Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Como pode ser visto, o critério de Tresca considera apenas as tensões principais (tensões
normais máxima e mínima), descartando a tensão intermediária, que possui grande influência no
comportamento plástico do metal. Por exemplo, o critério de Tresca não é suficiente para
prever o escoamento em um campo de tensões hidrostático submetido a uma tensão desviadora.
Portanto, o critério de Tresca é limitado a alguns estados de tensão.
O critério de Von Mises: afirma que um corpo se deforma plasticamente quando a densidade
de energia de distorção de um metal, sob estado de tensão complexo qualquer, se iguala à
densidade de energia de distorção crítica para escoamento em um ensaio mecânico uniaxial
(tração ou compressão). O critério de Von Mises transforma tensão em energia, e é expresso
por:
Ou seja, segundo este critério, o escoamento dá início quando as diferenças das tensões do
lado direito da igualdade da equação acima se iguala à tensão de escoamento em um
carregamento uniaxial do lado esquerdo da igualdade. Por considerar todas as tensões possíveis
e por elevar ao quadrado as tensões e diferenças de tensões, o critério de Von Mises independe
do estado de tensão, podendo prever escoamento em um campo hidrostático com tensão
desviadora. Sendo assim, é uma função invariante, independente dos eixos coordenados,
contanto que o material seja isotrópico. Além disso, o critério de Von Mises é capaz de
substituir os campos de tensão e de deformação por uma tensão e deformação efetivas,
representativas.
Defeitos em materiais: é uma imperfeição no arranjo periódico regular dos átomos (rede
cristalina). O tipo e o numero de defeitos dependem do material, do meio ambiente e das
características sob o qual o material foi processado. Materiais deformam e falham por defeitos
(rachaduras, defeitos pontuais, deslocamentos, transformações de fase martensítica, etc.). Os
dois principais mecanismos são o crescimento e deslocamento de fissuras e o escoamento
plástico. Os defeitos podem ser pontuais, lineares, volumétricos (inclusões e precipitações) ou
interfaciais (grão e maclas Empilhamento, contornos de macla, subgrão).
Defeitos de ponto: Uma posição da rede sem o átomo gera uma lacuna e um átomo em uma
posição intersticial da rede gera um intersticial. Os campos de tensão gerados pelas
imperfeições geram imperfeições (distorções) nos planos atômicos
(a) lacuna (b) átomo intersticial (c) átomo substitucional pequeno (d) átomo substitucional
grande (e) Defeito de Frenkel (sobra) (f) Schottky (falta). Frenkel e Schottky são defeitos
eletrônicos.
Defeitos lineares: Discordância: são defeitos de linha presentes na maioria dos materiais e
são uns dos responsáveis pela diferença existente entre os valores da resistência mecânica
teórica e real dos metais.
Para poder entender melhor o conceito de discordância vale lembrar: A deformação plástica
ou permanente de um cristal perfeito (isento de defeitos cristalinos) pode ocorrer pelo
deslocamento de planos de átomos em relação aos planos paralelos adjacentes. Em princípio, o
deslocamento do plano deve ocorrer por meio do movimento simultâneo e cooperativo de
todos os átomos (do plano que está deslizando) de uma posição atômica de equilíbrio
para a posição vizinha, conforme ilustra a figura. A tensão necessária para que ocorra o que
esta na figura foi calculada pela primeira vez por Frenkel, porém os valores obtidos de tensão na
teoria eram muito maiores que os valores na pratica, por isso surgiu a teoria da discordância.
Podemos afirmar que a deformação plástica ocorre pelo movimento de discordâncias
“varrendo” os planos de escorregamento. O movimento das discordâncias envolve o rearranjo
de apenas alguns átomos ao seu redor e não mais o movimento simultâneo e cooperativo de
todos os átomos de um plano cristalino, com isso é visto que a deformação plástica causada
pela movimentação de uma discordância exige uma tensão muito menor que a necessária para
movimentar um plano de átomos como um todo.
Encruamento é o fenômeno pelo qual um metal dúctil se torna mais duro e mais resistente a
medida que é deformado plasticamente (laminação, estiramento, etc.).
Tipos de Fratura:
Dúctil- Ocorre em materiais onde as discordâncias tem mobilidade. Trinca estável e envolve
grande quantidade deformação plástica. É detectada antecipadamente. A deformação plástica
continua até uma redução na área para posterior ruptura (observada em materiais cfc). Na
fratura dúctil, ao aplicar uma tensão ao 45 graus ocorre o deslizamento do plano cisalhando
e definindo o pescoço. Escorregamento de discordâncias a planos de 45 graus, em diferentes
planos formando degraus que vão afinando a pescoço. Na maioria dos casos ocorre por
nucleação, crescimento e coalesci mento de vazios, pois em geral eles são policristalino e
contem impurezas. Os vazios crescem coalescem e fazem o pescoço romper. Niquel cobre
Aluminio, ouro, polímero não vítreo e alguns CCC como o vanádio.
Semi-frágil- A fratura semi-frágil ocorre tanto pelo rompimento de ligações interatômica
como também pela mobilidade de discordâncias, mas o número de planos de deslizamento é
restrito. Há uma tendência para que ocorra uma pequena plasticidade inicial e a fratura
subsequente ocorre em planos cristalográficos bem definidos. Este é o caso para os materiais
como cristais iônicos com estrutura do tipo NaCl, metais hexagonais densamente empacotados
(titânio, zinco, magnésio e zircônio), a maioria dos metais cúbicos de corpo centrado (ferro,
tungstênio, nióbio) e polímeros vítreos
Fragil- Materiais onde as discordâncias não tem mobilidade. Propagação de trinca veloz e
instável, gerando situações catastróficas. Não ocorre deformação plástica, requerendo menos
energia que a fratura dúctil que consome energia para o movimento de discordâncias e
imperfeições no material, nela o a fratura ocorre pelo rompimento de ligações interatômica ao
longo de planos cristalográficos específicos. (É observada em materiais ccc e hc) diamante,
silicatos, alumina mica, vidro, nitretos e carbetos.
