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Fundamentos de Lógica

Prof. Dr. Luís Antônio C. dos Santos

Março de 2015

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3o período do Curso de Computação


Conceito de Proposição

Vamos começar dando uma definição ingênua de lógica. Entende-se por


lógica, o estudo dos princípio e métodos usados para distinguir sentenças
Verdadeiras de Falsas. O estudo da lógica proporciona através da aplicações
de algumas técnicas, determinar a correção ou incorreção de raciocínios.

Definição 0.1
Uma Proposição é uma construção (sentença matemática, frase,
pensamento) que exprimem um pensamento de sentido completo e a qual
podemos atribuir juizo, ou seja, no sentido aqui definido, possui um valor
verdade, ou seja verdadeiro, ou é falso. Notação: p, q, r, s etc.

Definição 0.2
Chama-se de valor lógico de uma proposição “p"a verdade (V) se a
proposição é verdadeira e a falsidade (F) se a proposição for falsa.
Notação: V(p)
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3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.1
São exemplos de proposição
1 Nove é diferente de cinco
2 Sete é maior que três
3 Três é divisor de onze
4 Buenos Áries é a capital do Brasil
5 O número 9 não é primo

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Exemplo 0.2
Não são proposições
1 O Grêmio é o melhor time do mundo. Não há como definir valor
lógico para essa sentença.
2 João estuda matemática? Pergunta, não tem sentido completo.
3 3x + 2 = 6, Não há como definir valor lógico “Quem é x".

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A Lógica Matemática adota como regras fundamentais do pensamento os
três seguintes princípios:
(I) PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: Toda proposição é idêntica a si
mesma.
(II) PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: Uma proposição não pode ser
verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
(III) PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: Toda a proposição ou é
verdadeira ou é falsa, verifica-se sempre um destes casos e nunca um
terceiro.

Observação 0.1
Proposição é uma sentença declarativa. As proposições são verdadeiras ou
falsas não havendo outra alternativa (Principio do Terceiro Excluído), isto
é, não existe 1/2 verdade na Lógica Clássica e nessa diferem das perguntas,
ordens e exclamações. Só as proposições podem ser afirmadas ou negadas.
Alem disso, uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo
tempo (Princípio da não Contradição).
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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Exemplo 0.3
Atribua o valor Lógico para as seguintes proposições:
p: 1 é inteiro. (V)
q: 2 pertence aos Naturais. (V)
r: 3 é par. (F)

Exemplo 0.4
Atribua valor lógico para as proposições:
p: Nove é diferente de cinco.
q: Sete é maior que três.
q: Sete é maior que nove.

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Setenças abertas e conjunto verdade
Considere agora as setenças do tipo:

x é um número primo
note que na frase acima não podemos determinar o seu valor lógico, há uma
certa indeterminação, porém, se no lugar de x colocarmos 2 obtemos que a
frase acima se torna uma proposição verdadeira, se substituirmos x por 4 a
frase se torna uma proposição falsa, neste caso o fato acima é um exemplo
de sentença aberta.

Definição 0.3
Uma sentença aberta p(x) sobre A (ou Proposição sobre um conjunto A) é
uma proposição cujo valor lógico depende do elemento x ∈ A.

Exemplo 0.5
Note que x + 4 = 9 não é uma proposição, esta sentença não pode ser
classificada como V ou F pois seria como se estivéssemos atribuindo um
valor lógico a uma pergunta. Porêm: x + 4 = 9, onde x ∈ N é uma sentença azul

aberta.
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Observação 0.2
Uma sentença aberta pode conter uma ou mais variáveis. Por exemplo
p(x, y) : x + y = 0, x, y ∈ Z é um exemplo de sentença aberta nas variáveis
x, y.

Definição 0.4
O conjunto verdade Vp , de uma sentença aberta p(x), onde x é uma variável
em A, é o conjunto de todos os valores possíveis de x, que tornam p(x) uma
proposição verdadeira: Vp = {x : x ∈ A e p(x)é verdadeiro}

Voltaremos a falar de setenças abertas adiante.

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Observação 0.3
A linguagem adotada na lógica matemática consiste de um conjunto de
símbolos e expressões com significados predefinidos e que podem ser
utilizados desde que respeitadas certas regras. É importante notar que cada
símbolo tem um significado próprio, ou seja, deve-se conhecer e respeitar o
significados dos símbolo utilizados.

Exercício 0.1
Determine o valor lógico de cada uma das seguintes proposições:
1 O número 17 é primo.
2 Fortaleza é a capital do Maranhão.
3 Tiradentes morreu afogado.
4 (3 + 5)2 = 32 + 52
5 −1 < −7
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Operadores lógicos

Definição 0.5
Uma proposição é dita proposição simples ou proposição atômica se, e
somente se, contíver uma única afirmação, neste caso uma proposição
simples não pode ser decomposta em proposições mais simples.

Exemplo 0.6
São exemplos de proposições simples
p: Brasil é um país.
q: 3 + 4 > 5.
r: 7 − 1 = 5.

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Definição 0.6
Uma proposição é dita composta se, e somente se, possuem como
componentes duas ou mais proposições conectadas por uma ligação que
não é verbo.

Exemplo 0.7
São exemplos de proposições compostas
p: Nove é diferente de cinco e Sete é maior que três
q: Sete é maior que três ou João joga futebol
r: sete e menor que quatro se somente se a Lua é um satélite da Terra.

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Observação 0.4
É possível construir proposições mais complexas (proposições compostas)
da seguintes formas.
1 Primeiro, compondo proposições usando operadores lógicos também
chamados conectivos lógicos.
2 Adicionalmente, para uma determinada sentença aberta,
freqüentemente é desejável quantificar os valores a serem considerados
para obtermos um valor lógico.
Distinguiremos dois tipos de expressões lógicas, que nos permitam dividir o
estudo da lógica simbólica em duas partes principais.

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Os conectivos lógicos, ou funções de verdade: “ e ", “ou", “não",“se",...
então", “se e somente se,"que permitem ligar entre si várias
proposições, obtendo proposições compostas cuja verdade ou falsidade
estará dependendo da verdade ou falsidade das proposições iniciais e da
natureza dos conectivos envolvidos.
Os quantificadores lógicos “para todos", “alguns", “um pelo menos",
“existe", etc, que ocorre no interior das proposições, influenciando o
seu valor verdade.

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Exemplo 0.8
Exemplo de proposições compostas.
P: José faz 20 anos e José não sabe dirigir
Q: Carlos gosta de novela ou faz ioga às segunda.

Exemplo 0.9
Exemplo de senteça aberta que vira uma proposições após ser quantificada.
x2 + 1 > 0, x ∈ R,
R: x2 + 1 > 0, para todo x ∈ R.

Notação: As proposições compostas designadas pelas letras latinas


maiúsculas: P, Q, R, S etc.

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Tabela Verdade

Definição 0.7
Para se determinar o valor lógico de uma proposição composta, pode-se
usar um dispositivo chamado Tabela-Verdade na qual figuram todos os
possíveis valores lógicos da proposição composta, correspondente a todas
as possíveis atribuições de valores lógicos às proposições simples que a
compõe.

Exemplo 0.10
Uma proposição composta P = P(p, q) formada por duas proposições
simples p, q têm as seguintes possibilidades
p q
V V
V F
F V
F F azul

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Exemplo 0.11
Uma proposição composta Q=Q(p,q,r) formada por duas proposições
simples p,q e r têm as seguintes possibilidades
p r s
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Se uma proposição for composta por n proposições simples, então o número


de linhas na tabela verdade é dada por 2n .
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Negação

Definição 0.8
A negação de uma proposição é construída, introduzindo-se a palavra não
de forma apropriada ou prefixando-se a proposição por “não e fato que".
(Ou expressão equivalente). Chama-se então negação de uma proposição p
a proposição “não p"cujo valor lógico é V se p é falsa e F se p é verdadeira.

