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Resumo
O estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento quiroprático na lombalgia
crônica de idosos, o presente estudo trata se de um artigo de conclusão de pós-
graduação em Ortopedia e traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais. Portanto
o presente trabalho tem como tema: Efeito do Tratamento Quiroprático na Lombalgia
Crônica do Idoso, onde foi estudado mais intensamente causas da lombalgia no idoso e
uma forma mais específica de tratamento, utilizando como base o tratamento
quiroprático que é composto por técnicas manuais, orientações de hábitos, técnicas
posturais, e prescrições de exercícios específicos, com isso podendo proporcionar ao
idoso uma melhora na sua qualidade de vida diária. O trabalho foi elaborado através
da metodologia de revisões de literaturas, utilizando artigos publicados em sites
reconhecidos e fontes bibliográficas como livros. Com isso, o artigo torna-se de grande
valia para o aprimoramento de novos conhecimentos no tratamento da determinada
patologia estudada, ajudando com uma imensa colaboração para o crescimento do
conhecimento acadêmico, técnico e científico do autor. Podendo também chamar
atenção para grande importância da fisioterapia na vida no idoso.
1. Introdução
O envelhecimento é um processo de mudanças universais pautado geneticamente para a
espécie e para cada indivíduo, que se traduz em diminuição da plasticidade
comportamental, em aumento da vulnerabilidade, em acumulação de perdas evolutivas e
na ampliação da probabilidade de morte. O ritmo, a duração e os efeitos desse processo
comportam diferenças individuais e de grupos etários, dependentes de eventos e da
natureza genético-biológica, sócio histórica e psicológica (NERI, 2001).
Conforme Freitas et al. (2002), as situações mórbidas tornam-se mais frequentes com o
fenômeno do envelhecimento, podendo ser desencadeadas mais facilmente do que nos
indivíduos mais jovens, o que determina menor capacidade de adaptação, tornando o
idoso mais vulnerável a vários estímulos do meio ambiente.
Poucos problemas têm merecido tanta atenção e preocupação como o envelhecimento e
a incapacidade funcional associada a ele (PAPALÉO NETTO, 2002).
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Pós Graduanda em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias manuais
2
Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior, mestranda em Bioética e Direito em
Saúde
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Com o avançar dos anos, ocorrem alterações estruturais e funcionais que, embora
variem de um indivíduo a outro, são encontradas em todos os idosos e são próprias do
processo de envelhecimento (FREITAS et al., 2002). Segundo Cooperstein e Gleberzon
(2001), o aumento da idade está associado ao aumento de problemas
neuromusculoesqueléticos, sendo estes a condição crônica que mais comumente causa
limitação de atividade.
A estratégia mais comum para o tratamento de dor é o uso de drogas analgésicas
(AMERICAN GERIATRIC SOCIETY, 2002), a maioria das pessoas, idosas ou não, dá
enorme importância aos remédios por acreditarem que é a única maneira de melhorar
condições físicas indesejáveis (VIEIRA, 1996). No entanto, abordagens não
farmacológicas, usadas sozinhas ou em combinação com estratégias farmacológicas
apropriadas, devem ser parte do plano de tratamento para pacientes com dor crônica
(AGS, 1999).
A Quiropraxia é uma profissão da saúde com interesse no diagnóstico, tratamento e
prevenção de desordens mecânicas do sistema neuromusculoesquelético, e os efeitos
dessas desordens na função do sistema nervoso e saúde em geral. Existe uma ênfase em
tratamentos manuais incluindo ajustamentos espinhais e outras articulações e
manipulação de tecidos moles (WORLD FEDERATION OF CHIROPRACTIC, 2006).
Doença degenerativa articular na coluna lombar é uma patologia comum relacionada à
idade, caracterizada por progressivas alterações degenerativas da cartilagem hialina,
associadas à esclerose do osso subcondral e formação óssea reacional sob a forma de
osteófitos (KAUFFMAN, 2001; FREITAS et al., 2002). Clinicamente, essas alterações
podem causar dor lombar, descrita como dolorimento generalizado e específico,
comprometendo certas áreas de dor à palpação pontual, e redução dos movimentos da
coluna vertebral (KAUFFMAN, 2001; CAILLIET, 2001; EVANS, 2003).
