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Porto Alegre
2008
Fábio Dozza de Miranda
Porto Alegre
2008
Fábio Dozza de Miranda
Campo de Conhecimento:
Mercados Financeiros e Finanças Corporativas
Banca Examinadora:
AI – Assimetria de Informação
CA - Conselho de Administração
IA – Information Asymmetric
PE – Private Equity
PN – Plano de Negócios
SA – Seleção Adversa
VC – Venture Capital
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
54
Quadro 2: Perspectivas para os próximos anos da indústria de VC no Brasil
62
Quadro 3: Descrição das variáveis usadas nas regressões...........................
94
Quadro 4: Processo de Identificação e Seleção de Negócios ......................
LISTA DE TABELAS
16
Tabela 1: Facilidade de Acesso ao Crédito no Brasil .....................................
17
Tabela 2: Indicadores para o Mercado Financeiro Brasileiro .........................
52
Tabela 3: A indústria de Venture Capital no Brasil (em números)...................
53
Tabela 4: Principais investidores de VC/PE no Brasil .....................................
61
Tabela 5: Países que compõem a amostra ......................................................
66
Tabela 6: Estatísticas Descritivas de Variáveis Utilizadas nas Regressões ...
66
Tabela 7: Matriz de Correlação de Variáveis .................................................
89
Tabela 11: Caso 1 .........................................................................................
91
Tabela 12: Custo de filtragem ............................................................................
91
Tabela 13: Caso 2 .........................................................................................
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO
Um tomador de empréstimos sabe muito mais sobre o seu tipo [o que gera
um problema de seleção adversa] do que os emprestadores. Além disso, suas ações
são caras e difíceis de serem monitoradas [o que gera problemas de moral hazard].
PIPE
MERCADOS / VEÍCULOS DE
(governança/liquidez)
INVESTIMENTOS
Mezanino
VENTURE
CAPITAL
Seed
Capital
Como recursos gerados no próprio negócio na maioria das vezes não são
suficientes para sustentar projetos de crescimento e com a impossibilidade de as
empresas de pequeno e médio porte buscarem recursos no mercado de ações
(divida e equity2), devido aos custos de transação e grandes despesas3 (além das
expectativas de retorno do negócio) das subscrições em bolsa de valores, a
empresa para capitalizar-se precisa buscar linhas de crédito, recorrer aos
1
Free Rider: Oportunista, ou seja, são pessoas que não pagam pela informação, mas obtêm vantagem da
informação que outras pessoas pagaram . Ao ponto, de interferirem no funcionamento eficiente do mercado de títulos, fazendo
com que as empresas não paguem mais pelas informações, por não obterem retorno pelo pagamento.
2
EQUITY - significa o valor residual de um negócio ou propriedade, descontadas quaisquer dívidas incidentes sobre o
mesmo. Também pode significar capital próprio. ASSETS - LIABILITIES = EQUITY
3
Para informações mais detalhadas: “Custos de Abertura de Capital e de Manutenção da Condição de Companhia
Aberta”, publicação da BOVESPA e Instruções N° 202 e 400 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
- 21 -
4
Capital de risco: Investimento necessário para iniciar uma atividade ou impulsionar o crescimento de empresa com
elevado potencial de desenvolvimento. Apesar de existirem riscos no início da atividade, espera-se uma recuperação obtida
dos ganhos de capital e não da distribuição de dividendos. Esses fundos são conhecidos como Venture Capital (VC) e Private
Equity (PE)
- 22 -
Financiamento de
Aporte de capital para expansão por meio da aquisição de
aquisições
outras empresas.
(acquisition finance )
5
Segundo Instrução CVM N°209/94 (ver anexo II), entende-se por empresas emergentes as companhias que
apresentem faturamento líquido anual inferior ao equivalente, em moeda corrente nacional a 30.000.000 (trinta milhões) de
URV's (Unidade Real de Valor), apurado no balanço de encerramento do exercício anterior à aquisição dos valores mobiliários
de sua emissão.
- 23 -
Por fim, o capítulo 5, tece algumas considerações finais, com base no que foi
visto nos capítulos precedentes.
- 24 -
em duas partes. Na primeira (Seção 2.1), é feita uma análise teórica. Na seção
seguinte (Seção 2.2) será demonstrado o problema da Seleção Adversa (assimetria
informacional pré-contratual) entre os agentes.
2.1.1 Sinalização
Não observado
Produtivo Aceita
N A1 P A1
Rejeita
Não
Produtivo
Sinalização Contrato
Figura 2 – Sinalização
Fonte: Adaptado de Macho-Stadler; Pérez-Castrillo (1997)
informação assimétrica.
6
“Limões”: Termo americano, que no Brasil seria “abacaxi”.
- 31 -
Schmitt (2002) mostra que um dos pontos nos quais é possível detectar a
presença dos aspectos de seleção adversa é na valorização dos negócios. Ele cita
como exemplo, onde captação de recursos de financiamento tradicionais é baseada
na contrapartida de garantias reais ao valor do empréstimo, não sendo as
perspectivas do negócio fator prioritário na avaliação da cessão do empréstimo. A
negociação do valor de uma empresa para investimento de Venture Capital, por
outro lado, é normalmente baseada nas perspectivas futuras do negócio. (...)
Investir capital envolve a assunção de risco, sejam eles de mercado, de competição,
de preço, de gestão ou de tecnologia. A partir desse fato, então, percebe-se que a
decisão de financiamento torna-se dependente da percepção de risco do agente
decisor atrelada à condição de previsibilidade do retorno do capital investido com os
ganhos esperados.
Agente Principal
Assimetria de
Informação
Pré-Contratual Pós-Contratual
Problemas Seleção Adversa Risco Moral
Soluções - Screening (Filtragem) - Monitoramento
3.1 Origem do VC
Para se ter uma idéia da importância dos fundos de VC, diversas empresas
mundialmente conhecidas foram beneficiadas por esse apoio, entre elas Microsoft,
Netscape, Intel, Cisco Systems, Starbucks, Compaq, Fedex, Apple, Amazon, Dell,
eBay, JetBlue, Yahoo, Google. (SCHWARZ, 2004)
- 36 -
3.2 Definição
7
Problema de RH: veja mais em (LAZEAR, E., 1998) - (GARIBALDI, P. 2006) - (NEILSON, W,S. 2006) - (BARON, James N. e
KREPS, David M.,2000) - (McKENZIE, R, e LEE, D.R.1998) - (EHREMBERG, R.G. e SMITH, R.S. 2000) - BORJAS, George.