Notação: ∼ p

Exemplo 0.12
Considere as seguintes proposições
p: 3 < 5
q: 2 é um número impar

A negação da proposições acima são


∼p:3≥5
∼ q : 2 não é um número impar ou não é verdade que 2 é um número azul
impar

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A tabela verdade da negação é dada por
p ∼p
V F
F V

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Exercício 0.2
Negue as seguintes proposições:
1 O número 7 é primo
2 Marcos é alto
3 Não é verdade que Marcos é baixo.

Observação 0.5
Note que ∼ (∼ p) = p.

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Conjunção
Definição 0.9
A conjunção p ∧ q lê-se “p e q"reflete a noção e simultaneidade para ser
verdadeira . Assim, a proposição composta p ∧ q é : Verdadeira, apenas
quando p ∧ q são simultaneamente Verdadeiras, Falsa, em qualquer outro
caso.

Exemplo 0.13
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ∧ q.
p: O número 2 é par.
q: O número 3 é impar.
p ∧ q : O número 2 é par e o número 3 é impar.

Exemplo 0.14
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ∧ q.
p: 3 < 5.
q: 7 > 9 azul
p∧q:3<5e7>9

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Exemplo 0.15
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ∧ q.
p: −2 < −1.
q: (−2)2 < (−1)2
p ∧ q : −2 < −1 e (−2)2 < (−1)2

A tabela verdade da conjunção é dada por

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

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Disjunção
Definição 0.10
A proposição formada pela união de duas proposição simples através do
operador lógico “ou"chama-se disjunção p ∨ q, ou seja, a disjunção reflete
a noção de que uma das proposições componentes deve ser verdadeira para
que p ∨ q seja verdadeiro.

Observação 0.6
Na linguagem corrente a palavra “ou"possui dois significados distintos. O
chamada sentido não-exclusivo para o qual ao menos um dos enunciados
componentes é verdadeiro ou ambos. E o sentido exclusivo onde um dos
enunciados é verdadeiro e o outro é falso (um enunciado exclui o outro). Na
lógica matemática a expressão ”ou"se usa sempre no sentido não-exclusivo.

Exemplo 0.16
Nas proposições abaixo
Ou sentido exclusivo: João veio caminhando ou João veio de carro. azul

Ou sentido não exclusivo: João joga futebol ou João joga vôlei.


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Exemplo 0.17
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ∨ q.
p: O número 2 é par.
q: O número 3 é impar.
p ∨ q : O número 2 é par ou o número 3 é impar.

Exemplo 0.18
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ∨ q.
p: 3 < 5.
q: 7 > 9
p ∨ q : 3 < 5 ou 7 > 9

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Exemplo 0.19
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ∨ q.
p: −2 < −1.
q: (−2)2 < (−1)2
p ∨ q : −2 < −1 ou (−2)2 < (−1)2

A tabela verdade da disjunção é dada por

p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F

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Condicional

Definição 0.11
A condição envolve duas proposições p e q, denotado por p → q le-sê “se p
então q", reflete a noção de que, a partir de uma premissa Verdadeira (ou
seja p Verdadeira) obrigatoriamente deve se chegar a uma conclusão
Verdadeira. (ou seja q Verdadeira ) para que a proposição composta p → q
seja Verdadeira. Entretanto, a partir de uma premissa falsa p qualquer
conclusão pode ser considerada.

Para que a idéia da definição acima fique mais clara, considere o seguinte
exemplo

Exemplo 0.20
Imaginemos que um individuo chamado João todas as vezes que lê, sente
dor de cabeça, assim temos as proposições
p: João lê
q: João tem dor de cabeça.
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João lê João tem dor de cabeça se João lê então João tem dor de cabeça
V V V
V F F
F V V
F F V

Na tabela acima
Na primeira linha, se João lê seguramente ele vai ter dor de cabeça.
Na segunda linha, se João lê ele não vai ter dor de cabeça é falso.
Na terceira linha, se João pode estar com dor de cabeça sem ter lido.
Na última linha, neste caso se João estivesse lendo seguramente ele
teria dor de cabeça.

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Exemplo 0.21
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p → q.
p: O número 2 é par.
q: O número 3 é impar.
p → q : Se o número 2 é par então o número 3 é impar.

Exemplo 0.22
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p → q.
p: 3 < 5.
q: 7 > 9
p → q : Se 3 < 5 então 7 > 9

Exemplo 0.23
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p → q.
p: −2 < −1.
q: (−2)2 < (−1)2
p → q : Se −2 < −1 então (−2)2 < (−1)2 azul

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A tabela verdade da condição é dada por

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

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Bicondicional

Definição 0.12
A bicondicional envolvendo duas proposições p e q denotado por p ↔ q a
qual é lida “p se e somente se q"reflete a condição nos dois sentidos, ou
seja, a primeira nos leva a segunda e segunda nos leva a primeira.

Exemplo 0.24
Consideremos a segunda situação: O sol tem luz própria e, graças a isso,
podemos dizer que ele é uma estrela.
p: O sol tem luz própria
q: O sol é uma estrela.

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p q O sol tem luz própria se e somente se sol é uma estrela.
V V V
V F F
F V F
F F V

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Exemplo 0.25
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ↔ q.
p: O número 2 é par.
q: O número 3 é impar.
p ↔ q : O número 2 é par se e somente se o número 3 é impar.

Exemplo 0.26
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ↔ q.
p: 3 < 5.
q: 7 > 9
p ↔ q : 3 < 5 se e somente se 7 > 9

Exemplo 0.27
Considere as seguintes proposições. Determine o valor lógico de p ↔ q.
p: −2 < −1.
q: (−2)2 < (−1)2
p ↔ q : −2 < −1 se e somente se (−2)2 < (−1)2 azul

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A tabela verdade da bicondicional é dada por

p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

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Exercício 0.3
Sejam as proposições
p: Está frio
q: Está chovendo.
Traduzir para linguagem corrente as seguintes proposições:
1 ∼p
2 p∧q
3 p∨q
4 q↔p
5 p ↔∼ q
6 p∨ ∼ q
7 ∼∼ p

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Exercício 0.4
Traduzir para a linguagem simbólicas as seguintes proposições:
1 Marcos é alto e elegante
2 Marcos é alto, mas não e elegante
3 Não e verdade que Marcos é baixo ou elegante
4 Marcos é alto ou baixo e elegante
5 Não é verdade que Marcos é baixo ou que não é elegante

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Construção da Tabela-Verdade de Proposições
Compostas

Lembremos que a determinação do valor lógico de uma proposição


composta depende do valor lógico das proposições simples que a compõe e
dos conectivos envolvidos. Dada uma proposição composta P(p, q, r, s,. . . )
pode-se sempre determinar o seu valor lógico quando são conhecidos os
valores lógicos das proposições que a compõe, para isso, usamos o auxílio
da tabela verdade.
Exemplo 0.28
Construir a Tabela verdade da proposição P(p, q) =∼ (p∧ ∼ q).

p q ∼q (p∧ ∼ q) ∼ (p∧ ∼ q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V
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Exemplo 0.29
Construir a Tabela verdade da proposição P(p, q) dada por
∼ (p ∧ q)∨ ∼ (q ↔ p).

p q p∧q q↔p ∼ (p ∧ q) ∼ (q ↔ p) ∼ (p ∧ q)∨ ∼ (q ↔ p)


V V
V F
F V
F F

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Exercício 0.5
Construir a Tabela verdade da proposição P(p, q, r) = p∨ ∼ r → q∧ ∼ r

Exercício 0.6
Sabendo que os valores lógicos das proposições p e q são respectivamente V
e F, determine o valor lógico (V ou F) da proposição:

P(p, q) =∼ (p ∨ q) ↔∼ p∧ ∼ q

Exercício 0.7
Sabendo as proposições p: π = 3 e q: sin( π2 ) = 0. Determine o valor lógico
(V ou F) da proposição:

P(p, q) = (p → q) → (p → p ∧ q)

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Tautologia e Contradição

Definição 0.13
Chama-se tautologia a proposição que é sempre verdadeira independente
dos valores lógicos das proposições que a compõe.

