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FACULDADES ATIBAIA – FAAT

Ana Paula Admertides


RA 1511006

PROJETO SOCIAL DE ESTÁGIO DE

PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS INTERVENTIVOS: ATENÇÃO

PSICOLÓGICA À SAÚDE DO TRABALHADOR

“CUIDAR DE QUEM CUIDA”

Atibaia
Abril/2015
FACULDADES ATIBAIA – FAAT

Ana Paula Admertides


RA 1511006

“CUIDAR DE QUEM CUIDA”

Relatório final de estágio obrigatório


realizado na instituição Casa do
Caminho, como requisito para a
aprovação na disciplina de
Procedimentos Investigativo-
Interventivos: atenção psicológica à
saúde do trabalhador, 9º semestre, sob
supervisão da Profª Drª Paula Costa de
Andrada.

Atibaia
Abril/2015
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO....................................................................................................01

1.1 Aluna

1.2 Estágio

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA....................................................................................01

2.1 Problema de Pesquisa

2.2 Objetivos da Intervenção

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................01

4. CARACTERIZAÇÃO...............................................................................................05

4.1 Sujeitos

4.2 Identificação da Instituição

4.3 Histórico e Missão

5. INTERVENÇÃO.......................................................................................................07

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................09

REFERÊNCIAS........................................................................................................10
1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 Aluna

Foi estagiária nesse projeto Ana Paula Admertides, RA: 1511006, aluna do 5º
ano do curso de Psicologia da FAAT (Faculdades Atibaia).

1.2 Estágio

O projeto “Cuidar de quem Cuida” foi realizado na Instituição Casa do


Caminho, situada no município de Atibaia–SP.

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

2.1 Problema de Pesquisa

Investigar e propor ações que auxiliem as cuidadoras em suas atividades de


trabalho.

2.2 Objetivos da Intervenção

Por meio do processo de acolhimento e escuta convidar as Cuidadoras a falar e a


expor suas necessidades. Permitir o desabafo e criar um espaço para elas refletirem
sobre o sofrimento e suas causas, como por exemplo, o estresse. A escuta psicológica
oportuniza, às cuidadoras da Casa do Caminho, relatar suas emoções, visando buscar
que as mesmas sejam elaboradas e amenizadas, favorecendo a qualidade de vida no
trabalho e na vida pessoal.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O trabalho na comunidade deve possibilitar mudança das condições vividas


cotidianamente pela população, ao mesmo tempo em que esta é que estabelece os
caminhos e aponta as suas necessidades prementes. (FREITAS, 1996ª; MARTIN-
BARÓ, 1989; MONTERO, 1994 apud FREITAS, 1998).

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O acolhimento foi fundamental para que houvesse a transferência e o
desenvolvimento do vínculo terapêutico. Por meio do processo de acolhimento as
cuidadoras foram convidadas a falar e a expor suas necessidades. A escuta permitiu o
desabafo e criou espaço para elas refletirem sobre seu sofrimento e suas causas. A
transferência ocorre espontaneamente em todas as relações humanas, já que é incessante
este movimento de dentro para fora, de fora para dentro. Na clínica psicanalítica ela
passa a ser acolhida como a tradução viva dos vínculos humanos, e é a partir daí que se
enraízam a manutenção e a validade do tratamento. (PALHARES, 2008).

O enquadre foi feito de maneira que as cuidadoras ficassem cientes do objetivo


do projeto “Cuidar de quem Cuida”, horário e dia que a estagiária vai realizar o estágio,
e também de que as conversas que teriam seriam sigilosas, sendo que somente seria
colocadas suas iniciais nos relatórios e apenas a Supervisora da estagiária teria acesso a
esses relatórios. O enquadre para Zimerman (1999) é “a soma de todos os
procedimentos que organizam, normatizam e possibilitam o processo psicanalítico” (p.
301).

De acordo com Freitas, a psicologia social comunitária utiliza-se do enquadre


teórico da psicologia social, privilegiando o trabalho com grupos, colaborando para a
formação da consciência crítica e para a construção de uma identidade social e
individual orientadas por preceitos eticamente humanos. Freitas indica que os
instrumentos utilizados para intervenção, e também construídos no desenvolvimento do
trabalho, podem ser: entrevistas (muitas vezes coletivas), conversas informais (em
locais variados, por exemplo, num bar, em caminhadas), visitas às casas da população
ou a alguma festividade, diários de campo (registros de acontecimentos importantes,
idéias que possam contribuir para ações), resgate histórico e cultural da comunidade
(por meio de representantes da igreja, pessoas significativas, lideranças). (FREITAS,
1998).

