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Sumário
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA
1.1 EMENTA
1.2 CARGA HORÁRIA
1.3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1.5 BIBLIOGRAFIA
1.6 CURRICULUM DO PROFESSOR
2. CONTEÚDO DA DISCIPLINA
3. MATERIAL COMPLEMENTAR
Gestão
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1. Programa da disciplina
1.1 Ementa
Objetivo Geral: Incentivar a adoção de postura analítica, ágil e eficaz na tomada de
decisão e na condução estratégica dos negócios e contribuir para o aumento da
competitividade das organizações empresariais, mediante a preparação de executivos cada
vez mais qualificados. Proporcionar aos participantes, o entendimento/utilização das
técnicas de finanças empresarial como ferramenta de gestão, capacitando o aluno à leitura,
interpretação, análise, controle e acompanhamento dos relatórios financeiros, tendo em
vista os resultados operacionais da organização.
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1.5 Bibliografia
ANGELO, Claudio Felisoni, SILVEIRA, José Augusto e FÁVERO, Luiz Paulo. Finanças
no Varejo – Gestão Operacional. São Paulo, 3a. ed. Saint Paul Editora, 2006.
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BORDEN, Karl. Managing accounts payable. Small Business Forum The Journal Of The
Association Of Small Business Development Centers, Wyoming, USA, 2001. Disponível
em: http://uwadmnweb.uwyo.edu/sbdc/fo/252.html, Acesso em 16.08.2001.
CHING, Hong Yuh, MARQUES, Fernando & PRADO, Lucilene. Contabilidade &
Finanças para não especialistas. São Paulo, Pearson –Prentice Hall, 2003.
HIGGINS, Robert C. Análise Para Administração Financeira. Rio de Janeiro, 8ª. Ed.
McGrawHill, 2007.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Varejo. São Paulo, 3a. ed. Atlas, 2004.
LEVY, Michael e WEITZ, Barton A.. Administração de Varejo. São Paulo, Atlas, 2000.
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BIBLIOGRAFIA COMPLENTAR
KAPLAN, Robert S. & NORTON, David P. Kaplan e Norton na Prática. Rio de Janeiro,
7ª. Ed. Campus, 2004.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo, 9a. ed. Atlas, 2003.
MYERS, Stewart C. e BREALEY, Richard A.. Princípios de Finanças Empresariais.
Portugal, 5a. ed. McGraw-Hill, 1998.
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WELSCH, Gleen A.. Orçamento Empresarial. São Paulo 4a. Ed. Atlas, 1983.
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Enfoquei minha carreira nas áreas acadêmica e corporativa atuando nas áreas de economia
e negócios e tenho 15 anos de atuação no ramo varejista farmacêutico, sendo 12 anos como
Assessor Econômico duas organizações e três anos como consultor.
Tendo atuado por dois anos nos ramos metalúrgico, construção civil, serviços de saúde e
outros. Na Consultoria adquiri visão global de negócios.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
CURSOS COMPLEMENTARES
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8
PUBLICAÇÕES
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
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Índice da Apostila
Pág.
Definição e contextualização do varejo........................................ 10
Planejamento financeiro ................................................................ 19
Método para estimar necessidades..................................................23
Método da porcentagem das vendas ..............................................24
Método de orçamento de caixa.......................................................27
Formato do orçamento de caixa......................................................31
Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa................................................34
Método de Giro de Caixa................................................................38
Cálculo da margem de contribuição...............................................38
Ponto de Equilíbrio (Break –Even Point).......................................42
Ponto de equilíbrio em quantidade.................................................43
Ponto de equilíbrio em número de clientes.....................................44
Ponto de equilíbrio em valor...........................................................44
Administração do capital de giro ...................................................46
Capital circulante líquido................................................................49
Administração do ativo circulante..................................................51
Administrando contas a receber......................................................55
Administrando o estoque................................................................56
Administrando contas a pagar........................................................60
Alavancagem Operacional e Financeira ....................................... 62
Alavancagem Operacional.............................................................62
Alavancagem Financeira...............................................................63
Alavancagem Total ......................................................................65
Análise de Demonstrativos Financeiros........................................67
Balanço Patrimonial......................................................................67
Demonstração de Resultados.........................................................70
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).. .71
Demonstrativo de fluxo de caixa ................................................73
Demonstração dos Lucros /Prejuízos Acumulados .......................83
Índices Operacionais e financeiros ................................................90
Índices de Atividade......................................................................101
Índices Financeiros ......................................................................103
Outros Indicadores....................................................................... 113
Análise e Seleção de Investimentos ..........................................116
Período de recuperação do investimento......................................116
Valor presente Liquido.................................................................117
Remuneração do capital................................................................120
Sistema tributário..........................................................................124
A hierarquia das Normas Tributárias no Brasil ...........................124
Princípios Constitucionais............................................................127
Características dos Principais Impostos, Taxas e Contribuições.. 130
Conceitos Tributários Gerais.........................................................130
Impostos Sobre a Renda no Brasil – Pessoa Jurídica....................137
Os Principais Tributos Federais.....................................................134
Por que é importante planejar........................................................144
Regimes de Tributação...................................................................145
Bibliografia ....................................................................................175
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Apostila de apoio
Há várias definições para varejo, uma delas, segundo Las Casas ( 2004, p. 17) diz que”
varejo é a atividade comercial responsável por providenciar mercadorias e serviços
desejados pelos consumidores”. Já Richter (Apud Las Casas, 2004, p.17) define como “o
processo de compra de produtos em quantidade relativamente grande dos produtores
atacadistas e outros fornecedores ed posterior venda em quantidades menores ao
consumidor final”.
No entanto, uma das mais citadas é a da American Marketing Association, que define
varejo “como uma unidade de negócio que compra mercadorias de fabricantes, atacadistas
e outros distribuidores e vende diretamente a consumidores finais e eventualmente aos
outros consumidores.
Já Levy e Weitz (2000), diz que “um varejista é um negociante que vende produtos e
serviços de uso pessoal ou familiar aos consumidores. Um varejista é o último negociante
de um canal de distribuição que liga fabricantes e consumidores”.
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Quadro 1
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Além dessas preocupações, o gestor precisa substituir o impulso de gastar pelo gesto de
investir no próprio negócio, naquilo que garanta retorno para o crescimento da galinha dos
ovos de ouro, que é “a empresa”.
O uso de indicadores é a maneira mais racional de comunicar aos colaboradores o que você
quer e avaliar o desempenho operacional e financeiro, como mostra a figura 2.
Figura 2 Indicadores Operacionais e Financeiros
Indicadores de Indicadores de
desempenho desempenho
operacional financeiro
E para que o gestor possa conhecer a empresa e seus respectivos processos, ele precisa ter
uma visão sistêmica da farmácia e/ou drogaria, conforme mostra a figura 3.
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Finanças
Sistema de Apoio
Suporte de informações (informações gerenciais etc)
Profissionais capacitados
Para que se tenha uma maior probabilidade de fazer uma boa compra é preciso:
- Conhecer o mercado fornecedor, para que se possa saber a quem recorrer a cada
necessidade que se apresentar.
- Conhecer o mercado consumidor para que se possa prever, com maior precisão possível, o
que se irá vender num determinado período.
- Estar atualizado, acompanhando sempre os novos lançamentos.
- Ser cauteloso quando surgirem certas oportunidades de caixa.
- Conhecer e gerenciar os estoques, utilizando os dados e análises para estabelecer o que,
quanto e quando deve ser comprado.
Estoque mínimo de um produto é a menor quantidade desse produto que deve existir em
estoque, em um determinado período, para atender às vendas até a chegada do novo
produto.