Exemplo 0.30
Construa a tabela verdade da proposição P(p, q, r) dada por
p ∧ q →∼ q ∨ r e verifique se é uma tautologia.

p q r ∼q p∧q ∼q∨r p ∧ q →∼ q ∨ r
V V V F V V V
V V F F F F V
V F V V V V V
V F F V F V V
F V V F F V V
F V F F F F V
F F V V F V V
azul
F F F V F V V

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Tautologia e Contradição

Definição 0.13
Chama-se tautologia a proposição que é sempre verdadeira independente
dos valores lógicos das proposições que a compõe.

Exemplo 0.30
Construa a tabela verdade da proposição P(p, q, r) dada por
p ∧ q →∼ q ∨ r e verifique se é uma tautologia.

p q r ∼q p∧q ∼q∨r p ∧ q →∼ q ∨ r
V V V F V V V
V V F F F F V
V F V V V V V
V F F V F V V
F V V F F V V
F V F F F F V
F F V V F V V
azul
F F F V F V V

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Definição 0.14
Chama-se contradição a proposição composta que é sempre falsa
independente dos valores lógicos das proposições que a compõe.

Exemplo 0.31
Seja P(p, q) =∼ ((p ↔ q) ∧ p −→ q) e verifique se é uma contradição.

p q p↔q (p ↔ q) ∧ p ((p ↔ q) ∧ p −→ q) ∼ ((p ↔ q) ∧ p −→ q)


V V V V V F
V F F F V F
F V F F V F
F F V F V F

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Definição 0.14
Chama-se contradição a proposição composta que é sempre falsa
independente dos valores lógicos das proposições que a compõe.

Exemplo 0.31
Seja P(p, q) =∼ ((p ↔ q) ∧ p −→ q) e verifique se é uma contradição.

p q p↔q (p ↔ q) ∧ p ((p ↔ q) ∧ p −→ q) ∼ ((p ↔ q) ∧ p −→ q)


V V V V V F
V F F F V F
F V F F V F
F F V F V F

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Exercício 0.8
Faça a tabela verdade da proposição (p∧ ∼ q) → (p ↔∼ q) e verifique que
é uma tautologia.

Exercício 0.9
Faça a tabela verdade da proposição (p ∨ q) ∧ (∼ p∧ ∼ q) e verifique que é
uma contradição.

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Parenteses e Precedência de Operadores lógicos
É clara a necessidade de usar parênteses na simbolização das proposições
que devem ser colocadas para evitar qualquer tipo de ambigüidade.
Exemplo 0.32
Considere 
(p ∧ q) ∨ r
p∧q∨r =
p ∧ (q ∨ r)
a tabela verdade de (p ∧ q) ∨ r e de (p ∧ q) ∨ r é dada por

p q r p∧q (p ∧ q) ∨ r q∨r p ∧ (q ∨ r)
V V V V V V V
V V F V V V V
V F V F V V V
V F F F F F F
F V V F V V F
F V F F F V F
F F V F V V F
F F F F F F F
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Nas proposições acima observe que (p ∧ q) ∨ r e (p ∧ q) ∨ r não tem o
mesmo significado.
3o período do Curso de Computação
A eliminação de parênteses nas proposições se faz mediante algumas
convenções, das quais são particularmente Importante as duas seguintes. A
“ordem de precedência"para conectivos é:
(I) A “ordem de preferência"para conectivos é:
(1) ∼
(2) ∧ e ∨
(3) →
(4) ↔

Exemplo 0.33
A proposição p → q ↔ s ∧ r deve ser vista como (p → q) ↔ (s ∧ r)

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(II) Quando um mesmo conectivo aparecer sucessivamente, suprimem-se os
parênteses, fazendo a associação a partir da esquerda.

Exemplo 0.34
Vemos que
(∼ (∼ (p ∧ q)) ∨ (∼ p)) é visto ∼∼ (p ∧ q)∨ ∼ p.
((p ∨ (∼ q)) ∧ (r ∧ (∼ q)) é visto (p∨ ∼ q) ∧ (r∧ ∼ q).
(((p ∨ (∼ q)) ∧ r) ∧ (∼ q)) é visto (p∨ ∼ q) ∧ r∧ ∼ q.

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Observação 0.7
Nas proposições
1 A ordem de prioridade de uma operação lógica somente pode ser
alterada através do uso de parênteses .

Exemplo 0.35
A proposição ∼ p → q ↔ s ∧ r deveria ser vista como (∼ p → q) ↔ (s ∧ r)
ou mudando a ordem de prioridade usando parênteses (∼ p → q ↔ s) ∧ r.
2 Operadores diferentes e de mesma prioridade necessariamente devem
ter sua ordem indicada pelo uso de parênteses.

Exemplo 0.36
Considere

(p ∧ q) ∨ r disjunção é mais importante
p∧q∨r =
p ∧ (q ∨ r) conjunção é mais importante
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Implicações e Equivalências

Definição 0.15
Diz-se que uma proposição P(p,q,r,..) implica uma proposição
Q(p, q, r, ...) se e somente se a condição P → Q é uma tautologia.
Resumindo: P ⇒ Q se e somente se P → Q é uma tautologia.

Exemplo 0.37
Seja P(p, q) = p ∧ q e Q(p, q) = p ∨ q. Verifique que P ⇒ Q.

p q p∧q p∨q p∧q→p∨q


V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V

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3o período do Curso de Computação


Observação 0.8
Atenção: Os símbolos → e ⇒ são diferentes pois o primeiro é de operação
lógica, enquanto que o segundo é de relação. Uma relação entre proposição
se distingue de operação entre proposições porque a primeira (relação) não
cria uma nova proposição e a segunda (operação lógica) sim.

Observação 0.9
Todo Teorema é uma implicação da forma Hipótese ⇒ Tese, demonstrar um
Teorema significa mostrar que não ocorre o caso da hipótese ser verdadeira
e a tese ser falsa, isto é, a verdade da hipótese e suficiente para garantir a
verdade da Tese. Veremos isso com mais detalhes adiante.

azul

3o período do Curso de Computação


Definição 0.16
Diz-se que uma proposição P(p,q,r,..) é equivalente a uma proposição
Q(p,q,r,...) se e somente se a becondicional P ↔ Q é uma tautologia.
Resumindo: P ⇔ Q se e somente se P ↔ Q é uma tautologia.

Exemplo 0.38
Seja P(p, q) = p ↔ q e Q(p, q) = (p → q) ∧ (q → p). Verifique que P ⇔ Q.

p q p→q q→p p↔q (p → q) ∧ (q → p) P↔Q


V V
V F
F V
F F

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Exemplo 0.39
Seja P(p, q) = p∧ ∼ q → F onde F é uma contradição e Q(p, q) = p → q.
Verifique que P ⇔ Q.

p q ∼q F p∧ ∼ q → F p→q (p∧ ∼ q → F) ↔ (p → q)
V V
V F
F V
F F

Observação 0.10
Da equivalência acima provêm o método de demonstração por absurdo. O
método diz que a verdade da hipótese é suficiente para verdade da tese, é o
mesmo que afirmando a hipótese e negando a tese se chega a uma
contradição.

Exemplo 0.40
azul

Mostre que ∼ (p → q) é equivalente a proposição p∧ ∼ q.


