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PROJETO PEDAGÓGICO DE MUSICALIZAÇÃO, CANTO PASTORAL E LITURGIA

Paróquia São Pio X - Arquidiocese de Juiz de Fora

A MÚSICA SACRA

DA ORIGEM DA MÚSICA SACRA APLICADA

É dos primeiros séculos do cristianismo, os chamados “cristianismos originários”, o zelo com o rito
das orações, nos momentos da reunião entre as pessoas para tal finalidade; situações onde o
funcionamento de tudo transcorresse, à medida do possível, de tempo em tempo, o mais
padronizado, permitindo a todos uma regular e imprescindível forma de viver a oração. Para tanto, a
arte ali já estava presente, sendo a música uma das mais imediatamente acolhidas para colaboração
junto aos textos e ambientes sagrados. Assim, começava um íntimo envolvimento da arte musical
com a então chamada liturgia. A Igreja dos tempos vindouros, entre as tantas contribuições para a
construção da sociedade cristã religiosa e civil, tornaria-se a maior patrocinadora de uma música
sacra por excelência erudita, inspiradora para praticamente tudo que se ouve até os dias atuais no
mundo ocidental.

DA MÚSICA LITÚRGICA NO RITO CATÓLICO

A Igreja, no avançar dos séculos, sempre teve como aliada a boa música em justaposição do belo,
cuidadosamente manifestado na arquitetura, literatura, pintura, escultura, e outras; e, ao sagrado,
manifestado dos sacramentos que regem a fé e, também, da religiosidade e devoção popular do
povo leigo. A presença da arte musical sempre foi calcada numa música séria em dignidade de causa
do seu uso. Os estilos musicais sempre acompanharam a estética de sua época, sem prejuízos e
deméritos das épocas predecessoras, buscando responder às perspectivas dos ouvidos de cada
período da história. Diga-se que o ouvinte de nossa época é o mais plural, vide a acessibilidade aos
diversos formatos de apresentação da arte musical, que colhe, em pedagogia, nas músicas de todas
as épocas, um pouco do que cada uma apresentou à humanidade.
Desde o concílio Vaticano II, na pouca compreensão de alguns sobre aquele momento novo que se
iniciava na Igreja, houve gradativamente redução das atividades de composição, execução, e, mesmo
estudo da música sacra contributiva para a liturgia católica, permanecendo poucos mas não menos
densos remanescentes mantenedores grupos em movimentação da música do período pré- conciliar,
e mesmo o pós-conciliar no vernáculo particular de cada nação.
A solene celebração eucarística, bem como outras situações previstas em fontes como missais,
liturgias das horas e afins, com ou sem a presença do povo leigo, traz significativa atuação musical.
Para tal, o seu apropriado e consolidado conhecimento, para compreensão, utilização e apreciação.
Em suma, a cultura musical exige diligente e perseverante estudo comprometido com as causas do
rito, para uma melhor vivência do que ele evoca e institui.

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PROJETO PEDAGÓGICO DE MUSICALIZAÇÃO, CANTO PASTORAL E LITURGIA
Paróquia São Pio X - Arquidiocese de Juiz de Fora

DA MÚSICA, DOM DA IGREJA, NO PERÍODO PÓS-CONCILIAR

“Os ministros inferiores

Os que servem ao altar, os leitores, comentadores e elementos do grupo coral desempenham


também um autêntico ministério litúrgico. Exerçam, pois, o seu múnus com piedade autêntica e do
modo que convêm a tão grande ministério e que o Povo de Deus tem o direito de exigir.

É, pois, necessário imbuí-los de espírito litúrgico, cada um a seu modo, e formá-los para
executarem perfeita e ordenadamente a parte que lhes compete.”
Cap. I - Subtítulo III - Norma Geral 29 - Sacrosanctum Concilium

“Importância para a Liturgia

112. A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras
expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui
parte necessária ou integrante da Liturgia solene.

Não cessam de a enaltecer, quer a Sagrada Escritura (42), quer os Santos Padres e os Romanos
Pontífices, que ainda recentemente, a começar em S. Pio X, vincaram com mais insistência a função
ministerial da música sacra no culto divino.

