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ACADÊMICO (A)

AÇÃO MONITÓRIA

Trabalho apresentado à disciplina de Estágio de


Prática Jurídica Civil I, 7º semestre do curso de
Direito – Faculdade...
Disciplina ministrada pelo Professor ...

CIDADE/ESTADO
2018
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ª
VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE CIDADE - ESTADO

JOÃO DA SILVA - ME (SHOW CAR VEÍCULO), pessoa


jurídica de direito privado, com sede estabelecida na Avenida Brasil, nº 1234, centro,
na cidade de Sorriso – MT, neste ato representada por seu proprietário João da
Silva, brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº 00000, e do CPF
000.000.000-00, por meio dos seus procuradores infra-assinados, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência para, com fundamento nos
artigos 700 e seguintes do Código de Processo Civil vigente, propor a presente:

AÇÃO MONITÓRIA

em face de MARIA DA SILVA – ME, com sede localizada na Avenida Mato Grosso,
7890, centro, na cidade de Sorriso-MT, representada por seu proprietário, Antonio
Prado, brasileiro, brasileiro, solteiro, portador do RG nº 1111, e CPF nº 222.222.222-
22, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
1. DOS FATOS

A empresa requerida, Maria da Silva – ME, adquiriu do requerente, Show


Car Veículos, um veículo marca Ford, modelo Corcel I, ano 1976/1976, pelo valor
total de R$4.000,00 (quatro mil reais).

Ocorre que, a requerida quitou a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais), por meio
de um cheque que foi corretamente depositado e pago pelo banco, tendo assinado
ainda, outros três cheques no valos de R$1.000,00 (mil reais), sendo estes datados
para os dias 10 (dez) dos meses de janeiro, fevereiro, e março de 2018, oriundos do
Banco do BrazilCred, possuindo numeração 455, 456, 457.

A mercadoria foi corretamente entregue, conforme a via de recebimento em


anexo, contudo, os pagamentos não foram realizados de maneira correta, vez que
os outros três cheques foram devolvidos por insuficiência de fundos, que se
enquadram nos motivos 11 e 12 do Banco Central.

Em razão do exposto, o requerente é credor dos cheque nº 455, 456, 457,


no valor de R$1.000,00 (mil reais) cada, totalizando o montante de R$ (três mil
reais).

No entanto, a requerida não cumpriu com a sua obrigação, haja vista que
mesmo após tentativa de negociação da parte requerente, a parte requerida afirmou
que não iria adimplir o valor pendente, afirmando que o automóvel negociado era de
baixa qualidade, deixando assim de adimplir os débitos mencionados, já que os
cheques foram devolvidos pelos motivos 11 e 12 do Banco Central.

Atualmente, devidamente atualizada com juros de 1% ao mês e correção


monetária pelo INPC, bem como juros de mora de 1% ao mês, a dívida perfaz o
montante de R$ 3.125,01 (três mil cento e vinte e cinco reais e um centavo),
conforme demonstrativo do débito:
JUROS JUROS
VALOR
DESCRIÇÃ VALOR COMPENSAT MORATÓRIOS
O
DATA
NOMINAL
ATUALIZA
ÓRIOS S 1% 1% a.m
TOTAL
DO
a.m.
Cheque nº 10/01/20 R$ R$ R$ 20,46 R$
R$ 19,73
455 18 1.000,00 1.003,43 1.043,62
Cheque nº 10/02/20 R$ R$ R$ 19,69 R$ 20,42 R$
456 18 1.000,00 1.001,22 1.041,33
Cheque nº 10/03/20 R$ R$ R$ 20,39 R$
R$ 19,67
457 18 1.000,00 1.000,00 1.040,06
R$
TOTAL DEVIDO
3.125,01

Sendo assim, tendo em vista a prova escrita constituída pelos cheques, tem-
se que a requerida é devedora da quantia supracitada e, por conta disso, necessário
se faz o ajuizamento da presente demanda, a fim de constituir o débito judicialmente
e compelir a parte a adimpli-lo.

2. DOS FUNDAMNETOS JURÍDICOS

No entanto, indubitavelmente compreendem a provas escritas suficientes


para a comprovação da existência do débito e de seu inadimplemento, já que ambos
foram devolvidos por insuficiência de fundos.

Desse modo, faz-se possível a propositura da presente Ação Monitória, nos


termos do artigo 700, incisos I e II, do Código de Processo Civil vigente (in verbis),
porque embora a parte possua um título para opor em face ao devedor, este não
detém força executiva, ante a sua inexigibilidade.

Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com
base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir
do devedor capaz:
I - o pagamento de quantia em dinheiro;
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;

Observa-se, ainda, que as cártulas acostadas ao feito gozam de certeza e


liquidez, requisitos necessários para satisfação da pretensão via ação monitória,
assim traz Rodrigo Strobel Pinto:
Insta observar que a prova escrita deve gozar de liquidez, pois: a) inexiste
procedimento liquidatário no bojo do processo injuncional; b)o mandado de
pagamento converte-se imediatamente em título executivo, que deve
ostentar liquidez, sob pena de infração ao art. 586, caput, do CPC; e c)
proporciona ao réu ciência da quantia devida, para que proceda a quitação
do débito ou oposição de defesa através de embargos.

Em que pese tal posicionamento, no intuito de deixar clara a legalidade da


cobrança, eis que o autor nada mais deseja do que receber a quantia que
efetivamente lhe é devida, afinal, o autor recebeu por seus serviços por meio de
cheque, entretanto a requerida não cumpriu com a sua responsabilidade de garantir
o pagamento nas datas previstas.