(1996) - LEWIN, D. e MITCHELL. (1995)
- 38 -
Tamanho da Empresa
TAMANHO DA EMPRESA
IDADE DA EMPRESA
INFORMAÇÃO DISPONÍVEL
Auto Financiamento
(sócios, empregados, gestor)
8
Veja mais em: Rede de Investimento Angel www.ainbrasil.com
- 44 -
composto por fundos voltados para empresas que ainda se encontram nas fases de
concepção e pesquisa de seus produtos e modelos de negócios. Pode-se dizer que
um fundo de seed capital é um fundo de venture capital atuando em estágios
altamente embrionários de negócios emergentes. A diferença entre os dois reside no
fato de que o segundo é mais estruturado e possui administração profissionalizada.
Entretanto, ambos possuem foco de atuação semelhante, atuando junto de
universidades, incubadores de novos negócios e centros de pesquisa.
9
Assunto que sera tratado mais adiante, no capítulo 4
10
Ver mais sobre o processo de monitoração na dissertação de Schwarz (2004)
- 46 -
Na Ásia, tem havido crescimento constante, ainda que de uma base baixa,
mas não no Japão, onde a maioria das firmas envolvidas são comerciais ou
subsidiarias de bancos de investimento que fazem muitos poucos investimentos
empresariais. VC não dá sinais de que vá enraizar no Japão e a segunda maior
economia do mundo atraiu U$2bi (apenas 0,05% do PIB) em fundos de Venture
Capital em 2000. Países como a China não tem muito da necessária base legal e da
estrutura contábil necessária para apoiar o vibrante mercado de venture capital. A
maior parte da Ásia sofre com a falta de um mercado de abertura de capitais (IPO)
eficiente para ajudar no mecanismo de saída (etapa onde os VC realizam o lucro,
vendendo sua parte no empreendimento). Em 2000 o total de investimento de
venture capital foi de U$9.1 bi. (SMART et al., 2004)
- 49 -
Semicondutors 37%
Biofarmacêuticos 38%
os investidores de private equity, que elegeram este veículo como adequado para
investimentos nas privatizações. De acordo com dados do 1º Censo Brasileiro de
Private Equity e Venture Capital, realizado pela Fundação Getúlio Vargas de São
Paulo (FGV/SP), em 1994 havia oito gestores de fundos. Em 2000, esse número
subiu para 45. (ABVCAP, 2008)
Organizações gestoras • 89
abela 4: 16,72
18
16
14 3X
(US$ bilhões)
12
10
5,58
8 4,95 5,02 4,79
4,7
6 3,71
4
2
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
(1°
sem)
11
Holding – É um grupo que controla um conjunto de empresas por meio da compra da maior parte de suas ações. A holding
não produz, ela apenas administra, já que é a majoritária.
- 53 -
12
Das 88 ofertas públicas iniciais (IPO em inglês) ocorridas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) de
janeiro/2004 a julho/2007, 31 foram de empresas financiadas por PE/VC. Juntas, essas empresas levantaram 32% do
valor agregado das emissões do período. (GIOIELLI, 2008)
- 56 -
Gompers e Lerner (2001) relatam que noventa por cento dos novos
empreendimentos que não conseguem captar recursos de Venture Capital, não
sobrevivem após seu terceiro ano de vida. Esta afirmação reflete a importância que
13
O turnaround, que consiste em reorganizar toda uma empresa para a garantia de sua perpetuação.
- 57 -
Schwarz (2004) ainda ressalta que caso o Venture Capitalista tenha uma
boa reputação, ele pode servir de “certificador” para a empresa investida, isto é,
sinaliza para o mercado em geral que passa a ver melhor a empresa investida.
14
O termo “stakeholders” foi criado para designar todas as pessoas ou empresas que, de alguma maneira, são influenciadas
pelas ações de uma organização.
- 59 -
BM&FBOVESPA, nível esse, que muitas empresas grandes ainda não possuem,
entre elas a Petrobras).
Vi = α + ΣβjXij + εi (3.8.1)
.
Na qual:
Vi = % de investimento de VC no período para o país “i”;
α = constante;
Xij = o conjunto de variáveis explicativas “j” do país “i”;
βj = vetor dos coeficientes da regressão; e
εi = erro aleatório do país “i”.
O modelo de “cross-country” parte do pressuposto que os coeficientes α e β
serão constantes para todas os países, o que é uma proposição bastante forte. Em
outras palavras, o modelo sugere que os investimentos de VC são afetados por uma
dada variável na mesma intensidade em todos os países da amostra. Por exemplo,
caso aumentássemos a P&D em 10% no Brasil e nos EUA, o investimento em VC
seria afetado da mesma forma em ambos os países.
a) Amostra
Nós estimamos as equações de cross-country usando uma amostra de 17
países para o período 2000-2003. A restrição quanto ao período de análise e ao
número de países da amostra se deve à disponibilidade de dados para o conjunto de
países no período. O Quadro 3 enumera, em ordem alfabética, os países que fazem
parte da amostra.
15
Veja mais em Gujarati (2006)
- 61 -
Abertura
Risco de Qualidade Educação
Eficiência Grau de Tx de Empresa Abertura Burocracia Corrupção Gastos
Estrutura VC como repudio das Leis de Superior
País do sistema Proteção ao Juros Real Custo (% Empresa Índice (0 a Índice (0 a com P&D
Legal % do PIB ao Proteção ao 2002/2003 (%
judiciário Investidor 2003 (%) renda per Tempo (dias) 10) 10) (% do PIB)
contrato Crédito da população)
capita)
Common
Israel 3.17 7.54 10 8 8.3 10.5 5.3 34 3.1 6.3 5.1 58
Law
Hong Kong Common
1.38 8.82 10 10 8.7 10.7 3.4 11 5.6 8.3 0.6 26
SAR Law
Common
EUA 1.33 9 10 7 8.3 3.1 0.5 5 3.4 7.6 2.7 81
Law
Suécia Civil Law 0.88 9.58 10 6 4.7 2.5 0.7 16 4.4 9.2 4.3 76
Common
Reino Unido 0.85 9.63 10 10 8 0.6 0.7 18 2.5 8.6 1.9 64
Law
Common
Canadá 0.68 8.96 9.25 7 8.7 3.3 0.9 3 1.5 3.7 1.9 58
Law
Holanda Civil Law 0.46 9.35 10 8 4.3 0.6 13 11 3.8 8.6 1.9 57
Brasil Civil Law 0.42 6.3 5.75 2 5.3 48.2 10.1 152 1.5 3.7 1 18
Tabela 5: Países que compõem a amostra
França Civil Law 0.34 9.19 8 3 5.3 5 1.2 8 2.8 7.5 2.3 54
Argentina Civil Law 0.32 4.91 6 3 5.3 7.6 13.4 32 1.3 2.8 0.4 56
Itália Civil Law 0.24 9.17 6.75 3 4.7 2 15.7 13 1.8 5 1.1 53
Suíça Civil Law 0.23 9.98 10 6 4 2.9 8.7 20 4.8 9.1 2.6 44
Alemanha Civil Law 0.21 9.77 9 8 5.3 8 4.7 24 2.2 8.2 2.5 49
Bélgica Civil Law 0.2 9.48 9.5 5 7.3 5.1 11.1 34 2.4 7.4 2.2 60
Espanha Civil Law 0.17 8.4 6.25 5 4.7 -0.1 16.5 47 2.9 7 1 59
Common
Índia 0.11 6.11 8 5 6 7.5 61.7 71 2.7 2.9 0.8 11
Law
Japão Civil Law 0.05 9.69 10 6 6.7 4.4 10.7 31 3.1 7.3 3.5 86
3.5 3.17
3
2.5
1.38 1.33
1.5
0.88 0.85
1 0.68
0.46 0.42 0.34 0.32 0.24 0.23 0.21 0.2
0.5 0.17 0.11 0.05
0
el R A ia o a a il a a lia a a a ha a o
ra SA EU éc id ad nd as nç in iç h ic di pã
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n S o C o F g em B Es
Ko in H Ar Al
n g Re
Ho
Legenda: Civil Law
Common Law
16
Professor titular da Universidade de Princeton
- 66 -
A Tabela 6, por sua vez, destaca alguma das correlações existentes entre
variáveis usadas nas regressões. A matriz de correlação para todas as demais
variáveis envolvidas nas regressões está inserida como Anexo C.