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Fórmula de cálculo:
Estoque máximo é a quantidade máxima que se deve manter em estoque, de acordo com a
política de estoque estabelecida para fazer face ás necessidades de venda num dado
período.
Fórmula de cálculo:
Lote de Compra é a quantidade a ser comprada quando o nível de estoque atingir o mínimo
estabelecido como ideal para aquele produto.
Fórmula de cálculo:
TÉCNICA ABC
É uma ferramenta auxiliar de produtividade, ela permite dedicar mais recursos ao que é
mais relevante e de maior impacto sob quaisquer aspectos, ou onde a situação exija.
Obtém-se a Curva ABC, através da ordenação dos itens, podendo as classes desta ser
definidas da seguinte maneira:
Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com atenção especial.
Classe B: grupo de itens em situação intermediária. São menos representativos, com uma
participação em valor menor que os da classe A, em relação ao faturamento total. Mais em
quantidade física podem ser superior aos itens da classe A.
Classe C: grupo de itens pouco importantes que demandam menos atenção do que os itens
da classe B. Em número de itens, podem ser elevados, mas com menos representatividade
no faturamento.
Grupo D, E.....
Operação de loja
- Ter uma equipe tecnicamente preparada que domine os processos envolvidos na área (ex:
processo de exposição de mercadorias na gôndola, de etiquetagem e de reposição.
- Garantir a padronização das operações através de um Manual de Procedimentos.
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- Ter uma equipe informada, integrada e estimulada para a realização das operações de loja.
- Manter o controle de qualidade dos processos através de indicadores (ex: registros de
ocorrências de problemas, índice de faltas, índice de perdas etc..)
- Manter a constância de propósitos, ou seja, a atitude da gerência nos processos
estabelecidos.
Vendas e Marketing
- Tratar a área de serviços ao cliente como estratégia para a empresa. (Ex. telemarketing,
0800 para informações ao consumidor etc.);
- Prever, com infra-estrutura adequada, os serviços oferecidos.
- Estabelecer e gerenciar os índices de qualidade dos serviços prestados (reclamações dos
clientes, tempo de entrega em domicílio etc.).
- Manter uma atitude inovadora sobre novas oportunidades de serviços a serem oferecidos.
- Implantar uma rotina de pós-venda.
Sistema de Informação
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- Confiabilidade
- Tempestividade
- Compreensibilidade
- Comparabilidade
A área financeira é aquela área preocupada com o caixa da empresa, ao longo do tempo.
Ela tem que prover recursos para pagamento aos fornecedores, investir as sobras de caixa,
fruto dos recebimentos dos clientes, ter uma visão do futuro, de modo a se preparar para o
que deverá acontecer, num quadro mais provável, avaliando as futuras entradas e saídas de
recursos da empresa, preparando-se para enfrentar eventuais surpresas. Diante disso,
podemos definir a gestão financeira como o processo de obtenção e aplicação de recursos
financeiros que possibilitem à empresa atingir e manter o seu nível de atividade desejada.
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Para Roos, Westerfiled & Jaffe (1995) “o planejamento financeiro estabelece diretrizes de
mudança na empresa. Essas diretrizes devem incluir (1) a identificação das metas
financeiras da empresa, (2) uma análise das diferenças entre essas metas e a situação
financeira corrente da empresa, e (3) um enunciado das ações necessárias para que a
empresa atinja suas metas financeiras”. Em outras palavras, o planejamento financeiro é um
processo que, na melhor das hipóteses, ajuda a empresa a evitar tropeçar no seu futuro
andando para trás.
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1- Metas da
organização
3 – Plano de
investimentos
2- Plano de
vendas
4- Política 6 – Plano de
de estoques 5 – Plano de capacidade
produção produtiva
8- Plano de
mão-de-obra e
recursos
humanos 9 – Plano de
7- Plano de gastos
consumo/compra operacionais
de matéria-prima
10 –
Resultado
financeiro
esperado
11- 12 – Balanço
Demonstrati e lucros e
vo de fluxo perdas
de caixa projetados
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O planejamento financeiro de curto prazo começa com a previsão de vendas. A partir daí
são formulados planos de produção que levam em conta os tempos necessários para a
preparação de equipamentos e incluem estimativas das matérias primas exigidas. Com base
nos planos de produção, a empresa pode estimar as necessidades de mão-de-obra, os gastos
gerais de produção e as despesas operacionais. Uma vez feitas essas estimativas, torna-se
possível preparar a demonstração projetada de resultado e o orçamento de caixa da
empresa. Com esses elementos básicos (demonstração projetada de resultado, orçamento de
caixa, planos de gastos com ativos permanentes, planos de financiamento de longo prazo e
balanço patrimonial do período corrente) pode-se finalmente confeccionar o balanço
patrimonial projetado.
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Os planos financeiros (operacionais) a curto prazo são ações planejadas para um período
curto (de um a dois anos) acompanhadas da previsão de seus reflexos financeiros. Os
principais insumos incluem a previsão de vendas de vendas e várias formas de dados
operacionais e financeiros; os resultados mais importantes incluem inúmeros orçamentos
operacionais, o orçamento de caixa e demonstrações financeiras projetadas. O Fluxograma
na figura 6 apresenta o processo de planejamento financeiro a curto prazo, desde a previsão
inicial de vendas passando pelo desenvolvimento do orçamento de caixa, e indo até a
elaboração da demonstração do resultado e do balanço patrimonial projetados.
A partir das previsões de vendas são desenvolvidos planos de produção que consideram
tanto o tempo necessário para converter a matéria-prima em produto acabado (lead time),
como os tipos e quantidades de matérias-primas exigidas. Com base nesses planos, a
empresa pode ainda estimar as necessidades de mão-de-obra direta, as despesas gerais de
fábrica e as despesas operacionais. Tendo preparado essas estimativas, com os insumos
básicos da demonstração do resultado projetado, o orçamento de caixa, patrimonial do
período corrente, o balanço projetado da empresa pode ser finalmente desenvolvido.
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Planos de Plano de
produção financiamento
a longo prazo
Balanço
patrimonial
do período
corrente Balanço
patrimonial
projetado
Existem vários métodos pára estimar as necessidades financeiras de uma empresa. Embora
nenhum deles possa prever as necessidades futuras com precisão, um administrador
financeiro deve usar algum método para estimar, aproximadamente, com antecedência de
pelo menos um ano, o montante de caixa necessário. Os métodos básicos para esse
propósito são discutidos a seguir.
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mudanças nas vendas afetam o montante de ativos a serem mantidos por uma empresa. Por
definição um ativo que muda como resultado de um aumento ou queda nas vendas é
chamado de ativo espontâneo. Em outras palavras, as vendas esperadas e os vários tipos de
ativo. Por exemplo, se a expectativa for de aumento nas vendas, a companhia precisará de
mais caixa e de estoques de mercadorias, devendo esperar um maior acúmulo das contas a
receber. Por outro lado, se a expectativa é uma queda nas vendas, os níveis de estoques
devem ser reduzidos. As vendas também determinam os níveis dos passivos ou das dívidas
que uma empresa mantém. Quando as vendas sobem, a empresa aumenta seus passivos
negociáveis e toma mais dinheiro emprestado para comprar mercadorias e matérias-primas
para assegurar que o nível de estoques seja suficiente. As contas a pagar e as dívidas de
curto e de longo prazo tendem, então, a crescer, possibilitando á empresa adquirir mais
ativos e expandir as operações.
