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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

Avaliação da Disciplina Direito do Consumidor / 2018.2 – VIII semestre


Professor: Carlos Públio
Data: 11 de julho de 2019
Aluno (a):

As respostas apresentadas devem ser fundamentadas na doutrina, na


jurisprudência e nas aulas. Até dois alunos.

Questões:

1 – Contextualizar a possibilidade de revisão contratual prevista no CDC


com as teorias da onerosidade excessiva e da quebra da base dos
negócios jurídicos.

2 – Como base no CDC, o que se entende por diálogo das fontes?


Diálogo das fontes diz respeito a uma teoria na qual reside a ideia de que as
normas surgem para serem aplicadas como um todo e não para serem
excluídas umas pelas outras. Logo, quando o aplicador do direito se deparar
com uma pluralidade de normas jurídicas deve verificar no ordenamento de
uma forma geral quais normas se aplicam a determinado caso. Adentrando ao
campo da aplicação desta teoria no nosso Código Defesa do Consumidor, esse
diálogo assegura a aplicação do conjunto de fontes a favor do consumidor,
tendo em vista que pode ser usado em várias áreas e disciplinas jurídicas, onde
os direitos fundamentais e os valores constitucionais iluminarem esta
aplicação. Quanto às relações de consumo, Cláudia Lima Marques adverte:
“[...] O diálogo das fontes permite assegurar, à pessoa humana, consumidora
e leiga, uma tutela especial e digna, conforme os valores e os princípios
constitucionais de proteção especial, e renovar, mesmo a aplicação do próprio
sistema constitucional, com a prevalência dos tratados internacionais de
direitos humanos. ”

3 – Diante do receio de banalizar o dano moral, juízes vêm considerando


problemas recorrentes e sérios praticados por grandes empresas no dia
a dia das relações de consumo como meros aborrecimentos dos
consumidores. Analise, no que for possível, a situação à luz do CDC e da
Teoria do Desvio Produtivo.
É tarefa do Direito Consumerista impedir, minimizar ou conceder o mínimo de
reparação ao consumidor pelo sofrimento com gastos em consertos, falta da
prestação de serviços, perdas econômicas oriundas pela demora em receber
suporte e outras queixas e problemáticas. Nesse sentido, há um histórico
mundial e nacional de ações que tencionam dar garantias aos indivíduos que
adquirem bens e serviços ou, ao menos, punir empresas que transtornam o
cotidiano de seus consumidores.
Tendo isso em vista, o Código de Defesa do Consumidor afirma, em seu caput
do art. 14:
“O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos. ”
Nessa mesma linha há ainda a teoria do desvio produtivo, que afirma que o
tempo desperdiçado pelo consumidor na solução de problemas, oriundos pelo
fornecimento, é passível de indenização. Este entendimento já possui
precedentes junto ao STF, cabendo pontuar, em especial, a fala do ministro
Marco Aurélio Bellizze, que afirma: “para evitar maiores prejuízos, o
consumidor se vê então compelido a desperdiçar o seu valioso tempo e a
desviar as suas custosas competências – de atividades como o trabalho, o
estudo, o descanso, o lazer – para tentar resolver esses problemas de
consumo, que o fornecedor tem o dever de não causar. ”
Ainda que algumas decisões e interpretações venham no sentido de minimizar
problemáticas causadas por empresas, é importante considerar que o fato de
surgirem denúncias, alegações e indícios de danos morais com maior
frequência, pode não indicar uma banalização, mas sim, como algumas
práticas nefastas são corriqueiras, antigas e recorrentes. Nessa interpretação,
é necessária uma maior fiscalização por parte de órgãos representantes dos
consumidores e punições mais rígidas e adequadas a companhias que
desrespeitam seus consumidores e não compreendem o fator pedagógico das
multas. Apenas entendem estas, como um mero entrave, na sanha pela
produção e pelo lucro.

4 – Havendo a desconsideração da personalidade jurídica do fornecedor,


quem deverá ser responsabilizado pela reparação dos prejuízos causados
aos consumidores?

5 – O consumidor que teve o seu direito violado pelo fornecedor dispõe


de vários órgãos de proteção e defesa. Quais são? O que fazem?

O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor é composto por órgãos públicos


dentre eles federais, estaduais, municipais e instituições privadas. Os órgãos e
entidades que compõem o SNDC visam à efetivação da política de consumo,
a proteção e garantia dos direitos do consumidor e a garantia da aplicabilidade
do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. O Sistema é
composto pelos seguintes órgãos: Órgão de Proteção do Consumidor-
PROCON; Ministério Público; Defensoria Pública; Delegacias de Defesa do
Consumidor; Juizados Especiais Cíveis; Organizações Civis de Defesa do
Consumidor; e Agências Reguladoras.

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