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Norma NP 2074

2015

Portuguesa
Avaliação da influência de vibrações impulsivas em estruturas

Évaluation de l’influence de vibrations impulsives dans les structures

Evaluation of impulsive vibrations in structures

ICS HOMOLOGAÇÃO
13.160; 17.160; 91.120 Termo de Homologação n.º 40/2015, de 2015-06-08

ELABORAÇÃO
CORRESPONDÊNCIA CT 28 (SPA)

EDIÇÃO
2015-06-15

CÓDIGO DE PREÇO
X003

 IPQ reprodução proibida

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Sumário Página
Preâmbulo ................................................................................................................................................. 4 
1 Objetivo .................................................................................................................................................. 5 
2 Campo de aplicação............................................................................................................................... 5 
3 Referências normativas ......................................................................................................................... 5 
4 Termo e definições ................................................................................................................................. 5 
5 Origem das vibrações ............................................................................................................................ 6 
6 Instrumentação ...................................................................................................................................... 6 
7 Avaliação prévia .................................................................................................................................... 6 
8 Medição .................................................................................................................................................. 7 
9 Valores limite ......................................................................................................................................... 7 
10 Apresentação de resultados ................................................................................................................ 8 
Anexo A (informativo) Recomendações adicionais na avaliação de estruturas sensíveis ................... 9 
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Preâmbulo
As atividades mineiras e geotécnicas que induzem solicitações dinâmicas nos terrenos, designadamente: o
desmonte de maciços rochosos com recurso a substâncias explosivas, a cravação de estacas, a compactação
dinâmica de terrenos, entre outras, originam solicitações impulsivas e vibrações subsequentes nas estruturas
próximas, as quais, em consequência, podem sofrer danos. Estes podem ser classificados como graves
(enfraquecimento significativo da sua capacidade estrutural), moderados (afetação de revestimentos
interiores e exteriores) ou limiares (danos cosméticos que se resumem a fendas de abertura muito reduzida de
espessura capilar, ou simplesmente à propagação de fendas pré-existentes).

A presente Norma vem atualizar a edição anterior da mesma “NP 2074:1983 - Avaliação da influência em
construções de vibrações provocadas por explosões ou solicitações similares”, introduzindo uma diferença
essencial relativamente à atribuição dos valores limite recomendáveis para a velocidade de vibração em
função da frequência (na linha de critérios estabelecidos na maioria das normas congéneres existentes em
outros países). Tal diferença ocorre de forma indireta, já que são os elementos de fundação das estruturas que
devem ser instrumentados e não os terrenos onde estas se encontram. Além do referido, deixa de ser
considerado o número de eventos diários, reduzindo-se a apreciação subjetiva na classificação das estruturas
e evitando tornar arbitrário o estabelecimento de valores limite recomendáveis.
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1 Objetivo
A presente Norma destina-se a estabelecer um critério de limitação de valores das grandezas físicas
características das vibrações impulsivas e com um número de ocorrências limitado, com o objetivo de obviar
a que ocorram quaisquer danos (com origem neste tipo de solicitações dinâmicas) nas estruturas.

2 Campo de aplicação
A presente Norma aplica-se a todas as estruturas, nomeadamente a edifícios para habitação, indústria e
serviços, bem como a escolas, hospitais e similares, igrejas ou monumentos que exijam cuidados especiais e
a outras infraestruturas, quando sujeitas a vibrações originadas por solicitações impulsivas.

Está excluído do âmbito de aplicação da presente Norma a avaliação da incomodidade para o Ser Humano,
no pressuposto de que, dado o carácter de exceção da ocorrência das vibrações abrangidas por esta Noma e
os valores limite fixados, estas serão incómodas, mas suportáveis, na condição de ocorrerem entre as 7 h e as
20 h. Está igualmente excluído do âmbito de aplicação da presente Norma a avaliação da influência destas
vibrações em equipamentos sensíveis eventualmente existentes em hospitais, laboratórios, etc., os quais
podem ser objeto de valores limite mais restritivos.