Ex. Fórmula
Ativo Dívida
-------------- x ∆ Vendas - --------------- x ∆ Vendas – (P x Vendas projetadas)
Vendas Vendas
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usadas provavelmente serão as mesmas que esses itens atingiram no ano imediatamente
anterior. Tais percentagens são as seguintes:
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Outro exemplo: Problema: O índice histórico dos ativos que variam espontaneamente com
as vendas é de 70% para a empresa ABC. O índice para os passivos é de 30%. O aumento
esperado nas vendas é de $ 200.000 para o próximo ano. A empresa, historicamente, tem
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mantido 3% de suas vendas como lucro líquido. Supondo que as vendas esperadas sejam de
$ 1.000.000, preveja o montante de financiamento externo necessário para o próximo ano.
Portanto, a empresa ABC precisa conseguir $ 50.000 por meio de financiamento externo se
pretende aumentar as vendas em $ 200.000, como consideramos neste caso. Sem esse
financiamento externo, a companhia não será capaz de comprar mais estoque, adquirir
outros ativos e atingir sua meta de vendas.
Previsão de Vendas
O insumo básico a qualquer Orçamento de Caixa é a Previsão de Vendas, normalmente
fornecida ao administrador financeiro pelo departamento de mercadologia. Com base nessa
previsão, o administrador financeiro estimará os fluxos de caixa mensais, resultantes da
projeção dos recebimentos de vendas e gastos relacionados com a produção e estoques.
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Agentes
Regulador
Concorren
tes
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Agentes
Regulad Agentes
ores Reguladores
Concor-
rentes Concorrentes
Momento 1 Momento 2
4 – As novas tecnologias mudam a forma como seu setor faz negócios a cada:
( ) 1 ano ( ) 5 anos ( ) 10 anos
8 – Existe um grande mercado não explorado do qual o seu setor pode tirar proveito
( ) sim ( ) talvez ( ) não
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9 – Seu setor oferece uma seleção de recursos e opções em suas linhas de produtos:
( ) extensa ( ) média ( ) limitada
11 – Os clientes podem encontrar outras alternativas para ocupar o lugar dos produtos de
seu setor:
( ) com facilidade ( ) com dificuldade ( ) não
Previsões externas: Uma previsão externa é baseada nas relações que podem ser observadas
entre as vendas da empresa e certos indicadores econômicos, como o PNB e a renda per
capita. Geralmente, existem previsões desses indicadores, a partir dos quais a empresa
poderá estimar seu nível futuro de vendas. Esta abordagem se justifica, pois uma previsão
das atividades econômicas permitiria uma estimativa das futuras vendas da empresa, uma
vez que estas estão intimamente relacionadas com alguns aspectos das atividades
econômicas.
As empresas geralmente usam dados de previsão externa e interna para compor a previsão
final de vendas. Os dados de previsão interna propiciam uma visão clara das expectativas
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de vendas, enquanto os dados de previsão externa fornecem uma maneira de ajustar estas
expectativas, levando em consideração fatores econômicos gerais. Muitas empresas que
vendem bens de primeira necessidade não são muito afetadas por fatores econômicos, ao
passo que as vendas de outras empresas são muito afetadas pelas mudanças na atividade
econômica. Muitas vezes, a natureza do produto afeta a escolha dos métodos de previsão
que deverão ser usados constantemente.
Esse método de projeção de fluxo de caixa é muito popular na prática. Entretanto, o fluxo
de caixa estimado só é confiável se os recebimentos e os pagamentos forem corretamente
estimados. Os recebimentos de caixa resultam, principalmente das vendas à vista, cobrança
de contas a receber, etc. Os principais componentes dos pagamentos de caixa são: compras
à vista, pagamentos de contas a pagar, salários, impostos, encargos financeiros, aluguel,
seguros entre outros.
Recebimentos: Os recebimentos incluem todos os itens, a partir dos quais temos as entrada
de caixa em qualquer mês. Os componentes mais comuns dos recebimentos são vendas á
vista, cobrança de vendas a crédito e outros recebimentos.
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Tabela 5
Ago Set Out Nov Dez
Previsão de Vendas (R$) 100 200 400 300 200
Vendas à vista (20%) (R$) 20 40 80 60 40
Cobranças:
Após um mês (50%) (R$) 50 100 200 150
Após dois meses (30%) (R$) 30 60 120
Outros recebimentos 30
Total dos recebimentos 210 320 340
Total dos recebimentos: Estes números representam a totalidade dos recebimentos listados
para cada mês na programação de recebimentos
Tabela 6
Ago Set Out Nov Dez
Compras (70% x Vendas) (R$) 70 140 280 210 140
Compras à vista (10%) (R$) 7 14 28 21 14
Pagamentos:
Um mês depois (70%) (R$) 49 98 196 147
Dois meses depois (20%) (R$) 14 28 56
Dividendo em dinheiro (R$) 20
Aluguéis (R$) 5 5 5
Ordenados e salários (R$) 48 38 28
Pagamentos de Impostos (R$) 25
Aumento de capital (R$) 130
Pagamento de juros (R$) 10
Pagamento ao fundo de 20
amortização (R$)
Total de pagamentos (R$) 213 418 305
Compras: Este item é meramente notacional. Os valores representam 70% das vendas
previstas para cada mês. Eles foram incluídos em cima do quadro para facilitar o cálculo de
compras à vista e pagamentos relacionados.
A tabela 7 – apresenta o Orçamento de Caixa da Companhia ABC, com base nos dados de
recebimentos e pagamentos já desenvolvidos para a empresa. O saldo de caixa da ABC em
fins de setembro era de R$ 50.000,00 e ela deseja manter um saldo mínimo de caixa de R$
25.000,00.
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Para manter o saldo final de caixa exigido de R$ 25.000,00, a Companhia ABC precisará
ter tomado R$ 76.000,00 em novembro e R$ 41.000,00 em dezembro. Os valores de
financiamento no Orçamento de Caixa referem-se “quanto deverá no fim do mês”; não
mostram o empréstimo adicional necessário durante o mês. Para esclarecer o significado
desses valores de financiamento, a Tabela 8 apresenta uma forma diferente de se avaliar o
financiamento necessário.
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mais prováveis, que podem ser esperados. Uma avaliação desses fluxos finais de caixa lhe
permitirá determinar o montante de financiamento necessário para cobrir a situação mais
adversa. O uso de inúmeros Orçamentos de Caixa, cada um baseado em suposições
diferentes, deve também possibilitar ao administrador financeiro uma percepção do risco
das alternativas, de modo que tome decisões financeiras a curto prazo.
Lembre-se, os três métodos básicos para estimar as necessidades futuras de caixa são o
método de porcentagem das vendas, o método de orçamento de caixa e o método de giro de
caixa.
Quadro 2
Eventos Decisões
1 – Compra de matéria-prima 1 – Quanto deve ser encomendado para
estoque?
2 – Pagamento a vista 2 – Tomar emprestado ou usar o saldo de
caixa?
3- Fabricação do produto 3 – Que alternativa de tecnologia de
produção se deve utilizar?
4 – Venda do produto 4 – Deve ser concedido crédito a certo
cliente?
5 - Cobrança 5 – Como cobrar?
Essas atividades geram séries de entradas e saídas de caixa. Tais fluxos de caixa não são
sincronizados, e são incertos. Não são sincronizados porque, por exemplo, o pagamento de
compras de matérias-primas não ocorre ao mesmo tempo em que ocorre o recebimento pela
venda do produto. São incertos porque as vendas e os custos futuros não podem ser
previstos com exatidão.