VC ESJ GP IB OL QL RD RRC
VC 1,000000
Fonte: Autor
QL
RD
RRC
TAE
TJ
2
R Ajustado 0,0492 -0,0529 0,0995 0,2868 0,0098 -0,0508
DW 0,6192 0,3589 0,7148 1,1002 0,7671 0,4582
Prob(F-stat) 0,1963 0,6647 0,1168 0,0155 0,2985 0,6419
- 68 -
Observações 17 17 17 17 17 17
Continuação Tabela 8
Eq.7 Eq.8 Eq.9 Eq.10 Eq.11
C 0,3200 -0,2473 0,9704 0,7488 0,6220
(4,7724)*** (-0,9478) (0,8830) (3,7579)*** (3,5105)***
AE
ES
ESJ
GP
IB
IC
OL 0,9333
(2,2155)**
QL 0,1494
(2,4059)**
RD
RRC -0,0374
(-0,3304)
TAE -0,0031
(-1,6298)
TJ 0,0038
(0,3700)
2
R Ajustado 0,3189 0,1676 -0,0610 -0,0432 -0,0634
DW 1,1167 0,8993 0,3650 0,4647 0,3814
Prob(F-stat) 0,0106 0,0577 0,7823 0,5704 0,8330
Observações 17 17 17 17 17
H0: β = 0
T=
H1: β ≠ 0
Na Tabela 10, a eq. 19, comprova que para investimentos de Venture Capital
o nível de educação superior não é significativo. Retirando-se a variável ES (que não
explica a variável dependente), o modelo torna-se significante a 5%.
Moral Hazard
(Seleção Adversa)
Adverse Selection
Rejeita
Due Diligence
Monitora o
Investe empreendedor e a
empresa investida
R(e,q) + u (1)
Apesar da variável “u” ter um papel importante, nesse modelo ela foi ignorada
pelos autores. Considerando certa variável “u”, não é possível ao Venture
Capitalista, que conhece a qualidade “q” do projeto, inferir o esforço “e” da
realização do fluxo de caixa.
17
O objetivo principal do fluxo de caixa projetado é informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos
financeiros em determinado período
- 75 -
V = α (R(e,q) – I (3)
π = (1 – α)R(e,q) – e (4)
18
Os autores consideram que o contrato tem uma estrutura linear. Contratos não lineares, que incluem cláusulas
de recompra pelos Empreendedores, não são considerados no modelo, mas podem ser muito úteis para reduzir
os problemas de assimetria de informação.
- 76 -
S = R(e,q) – I – e (6)
Re = 1 (7)
1
Re
(1 – α)Re
0 e' e* Esforço do
Empreendedor (e)
O problema é que o valor de “α” pode não satisfazer ao VC, pois dependendo
do ”α” o retorno ainda pode não ser o suficiente. Isto faz com que o investidor queira
um “α” maior e isto poderá levar o Empreendedor a realiza um menor esforço.
V = αR(e(α,m),q) – I – m (9)
Prestar serviços para empreendedores pode tornar mais fácil e mais barato
para os investidores o monitoramento. M(m|s) sendo os custos de monitoramento
em nível dado como s, é muito possível, por exemplo, que M(m|s > 0) < M(m|s = 0) =
m. Assim, o retorno do investidor, considerando monitoramento e serviços é:
Seleção Adversa
projeto individual gastando “d” antes de fazer o investimento. Parâmetro d pode ser
Esse nível de qualidade é dado como q0. Vamos definir q0 implicitamente como:
V = αR(q) - C = 0 para q = q0
V>0 para q > q0 (17)
0
V<0 para q<q
A “função de detenção” p(d) assume as seguintes propriedades:
p(d = 0) = 0, p(d = ∞) = 1, (18)
p’(d) > 0 e p″(d) < 0
t=0 t=1
r(I + d) ≤ EV
Ele segue imediatamente de (17), (18), e (20) que os investidores que estão
bem na realização da “due diligence”19 devida no sentido que baixo os valores de d
produzem um valor dado de p provavelmente vai se ocupar na diligência devida,
selecione projetos de alta qualidade (isto é, projetos com o retorno esperado
positivo) e faça investimentos20. (Para mais detalhes ver o Apêndice 2, AMIT 1998).
19
Trata-se do processo de auditoria feito na empresa candidata a receber investimento de risco, em geral conduzido por
auditores independentes contratados pelos investidores.
20
Temos conhecimento de que a estrutura do processo de investimento venture capital como mostrado na figura 6 é uma
simplificação. VC faz investimentos mesmo se eles não têm total certeza de que q>q0 e portanto eles podem ter retorno
negativo em investimentos individuais. Entretanto, levar esse fato em consideração não muda a análise, somente adiciona
algebra. Note que no modelo o retorno esperado para os investimentos são positivos, mas eles podem ser negativos se u<0.
- 81 -
21
ação oculta
22
informações ocultas.
- 82 -
2 – assimetria de informação;
rejeita
P A1
alto
A2 N
contrato baixo
aceita
Esforço não
observado
A screening é uma iniciativa que é tomada pela parte menos informada (no
caso aqui o principal), para, indiretamente, discernir sobre as características ocultas
da outra parte (o agente). A parte menos informada deve estruturar contratos ou
esquemas de incentivo que induzam a uma auto-seleção, induzindo que os agentes
com diferentes características façam escolhas alternativas.