3 Referências normativas
Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas,
apenas se aplica a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento
referenciado (incluindo as emendas).
DIN 4150-3:1999 Structural vibration – Part 3: Effects of vibration on structures
ISO 2041:2009 Mechanical vibration, shock and condition monitoring – Vocabulary
ISO 5348:1998 Mechanical vibration and shock – Mechanical mounting of accelerometers
NP EN ISO/IEC 17025:2005 Requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração

4 Termo e definições
Para os fins da presente Norma aplicam-se, para além dos termos e das definições constantes na Norma ISO
2041, as seguintes definições:

4.1 vibração impulsiva


Vibração originada por uma solicitação de curta duração mas de intensidade significativa que, quando
terminada a solicitação tem, essencialmente, as características de uma vibração livre.

NOTA 1: Nas vibrações impulsivas podem incluir-se as transientes, quando resultantes de um impacto súbito seguido de um tempo
de repouso prolongado (por exemplo, a compactação dinâmica de terrenos ou a detonação de uma carga explosiva isolada) e as
intermitentes, quando resultantes de uma sucessão de eventos vibratórios, cada um dos quais com pequena duração e separados por
intervalos de muito menor amplitude (por exemplo, a detonação de cargas explosivas retardadas, perfurações por percussão, etc.).
NOTA 2: Entre as variáveis que podem caracterizar uma determinada vibração (deslocamento, velocidade ou aceleração), é
adotada a velocidade, por se considerar ser esta o melhor indicador das tensões que decorrem das solicitações dinâmicas que
originam a propagação das ondas que excitam as estruturas.

4.2 frequência dominante


Frequência na qual ocorre o valor máximo da vibração no respetivo espectro FFT (Transformada Rápida de
Fourier), correspondendo à direção em que a amplitude do sinal de vibração no tempo é máxima. Na
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existência de duas (ou mais) frequências de importância aparentemente equivalente, deve escolher-se a
menor.

5 Origem das vibrações


Após a libertação súbita de qualquer forma de energia no terreno, desencadeia-se a propagação (em todas as
direções) de ondas volumétricas e superficiais que atingem pessoas e estruturas próximas, com amplitudes de
vibração que dependem de vários fatores, nomeadamente: a quantidade de energia libertada no fenómeno
que as ocasionou, a distância entre a origem e o ponto onde se registam os seus efeitos, as características
dinâmicas das construções e dos seus componentes mais frágeis, e as propriedades transmissoras ou
dissipadoras dos meios de propagação (terrenos envolvidos).
Os problemas ocasionados por estes fenómenos são de dois tipos: os danos diversos nos edifícios ou nas
estruturas situadas na vizinhança dos locais onde ocorrem solicitações dinâmicas, e as perturbações causadas
nas pessoas que se encontram nas proximidades (incluindo as que ocupam esses mesmos edifícios).

6 Instrumentação
O sistema de medição a utilizar na avaliação das vibrações abrangidas pela presente Norma deve incluir:

a) Transdutores;
b) Condicionador de sinal;
c) Sistema de registo e processamento.

Este sistema de medição de vibrações deve ser regularmente calibrado por laboratório acreditado, de acordo
com o estabelecido na Norma NP EN ISO 17025, com uma periodicidade anual.

Os transdutores de velocidade ou os acelerómetros devem ser triaxiais.

O intervalo de frequências do sistema de medição de vibrações deve incluir o intervalo de 2 Hz a 80 Hz e


permitir a medição da velocidade de vibração (de pico) entre 0,5 mm/s e 100 mm/s.

7 Avaliação prévia
Antes do início da atividade geradora de vibrações deve ser efetuada uma inspeção às estruturas próximas,
exterior e interiormente, nela se incluindo o levantamento das patologias detetadas, em particular das fendas
existentes e das suas dimensões. Esta análise deve ser devidamente registada.

As estruturas podem exibir diferentes danos do mesmo tipo (resultando em fissuração de partes da estrutura),
devido a outros mecanismos, designadamente: expansões diferenciais térmicas (dada a diversidade dos
materiais de construção aplicados), alterações de ordem química dos materiais de construção, sobrecargas
estruturais, variações sazonais de volume (ciclos de expansão/contração) dos materiais de construção
(especialmente da madeira, quando presente), fadiga e envelhecimento dos materiais de revestimento
aplicados, respetivamente, nos pisos e nas paredes, assentamentos diferenciais da fundação, particularmente
quando varia a capacidade de carga dos terrenos que a suportam (devido a heterogeneidades litológicas ou ao
grau de saturação dos terrenos), entre outros. A existirem danos resultantes destes mecanismos, estes devem
ser identificados antes de se iniciar a imposição de solicitações dinâmicas abrangidas pela presente Norma,
ou, pelo menos, previstos com base na identificação de causas como as anteriormente referidas.
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No início da atividade geradora de vibrações, devem ser controladas todas as operações que as originam
através da medição destas e sempre que se preveja um agravamento da sua intensidade, ou sempre que os
planos de monitorização existentes assim o exijam.