O trabalhador pode não fazer referência ao seu trabalho, durante as conversas


com o psicólogo, porém os fatos do cotidiano influenciam na rotina de trabalho, se o
indivíduo está com problemas pessoais consequentemente o trabalho é afetado, pois há
um esforço dos trabalhadores em cumprir suas responsabilidades profissionais e
pessoais, e esse esforço, em manter uma vida mais equilibrada, poderá levá–lo a

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desenvolver estresse e outras doenças ocupacionais. Para Gazzotti e Vasques-Menezes
(1999), a fragilidade emocional provocada pela falta dos suportes afetivo e social traz
grande sofrimento, uma vez que o reflexo dessa situação não fica restrito à vida privada,
ampliando-se para o campo das relações de trabalho. O trabalhador, ao sentir-se sem
alternativa para compartilhar suas dificuldades pessoais, como anseios e preocupações,
aumenta a sua tensão emocional, o que pode levar ao surgimento do estresse
ocupacional, por isso é de grande importância propiciar este espaço de escuta às
cuidadoras.

Segundo Gondim (2004), condições ambientais apresentam dois eixos que


repercutem nas condições de trabalho e na afetividade dos indivíduos. São elas:
condições físicas, temporais e sociais, gerando assim, bem-estar e saúde. Portanto, no
cotidiano dos trabalhadores observa–se, com facilidade, que ainda persiste o
pensamento de que algumas emoções devem ser inibidas no ambiente de trabalho. Por
isso, a escuta psicológica oportuniza, às Cuidadoras da Casa do Caminho, relatar suas
emoções, visando buscar que as mesmas sejam elaboradas e amenizadas, favorecendo a
qualidade de vida no trabalho e na vida pessoal.

As Cuidadoras de crianças abrigadas, as quais estão longe de seus pais, por


motivos diversos, como violência doméstica, física, sexual, abandono, etc., exercem
papel do cuidado materno, mas na verdade podem precisar ela mesmas de acolhimento e
auxilio psíquico. Como diz Winnicott (2001, p. 223 apud CARETA, 2011, p. 123):

Os funcionários de tais abrigos estão a todo momento recebendo o


troco por inúmeros colapsos ambientais prematuros sobre os quais não
tiveram nenhuma responsabilidade. Para que suporte essa terrível
tensão e para que, em alguns casos, cheguem até a corrigir os males
passados atravez de usa tolerância, é necessário que eles saibam o que
estão fazendo e o porquê de nem sempre serem capazes de obter êxito.
(WINNICOTT, 2001, p. 223).

Uma boa relação de trabalho também é muito importante para o trabalhador,


sempre respeitar a opinião uns dos outros, saber ouvir com respeito a opinião dos
colegas é fundamental. Isso irá estimular a participação e a receptividade de novas
ideias mantendo a harmonia no ambiente de trabalho e nas relações humanas. Segundo
Saviani:

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A competência interpessoal é revelada na relação indivíduo-indivíduo e nas
relações indivíduo-grupo(s), englobando assim atitudes individuais e coletivas
que jamais são indissociáveis. É na interação com o outro que a percepção da
realidade e das suas variáveis serão introjetadas, pois “educa-se através do
trabalho, através da convivialidade, do relacionamento informal das pessoas
entre si” (SAVIANI, 1994, p.158).

As relações interpessoais revelam que uma pessoa pode influenciar atitudes e


comportamentos de outras. Estas relações em que a existência ou disponibilidade das
pessoas em confiar, demonstrar preocupação com o outro, valorizar, comunicar-se,
ajudar, assistir com os recursos disponíveis, pode facilitar a realização do trabalho em
equipe e propiciar um ambiente de trabalho mais agradável, favorecendo o desempenho
das tarefas. Para Martinez (2002), estes aspectos não correspondem tanto às
necessidades materiais dos indivíduos, mas, sobretudo às mais subjetivas,
particularmente no que refere à intensidade, confidencialidade, reciprocidade e
interação.

