu plano, in
finitamente superior, seja cumprido em nossa vida. O Senhor não tem
nenhuma dificuldade em remover nosso sucesso quando isso serve aos
Seus propósitos” . Isso significa que nós não deveríamos planejar nada?
Como podemos equilibrar um planejamento prudente com o enten
dimento de que os planos de Deus devem ter sempre a precedência?
5. Em 1 Timóteo 4.16a consta o seguinte: Atente bem para a sua
(n v i )
C a p ít u l o 6: M e s m o q u a n d o a e s p e r a n ç a é in t e r c e p t a d a .
D eus e s tá n o c o n tr o le de e s p e r a n ç a s d e s p e d a ç a d a s
1. O autor deste livro afirma: “Mas nada mata mais rápido o coração de
um homem do que a falta de esperança” . Como podemos manter
a esperança viva em nosso coração quando as circunstâncias da vida
parecem aglomerar-se contra nós?
2. O cantor de música country Garth Brooks gravou uma canção in
titulada Some of God’s Greatest Gifts Are Unanswered Prayers [Ora
ções não respondidas às vezes são os melhores presentes de Deus].
Fogados por Deus 213
Quando você olha para a sua vida em retrospecto, que orações agra
dece a Deus por, em Sua sabedoria, não ter respondido?
3. Esperanças despedaçadas são ferramentas que Deus usa para nos refi
nar e levar-nos à vida frutífera e superabundante que Ele deseja que
tenhamos. Imagine que alguém muito próximo a você sofra uma
decepção profunda e peça-lhe um conselho. Como você poderia
encorajar essa pessoa à luz do que tem aprendido neste capítulo?
4. Como você poderia usar as Escrituras para encorajar alguém pró
ximo a você que tenha enfrentado decepções e cujas esperanças te
nham sido despedaçadas?
5. Injustamente preso, José depositou suas esperanças no copeiro que
havia sido liberto da prisão e restaurado ao serviço do faraó. Q ue fim
levou essa oportunidade? Como podemos equilibrar a esperança que
investimos nas pessoas e nossa contínua esperança no Senhor?
6. O autor deste livro observa: “O copeiro realmente se tornaria o pas
saporte para a liberdade de José. Mas José não teria nenhuma notícia
dele por dois longos anos”. Parece que José acertara na mosca quanto
ao que e ao quem, mas não tinha nenhuma ideia do quando. Por que
Deus adiaria Sua resposta à nossa oração se Sua intenção é exatamen
te nos conceder essa resposta?
C a p ít u l o 7: R e b a ix a d o e c o l o c a d o n o b a n c o d o s r e s e r v a s ...
D eus está no controle das esperas pro lo ng adas
C a p í t u l o 8 : I n d i v í d u o s i n f l u e n t e s ...
D eus está no controle dos poderosos
4. O autor deste livro disse o seguinte acerca de seu amigo com uma do
ença terminal:“Ele sabe que a morte está próxima e que Deus já plane
jou o momento preciso da sua partida (Hb 9.27). Ele está em paz com
o seu futuro porque sabe que o Senhor já tem tudo planejado”. Leia
Jó 21.21, Atos 13.36 e Hebreus 9.27. O que esses textos dizem sobre o
tempo da nossa morte? Você se sente reconfortado com a verdade de
que Deus sabe exatamente quando você vai morrer? Por quê?
5. Por que as palavras “Deus está no controle” podem incomodar um
amigo enlutado em vez de reconfortá-lo? O que devemos dizer (se
é que devemos dizer algo) a pessoas nessa situação?
6. Margaret Clarkson disse: “A soberania de Deus é uma rocha inex
pugnável à qual o coração humano precisa apegar-se. As circunstân
cias de nossa vida não são acidentais; elas podem ser obra do mal, mas
nosso soberano Deus tem esse mal firmemente seguro em Suas mãos
poderosas [...] Todo o mal está sujeito a Ele, por isso o mal não pode
tocar Seus filhos a menos que Ele o permita” . N o entanto, o mal que
toca nossa vida ainda é o mal. Será que o entendimento de que o mal
não pode tocar-nos a menos que o Senhor o permita é realmente
reconfortante? Por quê?