Podemos começar com um caso simples. Certo dia, que chamaremos de dia 0, você adquire
mercadorias a prazo no valor de R$ 1.000. A conta é paga 30 dias mais tarde, e, após mais
de 30 dias, alguém compra essas mercadorias por $ 1.400. Seu comprador só paga depois
de passados mais de 45 dias. Podemos resumir esses eventos cronologicamente da seguinte
maneira, conforme quadro 9:
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Quadro 9
Dia Atividade Efeito sobre o caixa
0 Compra de mercadorias Nenhum
30 Pagamento da compra - $ 1.000
60 Venda da mercadoria a
prazo Nenhum
105 Recebimento da Venda + $ 1.400
Ciclo Operacional
Existem diversas coisas que devem ser observadas em nosso exemplo. Em primeiro lugar, o
ciclo completo, desde o momento da compra da mercadoria até o momento do recebimento
de caixa, leva 105 dias. Esse período é denominado ciclo operacional.
Conforme ilustramos, o ciclo operacional é o período que vai desde a compra da
mercadoria, até sua venda e o recebimento dessa venda. Esse ciclo tem dois componentes
distintos. A primeira parte é o tempo que se leva para comprar e vender a mercadoria. Tal
período, 60 dias em nosso exemplo, é denominado período de estoque, que pode ser
calculado da seguinte forma:
Custo da mercadoria vendida
IRE = --------------------------------------------
Estoque
360
PME = ----------------
IRE
Ou
Estoque X 360
PME = -----------------------------------------------
Custo da mercadoria vendida
A segunda parte é o tempo necessário para receber a venda, 45 dias em nosso exemplo.
Esse período é denominado período de contas a receber, que pode ser calculado da
seguinte forma:
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Com base em nossas definições, o ciclo operacional é a soma dos períodos de estoque e
contas a receber:
O ciclo operacional descreve como o produto se move entre as contas de ativo circulante.
Sua vida começa como estoque, é convertida em contas a receber ao ser vendida e
finalmente em caixa quando as vendas são pagas. Observe que, a cada etapa, o ativo está-se
movendo para mais perto do caixa.
Ciclo de Caixa
O Ciclo de caixa de uma empresa é definido como o período de tempo que vai do ponto em
que a empresa faz um desembolso para adquirir matérias-primas, até o ponto em que é
recebido o dinheiro da venda do produto acabado, feito com aquela matéria-prima.
A segunda coisa a ser observada é que os fluxos de caixa e outros eventos não são
sincronizados. Por exemplo, não pagamos pelos estoques se não 30 dias após adquiri-los.
Esse prazo de 30 dias é denominado período de contas a pagar. A seguir, gastamos
dinheiro no dia 30, mas não recebemos até o dia 105. De algum modo, precisamos financiar
$ 1.000 por 105 – 30 = 75 dias. Esse período é o ciclo de caixa.
O ciclo de caixa, portanto, é o número de dias transcorridos até recebermos o valor de uma
venda, medido desde o momento em que pagamentos pelo estoque adquirido. Note que,
com base em nossas definições, o ciclo de caixa é a diferença entre o ciclo operacional e o
período de contas a pagar:
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Para começar, precisamos determinar diversas coisas, tais como o prazo médio de cobrança
produtos estocados e o prazo médio de cobrança de uma venda. Inicialmente, coletamos
alguns dados de balanço, como os seguintes (em milhares), conforme tabela 10:
Tabela 10
Item Valor Inicial Valor Final Média
Estoque $ 2.000 $ 3.000 $ 2.500
Contas a Receber 1.600 2.000 1.800
Contas a Pagar 750 1.000 875
Nosso exemplo mostra que o ciclo de caixa depende dos períodos de estoque, contas a
receber e contas a pagar. O ciclo de caixa aumenta à medida que os períodos de estoque e
contas a receber tornam-se mais longos. Diminui à medida que a empresa é capaz de adiar
pagamentos e, portanto, aumentar o período de contas a pagar.
O vinculo entre o ciclo de caixa de uma empresa e sua rentabilidade pode ser facilmente
visualizado recordando-se de que um dos fatores determinantes básicos da rentabilidade e
do crescimento de uma empresa é o giro do ativo total, dividido pelo quociente entre
vendas e ativo total.
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O termo giro de caixa refere-se ao número de vezes por ano que a caixa da empresa
realmente se reveza.
No método de giro de caixa, determina-se à quantia mínima de caixa necessária para uma
empresa manter suas operações, por meio da seguinte equação:
Essa equação supõe que não existam variações significativas nos dispêndios operacionais
de um período para outro. Os dispêndios operacionais anuais são definidos aqui como as
despesas operacionais anuais.
Ex.: Suponha que o giro de caixa de uma empresa seja de 8,37 vezes. Supondo dispêndio
anuais de R$ 600.000, determine o caixa mínimo necessário para a empresa.
R$ 600.000
Caixa mínimo necessário = -------------------- = 71.684,59
8,37
Portanto, a empresa deve manter um saldo mínimo de caixa de R$ 71.684,59 durante ciclo
de caixa para manter a sua liquidez. Com um saldo abaixo de R$ 71.684,59, a empresa
enfrentará uma insuficiência de caixa que, possivelmente, a levará à falência. Por outro
lado, manter um saldo significativamente acima do nível de R$ 71.684,59 seria dispendioso
para a empresa. Já que seria pagos juros sobre os fundos emprestados. Note que esse
método é recomendado somente se o fluxo de fundos for mantido num nível uniforme e
constante.
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Despesas são os gatos necessários para a manutenção da atividade da empresa, mas que não
são de produção de produtos e prestação de serviços. São gastos relativos às atividades tais
como comercial, financeira e da administração.
Custos Diretos: Custos diretos são os custos que podem ser fisicamente identificados para
um segmento particular sob consideração. Assim, se o que está sob consideração é uma
linha de produtos, os materiais e a mão-de-obra envolvidos na sua manufatura são ambos
custos diretos.
Dessa forma, relacionando-os com os produtos finais, os custos diretos são os gastos
industriais que podem ser alocados direta e objetivamente aos produtos. Podem ser fixos ou
variáveis.
Custos indiretos: são os gastos industriais que não podem ser alocados de forma direta ou
objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e, caso sejam
atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, será por meio de critérios de
distribuição (rateio, alocação e apropriação são outros termos utilizados). São também
denominados custos comuns. Podem ser fixos ou variáveis.
Custos fixos: São Custos Fixos quando o seu valor permanece praticamente inalterado, ou
seja, quando independe do volume de produtos ou serviços produzidos. São exemplos:
salários, aluguel etc.
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custos fixos. De um modo geral, são custos e despesas necessários para manter um nível
mínimo de atividade operacional, por isso são também denominados custos de capacidade.
Apesar de serem conceitualmente fixos, tais custos podem aumentar ou diminuir em função
da capacidade ou do intervalo de produção. Assim, os custos são fixos dentro de um
intervalo relevante de produção ou venda, e podem variar se os aumentos ou diminuições
de volume forem significativos.
Custos variáveis: São assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades
monetárias varia na proporção direta das variações do nível de atividades. É importante
salientar que a variabilidade de um custo existe em relação a um denominador específico.
Dessa forma, é importante ressaltar a diferença entre custo variável e o custo direto.
Denominamos ainda, Custos Variáveis como os gastos que variam com o volume de
produção ou serviços de venda. São exemplos: matéria-prima empregada, serviços de
beneficiamento, embalagem etc.
A margem de contribuição é a diferença entre o que foi recebido (100%) e a soma das
despesas com os custos variáveis. Está é a única parcela “disponível”, mas seu uso
prioritário é pagar os Custos Fixos.
De acordo com Padoveze (2005), a margem de contribuição é a margem bruta obtida pela
venda de um produto ou serviço que excede seus custos variáveis unitários. Em outras
palavras, a margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário, ou seja, o
preço de venda unitário do produto deduzido dos custos e despesas variáveis para produzir
e vender o produto.