Viver com o outro na delimitação de si e do mundo externo (firmado por um


outro) estrutura a essência do estabelecimento dos vínculos na construção dos
relacionamentos entre as pessoas. Christophe Dejours, médico francês, nas décadas de
70 e 80, começou a realizar estudos sobre a psicodinâmica do trabalho e mostrou como
as relações interpessoais interferem na motivação em exercer a atividade laboral e
também na saúde do trabalhador. Para Dejours, a idéia principal é que o indivíduo está
sempre buscando a melhor forma de trabalhar através do reconhecimento e da
realização de si próprio, o que pode transformar o sofrimento em prazer. (DEJOUR,
1992 apud MENDES, 1995).

Quando a relação do homem com a organização do trabalho é favorável, e não


conflituosa, é por que há um respeito e consideração pela pessoa do trabalhador, onde o
trabalho por mais simples que seja é valorizado e onde as exigências se dêem dentro do
que é compatível às condições do ser humano, sendo incentivado a um crescimento
pessoal e profissional. O trabalhador poderá assim, sentir satisfação na realização da
tarefa e render mais na execução de seu trabalho.

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4. CARACTERIZAÇÃO

4.1 Sujeitos

Foram sujeitos do projeto as cuidadoras da Casa do Caminho do período


noturno, sendo um total de quatro, duas por noite, pois trabalham em escala de 12x36.

Cuidadora C.: 56 anos, casada, três filhos.

Cuidadora N.: 31 anos, casada, dois filhos.

Cuidadora J.: 58 anos, casada, cinco filhos.

Cuidadora S.: 32 anos, casada, dois filhos.

4.2 Identificação da Instituição

A Instituição tem por nome, Casa do Caminho, com a Razão Social: Associação
Espírita Beneficente e Educacional “Casa do Caminho”, está localizada na Estrada
dos Perines, nº 230, Bairro: Estância Parque Atibaia, CEP: 12954-103, Cidade: Atibaia,
Estado: São Paulo. Tel. (11) 4411- 4896. E-mail: adm@casadocaminhoatibaia.org.br.
Inscrita no CNPJ: 86.790.268/0001–90.

A Casa do Caminho tem como presidente Roberto Carvalho e como psicóloga


Madalena Aparecida dos Santos, além da Assistente Social, Coordenadora, Mãe–Social,
Cuidadoras, Cozinheira, Servente e Voluntários.

4.3 Histórico e Missão

A Casa do Caminho é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, Foi fundada
no dia 19 de agosto de 1993, por um grupo de pessoas ligadas a Doutrina Espírita,
preocupadas com o próximo em situação de necessidade. Participavam desse sonho
pessoas bem intencionadas, que comungavam dos mesmos ideais de solidariedade e
fraternidade, tendo à frente o saudoso Sr. Jacob Birkman, que dedicou sua vida à
filantropia.

Seu sonho era a construção de um albergue noturno, o qual foi o primeiro serviço
da Casa do Caminho oferecido aos andarilhos e moradores de rua de Atibaia. Em agosto

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de 1998 abriram-se as portas do Albergue Noturno “Eletra Brentan”, oferecendo
acolhimento, higiene e alimentação a todos que o procuravam. Em 31 de dezembro de
2010 as atividades foram encerradas devido a não renovação do convênio com a PEA –
Prefeitura da Estância de Atibaia. Durante seus 12 anos de funcionamento foram
oferecidos mais de 60.000 pernoites.

Em junho de 1999, foi inaugurada a Escola de Capacitação Profissional “Casa do


Caminho”, buscando diminuir as diferenças e proporcionar igualdade de oportunidades,
à população mais pobre de Atibaia.

Até o primeiro semestre de 2013 foram feitas mais de 26.000 matriculas,


atendendo a mais de 13.000 pessoas com cursos gratuitos de interesse estratégico para
os setores de emprego da região (neste 2º semestre de 2013 estão sendo realizados XX
cursos em xx turmas, com XX matrículas efetuadas.

Em janeiro de 2001 iniciou, atendendo 80 jovens por ano, o programa sócio-


educativo “Luz do Caminho” que oferece aos adolescentes de famílias de baixa renda,
entre 14 e 18 anos incompletos, atividades voltadas ao desenvolvimento das
capacidades e habilidades pessoais e de preparação para o mundo do trabalho.

