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Vantagens:
Desvantagens:
DIMENSÕES DE AVALIAÇÃO
geração de valor da
emissões e população de pessoas desenvolvimento
economia brasileira,
ecossistemas brasileira e atividades de competências
considerando
no Brasil bem como na econômicas que beneficiem sua
benefícios para geração de mais que beneficiem sustentabilidade
variáveis-chave como e melhores a redução de de longo prazo
inovação, exportação, empregos desigualdades e capacidade de
produtividade, regionais ofertar bens e
conhecimento e serviços para a
cadeia produtiva sociedade
Considerada a heterogeneidade da atuação do BNDES, seu apoio contribui de diversas formas para alterar o
produto agregado potencial, condição necessária do processo de desenvolvimento. Projetos financiados pelo
BNDES podem resultar ainda em incremento da produtividade média e da complexidade (HIDALGO; HAUSMANN,
2009) da economia. São critérios:
Capacidade produtiva, produtividade e complexidade econômica: explicita o impacto positivo esperado so-
bre essas variáveis. Alguns atributos do projeto proporcionam transbordamentos diferenciados, quais sejam:
difusão de progresso técnico, plantas pioneiras, potencial de alteração de estruturas de mercados ou presen-
ça em setor deficitário na balança comercial.
Inovação: classifica os projetos conforme as entregas previstas, a intensidade do esforço inovativo alocado e a for-
mação de competências, tendo em vista a importância da inovação como vetor do desenvolvimento econômico.
Exportação: avalia o impacto do projeto no incremento de exportações setoriais, de modo a explicitar ganhos
de competitividade adicionais para a economia (diversificação de produtos e mercados), já que empresas
exportadoras tendem a ser mais produtivas e tecnologicamente mais dinâmicas.
Educação e cultura: considera tanto a ampliação do nível geral de conhecimento do país quanto seu potencial
de difusão, ainda que por meio de ações voltadas à potencialização do ensino formal.
DIMENSÃO AMBIENTAL
A avaliação de aspectos ambientais abrange desafios significativos, que vão desde a compreensão dos im-
pactos ambientais dos diferentes projetos até a priorização dos diversos benefícios possíveis. Para tanto,
recorreu-se às experiências do IFC e do Banco Mundial para a construção da Tiip, adaptando métricas e
conceitos. São critérios:
Contribuições do projeto: benefícios do projeto para a solução ou mitigação de um ou mais problemas am-
bientais. As contribuições são diferenciadas entre aquelas que tem impacto imediato ou não; as que trazem
benefícios de primeira ordem (diretamente decorrente do projeto) ou de segunda ordem (indireto ou induzi-
do pelo projeto); e as que tem alcance restrito ou abrangente.
DIMENSÃO SOCIAL
Analisar impactos sociais de projetos financiados pelo BNDES, muitas vezes de grande porte, tem uma com-
plexidade intrínseca. Para fins de Tiip, define-se impacto social como um desdobramento do projeto de inves-
timento que exerce pressão na sociedade e em seu local de execução, acarretando alterações em um ou mais
indicadores sociais. São critérios:
Emprego e renda: nível de geração de emprego esperado com o projeto. A preocupação com emprego e renda é
intrínseca à lógica de atuação do BNDES, em função de o FAT ser sua principal fonte histórica de recursos, mas
torna-se mais relevante ainda no contexto recente de alto desemprego. Ainda que possa ser conflitante com o
incremento de produtividade, essa avaliação faz distinção entre empregos gerados na implantação e na operação
do empreendimento e leva em consideração o nível de qualificação exigido para os postos de trabalho gerados.
Impactos positivos e negativos em qualidade de vida: o conceito de qualidade de vida e suas categorias de ava-
liação são baseados na matriz conceitual do OECD BetterLife Index (OECD, 2013). Quatro são examinadas na Tiip:
• infraestrutura básica (habitação, saneamento, transporte urbano de passageiros);
• serviços essenciais (saúde, educação/capacitações, segurança, gestão pública);
• desigualdade de renda (inclusão/exclusão produtiva de população vulnerável);
• identidade (engajamento social, gestão comunitária, patrimônio cultural).
A avaliação de impacto negativo incorpora os efeitos perenes ou não de um projeto e as práticas de RSA da
empresa, que podem mitigar parte dos problemas. Já os benefícios, consideram os efeitos: (i) de primeira or-
dem (diretamente decorrentes do projeto); (ii) de segunda ordem (indiretos ou induzidos pelo projeto); e (iii)
restritos, abrangentes ou em direção à universalização, conforme o potencial de criação de círculos virtuosos
para transformar a questão social.
DIMENSÃO REGIONAL
O Brasil caracteriza-se por uma intensa concentração espacial de população e atividades econômicas, o que perdu-
ra apesar de avanços observados nos anos 2000. A lógica de avaliação é a melhoria da atratividade das localidades
para pessoas e atividades econômicas (centralidade) e a redução das desigualdades regionais, com foco nos efeitos
exclusivamente econômicos ocorridos sobre um recorte espacial definido. Os efeitos ambientais e sociais sobre o
território, bem como os efeitos econômicos no nível nacional são avaliados em outras dimensões. São critérios:
Atividades induzidas relacionadas ao local do projeto: avalia o investimento conforme sua localização, inde-
pendentemente do tipo de projeto, e visa captar benefícios como a ampliação da arrecadação tributária e o
surgimento de atividades induzidas no território. Dada a dificuldade de mensuração e identificação dessas
variáveis, optou-se por adotar a divisão por renda das microrregiões do país como uma proxy desses efeitos.
O potencial do investimento é maior se localizado em uma cidade média, cuja região de influência é de baixa
renda, considerando-se sua maior capacidade de afetar a concentração espacial do Brasil. Nas metrópoles, o
impacto do projeto é reduzido e contribui para reforçar o padrão de concentração.
Impacto direto por tipo de projeto: avalia a ocorrência de economias de aglomeração proporcionadas pelo pro-
jeto, conceito-chave para esse critério, e seus efeitos sobre a centralidade. É observada a capacidade da localida-
de, em decorrência do tipo de projeto, para reter população e possibilitar o surgimento de atividades produtivas
mais nobres e complexas, tornando seu desenvolvimento espacialmente endógeno. É considerada a capacidade
do empreendimento para organizar e estruturar o território ou promover sua diversidade produtiva.
DIMENSÃO CLIENTE
Há, na carteira do BNDES, clientes de diferentes portes e tipos, diversidade que impõe o desafio de ampliar os benefí-
cios para a sociedade e o desenvolvimento econômico via apoio financeiro a esses agentes. Essa avaliação decorre da
percepção do impacto do projeto a cada perfil de cliente e sobre seus capitais intangíveis, considerando que a amplia-
ção da competitividade dos postulantes beneficia a competitividade de toda a economia. São critérios:
Capacidade de oferta de bens e serviços: avalia os benefícios para a ampliação da competitividade ou eficiência na
oferta de bens e serviços, segmentados em quatro tipos de clientes, cada um com lógica de avaliação própria (setor
privado; serviços públicos e concessões; administração pública; entidade sem fins lucrativos).
Práticas de gestão: identifica os benefícios esperados em melhores práticas de gestão, tais como governança corpo-
rativa e responsabilidade socioambiental, tendo como referência a Metodologia de Avaliação de Empresas (MAE),
(MENDES; BRAGA, 2010), desenvolvida pela instituição.