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LISTA NEGATIVA
LISTA POSITIVA
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LISTA NEUTRA
Ponto de equilíbrio é aquele que representa o montante de vendas em que o lucro é igual à
soma das despesas fixas com as variáveis. Por tanto para se chegar ao ponto de equilíbrio, é
necessário que se saiba distinguir quais são os custos fixas e variáveis.
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Ex.: Para efeito dos cálculos da tabela 10 foram utilizados os seguintes dados:
PMC 15 15 15 15
Desconto dados ao consumidor 0 0,75 1,5 2,25
Simples Nacional (4%) (até $ 0,60 0,57 0,54 0,51
120.000,00)
CPMF 0,06 0,05 0,05 0,05
PIS/COFINS (Bi tributação) 0,55 0,55 0,55 0,55
Total com deduções (PV Líquido) 13,79 13,08 12,36 11,64
Custo da Mercadoria do fornecedor 10,15 10,15 10,15 10,15
(c/10% desc.)
Margem de Contribuição 3,64 2,93 2,21 1,49
Despesas
C. Fixos 3.000 3.000 3.000 3.000
C. Fixos / M. Contribuição 3,64 2,93 2,21 1,49
= Unidades a vender 824,18 1.023,89 1.357,47 2.013,42
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Ex.
Ponto de equilíbrio = $ 15.987,77
Receita Operacional = $ 38.000,00
Número de Clientes dia = 106 (por clientes entende-se registros, Cupom Fiscal ou Notas
Fiscais (Nº de clientes no mês 3.180))
Custos Fixos = $ 3.229,53
Custos Variáveis = $ 30.324,00
Margem de Contribuição = 20,20%
Se a venda por cliente for constante, quantos clientes são necessários para que se atinja:
Como a venda por cliente é constante e igual a $ 38.000,00 : (106 x 30) = 11,95 , o ponto
de equilíbrio em número de clientes seria por dia:
$ 15.987,77
Número de clientes/dia = --------------------------= 44,6 clientes/dia
$ 11,95 X 30
$ 15.987,77
P.E. = -------------------------- = $ 5,03
(106 X 30)
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Ex.:
Tabela 14
Receita de venda (a) $ 1,00 100,00%
Despesas variáveis + $ 0,84 84,00%
custos variáveis (b)
Margem de contribuição (c) $ 0,16 16,00%
= (a – b)
Custos Fixos + despesas $ 4.000,00
fixas
Se para cada $ 1,00 de receita sobram $ 0,16, qual deve ser a receita de vendas para que a
sobra seja suficiente para pagar o custo fixo?
$ 4.000,00
P.E .=--------------------------- = $ 25.000,00
0,16000
$ 25.000,00 é o valor que esta empresa precisa faturar para pagar seus custos fixos, ou seja,
tudo que entrar como receita acima deste valor será considerado lucro.
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Para Bulgagov (1.999, p.244) “a gestão financeira de curto prazo, conhecida com
administração de capital de giro, ocupa-se das decisões que afetam o ativo e o passivo
circulantes (até 360 dias)”.
Pelos conceitos acima citados, verifica-se que a administração do capital de giro está
fundamentada no gerenciamento dos ativos e passivos circulantes. Portanto, gerenciamento
das disponibilidades (caixa e aplicações de curto prazo), contas a receber e estoques que
são componentes do ativo e também fornecedores, salários, encargos e empréstimos de
curto prazo que compõem o passivo circulante da empresa.
Para Longenecker, Moore e Petty (1997, p.248) alguns passivos circulantes são chamados
de fontes espontâneas, tais como as contas a pagar, isto “porque aumentam como
conseqüência natural do aumento das vendas”, de forma que à medida que as vendas
aumentam, compra-se mais estoques e as contas a pagar aumentam. Para Braga (1989,
p.89), outras fontes espontâneas são salários a pagar, encargos sociais e impostos a recolher
que também se originam das atividades operacionais da empresa.
Para Ross, Westerfield e Jordan (1998, p.336), “não há definição universalmente aceita de
finanças a curto prazo”. A mais importante diferença entre curto e longo prazo é a
distribuição dos fluxos de caixa no tempo. “As decisões financeiras a curto prazo
tipicamente envolvem entradas e saídas de caixa que ocorrem no prazo de um ano ou
menos”.
A administração financeira de curto prazo ou gestão financeira de curto prazo refere-se aos
itens do ativo e do passivo circulantes. Recebe também o nome de administração do capital
de giro porque suas contas estão sempre girando, isto é, são recebidas e pagas em curto
período de tempo e estão constantemente sendo renovadas.
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Segundo o Instituto de Estudos financeiros – IEF (2000, p.1), o capital de giro representa,
em média 30 a 40% do total dos ativos de uma empresa. Apesar de sua menor participação
no total de ativos da empresa, o capital de giro exige um grande esforço do administrador
financeiro, uma vez que precisa de acompanhamento permanente por estar constantemente
se renovando. Segundo Weston e Brighan (2000, p.378), cerca de 60% do tempo do
administrador financeiro são gastos com administração do curto prazo, daí a relevância
dada ao capital de giro e a importância do seu gerenciamento.
A importância do capital de giro, reside no fato de que uma empresa precisa manter um
nível satisfatório de capital de giro, seus ativos circulantes devem ser suficientes para cobrir
seus passivos circulantes de tal forma que garanta uma margem de segurança. Portanto, sua
administração envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas
principalmente, para a preservação da liquidez da empresa. Essas decisões afetam o ativo e
o passivo circulantes, envolvendo investimentos em ativos circulantes e a necessidade de
capital de giro no período de até um ano. Este período representa o curto prazo para a
maioria das empresas, visto que a manutenção de determinado volume de recursos aplicado
no capital de giro visa, fundamentalmente, à sustentação da atividade operacional da
empresa.
Muitas vezes nas pequenas empresas ocorrem falhas na administração do capital de giro,
tais como:
A existência de falhas como estas acima descritas, pode comprometer o capital de giro da
empresa, em virtude principalmente do descompasso entre recebimento e pagamentos e
planos de expansão sem devido planejamento.
Segundo Assaf Neto e Silva (1997, p.14), a administração do capital de giro “constitui-se
em outras palavras, num conjunto de regras que tem por objetivo a preservação da saúde
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A partir disso, fica evidente que o objetivo da administração do capital de giro é monitorar
a liquidez, estabelecer estratégias de ação relacionadas ao controle de estoque, às políticas
de crédito e de cobrança, ao financiamento dos ativos e expansão do negócio, visando a
lucratividade e o crescimento da empresa.
O conceito de capital de giro de acordo com Martins e Assaf Neto (1989, p.276), costuma
apresentar diferentes interpretações, que dependem dos critérios do estudo desenvolvido,
“capital de giro (ou capital circulante) identifica os recursos que giram (ou circulam) várias
vezes em determinado período. Ou seja, corresponde a uma parcela de capital aplicada pela
empresa em seu ciclo operacional, caracteristicamente de curto prazo, a qual assume
diferentes formas ao longo de seu processo produtivo e de venda.
Pelo conceito verifica-se que o valor total dos recursos que a empresa necessita para
financiar seu ciclo operacional é representado pelo capital de giro.
Segundo Assaf Neto e Silva (1997, p.15), a administração do capital de giro “diz respeito à
administração das contas dos elementos de giro, ou seja, dos ativos e passivos correntes
(circulantes) e as inter-relações existentes entre eles”. Com essa afirmação os autores se
referem à estreita relação entre os componentes do ativo e passivo circulantes e as relações
existentes entre eles. A ocorrência de qualquer alteração num componente é acompanhado
de mudança em outro, formando um fluxo contínuo de recursos com curta duração.
