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Síntese
Prepara e redige uma síntese dos textos que se seguem, considerando as etapas de trabalho
indicadas no quadro.
Planificação Lê o texto-fonte de modo a apreenderes o seu sentido global e também a iden-
Revisão Relê o teu texto com atenção. Faz a sua revisão e dedica-te ao seu aperfeiçoa-
mento, tendo em vista a qualidade do produto final.
Verifica o número de palavras da síntese, assegurando que corresponde a
aproximadamente ¼ do texto-base (oitenta a cem palavras).
Texto A
O cronocídio
Já ninguém fala em matar o tempo. Falamos em poupar
Agora só se fala no tempo que não se tem. tempo mas melhor seria
Matar o tempo soa como um crime duma falar em ganhar tempo.
estupidez atroz. Sempre que reduzimos o tempo que gasta-
5 Desligar o telemóvel é receber uma for- 20 mos a fazer coisas que não nos dão prazer
tuna de tempo. Se formos ver o que fazemos estamos a ganhar tempo para fazer as coisas
com os telemóveis é entretermo-nos com que nos dão. Deveríamos ter, pelo menos, 8
coisas. Pensamos que estamos a atuali- horas por dia para fazermos o que nos ape-
zarmo-nos ou a mantermo-nos informados tece. Os outros dois terços do dia seriam
10 mas o que estamos a fazer é a participar em 25 para dormir, trabalhar e cuidar da higiene.
passatempos. Agimos como se tivéssemos Oito horas! Oito horas limpas, para ocu-
tempo a mais. E assim matamos o tempo. par com prazeres verdadeiros que já nin-
Assim matamos o tempo que, depois de guém nos tira! Oito horas não é pedir muito
descontado todo o tempo passado em pas- mas quem é que as tem? Quase ninguém. E
satempos, fatalmente já não temos. porquê? Porque anda a gastar esse tempo
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Domínio Escrita Síntese 147
noutras coisas: está, sem dar por isso, a matar o começar a ganhar tempo até se ter as duas, qua-
seu próprio tempo, a cometer cronocídio. tro, seis, oito horas por dia de que precisamos
A aldeia remota, a ilha do Corvo andam para gozar a vida breve que é a nossa.
sempre connosco, cá dentro. Temos o mesmo CARDOSO, Miguel Esteves, 2016. “Cronocídio”.
35 tempo do que quem lá vive – e num sítio com Público, n.º 9741, 17 de dezembro de 2016 (p. 47)
muito mais coisas para fazer. Basta desligar e
Texto B
verno e o calor no verão. [...] FÉLIX, António Bagão, 2017. “Sinal do(s)
30 Pessoas há que, no século XXI, falam do frio tempo(s): a excentricidade do frio no… inverno”.
como uma excentricidade invernal. Talvez de Público, n.º 9776, 23 de janeiro de 2017 (p. 45)
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