Problemas Tratados:
Na maioria dos casos, não é apenas informação assimétrica (um lado sabe
mais que o outro). O que quase sempre ocorre é que cada participante sabe coisas
que o outro não sabe e isso se chama ignorância simétrica.
- 88 -
(i) nós assumimos que uma VC pode investir em uma empresa como um
banco de investimento;
[0,1 x (-100) + 0,2 x (0) + 0,3 (50) + (0,3) x 100 + 0,1 x 200] = $ 55.000
- 89 -
TIPO A B C D E
Fonte: autor
σ = 111,80
Ou seja, em média, investiu por empresa $ 40.000 e ainda resultou num lucro
médio de $15.000 para a VC.
1–A
2–B
3–C Expectativa
3–D
1–E
3–C
1–E
O produto combinado das empresas investidas [C, D ,E] seria (por empresa):
(3 x 50.000) + (3 x 100.00) + (1 x 200.000) = $650.000 ou 650.000/7 = $92.857
A fim de obter este lucro mais elevado [$92.857] por empresa ao invés dos
anteriores $55.000 foi necessário analisar 10 empresas ao custo de $10.000.
Portanto, o produto líquido médio por empresa após levarmos em conta os custos
de screening foi:
Fonte: Autor
TIPO A B C D E
Fonte: Autor
σ = 20,74
Se o VC não discrimina as empresas, para cada 10 que ela investe, irá receber
um produto esperado de $ 615.000.
- 92 -
Supondo que o custo das análises seja também de $1.000 por empresa, o VC
pode identificar a empresa do tipo A, que não são lucrativos [eles produzem
$35.000, mas custam $40.000], enquanto que as demais geram lucros positivos.
- investimento = $ 360.000
Após subtrair $10.000, o resultado dos lucros será 210.000 < 215.000
Neste caso a filtragem não vale a pena.
(ii) a filtragem dos projetos das empresas é mais lucrativa quando houver uma
grande proporção de projetos/propostas de investimentos que são rejeitados como
resultado da discriminação;
A firma contrata trabalhadores quando seu valor líquido é positivo. Isto implica
que a filtragem (screening) é mais lucrativa quando existe uma significativa fração
- 93 -
(iii) a filtragem dos projetos é mais lucrativa quando ele for empregado a
projetos/propostas de investimentos determinados, ou seja, quando a diferença no
produto entre os trabalhadores for grande.
a) Captação
Assimétrica
Informação
Seleçao Adversa
b) Prospecção/Seleção/Análise/Investimento
c) Acompanhamento (Monitoramento)
Risco Moral
d) Desinvestimento
Due Diligence
Conselho de Administração
23
Para mais detalhes ver Schwarz (2004)
- 95 -
a) Empreendedor
b) Mercado
empresa que entrar possui histórico de aquisições e fusões. Caso positivo, poderá
facilitar uma venda futura e o retorno do investimento.
i) Existência de sazonalidade;
c) Capital humano
O VC deve deter boa parte de seu tempo para analisar a gestão da empresa
e como a empresa trata seus empregados. Inicialmente ele tem que ver como a
empresa está estruturada, como é o organograma da empresa como ocorrem as
decisões da empresa.
24
(veja mais em LAZEAR, 1998)
- 100 -
d) Marketing e vendas
e) Processo produtivo
O processo produtivo inclui várias áreas que devem ser bem entendidas pelo
investidor, como por exemplo:
g) Referências
25
(Essas referências são as preferidas de Elbio Schwarz, que relatou-me em uma das conferências que tive com
ele)
- 104 -
5 CONCLUSÃO
26
Oferta Pública parcela do capital social de uma companhia, que passará a ter suas ações negociadas
em mercado e distribuídas entre outros acionistas além dos que representam o controle acionário. (em inglês
IPO - Inicial Public Offering).
- 105-
Tykvová (2007) mostra que apenas 5% das propostas que chegam aos
VC recebem financiamento. Por isso a necessidade do incentivo ao desenvolvimento
deste mercado, com a criação de novas empresas de investidores de risco. Como
outros países em desenvolvimento, o Brasil precisa fortalecer e estimulara estrutura
institucional, estimular seus empresários a fim de estimular sua economia e elevar o
rendimento da população como um todo. Normalmente, o procedimento que se
utilizaria seria o de induzir os brasileiros a economizar parte de seus rendimentos,
que seriam encaminhados para investimentos produtivos. Como não é isso que
acontece, o setor privado, através de empresas de Venture Capital podem suprir
essa carência, sendo elas, como vimos, fundamental na estrutura hierárquica de
financiamento de um país.
Pesquisas recentes mostraram que uma razão importante para muitos países
em desenvolvimento experimentarem taxas de crescimento muito baixas é que seus
sistemas financeiros são subdesenvolvidos. Os sistemas financeiros em países em
- 106-
Convém assinalar que o Venture Capital não é o único fator exigido para o
desenvolvimento das PMEs. Outros ingredientes são indispensáveis para a criação
de uma ambiente institucional saudável às novas empresas. Entre eles, um
ambiente fiscal normativo e político apropriado ao progresso das PMEs; uma
comunidade empresarial afeita aos problemas das empresas novas de rápido
crescimento; grandes centros empresariais e governamentais de pesquisa e
desenvolvimento; força de trabalho qualificada; serviços técnicos e profissionais
adequados; e, por fim, bancos comerciais experientes na concessão de
empréstimos a empresas sem tradição. (LEONARDOS, 1985)
REFERÊNCIAS
AKERLOF, George A. The Market for Lemons: Quality Uncertainty and the
Market Mechanism. Quarterly Journal of Economics Studies. n. 84, p. 488-500,
1970.
BVCA, The British Private Equity and Venture Capital Association. Disponível
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Capital creates new wealth – Harvard Business School Press, Boston, 2001.
GUPTA, Udayan. Done Deals Venture Capitalists Tell Their Stories. HBS Press,
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Elaboração de Relatório/Monografia de Estágio – Florianópolis, UFSC, 2005.
WRIGHT, Mike ; ROBBIE, Ken – Venture Capital and Private Equity: a Review
and Synthesis – Journal of Business Finance & Accounting, 25, 1998.