3o período do Curso de Computação
Propriedades das Operações Entre Proposições e
Conectivos

Algumas equivalências, pela sua importância e frequência, são consideradas


como leis do cálculo proposicional e seu conhecimento se faz necessário,
deixamos ao leitor a tarefa de verificá-las por tabelas-verdades. Indiquemos
por V as tautologias e por F as contradições, temos as propriedades que se
seguem.
Propriedades da operação conjunção.
1 p ∧ q ⇔ q ∧ p (comutativa)
2 (p ∧ q) ∧ r ⇔ p ∧ (q ∧ r) (associativa)
3 p ∧ p ⇔ p (idempotente)
4 p∧V ⇔p
5 p∧F ⇔F

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Propriedades da operação disjunção.
1 p ∨ q ⇔ q ∨ p (comutativa)
2 (p ∨ q) ∨ r ⇔ p ∨ (q ∨ r) (associativa)
3 p ∨ p ⇔ p (idempotente)
4 p∨V ⇔V
5 p∨F ⇔p

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Propriedades relativas a disjunção e conjunção.
1 p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) (distributiva)
2 p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) (distributiva)
3 p ∧ (p ∨ q) ⇔ p (absorção)
4 p ∨ (p ∧ q) ⇔ p (absorção)

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Propriedades da operação negação.
1 ∼∼ p ⇔ p (dupla negação)
2 ∼ (p ∧ q) ⇔∼ p∨ ∼ q (negação da conjunção)
3 ∼ (p ∨ q) ⇔∼ p∧ ∼ q (negação da disjunção)
4 ∼ (p → q) ⇔ p∧ ∼ q (negação da condição)
5 ∼ (p ↔ q) ⇔ (p∧ ∼ q) ∨ (q∧ ∼ p) (negação da bicondição)
6 ∼ F ⇔ V (negação da contradição é a tautologia)
7 ∼ V ⇔ F (negação da tautologia é a contradição)

Exercício 0.10
Verifique todas as proposições anteriores via tabela verdade.

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3o período do Curso de Computação


Noções de Cálculo Proposicional
Muitas implicações ou equivalências precisam ser estabelecidas. O recurso
da tabela-verdade poderia ser empregado mas agora se torna desnecessário,
inclusive por questões de elegância de cálculo, é conveniente o uso das leis
estabelecidas na aula anterior, mesmo porque essa prática torna-se mais
eficiente para a busca de novas equivalências, principalmente as
simplificações.
Nos exemplos abaixo especifique a propriedade usada em cada passagem.

Exemplo 0.41
Prove que (p ∧ q) → r ⇔ p → (q → r)

(p ∧ q) → r ⇔ ∼ ((p ∧ q)∧ ∼ r)
⇔ ∼ (p ∧ (q∧ ∼ r))
⇔ ∼ (p∧ ∼ (∼ (q∧ ∼ r)))
⇔ p →∼ (q∧ ∼ r))
⇔ p → (q → r) azul

3o período do Curso de Computação


Noções de Cálculo Proposicional
Muitas implicações ou equivalências precisam ser estabelecidas. O recurso
da tabela-verdade poderia ser empregado mas agora se torna desnecessário,
inclusive por questões de elegância de cálculo, é conveniente o uso das leis
estabelecidas na aula anterior, mesmo porque essa prática torna-se mais
eficiente para a busca de novas equivalências, principalmente as
simplificações.
Nos exemplos abaixo especifique a propriedade usada em cada passagem.

Exemplo 0.41
Prove que (p ∧ q) → r ⇔ p → (q → r)

(p ∧ q) → r ⇔ ∼ ((p ∧ q)∧ ∼ r)
⇔ ∼ (p ∧ (q∧ ∼ r))
⇔ ∼ (p∧ ∼ (∼ (q∧ ∼ r)))
⇔ p →∼ (q∧ ∼ r))
⇔ p → (q → r) azul

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Exemplo 0.42
Prove que p → q ⇔∼ p ∨ q.

p→q ⇔ ∼ (p∧ ∼ q)
⇔ ∼ p∨ ∼∼ q
⇔ ∼p∨q

Exemplo 0.43
Prove que ∼ (p → (q∧ ∼ r)) ⇔ p ∧ (∼ q ∨ r)

∼ (p → (q∧ ∼ r)) ⇔ ∼ (∼ (p∧ ∼ (q∧ ∼ r)))


⇔ p∧ ∼ (q∧ ∼ r)
⇔ p ∧ (∼ q∨ ∼∼ r)
⇔ p ∧ (∼ q ∨ r)
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Exemplo 0.42
Prove que p → q ⇔∼ p ∨ q.

p→q ⇔ ∼ (p∧ ∼ q)
⇔ ∼ p∨ ∼∼ q
⇔ ∼p∨q

Exemplo 0.43
Prove que ∼ (p → (q∧ ∼ r)) ⇔ p ∧ (∼ q ∨ r)

∼ (p → (q∧ ∼ r)) ⇔ ∼ (∼ (p∧ ∼ (q∧ ∼ r)))


⇔ p∧ ∼ (q∧ ∼ r)
⇔ p ∧ (∼ q∨ ∼∼ r)
⇔ p ∧ (∼ q ∨ r)
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Exemplo 0.42
Prove que p → q ⇔∼ p ∨ q.

p→q ⇔ ∼ (p∧ ∼ q)
⇔ ∼ p∨ ∼∼ q
⇔ ∼p∨q

Exemplo 0.43
Prove que ∼ (p → (q∧ ∼ r)) ⇔ p ∧ (∼ q ∨ r)

∼ (p → (q∧ ∼ r)) ⇔ ∼ (∼ (p∧ ∼ (q∧ ∼ r)))


⇔ p∧ ∼ (q∧ ∼ r)
⇔ p ∧ (∼ q∨ ∼∼ r)
⇔ p ∧ (∼ q ∨ r)
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Exemplo 0.44
Prove que p ∧ (∼ p ∨ q) ⇔ p ∧ q

p ∧ (∼ p ∨ q) ⇔ (p∧ ∼ p) ∨ (p ∧ q)
⇔ F ∨ (p ∧ q)
⇔ p∧q

Exercício 0.11
Prove usando cálculo proposicional as seguintes equivalências
1 (∼ p ∧ q) →∼ p ⇔ V
2 (p ∨ q)∧ ∼ p ⇔ q∧ ∼ p
3 p → (q → (p ∧ q))) ⇔ V

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Exemplo 0.44
Prove que p ∧ (∼ p ∨ q) ⇔ p ∧ q

p ∧ (∼ p ∨ q) ⇔ (p∧ ∼ p) ∨ (p ∧ q)
⇔ F ∨ (p ∧ q)
⇔ p∧q

Exercício 0.11
Prove usando cálculo proposicional as seguintes equivalências
1 (∼ p ∧ q) →∼ p ⇔ V
2 (p ∨ q)∧ ∼ p ⇔ q∧ ∼ p
3 p → (q → (p ∧ q))) ⇔ V

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Quantificador Universal

Lembremos que por uma proposições denominamos uma sentença que pode
ser atribuida o valor verdadeira ou falsa. Porêm a seguinte equação

x + 1 = 4,

não é uma proposição. Na forma colocada não é nem verdadeira ou falsa.


Contanto, poderá ser verdadeira ou falsa de acordo com o valor lógico da
variável x. Neste caso, dizemos que x é uma variável livre e, declarações
como esta equação são denominadas sentenças abertas “p(x)”.

Definição 0.17
Uma sentença aberta p(x) sobre A (ou Proposição sobre um conjunto A) é
uma proposição cujo valor lógico depende do elemento x ∈ A.

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3o período do Curso de Computação


Seja p(x) uma sentença aberta em um conjunto não vazio A, e seja

Vp = {x : x ∈ A ∧ p(x) é verdade},

seu conjunto verdade. Quando Vp = A ou não podemos construir as frases:


Para todo x de A, p(x).
Qualquer que seja x de A, p(x).
Quando fazemos isso a sentença aberta ganha valor lógico. Na símbologia
da lógica Matemática indica-se este fato, abreviadamente, de umas das
seguintes formas:
(∀ x ∈ A)(p(x));
∀ x ∈ A, p(x);
∀ x ∈ A : p(x);
le-sê: “Para todo x ∈ A, p(x)"ou “Qualquer que seja x ∈ A, p(x)."