A partir de 2003 são recebidos, capacitados e encaminhados para o mercado de


trabalho,160 jovens por ano. Desde o seu início este programa já atendeu mais de 1.900
jovens, muitos dos quais, estimulados pelo curso, fizeram um curso superior e ocupam
hoje posição de gerência em empresas da região.

Em junho de 2004 passou a integrar os serviços da Entidade, o Centro de Apoio à


Criança “Ninho de Luz”, para acolher provisoriamente, até 20 crianças de 0 a 12 anos,
de ambos os sexos e meninas adolescentes de até 17 anos e 11 meses, garantindo a sua
segurança alimentar, nutricional e pessoal, apoiando-as e protegendo-as, além de
promover a convivência familiar e comunitária saudável, longe de riscos emocionais e
físicos, garantindo os direitos de cidadãos e cidadãs. Até o agosto de 2013 foram
abrigadas 582 crianças e adolescentes.

Em dezembro de 2010 o Centro de Apoio mudou para a sede da entidade,


ocupando as instalações onde anteriormente funcionava o Albergue.

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No 2º semestre de 2009, a Entidade em parceria com Projeto Travessia – Oficina
Ocupacional e de Geração de Renda, passou a atender jovens com deficiência mental,
com idades a partir de 16 anos. Ofereceremos aos familiares e jovens,
concomitantemente, as atividades das oficinas sócioeducativas, no Centro Convivência
Familiar e Comunitária “Casa do Caminho” e atividades visando o desenvolvimento
pessoal e a inclusão social dos jovens, no programa Luz do Caminho.

Em junho de 2010 iniciamos o Programa Família Acolhedora em parceria com a


PEA, com o objetivo de garantir o acolhimento de crianças e adolescentes que estejam
em situação vulnerabilidade social e pessoal, através de Guarda provisória, em uma
Família Acolhedora, que possibilite a convivência familiar e comunitária saudável. Em
dezembro de 2011 o programa foi municipalizado, sendo desenvolvido pela PEA –
Prefeitura da Estância de Atibaia.

A Casa do Caminho procura oferecer cursos gratuitos de interesse estratégico para


os setores de emprego da região; atividades voltadas ao desenvolvimento das
capacidades e habilidades pessoais e de preparação, capacitação e encaminhamento de
jovens para o mundo do trabalho.

Busca acolher crianças e meninas adolescentes garantindo a sua segurança


alimentar, nutricional e pessoal, apoiando–as e protegendo–as, além de promover a
convivência familiar e comunitária saudável, longe de riscos emocionais e físicos,
garantindo os direitos de cidadãos e cidadãs.

Procura atender jovens com deficiência mental, para que continuem a desenvolver
suas atividades de oficinas sócio–educativas e atividades visando o desenvolvimento
pessoal e a inclusão social.

5. INTERVENÇÃO

05/03/2015:

Apresentação da estagiária e do Projeto às Cuidadoras do período noturno ímpar.


As Cuidadoras conversaram com a estagiária sobre sua rotina de trabalho e alguns

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conflitos que vivem no meio familiar e pessoal. A conversa ocorreu de maneira
individual.

12/03/2015:

Apresentação da estagiária as Cuidadoras do período noturno par. As Cuidadoras


falaram de sua rotina de trabalho. A conversa ocorreu individualmente.

19/03/2015:

Atendimento individual das Cuidadoras do período noturno impar. O


atendimento ocorreu baseado no acolhimento através da escuta. As Cuidadoras falaram
sobre aspectos familiares e conflito inter–familiar.

26/03/2015:

Atendimento individual das Cuidadoras do período noturno par. Realizado a


aplicação da dinâmica do “desenho do boneco”.

02/04/2015:

Atendimento individual das Cuidadoras do período noturno par. Aplicado a


dinâmica das “figuras sobrepostas” para a reflexão sobre os diferentes pontos de vista
das pessoas.

09/04/2015:

Realizado a observação das Cuidadoras durante o trabalho, onde falaram sobre


como dividem as tarefas.

16/04/2015:

Atendimento individual das Cuidadoras. Foram feitas reflexões sobre as relações


interpessoais.

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23/04/2015:

Realizado a observação das Cuidadoras durante o trabalho. Enquanto eram


observadas as Cuidadoras falaram para a estagiária sobre como lidam com
intercorrências que podem ocorrer durante o trabalho.