No caso de monumentos ou de outro património classificado que exija cuidados especiais, deve proceder-se
à respetiva análise, através da simples observação visual até, se necessário, da medição ou da monitorização
contínua das grandezas físicas que caracterizam o seu estado.

8 Medição
O transdutor de vibrações deve ser fixado ao elemento da estrutura ou do edifício, solidário com a fundação,
de acordo com o estabelecido na Norma ISO 5348, no máximo a 0,5 m do nível do terreno exterior, com um
dos eixos numa direção horizontal e se possível dirigido para a origem da solicitação (L), e outro eixo na
vertical (V). Eventualmente, deverá ser utlizado outro ponto da estrutura ou do edifício (por exemplo, no
pavimento do último piso de uma edificação).

O valor da velocidade máxima de vibração a considerar, Vmáx, é o maior dos valores medidos durante o
período em que decorre o registo, sendo obtido através da seguinte expressão (em mm/s):

v máx  v L2 (t )  vV2 (t )  vT2 (t )

NOTA: Esta velocidade máxima de vibração deve ser calculada pelo sistema de medição de vibrações (ver 6 Instrumentação),
identificando o instante de tempo (t) em que ocorre, não podendo ser calculada através da soma vetorial dos valores máximos, em
cada direção, já que estes ocorrem em instantes distintos (tA, tB e tC):

v máx      
máx. v L2 (t A )  máx. vV2 (tB )  máx. vT2 (tC ) 

9 Valores limite
Os valores limite recomendados pela presente Norma para a velocidade de vibração (de pico), definidos em
função das frequências dominantes registadas, f, e do tipo de estrutura, são os apresentados no quadro
seguinte:
Quadro 1 – Valores limite recomendados para a velocidade de vibração (de pico), em mm/s

Tipo de estruturas Frequência dominante, f


f ≤ 10 Hz 10 Hz < f ≤ 40 Hz f > 40 Hz
Sensíveis 1,5 3,0 6,0
Correntes 3,0 6,0 12,0
Reforçadas 6,0 12,0 40,0

A classificação das estruturas deve ser efetuada de modo conservador, mediante a análise de diversos fatores,
designadamente: o estado de conservação (por exemplo, considerando sensíveis as edificações antigas ou
com revestimentos cerâmicos colados com argamassa), a respetiva esbeltez (por exemplo, considerando
chaminés e torres como sensíveis) e o seu valor patrimonial (por exemplo, considerando sensíveis os
monumentos ou as infraestruturas de transporte).
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Devem ser consideradas como correntes, as estruturas mais comuns, como por exemplo, edifícios de
habitação ou escritórios, que não sejam demasiadamente esbeltos, isto é, aqueles cuja relação altura vs.
menor dimensão da base é maior do que 2.

Devem ser consideradas como estruturas reforçadas, os edifícios recentes em betão armado ou com
elementos estruturais de natureza metálica e, dentro destes, os que tenham uma finalidade puramente
industrial.

NOTA: Nos edifícios sensíveis, os valores limite terão de ser definidos em função da respetiva sensibilidade (por exemplo, existência
de equipamentos sensíveis em hospitais e laboratórios).

Quando a ocorrência de vibrações impulsivas ocorre entre as 20 h e as 7 h ou adquire carácter de


permanência, apenas se admitem os limites indicados em estruturas desabitadas ou cuja ocupação tenha
características tais que as vibrações não sejam incómodas para as pessoas. Caso contrário, deverão ser
aplicados os valores limite correspondentes à sensibilidade humana, o que, como já foi anteriormente
referido, se encontra fora do âmbito de aplicação da presente Norma.