C a p ítu lo 10: S u b i n d o a e s c a d a d o s u c e s s o e g í p c i a . . .
D eus está no c o n tr o le de t o d a s a s p r o m o ç õ e s e a v a n ç o s
1. O autor deste livro escreveu: “Se você serve a um Deus que está no
controle de tudo, incluindo promoções, então não precisa falsificar
seu currículo para causar uma boa impressão”. Lembre-se das pro
moções que já obteve. De que maneira você pode enxergar a mão do
Senhor por trás delas?
2. Em apenas algumas horas, o curso da vida de José foi mudado de
modo dramático e permanente. Uma porta foi escancarada diante
dele, e, embora José certamente estivesse surpreso, ele se encontrava
pronto para atravessá-la. Que lições você pode aprender aqui sobre
como andar com o Senhor a cada momento e estar instantaneamente
Foijados por Deus 217
ainda estamos vivos? O que Jesus disse sobre a recompensa que Deus
tem reservada nos céus para nós?
3. O autor deste livro afirma: “O que mais surpreende na providência
de Deus é que Ele é poderoso para transformar em bênção todo
o mal que vem contra você para feri-lo ou ferir aqueles que você
ama” . De que maneira você já viu esse princípio atuar em sua vida?
Como usaria essa verdade para aconselhar e reconfortar alguém que
foi ferido por um ataque injusto?
4. José chamou seus dois filhos de Manassés e Efraim. Esses nomes sig
nificam esquecimento e duplamente frutífero, respectivamente. De que
maneira eles refletem a promoção e a prosperidade repentina que o
Senhor concedeu a José?
5. N o último discurso de Estêvão, antes de ser morto por uma multi
dão, ele citou o exemplo de José e de como Deus o havia resgatado
do mal (At 7.9,10). Contudo, Estêvão não foi resgatado. Como você
concilia o fato de que Deus pode livrar, e algumas vezes livra, Seus
filhos dos males que os atingem na terra com o fato de que Ele nem
sempre faz isso?
6. Citando Romanos 11.33, onde está escrito que os caminhos do Se
nhor são inescrutáveis, Thomas Watson observou que não devemos
“procurar decifrar Seus caminhos, mas sim admirá-los”.Você já che
gou a um estágio em sua vida em que é capaz de louvar a Deus por
circunstâncias difíceis que não consegue entender? Que passo de fé
poderia tomar agora mesmo para demonstrar ao Senhor que você
está determinado a confiar nele, ainda que não entenda os Seus ca
minhos?
N otas b ib lio g r á fic a s
C a p ítu lo 1
C a p ítu lo 2
8 W a r f i e l d , B enjam in B. The Christian Workers Magazine, dez. 1 9 1 6 , p. 2 6 5 - 2 6 7 . D isponível em:
h o m ep ag e.m ac.com /shanerosenthal/reform ationlink/bbw predest.htm .A cesso 1 7 / 0 3 / 2 0 0 8 .
9 G i l b e r t , M artin. ChurchilV.A Life [Churchill: um a vida]. N e w York: H e n ry H o lt and Com pany,
1991, p. 956.
10 D isponível em w w w .geocities.com /dw w sm w 56/A storia.htm l.A cesso 1 7 /0 3 /2 0 0 8 .
11 T h o m a s , I. D. E. A Puritan Golden Treasury [U m precioso tesouro p uritano]. Carlisle, PA :T he
B anner o f T ru th Trust, 1997, p. 230.
1 2 D a v is , W alter B ruce. William Carey: Father o f M odem Missions [W illiam Carey: pai das missões
m odernas]. C hicago: M o o d y Press, 1963, p. 58.
13 D o u g l a s , J. D . & C o m f o r t , Philip W (ed.). W ho’s Who in Christian History [Q u em é q uem na
história do cristianism o], W h ea to n , IL:Tyndale, 1992, p. 132.