A música sacra será, por isso, tanto mais santa quanto mais intimamente unida estiver à ação
litúrgica, quer como expressão delicada da oração, quer como fator de comunhão, quer como
elemento de maior solenidade nas funções sagradas. A Igreja aprova e aceita no culto divino todas
as formas autênticas de arte, desde que dotadas das qualidades requeridas.

O sagrado Concílio, fiel às normas e determinações da tradição e disciplina da Igreja, e não


perdendo de vista o fim da música sacra, que é a glória de Deus e a santificação dos fiéis,
estabelece o seguinte:

113. A ação litúrgica reveste-se de maior nobreza quando é celebrada de modo solene com canto,
com a presença dos ministros sagrados e a participação ativa do povo.

Observe-se, quanto à língua a usar, o art. 36; quanto à Missa, o art. 54; quanto aos sacramentos, o
art. 63; e quanto ao Ofício divino, o art. 101.

Promoção da música sacra

114. Guarde-se e desenvolva-se com diligência o patrimônio da música sacra. Promovam-se com
empenho, sobretudo nas igrejas catedrais, as «Scholae cantorum». Procurem os Bispos e demais
pastores de almas que os fiéis participem ativamente nas funções sagradas que se celebram com
canto, na medida que lhes compete e segundo os art. 28 e 30.

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115. Dê-se grande importância nos Seminários, Noviciados e casas de estudo de religiosos de
ambos os sexos, bem como noutros institutos e escolas católicas, à formação e prática musical.

Para o conseguir, procure-se preparar também e com muito cuidado os professores que terão a
missão de ensinar a música sacra.

Recomenda-se a fundação, segundo as circunstâncias, de Institutos Superiores de música sacra.

Os compositores e os cantores, principalmente as crianças, devem receber também uma verdadeira


educação litúrgica.

116. A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por
isso, na ação litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar.

Não se excluem todos os outros gêneros de música sacra, mormente a polifonia, na celebração dos
Ofícios divinos, desde que estejam em harmonia com o espírito da ação litúrgica, segundo o
estatuído no art. 30.

117. Procure terminar-se a edição típica dos livros de canto gregoriano; prepare-se uma edição
mais crítica dos livros já editados depois da reforma de S. Pio X.

Convirá preparar uma edição com melodias mais simples para uso das igrejas menores.

118. Promova-se muito o canto popular religioso, para que os fiéis possam cantar tanto nos
exercícios piedosos e sagrados como nas próprias ações litúrgicas, segundo o que as rubricas
determinam.

Adaptação às diferentes culturas

119. Em certas regiões, sobretudo nas Missões, há povos com tradição musical própria, a qual tem
excepcional importância na sua vida religiosa e social. Estime-se como se deve e dê-se-lhe o lugar
que lhe compete, tanto na educação do sentido religioso desses povos como na adaptação do culto
à sua índole, segundo os art. 39 e 40. Por isso, procure-se cuidadosamente que, na sua formação
musical, os missionários fiquem aptos, na medida do possível, a promover a música tradicional
desses povos nas escolas e nas ações sagradas.

Instrumentos músicos sagrados

120. Tenha-se em grande apreço na Igreja latina o órgão de tubos, instrumento musical tradicional
e cujo som é capaz de dar às cerimônias do culto um esplendor extraordinário e elevar
poderosamente o espírito para Deus.

Podem utilizar-se no culto divino outros instrumentos, segundo o parecer e com o consentimento
da autoridade territorial competente, conforme o estabelecido nos art. 22 § 2, 37 e 40, contanto
que esses instrumentos estejam adaptados ou sejam adaptáveis ao uso sacro, não desdigam da
dignidade do templo e favoreçam realmente a edificação dos fiéis.

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Normas para os compositores

121. Os compositores possuídos do espírito cristão compreendam que são chamados a cultivar a
música sacra e a aumentar-lhe o patrimônio.