Diagnósticos da América S.A.: Com forte presença em São Paulo, Rio de Janeiro
e Curitiba, a Diagnósticos da América Latina tem 148 unidades e três laboratórios
centrais que atendem mais de 15.000 clientes, além de executar 80.000 exames por
dia. As unidades operam sob oito marcas distintas, que possuem boa reputação em
seus mercados, entre elas a Delboni Auriermo, Lavoisier, Lâmina, Bronstein e
Curitiba Santa Casa. Em 1999, o Pátria Banco de Negócios adquiriu uma parcela na
DASA através de um fundo de private equity, permitindo a companhia se expandir
até se tornar a maior empresa de medicina diagnóstica na América Latina. O
sucesso do investimento culminou com a entrada da empresa no Novo Mercado da
BOVESPA, no dia 19 de novembro de 2004, arrecadando R$ 377 milhões.
América Latina Logística: A ALL, maior operadora logística com base ferroviária da
América Latina, transporta para clientes de variados segmentos como commodities
agrícolas, insumos e fertilizantes, combustíveis, construção civil, florestal,
siderúrgico, higiene e limpeza, eletroeletrônicos, automotivo e autopeças,
embalagens, químico, petroquímico e bebidas. A Companhia oferece uma gama
completa de serviços de logística, combinando as vantagens econômicas do
transporte ferroviário com a flexibilidade do transporte por caminhão, em uma área
de cobertura que engloba mais de 62% do PIB do Mercosul.
Após receber investimentos de fundos de private equity de empresas como a
GP Investimentos, CSFB, Electra, e GEF, a ALL pôde se expandir. Hoje, são mais
de 70 unidades de serviço localizadas nas principais cidades do Brasil, Argentina,
Chile e Uruguai, além de centros de distribuição e 185 mil metros quadrados de
áreas de armazenamento. A ALL administra uma malha férrea de 20.495
quilômetros de extensão, cobrindo o Sul de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, além da região central da Argentina. A Companhia cruza as
fronteiras do Paraguai e Uruguai e serve o Chile por rodovia a partir da base
logística intermodal de Mendoza, na Argentina. Seis dos mais importantes portos do
Brasil e Argentina são atendidos pela ALL. A empresa fez a sua primeira oferta
pública de ações em 25 de junho de 2004 e arrecadou R$ 588 milhões.
GOL Linhas Aéreas: Gol Linhas Aéreas é considerada uma das empresas que
teve crescimento mais rápido no mundo. A Gol começou as suas atividades em
2001, e hoje oferece vôos a 49 cidades no Brasil, e a países como Argentina,
Uruguai, Bolívia, e Paraguai. A empresa tem participação de 29% no mercado
aéreo brasileiro, com potencial para crescer ainda mais. Em 2005, a GOL obteve
rendimentos líquidos de R$ 2.669 bilhões e lucros líquidos de R$513 milhões
Em abril de 2002, a GOL entrou em negociação com o AIG Capital a fim de
receber investimentos nas primeiras etapas de crescimento. Com aporte de US$26
milhões, a GOL ampliou os seus serviços no mercado internacional e instituiu a
prática de boa governança. A empresa continuou a crescer e, em junho de 2004,
ingressou na BOVESPA, arrecadando mais de US$280 milhões. A GOL Linhas
Aéreas é um bom exemplo de empresa brasileira pronta para obter um crescimento
agressivo e para receber fundos de private equity.
O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS torna público que o Colegiado, em reunião realizada em 15
de março de 1994, e tendo em vista o disposto na RESOLUÇÃO Nº 1.787, de 1º de fevereiro de 1991, do Conselho Monetário Nacional e no
artigo 19 da LEI Nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976.
RESOLVEU:
CAPÍTULO I
Art. 1º O Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes, constituído sob a forma de condomínio fechado, é uma
comunhão de recursos destinados à aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas emergentes, e de sua
denominação deverá constar a expressão "Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes".
§1º Entende-se por empresas emergentes as companhias que apresentem faturamento líquido anual inferior ao equivalente, em
moeda corrente nacional a 30.000.000 (trinta milhões) de URV's (Unidade Real de Valor), apurado no balanço de encerramento do exercício
anterior à aquisição dos valores mobiliários de sua emissão.
§2º O limite previsto no parágrafo 1º deste artigo será determinado no momento do primeiro investimento, mas não terá aplicação
quando o Fundo subscrever ou efetuar novas aquisições de ações ou outros valores mobiliários daquelas mesmas companhias.
§3º É vedado ao Fundo investir em sociedade integrante de grupo de sociedades, de fato ou de direito, cujo patrimônio líquido
consolidado seja igual ou maior que o valor em moeda corrente nacional a 60.000.000 (sessenta milhões) de URV's.
§4º É vedado ao Fundo investir em sociedade na qual quotistas ou administradores do Fundo, ou respectivos cônjuges ou parentes
até o 2º grau, participem, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, em percentagem superior a 10% do capital social, ou na
qual ocupem cargos de administração, ressalvado o exercício, pelos administradores do Fundo, de cargos em órgãos exclusivamente
consultivos das sociedades de que participem.
Art. 2º O Fundo terá prazo máximo de duração de 10 (dez) anos, contados a partir da data da autorização para funcionamento pela
Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único. O prazo de duração será prorrogável, uma única vez, por até mais 5 (cinco) anos, por aprovação de 2/3 da
totalidade das quotas emitidas, em Assembléia Geral especialmente convocada com esta finalidade.
Art. 3º Uma vez constituído o Fundo, o administrador deverá solicitar à Comissão de Valores Mobiliários autorização para o seu
funcionamento.
§1º A autorização para funcionamento do Fundo de Investimento em Empresas Emergentes dependerá do cumprimento dos
seguintes requisitos:
I - prévio registro de distribuição pública de quotas, se for o caso (art. 22, parágrafo único);
II - comprovação da integralização da totalidade das quotas relativas ao patrimônio inicial;
III - termo de constituição do Fundo, registrado no Cartório de Títulos e Documentos.
§2º A integralização total das quotas constitutivas do patrimônio inicial deverá ser encerrada no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias, a contar da data da concessão do registro da distribuição de quotas pela Comissão de Valores Mobiliários, se cabível, ou da data
da deliberação de sua emissão se destinada a colocação privada.
§3º Somente será permitida a emissão de quotas que possuam valor equivalente, em moeda corrente nacional, a no mínimo 100.000
(cem mil) URV's.
Art. 4º O regulamento do Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes deverá obrigatoriamente dispor sobre:
I - qualificação da instituição administradora;
- 122 -
II - política de investimento a ser adotada pelo administrador, ativos que poderão compor a Carteira do Fundo, e o estabelecimento
da política de diversificação;
III - taxa de ingresso ou critério para sua fixação;
IV - remuneração do administrador;
V - disponibilidade de informações para os quotistas, observado o disposto no capítulo IX;
VI - despesas e encargos do Fundo;
VII - possibilidade ou não de novas emissões;
VIII - possibilidade e condições de amortização de quotas;
IX - competência da Assembléia Geral de quotistas, critérios e requisitos para sua convocação e deliberação, observado o disposto
no Capítulo IV.