10 Apresentação de resultados
O relatório de ensaio de vibrações deve fazer referência à presente Norma e incluir, no mínimo, o seguinte:
a) Informações gerais:
– a identificação do requerente;
– a data da avaliação e da emissão do relatório;
– a identificação da entidade emissora do relatório e do técnico que realizou as medições e a respetiva
avaliação.
b) Tipo de estrutura avaliada.
c) Tipo de solicitação dinâmica imposta ao terreno (especificando qual a atividade, mineira ou geotécnica,
geradora de vibrações) bem como a data do início da mesma.
d) Características da solicitação dinâmica, designadamente as cargas explosivas máximas por retardo.
e) Esquema da localização do ponto (ou pontos) de medição e a(s) distância(s), medida(s) na verdadeira
grandeza (isto é, considerando também a diferença de cotas e não apenas em planta) aos pontos das
solicitações dinâmicas verificadas.
f) Grupos data-hora-minutos das medições.
g) Valor(es) máximo(s) da velocidade de vibração (de pico), em mm/s, e a frequência dominante, em Hz,
correspondente(s) a cada registo efetuado.
h) Gráficos das três componentes da velocidade de vibração em função do tempo, bem como os respetivos
espectros individuais FFT.
i) Características do sistema de medição de vibrações, bem como o seu certificado de calibração.
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Anexo A
(informativo)

Recomendações adicionais na avaliação de estruturas sensíveis

A.1 Introdução
As situações de sensibilidade, em termos da(s) estrutura(s) a monitorizar, são objeto de um conjunto de
recomendações visando a implementação das melhores práticas atualmente disponíveis ao nível das diversas
fases do processo.

A.2 Análise prévia


Deve ser ajustada uma equação de propagação ao local que suporte o dimensionamento subsequente. Esta
decorre de um processo sequencial de cálculo, conducente às energias máximas admissíveis por instante de
tempo, na dependência da amplitude máxima definida na presente Norma e das distâncias envolvidas (entre
os pontos de solicitação e de registo), entre outros fatores quando estes se encontrem disponíveis (por
exemplo, saturação dos terrenos, intervalos de tempo entre solicitações dinâmicas, etc.).
Deve ser comprovada a sensibilidade dos recetores (estruturas) e devem ser estimadas as frequências
(dominantes) esperadas, baseadas no efeito de filtragem que o terreno promove, decorrente da distância em
causa e da dimensão do volume afetado por essas solicitações (ambos numa razão inversa com a frequência
esperada).
Para o efeito, devem ser reunidas as equações de propagação das vibrações (típicas para as diversas litologias
em análise, disponíveis na bibliografia), capazes de orientar as primeiras solicitações teste, no terreno.
No caso de se tratar de desmontes de rocha com explosivos, considerada como a situação mais desfavorável
em termos de energias aplicadas nos terrenos, devem ser avaliadas as energias que serão disponibilizadas na
detonação, contabilizando o binómio de carga explosiva (em massa - kg de explosivo) e ponderador de
energia (por exemplo, a velocidade de detonação, que é a mais fácil de medir no terreno). Na posse destes
elementos, devem ser conduzidos os ensaios e ajustada (por retro-análise estatística, ou seja, por regressão
linear múltipla) a relação existente, pelo menos, entre a velocidade de vibração, a energia aplicada por
instante de tempo e a distância.

A.3 Temporização entre cargas explosivas


No caso da situação mais desfavorável (desmontes de rocha com explosivos), perante o cenário colocado
neste Anexo (estruturas sensíveis), devem controlar-se rigorosamente as temporizações entre cargas
explosivas (através de detonadores eletrónicos, já vulgarizados), para evitar qualquer sobreposição de
temporizações, que pode ocorrer devido à complexidade dos diagramas de fogo e, para a gama das pequenas
distâncias, inferiores à centena de metros, para auxiliar no controlo da frequência dominante do fenómeno,
que decorre das temporizações em utilização.

A.4 Monitorização remota de vibrações


Em qualquer situação de monitorização, independentemente da fonte geradora de vibrações, deve ser
privilegiada a utilização de múltiplos pontos de monitorização, recorrendo-se à implementação de sistemas
de monitorização remota, com o envio automático e em tempo real de avisos e registos às múltiplas partes
envolvidas nos resultados da monitorização.

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