A prova escrita, exigida pelo art. 700 do Código de Processo Civil vigente, é
todo documento que, embora não prove, diretamente o fato constitutivo, permite ao
órgão judiciário deduzir, através de presunção, a existência do direito alegado.

No caso em tela, a prova que os mencionados cheques representam do


débito é perpétua, e pode ser utilizada para a propositura da presente ação
monitória no prazo de 5 anos, consoante Súmula 503 do Superior Tribunal de
Justiça.

Em que pese tal posicionamento, no intuito de deixar clara a legalidade da


cobrança, eis que o autor nada mais deseja do que receber a quantia que
efetivamente lhe é devida ou que o automóvel seja entregue, afinal, o autor recebeu
por seus serviços por meio de cheque, entretanto a requerida não cumpriu com a
sua responsabilidade de garantir o pagamento nas datas previstas.

A jurisprudência entende ser possível a cobrança através de ação monitória,


como podemos observar:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. DIREITO


CIVIL. OBRIGAÇÕES. ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO. AÇÃO
MONITÓRIA. AÇÃO MONITÓRIA. PROVA DOCUMENTAL. PAGAMENTO.
ÔNUS DA PROVA. A prova escrita de existência da dívida é requisito
previsto no art. 1.102-A do CPC que adotou a ação monitória na espécie
documental. Demonstrado o fato constitutivo do direito do autor incumbe ao
réu fazer prova de fato impeditivo, extintivo ou modificativo, como dispõe o
art. 333 do CPC. - Alegado o pagamento e ausente prova da quitação
impõe-se a procedência da ação. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação
Cível Nº 70056972243, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 27/02/2014)

(TJ-RS - AC: 70056972243 RS, Relator: João Moreno Pomar, Data de


Julgamento: 27/02/2014, Décima Oitava Câmara Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 06/03/2014)

APELAÇÃO CIVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. ESPÉCIES


DE CONTRATOS. AÇÃO MONITÓRIA. REQUISITOS DA AÇÃO
MONITÓRIA. PROVA DOCUMENTAL. COMPRA E VENDA DE
MERCADORIA. A prova escrita de existência da dívida é requisito previsto
no art. 1.102-A do CPC que adotou a ação monitória na espécie
documental. - A cobrança de dívida de compra e venda de mercadoria pela
via monitória tem por requisito documento idôneo, ainda que emitido pelo
próprio credor, desde que haja prova da entrega da mercadoria. RECURSO
DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70056559768, Décima Oitava Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em
27/02/2014)

(TJ-RS - AC: 70056559768 RS, Relator: João Moreno Pomar, Data de


Julgamento: 27/02/2014, Décima Oitava Câmara Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 06/03/2014)

A Ação Monitória tem por escopo conferir a executoriedade a títulos e


documentos que não a possuem, bastando que o requerente venha a interpor a
ação, com fundamento em uma prova escrita e que traga a certeza da obrigação a
cumprir.

No caso em tela, resta claramente demonstrado que a requerida é devedora


da quantia líquida e certa de R$ R$ 3.125,01 (três mil cento e vinte e cinco reais e
um centavo) ao requerente, como fazem provas os cheques apresentados,
devolvidos por insuficiência de fundos e inadimplidos pela parte até a presente data,
devendo-se converter o presente documento em título executivo e ser a parte
compelida a quitar o montante devido, corrigido monetariamente e com juros legais.

3. DA MORA

Quanto ao aspecto legal, o Código Civil de 2002, estabelece, como regra


geral, que a simples estipulação contratual de prazo para o cumprimento da
obrigação já dispensa, uma vez descumprido esse prazo, qualquer ato do credor
para constituir o devedor em mora.
Aplica-se, assim, o disposto no art. 397 do CC, reconhecendo-se a mora a
partir do inadimplemento no vencimento e, por força de consequência, os juros de
mora devem incidir também a partir dessa data.

Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo,


constitui de pleno direito em mora o devedor.

Inquestionavelmente, o requerido se encontra em mora com o requerente e


deve ser compelido a quitar o montante devido e todos os prejuízos
correspondentes, conforme preveem os artigos 394 e 395 do Código Civil.

Art. 394 Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o


credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a
convenção estabelecer.

Art. 395 Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa,
mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

O artigo 389 do Código Civil assegura a incidência de atualização monetária,


juros, perdas e danos e honorários advocatícios diante do inadimplemento do
devedor.

Art. 389 Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e


danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

O contrato comprova inequivocamente a relação jurídica das partes, bem


como o inadimplemento por parte do réu, que deve ser esta condenada ao
pagamento dos débitos atualizados supramencionados, com a devida incidência de
perdas e danos e honorários.

4. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante de todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência:

a) que a presente ação monitória seja recebida e julgada procedente e que


seja emitido o mandado de pagamento a quantia de R$ 3.125,01 (três mil cento e
vinte e cinco reais e um centavo), e em caso de não pagamento ou inércia do
requerido a conversão para mandado de execução;
b) A condenação do requerido de custasse honorários sucumbenciais;

c) A citação do réu para pagar a quantia acima indicada ou para que


apresente embargos no prazo legal sob pena de conversão em mandado executório;

d) Que o réu seja informado que o pagamento imediato do debito acarreta a


isenção de custas e a redução dos honorários advocatícios;

e) caso haja a conversão para o rito ordinário requer a produção de todos os


meios de prova admitidas por direito em especial termo de entrega do automóvel,
bem como provas testemunhais;

Dá-se à causa o valor de R$ 3.125,01 (três mil cento e vinte e cinco reais e
um centavo).

Nestes Termos, em que pede deferimento.


Sorriso – MT, 21 de março de 2018.

ACADÊMICO (A)
OAB/MT XXXXXX

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