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EXCELENTISSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA 12 VARA


CRIMINAL DO FORO DA COMARCA DE JUNDIAI – SP.

Processo n.

JOAO LIZ RIBEIRO DA COSTA, já


devidamente qualificados nos autos do processo em epígrafe, ora preso e
recolhido no CDP de Sorocaba SP. vêm, por intermédio de seu advogado, DR.
ANDERSON OLIVEIRA, brasileiro, casado, advogado, regularmente inscrito na
OAB/SP Nº 129.051, vem respeitosamente á presença de Vossa Excelência, com
fundamento nos artigos 396 e 396 - A do Código de Processo Penal, apresentar
pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.

RESPOSTA À ACUSAÇÃO
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1-DOS FATOS

A Denúncia narra que nos dias 09 ao 11/10/2014, O


Acusado teria praticado o crime de capitulado no artigo 171 do Código Penal,
conforme pode ser visto na denuncia do Ministério Publico.

“Consta dos inclusos autos de inquérito policial que em horários incertos dos dias 9, 10 e 11 de
outubro de 2014, na Rua João Ferrara, 233, Vila Rami, neste município e Comarca, JOAO LIZ
DA COSTA, qualificado a fls. 46/49, agindo em concurso, previamente conluiado e com unidade
de desígnios com outra pessoa não identificada, obteve para e para outrem vantagem ilícita em
prejuízo do supermercado “Coopercica”, induzindo seus representantes em erro por meio
fraudulento. Apurou-se que em horário incerto do dia 30 de setembro de 2014, JOAO se dirigiu
até o supermercado “Coopercica”, situado no local dos fatos, e, mediante a apresentação de
documentos falsos, emitidos em nome de “ Valmir conceicao”, associou-se na condição de
cooperado do estabelecimento (fls. 12/20). Posteriormente, nos dias 9, 10e 11de outubro de
2014, JOAO retornou ao supermercado na companhia de outra pessoa não identificada, e
adquiriu uma série de produtos supérfluos, tais como bebidas alcóolicas e cigarros (fls. 21/26 e
115/120), e, como forma de pagamento, emitiu cheques antedatados (“pré-datados”), em nome
de “ Valmir conceicao”, mesma pessoa que figurava como cooperado do supermercado (fls.
140/142)..”

Essa é a visão do Ministério Publico sobre os fatos, quando na


verdade ocorreu de uma outra forma.

Ora, Excelência, o fato atribuído ao denunciado não


correspondem com a verdade, vez que o denunciado não cometeu nenhum crime
o que será esclarecido Melhor em audiência.

PRELIMINARMENTE:

DA INÉPCIA DA INICIAL

Nesse caso, pela leitura da denúncia e das peças que a


embasaram, sem que haja a necessidade de se incursionar na seara fático-
probatória, não se vislumbra suficientemente demonstrado o dolo na conduta do
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paciente em induzir ou manter em erro, mediante qualquer artifício que lhe


pudesse encobrir a realidade fática, bem como a ocorrência de vantagem ilícita
obtida para si ou o prejuízo alheio.

Embora não seja necessária a descrição minuciosa dos


acontecimentos, a denúncia deve, ao menos, relatar fato individualizado,
perceptível e que traduza uma conduta típica e, na forma como se apresenta,
encerra descrição abstrata, sendo atípico o fato narrado.

De outra parte, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça


é firme no sentido de que o descumprimento de contrato sem elementos de
ilícito penal não pode ensejar a persecução penal.

Inexistindo previsão legal no ordenamento pátrio para o


enquadramento do paciente como sujeito ativo do crime tipificado no art. 171 do
Código Penal, por mero inadimplemento de obrigação contratual e, não narrando
a denúncia, conforme exigência do art. 41 do CPP , indicativo de eventual conduta
ilícita perpetrada pelo acusado, a continuidade da ação penal configura
constrangimento ilegal.

Habeas corpus concedido para trancar a ação penal de que


aqui se cuida por falta de justa causa. Donde, não justifica e ou autoriza o brutal
enquadramento operado pela denúncia, falecendo, pois, a ação por ausência de
justa causa para sua agnição, cognosibilidade e procedimentalidade.