Parágrafo único. As taxas, despesas e prazos serão idênticos para todos os quotistas.
Art. 5º Dependem de aprovação da Comissão de Valores Mobiliários os seguintes atos relativos ao Fundo:
I - alteração do regulamento;
II - indicação e substituição do diretor responsável pela administração do Fundo (artigo 6º, parágrafo 2º);
III - substituição do administrador;
IV - fusão;
V - incorporação;
VI - cisão;
VII - liquidação;
VIII - emissão de novas quotas.
§1º Os atos previstos no inciso II, III, e VIII deverão ser submetidos à Comissão de Valores Mobiliários previamente à sua
formalização.
§2º O Banco Central do Brasil será informado pela Comissão de Valores Mobiliários da autorização para funcionamento do Fundo,
bem como dos casos previstos nos incisos II a VII deste artigo, nos casos em que o Administrador seja instituição autorizada a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.
CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 6º A administração do FUNDO, compete à pessoa física ou jurídica autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários para
exercer a atividade de administração de carteira de valores mobiliários.
§1º A administração do Fundo, quando exercida por pessoa jurídica, ficará sob a supervisão e responsabilidade direta de diretor da
instituição administradora.
§2º A administração do Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes que tenha suas quotas colocadas ou negociadas
publicamente será exercida exclusivamente por banco múltiplo com carteira de investimento, banco de investimento, instituições financeiras
públicas, sociedade corretora ou sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários, autorizados previamente a exercer a atividade de
administração de carteira de valores mobiliários.¹
Art. 7º O administrador terá poderes para exercer todos os direitos inerentes aos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira
do Fundo, inclusive o de ação e o de comparecer e votar em assembléias gerais e especiais.
§1º O administrador poderá, igualmente, abrir e movimentar contas bancárias, adquirir e alienar livremente títulos e valores
mobiliários, transigir, praticar, enfim, todos os atos necessários à administração da carteira, observadas as disposições desta Instrução.
§2º As instituições custodiantes dos títulos e valores mobiliários do Fundo somente poderão acatar ordens assinadas pelo(s)
representante(s) legal(ais) ou mandatário do administrador, devidamente credenciado(s) junto a ele para esse fim (art. 11, inciso VI).
Art. 8º O administrador poderá, mediante aviso prévio de no mínimo 60 (sessenta) dias, endereçado a cada quotista, renunciar à
administração do Fundo, devendo comunicar imediatamente o fato à Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único. Em se tratando de Fundos com quotas negociadas em bolsas de valores ou mercado de balcão organizado, deverá
ser adotado pelo administrador a mesma divulgação dispensada a fato relevante.
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Art. 9º A Comissão de Valores Mobiliários, no uso de suas atribuições legais, poderá descredenciar o administrador que deixar de
cumprir as normas vigentes.
§1º O processo de descredenciamento terá início mediante notificação da Comissão de Valores Mobiliários ao administrador, com
indicação dos fatos que o fundamentaram e do prazo para apresentação de defesa, não inferior a 15 (quinze) dias contados da data de
recebimento da respectiva notificação.
§2º A decisão da Comissão de Valores Mobiliários que descredenciar o administrador será fundamentada, cabendo recurso ao
Conselho Monetário Nacional, sem efeito suspensivo, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de recebimento da respectiva
comunicação.
Art. 10. Nas hipóteses de renúncia e descredenciamento, ficará o administrador obrigado a convocar, imediatamente, a Assembléia
Geral para eleger seu substituto, sendo facultado aos quotistas que detenham ao menos 5% (cinco por cento) das quotas emitidas, em
qualquer caso, ou à Comissão de Valores Mobiliários, nos casos de descredenciamento, a convocação da assembléia geral, caso o
administrador não o faça no prazo de 15 (quinze) dias contados do evento.
Parágrafo único. O administrador deverá permanecer no exercício de suas funções até sua efetiva substituição.
CAPÍTULO III
Parágrafo único. Qualquer benefício ou vantagem que o administrador venha a obter, que não esteja prevista no regulamento, deve
ser imediatamente repassada para o Fundo.
CAPÍTULO IV
DA ASSEMBLÉIA GERAL
Parágrafo único. O regulamento do Fundo poderá ser alterado independentemente de Assembléia Geral ou de consulta aos quotistas
sempre que tal alteração decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento à expressa exigência da Comissão de Valores Mobiliários,
em conseqüência de normas legais ou regulamentares, devendo ser providenciada, no prazo de 30 (trinta) dias, a necessária comunicação aos
quotistas, quando for o caso.
Art. 13. A convocação da Assembléia Geral far-se-á na forma estipulada no Regulamento do Fundo.
§1º Independentemente da convocação prevista neste artigo, será considerada regular a Assembléia Geral à qual comparecerem
todos os quotistas.
§2º A Assembléia Geral poderá ser convocada pela instituição administradora ou por quotistas que detenham, no mínimo, 5%
(cinco por cento) do total de quotas emitidas pelo Fundo.
Art. 14. Na Assembléia Geral, que poderá ser instalada com qualquer número, as deliberações serão tomadas pelo critério da
maioria de quotas dos presentes, correspondendo a cada quota um voto, ressalvado o disposto no parágrafo 3º do artigo 15.
Parágrafo único. Deverão ser aprovadas pela maioria das quotas emitidas as deliberações relativas às matérias previstas nos incisos
III, IV e VI, do artigo 12, e, salvo se já prevista no Regulamento, a emissão de novas quotas (inciso V, do artigo 12).
Art. 15. As deliberações da Assembléia Geral poderão ser tomadas mediante processo de consulta formalizada em carta, telex ou
telegrama dirigido pela instituição administradora a cada quotista para resposta no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§1º Da consulta deverão constar todos os elementos informativos necessários ao exercício do direito de voto.
§2º A ausência de resposta será considerada como anuência por parte dos quotistas, desde que tal interpretação seja autorizada
expressamente pelo regulamento do Fundo e conste da própria consulta.
§ 3º - O "quorum" das deliberações tomadas na forma deste artigo será o de maioria absoluta das quotas emitidas,
independentemente da matéria.
Art. 16. Somente poderão votar na Assembléia Geral os quotistas inscritos no "Registro dos Quotistas" ou na conta de depósito,
conforme for o caso, 3 (três) dias antes da data fixada para sua realização.
Art. 17. Terão qualidade para comparecer à Assembléia Geral ou para votar no processo de deliberação por consulta, os
representantes legais dos quotistas ou seus procuradores legalmente constituídos.