A formação de osteófitos, que pode evitar o movimento articular normal, resulta em
estreitamento do forame e em hipertrofia unilateral da faceta, o que pode provocar
encarceramento do nervo e consequentemente dor, radiculopatia e déficit neurológico
que incluem fraqueza muscular e desequilíbrio (KAUFFMAN, 2001; CAILLIET,
2001). A coluna lombar deve ser considerada como uma unidade funcional que consiste
em ossos, ligamentos, discos intervertebrais, músculos e todos os demais tecidos moles.
Em virtude de sua localização central, os elementos da coluna vertebral representam o
ponto focal para o equilíbrio do corpo (EVANS, 2003).
que dão a flexibilidade para coluna vertebral que é o eixo central do corpo.
(KAPANDJI, A.I.2000).
Fonte: NETTER,Frank H ... Atlas de Anatomia Humana. 2° ed. Porto Alegre: Artmed 2000
Legenda: Figura 1, Coluna Vertebral, Visão Geral.
Músculos da coluna:
Músculos posteriores camada profunda (paravertebrais), os músculos paravertebrais
(semi – espinhais, multifidos, rotadores, interespinhais, intertransversários) atuam na
cadeia posterior do tronco de forma estática, tendo a função principal de manter o
tronco ereto durante todo o tempo que estamos em pé ou sentados. Os músculos eretores
(iliocostais, longuíssimos do tórax e espinhais) atuam na cadeia posterior do tronco de
forma dinâmica, tendo função principalmente de manter a coluna nos movimentos.
Músculos (Abdominais): O grupo dos abdominais (reto do abdome, oblíquo superior e
inferior, transverso do abdome) atua na cadeia anterior do tronco são os músculos
unicamente dinâmicos do tronco, responsáveis pelo movimento e estabilidade, sendo
importante mantê–los fortalecidos e resistentes (parte superior, inferior e oblíquo). Os
músculos adicionais são os iliopsoas e a quadrado lombar.
Principais ligamentos da coluna:
- Ligamento amarelo: limita a flexão.
- Ligamento interespinhais e supra – espinhais: limita a flexão.
- Ligamento intertransversários: limita a flexão lateral contralateral.
- Ligamento longitudinal anterior: limita a extensão ou lordose excessiva das regiões
cervical e lombar.
- Ligamento longitudinal posterior: limita a flexão, reforça o anel fibroso
posteriormente.
- Cápsula das articulações dos processos articulares: fortalece e suporta a articulação
dos processos articulares (KAPANDJI, 2000).
3. Lombalgia
Fonte: http://fisioterapeutafabiorv.blogspot.com.br/2011/07/inimigos-da-coluna
Legenda: Lombalgia
A Associação Americana de Geriatria (1999) define dor crônica como aquela que existe
além de um tempo esperado de cura ou que não é amenizada por métodos rotineiros
para controle da dor. Cox (2002) classifica dor crônica na coluna sendo aquela com
duração mais longa que três meses. Para Henriques (2001) a dor crônica é definida
como a que tem duração maior que seis meses.
A queixa de dor lombar do idoso em consultórios médicos é muito frequente, manifesta-
se predominantemente com lombalgia ou lombociatalgia, que se inicia de maneira
insidiosa. A causa predominante da lombalgia e lombociatalgia no idoso é o processo
degenerativo, que tem início lento e inclui uma série de condições, como a estenose do
canal lombar, espondilolistese degenerativa, síndrome facetária e doença degenerativa
discal (CASTRO, 2000).
Para Santos (1996), as causas da lombalgia são mecânicas, e inclui sobrecarga
lombossacral, discopatia degenerativa, espondilolistese, estenose de medula espinhal e
fratura. A grande maioria dos casos de dor lombar com ou sem irradiação para os
membros inferiores tem evolução em semanas ou meses, e 10% dos casos se tornam
crônicos. Para Knoplich (2003), as dores irradiadas e parestesias para os membros
inferiores com frequência se associam à lombalgia, incapacitando a movimentação e o
trabalho. O envelhecimento e a sobrecarga mecânica provocam degeneração e lesões
nas vértebras desencadeando as algias lombares, que também podem estar relacionadas
a problemas ligamentares ou musculares agudos (BERKOW, 1995; WATKINS, 2001).