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3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.45
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas:
1 ∀ n ∈ N, n + 5 > 3; (V)
2 ∀ n ∈ N, n + 3 > 7; (F)
3 ∀ x ∈ R, x2 ≥ 0; (V)
4 ∀ x ∈ R, 3x − 5 = 0. (F)

Observação 0.11
Observe que p(x), simplesmente, é uma sentença aberta, e por isso, carece
de valor lógico, mas a sentença “ ∀x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e,
portanto, tem um valor lógico que é V se Vp = A e F quando Vp 6= A. A esta
operação dá-se o nome de quantificador universal e ao respectivo símbolo ∀
“Para Todo"o de quantificador universal.

azul

3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.45
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas:
1 ∀ n ∈ N, n + 5 > 3; (V)
2 ∀ n ∈ N, n + 3 > 7; (F)
3 ∀ x ∈ R, x2 ≥ 0; (V)
4 ∀ x ∈ R, 3x − 5 = 0. (F)

Observação 0.11
Observe que p(x), simplesmente, é uma sentença aberta, e por isso, carece
de valor lógico, mas a sentença “ ∀x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e,
portanto, tem um valor lógico que é V se Vp = A e F quando Vp 6= A. A esta
operação dá-se o nome de quantificador universal e ao respectivo símbolo ∀
“Para Todo"o de quantificador universal.

azul

3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.45
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas:
1 ∀ n ∈ N, n + 5 > 3; (V)
2 ∀ n ∈ N, n + 3 > 7; (F)
3 ∀ x ∈ R, x2 ≥ 0; (V)
4 ∀ x ∈ R, 3x − 5 = 0. (F)

Observação 0.11
Observe que p(x), simplesmente, é uma sentença aberta, e por isso, carece
de valor lógico, mas a sentença “ ∀x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e,
portanto, tem um valor lógico que é V se Vp = A e F quando Vp 6= A. A esta
operação dá-se o nome de quantificador universal e ao respectivo símbolo ∀
“Para Todo"o de quantificador universal.

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3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.45
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas:
1 ∀ n ∈ N, n + 5 > 3; (V)
2 ∀ n ∈ N, n + 3 > 7; (F)
3 ∀ x ∈ R, x2 ≥ 0; (V)
4 ∀ x ∈ R, 3x − 5 = 0. (F)

Observação 0.11
Observe que p(x), simplesmente, é uma sentença aberta, e por isso, carece
de valor lógico, mas a sentença “ ∀x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e,
portanto, tem um valor lógico que é V se Vp = A e F quando Vp 6= A. A esta
operação dá-se o nome de quantificador universal e ao respectivo símbolo ∀
“Para Todo"o de quantificador universal.

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3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.45
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas:
1 ∀ n ∈ N, n + 5 > 3; (V)
2 ∀ n ∈ N, n + 3 > 7; (F)
3 ∀ x ∈ R, x2 ≥ 0; (V)
4 ∀ x ∈ R, 3x − 5 = 0. (F)

Observação 0.11
Observe que p(x), simplesmente, é uma sentença aberta, e por isso, carece
de valor lógico, mas a sentença “ ∀x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e,
portanto, tem um valor lógico que é V se Vp = A e F quando Vp 6= A. A esta
operação dá-se o nome de quantificador universal e ao respectivo símbolo ∀
“Para Todo"o de quantificador universal.

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3o período do Curso de Computação


Quantificador Existencial

Seja p(x) uma sentença aberta em um conjunto A, e seja Vp seu conjunto


verdade. Quando Vp 6= ∅ ou Vp = ∅. Podemos criar proposições usando
Existe x ∈ A tal que p(x).
Para algum x ∈ A, p(x).
No símbolo da lógica Matemática indica-se este fato, abreviadamente, de
uma das seguintes maneiras:
(∃ x ∈ A)(p(x));
∃ x ∈ A, p(x);
∃ x ∈ A : p(x).
Dessa forma a sentença aberta ganha valor lógico.
le-sê: “Existe x ∈ A, tal que p(x)"ou “Para algum x ∈ A, p(x)."

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3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.46
Note que:
A expressão “y2 − 1 = 0” é uma sentença aberta sobre R
A expressão “∃ y ∈ R tal que y2 − 1 = 0” é uma proposição (ganha
valor lógico.)

Observação 0.12
Note que “p(x)"é uma sentença aberta, sem valor lógico, mas a sentença
“ ∃ x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e, portanto, tem valor lógico, que é
V se Vp 6= ∅ e F se Vp = ∅. A esta operação dá-se o nome de quantificador
existencial e ao respectivo símbolo ∃ “Existe"o de quantificador existêncial.

Exemplo 0.47
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas.
1 ∃ n ∈ N, n + 4 < 8; (V)
2 ∃ n ∈ N, n + 5 < 3; (F)
3 ∃ x ∈ R, x2 < 0; (F) azul
4 ∃ x ∈ R, 2x − 1 = 0. (V)
3o período do Curso de Computação
Exemplo 0.46
Note que:
A expressão “y2 − 1 = 0” é uma sentença aberta sobre R
A expressão “∃ y ∈ R tal que y2 − 1 = 0” é uma proposição (ganha
valor lógico.)

Observação 0.12
Note que “p(x)"é uma sentença aberta, sem valor lógico, mas a sentença
“ ∃ x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e, portanto, tem valor lógico, que é
V se Vp 6= ∅ e F se Vp = ∅. A esta operação dá-se o nome de quantificador
existencial e ao respectivo símbolo ∃ “Existe"o de quantificador existêncial.

Exemplo 0.47
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas.
1 ∃ n ∈ N, n + 4 < 8; (V)
2 ∃ n ∈ N, n + 5 < 3; (F)
3 ∃ x ∈ R, x2 < 0; (F) azul
4 ∃ x ∈ R, 2x − 1 = 0. (V)
3o período do Curso de Computação
Exemplo 0.46
Note que:
A expressão “y2 − 1 = 0” é uma sentença aberta sobre R
A expressão “∃ y ∈ R tal que y2 − 1 = 0” é uma proposição (ganha
valor lógico.)

Observação 0.12
Note que “p(x)"é uma sentença aberta, sem valor lógico, mas a sentença
“ ∃ x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e, portanto, tem valor lógico, que é
V se Vp 6= ∅ e F se Vp = ∅. A esta operação dá-se o nome de quantificador
existencial e ao respectivo símbolo ∃ “Existe"o de quantificador existêncial.

Exemplo 0.47
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas.
1 ∃ n ∈ N, n + 4 < 8; (V)
2 ∃ n ∈ N, n + 5 < 3; (F)
3 ∃ x ∈ R, x2 < 0; (F) azul
4 ∃ x ∈ R, 2x − 1 = 0. (V)
3o período do Curso de Computação
Exemplo 0.46
Note que:
A expressão “y2 − 1 = 0” é uma sentença aberta sobre R
A expressão “∃ y ∈ R tal que y2 − 1 = 0” é uma proposição (ganha
valor lógico.)

Observação 0.12
Note que “p(x)"é uma sentença aberta, sem valor lógico, mas a sentença
“ ∃ x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e, portanto, tem valor lógico, que é
V se Vp 6= ∅ e F se Vp = ∅. A esta operação dá-se o nome de quantificador
existencial e ao respectivo símbolo ∃ “Existe"o de quantificador existêncial.

Exemplo 0.47
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas.
1 ∃ n ∈ N, n + 4 < 8; (V)
2 ∃ n ∈ N, n + 5 < 3; (F)
3 ∃ x ∈ R, x2 < 0; (F) azul
4 ∃ x ∈ R, 2x − 1 = 0. (V)
3o período do Curso de Computação
Exemplo 0.46
Note que:
A expressão “y2 − 1 = 0” é uma sentença aberta sobre R
A expressão “∃ y ∈ R tal que y2 − 1 = 0” é uma proposição (ganha
valor lógico.)