14 M u r r a y , C apud M e y e r , F. B. Patriarchs o f the Faith [Patriarcas da fé], C h a tta n o o g a,T N : A M G
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15 D isponível em w w w .hoover.org/publications/policyreview /2 930951.htm l. Acesso 1 7 /0 3 /
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16 B r a d l e y , Jam es. Flyboys [Jovens voadores]. B oston: Little, B row n and Com pany, 2003, p. 194-
197.
17 Ib id .,p . 197.
18 P a c k e r , J. I. Concise Theology [Teologia concisa], W h ea to n , IL:Tyndale, 1993, p. 33.
19 L l o y d - J o n e s , D. M artyn. Great Doctrines o f the Bible [Grandes doutrinas da Bíblia], Vol. 1, God
the Father, God the Son [Deus, o Pai; D eus, o Filho]. W h ea to n , IL: Crossway, 1996, p. 150.
220 Notas Bibliográficas
20 FR A M E ,John M . The Doctrine of God [A dou trin a de D eus], Phillipsburg, PA: P & R Publishing,
2002, p. 59.
21 D isponível em: h ttp ://p t.w ik ip e d ia .o rg /w ik i/H u m m e r. Acesso 3 0 /0 4 /2 0 1 2 .
C a p ítu lo 4
22 M e y e r , F. B. Great Men of the Bible [Grandes hom ens da Bíblia], vol. 1. G rand R apids, M I:
Z ondervan, 1981, p. 115.
23 A m b r o s e , Stephen E. Eisenhower: Soldíer and President [Eisenhower: soldado e presidente], N ew
York: Sim on and Schuster, 1990, p. 11,12.
24 Ib id ., p. 59.
25 Ibid., p. 53.
26 Ibid., p. 44.
27 Ibid., p. 48.
28 S p u r g e o n , C. H . The Treasury o f David [O tesouro de Davi], vol. 2. Pasadena, T X : Pílgrim ,
1983, p. 189.
29 A m b r o s e , Stephen E. Eisenhower: Soldier and President [Eisenhower: soldado e presidente]. N e w
York: Sim on and Schuster, 1990, p. 34.
C a p ítu lo 5
30 L a n d r u m , G len N . Profilcs o f Genius [Perfis de gênios], Buffalo, NY: Prom etheus, 1993, p. 91.
31 V e i t h , G ene E dw ard. A Place to Stand:The Word o f God in the Life of Martin Luther [U m lugar
de descanso: a Palavra de D eus na vida de M artin Luther], N ashville: C um berland, 2005, p. 101.
32 Z a c h a r i a s , R avi. Walkingjrom East to West [C am inhando do leste para o oeste], G rand R apids,
M I : Z ondervan, 2006, p. 139-141.
33 M a n c h e s t e r , W illiam . The Last Lion [O ú ltim o leão], N e w York: D ell Publishing, 1983, p.
781.
34 V e i t h , G ene E dw ard. A Place to Stand: The Word o f God in the Life o f Martin Luther [U m lugar
de descanso: a Palavra de D eus na vida de M artin L uther], Nashville: C um berland, 2005, p. 70.
35 Ibid., p. 71.
36 Ibid., p. 77.
C ap ítu lo 6
37 L a n d r u m , G len N . Profiles o f Genius [Perfis de gênios]. Buffalo, NY: Prom etheus, 1993, p. 161.
38 Ibid.
39 F l a v e l , Jo h n . The Mystery o f Providence [O m istério da providência], Carlisle, P A :T he B anner
o fT ru th Trust, 1678, p. 32.
40 M y ra , H a r o l d & S h e l l e y , M arshall. The Leadership Secrets o f Billy Graham [Os segredos de
liderança de Billy Graham ], G rand R apids, M I: Z ondervan, 2005, p. 59.
41 J o h n s o n , Paul. A History o f the American People [U m a história do povo am ericano]. N e w York:
H arp er Perennial, 1997, p. 438.
42 S a i n t , Steve. E nd o f the Spear [A extrem idade da lança], C arol Stream , IL: SaltRiver, 2005, p.
5 9 ,6 0 .