Assim, assoma impossível receber-se a denúncia, na forma em


que vazada, haja vista, que a mesma se encontra alicerçada em premissas dúbias
e ambíguas, logo, em descompasso profundo com os elementos de prova
coligidos na fase inquisitorial, ao imputar fato atípico ao denunciado, com o que
deverá ser repelida em sua natividade, consoante recomenda e preconiza a nova
lei regente da matéria.

“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 155 C/C ART. 14, II DO CP.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. LASTRO PROBATÓRIO
MÍNIMO. INEXISTÊNCIA. I - O trancamento de ação por falta de justa causa, na via
estreita do writ, somente é viável desde que se comprove, de plano, a atipicidade
da conduta, a incidência de causa de extinção da punibilidade ou ausência de
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indícios de autoria ou de prova sobre a materialidade do delito (Precedentes). II -


Assim, no processo penal, a exordial acusatória deve vir acompanhada de um
fundamento probatório mínimo apto a demonstrar, ainda que de modo indiciário,
a efetiva realização do ilícito penal por parte do denunciado. Se não houver uma
base empírica mínima a respaldar a peça vestibular, de modo a torná-la plausível,
inexistirá justa causa a autorizar a persecutio criminis in iudicio. Tal acontece,
como in casu, quando a situação fática não está suficientemente reconstituída. III
- No presente caso, imputa-se ao paciente, na proemial acusatória, um crime de
furto tentado. Contudo, tal acusação é rechaçada pelo acusado, a vítima não o
reconheceu como sendo o autor dos fatos, e, além do mais, os policiais que
teriam efetuado sua prisão e seriam as únicas testemunhas, sequer foram
ouvidos no inquérito policial. Tudo a evidenciar, portanto, a ausência de justa
causa. Ordem concedida.” (STJ – HC 91.614/MG – 5ª Turma – Rel.: Min. Feliz
Fischer – DJe, 26.05.2008) – Grifou-se. Posto isto, não se vislumbra justa causa
para a instauração e prosseguimento do processo crime em debate, pois a
acusação não possui elementos probatórios mínimos que possam revelar, de
modo satisfatório e consistente, a existência de indícios suficientes de autoria do
crime ao denunciado. De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça, a denúncia revela-se carente nesse ponto “porquanto fundada em meras
conjecturas e ilações, permitindo-se concluir que a prova não é frágil; é
inexistente, reveladora da patente falta de justa causa, obstativa do oferecimento
e do recebimento do libelo.” (APN 395 – C. Esp. – Rel.: Min. Luiz Fux – DJ,
06.03.2008)

Cumpre destacar, inicialmente, a vagueza das acusações


apresentadas pelo Ministério Público em face do Peticionário. Em sua peça
exordial, descreve supostos delitos que teriam sido cometidos.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público, no que se
refere ao Peticionário, é inepta, uma vez que descreve de forma genérica a sua
conduta, baseando-se sempre em conjecturas e especulações.

Ora, Excelência, o processo penal, apesar de não exigir neste


momento a certeza da prática delitiva, exige, ao menos, indícios e dados objetivos
que possam fundamentar a tese acusatória.

Tal exigência faz-se necessária para que o acusado possa exercer a


ampla defesa e o contraditório.
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DOS PEDIDOS.

Ante o exposto, requer:

1. A absolvição sumária do acusado nos termos do Artigo 397, inciso III, do


CPP.
2. Caso ainda não seja aplicado o entendimento anterior, requer seja
concedida a suspensão condicional do processo;
3. Caso vossa excelência não absolva sumariamente o denunciado, requer a
produção de todas as provas permitidas em direito, em especial a
testemunhal, cujo rol segue adiante, sendo que as testemunhas irão
comparecer independente de intimação para audiência a ser designada por
vossa excelência.
4. Requer, ainda, os benefícios da assistência judiciária gratuita.

Arrola a testemunha abaixo, que comparecera independe de intimação.

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Osasco, 11 de janeiro de 2019

Assinado digitalmente

ANDERSON DE OLIVEIRA

OAB/SP 129.051
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TESTEMUNHA DO Joao

Anderson BORGES DO NASCIMENTO


RG N. 20.240.200.-0
CPF N. 100.958.000-83

ENDERECO; RUA OSVALDO CONCEICAO LIZTRA, N. 39 VILA MADRUGA, OSASCO


SP
CEP.

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