A dor irradiada geralmente o paciente indica o trajeto com a mão conforme mostra a
figura a seguir.
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Fonte: www.patologiadacoluna.com.br/patologia-escoliose.php
Legenda: Lombalgia com dor irradiada.
Há fatores associados que melhoram o estado do paciente, tais como ajuste quiroprático,
repouso, medicamentos, etc. e outros que pioram, como espirro, levantar peso, tosse,
evacuações etc. Dificuldade de andar devido à dor, deve ser investigada, suspeitando-se
de distúrbios vasculares (claudicação intermitente). Perda da força nos membros
inferiores e atrofias musculares são sinais de nítido sofrimento da raiz nervosa. Há
desvios antálgicos conforme a intensidade da dor, com intenso espasmo da musculatura
paravertebral. A idade é fator importante constatando-se que as pessoas com lombalgias
(em homens com mais frequência que nas mulheres), dos 30 aos 50 anos, são mais
propensas a ter hérnia de disco. Nas lombalgias de início súbito em pacientes bem
idosos, há uma preocupação maior com tumores, sem perder de vista todos os possíveis
diagnósticos.
4. Quiropraxia
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A quiropraxia teve início em 1895, em Davenport, Iowa. Neste ano, o canadense Daniel
David Palmer realizou uma manobra de manipulação articular em um paciente que tinha
uma deficiência auditiva e neste caso, surpreendentemente, obteve um grande sucesso.
Palmer então cunhou o nome “Quiropraxia”, que vem do grego “Queirós”, que significa
mãos, e “Práxis”, que significa prática. (PETTERSON, 1995).
É uma profissão de nível superior, reconhecida e incentivada pela organização mundial
de saúde (OMS) no qual se dedica no diagnóstico, tratamento e prevenção de distúrbios
biomecânicos, ou seja, ossos, ligamentos, tendões, nervos, articulações e músculos,
tendo um olhar extremamente refinado no que diz respeito à coluna vertebral, visto que
é o grande pilar de sustentação do nosso corpo.
O tratamento quiroprático é composto por técnicas manuais, orientações de hábitos,
técnicas posturais, e prescrições de exercícios específicos. Seu grande diferencial está
no ajustamento articular, ou seja, manobras rápidas e precisas, que em alguns momentos
podem vir acompanhado de estalidos, cujo qual restaurará a função da articulação e
permitirá que seu corpo funcione harmonicamente, reduzindo o risco de desenvolver
lesão.
Os objetivos do tratamento em resumo, consistem em atender as necessidades imediatas
do paciente, como o alívio da dor, tratar a causa dos sintomas através da recuperação da
função e amplitude de movimento normal das articulações, músculos e outras estruturas
do sistema musculoesquelético ou sistema locomotor, assim permitir ao sistema nervoso
funcionar sem interferências (CHAMPMANSMITH, 2001).
4. A quiropraxia e o idoso
Fonte:www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/14780/a-eficacia-da-terapia-manipulativa-no-
tratamento-das-lombalgias.
Legenda: Técnica de rolo lombar
Fonte:balsiniquiropraxia.blogspot.com.br
Legenda: Ajuste torácico
Seguida pelo Ativador com 28,3%, técnica Thompson com 21,9%, e Nimmo/outras
técnicas de tecidos moles com 20,6%, Cinesiologia Aplicada com 16,1% e Técnica
Sacro-Occipital com 13,5%. De acordo com as imagens a seguir podemos ver algumas
técnicas da quiropraxia.
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Fonte:projetosaudebh2011.spaceblog.com.br/1427739/Efeito-do-tratamento-quiropratico-na-lombalgia-
cronica-de-idosos.
Legenda: Transição toraco lombar
Fonte: www.institutoallevo.com.br/quiropraxia.htm
Legenda: Alívio sacro lombar
5. Metodologia
6. Resultados e Discussão
7. Considerações finais
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www.patologiadacoluna.com.br/patologia-escoliose.php