Para Bulgacov (1999, p.247), “capital circulante líquido (capital de giro) é a margem de
segurança que a empresa tem contra qualquer mudança em relação às expectativas de
transformação de seus ativos em caixa”.
Com esse conceito o autor considera capital de giro os recursos que a empresa deve ter para
saldar suas dívidas de curto prazo, mesmo que ocorram problemas originados por previsões
que não se consolidaram, tais como: atrasos ou não recebimentos pelas vendas realizadas,
diminuição de vendas e dificuldades em baixar o nível de estoques.
O capital de giro liquido (CGL) ou capital circulante liquido (CCL) representa pela
interpretação mais usual a diferença entre os valores do ativo circulante e os valores do
passivo. Os conceitos de capital de giro líquido podem ser obtidos através das duas formas
a seguir.
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Por definição, capital circulante liquido é o montante de dinheiro que sobra após os
passivos circulantes serem subtraídos dos ativos circulantes.
Portanto, segundo Groppelli & Nikbakht (2006), o capital circulante líquido pode também
ser pensado como parcela dos ativos circulantes que deve ser financiada por meio do
exigível a longo prazo ou do patrimônio líquido.
Por outro lado, um CCL negativo indica que o volume de recursos aplicados no ativo
permanente é financiado por dívidas de curto prazo, como mostramos a seguir:
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Onde:
Supõe-se que quanto maior o CCL, menor será o risco de insolvência da empresa. No
entanto, a composição do ativo, deve ser analisada, pois, caso a participação de estoques
seja elevada ou com ciclos muito longos, pode-se chegar a uma folga financeira aparente
que na realidade não significa margem de segurança de recursos, uma vez que estoques
representam itens do ativo com menor disponibilidade.
Outro aspecto para análise do CCL, refere-se às defasagens de fluxos de caixa, devido ao
descompasso entre vencimentos de contas a receber e a pagar, onde a folga financeira
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também poderá ser aparente, visto que as obrigações a serem liquidadas vencem antes do
recebimento das contas a receber, demandando empréstimos para suprir essa defasagem de
fluxo de caixa.
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Disponibilidades
Estoques
Recebíveis de MP
À vista
A prazo
Produção
Vendas
Estoques de
Produtos
Acabados
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A análise clássica do capital de giro baseia-se no cálculo de sua forma líquida, ou seja, do
CGL ou CCL (Capital de Giro Líquido ou Capital Circulante Liquido). O CGL nada mais é
que a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. O CGL demonstra o valor
das fontes de financiamento de longo prazo, utilizadas no financiamento do capital de giro.
CGL = AC – PC
A administração deve estar ciente dos níveis mínimo e máximos esperados dos ativos
circulantes em cada ano. O nível mínimo pode ser visto como parte permanente do ativo
circulante, enquanto a diferença entre os níveis mínimo e máximo é chamada de porção
sazonal. Por exemplo, se o nível mais alto dos ativos circulantes de janeiro a dezembro for
$ 50.000 e o nível mais baixo $ 30.000, por definição, a parte sazonal do ativo circulante é
$ 20.000 ($ 50.000 -$ 30.000). Esses números são de grande importância nas decisões
financeiras. Já que a porção fixa do ativo circulante permanece na contabilidade por um
período de tempo relativamente longo, ela deve ser financiada como o ativo imobilizado,
por meio de exigível a longo prazo ou patrimônio líquido. Por outro lado, a necessidade
sazonal de $ 20.000 pode ser financiada como um empréstimo de curto prazo.
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Solução: para resolver esse problema, vamos dividir o financiamento total em duas
porções: financiamento permanente e financiamento sazonal. A porção permanente é o
nível mínimo dos ativos circulantes acrescido dos ativos fixos. A porção sazonal é o
montante dos ativos circulantes que excede o nível mínimo. As equações seguintes ajudam
a ilustrar essas relações:
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Lembre-se que numa abordagem conservadora para financiar o capital de giro, os ativos
fixos, o nível mínimo de ativos circulantes e uma parcela das necessidades sazonais são
inteiramente financiados pelo exigível a longo prazo e pelo patrimônio liquido. Numa
abordagem conservadora, o patrimônio líquido e o exigível a longo prazo são usados para
cobrir os ativos fixos e o nível mínimo dos ativos circulantes. Numa abordagem agressiva,
os ativos e apenas uma parte do nível mínimo dos ativos circulantes são financiados por
fontes de longo prazo; o restante é obtido por meio de fundos de curto prazo.
Muitas das vendas de uma empresa são realizadas a prazo gerando, em contrapartida,
recebíveis (duplicatas e notas promissórias, por exemplo). É claro que as vendas a prazo
nada mais são que as à vista, às quais se acrescentou um custo de financiamento.
Se a venda é efetuada à vista, o resultado é apurado por regime de caixa. Porém, se a venda
é a prazo, apurou-se receita antes que o fluxo financeiro ocorresse sem a certeza de que
essas vendas serão recebidas.
As contas a receber são parecidas com empréstimos sem juros aos clientes, porque os
vendedores devem pagar despesas de juros enquanto seu capital estiver empatado nas
contas a receber. Antes da decisão de reduzir os padrões de crédito, deve-se comparar o
custo de contas a receber adicionais e os benefícios pelo aumento das vendas. Se o
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resultado dessa análise de custo/benefício for um lucro líquido, a empresa deve relaxar os
padrões de crédito.
Os benefícios da elevação dos padrões de crédito são a redução das dividas incobráveis e
dos custos de financiamento das contas a receber; o custo é a redução dos lucros sobre as
vendas.
Política de Crédito
Fundamental para as vendas da empresa, já que a maior parte delas é efetuada a prazo.
Os estoques de mercadorias para revenda representam a base das operações das empresas
comerciais. Dessa forma, os estoques constituem uma parte importante do capital de giro ,
haja vista que a busca do equilíbrio entre aspectos operacionais e financeiro representa uma
necessidade constante de controle, devido à oferta e à demanda do dia-a-dia da empresa.
Para pequenas empresas que trabalham com recursos escassos, torna-se imprescindível a
administração de seus estoques, visando à minimização dos custos e dos níveis de estoques,
liberando fundos para uso em outras aplicações.
Para Longencker, Moore e Petty (1997, p. 572), algumas pequenas empresas tendem a
comprar estoques em excesso, em virtude de previsões de demanda puco realistas ou pela
personalização do relacionamento empresa-cliente que poderá motivas o estoque de tudo o
que os clientes desejam. A administração inadequada e sem controle pode resultar em
aumento de custos e perda de recursos para a pequena empresa.
Os estoques às vezes podem demorar certo tempo para se tornar caixa. Créditos mal
concedidos, cobrança ineficiente ou dificuldades conjunturais também podem fazer com
que as contas a receber demorem mais que o esperado para se tornarem caixa. A
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O nível do estoque deve ser aumentado se os benefícios forem maiores que os custos para
manter estoques adicionais.
É desejável a manutenção de estoques mínimos, tendo em vista seus custos, que podem ser
enumerados:
1- Perda de vendas;
2- Perda de clientes;
3- Atrasos da produção e ociosidade.
Para tanto existem várias técnicas para administrar estoques, porém, apresentaremos
algumas mais comumente utilizadas, tais como curva ABC, lote econômico, Just-in-time,
estoque físico e sistemas computadorizados, para Longenecker, Moore e Petty (1997, p.
506) “as pequenas empresas devem enfatizar a simplicidade dos métodos de controle” para
os autores, um controle muito rigoroso pode tornar-se desnecessário e oneroso.
