Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Sejam Santos
Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos
vocês também em tudo o que fizerem. (I Pe 1:15, NTLH)
A editora Voz do Cenáculo acaba de lançar
uma nova tiragem.
Marcos que
Pontilham o Caminho
A história continua
Esta obra traz a história da Igreja
Adventista da Promessa, ao longo dos 77
anos de sua existência. E sabemos que
um povo é forte quando conhece, ama e
valoriza sua história. Assim, é uma obra
particularmente preciosa para todos os
promessistas e para todos aqueles que
desejam conhecer a trajetória da IAP.
expediente
REDAÇÃO – Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo – SP – CEP 01014-030
Fone: (11) 3119-6457 – Fax: (11) 3107-2544 – www.portaliap.com – secretariaiap@terra.com.br
SUMÁRIO
ABREVIATURAS 4
APRESENTAÇÃO 5
ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES E
VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES
BLH – Bíblia na Linguagem de Hoje BV – Bíblia Viva
RA – Revista e Atualizada BJ – Bíblia de Jerusalém
RC – Revista e Corrigida TEB – Tradução Ecumênica da Bíblia
NVI – Nova Versão Internacional NTLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje
APRESENTAÇÃO
Esta não é a primeira vez que tratamos do tema santidade numa sé-
rie de lições bíblicas. A série de lições bíblicas, “Santificação Pessoal”,
estudada no primeiro trimestre do ano passado, também tratou desse
assunto, só que de uma maneira mais conceitual e teológica.
Vimos o ensino bíblico sobre a exigência, a natureza, o começo, a
parceria, o processo, a amplitude, a evidência, a inimiga, o declínio,
a sondagem, a retomada, a insistência e a plenitude da santificação
pessoal. O enfoque da santidade, nessa nova série, é de natureza
mais prática e mais aplicativa.
Ela vai nos mostrar, a partir da Bíblia, como sermos cada vez mais san-
tos em toda a nossa maneira de viver: na vontade, na doutrina, na comu-
nhão, no pensamento, no namoro, na finança, na amizade, no trabalho,
no descanso, na família, na palavra, no alimento e na internet.
A série está divida em três tópicos: “Saiu na mídia”, “E Bíblia, o que
diz?” e “Vamos mudar!”. Por se tratar de uma série especial, seu conteúdo
é um pouco mais extenso. Além do mais, o conteúdo dos Comentários
Adicionais continuará à disposição de todos, no www.iapro.com.br.
Que esse novo ano seja também um ano de constante crescimento na
santificação pessoal de todos que fazem parte do corpo de Cristo!
1. Grudem (1999:632).
Fonte: BRASIL, Sandra. Decida: seu sucesso depende de suas escolhas. Disponível em: Revista
Veja On line (http://veja.abril.com.br/140104/p_062.html) > Acesso em 11/08/2009.
www.portaliap.com | 7
1. C
onsiderando o que diz o texto em destaque, o que lhe parece
negativo e o que lhe parece positivo nessa enorme quantidade
de opções e informações que estão a sua disposição para
influenciar suas escolhas?
3. Wiersbe (2006:542)
www.portaliap.com | 9
quer nem sempre é tão fácil. Decidir de acordo com o “querer” de
Deus é uma tarefa desafiadora. Mas leia novamente o texto e observe:
É Deus quem efetua em nós! E o que isso significa? A palavra “efetua”
foi traduzida do termo grego energon. A ideia dessa palavrinha é “tra-
balhar efetiva e produtivamente, dar poder”.4
Deus nos ajuda! Ele nos dá força para “querer” o que ele “quer”. A vida
cristã não é uma série de altos e baixos, mas, sim, um processo constante,
em que Deus opera em nós, enquanto praticamos o que ele ensina.5 À
medida que desenvolvemos a nossa santificação pessoal, Deus trabalha
em nós para que, cada vez mais, a nossa vontade seja parecida com a
vontade dele. Ele nos capacita para que, cada vez mais, os nossos dese-
jos sejam parecidos com os seus desejos. Você pode contar com a ajuda
dele! Podemos, sim, enfrentar muitos problemas difíceis pelo caminho,
mas Deus nos ajuda a lidarmos com eles. Diante de decisões difíceis,
recorra à sabedoria da palavra de Deus (o padrão confiável) e à força do
Deus da palavra (um auxílio essencial). O Senhor nos auxilia!
4. Um exame ordenado quanto à santificação da vontade: Com
que frequência devemos nos examinar para saber se a nossa vontade
está coincidindo com a vontade de Deus? Na verdade, a nossa vontade
deve ser constantemente revista e repassada pela nossa consciência. A
Bíblia nos ordena esse exame: ... não sejam insensatos, mas procurem
compreender qual é a vontade do Senhor (Ef 5:17). Muitos acham que
compreender a vontade de Deus é um exercício impossível de se fazer,
é uma experiência totalmente misteriosa que nada tem a ver com o ra-
ciocínio. Isso não é verdade. Nós temos um padrão: a Bíblia Sagrada.
Devemos sempre examinar a nossa vida, comparando-a com as verdades
reveladas na palavra de Deus. Isso não é uma tarefa de “outro mundo”.
Concordamos que o papel do Espírito Santo, neste processo, é fun-
damental (I Co 2:11-14). Contudo, a expressão “procurem compreen-
der” indica que devemos usar a nossa mente para descobrir a vontade
de Deus. “Compreender”, aqui, é “a habilidade de juntar as coisas e
vê-las em seu relacionamento mútuo. Os santos são encorajados a
fazer uso do seu raciocínio”.6 Deus nos deu inteligência e espera que
a usemos! No Salmo 32, verso 8, lemos que: ... sob minha vista te darei
conselhos. Veja que o salmo não diz “com minha voz”, mas “sob minha
7. Swindoll (2001:115).
8. Swenson (2001:130).
www.portaliap.com | 11
2. C
om base em Jr 17:1; Pv 4:23 e no item 1 do comentário
anterior, comente com a classe sobre o alerta bíblico quanto à
santificação da vontade.
4. L
eia Ef 5:17, o item 4 do comentário e diga: Com que frequência
devemos nos examinar para saber se nossa vontade está de
acordo com a de Deus?
5. A
pós ler o Sl 143:10; Tg 1:5-6 e comente a frase: “Demonstramos
prudência ao orarmos pedindo sabedoria, antes de tomarmos
qualquer decisão”.
6. L
eia Cl 4:12 e o conteúdo da primeira aplicação e fale sobre a
importância de aproximar-se do Senhor na busca pela santificação
da vontade.
7. L
eia Sl 119:117, o conteúdo da segunda aplicação e fale sobre a
importância de fortalecer-se no Senhor, na busca pela santificação
da vontade.
9. Glória (2006:34).
www.portaliap.com | 13
3. Não é possível ser santo na vontade sem se submeter ao Senhor.
Jesus nos ensinou a orar dizendo: Seja feita a sua vontade (Mt 6:10).
Por isso, quando tiver de decidir com quem se casar, lembre-se: Seja feita
a vontade do Senhor. Quando tiver de escolher o que assistir na TV: Seja
feita a vontade do Senhor. Quando tiver de decidir qual página da inter-
net acessar: Seja feita a vontade do Senhor. Quando tiver de escolher que
caminho seguir: Sempre, seja feita a vontade do Senhor. Decida submeter
a sua vontade à vontade do Senhor. Semelhantemente ao salmista, diga:
Escolhi o caminho da fidelidade e decidi-me pelos teus juízos (Sl 119:30).
8. L
eia Mt 6:10 e o conteúdo da terceira aplicação e fale sobre
a importância de submeter-se ao Senhor, na busca pela
santificação da vontade.
1. Stott (2004:124).
2. Hendriksen (2001:201).
www.portaliap.com | 15
I. SAIU NA MÍDIA
Em resposta à pergunta “Você acredita em Deus?”, feita em pesquisa en-
comendada por VEJA ao instituto Vox Populi, 99% dos entrevistados respon-
deram “sim”. Aqueles que têm por verdadeira a existência do paraíso, onde
depois da morte as pessoas desfrutariam a vida eterna ao lado de Deus, são
igualmente numerosos: 83%. Ou seja, os brasileiros não apenas crêem em
Deus como a maioria conta compartilhar com Ele a eternidade. (...)
Segundo o levantamento do Vox Populi, 96% dos evangélicos acreditam
que serão recompensados com a vida eterna no paraíso. Entre os católicos,
84% das pessoas têm a mesma expectativa. As proporções são elevadas
para um mundo que parece viver só para valores mundanos. Mais surpre-
endente, no entanto, é que também acreditem na vida eterna ao lado de
Deus sete de cada dez dos entrevistados pelo Vox Populi que se declaram
sem religião – aqueles que crêem em forças transcendentais, mas não pra-
ticam nenhum dos credos formalmente estabelecidos. Apesar de não con-
tar com o aval de uma confissão estabelecida, 18% dos brasileiros sem re-
ligião estão confiantes em que ao morrer irão diretamente para o céu. (...)
Os brasileiros estão divididos no que diz respeito ao diabo. Apenas
metade da população acredita na existência do demônio e, aqui, os
pobres, especialmente os evangélicos, estão mais convencidos de que
existe mesmo o Satanás. (...) muitos brasileiros (34%) acreditam que irão
para o céu. Uns poucos, 11%, que passarão um período de penitência no
purgatório. Mas nem um só admitiu a possibilidade de ir para o inferno.
Evangélicos e carismáticos trouxeram de volta para o cotidiano do fiel
brasileiro temas que as confissões tradicionais tinham colocado na pra-
teleira das velharias, como a esperança no milagre, o êxtase e o temor
ao inferno. (...) Não sem bom motivo, o brasileiro é um povo cheio de fé.
Fonte: KLINTOWITZ, Jaime. Um povo que acredita. Disponível em: Veja On line (http://
veja.abril.com.br/191201/p_124a.html) > Acessado em 29\09\2009.
3. Moulton (2007:104).
4. Perlman (2009:16).
5. César (2006:245).
6. Ryrie (2007:11).
www.portaliap.com | 17
damente a doutrina cristã! Ela é como o mapa do viajante, o cajado do
peregrino, a bússola do piloto (...). Ela é código de conduta do cristão.7
Mas como conhecê-la? É preciso estudá-la com seriedade e afinco. De-
vemos seguir o exemplo dos bereanos, que recebiam a palavra com
muito interesse, porém, examinando as Escrituras todos os dias para ver
se as coisas eram, de fato, assim (At 17:11).
A ignorância quanto aos ensinos bíblicos induz a falha e leva as
pessoas à derrota. Foi o que Deus denunciou através o profeta Oséias:
O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento (Os
4:6). Por isso, mais do que ler superficialmente as doutrinas cristãs, é
fundamental estudá-las com profundidade! Elas são o antídoto con-
tra o erro. São elas que desenvolvem o caráter cristão em nós. São
elas, ainda, as chaves que abrem as cadeias do pecado. Disse Jesus: ...
e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32). Quer ser
santo na doutrina? Então, estude-a!