Pode-se facilmente mostrar que para o raio de curvatura ter um valor mínimo:
[ ]
Para o caso de onde b<<c a equação se reduz para:
√ (Eq. 1)
A Eq. 1 é um fato de concentração de tensão elástica. É imediatamente evidente que esse
fator pode assumir valores muito maiores que a unidade para furos estreitos. Notamos que a
concentração de tensão depende da forma do furo e não do tamanho.
Inglis passou a considerar uma série de configurações de tensões, e concluiu que a única
característica geométrica que tinha uma influência marcante no poder de concentração era a
região altamente curva onde as tensões estavam realmente focadas. Assim, a Eq. 1 poderia ser
usada para estimar os fatores de concentração de tensão de tais sistemas, com ρ interpretado
como um raio de curvatura característico e c como um comprimento característico de entalhe.
Uma ferramenta estava agora disponível para avaliar o efeito potencial de enfraquecimento de
uma ampla gama de desigualdades estruturais, incluindo, presumivelmente, uma rachadura real.
Em termos da espessura por unidade da placa sob tensão plana, a energia liberada é:
A diminuição na energia de tensão, Ue, quando uma rachadura se propaga é equilibrada por
um aumento na energia da superfície, Us, produzida pela criação das duas novas superfícies de
rachadura. O aumento da energia superficial é igual a:
Onde é energia superficial especifica, (isto é, a energia superficial por unidade de área). A
mudança de energia potencial da placa:
√ √ √ Eq.2
O lado esquerdo desta expressão envolve estresse crítico para propagação de trinca e a raiz
quadrada do comprimento da trinca. Este produto é chamado tenacidade à fratura. Note-se que o
lado direito da expressão consiste apenas em parâmetros do material: E e , isto é, a expressão
acima representa uma propriedade do material, isto é, tenacidade à fratura.
Para a situação plano-deformação, teremos o fator (1 – ν²) no denominador por causa do
confinamento na direção da espessura. A expressão para o estresse crítico para propagação de
trinca torna-se então:
√ Eq. 3
Note que o estresse de fratura, ou estresse crítico requerido para propagação de trinca, σc, é
inversamente proporcional a √ . A eq. 2 e eq.3 podem ser escritas como:
√ √ Eq.4
Onde, σc é o campo distante crítico ou tensão uniforme (isto é, o estresse na fratura), a é o
comprimento da trinca correspondente a σc, (σmax)c é a tensão na ponta da trinca na fratura e ρ
é o raio da raiz na ponta da rachadura.
RESUMO
As duas análises, Inglis e Griffith, levam ao mesmo resultado: uma trinca se propagará
quando uma quantidade apropriada com dimensões de tensão multiplicada pela raiz quadrada de
comprimento atingir um valor crítico, uma constante material. Os parâmetros na análise Inglis,
(σmax) c e ρ, são parâmetros locais e muito difíceis de medir, enquanto a análise Griffith
permite usar o campo de tensão distante e comprimento de fissura, que são fáceis de medir. É
essa quantidade, σc√a, que é chamada de tenacidade à fratura.
A Teoria de Griffith é baseada na capacidade de o material propagar uma trinca em
crescimento. Para isso dois requisitos básicos para a ruptura de um sólido foi citado:
necessidade de tensão e necessidade de energia. A necessidade de tensão refere-se ao sólido
precisar de uma tensão tão alta que possa superar a força de coesão do sólido, o que pode ser
alcançado em regiões de concentradores de tensão, como microtrincas. Já a necessidade de
energia diz respeito a energia potencial necessária para superar a resistência a conversão de
energia elástica armazenada em energia de superfície, o que pode ser feito pelo trabalho
realizado por forças externas.
Griffith explicou qualitativamente porque a resistência à tração dos materiais frágeis era
menor que o seu valor teórico e postulou que os materiais frágeis continham defeitos
submicroscópicos. Esses defeitos são muito pequenos para serem detectados por meios
ordinários e funcionam como concentradores de tensão, e, consequentemente, o início da
fratura é causada pela concentração de tensão nestas microtrincas internas ao material. A
concentração de tensão pode aumentar a tensão local até um valor maior que o necessário para o
rompimento das ligações atômicas. Por meio da equação observa-se que, quanto maior for o
tamanho da trinca, menor é a tensão necessária para sua propagação, ou seja, menos resistente
torna-se o material. A energia superficial específica representa a energia necessária
para criar novas superfícies no material. Quanto maior for y, menor é a chance de a trinca se
propagar ou seja, maior é a tenacidade do material. A capacidade do material em propagar
trincas mais ou menos rapidamente pode ser medida experimentalmente, utilizando-se o ensaio
de tenacidade à fratura. Este ensaio consiste em submeter o material a trinca preestabelecida e
medir a velocidade de propagação da trinca quando a amostra é submetida a uma tensão
determinada. O parâmetro obtido neste tipo de ensaio para quantificar a habilidade do polímero
em resistir à propagação de trinca é o Kc, ou seja, fator de intensidade de uma tensão crítica.
O fator Kc é diretamente proporcional a energia superficial . A tenacidade à fratura
teoricamente está relacionada com a resistência ao impacto do polímero.
O balanço de energia: Uma trinca se propagará quando a diminuição da energia
elástica de deformação for pelo menos igual à energia necessária para criar a nova superfície da
trinca”.