30/04/2015:

Atendimento individual com as Cuidadoras. Feito reflexão sobre o vínculo com


o trabalho.

07/05/2015:

Realizado observação das Cuidadoras durante o trabalho. Enquanto eram


observadas as Cuidadoras falaram para a estagiária sobre tarefas domésticas e quais suas
preferências e sobre família.

14/05/2015:

Atendimento individual das Cuidadoras. Feito reflexão sobre família e suas


relações.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os cuidados dispensados às crianças e adolescentes nas Instituições de


acolhimento são de extrema importância para seu desenvolvimento, porém tem–se,
também, de atentar–se aos cuidados que devem ser dados às cuidadoras. Estas que se
dedicam, diariamente, com carinho e responsabilidade às crianças e adolescentes
abrigados. E é como uma forma de cuidado que esse projeto pretende oferecer o
atendimento psicológico às Cuidadoras da Casa do Caminho.

São elas que participam do cotidiano das crianças: que percebem os momentos
de alegria e tristeza, que provocam a abertura do diálogo, orientam na higiene pessoal,
preparam a comida, que ajudam nos deveres escolares, etc., portanto, merecem ser

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olhadas e cuidadas, para desempenhem seu trabalho, cada vez mais, com satisfação e
prazer.

O projeto “Cuidar de quem Cuida”, pode despertar nas cuidadoras a


conscientização de que são elas que produzem sua própria realidade, pois elas também
participam do processo de transformação social. Deve–se, portanto, valorizar sua
história e sua contribuição, através do trabalho que desempenham, para a modificação
do cenário atual das crianças e adolescentes abrigados. A escuta psicológica, colabora,
para que, as cuidadoras da Casa do Caminho, possam relatar suas emoções, e desta
forma, buscar que as mesmas sejam elaboradas e amenizadas, favorecendo a qualidade
de vida no trabalho e na vida pessoal.

O trabalho pode ser desenvolvido de maneira prazerosa, desde que não haja
conflitos relacionais. Mesmo não havendo relatos, das Cuidadoras da Casa do
Caminho, sobre problemas de inter–relação, sabe–se que problemas pessoais também
comprometem a qualidade de vida no trabalho.

Conforme as explanações faz–se necessário, portanto, a continuidade do


atendimento dessas profissionais, pela estagiária de psicologia.

REFERÊNCIAS

CARETA, D. S. Quando o ambiente é o abrigo: cuidando das cuidadoras de


crianças em acolhimento institucional. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica) -
Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-14062011-161730/>. Acesso
em: 17 de maio de 2015.

FREITAS, M. F. Q. Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões


sobre a prática do psicólogo. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 11, n. 1, p. 175-
189, 1998.

GAZZOTTI, A. A., & VASQUES-MENEZES, I. Suporte afetivo e o sofrimento


psíquico em burnout. Em W. Codo (Org.), Educação: Carinho e trabalho (pp. 261-
266). Rio de Janeiro: Vozes, 1999.

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GONDIM, S. M. G.; SIQUEIRA, M. M. M. Emoções e afetos no trabalho. In:
ZANELLI, J. C; BORGES – ANDRADE, J. E; BASTOS, A. V. B. (Orgs.). Psicologia,
organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

MARTINEZ, M. C. As relações entre a satisfação com aspectos psicossociais no


trabalho e a saúde do trabalhador. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Saúde
Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-07112006-210400/pt-br.php.
Acesso em: 17 de abril de 2015.

MENDES, A. M. B. Aspectos psicodinâmicos da relação homem-trabalho: as


contribuições de C. Dejours. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 15, n. 1-3, 1995 .
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98931995000100009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 maio 2015.

PALHARES, M. C. A. Transferência e contratransferência: a clínica viva. Rev.


bras. psicanálise, São Paulo , v. 42, n. 1, mar. 2008 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-
641X2008000100011&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13 mar. 2015.

SAVIANI, D. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: C. J.


Ferreti e cols. (Orgs.), Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate
multidisciplinar. São Paulo: Makron Books, 1994. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/pe/v6n2/v6n2a17>. Acesso em: 05/04/2015.

ZIMERMAN, D. Fundamentos Psicanalíticos. Porto Alegre, Artmed, 1999.

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