3. Somos santos na doutrina ao praticá-la! Não basta conhecer a
doutrina de Cristo; deve-se, também, colocá-la em prática. Veja o en-
sino do apóstolo Tiago: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não
somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg 1:22). Muita gente
pensa, erroneamente, que só ouvir uma boa mensagem bíblica ou
participar de um estudo bíblico é o que as faz crescer espiritualmente.
Não é só ouvir ou estudar, mas, sim, também praticar que resulta nes-
sa bênção. “Inúmeros cristãos costumam marcar passagens na Bíblia,
mas nunca marcam a própria vida!”.8
Jesus Cristo, após ter feito uma bela exposição de seu ensino, no
sermão do monte, fez a seguinte exortação: ... quem ouve estas minhas
palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua
casa sobre a rocha... Já o que ...não as pratica é como um insensato que
construiu a sua casa sobre a areia (Mt 7:24-26 – NVI). A obediência faz
toda a diferença! Além de termos uma ortodoxia (uma doutrina cor-
reta), precisamos ter uma ortopraxia (uma prática correta). Portanto,
se quisermos ser uma igreja santa na doutrina, não devemos apenas
apreciar ou conhecer, precisamos praticar!
4. Somos santos na doutrina ao ensiná-la! Além da prática, há
outro dever cristão com relação à doutrina bíblica. Diz a Bíblia: ... todo
aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado gran-
7. Schwarz (2002:17).
8. Wiersbe (2006:448).
9. Ryrie (2007:13).
10. Lopes (2007:31).
www.portaliap.com | 19
Precisamos estar preparados, como obreiro que maneja bem a palavra
da verdade (II Tm 2:15). Tendo sempre em mente que a pureza doutriná-
ria é essencial, pois todo aquele que não permanece no ensino de Cristo,
mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai
e também o Filho (II Jo 1:9). Você quer ser santo na doutrina? Então, leia
com atenção as aplicações que virão a seguir.
2. L
eia o comentário, Sl 119:97,103,105; Os 4:6; Jo 8:32 e responda:
O que significa a palavra “doutrina”? Por que devemos amar e
estudar as doutrinas bíblicas?
7. L
eia a segunda aplicação, Fl 1:9-10; Hb 5:11-14; Ef 4:14 e
responda: Por que precisamos cultivar o discernimento para ser
santo na doutrina?
www.portaliap.com | 21
3. Quer ser santo na doutrina? Corrija a desobediência! De nada
vale conhecer e não obedecer! Infelizmente, existem muitos que co-
nhecem as doutrinas bíblicas, mas não lhes obedecem. Isso ocorre
porque temos a tendência a nos acomodar e nos conformar com o
pecado. Mas o conselho bíblico é esse: Como filhos obedientes, não vos
amoldeis aos desejos que tínheis em tempos passados na vossa ignorân-
cia (I Pe 1:14). Você não pode ser complacente com o pecado. Se há
algo errado em sua vida, não deixe para amanhã; corrija agora mesmo.
Além disso, não podemos ser conivente com o erro dos outros. Somos
a igreja de Cristo. Uma igreja santa e que tem um ensino bíblico e in-
tegro, não pode ser tolerante com coisa errada!
www.portaliap.com | 23
I. SAIU NA MÍDIA
Quando olhamos para o texto de Atos 2.42-47, vemos os primeiros
passos dos cristãos primitivos na constituição da Igreja. A Bíblia mostra
centenas de pessoas reunidas em torno de um único objetivo: glorificar
a Deus. Eles desejavam ser uma Igreja viva para o Senhor. Eles não dese-
javam realizar uma porção de atividades para que isso os caracterizasse
como igreja. Ser uma igreja para glorificar ao Senhor fazia com que eles
se reunissem nas casas, onde os cristãos se relacionavam. (...) Aqueles
cristãos sentiam as dores e alegrias uns dos outros, tudo através do rela-
cionamento que mantinham uns com os outros.
Os apóstolos não precisavam promover um programa especial, uma
campanha, uma reunião dos jovens ou das senhoras para apelar às pes-
soas que olhassem as necessidades umas das outras. Além disto, os após-
tolos não se reuniam para traçar um extenso calendário de atividades
espirituais, esportivas e sociais que envolvessem os membros da igreja
ou aqueles que dela estivessem afastados. (...) De quando em quando é
bom lembrarmos como vivia a Igreja Primitiva e compará-la com o que
vivemos hoje. Eles experimentavam um cristianismo de relacionamento
e nós vivemos, muitas vezes, praticamos um cristianismo de atividades.
Ao invés de nos relacionarmos uns com os outros no templo e nas casas,
sentindo as necessidades dos irmãos e procurando crescer mutuamente na fé,
precisamos que a liderança da igreja marque uma porção de atividades que
nos unam para fazermos aquilo que deveria acontecer espontaneamente. (...)
Por exemplo – no último mês, você iniciou um relacionamento com um novo
crente e se dispôs a discípula-lo? Você orou pessoalmente ou por telefone,
esta semana, por alguém? Nos últimos 15 dias, você contou para as pessoas
algo que Deus fez em sua vida? E você sabe quais foram as coisas mais mar-
cantes que Deus fez na vida das pessoas que estão próximas a você na igreja?
1. Lopes (2007:76).
2. Stott (1997:09).
3. Real (2003:146).
www.portaliap.com | 25
2. A iniciativa da comunhão: A iniciativa da comunhão não é huma-
na, mas divina. Deus é o principal exemplo de comunhão. O versículo 12
de I Tessalonicenses 3 reforça, ainda mais, essa afirmação. Ali está escrito:
O Senhor vos aumente, e vos faça crescer em amor uns para com os
outros e para com todos, como também nós para convosco, a fim de que
seja o vosso coração confirmado em santidade (grifo nosso). A Triunida-
de divina (Pai, Filho e Espírito Santo) mostra-nos a essência da unidade.
Agora, veja como o apóstolo Paulo prossegue: ... como também nós para
convosco (v.12). Deus toma a iniciativa e nós o imitamos. Deus ama as
pessoas para que elas amem ao próximo.
A generosidade tem sido sempre uma característica do povo cristão,
porque nosso Deus é generoso. Se ele dá tudo de graça, se nosso Pai
é generoso, seus filhos também devem ser generosos. Aprendemos a
perdoar porque Deus nos perdoou primeiro (Cl 3:13).4 Momentos antes
de sua prisão, Jesus havia feito a seguinte oração: Para que todos sejam
um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um
em nós... (Jo 17:21). Tem você se esforçado para ser um com o seu irmão?
Tem você renunciado o egoísmo e o individualismo em nome da unidade
no corpo de Cristo? Imitemos o Mestre Jesus.
3. A solidariedade da comunhão: A autossuficiência não deve fazer
parte da nossa vida cotidiana. Por mais que tentemos, nunca consegui-
remos viver sem depender das pessoas, pois não somos capazes de tudo
(II Co 3:5). Gostemos ou não, invariavelmente todos nós dependemos dos
outros. Precisamos de amizade, afeto, amor. Não é uma questão de opção
de vida nem de sentimentalismo. Faz parte do kit de sobrevivência de nos-
sa espécie. Precisamos de alguém.5 Assim como você, as demais pessoas
também almejam um ato solidário. Na igreja, em casa, no trabalho e na
escola, há pessoas precisando de companhia, de uma palavra motivadora,
de um conselho, etc. Comunhão sem solidariedade não é comunhão.
Como é bom podermos contar com os nossos irmãos! Como é moti-
vador termos a certeza de que, nos momentos mais difíceis da vida, há
alguém orando em nosso favor, dia e noite, assim como fazia o apóstolo
Paulo para com a igreja em Tessalônica. Você pode fazer mais por uma
pessoa de joelhos, orando por ela, do que trabalhando para ela.6 Ainda
há tempo para nos preocuparmos com o semelhante; ainda há tempo
4. Stott (1997:11).
5. Parrott (1998:09).
6. Lopes (2007:76).
7. Stott (1997:07).
8. Lopes (2007:80).
www.portaliap.com | 27
nessas condições, pensam que está tudo bem! Eles continuam a orar, ofertar,
ir à igreja e, por conta disso, acreditam estar no caminho da santificação;
contudo, estão a caminho de um precipício que leva à morte. Na presença
do nosso Deus devemos estar isentos de culpa. Cristo nos alerta: ... deixa ali
diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois
vem apresentar a tua oferta (Mt 5:24). Não há como avançarmos na santifica-
ção pessoal, se não vivermos em comunhão com nossos irmãos!
A comunhão é um presente de Deus para nós. A igreja é uma família
em que devemos construir pontes de amizades e não muralhas de se-
paração. A igreja é a comunidade do amor, da aceitação, do perdão, da
restauração. Seremos conhecidos como discípulos de Cristo pelo amor
(Jo 13:34,35).9 Somente em Cristo alcançaremos paz com todos. Nós for-
mamos o povo pelo qual Cristo morreu. Ele é o bom pastor que deu a vida
pelas ovelhas (Jo 10:11). Lugar de ovelha é no aprisco, junto ao bom Pas-
tor. Há muitas ovelhas dispersas neste mundo; contudo, Cristo quer juntá-
las novamente, a fim de que não mais fiquem sem comunhão (Jo 10:16).
9. Lopes (2007:78).
www.portaliap.com | 29
7. Leia Jo 17:21, a segunda aplicação e responda: Qual a importância
da intercessão para a comunhão?
www.portaliap.com | 31
I. SAIU NA MÍDIA
O cérebro bem estimulado em tarefas como leitura, aprendizado
de novas línguas, resolução de problemas matemáticos ou mesmo
em tarefas rotineiras no trabalho pode esticar a longevidade de uma
pessoa e evitar que ela sofra de problemas típicos da velhice, como
a senilidade e a perda de memória. Uma pesquisa realizada entre
pacientes com mais de 65 anos, todos de um mesmo bairro e mesma
classe social, no Hospital Francês de Buenos Aires, revelou que 38%
deles tinham desenvolvido o mal de Alzheimer, doença degenerativa
que apaga mecanismos da memória coordenadores de movimentos
naturais, como os da locomoção.
Esse índice, contudo, caía para apenas 7% entre os pacientes com
nível de instrução universitário. Quanto mais informação útil é ar-
mazenada no cérebro, melhor é seu desempenho. Maior também é
o benefício que ele leva a todo o resto do organismo ao qual está
ligado. (...) O cérebro é uma máquina maravilhosa que desempenha
múltiplas tarefas biológicas. Pesando pouco mais de 1 quilo e repre-
sentando apenas 2% do peso total de um homem adulto, ele gasta
20% de toda a energia despendida no corpo. Entre uma orelha e
outra de uma pessoa, estima-se que existam mais conexões neuroló-
gicas do que estrelas na Via Láctea. Se alguém tentasse contar essas
conexões, chamadas de neurônios, gastando um segundo em cada
uma delas, levaria 32 milhões de anos para concluir a tarefa.
É o cérebro que comanda as funções que asseguram a reprodução
e a sobrevivência da espécie. Pense na batida inconsciente do coração,
nas pálpebras piscando, na respiração contínua dos pulmões, nos ali-
mentos sendo processados pelos intestinos, numa perna que se move.