C a p ítu lo 7
43 M o r g a n , R o b e rt J. The Red Sea Rules [Os estatutos do m ar V erm elho]. Nashville: T hom as
N elson, 2001, p. 86, 87.
44 Ibid., p. 13.
45 M c E l v e e n , R ocky. W ild M en, Wild Alaska [H om em selvagem, Alasca selvagem]. Nashville:
T hom as N elson, 2006, p. 5.
46 Ibid., p. 158.
Foijados por Deus 221
47 Ibid.
48 Ibid., p. 159.
49 Ibid., p. 162,163.
50 M o r g a n , R o b e rt J. The R ed Sea Rules [Os estatutos do m ar V erm elho], Nashville: T hom as
N elson, 2001, p. 13.
C ap ítu lo 8
51 H i t c h e n s , C hristopher. God Is N ot Great:Why Religion Poisons Everything [Deus não é grande:
p o r que a religião envenena tudo]. N e w York: Twelve, 2007, p. 15,16.
52 B r i d g e s , Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realm ente no controle?] C olorado Springs:
NavPress, 2006, p. 29.
53 B o y d , G reg apud B R iD G E S.Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realm ente no controle?]
C olorado Springs: N avPress, 2006, p. 28.
54 C a r o , R o b e rt A. The Power Broker [O poderoso m ediador], N e w York: R a n d o m H ouse, 1974,
contracapa.
55 G lu b b , Sir Jo h n apud O d o m , G uy R . Mothers, Leadership and Success [Mães, liderança e sucesso].
H ouston: Polybius, 1990, p. 186.
56 D isponível em: h t tp : / / dariusthem ede.tripod.com /glubb.A cesso 1 7 /0 3 /2 0 0 8 .
57 G r a n t , G eorge. Carry a Big Stick:The Uncommon Heroism ofTheodore Roosevelt [C onduzindo
u m grande bastão: o heroísm o in co m u m de T h eo d o re R oosevelt], Nashville: C um berland,
1996, p. 176.
58 Ibid., p. 126.
C a p ítu lo 9
59 D isponível em: w w w .elizabethi.org/us/arm ada.A cesso 1 7 /0 3 /2 0 0 8 .
60 In: w w w .d esirin g g o d .o rg /R eso u rceL ib rary /S erm o n s/B y D ate/2 0 0 5 /2 2 3 _ T h e_ S u p rem acy _
oíL C hrist_ in_an_A ge_of_T error. Acesso 1 7 /0 3 /2 0 0 8 .
61 B r i d g e s , Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realm ente n o controle?] C olorado Springs:
NavPress, 2006, p. 58, 59.
62 W a r e , B ruce A. God’s Greater Glory [A mais grandiosa glória de D eus],W heaton, IL: Crossway,
2004, p. 72.
63 Ibid., p. 7 0 ,7 1 .
64 Ibid., p. 101, 102. O bviam ente não podem os, nas páginas deste livro, explorar cada questão e
nuança da soberania de D eus e com o ela opera em relação ao mal. Para isso, precisaríam os de
mais do que u m livro e, até m esm o, mais que um a biblioteca. Sugiro àqueles que querem estudar
este conceito mais detalhadam ente que adquiram God’s Greater Glory [A mais grandiosa glória
de D eus], do Dr. B ruce Ware, u m livro cuidadosam ente fundam entado na obra da providência
divina descrita na Bíblia. N a verdade, sugiro que adquiram dos exemplares dele, sendo que um
para dar de presente ao seu pastor. C o m certeza será u m presente m uitíssim o apreciado.
65 D isponível em: w w w .alertn et.o rg /th en ew s/n ew sd esk /L 0 8 1 6 0 7 5 4 .h tm . Acesso 17/032008.
6 6 W a r e , B ruce A. God’s Greater Glory [A mais grandiosa glória de D eus]. W heato n , IL: Crossway,
2004, p. 106,107.
67 Ibid., p. 106,107.
68 C o m o citado em B r i d g e s , Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realm ente no controle?]
C olorado Springs: NavPress, 2006, p. 61.