Os estoques de uma empresa são constituídos por diferentes itens, cada um representando
um tipo específico de material, produto ou mercadoria para revenda. No estoque cada item
é formado por determinada quantidade de bens homogêneos que são agrupados, visando
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Itens A – pequeno número de itens que demandam alta participação no valor total dos
estoques. Em geral traz sérias conseqüências se ocorrer uma falta.
Itens C- grande número de itens de produtos no estoque e que representam a menor parte no
faturamento.
Lote Econômico
Os custos de manutenção incluem custos com armazenamento, despesas com seguro, custo
do dinheiro empregado no estoque, deterioração ou obsolescência. Os custos de
manutenção aumentam à medida que aumentam os estoques.
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O lote econômico pode ser calculado pela fórmula a seguir e o resultado apurado
corresponde à quantidade (número de unidades) em estoque que a empresa estará
minimizando seu custo total de estoque.
Onde:
Q = quantidade de cada pedido
V = volume de vendas do período
Cp = custo de cada pedido
Ce = custo de estocagem
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o estoque médio será mínimo e o custo de armazenagem será baixo, no entanto envolverá
custos de processamento elevados. Por outro lado, se a empresa comprar grandes
quantidades de mercadorias, o custo de processamento será baixo e o custo de estocagem
será elevado.
O sistema de estoque Just-in-time popularizado no Japão e adotado por vários países, tenta
cortar custos de manutenção de estoque, reduzindo o estoque e maximizando seu giro.
Novos estoques são recebidos somente após a saída do último item em estoque.
Sistemas Computadorizados
Contas a pagar podem ser vistas como empréstimo sem juros dos fornecedores. Na sua
ausência de contas a pagar, a empresa precisa tomar emprestado ou usar seu próprio capital
para pagar as faturas de seus fornecedores. Portanto, o benefício das contas a pagar está na
economia de despesas de juros que precisariam ser pagas se não houvesse o crédito dado
pelo fornecedor. Entretanto, a aceitação do crédito e a utilização das contas a pagar nem
sempre são interessantes para a empresa compradora. Os fornecedores geralmente oferecem
generosos descontos em dinheiro se as faturas forem pagas na entrega ou poucos dias após
o seu recebimento, ou comprar a prazo e usar as contas a pagar. Se o desconto à vista for
utilizado, a vantagem é o desconto por si só e as desvantagens são o custo de tomar
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emprestado para pagar à vista e a perda de um empréstimo sem juros. A oferta do desconto
à vista deve ser aceita se o benefício exceder o custo.
Lembre-se, o desconto à vista é uma oferta aceitável se seu benefício (ou o custo de não
usar o desconto à vista) exceder o custo do empréstimo. Se, entretanto, o benefício do
desconto à vista for menor que o custo do empréstimo, é melhor a empresa usar as contas a
pagar e liquidar a fatura em data posterior.
Técnica agressiva: utiliza recursos de curto prazo para o financiamento das NCG e de
longo prazo para o financiamento dos investimentos de longo prazo. O resultado é: menor
liquidez, maior risco e provavelmente maior rentabilidade
Administração do Caixa
Segundo Lord John Maynard Keynes, existem três motivos para planejar e administrar as
disponibilidades de uma empresa:
Motivo atividade: a empresa necessita de recursos para manter seu nível de atividades;
Motivo proteção: não se pode permitir que recursos excedentes permaneçam “parados”no
caixa, tendo em vista a inflação e o custo de oportunidade.
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A alavancagem financeira, por outro lado, permite que se avalie, entre outras informações
relevantes, como o endividamento da empresa está influindo sobre a rentabilidade de seus
proprietários. Por meio de seu estudo, é possível segregar o lucro operacional da empresa,
ou seja, o resultado gerado por seus ativos e determinado exclusivamente pelas decisões de
investimento, do lucro líquido influenciado também pelas decisões de financiamento.
O impacto total da estrutura de custo de uma empresa sobre suas decisões operacionais e
financeiras é avaliado por meio da alavancagem total, que incorpora, de forma combinada,
as informações das alavancagens operacional e financeira.
Com base em uma estrutura de custos (despesas), a alavancagem operacional revela como
uma alteração no volume de atividade influi sobre o lucro operacional da empresa. Em
outras palavras, se as vendas sofrerem uma variação, por exemplo, de 10% em certo
período, qual impacto desse comportamento sobre o lucro operacional?
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Segundo Assaf Neto, (Apud, Silva, 2007), o GAO funciona nos dois sentidos,
demonstrando maior alavancagem dos lucros e, também, dos prejuízos, pois quanto maior o
GAO, maior a participação de custos (despesas) fixos na estrutura dos resultados e,
também, maior o risco operacional da empresa.
Pose-se ainda apurar o GAO nos casos em que não se conhecem as variações no volume de
atividade e nos resultados a partir da seguinte fórmula:
RV – CDV
GAO = -----------------------------------------------
RV – CDV – CDF
Onde :
RV = receita de vendas
CDV = custos e despesas variáveis
CDF = custos e despesas fixas
Outra forma de avaliação do GAO apurado é comparar o mesmo com o GAO médio do
setor onde a empresa atua. Porém, não se pode afirmar que existe um GAO ideal, tampouco
que determinado índice, analisado isoladamente, significa uma empresa bastante ou pouco
alavancada. Por esse lado, o GAO só teria duas validades, segundo Padoveze (Apud, Silva,
2007):
- Permite comparar duas estruturas de custos, evidenciando que a empresa que tem maior
GAO é mais alavancada.
- Permite calcular imediatamente qual será a variação de Lucro Operacional, dada uma
variação percentual esperada no volume de vendas.
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captação, a diferença positiva encontrada promove uma elevação mais que proporcional nos
resultados líquidos dos proprietários, alavancando a rentabilidade.
Quando o GAF apurado for maior que 1, estaremos diante de uma situação em que foi
interessante para a empresa captar recursos junto a terceiros, já que estes recursos
impactaram positivamente o retorno do capital próprio (patrimônio Líquido), alavancando a
rentabilidade.
Quando o GAF apurado for igual a 1, estaremos diante de uma situação onde não há
alavancagem financeira. Não houve um aumento de rentabilidade na captação de recursos
de terceiros.
Quando o GAF apurado for menor que 1, estaremos diante de uma situação altamente
desfavorável, pois, os recursos captados junto a terceiros não foram capazes de influenciar
positivamente o retorno do capital próprio (patrimônio líquido). Segundo Assaf Neto
(Apud, Silva 2007), quando a empresa toma emprestado a um custo superior a taxa de
retorno que pode aplicar esses recursos, o proprietário cobre este resultado desfavorável
mediante seus resultados líquidos, onerando suas taxas de retorno, ou seja, reduzindo sua
rentabilidade., veja resumo nos quadros 4 e 5.
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Quadro 7
Alavancagem Combinada ou Total Risco da Empresa
GAO x GAF
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O balanço é outro relatório para retratar a situação e saúde financeira da empresa, em uma
determinada data. Em sua essência, o balanço registra a relação entre o ativo e o passivo da
empresa, por meio da igualdade: ATIVO = PASSIVO
O lado direito do balanço patrimonial mostra o passivo circulante, composto por contas a
pagar, notas a pagar e outros passivos de curto prazo. A partir desse ponto encontrar-se o
exigível a longo prazo, que tem duração superior a um ano. Nessa parte, podem ser
incluídas as contas do valor capitalizado e do arrendamento financeiro. Após deduzir do
ativo o passivo exigível, encontramos o patrimônio líquido, que representa o capital próprio
da empresa. Este é composto pelo capital acionário com valor ao par, reservar de capital e
de lucros ou prejuízos acumulados gerados pela empresa após a dedução dos dividendos
pagos. Se a empresa fosse liquidada e todos os direitos dos credores atendidos, o que
sobraria seria distribuído ente os acionistas.