Tudo isso é organizado e dirigido pelo cérebro. (...) Sua missão mais
elementar é recolher os estímulos externos, captados pelos sentidos,
e transformá-los em impulsos elétricos que percorrem os neurônios.
Toda essa informação é catalogada e arquivada na memória. É a ela
que o cérebro recorre quando precisa tomar decisões, comandar os
movimentos corporais e organizar o pensamento.
Fonte: GUARACY, Thales; RAMALHO, Cristina. A força da mente. Disponível em: Revista Veja
On line (http://veja.abril.com.br/190898/p_102.html) > Acessado em 03/11/2009.
1. Wiersbe (2008:87).
www.portaliap.com | 33
pois quem serve, deve buscar com fervor não a glória do próprio nome,
mas a glória do nome que está acima de todo nome (Fp 2:9b).
2. Somos santos no pensamento, quando possuímos uma mente hu-
milde: Após pedir para os irmãos serem unidos de mente, Paulo ordena: Nada
façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade. Há, nesta ordem,
três palavras que merecem uma rápida explicação: “contenda”, “vanglória”
e “humildade”. Contenda é espírito litigioso ou ambição egoísta. Vanglória
está associada a orgulho, exibicionismo. E humildade? No grego, é tapeino-
phrousune. Essa palavra difícil de ser escrita e falada literalmente significa:
pensamento modesto ou humilde. Uma pessoa de mente humilde não se
considera superior aos outros nem atenta apenas para o que é propriamente
seu (Fp 2:3b-4). Não trata os outros de modo brutal, cruel, insensível, desu-
mano, inclemente, indiferente, desapiedado, incompassivo, sem misericórdia.
Uma pessoa de mente humilde também não se sente ameaçada por
aqueles que possuem mais talento, mai educação, mais dinheiro, mais in-
fluência. Não se recusa a realizar o serviço que quase não aparece, o traba-
lho que permanece nos bastidores, a obra insignificante. Ela possui o mes-
mo modo de pensar que Cristo Jesus tinha (Fp 2:5, NTLH). A mente de Cristo,
o Senhor e Mestre (Jo 13:13), era uma mente de servo: uma mente que em
nada era egocêntrica, uma mente que sabia sacrificar-se, uma mente que
sabia servir, uma mente que sempre pensava nos outros e não em si2.
3. Somos santos no pensamento, quando possuímos uma mente
espiritual: Para ganhar a Cristo, Paulo teve que virar as costas para um
monte de coisas, que, na mente de muitos, tinha muito valor (Fp 3:1-14).
Aliás, se há um termo muito usado por Paulo, neste trecho, este termo é
“coisas”: ocorre dez vezes (3:1, 8, 13, 14, 19, 21). Ele, pois, pede para que
os irmãos da igreja imitem a sua atitude (Fp 3:17), e não a daqueles que só
pensam nas coisas que são terrenas (Fp 3:19b). Paulo não os chama pelo
nome, mas frisa que, na mente deles, não existe lugar para o que é eterno.
Eles não pensam no que é de natureza celestial. Uma vez que o deus deles
era o ventre, na mente deles, não havia nenhuma capela: só cozinha.
Uma mente espiritual valoriza um estilo de vida simples, sem vaidade,
sem anéis de ouro nos dedos, sem trajes de luxo, sem ostentação. Uma
mente espiritual leva os dízimos à casa do tesouro para expressar o seu
amor por Deus e pelo próximo e seu zelo pela expansão do reino dele,
e não com o intuito de receber. Uma mente espiritual sabe que o reino
2. MacDonald (2008:662)
www.portaliap.com | 35
Jesus teve uma mente sincera, quando lidou com o ministério. Ele bus-
cou não a própria glória, mas a glória daquele que o enviou. Jesus teve
uma mente humilde, quando lidou com as pessoas. Ele veio não para ser
servido por elas, mas para servi-las e dar a sua vida por elas. Jesus teve
uma mente espiritual. Ele sempre fez questão de afirmar que o seu reino
não era deste mundo. Jesus teve uma mente integral para lidar com as
ameaças. Passou horas e mais horas em oração ao Pai. Jesus teve uma
mente ocupada para lidar com as tentações. A sua mente era ocupada
pelos valores da palavra de Deus. Sigamos o exemplo daquele que se fez
carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade (Jo 1:14).
2. Segundo Fp 1:14,15b,17, 2:9b; Mc 1:1, e o item 1 do comentário, o
que devemos fazer para possuirmos uma mente sincera?
www.portaliap.com | 37
3. Vigiemos a nossa mente!
Se nós não vigiarmos a nossa mente, vamos ter pensamentos errados
acerca de nós mesmos. Não vamos pensar de nós mesmos com modera-
ção, como nos manda a Bíblia (Rm 12:3). Ora vamos pensar acerca de nós
mesmos “aquém do convém”, ora vamos pensar acerca de nós mesmos
“além do que convém”. Ora, vamos pensar que somos vermes, ora vamos
pensar que somos deuses. Essa atitude mental extremista é perigosa.
Quem pensa de si mesmo aquém do que convém, pode pensar que não
é querido pelos outros, que não vale nada, que não é ninguém, que
nunca fará nada certo. Quem pensa de si mesmo “além do que convém”,
pode esquecer-se que é homem e não Deus, que é mortal e não eterno,
que é pastor e não Sumo Pastor, que é servo e não Senhor.
www.portaliap.com | 39
I. SAIU NA MÍDIA
As estatísticas da Unesco mostram que se aprofundou entre os
brasileiros de 11 a 24 anos a tendência aos namoros breves mas
intensos que marcaram a adolescência nos anos 90. Acentuaram-se
também a precocidade e a ousadia dos primeiros relacionamentos.
O padrão, agora, vai muito além do que os pais estão imaginando.
Nas principais capitais pesquisadas, a idade da primeira vez das me-
ninas é 15 anos. A dos meninos, 14. Quatro anos atrás, um levan-
tamento do Ministério da Saúde apontava que a primeira vez dos
adolescentes estava ocorrendo entre 16 e 19 anos. A diferença é
muito grande entre uma menina de 15 anos e uma de 19.
Na década passada, um em cada quatro adolescentes das grandes
cidades brasileiras dizia a pesquisadores que os pais permitiam que
ele... [tivesse relações sexuais] com a namorada ou o namorado em
casa mesmo. Os dados atuais mostram que esse número quase do-
brou. Como não podia deixar de ser, o estudo da Unesco mostra que
pelo menos numa coisa a juventude é coerente: os filhos querem me-
nos palpites dos pais e mais liberdade. Sempre. Cada vez mais. Adoram
os primeiros vôos da sexualidade, mas estão confusos e divididos so-
bre temas como virgindade, fidelidade, namoro e casamento.
Os pesquisadores começam a detectar uma mudança na natureza
dos namoricos dos anos 90, que os jovens chamaram de “ficar”. Ele
pode estar se tornando para muitos uma relação mais séria – mesmo
que paradoxalmente passageira e descompromissada. Antes, ficar era
um termo novo para uma velha prática, a dos beijos e afagos íntimos.
E agora? “A pesquisa registrou que muitos jovens passaram a... [ter
relações sexuais] com quem ‘ficam’”, diz Maria das Graças Rua, pro-
fessora da Universidade de Brasília (UnB) e uma das coordenadoras
do levantamento nacional feito pela Unesco. Aí está uma mudança e
tanto cujas implicações cedo ou tarde os pais dos 37 milhões de bra-
sileiros entre 15 e 24 anos terão de abordar com os filhos”.
Fonte: CARELLI, Gabriela. O sexo começa cedo e com ousadia: Estudos da Unesco
mostra que a iniciação sexual dos brasileiros está mais precoce e os namoros, muito
quentes. Disponível em: Revista Veja On line (http://veja.abril.com.br/130202/p_080.
html) > Acessado em 25\09\2009.
1. Kemp (2005:35).
2. Kistemaker (2004:321).
www.portaliap.com | 41
tação das Escrituras a sério. É preciso conversar com a pessoa com quem
se deseja namorar, saber quais são seus objetivos, seus propósitos, seus
sonhos; conhecer a família. A fé que professa. Depois de tudo isso, é indis-
pensável perguntar se vale mesmo a pena namorar. Será que não é rou-
bada? Afinal, se namorar determinada pessoa significa risco de quebrar a
aliança com Deus, é uma tremenda fria! É bom pensar, repensar e orar. Um
namoro santo começa com uma escolha certa! Por acaso andarão duas
pessoas juntas, se não estiverem de acordo? (Am 3:3).
2. O propósito real do namoro: Acabamos de pensar na escolha certa
do namoro. De alguma maneira, após estudarmos o propósito do namoro,
a preocupação com a escolha se mostrará ainda mais evidente. Existe uma
razão para namorar. A ideia de “namorar”, simplesmente por “namorar”, deve
ser descartada. Por quê? Traga a sua mente o início da história humana: a
união de um homem com uma mulher, por meio do casamento, conforme já
dissemos, foi ideia de Deus. Foi ele quem disse: Portanto, o homem deixará o
seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher (Gn 2:24). Não se apresse a ler este
texto. Medite: O que Deus criou, aqui em Gênesis? O casamento, isso mesmo!
Deus não criou o namoro. O namoro é o primeiro passo para o casamento. Se
Deus nunca tivesse instituído o casamento, o namoro também não existiria.
“Ah! Mais então quando duas pessoas começam a namorar, elas são
obrigadas a se casar?!”. Não, lógico que não. Quando duas pessoas co-
meçam a namorar, isso não significa, absolutamente, que irão se casar.
Muitas coisas podem acontecer, durante o relacionamento, inclusive, o
término dele. Entretanto, um namoro deve significar, pelo menos, que os
envolvidos pensam em se casar. O namoro deve visar ao casamento. O
conceito de “curtição” deve dar lugar ao conceito de “preparação”. Esse é
o propósito real do namoro. É claro que isso não significa que a pessoa
deva começar a namorar hoje e casar-se amanhã. Casamento é coisa sé-
ria. Todavia, deve, no mínimo, começar a pensar no assunto.
3. O objetivo cristão no namoro: Todo cristão tem um objetivo,
em sua caminhada: agradar a Deus. Sobre ele, Paulo disse aos irmãos
de Corinto: ... seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra
coisa, fazei tudo para a glória de Deus (I Co 10:31). Paulo está tratando
de um assunto complicado, neste capítulo, desta carta endereçada
aos crentes daquela cidade. Ele aproveita a ocasião para estabelecer
uma regra geral para a conduta dos cristãos e aplicá-la a este caso
3. Henry (2008:473).
4. Macdonald (2008:508).
5. Harris (2001:37).
www.portaliap.com | 43
da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira
santa e honrosa (I Ts 4:3-4 – NVI). Essa orientação do apóstolo Paulo é escrita
numa época em que o mundo greco-romano era um verdadeiro caos sem lei.
Parecia que a vergonha havia “sumido da terra”.6 A igreja surge dentro deste
contexto pervertido. Orientações sobre a vida sexual precisavam ser dadas.