Observação 0.12
Note que “p(x)"é uma sentença aberta, sem valor lógico, mas a sentença
“ ∃ x ∈ A, p(x)"torna-se uma proposição e, portanto, tem valor lógico, que é
V se Vp 6= ∅ e F se Vp = ∅. A esta operação dá-se o nome de quantificador
existencial e ao respectivo símbolo ∃ “Existe"o de quantificador existêncial.

Exemplo 0.47
As proposições abaixo são verdadeiras ou falsas.
1 ∃ n ∈ N, n + 4 < 8; (V)
2 ∃ n ∈ N, n + 5 < 3; (F)
3 ∃ x ∈ R, x2 < 0; (F) azul
4 ∃ x ∈ R, 2x − 1 = 0. (V)
3o período do Curso de Computação
Quantificador de Existência e Unicidade

É muito comum quantificar existencialmente de forma única, ou seja, de tal


forma que existe um elemento e este é único. Portanto, não é uma
quantificação existencial usual na qual pode existir mais de um. Tal
quantificador é simbolizado por ∃! (Existe único).

Exemplo 0.48
Seja N = {1, 2, 3, . . .}
1 ∃! n ∈ N, n < 2; (V)
2 ∃! n ∈ N, n! < 10; (F)
3 ∃! n ∈ N, n + 1 > n; (F)
4 ∃! n ∈ N, 2n é par. (F)

azul

3o período do Curso de Computação


Quantificador de Existência e Unicidade

É muito comum quantificar existencialmente de forma única, ou seja, de tal


forma que existe um elemento e este é único. Portanto, não é uma
quantificação existencial usual na qual pode existir mais de um. Tal
quantificador é simbolizado por ∃! (Existe único).

Exemplo 0.48
Seja N = {1, 2, 3, . . .}
1 ∃! n ∈ N, n < 2; (V)
2 ∃! n ∈ N, n! < 10; (F)
3 ∃! n ∈ N, n + 1 > n; (F)
4 ∃! n ∈ N, 2n é par. (F)

azul

3o período do Curso de Computação


Quantificador de Existência e Unicidade

É muito comum quantificar existencialmente de forma única, ou seja, de tal


forma que existe um elemento e este é único. Portanto, não é uma
quantificação existencial usual na qual pode existir mais de um. Tal
quantificador é simbolizado por ∃! (Existe único).

Exemplo 0.48
Seja N = {1, 2, 3, . . .}
1 ∃! n ∈ N, n < 2; (V)
2 ∃! n ∈ N, n! < 10; (F)
3 ∃! n ∈ N, n + 1 > n; (F)
4 ∃! n ∈ N, 2n é par. (F)

azul

3o período do Curso de Computação


Quantificador de Existência e Unicidade

É muito comum quantificar existencialmente de forma única, ou seja, de tal


forma que existe um elemento e este é único. Portanto, não é uma
quantificação existencial usual na qual pode existir mais de um. Tal
quantificador é simbolizado por ∃! (Existe único).

Exemplo 0.48
Seja N = {1, 2, 3, . . .}
1 ∃! n ∈ N, n < 2; (V)
2 ∃! n ∈ N, n! < 10; (F)
3 ∃! n ∈ N, n + 1 > n; (F)
4 ∃! n ∈ N, 2n é par. (F)

azul

3o período do Curso de Computação


Quantificador de Existência e Unicidade

É muito comum quantificar existencialmente de forma única, ou seja, de tal


forma que existe um elemento e este é único. Portanto, não é uma
quantificação existencial usual na qual pode existir mais de um. Tal
quantificador é simbolizado por ∃! (Existe único).

Exemplo 0.48
Seja N = {1, 2, 3, . . .}
1 ∃! n ∈ N, n < 2; (V)
2 ∃! n ∈ N, n! < 10; (F)
3 ∃! n ∈ N, n + 1 > n; (F)
4 ∃! n ∈ N, 2n é par. (F)

azul

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Quantificador Universal e Existêncial

Considere como exemplo a seguinte sentença aberta nas variáveis x, y sobre


R,
x > y.
Primeiro podemos quantificar a variável x para formar a sentença aberta

∃ x, x > y.

A sentença acima ainda é uma sentença aberta, pois y ainda é uma variável
livre.
Porêm, podemos formar uma proposição também quantificando y da forma

(∀ y)(∃ x, x > y).

O que significa que, para todo y ∈ R existe x ∈ R tal que x > y, a qual é uma
proposição verdadeira.
azul

3o período do Curso de Computação


De forma geral, se P(x, y) é uma sentença aberta nas variáveis x e y,
podemos formar as proposições

∃x, ∀ y, P(x, y),

∀ y, ∃ x, P(x, y),
∃x, ∃ y, P(x, y),
∀ y, ∀ x, P(x, y).

azul

3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.49
Considere a expressão
∀ y, ∃ x, x > y.
Note que a frase acima é uma proposição verdadeira. De fato.

∀ y, ∃ x = y + 1, y + 1 > y.

A proposição
∃ x, ∀ y, x > y,
declara um fato muito diferente, isto é, existe um número real x o qual é
maior de todos, que é uma proposição falsa. Portanto, a ordem do
quantificador existencial e Universal podem alterar valor lógico da
Proposição.
Mais geralmente, se P(x, y) é uma sentença aberta nas variáveis x e y, a
proposição
∃x, ∀ y, P(x, y),
é mais forte, e portanto, provável de ser falsa do que
azul
∀ y, ∃ x, P(x, y).

3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.50
Considere as seguintes afirmações.
1 ∃ x, ∀ y ∈ I, x ≥ y
2 ∀ x, ∃ y ∈ I, x ≥ y
onde I é um subconjunto dos números reais. Note que (1) é mais forte que
(2) é portanto é mais provável de ser falsa. Para ver isto, tome I = [0, 1).
Existe x ∈ [0, 1) tal que para todo y ∈ [0, 1), x ≥ y é falsa. Para todo
x ∈ [0, 1) existe y ∈ [0, 1), x ≥ y é verdadeira, basta tomar x = y.

azul

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Observação 0.13
Quantificadores semelhantes podem ser permutados.

Exemplo 0.51
Considere as seguintes expressões

∀ x ∈ R, ∀ y ∈ R, x2 − y2 = (x + y)(x − y),

∀ y ∈ R, ∀ x ∈ R, x2 − y2 = (x + y)(x − y).
De fato, estas duas proposições afirmam a mesma coisa, isto é,

x2 − y2 = (x + y)(x − y)

é válida para todo número real x, y.

Pelo motivo acima, quantificadores de mesmo tipo são usualmente


colocados juntos. O simbolo
∀x, y
azul

pode ser usado como abreviação para ∀x, ∀y.


3o período do Curso de Computação
Exemplo 0.52
formula ∀ x, y, z, x + (y + z) = (x + y) + z.

O mesmo vale para o quantificador existencial.

azul

3o período do Curso de Computação


Negação de Proposiçães Quantificadas
Suponha a seguinte proposição quantificada.
∀ x ∈ A, p(x),
cujo valor verdade é verdadeira se e somente se p(x) for verdade para todos
os elementos de A. A negação de ∀ x ∈ A, p(x), seria então
∃, x ∈ A, p(x) não é verdade
De modo geral, a negação da proposição ∀ x ∈ A, p(x) é equivalente
∃ x ∈ A, ∼ p(x), ou seja
∼ (∀ x ∈ A, p(x)) ⇔ ∃ x ∈ A, ∼ p(x).