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De acordo com a Lei nº 6.404/76, “no Balanço as contas serão classificadas segundo os
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da empresa.
As contas representativas dos bens e direitos serão dispostas, no lado do Ativo, em ordem
decrescente de grau de liquidez, através dos seguintes grupos:
Ativo Circulante =
Ativo Realizável a Longo Prazo;
Ativo Permanente, dividido em:
Investimentos;
Ativo Imobilizado;
Ativo Diferido.
Passivo Circulante;
Passivo Exigível a Longo Prazo;
Resultados de Exercícios Futuros;
Patrimônio Liquido, dividido em:
Capital Social;
Reservas de Capital;
Reservas de Reavaliação;
Reservas de Lucros;
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Tabela 16
31.12.X0
Ativo Circulante 5.527.500
Caixa/Bancos 1.000
Aplicações Financeiras 777.160
Contas a receber de clientes 1.650.000
(-) Provisão devedores duvidosos (30.000)
(-) Títulos descontados 0
Contas a receber –liquido 1.620.000
Estoques 3.124.340
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Figura 8
Balanço
Patrimonial
Demonstrações
Básicas
Demonstração do
Resultado do
Exercício
Podemos dizer também que a DRE é uma peça contábil, onde é demonstrado como a
empresa obteve seu resultado (Lucro ou Prejuízo).
Revela como as atividades da empresa geraram recursos que foram reduzidos por custos,
despesas e impostos e , acrescidos por receitas.
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- Despesas operacionais;
- Outras receitas e despesas;
- Lucro operacional;
- Receitas e despesas não operacionais;
- Lucro Operacional
- Lucro líquido antes do Impostos de Renda e Contribuição Social sobre o lucro;
- Lucro líquido após Imposto de Renda.
Duas coisas básicas e importantes que devemos saber a respeito de uma empresa qualquer
são: de onde vem o caixa e como ele é gasto. À primeira vista pode parecer que a
demonstração de resultado irá responder a essas perguntas, porque ela registra os fluxos dos
recursos ao longo do tempo. Mas uma reflexão mais detida irá convencê-lo de que a
demonstração de resultados é deficiente sob dois aspectos: ela inclui lançamentos que não
são fluxos de caixa, e lista apenas os fluxos de caixa associados à venda de bens ou serviços
durante o exercício contábil. Muitas outras entradas e saídas de caixa não consta da
demonstração de resultados.
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Uma vez que as fontes e os usos de fundos tenham sido determinados, a administração pode
decidir se as fontes são ou não confiáveis e quais mudanças devem ser feitas para assegurar
futuras entradas de caixa. Ela também pode determinar se os usos de fundos são
consistentes com os objetivos globais da empresa e, caso contrário, quais medidas
corretivas podem ser tomadas.
Para se te uma visão mais precisa de onde uma empresa obteve seu dinheiro e de como o
gastou, precisamos analisar mais detidamente o seu balanço, ou, para ser mais exato, dois
balanços. Use o seguinte procedimento de duas etapas. Em primeiro lugar, ponha lado a
lado dois balanços de datas diferentes e anote todas as variações das contas que ocorreram
no período. Depois, separem as variações que geraram caixa e aquelas que consumiram. O
resultado é uma demonstração de origens e aplicações de recursos.
Como é difícil gastar dinheiro que não se tem, o uso total de caixa durante um exercício
contábil qualquer deve ser igual ao total das origens de caixa.
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Aplicações Em $
Aumento de títulos negociáveis 343,6
Aumento de contas a receber 214,0
Aumento de estoque 19,2
Aumento do imposto de renda pago 9,3
antecipadamente
Aumento de outros ativos circulantes 5,1
Aumento líquido dos recebíveis financeiros 169,3
Aumento de goodwill 5,8
Redução do imposto de renda a pagar 1,3
Redução de despesas provisionadas 0,1
Redução do imposto de renda difereido 74,4
Total das Aplicações 842,1
* os totais podem não coincidir devido ao arredondamento.
Identificar as principais origens e aplicações do caixa de uma empresa é uma habilidade útil
por si só. E é também um excelente ponto de partida para considerar a demonstração de
fluxo de caixa, o terceiro principal componente das demonstrações financeiras, juntamente
com a demonstração de resultados e o balanço.
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Ex: tabela 19
Categoria Origem (ou Aplicação) de caixa ($
milhões)
1- Fluxo de caixa das atividades 969,7
operacionais
2 – Fluxo de caixa das atividades de 707,7
investimento
3 – Fluxo de caixa das atividades de 316,1
financiamento
Tabela 20
Fluxo de caixa de Atividades Em milhões $
Operacionais
Lucro líquido 889,8
Ajuste para conciliar o lucro líquido com o
caixa líquido proporcionado pelas atividades
operacionais
Depreciação 214,1
Impostos diferidos (42,0)
Variação do ativo e passivo
Aumento das contas a receber (212,4)
Aumento do estoque (19,2)
Aumento das contas a pagar 39,6
Variação líquida de outros ativos e passivos (45,3)
Benefícios fiscal do exercício de opções 51,5
Outros 93,6
Caixa líquido proporcionado pelas 969,7
atividades operacionais
Fluxo de caixa das atividades de
investimento
Investimentos de capital ou dispêndios para (213,6)
bens imobilizados
Investimento líquido em recebíveis (146,3)
securitizados
Compra líquida de títulos negociáveis (349,0)
Outros 1,2
Caixa liquido usado em atividades de 707,7
investimento
Fluxo de caixa das atividades de
financiamento
Aumento líquido dos empréstimos a longo 305,0
prazo
Dividendos pagos (119,2)
Recompra de ações ordinárias (564,1)
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Segundo (Groppelli & Nikbakth, 2006), esse demonstrativo, juntamente com o balanço
patrimonial e o demonstrativo de resultado, propicia uma análise mais abrangente do
processo pelo qual a empresa gera caixa a partir de operações, investimentos e
financiamentos. Também identifica como esse caixa foi usado pela empresa.
A análise do fluxo de caixa tem recebido maior importância na análise financeira porque os
lucros reportados de uma empresa podem ser distorcidos pela forma como os custos e
outros lançamentos contábeis são tratados no demonstrativo de resultado. De certo modo, o
demonstrativo do fluxo de caixa representa uma reestruturação e uma apresentação mais
detalhada dos lançamentos encontrados em outros demonstrativos financeiros. Ele ajuda a
destacar áreas de fragilidade nas posições de caixa da empresa e em sua capacidade de
saldar dívidas.
O caixa das atividades operacionais relaciona o lucro líquido à maneira como o caixa é
gerado na operação de uma empresa. Mostra ainda, os recebimentos e pagamentos de caixa
efetivos feitos pela empresa em suas operações normais e indica como o caixa foi realmente
utilizado. O caixa das atividades de investimento permite ao analisado observar a direção
da política da empresa sobre as instalações e equipamentos e o seu capital de giro líquido.
A análise dessa categoria de fluxo pode indicar quais ativos são comprados e se os planos
de expansão dependem de ativos mais arriscados e de uma alteração no composto do
produto. O caixa de atividades de financiamentos focaliza a habilidade da empresa de
levantar caixa no mercado financeiro e indica a facilidade como que ela paga suas dívidas e
juros.
As entradas e as saídas de caixa não precisam ser, necessariamente, iguais, porque o caixa
de uma empresa pode aumentar ou diminuir num dado período de tempo, dependendo das
circunstâncias. O fluxograma apresenta os itens que podem ser incluídas no cálculo do
demonstrativo de fluxo de caixa.
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Figura 9
Entrada de caixa de:
Caixa
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