Paulo mostra que o crente em Jesus deve saber controlar o seu corpo
em santidade e honra. Mais que isso: ele indica a maneira, através de uma
expressão interessante, no versículo 6: ... e que, nesta matéria, ninguém
ofenda nem defraude a seu irmão. Atente para a palavra “defraudar”. Ela
significa “despertar um sentimento ou desejo no outro que não pode ser
licitamente satisfeito”,7 ou “ultilizar como se fosse sua a propriedade de
outra pessoa”.8 É por isso mesmo que quem namora deve tomar cuidados
físicos redobrados. Evitar a todo custo provocar o desejo sexual no outro
através do contato físico exagerado ou por meio de roupas sensuais e etc.
Intimidade sexual, sem compromisso sério, é “defraudar”. O corpo do (a)
namorado (a) não pertence à namorada (o) enquanto eles não se casarem.
Lamentavelmente, neste aspecto (e em muitos outros), a mídia faz um
total desserviço. Vivemos numa época em que os “senhores” do merca-
do, os “poderosos” da mídia, querem nos convencer de que não pode-
mos viver sem sexo. Eles o apresentam semelhante a mais um item numa
prateleira de supermercado “a ser consumido”.9 Deste modo, dizer que
praticar o sexo fora dos laços do matrimônio é “defraudar” soa meio
“antiquado”. Mas não se esqueça: esse é o padrão de Deus. Ele é irrevo-
gável. Portanto, é necessário obedecer-lhe. Na sequência deste estudo,
continuando a nossa busca por princípios bíblicos que devem orientar o
namoro, veremos o que deve, de fato, acontecer neste relacionamento.
6. Lopes (2008:85).
7. Lopes (2008:85).
8. Kemp (2005:52).
9. Amorese (2002:33).
www.portaliap.com | 45
só tem a perder. A Bíblia diz que duas pessoas juntas podem lucrar muito
mais do que uma sozinha (Ec 4:9 – BV). Pois bem, o namoro pode ser “um
período de grande crescimento e descoberta nesta área”.11
www.portaliap.com | 47
6
6 FEV 2010
Sejam santos
na finança
Hinos sugeridos: BJ 315 – CC 296 / BJ 412 – MV 156
Fonte: GALLUPO, Ricardo; VERANO, Rachel. Faça as contas. Disponível em: Revista Veja On
line (http://veja.abril.com.br/090998/p_116.html) > Acessado em 05∕10∕2009.
www.portaliap.com | 49
II. E A BÍBLIA, O QUE DIZ?
O descontrole financeiro é desastroso! Seu triste resultado é a dívida.
Alguém já disse: “A pobreza é dura, mas a dívida é horrível”.1 Essa verda-
de pode ser percebida nos efeitos da dívida: afeta as relações interpesso-
ais, prejudica a produtividade no trabalho, traz ruína a muitos lares, causa
estresse, ansiedade, depressão e afeta a saúde física. Mas, o que é pior, o
relacionamento com Deus é diretamente prejudicado. Não é isso que o
Senhor quer para seus filhos! Tal situação pode ser evitada ou superada,
se forem observados os princípios bíblicos a seguir:
1. O princípio bíblico da mordomia: Se desejarmos ver nosso di-
nheiro e nossos bens santificados e abençoados, a primeira coisa a fazer
é reconhecer em Deus o verdadeiro dono de todas as coisas. Nada é
nosso! Do Senhor é a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que
nele habitam (Sl 24:1). Somos apenas os mordomos. Deus nos entregou
os seus recursos para que cuidemos deles. E, nossa incumbência é ad-
ministrá-los com sabedoria e dedicação, pois, um dia, vamos lhe prestar
contas de nossa administração. O desejo de Deus é que usemos o que
entregou, para o avanço de seu reino e ajuda aos necessitados.
Esse princípio é libertador! Quando o entendemos, nossa atitude dian-
te do dinheiro muda radicalmente e encontramos uma motivação mais
legítima para adquiri-lo.2 Sendo mordomos, devemos ser generosos em
ajudar os que precisam. Sendo mordomos, devemos ser fiéis a Deus.
Não devemos nos esquecer de devolver a parte que lhe cabe. Entregue-
mos os dízimos e as ofertas como expressão de gratidão. Ele promete
retribuir nossa liberalidade abrindo as comportas do céu e derramando
benções sem medidas (Ml 3:10). Creia nisso, meu irmão! Honre ao Senhor
com os seus bens e com as primícias de toda a sua renda (Pv 3:9), pois
esse é o primeiro passo para sermos santos na finança.
2. O princípio bíblico da gerência: Este é outro princípio importan-
tíssimo para quem deseja ver suas finanças controladas, com santidade
e com a benção de Deus. O princípio da mordomia é formidável, mas só
ele não basta. Devemos entregar os 10% de Deus, mas, também, precisa-
mos administrar bem os 90% restantes. É neste ponto que muitos falham.
Observe o que diz a palavra de Deus, em Lucas, capítulo 14, versículo 28:
3. Ferreira (1975:1149).
4. Blomberg (2009: 66).
5. Oliveira (2005:31).
www.portaliap.com | 51
“vacas gordas”, para não faltar nos dias das “vacas magras” (Gn 41:46-
53). É muito importante ter uma reserva de dinheiro para negócios futu-
ros ou para ocasiões de emergências.
Na realidade, ninguém está livre de enfrentar uma situação difícil, por cau-
sa de um imprevisto, que fuja ao nosso controle e que exija despesas extras.
Por exemplo: a perda do emprego, um acidente, uma doença grave ou morte
de um ente querido. Muitos perdem o controle nas finanças nessas situações.
Precisamos aprender a lição da formiga! Ela armazena alimento no verão, e,
quando vem o inverno, ela está salva (Pv 6:8). Dizem os especialistas: “Poupar
é a primeira batalha. Investir corretamente, fazendo seu dinheiro crescer, é a
segunda. Usufruir os resultados obtidos é vencer guerra!”.6
5. O princípio bíblico do equilíbrio: Em todas as áreas da vida cristã,
o equilíbrio é indispensável. Não é diferente nas questões de finança. Para
vivenciar o princípio do equilíbrio, no uso de nosso dinheiro e dos bens
materiais, é preciso colocar em prática todos os princípios até aqui mencio-
nados. Mas também são fundamentais a prudência, o domínio próprio e a
sabedoria ao usar o dinheiro que Deus nos tem concedido. É uma questão
simples: “O segredo de prosperar é gastar menos do que se ganha. E pou-
par o que se economizou”.7 Todavia, isso não é algo fácil de praticar.
Para termos nossas contas equilibradas, precisamos ficar atentos ao pe-
rigo do consumismo, pois ele pode nos levar a gastar o dinheiro que ainda
não temos, em coisas que não necessitamos. Meu irmão, o apelo da mídia
tem sido cada vez mais forte para levar você e a sua família a consumir cada
vez mais. Por isso, você precisa ser sóbrio e vigilante (I Pe 5:8). Nunca com-
pre sob o impacto da propaganda. Cuidado com uso do cartão de crédito.
Ele é uma armadilha a começar pelo nome. Deveria se chamar “Cartão de
Dívida”.8 Se possível, não faça crediário. Evite dar cheque pré-datado. Fuja
do cheque especial. Cultive o equilíbrio na finança e tenha paz na vida.
Você já ouviu falar sobre a “Lei de Responsabilidade Fiscal”? Ela é um
código de conduta para os administradores públicos de nosso país. De-
fine como um governante deve cuidar dos recursos financeiros em seu
mandato, pagando as contas e só assumindo compromissos que possa
honrar. Essa lei encontra respaldo bíblico. Ela também se aplica a sua
vida! Você é responsável, diante de Deus, pelo dinheiro que ele lhe con-
cedeu. Portanto, medite em cada um dos princípios ensinados neste es-
6. Halfeld (2001:112).
7. Tarrataca (2007:118).
8. Kemp (2007:125).
5. A
pós ler os itens 4 e 5; Pv 21:20, 6:8; I Pe 5:8, comente o
“princípio bíblico da provisão” e, depois, o “princípio bíblico
do equilíbrio”. O que eles têm a ver com prudência e sabedoria?
Cite exemplos práticos de cada um.
www.portaliap.com | 53
(Lc 12:15 – BV). E mais: Não ajunteis tesouros na terra (...). Mas ajuntai
tesouros no céu (Mt 6:20). Todo cristão precisa viver na perspectiva da
eternidade. Por isso, você deve ter cuidado com o apego ao dinheiro e
coisas materiais. Saiba: “O dinheiro não é um elemento neutro”.9 Não é
inofensivo. Ele atrai, seduz e fascina. Pode tornar-se um deus em sua vida
(Mt 6:24). Saiba que o melhor remédio contra o apego e a ganância é a
generosidade. Não viva só para você (Fp 2:4). Ajude o necessitado! Honre
a Deus com seus bens e ajunte tesouro no céu.
6. Leia a primeira aplicação e explique: Por que quem deseja ser santo
na finança precisa ser desapegado das coisas materiais?
9. Kivitz (2009:101).
www.portaliap.com | 55
7
13 FEV 2010
Sejam santos
na amizade
Hinos sugeridos: BJ 108 – CC 380 / BJ 207 – CC 81
Fonte: SCHELP, Diogo. Nos laços (fracos) da internet. Disponível em: Veja On line (http://veja.
abril.com.br/080709/nos-lacos-fracos-internet-p-94.shtml) > Acessado em 28\09\2009
www.portaliap.com | 57
1. De acordo com o texto em destaque, a que conclusão
chegaram sociólogos, psicólogos e antropólogos a respeito dos
relacionamentos virtuais?
1. Sousa (2008:55).
2. Idem, p. 56.
3. Cloud (1995:169).
4. Parrott (1998:77).
www.portaliap.com | 59
agora seus amigos também compartilhariam.5 Amizade sem cumplicida-
de é como uma “comida sem sabor” ou um “perfume sem cheiro”. Por-
tanto, “amigos saudáveis” cumprem o mandamento: ... alegrai-vos com
os que se alegram; chorai com os que choram (Rm 12:15).
4. A durabilidade da amizade saudável: Foquemo-nos, novamente,
na amizade de Davi e Jônatas: E disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz, por-
quanto nós temos jurado ambos em nome do Senhor, dizendo: O Senhor
seja entre mim e ti, e entre a minha descendência e a tua descendência
perpetuamente (I Sm 20:42 – grifo nosso). Esta amizade não era como um
belo sol de verão que acaba no inverno. Pelo contrário, era uma amizade
perpétua. Não era descartável, mas durável. Há os “amigos de estrada” e
os “amigos do peito”. Qual a diferença entre eles? Aqueles criam vínculos
de amizade transitória, que logo passa; estes, porém, criam vínculos que
permanecem por toda a vida. Estes são simplesmente inesquecíveis.