69 M c C u l l o u g h , D avid. 1776. N e w York: S im on and Schuster, 2005, p. 191.
70 Ibid.
71 W ie r s b e , W arren W The Bible Exposition Commentary: Pentateuch [O C o m en tário Bíblico
Expositivo: Pentateuco], C olorado Springs:Victor, 2001, p. 192.
222 Notas Bibliográficas
72 C o m o citado em B r i d g e s , Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realm ente n o controle?]
C olorado Springs: NavPress, 2006, p. 31.
C a p ítu lo 10
73 D isponível em: w w w .forbes.eom /leadership/2007/92/071eadership-resum e-jobs-lead-
careers-cx_ll_0207resum e.htm l?partner= rss. Acesso 1 4 /0 7 /2 0 0 7 .
74 W a t s o n , T hom as. A l i Thingsfor Good [Todas as coisas para o bem ], Carlisle, PA :T he B anner o f
T ru th Trust, 1663, 1986, p. 60.
75 P ip e r , Jo h n . The Roots o f Endurance [As raízes da resistência]. W h eato n , IL: Crossway, 2002, p.
124.
76 Ibid., p. 125.
77 L l o y d - J o n e s , D. M artyn. Spiritual Depression [Desânim o espiritual]. G rand R apids, M I: W B.
Eerdm ans, 1965, p. 158.
7 8 M e y e r , F. B. The Life ofjoseph [A vida de José], Seattle:Y W A M , 1 9 9 5 , p . 4 3 .
79 B e l m o n t e , K evin. Hero for Humanity: A Biography o f William Wilbeforce [H erói para a
hum anidade: um a biografia de W illiam W ilberforce], C o lorado Springs: NavPress, 2 0 0 2 ,p. 102.
80 Ibid., no verso da capa.
81 Ibid., p. 11.
82 P ip e s , Jo h n . The Roots o f Endurance [As raízes da resistência]. W h eato n , IL: Crossway, 2002, p.
117.
83 Ibid.
84 M e y e r , F. B. Patriarchs o f the Faith [Patriarcas da fé]. C h a tta n o o g a,T N : A M G Publishers, 1995,
p. 381.
C a p ítu lo 11
8 5 J o h n s o n , Paul. M odem Times: The Word from the Twenties to the Nineties [Tempos m odernos: a
Palavra dos anos 8 0 aos 9 0 ], rev. ed. N e w York: H a rp er Perennial, 1 9 9 1 , p. 3 4 1 .
8 6 O s G u i n n e s s . Unspeakable: Facing Up to Evil in an Age o f Genocide and Terror [Indescritível:
enfrentando o m al na era do genocídio e do terror], N e w York: H arperSanFrancisco, 2005,
página de introdução.
87 Ibid., p. xi.
88 W a t s o n , T hom as. A liThings for Good [Todas as coisas para o bem ], Carlisle, PA :T he B anner o f
T ru th Trust, 1663, 1986, p. 60, 61.
89 W ie r s b e , W arren W . The Bible Exposition Commentary: Pentateuch [O C o m en tário Bíblico
Expositivo: Pentateuco], C olorado Springs:Victor, 2001, p. 150.
90 S p r o u l , R . C. The Invisible Hand [A m ão invisível]. Dallas: W ord, 1996, p. 95.
91 R Y L A N D S,John c ita d o e m P a c k e r ,J . I. G od’s Plans forYou [P la n o s d e D e u s p a ra v o c ê ] .W h e a t o n ,
IL: C ro ssw a y , 2001, p. 9.
SÉSr \ - r f l
Steve Farrar é graduado pela Califórnia State University em Fullerton, tem mestrado pelo Western
Seminary, em Portland, e doutorado pelo Dallas Theological Seminary. Ele é o fundador e
presidente do M en’s Leadership Ministries, preletor e autor de cerca de 15 títulos, inclusive
do best-seller Point Man: How a man Can Lead His Family [Na linha de frente — Como um
homem pode liderar sua família]. É casado com Mary, tem três filhos adultos e vive em Dallas,
no Texas (EUA).