Exemplo 0.53
Negação de Proposições Quantificadas.
1 ∼ (∀ n ∈ N, n < 1) ⇔ ∃ n ∈ N, n ≥ 1;
2 ∼ (∀ n ∈ N, n! < 10) ⇔ ∃ n ∈ N, n! ≥ 10;
3 ∼ (∀ n ∈ N, n + 1 > n) ⇔ ∃ n ∈ N, n + 1 ≤ n; azul
4 ∼ (∀ n ∈ N, 2n é par ) ⇔ ∃ n ∈ N, 2n não é par ;
3o período do Curso de Computação
Suponha a seguinte proposição quantificada.

∃ x ∈ A, p(x),

cujo valor verdade é verdadeira se e somente se p(x) for verdade para algum
elemento de A. A negação de ∃ x ∈ A, p(x), seria então

∀x ∈ A, p(x) não é verdade

De modo geral, a negação da proposição ∃ x ∈ A, p(x) é equivalente


∀ x ∈ A, ∼ p(x), ou seja:

∼ (∃ x ∈ A, p(x)) ⇔ ∀ x ∈ A, ∼ p(x).

Exemplo 0.54
Negação de Proposições Quantificadas.
1 ∼ (∃ n ∈ N, n < 1) ⇔ ∀ n ∈ N, n ≥ 1;
2 ∼ (∃ n ∈ N, n! < 10) ⇔ ∀ n ∈ N, n! ≥ 10;
3 ∼ (∃ n ∈ N, n + 1 > n) ⇔ ∀ n ∈ N, n + 1 ≥ n; azul
4 ∼ (∃ n ∈ N, 2n é par ) ⇔ ∀ n ∈ N, 2n não é par ;
3o período do Curso de Computação
Negação de Proposições com mais de um
quantificado
A negação de proposições com mais de um quantificador se obtem mediante
a aplicação sucessiva das regras para a negação de proposições com um
único quantificador.
∼ (∀ x, ∀ y, p(x, y)) ⇔ ∃ x, ∃ y, ∼ p(x, y);
∼ (∃ x, ∃ y, p(x, y)) ⇔ ∀ x, ∀ y, ∼ p(x, y);
∼ (∃ x, ∀ y, p(x, y)) ⇔ ∀ x, ∃ y, ∼ p(x, y);
∼ (∀ x, ∃ y, p(x, y)) ⇔ ∃ x, ∀ y, ∼ p(x, y).

Exemplo 0.55
Nas proposições abaixo
∼ (∀ x, ∀ y, x2 + y2 = (x + y)2 ) ⇔ ∃ x, ∃ y, x2 + y2 6= (x + y)2 ;
∼ (∃ x, ∃ y, x < y) ⇔ ∀ x, ∀ y, x ≥ y;
∼ (∃ x, ∀ y, x2 + y2 < 12) ⇔ ∀ x, ∃ y, x2 + y2 ≥ 12;
1 1
∼ (∀ a, ∃ n0 , se n > n0 então n < a) ⇔ ∃ a, ∀ n0 , n > n0 e n ≥ a. azul

3o período do Curso de Computação


Exemplo 0.56
Negue as porposições abaixo
∀ x, ∀ y, x2 + y2 < 12;
∃ x, ∃ y, x2 + 2y < 10;
∃ x, ∀ y, x2 + y2 = 12;
∀ ε, ∃ δ, se | x − x0 |< δ então | f (x) − f (x0 ) |< .

azul

3o período do Curso de Computação


Contra-Exemplo em Proposições Quantificadas

Para mostrar que uma proposição da forma

∀ x ∈ A, p(x) é falsa,

basta mostrar que sua negação

∃ x ∈ A, ∼ p(x) é verdadeira,

isto é, que existe pelo menos um elemento x0 ∈ A tal que p(x0 ) é uma
proposição falsa. O elemento x0 diz se contra-exemplo para a proposição
“∀ x ∈ A, p(x)”.

Exemplo 0.57
Ache contra-exemplos para as proposições falsas abaixo.
∀ n ∈ N, 2n > n2 . Basta tomar n = 1
∀ x ∈ R, | x |6= 0. Basta tomar x = 0
azul

3o período do Curso de Computação


Exercício 0.12
Ache contra-exemplos para as proposições falsas abaixo.
∀ x ∈ R, x2 > x;
∀ x ∈ R, (x + 2)2 = x2 + 4;
∀ x ∈ R, x2 − 1 > 60;
∀ x ∈ R, x3 − 4x2 < 20;
∀ x ∈ R, cos(x) > cos(x + 1).

azul

3o período do Curso de Computação


Teoremas

Nas primeiras lições de geometria elementar o estudante já se encontra com


a noção de teoremas: proposições que podem ser provadas verdadeiras.
Costuma-se mesmo dizer que um teorema consta de duas partes, a hipótese
H e a tese T. São os teoremas implicações H ⇒ T, cujo significado
aprendemos, isto é, entendemos que, quando H se verifica teremos a
verificação de T. Do ponto de vista do vocábulo, tese significa “proposição
que se avança, se obtem", e o prefixo “hipo"tem o sentido de “anterior"de
“suporte"; portanto a hipótese surge como fundamento capaz de suportar o
edifífio que constitui a tese. Hipótese é para a tese a condição suficiente, e a
tese é uma conseqüência necessária da hipótese.

azul

3o período do Curso de Computação


Teoremas Aparentados

Dada as proposições H e T. Para cada proposição condicional H → T


correspodem três proposições

T → H,

∼ H →∼ T,
∼ T →∼ H,
denomina-se a elas de Direta, Recíproca, Contrária e Contrapositiva. Sendo
a primeira verdadeira, temos o teorema denominado Direto, e, se forem as
outras verdadeiras teremos Teorema Recíproco, Teorema Contrário, e o
Teorema Contrapositivo.
H → T Direto,
T → H Recíproca,
∼ H →∼ T Contrário,
∼ T →∼ H Contrapositivo, azul

3o período do Curso de Computação


Observação 0.14
O Teorema Contrapositivo é também Recíproco do Contrário e ainda
Contrário do Recíproco, por isso também denomindado Teorema Contra
Recíproco.

Exemplo 0.58
Seja H: x é um número par, T: x2 é um número par.
Teorema Direto: Se x é um número par então x2 é um número par.
Teorema Recíproco: Se x2 é um número par então x é um número par.
Teorema Contrário: Se x não é um número par então x2 não é um
número par.
Teorema Contrapositivo: Se x2 não é um número par então x não é um
número par.

Exercício 0.13
Seja H: α
c1 , α
c2 são ângulos opostos pelo vertice, T: α
c1 , α
c2 são ângulos
congruentes. azul

Construa os Teoremas: Direto, Recíproco, Contrário e Contrapositivo.


3o período do Curso de Computação
O Teorema Direto é equivalente ao Teorema Contrapositivo, isto é

H → T ⇔∼ T →∼ H,

podemos verificar via tabela-verdade ou por cálculo proposicional. De fato,


por cálculo proposicional

H→T ⇔ ∼ (H∧ ∼ T)
⇔ ∼ (∼ T ∧ H)
⇔ ∼ (∼ T∧ ∼∼ H)
⇔ ∼ T →∼ H.

Segue da equivalência anterior que o teorema recíproco equivale ao teorema


contrário, isto é
T → H ⇔∼ H →∼ T.

azul

3o período do Curso de Computação


Observação 0.15
Resulta que para os quatro Teoremas possíveis, teremos sempre ou 0, ou 2
ou 4 teoremas verdadeiros, nunca 1 ou 3, devidos as equivalências
estabelecidas acima. A vantagem dessas equivalências é óbvia, pois
provados dois, um de cada par, podemos afirmar a validade dos outros dois
teoremas. Para fins metodológicos, essas equivalências são de grande
importância, pois permitem utilizar o que mais convém na hora em que
demonstrarmos um teorema.

azul

3o período do Curso de Computação


Provas Diretas
Provas Diretas: A construção de uma prova direta H ⇒ T, envolve a
construção de uma seqüência de proposições verdadeiras R1 , R2 , . . . Rn tais
que H ⇒ R1 ⇒ R2 ⇒ . . . ⇒ Rn ⇒ T.
Teorema 0.1
Seja n um inteiro positivo impar, então, n2 é impar.