Durante toda a nossa vida conhecemos e fazemos amizades com pessoas
na escola, no trabalho, na igreja, etc. Porém, o tempo passa e muitas dessas
pessoas são automaticamente “deletadas” da nossa mente. Temos amizades
que terminam naturalmente, não por causa de alguma decepção ou falta de
interesse, mas simplesmente porque a estrada termina.6 Por outro lado, somos
capazes de construir amizades duradouras, que subsistem em meio às mais
adversas circunstâncias. Davi enfrentou a fúria de Saul; porém, tal fato não foi
suficiente para destruir a amizade que ele havia conquistado de Jônatas.
5. A lealdade da amizade saudável: Infelizmente, não seria incoerente
afirmar que faltam amigos leais na praça. Há muitos que se dizem “ami-
gos”; porém, só mantém a amizade enquanto esta estiver beneficiando os
seus interesses pessoais, mesmo que estes possam prejudicar ao outro. É
esta situação que o escritor de Provérbios 19:4 denuncia: As riquezas gran-
jeiam muitos amigos; mas do pobre o seu próprio amigo se separa. Quem
é leal não falta com sinceridade, pois faz da honestidade o pivô dos seus
relacionamentos pessoais. O amigo leal está com o outro “para o que der
e vier”. O amigo leal não põe em risco a amizade pela prática da traição.
Qual é o “tipo certo” de amigo? Quando um amigo é “bom”? Todo
mundo sabe que ser amigo somente nas boas horas não é desejável. A
pessoa fica ao nosso lado nos dias ensolarados, mas desaparece quando
o tempo fecha.7 Se você é uma das raras pessoas do mundo que têm ami-
5. Sousa (2008:58).
6. Parrott (1998:79).
7. Parrott (1998:77).
www.portaliap.com | 61
5. Leia o quinto item do comentário anterior e responda: Quais as
características de uma amizade marcada pela lealdade?
www.portaliap.com | 63
8
20 FEV 2010
Sejam santos
no trabalho
Hinos sugeridos: BJ 01 – SH 480 / BJ 10 – CC 422
Fonte: COHEN, David; CID,Thiago; MARIANO, Nádia; PEREIRA, Rafael. Dá para ser feliz no
trabalho? Disponível em: Revista ÉPOCA On line (http://revistaepoca.globo.com) > Acessado
em 16/10/2009.
www.portaliap.com | 65
1. Segundo o autor do texto em destaque, qual a importância do
trabalho para o ser humano e de que forma tem sido encarado pelos
profissionais brasileiros?
1. Steves (2005:94).
2. Marshall (1984:143).
3. Henry (2008:662).
4. Stevens (2005:97).
5. Marshall (1984:143).
www.portaliap.com | 67
Bíblia. Adão já trabalhava, antes da queda (Gn 2:15). O que a Bíblia ensina,
em Gênesis, é que Deus amaldiçoou a “terra”, e não o trabalho (Gn 3:17).
Neste sentido, o trabalho pré-queda era totalmente prazeroso, porque a
terra não estava sob maldição. Agora, por causa da maldição da terra, o
trabalho pós-queda tornou-se algo, por vezes, fatigante e desanimador.
Contudo, repetimos: o trabalho, em si, não foi amaldiçoado, mas a terra.
O trabalho é uma benção e não maldição; dignifica o homem! Não é um
“mal necessário”, mas um presente de Deus (Ec 3:13 cf. 2:24).
4. O proceder correto no trabalho: Até agora, vimos o imperativo
do trabalho, a diligência no trabalho e o valor do trabalho. Vejamos o
que diz a continuação do versículo: ... afim de que andeis com dignidade
diante dos que são de fora (I Ts 4:12a). Veja com quem Paulo está preo-
cupado aqui: “os de fora”. Este termo se refere aos não cristãos. O cristão
não tem compromisso somente com aqueles que fazem parte da igreja,
mas, também, precisa dar testemunho aos de fora. A santificação pessoal
precisa ser evidenciada para além das quatro paredes da igreja. Isso não
estava acontecendo na igreja de Tessalônica.
Como haviam abandonado seus trabalhos, os irmãos de Tessalônica
não estavam pagando as suas contas e dependiam dos outros crentes
para sobreviver.6 Um péssimo testemunho! Lamentavelmente, ainda
hoje, existe muita gente vivendo das cestas básicas da igreja, do estado,
da prefeitura. Não estamos dizendo que é errado recorrer à ajuda desses
órgãos, mas o problema é que existem pessoas nessa condição há tanto
tempo que se acomodaram e já nem se esforçam mais para ganhar seu
próprio sustento. Isso é um desserviço ao evangelho. A Bíblia nos orienta
a nos portarmos com sabedoria para com os de fora (Cl 4:5). Você tem
se portado de modo digno do evangelho? Trabalhe e desenvolva a sua
santificação pessoal em seu ambiente de trabalho, para viver de modo
digno aos olhos dos que estão de fora.
5. O alvo bíblico do trabalho: Aqueles que desejam agradar a Deus
com o seu trabalho precisam entender qual é a finalidade deste. Ao
concluir a sua exortação, Paulo diz aos cristãos que deveriam trabalhar
para dar bom testemunho aos que estão de fora e para que não neces-
sitassem de coisa alguma (I Ts 4:12b). Eles não deveriam ser parasitas
da sociedade. Precisavam trabalhar para adquirir o próprio sustento.
Esta é, em parte, a razão ou a finalidade do trabalho. Em outra ocasião,
6. Lopes (2008:98).
www.portaliap.com | 69
4. L
eia I Ts 4:12; Cl 4:5 e responda: O que esses textos nos ensinam
sobre o nosso procedimento para com os de fora? Neste sentido,
qual tem sido seu proceder em seu ambiente de trabalho?
Recorra ao item 4 do comentário.
5. A
pós ler II Ts 3:12; Sl 128:2; Ef 4:28 e o item 5 do comentário
anterior, comente com a classe o que a Bíblia diz sobre o alvo ou a
finalidade do trabalho.
7. Mcdonald (2008:64).
7. C
om base na segunda aplicação, comente a seguinte afirmação:
“para que aja santidade no trabalho, ele deve ser feito com
prontidão”.
3. Para que aja santidade no trabalho, ele deve ser feito com satisfa-
ção. Conforme já estudamos, o trabalho é uma benção de Deus! Por isso,
trabalhemos de todo coração, assim como a Cristo (Ef 6:5); ... como servos de
Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus (Ef 6:6). Os trabalhos, mesmo os
mais humildes e comuns, podem se tornar nobres e dignos, quando feitos
para a glória de Deus.9 A Bíblia diz: Fazei tudo sem murmurações (Fp 2:14).
Talvez você conheça pessoas que só vivem reclamando. Para esses, a roupa
nunca está boa, a comida sempre está sem sabor, o outro sempre tem culpa,
enfim, o mundo está contra ele! Ao contrário de tudo isso, o servo de Deus
deve trabalhar com satisfação, reconhecendo “que a empresa onde trabalha
foi a oportunidade que Deus lhe proporcionou para exercer a sua profissão”.10
www.portaliap.com | 71
8. Após ler a terceira aplicação, comente com a classe de que maneira
podemos trabalhar de todo coração, assim como a Cristo?
www.portaliap.com | 73
I. SAIU NA MÍDIA
No início do século passado acreditava-se que, com os avanços da
tecnologia, iríamos trabalhar cada vez menos e teríamos mais tempo
para o lazer e a família. Ocorreu exatamente o contrário. As facilidades
da vida moderna, como computador, internet, fax, telefone celular, TV
a cabo, e a melhoria no sistema de transportes tornaram a vida muito
mais rápida – e acrescentaram doses extras de stress à vida de todos
nós. Para sobrevivermos no dia-a-dia, seja no trânsito, seja no traba-
lho, precisamos ter reflexos rápidos e pensar de forma acelerada para
dar o próximo passo. A maioria das pessoas acumulou mais tarefas,
fica ligada 24 horas por dia e vive angustiada num emprego que não
sabe por quanto tempo será capaz de manter.
A insegurança impera dentro de edifícios com sistemas de segurança
dignos de fortalezas, e ninguém sai à noite sem um arrepio de medo.
Em vez de relaxarmos, ficamos cada vez mais alertas e tensos. (...) Um
instituto especializado estima que o nível de stress na população brasi-
leira esteja 50% mais elevado que há quarenta anos. Os pesquisadores
tiveram dificuldade em encontrar um brasileiro que não tivesse sentido
pelo menos uma vez os músculos tensos, a respiração acelerada e a pa-
ciência prestes a ir para o espaço, sintomas típicos da tensão. (...) [Entre-
tanto] O stress não é necessariamente negativo. O aumento gradativo
da adrenalina melhora o desempenho físico e intelectual de maneira
estrondosa – afinal, é para isso mesmo que serve.
Quando bem usado, ajuda a superar desafios. É a adrenalina – um
dos hormônios do stress – que faz com que atletas consigam superar
limites numa competição ou que consultores de multinacionais ter-
minem um projeto em tempo recorde. “Quando o stress é percebido
como um desafio, pode despertar o que há de melhor numa pessoa”,
diz a antropóloga americana Susan [Agora] “Se traz emoções negati-
vas, pode levar a doenças.” O conselho de Susan para tirar proveito da
energia do stress é aprender a intercalar os períodos de tensão, que
são essenciais para o desempenho, com pausas de relaxamento para
se recuperar. Quem não se permite descansar acaba pifando.
Fonte: ZAKABI, Rosana. Stress. Disponível em: Revista Veja On line (http://veja.abril.com.
br/110204/p_066.html) > Acessado em 25/10/2009.
www.portaliap.com | 75
terem saído da terra do Egito, (Ex 16:1) Deus, sem rodeio algum, orientou a
respeito do descanso ao sábado: Lembrem que eu, o Senhor, dei a vocês um
dia de descanso (...). No sétimo dia fiquem todos onde estiverem (Ex 16:29 –
NTLH). Mais tarde, quando fala do povo de Israel, ao redor do monte Sinai,
revela que o descanso ao sábado foi ordenado pela boca de Deus (Ex 20:1)
e registrado pelo dedo de Deus (Ex 31:8).
Portanto, o criador do descanso é o Deus falante: Então, falou Deus (Ex.
20:1a). Ele fala conosco e nos revela a sua vontade! O criador do descanso
é o Deus presente: Eu Sou (Ex 20:2a). Ele está ao nosso lado, nas aflições
diárias! O criador do descanso é o Deus soberano: o Senhor (Ex 20:2b). Ele
governa o universo de seu elevado e sublime trono! O criador do descanso
é o Deus pessoal: teu Deus (Ex 20:2c). Ele é soberano, mas não é distante ,
nem impessoal! O criador do descanso é o Deus libertador: te tirei da terra
do Egito, da casa da servidão (Ex 20:2d). Ele nos libertou do império das tre-
vas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1:13).
3. A Bíblia ordena a partilha do descanso: O descanso ao sábado
deveria ser amplamente partilhado: não farás nenhuma obra, nem tu,
nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem
o teu animal, nem o teu estrangeiro (Ex 20:10). Ao ordenar essa partilha
com suas criaturas, pessoas e animais, o Deus criador enfatiza o caráter
universal e ecológico desse descanso. É um descanso de caráter univer-
sal, porque dele participam pessoas de qualquer idade (adulto/criança),
classe (senhor/servo) e etnia (israelita/estrangeiro).