CAPÍTULO V
Art. 18. As quotas do Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes corresponderão a frações ideais de seu patrimônio e
assumirão a forma nominativa.
§1º As quotas poderão ser representadas por Certificados de Investimento ou mantidas em contas de depósitos em nome de seus
titulares, conforme estabelecer o regulamento do Fundo.
§2º A propriedade das quotas nominativas presume-se pelo registro do nome do quotista no livro de "Registro de Quotas
Nominativas" ou da conta de depósito das quotas, aberta em nome do quotista.
Art. 20. O Certificado de Investimento ou o extrato de conta de depósito representará número inteiro e/ou fracionário de quotas
pertencentes ao quotista, conforme os registros do Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes.
Art. 21. Somente poderão ser negociadas no mercado de bolsa ou balcão as quotas do Fundo que tenham sido objeto de distribuição
pública previamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários, observado o disposto no parágrafo único do artigo 22.
§1º As quotas do Fundo só poderão ser negociadas, no mercado de bolsas ou de balcão, após a integralização do preço de emissão.
§2º Na hipótese das quotas de Fundo serem admitidas em bolsa de valores, só poderão ocorrer negociações com estas quotas fora
de bolsa, nas seguintes hipóteses:
I - quando destinados à distribuição pública, durante o período da respectiva distribuição;
II - quando relativas à negociação privada.
§3º As quotas do Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes somente poderão ser objeto de colocação junto ao
público através de banco múltiplo com carteira de investimento, banco de investimento, sociedade corretora ou sociedade distribuidora,
atendidas as formalidades exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§4º A colocação pública de quotas do Fundo será precedida de anúncio de início de distribuição, previamente aprovado pela
Comissão de Valores Mobiliários, do qual constem as informações necessárias para o investidor, publicado em jornal de grande circulação
da(s) localidade(s) em que seja efetuada a distribuição.
§5º Aplicam-se às quotas dos Fundos o disposto na DELIBERAÇÃO CVM Nº 20, de 15/02/85, ou seja, a participação de
sociedades ou profissionais integrantes do sistema de distribuição, comprando ou vendendo, torna pública a negociação.
Art. 22. O pedido de registro de distribuição de quotas na Comissão de Valores Mobiliários será formulado pelo administrador,
instruído com os seguintes documentos:
I - deliberação do administrador relativa ao projeto de constituição do Fundo, da qual deverá constar o inteiro teor do seu
regulamento, registrado no Cartório de Títulos e Documentos situado na sede do administrador, e o patrimônio inicial do Fundo;
II - indicação do diretor da instituição administradora responsável pela administração do Fundo, se for o caso;
III - outros documentos que sejam necessários à completa divulgação da distribuição.
§1º A critério da Comissão de Valores Mobiliários poderá ser dispensado o prévio registro quando a distribuição pública:
I - restringir a subscrição a valores superiores a 200.000 (duzentos mil) URV's por investidor; ou
II - destinar-se a um público investidor constituído de no máximo 35 pessoas.
§2º Negociações secundárias das quotas objeto da distribuição a que se refere o parágrafo 1º, deste artigo, deverão observar os
requisitos previstos nesse parágrafo 1º.
Art. 23. A emissão, subscrição e integralização de quotas atenderão aos termos, condições e valores estipulados no Regulamento e
informados no processo de registro de distribuição na Comissão de Valores Mobiliários, quando for o caso.
§2º No ato de subscrição das quotas o subscritor assinará a lista ou boletim individual de subscrição, que serão autenticados pelo
administrador, ou pela instituição autorizada a processar a subscrição e integralização das quotas.
§4º A subscrição poderá ser feita por meio de carta dirigida à instituição administradora observadas as disposições deste artigo.
Art. 24. As importâncias recebidas na integralização de quotas deverão ser depositadas em banco comercial, em nome do Fundo em
organização, sendo obrigatória sua imediata aplicação em títulos de renda fixa, públicos ou privados.
Parágrafo único. Caso não seja obtida a autorização nos termos previstos no artigo 3º, os recursos financeiros do Fundo serão
imediatamente rateados entre os subscritores, nas proporções dos valores integralizados, corrigidos monetariamente, acrescidos dos
rendimentos líquidos auferidos pelas aplicações do Fundo.
- 126 -
Art. 25. Nos Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes não haverá resgate de quotas, a não ser pelo término do
prazo de duração ou liquidação do Fundo.
CAPÍTULO VI
Art. 26. Uma vez constituído e autorizado o seu funcionamento, o Fundo deverá manter, no mínimo, 75% (setenta e cinco por
cento) de suas aplicações em ações, debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição de ações de emissão de empresas emergentes.
§1º A parcela de suas aplicações que não estiver aplicada em valores mobiliários de empresas emergentes deverá, obrigatoriamente,
estar investida em quotas de fundos de renda fixa, e/ou em títulos de renda fixa de livre escolha do administrador, ou valores mobiliários de
companhias abertas adquiridas em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.
§2º Para atendimento do limite mínimo previsto no "caput" deste artigo, admitir-se-á que as posições diárias em valores mobiliários
de empresas emergentes atinjam a 50% (cinqüenta por cento) do valor total das aplicações, desde que a média, a cada 180 (cento e oitenta)
dias, obedeça ao percentual mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) do valor total das aplicações.
§3º O desenquadramento do Fundo aos limites estabelecidos neste artigo e seus parágrafos, por um período corrido de 360 dias
implicará obrigatoriamente na distribuição dos valores correspondentes a seus quotistas.
Art. 27. Os Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes deverão, obrigatoriamente, destacar em seus prospectos os
riscos inerentes à concentração da carteira resultante de suas aplicações.
Art. 28. As ordens de compra e venda de títulos e valores mobiliários serão sempre expedidas com identificação precisa do Fundo.
CAPÍTULO VII
Art. 29. Constituirão encargos do Fundo, além da remuneração de que trata o inciso IV, do artigo 4º, as seguintes despesas, que
poderão ser debitadas pelo administrador:
I - taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que recaiam ou venham a recair sobre os bens,
direitos e obrigações do Fundo;
II - despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e periódicos, previstas nesta Instrução ou na
regulamentação pertinente;
III - despesas com correspondência do interesse do Fundo, inclusive comunicações aos quotistas;
IV - honorários e despesas dos auditores encarregados da revisão das demonstrações financeiras do Fundo e da análise de sua
situação e da atuação do administrador, inclusive com relação à política de investimento fixada nos estatutos e prospectos;
V - emolumentos e comissões pagas por operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários do Fundo;
VI - honorários de advogados, custas e despesas correlatas incorridas em razão de defesa dos interesses do Fundo, em juízo ou fora
dele, inclusive o valor da condenação, imputada ao Fundo, se for o caso;
VII - parcela de prejuízos eventuais não decorrentes diretamente de culpa ou negligência do administrador no exercício de suas
funções;
VIII - prêmios de seguro, bem como quaisquer despesas relativas à transferência de recursos do Fundo entre bancos;
IX - quaisquer despesas inerentes à constituição, fusão, incorporação, cisão ou liquidação do Fundo e à realização de Assembléia
Geral de quotistas;
X - taxa de custódia de títulos e valores mobiliários do Fundo.