Que as suas composições se apresentem com as características da verdadeira música sacra,


possam ser cantadas não só pelos grandes coros, mas se adaptem também aos pequenos e
favoreçam uma ativa participação de toda a assembleia dos fiéis.

Os textos destinados ao canto sacro devem estar de acordo com a doutrina católica e inspirar-se
sobretudo na Sagrada Escritura e nas fontes litúrgicas.”
Cap. VI - De a Música Sacra, a importância para a liturgia; a promoção da Música Sacra; a adaptação às diferentes
culturas; os instrumentos musicais sagrados; as normas para os compositores - Sacrosanctum Concilium.

APRESENTAÇÃO PROPOSITIVA DE ESTUDO PEDAGÓGICO DE MÚSICA APLICADA:


MUSICALIZAÇÃO: Teoria & Prática de Conjunto; CANTO PASTORAL: Apreciação & Técnica Vocal;
LITURGIA: Estudo observado das normas litúrgicas das celebrações eucarísticas

Venho por meio deste apresentar à Paróquia São Pio X, da Arquidiocese de Juiz de Fora,
representada na pessoa do seu pároco, Revmo. pe. Ruaro Cândido da Silva, uma proposição de
educação musical ao número de paroquianos leigos atuantes na referida paróquia. Essa educação
daria-se do estudo teórico da música, para compreensão da linguagem universal dessa arte;
laboratório musical, para prática em conjunto do conhecimento teórico aplicado, destacando a
compreensão da música vocal, uma vez que a voz humana será por excelência o instrumento para
aplicação do conhecimento musical daqueles que farão uso desse proposto estudo musical; história
da música, para conhecimento da música em todas as suas esferas, bem como seus precursores,
junto à Igreja desde os seus primórdios; apreciação musical, para uma capacitada percepção do que
acontece com a música dentro da liturgia católica e mesmo em observações externas desse ítem.
Os momentos de desenvolvimento da educação musical aos membros participantes, dariam-se de
uma escala de aulas programáticas, semanalmente, devidamente acordadas, ajustadamente
adequadas aos graus de estudo dos membros envolvidos, observando as necessidades de maior
aplicação dos estudos musicais segundo às carências, nas especificidades pedagógicas da classe.
As aulas programáticas serão distribuídas numa carga horária em acordo com o conteúdo a ser
ministrado, de acordo, ainda, com disponibilidade dos membros envolvidos, com um mínimo de três
horas semanais, estendendo-se a uma máxima carga horária dentro dos princípios pedagógicos, a
não prejudicar os rendimentos dos aprendizados. As aulas programáticas serão presenciais e de
processo continuado, onde os conteúdos se darão evolutivamente, seguindo o tempo de
aprendizado da classe.
O conteúdo pedagógico seguirá um estudo regular de música.

O fomento de meta será o desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos, pelos próprios membros
envolvidos, especificamente para os ritos nas celebrações eucarísticas.
A classe disporá de espaço físico devidamente adequado a um saudável e proveitoso estudo das
competências a serem apresentadas; um instrumento de som fixo, podendo ser um piano, órgão,
teclado ou similares; aparelho de som de boa qualidade, onde as propriedades do som, timbres,
alturas, intensidades e duração, sejam observadas, podendo ser micro sistens, home theaters, ou
similares; materiais comuns de sala de aula, tais como quadro, giz ou caneta pincel, apagador, etc.
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O curso do estudo de música seguirá um processo contínuo, estendendo-se de semestre a semestre.


Contudo, com o advento de novos membros, ou classes desses, poderão ser reapresentados os
conteúdos previamente aplicados a fim de condicionar os neoparticipantes, a terem esses o mesmo
aproveitamento pedagógico dos seus demais.