É de caráter ecológico porque também se estende aos animais utiliza-
dos durante a semana nos serviços de aradura e colheita, pelo lavrador
israelita. Pode-se dizer que a terra de um modo geral, com todos os seus
recursos naturais, minerais, animais, vegetais, usufrui desse descanso!
O descanso ao sábado, portanto, é socialmente justo e ecologiamente
correto. Enfim, contribui com a sustentabilidade ambiental. Isto está cla-
ramente de acordo com aquilo que o Senhor Jesus diria mais tarde: O
sábado foi estabelecido por causa do ser humano (Mc 2:28a).
4. A Bíblia aponta o padrão de descanso: O Deus que manda traba-
lhar seis dias e descansar no sétimo dia é o mesmo Deus que, no princí-
pio, trabalhou seis dias e descansou no sétimo dia: Porque, em seis dias,
fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia,
descansou (Ex 20:11). Basta lermos Gênesis 1:3 – 2:4. Ele é o nosso padrão
de descanso ao sábado. Mas o que faz de Deus um padrão de descanso
não é somente a maneira como ele descansou, mas também a maneira
como ele trabalhou durante a semana. E de que modo trabalhou?
www.portaliap.com | 77
vida. Deus não é contra o trabalho, mas também não é contra o descan-
so. Ele ordena trabalhar, mas também ordena descansar. Descansemos!
www.portaliap.com | 79
3. Aproveitemos o sábado para bendizer!
Aproveitemos o sábado para bendizer a Deus pelos seus benefícios:
aqueles que foram enviados para nos conduzir a uma terra boa e larga
(Ex 3:10), a libertação da servidão, a coluna de nuvem que nos protege do
calor do dia, a coluna de fogo que nos aquece do frio da noite (Ex 13:21),
a abertura do Mar Vermelho (Ex 14:21), o maná diário (Ex 16:4), a água da
rocha (Ex 17:6), as pelejas vencidas (Ex 17:13), as orações respondidas, o
perdão imerecido, o nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez po-
bre por amor a nós, para que, pela sua pobreza, nos tornássemos ricos (II
Co 8:9). Não podemos esquecer de nem um só de seus benefícios (Sl 103:2).
www.portaliap.com | 81
I. SAIU NA MÍDIA
Aquela família convencional, em que maridos e mulheres viviam
juntos até que a morte os separasse, ainda é muito forte, mas está
perdendo terreno numa velocidade assombrosa. Dentro de mais vinte
anos, a família nuclear, constituída de pais e filhos de um primeiro ca-
samento, será minoria no país. O número de divórcios quase dobrou
no Brasil em apenas dez anos. Já são cerca de 200.000 por ano. Um em
cada quatro casamentos termina em separação. De cada cinco bebês
que estão nascendo neste ano, um vai viver em família de pais separa-
dos antes de atingir a vida adulta.
É o fim das famílias felizes? Não. A mudança nesse perfil tem sido
acompanhada por outra, igualmente marcante, nos últimos anos. É a
forma como a sociedade se tem adaptado ao novo padrão familiar. A
idéia de que casamentos não vão necessariamente durar para sempre
é cada vez mais aceita entre os diversos grupos e classes sociais. Até
alguns anos atrás, o divórcio era um estigma que marcava pais e fi-
lhos para o resto da vida. (...) “Qualquer comentário sobre separação
era absolutamente sigiloso. A situação agora é outra.” Antigamente,
era fácil entender o desenho de uma família. Nele cabiam pai, mãe e
filhos, avós, tios, sobrinhos, primos e primas. Eram relações de paren-
tesco que se estabeleciam uma única vez e perduravam a vida toda.
A mudança nesse padrão tem resultado em novos e surpreenden-
tes quebra-cabeças familiares. Filhos de pais que se separam, e vol-
tam a se casar, vão colecionando uma notável rede de meios-irmãos,
meias-irmãs, avós, tios e tias adotivos. (...) O novo organograma do
grupo familiar, que os psicólogos chamam de família-mosaico, é um
fenômeno mundial. Nos Estados Unidos, onde os divórcios também
triplicaram nos últimos vinte anos, o número de filhos vivendo com
apenas um dos pais dobrou desde 1970. Na Inglaterra, as famílias
não convencionais, resultantes de divórcios e separações, serão
maioria dentro de apenas dez anos.
Fonte: GRANATO, Alice; MARI, Juliana De in Os meus, os seus, os nossos. Disponível em:
Revista Veja On line (http://veja.abril.com.br/170399/p_108.html) Acessado em 18/10/2009.
www.portaliap.com | 83
ser uma companheira e não uma concorrente! Com sabedoria, a mulher
deve edificar o lar, ajudando na educação dos filhos e apoiando o espo-
so. Vale dizer que essa submissão não é incondicional, pois espera-se do
marido uma liderança santa e amorosa, que reflita a de Cristo.
2. O dever dos maridos: Se a palavra que caracteriza o papel da es-
posa é submissão, a palavra que caracteriza o dever do marido é amor.
Submeter-se pode ser difícil, mas amar é ainda mais. De fato, o padrão
determinado aos maridos é elevadíssimo: ... amai vossa mulher, como
também Cristo amou a igreja (Ef 5:25a). “Paulo exalta o amor conjugal ao
nível mais alto possível, pois vê no lar cristão uma imagem do relaciona-
mento entre Cristo e a igreja”.4 Não é difícil à mulher sujeitar-se a um ho-
mem que a ame na semelhança de Cristo, pois seu amor será persistente,
sacrificial, santificador e romântico! (cf. Ef 5:25-33).
Sobre a mulher, alguém afirmou: “Ela não foi feita da cabeça para go-
vernar sobre ele, nem dos pés para ser pisada por ele, mas de sua costela
para ser igual a ele, sob seu braço para ser protegida por ele e perto de
seu coração para ser amada por ele”.5 O homem que quer ver seu lar san-
to, deve sacrificar-se em amor para fazer a esposa feliz. Cuidando dela,
buscando suprir suas necessidades físicas e emocionais e ajudando-a na
santificação. Veja que interessante: O que é sujeitar-se? É entregar-se a
alguém. E o que é amar? Também é entregar-se a alguém. Assim, uma
entrega de ambos, marido e mulher, é o alicerce para um casamento
santo, duradouro e próspero.6
3. O preceito aos filhos: A parte que cabe aos filhos na santidade do lar
é de extrema importância (Ef 6:1-3): É a obediência motivada pela honra! O
texto se inicia desta forma: Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor (v. 1a), e
segue apresentando três excelentes razões para tal tarefa. Em primeiro lu-
gar, a obediência é justa (v.1b): Os pais colocaram os filhos no mundo e são
mais sábios do que eles; por isso, nada mais correto do que serem respeita-
dos e honrados. Também é justa porque a autoridade dos pais foi conferida
pelo Senhor. Deste modo, desobedecer aos pais é afrontar o próprio Deus.
Em segundo lugar a obediência é ordenada (v. 2a): É um preceito bí-
blico que está entre os dez mandamentos: Honra teu pai e tua mãe...
(Êx 20:12). Entretanto, “honrar os pais” é bem mais do que obedecê-los.
“Significa mostrar respeito e amor por eles, cuidar deles enquanto pre-
4. Wiersbe (2006:65).
5. Henry apud. Wiersbe (2006:25).
6. Stott (2007:374)
7. Wiersbe (2006:68).
8. Mehl (2000:118).
9. Stott (2007:186).
10. Lopes & Lopes (2007:149).
www.portaliap.com | 85
aos irmãos de sangue. Sabe-se que o convívio entre eles costuma ser
conflitante. Brigas, ciúmes, inveja são comuns. A Bíblia não nega isso.
É só nos lembrarmos de Caim e Abel, de Jacó e Esaú, de José e seus
irmãos. Contudo, com os salvos em Cristo, esse convívio pode e deve
ser diferente. Os irmãos que querem ser unidos e santos devem evitar o
egoísmo, o ciúme e a inveja (Gn 4:1-9; 37:1), e devem cultivar o perdão, a
compaixão, a aceitação e a amizade (Gn 45:15; Jo 1:35-42; Lc 10:38-42).
É possível, sim, ser santo na família. Você pode ver relacionamentos santos
e saudáveis dentro dela. Mas o que fazer para alcançar essa bênção? Funda-
mente a sua família na palavra de Deus! Mas lembre-se: Você e seus familia-
res não conseguirão isso por vocês mesmo. É necessária a ajuda de Deus (Sl
127:1). Por isso, há um apelo bíblico: Enchei-vos do Espírito! Para isso, orem e
leiam a Bíblia juntos. Busquem a presença de Deus na família, pois somente
pessoas cheias do Espírito podem construir lares santos. Amém! Na sequên-
cia do estudo, vamos com base em Ef 4:25-32, observar três conselhos prá-
ticos de Paulo para o relacionamento interpessoal e os aplicaremos à família.
2. C
om base em Ef 5:21-33 e nos itens 1 e 2 do comentário,
responda: Qual é papel das esposas na família? E qual é o dever
dos maridos, segundo a Bíblia?
3. Após ler Ef 6:1-4 comente o preceito bíblico dado aos filhos e depois
explique o conselho que Paulo trouxe aos pais cristãos.
www.portaliap.com | 87
6. Leia a segunda aplicação, Ef 4:29,31-32a e comente a importância do
respeito mútuo na família.
www.portaliap.com | 89
I - SAIU NA MÍDIA
O mais recente desses estudos, divulgado há três semanas pelo Social
Issues Research Centre, um centro de pesquisas independente de Londres,
entrevistou 1.000 donos de telefones celulares, entre homens e mulheres,
perguntando-lhes que tipo de conversa costumam manter em seus apa-
relhos e em que ocasiões. A conclusão foi que 33% dos homens do grupo
eram fofoqueiros contumazes, contra apenas 26% das mulheres.
A diferença entre a fofoca masculina e a feminina, apontam os es-
tudos, está no conteúdo. Os homens, mais competitivos por natureza,
geralmente fofocam sobre o ambiente de trabalho. Comentam sobre a
possibilidade de promoção dos colegas e dos chefes – e também sobre
suas gafes e comportamentos inadequados. O que está em jogo, por trás
dessas intrigas, é quem vai vencer na carreira e quem vai ficar no meio do
caminho. As mulheres preferem fofocar com as amigas e parentes, e seus
temas prediletos são os relacionamentos, tanto os próprios quanto os
alheios. “Os dois gêneros têm em comum o fato de comentarem muito
sobre a aparência de pessoas do sexo oposto”, disse a VEJA Jack Levin,
sociólogo da Northeastern University (...).
Segundo os especialistas em comportamento, a percepção de que
a fofoca é apenas da natureza feminina é uma herança dos tempos
em que as mulheres não trabalhavam. Restritas ao limitado universo
doméstico, o assunto recorrente de suas conversas era a relação com
seus maridos. Estes, na defensiva, menosprezavam as conversas das
mulheres sobre eles como sendo fofocas sem importância. No mundo
de hoje, em que a teia de relacionamentos se tornou infinitamente
maior e mais complexa, a fofoca não conhece gênero.
