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Análises Rico
Carteira Recomendada
Rico Premium
Junho
CARTEIRA RICO
PREMIUM
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Carteira do mês Junho 2019
Nossa estratégia defensiva em maio teria dado muito mais efetiva se o mês acabasse no dia 20:
na ocasião, o Ibovespa caía mais de 7%, enquanto nossa carteira recuava cerca de 3%. Mas como
num lapso, uma série de novidades políticas serviram para fazer nosso Ibovespa se descolar
completamente das bolsas internacionais.
Resultado final: enquanto as bolsas no mundo todo caíram (S&P e Dow Jones tiveram o pior mês
do ano), o Ibovespa quebrou uma sina de 10 maios consecutivos em queda e fechou o mês com
uma goleada de 0,7%.
Aos adeptos do “Sell in May and go away”, a imagem do mês foi esta:
Em maio, a estratégia descrita por nós desde março continuou dando resultado: diminua
posições de risco conforme o Ibovespa se aproxima dos 100 mil pontos e aumente conforme ele
chega perto dos 90 mil pontos. O título do Rico Matinal de 20 de maio foi cirúrgico nesse ponto:
No pregão anterior, o Ibovespa havia fechado em 89.992 pontos. Dali até o final de maio, o
índice subiu 7,8%, voltando aos 97 mil pontos.
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Carteira do mês Junho 2019
O que muda para junho? Quase tudo: embora essa estratégia de comprar perto de 90k e
vender perto de 100k esteja dando certo, ela está em vias de perder efetividade.
Por que acreditamos nisso? Porque, para nós, o principal vetor para manter a bolsa nesta
lateralização é a aprovação (ou não) da reforma da previdência e embora este evento esteja
todo santo dia na boca do mercado, até maio havia pouca coisa a ser definida sobre o assunto –
o “grande evento concreto” até o momento foi a aprovação do texto na CCJ. Tirando este
evento, tivemos muitos ‘ruídos’ mas nenhum ‘sinal’ concreto, o que contribuiu para esta
volatilidade nos preços dos ativos sem uma direção definida (em um português mais claro: o
Ibovespa ficou neste “sobe-e-desce” sem sair do lugar).
Um dado muito simples comprova isso: Ibovespa fechou maio com alta de 0,7%, sendo o 4º mês
seguido com oscilação abaixo de 2% (fev = -1,86%; mar = -0,18%; abr =+0,98%).
Agora em junho, isso pode mudar: esperamos ver neste mês prazos mais claros sobre a
aprovação da reforma e pesquisas de ‘intenções de voto’ por parte dos deputados, ambas
informações que podem dar um rumo mais claro sobre a reforma.
Aliás, o mês mal começou e já tivemos duas notícias que vão nesta direção: i) segundo a Andréia
Sadi (O Globo), o Planalto volta a apostar em Previdência aprovada até julho após o ‘pacto’
entre os três poderes selado na semana passada. “O mar está de almirante e é só remar”, disse
um ministro do governo, segundo a jornalista. ii) Segundo o Valor Econômico, a área econômica
contabiliza 280 votos a favor da PEC da previdência – o número não tem lastro no Congresso. A
proposta, que gera economia ao redor de R$ 600 bilhões, teve apoio de 194 deputados, mas isso
também não significa 194 votos. “Por enquanto, é uma pimenta a mais no caldeirão da
reforma”, diz a equipe política da XP.
Nossa cabeça continua moldada a estratégia dos “90k-100k” do Ibovespa, mas a qualquer
novidade política em junho esse viés pode mudar. Nosso cenário-base embute aprovação da
reforma da previdência, mas quando o assunto é Política nós gostamos de trabalhar com “o pior
prazo possível” (que hoje seria algo entre agosto e setembro) e qualquer surpresa positiva em
relação ao prazo será uma surpresa positiva.
De maneira geral (e até esperada), estamos mais otimistas com bolsa hoje do que no começo de
maio, apesar de seguirmos esperando volatilidade no curto prazo. Por isso mesmo desmontamos
nossas posições defensivas em carteira, como a put (opção de venda) do Ibovespa e o IVVB11
(ETF que acompanha o S&P500 e é dolarizado), mas mantivemos Suzano (SUZB3) pois apesar do
curto prazo extremamente complicado para a empresa acreditamos que a relação risco-retorno
está interessante e compatível à pequena fatia que ela representa na nossa carteira (o que torna
o impacto das suas quedas menos dolorida).