DOS CUSTOS E VALORES DO CURSO PEDAGÓGICO DE MÚSICA APLICADA

Escalonando os valores de custo com o estudo musical ministrado aos diversos modelos de aplicação,
apresento algumas alternativas, ficando à escolha a que melhor atender às necessidades da Paróquia
São Pio X, da Arquidiocese de Juiz de Fora, na sua classe de cantores e instrumentistas musicais. Os
modelos seguirão:

Matrículas para hora(s)/aula(s) ou mensais

*1 aluno:
*Grupo de cada 4 alunos:
*Grupo de cada 10 alunos ou mais:

NÚMERO DE ALUNO VALOR HORA/AULA CARGA HORÁRIA

Cada 1 individualmente R$ 60,00 1 hora


Cada 4 membros R$ 50,00 1 hora
Cada 10 ou mais, até 39 membros R$ 40,00 1 hora

NÚMERO DE ALUNO VALOR MENSAL CARGA HORÁRIA

Cada 1 individualmente R$ 195,00 3 horas semanais


Cada 4 membros R$ 700,00 3 horas semanais
Cada 10 ou mais, até 39 membros R$ 1600,00 3 horas semanais
Observação(1): Ao curso mensal as aulas programáticas podem acontecer três horas subsequentes
por semana, ou carga horária fracionada, na mesma semana. Todo conteúdo obterá e seguirá,
quaisquer que sejam as possibilidades, o seu conteúdo pedagógico continuado.
Observação(2): Caso o curso mensal seja optativamente bipartido, ou seja, tendo no seu total de
carga horária apenas a sua metade em horas, os valores ficam, também, acordados nas suas
respectivas metades de custos; exceto no caso de contratação para apenas 1 aluno, em valor mensal,
ficando estabelecido o valor arredondado superior.
A distribuição das horas atenderá à situação particular da parte contratante.
Fica a observação(2) no seguinte modelo:

NÚMERO DE ALUNO VALOR MENSAL CARGA HORÁRIA

Cada 1 individualmente R$ 100,00 1 hr. e 30 min. semanais


Cada 4 membros R$ 350,00 1 hr. e 30 min. semanais
Cada 10 ou mais, até 39 membros R$ 800,00 1 hr. e 30 min. semanais

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DISPOSIÇÕES FINAIS

A música, como uma das belas artes da humanidade, tem no seu estudo um conteúdo cultural
universalmente estabelecido; uma competência imperecível e transponível a título de carreira.
Seu uso é ao mesmo tempo que pessoal, interpessoal. A beleza dessa arte vai da realização de poder
exercê-la, a poder compreendê-la, e, daí senti-la como parte das emoções humanas.
O bom uso da arte musical justaposta ao rito católico, que por si só é belo, fecundo e reformador nas
necessidades espirituais do clero e da assembleia orante, traz àqueles que a conhecem uma mais
íntima e envolvente relação com o sagrado, e, por conseguinte, uma ratificação do serviço litúrgico,
não apenas nos apontamentos das rubricas, mas no ato de tornar possível a todos que
experimentam na liturgia, uma forma de melhor orar e enxergar Deus nas diversas formas de
comunhão, não exclusivamente na Eucaristia que é alimento, mas na Eucaristia que é a Palavra. A
música na liturgia é a reafirmação artística da Palavra, e, a essa arte, toda e possível qualificação, a
fim de que a Igreja humana, nas suas limitações, imperfeições e simplicidade, se encontre naquilo
que se dedicar a aprimorar, tornando mais viva uma Igreja humana, que é ainda, pela presença de
Jesus Cristo, uma Igreja Santa e divinal.
Aprimorar, sempre, o serviço litúrgico em nossa existência, enquanto aguardamos o tempo em que
experimentaremos a mais que perfeita liturgia no céu, junto à Santíssima Trindade.

Acreditando no desejo de que essa paróquia, no ministério dos seus cantores e instrumentistas
musicais, possa viabilizar a instauração dos estudos musicais pedagógicos aplicados, aqui
brevemente apresentados, ponho-me à inteira disposição para aplicar e desenvolver o conteúdo
proposto, devidamente legal nas normas da constituição Sacrosanctum Concilium, e, de acordo com
o que espera a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil .
Pondo-me à disposição, ainda, para maiores e melhores esclarecimentos e/ou complementações,
despeço-me fraterna e cordialmente.

Atenciosamente,

Maestro Fábio Figueira Santos


Professor de Música

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