Fonte: ZAKABI, Rosana. Psiu! Ouviu essa? Disponível em: Veja On line (http://veja.abril.com.
br/ 080807/p_104.shtml) > Acessado em 28\09\2009
1. Hendriksen (1998:415).
2. Champlin (1979:138).
www.portaliap.com | 91
citados pelo apóstolo. Ela também fere corações, destrói relaciona-
mentos e mata pessoas: “... trata-se da difamação, da injúria contra a
reputação alheia”.3 Quando não conseguimos dominar a “nossa lín-
gua” ou “medir as nossas palavras”, corremos o risco de difamarmos e
lançarmos injúria contra a reputação dos outros.
Se somos espirituais, devemos manifestar o fruto do Espírito Santo em
nossa vida: Mas o Espírito de Deus produz (...) a humildade e o domínio
próprio (Gl 5.22-23 – grifo nosso). Ninguém gosta de ter sua reputação
abalada. É necessário que tenhamos muita prudência ao lidarmos com nos-
sas palavras. Não devemos falar algo, sem, antes, pensar nas consequências
que tal palavra poderá trazer. Pessoas que só sabem julgar, falar precipita-
damente, apontando falhas, fazendo fofocas, boatos e levantando discór-
dias, devem ser evitadas, em todo o tempo.4 Evitemos destruir relaciona-
mentos e machucar as pessoas. Evitemos a maledicência! Sejamos santos!
3. A Bíblia diz que deve haver pureza no falar: Agora, porém, despo-
jai-vos, igualmente de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência,
linguagem obscena do vosso falar (Cl 3:8 – grifo nosso). Aqui, Paulo
retrata um dos pecados mais comuns no meio do povo de Deus daquela
geração. Tal pecado rompeu as fronteiras do tempo e, hoje, é um dos
responsáveis pela regressão da santificação pessoal de muitos. Martin
faz a seguinte observação: “Linguagem obscena do vosso falar é uma pa-
lavra achada somente aqui em Novo Testamento e sugere a linguagem
abusiva, seja como fala grosseira, seja como um apelo aos palavrões”.5
Santificação pessoal também envolve pureza em nossas palavras.
Uma língua pura evita falar palavrões, bem como palavras de “duplo
sentido”. O texto de Efésios 5:3-4 (NTLH) é taxativo em afirmar que qual-
quer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem
mesmo assunto de conversa entre vocês. Não usem palavras indecentes,
nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Toda lin-
guagem vulgar deve ser tirada do nosso vocabulário diário, pois expressa
total desrespeito aos bons costumes. Alguém já disse que o linguajar
vulgar é a “pornografia expressa em palavras”. E não vamos nos iludir: os
efeitos da pornografia verbal são tão nocivos quanto os da visual.6 Procu-
remos, portanto, proferir palavras puras. Sejamos parecidos com Cristo.
3. Champlin (1979:139).
4. Thitonin (2000:101).
5. Martin (1973:116).
6. Koopman (1972:32).
7. Champlin (1979:139).
8. Koopman (1972:13).
www.portaliap.com | 93
maledicências, brigas, etc. Poderíamos evitar muita confusão, se mode-
rássemos mais a língua.9 Sejamos prudentes no falar!
Você ainda se lembra do primeiro parágrafo deste comentário? A
Bíblia diz que precisamos nos despir do velho homem com os seus
feitos (Cl 3:9). Será que isso tem a ver com nossas palavras? Sim! Na
verdade, isso tem tudo a ver. Antes, tínhamos pensamentos domina-
dos pelo pecado; nossas palavras eram torpes e indecentes. Hoje, po-
rém, temos a mente de Cristo! Uma mente cristocêntrica produz pala-
vras que curam, que restauram, que edificam e que pacificam. Para a
glória de Deus, fazemos parte de uma geração que não se conforma
com a “linguagem profana” deste mundo, mas busca a transformação
pela renovação da mente (Rm 12:2). Sejamos, portanto, semelhantes
a Cristo: sejamos santos na palavra!
9. Koopman (1972:12).
www.portaliap.com | 95
7. Leia Jz 6:14, a segunda aplicação e responda: Que grande exemplo
nos dá o Senhor quanto ao falar?
INTRODUÇÃO: O que você come, como você come, onde você come,
com quem você come, o quanto você come pode tornar você mais santo
ou menos santo. Esaú e Daniel que o digam. A alma de Esaú era contro-
lada pelo paladar. Por um prato de comida ele negociou a sua primoge-
nitura, isto é, os seus direitos de filho mais velho (Gn 25:34). Com Daniel
foi diferente. Ele, ao contrário de outros jovens também vindos de Israel:
Resolveu (...) firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei,
nem com o vinho que ele bebia (Dn 1:8). Manteve o seu compromisso
com Deus. Uma vez que alimentação e santificação se relacionam dire-
tamente, a lição de hoje nos mostra o que devemos evitar e o que deve-
mos fazer para sermos mais santos na sua obtenção e no seu consumo.
www.portaliap.com | 97
I - SAIU NA MÍDIA
Você é o que você come e também quanto e como você come. Os ali-
mentos podem ajudar ou prejudicar sua saúde. Mas não é recomendável
sentar-se à mesa como se vai a uma farmácia ou lançar-se a excessos
como um condenado em sua última refeição. O prazer do equilíbrio é a
chave de tudo. Quando o francês Jean Anthelme Brillat-Savarin cunhou,
em 1825, a expressão “diga-me o que comes e eu te direi o que és”, re-
feria-se, sobretudo, aos prazeres de uma boa refeição. Em seu tratado de
gastronomia A Fisiologia do Gosto, a primeira obra sobre a relação do ho-
mem com a comida, ele dizia que a elaboração de um novo prato causava
mais felicidade à espécie humana do que a descoberta de uma estrela. (...)
Já está provado que, das dez doenças que mais matam no mundo, cinco
estão diretamente associadas a uma dieta de má qualidade: obesidade, in-
farto, derrame, diabetes e câncer – sobretudo o de mama, o de próstata e o
de intestino. “Quem quer que seja o pai de uma doença, a mãe foi uma dieta
deficiente”, diz o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Bra-
sileira de Nutrologia (Abran). Não é preciso ser um freqüentador compulsivo
de spas de emagrecimento para perceber que basta uma semana de alimen-
tação regrada, frugal e saudável para o organismo funcionar melhor. O hálito
melhora, o cabelo fica mais sedoso, a pele mais viçosa. Surge o ânimo para
acordar mais cedo e, por que não, fazer inclusive uma caminhada. (...)
Ah, os refrigerantes, as batatas fritas, os hambúrgueres... Se eles não
fossem tão gostosos, não teriam ganhado o planeta. Já as frutas, as ver-
duras, os legumes... Bem, a verdade nua e crua (ou cozida, como queira)
é que são alimentos difíceis de engolir para oito em cada dez pessoas
(e para dez em cada dez crianças). Pesquisadores da Universidade de
Oxford, na Inglaterra, desvendaram os mecanismos cerebrais que tornam
uma fritura mais apetitosa do que um rabanete. Eles descobriram que as
comidas gordurosas ativam uma região cerebral conhecida como córtex
cingulado, a mesma que se acende quando recebemos um carinho ou
sentimos o cheiro de um perfume. A educação dos sentidos, no entanto,
não é tão difícil como parece. Há uma máxima antiga segundo a qual “as
doenças não afetam quem sabe o que comer, o que não comer, quando
comer e como comer”. Isso está ao seu alcance.
Fonte: BUCHALLA, Anna Paula in Você é o que você come. Disponível em: Revista Veja on
line (http://veja.abril.com.br/300408/p_114.shtml) > Acessado em 19/10/2009.
1. Kivitz (2009:184).
www.portaliap.com | 99
Em terceiro lugar, a Bíblia diz que, na obtenção do alimento, devemos
evitar o oportunismo. Certa ocasião, Paulo soube (II Ts 3:11) que, numa
das igrejas em que havia estado, alguns irmãos insistiam em viver à custa
de outrem, mesmo depois de terem sido por ele orientados, tanto pelo
exemplo (II Ts 2:9) quanto pela palavra (II Ts 2:10). Esses irmãos sobreviviam
do oportunismo. A pessoa influenciada pelo oportunismo se aproveita da
bondade, do trabalho e do recurso do próximo para se sustentar. O após-
tolo confrontou energicamente o gravíssimo comportamento oportunista:
a esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo,
que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão (II Ts 3:12).
Em quarto lugar, a Bíblia diz que, na obtenção do alimento, devemos evi-
tar o materialismo. Tão logo Jesus notou que o impulso de grande parte do
povo em sua direção era somente de natureza material, isto é, para obtenção
de alimento (Jo 6:26), declarou: Trabalhai, não pela comida que perece, mas
pela que subsiste para a vida eterna (Jo 6:27). Obviamente, “o Senhor não quis
dizer com isso que não deveriam trabalhar para ganhar o pão diário, mas que
isso não deveria ser o alvo principal deles. Satisfazer o apetite físico não é a
coisa mais importante na vida”2, porque está escrito: nem só de pão vivera o
homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4:4 – NTLH).
Em quinto lugar, a Bíblia diz que, na obtenção do alimento, devemos evitar
o individualismo. Alguém que vive sob o domínio do individualismo revela
pouca ou nenhuma solidariedade. Olha para a sua colheita e nota que ela foi
boa, muito boa (Lc 12:16). Vai faltar-lhe celeiro para guardar tantos frutos e
tantos cereais (Lc 12:17). Mas ele não vai repartir a sobra com aquele que plan-
tou tudo, mas não colheu nada. Ele vai mesmo é construir celeiros maiores
para estocar o excedente para o futuro (Lc 12:18)! Então, dirá a sua alma: tens
em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te
(Lc 12:19). Esta atitude é absurda, pois “quem vive aos cuidados de um Deus
doador convive com a responsabilidade de compartilhar”3 (Pv 22:9).
2. Instruções bíblicas sobre o consumo do alimento: Não basta ser
santo apenas na obtenção do alimento: precisamos ser também santos no
seu consumo. Para sermos santos nessa área, precisamos seguir algumas
práticas. Em primeiro lugar, devemos observar a abstinência. O Deus da
Bíblia, que possui santidade perfeita (Lv 11:44) e que detém soberania ab-
soluta (Dt 14:2), alistou para o seu povo, de todos os tempos e de todos os
locais, “as carnes proibidas” e “as carnes permitidas” para o consumo (Lv
2. MacDonald (2008:266)
3. Kivitz (2009:188).
www.portaliap.com | 101
negócios escusos são fechados, alimentos impuros são consumidos, be-
bidas alcoólicas são tomadas, palavras impróprias são faladas, princípios
bíblicos são quebrados, pessoas casadas são seduzidas, decisões injus-
tas são tomadas. Sejamos sóbrios também ao redor da mesa!