Prova:
H : n é um número inteiro ímpar
T : n2 é um número inteiro ímpar.
Para isto,
H: n é um número inteiro ímpar ⇒
R1 : n = 2k + 1, para algum número inteiro k positivo ⇒
R2 : n2 = (2k + 1) = 4k2 + 4k + 1 ⇒
R3 : n2 = 2(2k2 + 2k) + 1 ⇒
R4 : n2 = 2m + 1, m = 2k2 + 2k ∈ Z. ⇒
T: n2 é um número inteiro par. azul

O que prova o Teorema.


3o período do Curso de Computação
Observação 0.16
Na demonstração anterior, grande parte dos argumentos poderiam ser
implícitos na demonstração.

Teorema 0.2
Se n e m são dois números pares, então n + m é um número par.

Prova: Por hipótese n e m são números pares, logo existem k e q naturais


tais que n = 2k e m = 2q, portanto n + m = 2k + 2q = 2(k + q) = 2l onde
l = k + q ∈ N. Logo n + m é um número par, isto concluí a prova.

azul

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Provas Indiretas
Existem basicamente três tipos de provas indiretas:
1 Provas por Contraposição.
2 Anexação à Hipótese da Negação da Tese
3 Provas por Absurdo.
Prova por contraposição: Conforme visto a forma H → T é logicamente
equivalente a ∼ T →∼ H. Logo, para mostrar que H ⇒ T, provamos que
∼ T ⇒∼ H.
Teorema 0.3
Se n é um número inteiro positivo e n2 for par, então n é positivo par.

Sua hipótese e tese são


H : n for um número inteiro positivo e n2 é par
T : n é um número inteiro positivo par.
a negação da hipótese e da tese são
∼ H : n2 é inteiro positivo impar azul

∼ T : n é inteiro positivo impar.


3o período do Curso de Computação
Logo seu Teorema Contrapositivo é dado por

Teorema 0.4
Se n for um número inteiro positivo impar, então n2 é inteiro positivo impar.

Assim devemos provar o Teorema acima, mas um já foi feito no exemplo


anterior.

azul

3o período do Curso de Computação


Prova por Anexação à Hipótese da Negação da Tese: Primeiro provemos a
equivalência
H → T ⇔ (H∧ ∼ T) → T
o que pode ser verificado via as leis do cálculo proposicional

(H∧ ∼ T) → T ⇔ ∼ ((H∧ ∼ T)∧ ∼ T)


⇔ ∼ (H ∧ (∼ T∧ ∼ T))
⇔ ∼ (H∧ ∼ T)
⇔ H → T.

Com esta equivalência verificamos que é correto que para provar um


teorema, podemos provar um outro cuja a hipótese foi anexada a negação da
tese.

azul

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Teorema 0.5

Se d = 2 então d é irracional.

Prova:

H :d= 2
T : d é irracional.
Para isto,

H∧ ∼ T : d = 2 e d é racional irredutível.
R1 : Como d é racional, então d = ab ⇒
R2 : a = db ⇒

R3 : a2 = d2 b2 , mas como d = 2 ⇒
R4 : a2 = 2b2 , portanto a2 é um número par e portanto concluímos que a é
par e da forma a = 2n ⇒
R5 : 4n2 = 2b2 , portanto b2 = 2n2 , logo b2 é um número par e portanto b
também é par e da forma b = 2m ⇒
2n
R6 : Logo d = ba = 2m , logo d é racional redutível ⇔ ∼(d é racional
irredutível) ⇔
azul
T: d é irracional.
O que prova o Teorema.
3o período do Curso de Computação
Prova por Redução ao absurdo: Primeiro provemos a equivalência

H → T ⇔ (H∧ ∼ T) → F

o que pode ser verificado via as leis do cálculo proposicional

(H∧ ∼ T) → F ⇔ ∼ ((H∧ ∼ T)∧ ∼ F)


⇔ ∼ ((H∧ ∼ T) ∧ V)
⇔ ∼ ((H∧ ∼ T)
⇔ H → T.

azul

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Teorema 0.6
Se 0 é elemento neutro da adição em R então 0 é o único elemento neutro da
adição em R.

Prova:
H : 0 é elemento neutro da adição em R
T : 0 é o único elemento neutro da adição em R
Para isto,
H∧ ∼ T : 0 é elemento neutro da adição e 0 não é o único elemento neutro da
adição ⇒
R1 : Como 0 não é o único elemento neutro da adição, logo existe
e 6= 0 ∈ R talque e + a = a = a + e para todo a ∈ R. ⇒
R2 : Em particular 0 = e + 0 = 0 + e = e ⇒
R3 : portanto 0 = e, ⇒
R4 : mas, 0 = e e 0 6= e ao mesmo tempo é uma contradição,⇒
R5 : logo 0 é o único elemento neutro da adição em R.
azul
O que prova o Teorema.

3o período do Curso de Computação


Contra-Exemplo em Teoremas

Provar que um teorema não é válido, é em verdade provar que o teorema não
existe, pois teorema é uma proposição sempre verdadeira.
Sendo o teorema da forma condicional a sua negação será dada por:

∼ (H → T) ⇔∼ (∼ (H∧ ∼ T)) ⇔ H∧ ∼ T,

isto é, basta mostrar que se pode ter a hipótese verificada conjuntamente com
a negação da tese. Entretanto, isto equivale a provar que é verdadeiro a
negação da porposição de maneira total, o que se faz é provar que a
condicional não verdadeira em uma caso pelo menos, denominado processo
do contra-exemplo.

Exemplo 0.59
Considere a proposição: Se dois ângulos são congruentes, então são
opostos pelo vértice. Para mostrar que o teorema é falso, construa dois dois
ângulos são congruentes e que não são opostos pelo vértice.
azul

3o período do Curso de Computação


Teorema se e somente se

Vimos que um teorema da forma H ⇒ T, H é a condição suficiente para T.


No caso de existir o teorema reciproco T ⇒ H, então T é a condição
suficiente para H, mas, H será conseqüência necessária de T, então, diz-se
que H é condição suficiente e necessária de T.

Teorema 0.7
(H ⇒ T) ∧ (T ⇒ H) ⇔ H ⇔ T

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Exemplo 0.60
Seja a afirmação:

Teorema 0.8
Se um inteiro x é par, então x + 1 é ímpar, e se x + 1 é impar, então x é par.

Existem maneiras concisas de expressar afirmações da forma H implica T e


T implica H, nas quais não é necessário descrever as condições de H e T
duas vezes cada uma. A expressão-chave para tais formas é se e somente se.

Teorema 0.9
Um inteiro x é par se e somente se x + 1 é ímpar.

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Formas de um Teorema “ se e somente se":
H se somente se T (abreviada);
H sse T (abreviada);
H é necessário e suficiente para T;
H é equivalente a T (a condição A é válida exatamente nas mesma
circunstâncias em que a condição B é);
H ⇔ T.

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3o período do Curso de Computação


Bibliografia

[1] BARBOSA, R. ELEMENTOS DE LÓGICA APLICADO AO


ENSINO SECUNDÁRIO. Segunda edição. São Paulo. Livraria
Nobel, 1968.
[2] FILHO, E. A. INICIAÇÃO Á LÓGICA MATEMÁTICA . São
Paulo. Editora Nobel, 2002.
[3] GERSTING, J. L. Fundamentos Matemáticos para a Ciência da
Computação: um tratamento moderno de matemática discreta. 5.
ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2004.
[4] SCHEINERMAN, E.R. Matemática Discreta - Uma Introdução.
São Paulo. Thomson Learning Edições, 2006.

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