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Carteira do mês Junho 2019
Abaixo, a linha do tempo das notícias referentes ao embate EUA vs China e México:
05/05 - Através do twitter, o presidente Donald Trump anunciou que aumentaria de 10% para
25% as tarifas cobradas sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas, contrariando aqueles
que só esperavam um acordo comercial entre os países. Trump também ameaçou implementar
uma tarifa de 25% para um adicional de US$ 325 bilhões em produtos chineses.
09/05 - Trump reforça que China “quebrou acordo e vai ter que pagar por isso”. China avisa se
tarifas aumentarem, haverá retaliação.
10/05 – entrou em vigor o aumento de 10% para 25% na tarifa cobrada em US$ 200 bi de
produtos chineses.
27/05 – No Japão, Trump diz que EUA não estão prontos para fazer um acordo comercial. Já na
China, o no jornal estatal Xinhua diz que as exigências dos EUA são uma violação aos interesses
do país.
29/05 – China segue com plano de reduzir minerais raros para os EUA, que são elementos
fundamentais para atender setores militares e de tecnologia e que os EUA respondem por 80 da
oferta chinesa
31/05 - Trump anuncia que taxará em 5 todos os bens importados do México a partir de 10 de
junho.
ii) OCDE reduz projeção de PIB global de 3,3 pra 3,2 mas piora entre EUA e China pode tirar 0,7
do crescimento global até 2022
iii) índice PMI europeu da IHS Markit atingiu apenas 51,6 este mês, após uma leitura final de
abril de 51,5 (expec: 51,7). Já o IFO (indicador de confiança da Alemanha) segue em queda livre.
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Carteira do mês Junho 2019
Em 2019, a Carteira Rico Premium soma ganhos de 9,58%, vs +10,39% Ibovespa. Desde sua criação
(janeiro/2016), a rentabilidade da carteira supera a do Ibovespa em 44,0 pontos percentuais, sendo
164,6% para nós contra 120,6% para o índice.
Após sobrevivermos ao mês de maio, montamos uma estratégia mais arrojada para a carteira tendo em
vista a melhora no cenário político local. Com isso zeramos nossa proteção em put de Ibovespa (opções
de venda) e retiramos o ETF do S&P500 após a piora vista no cenário internacional. Continuamos
otimistas com CVCB3 e MGLU3, nossas maiores posições e adicionamos três novas ações ao portfólio:
IRBR3, VALE3 e BRSR6. Aumentamos nossa posição em SBSP3 e GGBR4, mas preferimos reduzir B3SA3
após a forte valorização do preço das ações.
275,00%
Rentabilidade da Carteira (%)
225,00%
175,00%
125,00%
75,00%
25,00%
-25,00%
Carteira Ibov
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Carteira do mês Junho 2019
As novidades da Carteira
VALE3 - novidade: Vemos os riscos potenciais após a tragédia sendo cada vez
mais mitigados, com foco em um potencial acordo entre a Vale e as partes
interessadas, o que deve gradualmente permitir que a ação volte a negociar com
base em fundamentos. No 1° trimestre de 2019, a Vale apresentou um fraco
resultado operacionalmente e as atualizações sobre Brumadinho foram o principal
foco, com uma provisão de US$ 4,3 bilhões anunciada, sem considerar possíveis
danos ambientais e coletivos. No entanto, ressaltamos que a ação segue
descontada em relação aos seus pares internacionais, e esperamos convergência
gradual das ações ao alto patamar de preços do minério de ferro, que subiu
fortemente desde a tragédia ocorrida em Brumadinho.
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Carteira do mês Junho 2019
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Carteira do mês Junho 2019
GGBR4: Empresa que possui uma diversificação importante de receitas com forte
geração de caixa (uma bela qualidade dentro do complicado setor siderúrgico) e
possuir projetos tecnológicos que embutem um potencial interessante para longo
prazo. Aliado a isso, ação caiu 16% do começo de abril pra cá (mínima desde
07/2018).
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Carteira do mês Junho 2019
Sobre
A Carteira Rico Premium
Analistas responsáveis:
Thiago Salomão, CNPI-P EM 1399
Matheus Soares, CNPI EM 1969
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Carteira do mês Junho 2019
Informações
importantes
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investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações
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conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação
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Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários do Grupo XP. O atendimento de nossos clientes é realizado
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macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam
identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas. O
investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada
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livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias
são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais
significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela Rico.
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