Parágrafo único. Quaisquer despesas não previstas como encargos do Fundo correrão por conta do administrador.
CAPÍTULO VIII
Art. 30. O Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes terá escrituração contábil própria.
Art. 31. As demonstrações financeiras do Fundo estarão sujeitas às normas de escrituração expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários e serão auditados, anualmente, por auditor independente, registrado na Comissão de Valores Mobiliários.
Parágrafo único. As demonstrações financeiras das empresas emergentes cujos valores mobiliários constem da carteira do Fundo de
Investimento em Empresas Emergentes deverão ser auditadas, anualmente, por auditor independente registrado na Comissão de Valores
Mobiliários.
- 127 -
CAPÍTULO IX
DAS INFORMAÇÕES
Art. 32. Deverá ser fornecido ao investidor, obrigatória e gratuitamente, no ato de seu ingresso como quotista do Fundo Mútuo de
Investimento em Empresas Emergentes, contra recibo:
I - exemplar do regulamento do Fundo, referido no artigo 4º;
II - breve histórico sobre o administrador;
III - documento de que constem claramente as despesas com comissões ou taxa de subscrição, distribuição e outras com que o
investidor tenha de arcar.
Art. 33. O administrador do Fundo é obrigado a divulgar, ampla e imediatamente, qualquer ato ou fato relevante a ele atinente, de
modo a garantir a todos os quotistas acesso a informações que possam, direta ou indiretamente, influir em suas decisões quanto à
permanência no Fundo e aos demais investidores quanto à aquisição das quotas.
Parágrafo único. No caso do Fundo ter suas quotas admitidas a negociação no mercado, o administrador deverá fazer publicar, nos
termos do § 4º do artigo 21, o balanço e demais demonstrações financeiras anuais e parecer de auditoria no prazo de 90 (noventa) dias do
encerramento do exercício.
Art. 35. O administrador deverá colocar à disposição dos quotistas, além das informações previstas no artigo 34:
I - semestralmente, no prazo de 60 (sessenta) dias após o encerramento do período, as seguintes informações:
a) - movimentação da carteira no semestre em valores mobiliários emitidos pelas empresas emergentes; e
b) - balanço e demonstrações financeiras semestrais das empresas emergentes emissoras dos valores mobiliários constantes da
carteira do Fundo;
II - anualmente, no prazo de 90 (noventa) dias após o encerramento do período, as seguintes informações:
a) - movimentação no exercício da carteira em valores mobiliários emitidos pelas empresas emergentes;
b) - balanço e demonstrações financeiras anuais, acompanhadas do parecer de auditor independente, das empresas emergentes
emissoras dos valores mobiliários constantes da carteira do Fundo.
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá a qualquer tempo requisitar as informações previstas neste artigo.
Art. 37. Qualquer texto publicitário para oferta de quotas, anúncio ou promoção do Fundo não poderá divergir do conteúdo do seu
regulamento.
Parágrafo único. Caso o texto publicitário apresente incorreções ou impropriedades que possam induzir o investidor a erros de
avaliação, a Comissão de Valores Mobiliários poderá exigir que as retificações e os esclarecimentos sejam veiculados, com igual destaque,
através do(s) veículo(s) usado(s) para divulgar o texto publicitário original.
CAPÍTULO X
DAS VEDAÇÕES
- 128 -
CAPÍTULO XI
Art. 40. Serão concedidas, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data do protocolo de entrada do pedido na Comissão de Valores
Mobiliários, devidamente instruído com a respectiva documentação, as autorizações previstas nesta Instrução.
Art. 41. A autorização considerar-se-á automaticamente concedida se o pedido não for denegado no prazo referido no artigo 40.
Parágrafo único. O pedido não instruído com a documentação pertinente será liminarmente indeferido, informando-se o requerente
da decisão.
Art. 42. O prazo de 30 (trinta) dias será suspenso uma única vez, se a Comissão de Valores Mobiliários solicitar documentos ou
informações adicionais necessárias ao exame do pedido de autorização ou condicioná-la a modificações na documentação pertinente.
§1º Será concedido prazo não superior a 60 (sessenta) dias, contados do recebimento, pelo requerente, da correspondência
respectiva, para o atendimento das eventuais exigências, sob pena de ser denegado o pedido.
§2º É assegurado à Comissão de Valores Mobiliários, para manifestação final, período correspondente a 5 (cinco) dias úteis, caso o
restante do prazo previsto no "caput" seja inferior.
Art. 43. A denegação do pedido de autorização será comunicada ao interessado através de carta com Aviso de Recebimento (AR).
CAPÍTULO XII
Art. 44. Aplica-se ao administrador ou à instituição administradora, e a seus administradores diretamente responsáveis pela
administração do Fundo, o disposto no artigo 11 da LEI Nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976, independentemente de outras sanções legais
cabíveis.
Art. 45. O administrador que não encaminhar à Comissão de Valores Mobiliários as informações previstas nesta Instrução, ficará
sujeito à multa cominatória diária de 69,20 (sessenta e nove vírgula vinte) UFIR's diárias, que incidirá a partir do primeiro dia útil
subseqüente ao término dos prazos determinados para o cumprimento da obrigação, sem prejuízo da responsabilidade dos administradores
nos termos do inciso V, do artigo 9º e artigo 11 da LEI Nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976.
Art. 46. Aplicam-se aos intermediários da distribuição pública, no que couber, as normas estabelecidas na INSTRUÇÃO CVM Nº
13 de 30/08/80.
Art. 47. Esta Instrução entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
TJ 1,000000
RRC 1,000000 - -
0,594486 0,500579
RD 1,000000 0,423700 - -
0,266066 0,191492
- - -
OL 1,000000 0,582038 0,035629
0,122258 0,160930 0,083909
- - -
IC 1,000000 0,559238 0,468994 0,815261
0,147558 0,488383 0,405295
- -
IB 1,000000 0,710879 0,129719 0,518347 0,274520 0,435053
0,348393 0,269825
- - -
GP 1,000000 0,016100 0,816319 0,539208 0,147997 0,031727
0,061321 0,202062 0,022079
- -
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- - -
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- - - - - - - -
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