Uma das mais belas cenas da igreja, é aquela quando vemos todos os
irmãos e irmãs ao redor da mesa do Senhor, para tomar da ceia que ele
mesmo instituiu, para anunciar a sua morte e relembrar a sua vinda. Uma
vez que não querem comer e beber juízo para si, buscam se postar e se
portar de um modo digno e santo, porque sabem que estão diante da Ceia
do Senhor, que teve o seu sangue derramado e seu corpo partido para
salva-los. Mas não é apenas diante da Ceia do Senhor, que precisamos nos
comportar com santidade. Vimos que a Bíblia também recomenda santi-
dade na refeição diária, tanto na sua obtenção, quanto no seu consumo.
4. A partir da leitura do item 2 e dos textos bíblicos que o fundamentam,
quais as cinco instruções bíblicas sobre o consumo do alimento?
2. Peçamos sem extravagância!
Como viver livre da atormentadora preocupação com a sobrevivência?
Orando a Deus! É isso que a palavra Deus nos recomenda claramente:
Não se preocupem com nada, mas em todas as orações peçam a Deus o
que vocês precisam (Fp 4:6a, NTLH). Interessante a expressão: o que vocês
precisam. Está de acordo com oração que Jesus ensinou: Dá-nos hoje o ali-
mento que precisamos (Mt 6:11, NTLH). O que passar disso é extravagância!
Que a nossa oração seja a oração de Agur, escritor de alguns provérbios:
Eu te peço, ó Deus, (...). Dá-me somente o alimento que preciso para viver.
Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso
de ti. (Pv 30:7-9, NTLH). Queiramos e peçamos apenas o suficiente!
4. Meyer (2002:19)
www.portaliap.com | 103
7. Q
ual o princípio ensinado por Paulo, em Fp 4:6a, e por Jesus, em
Mt 6:11?
www.portaliap.com | 105
I. SAIU NA MÍDIA
A maravilhosa janela para o mundo virtual também abre uma porta
para seus perigos. Aos pais, cabe a obrigação de controlar a circulação
dos filhos num ambiente incontrolável. Para muitos pais e mães que pas-
saram a infância na pré-história eletrônica, ver o filho de 6 anos manu-
sear mouse e teclado com a desenvoltura de quem nasceu para isso – e
nasceu mesmo – é de encher o coração de orgulho. Um pequeno em-
purrão, que nem precisa vir de casa (um colega esperto ou um primo um
pouco mais velho fazem o mesmo efeito), e em dois tempos o pequeno
gênio domina o vocabulário da rede, baixa música e vídeo, descobre
sites, joga on-line, troca mensagens com os amigos.
(...) O acesso ao conhecimento e ao infinito mundo de conexões pro-
piciado pela internet é talvez o mais transformador fenômeno do mundo
contemporâneo. Nunca é demais exaltar as maravilhas que essa janela
virtual para o mundo propicia. Nesta reportagem, porém, vamos falar do
lado escuro da força da rede, realidade que nenhum adulto responsável
por uma criança conectada pode se permitir ignorar. A internet é um
espaço aberto e ingovernável, no qual circula todo tipo de boas e más in-
tenções. Nele, qualquer ser humano que saiba ler está sujeito a encontrar
o que quer, o que não quer e o que nem sabe que não quer.
Se adultos escorregam na rede, risco muito maior correm as crianças,
inexperientes e influenciáveis – situação que demanda dos pais supervi-
são constante e preocupação permanente, visto que controle total e ab-
soluto eles nunca vão ter. “A gente cresceu ouvindo os pais dizer para não
abrir a porta para estranhos, não aceitar carona de desconhecidos, não
falar com qualquer um na rua. Pois na internet a criança abre a porta para
o mundo. Muitos pais ainda acham que ela está segura dentro do quarto,
brincando no computador”, espanta-se a gerente da área de segurança
da Microsoft no Brasil, Marinês Gomes. Qualquer especialista que se con-
sulte vai dizer que todo pai e toda mãe de filho pequeno têm a obrigação
de se informar e acompanhar suas atividades virtuais. (...) É para fiscalizar
também, vigiar mesmo, clara e abertamente, com a maior naturalidade,
sem autoritarismo e sem medo de exercer a obrigação da autoridade.
Fonte: BRASIL, Sandra. Escancarada – assim é a sua casa. Disponível em: Revista Veja On line
(http://veja.abril.com.br/180707/p_086.shtml) > Acessado em 26/10/2009.
1. Diniz (Mai/2009:88-96).
www.portaliap.com | 107
venenados! Neste sentido a Bíblia diz: Irmãos, não faleis maus uns dos outros
(Tg 4:11). Precisamos tomar cuidado para não sermos caluniadores na rede!
A nossa comunicação deve ser edificadora e não destruidora: Não saia da
vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a
edificação... (Ef 4:29). Palavras ou conversas imorais e difamatórias não de-
vem sair da boca daqueles que proclamam Jesus Cristo como Senhor.
2. O uso da internet e o princípio bíblico da fidelidade: Você co-
nhece alguém que usa a internet como uma ferramenta para encontrar
a pessoa amada? Pois é, o número de pessoas que fazem isso cresce
assustadoramente. É lógico que não estamos dizendo que isso é im-
possível de acontecer. Existem pessoas que conseguem. Mas, não dá
para se animar muito. Pesquisas mostram que apenas 2% das pessoas
se casam com alguém que conheceu virtualmente, e, são raríssimos
os casos em que o casamento dura mais do que um ano.2 Agora, o
que mais assusta nos dados das pesquisas relacionadas aos sites de
relacionamentos é que, grande parte das pessoas que está on line, em
busca de pretendentes, é casada. O mundo do bate-papo eletrônico
cresceu com novo um fenômeno: a infidelidade virtual. Infelizmente, a
infidelidade virtual tem destruído vários casamentos reais.
Junto com as salas de bate-papo, outra cilada que tem destruído
o convívio entre vários casais, é o acesso à pornografia.3 A palavra
“sexo” é uma das mais digitadas nos sites de busca da internet. São
muitos os que passam também, horas e horas curtindo as imagens na
telinha do computador. Isso é pecado! Pode acabar com o seu casa-
mento. Pode acabar com você! Cuidado! A Bíblia diz: Fugi, portanto,
da imoralidade sexual (I Co 6:18). Jesus disse: ...o homem não separe
o que Deus ajuntou (Mc 10:9). O casamento foi feito para durar. Se-
gundo as Escrituras ele é indissolúvel. Por isso, não seja infiel ao seu
cônjuge, em hipótese alguma, muito menos num site de relaciona-
mento! Muito menos se enchendo de pornografia!
3. O uso da internet e o princípio bíblico do discernimento: Você ain-
da tem alguma dúvida no que diz respeito ao “batismo no Espírito Santo”?
Ou, quem sabe, sobre os “dons espirituais”? Melhor, sobre “eleição e pre-
destinação”? Não importa. Para dúvidas, sejam elas quais forem, o Google,
principal site de buscas da internet, tem milhares de respostas! Muitos são
os que têm bebido da sua fonte. E, na maioria das vezes, só desta fonte...
2. PINHEIRO (Nov/2002).
3. É bom que se diga aqui, que esta orientação não é só para os casados, mas para todos.
www.portaliap.com | 109
A mensagem desta expressão é que a vida cristã não é isolada é junta.
Precisamos nos relacionar; viver em comunhão uns com os outros (Sl
133). Não deixe a internet tirar essa benção de você.
5. O uso da internet e o princípio bíblico da propriedade: A lei
da propriedade intelectual significou um avanço muito grande para as
artes e para a ciência. Esta lei, que surgiu no século XVIII, legitimou
uma das idéias que viria a se tornar um dos alicerces do mundo mo-
derno: a de que o autor é dono da sua obra e deve ser recompensado
sempre que ela trouxer ganho financeiro à outra pessoa.6 Entretanto,
muito tempo antes do surgimento desta lei, as Escrituras já diziam, de
forma muito clara e direta: Não furtarás (Ex 20:15). Existe um princípio
bíblico implícito neste versículo. Este mandamento reconhece o direito
de posse de cada pessoa.7 Por isso, tirar de alguém um valor que é seu
por direito é quebrar esse mandamento.
Com o aparecimento da internet a “lei da propriedade intelectual” e,
principalmente, o “princípio bíblico do direito de posse”, é quebrado com
frequência. A “pirataria” cresceu assustadoramente nos últimos anos! Se-
gundo a Federação de Comércio do Rio de Janeiro, no ano de 2008, o
consumo de produtos piratas aumentou consideravelmente. Por volta de
8 milhões de brasileiros adquiriram algum produto desta procedência
neste ano. Uma das grandes responsáveis por esse aumento: a inter-
net. Com ela tudo ficou mais fácil. Por exemplo, é possível baixar de um
computador comum CDs, DVDs, filmes, livros, textos, programas e etc.
Todavia, não nos enganemos: pirataria é crime e também é pecado!
Não caia na “tentação do click”. Se você, por meio da compra de
produtos piratas, defraudou alguém que lutou para gravar um CD,
que ralou para produzir um filme, que suou para escrever um livro;
peça perdão a Deus, ele é fiel e justo para nos purificar e nos perdo-
ar de toda a injustiça (I Jo 1:9). Não permita que a internet seja um
empecilho em sua comunhão com Deus. Não permita que a internet
lhe faça quebrar princípios da Palavra de Deus. Para que isso não
aconteça, coloquemos em prática o princípio da vigilância. Ao aces-
sarmos a internet é necessário vigiarmos três áreas da nossa vida,
conforme veremos na sequência deste estudo.
6. Borsato (Ago/2009).
7. Aleen (1981:74).
www.portaliap.com | 111
olhos santos ao navegar pela internet! Por isso é importante a vigilância.
Se não vigiarmos os nossos olhos, eles irão sentir prazer em acessar sites
impróprios; irão amar ficar “espiando” emails com vídeos ou conteúdos
imorais. Vigie! Você é um filho da luz! Seus olhos precisam ser bons. Faça
a oração do salmista: Desvia os meus olhos de contemplarem o que é inú-
til e vivifica-me no teu caminho (Sl 119:37).
7. Após ler a segunda aplicação, diga o que você pensa, sobre passar
horas e horas conectado a internet? Fale sobre a importância da
vigilância do tempo.
www.portaliap.com | 113
BIBLIOGRAFIA
ACABARAM os bereanos? In: Revista Ultimato. Viçosa (MG): Ultimato, ed.
280, janeiro/fevereiro de 2003.
BORSATO, Cintia. O seu, o meu, o nosso conteúdo. In: Revista VEJA. Edi-
ção 2125 / 12 de agosto de 2009. Disponível em: http://veja.abril.com.
br/120809/o-seu-o-meu-nosso-conteudo-p-086.shtml > Acessado em
22/10/2009.
CÉSAR, Elben M. Lenz. Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Viçosa,
MG: Ultimato, 2006.
DINIZ, Laura. Mouse ao alto! In: Revista Veja. São Paulo: Abril, edição
2113, maio de 2009.
www.portaliap.com | 115
____________. A arte de permanecer casado: um guia seguro para quem
deseja salvar um casamento. São Paulo: Hagnos, 2007.
LOPES, Hernandes Dias. Morte na Panela, uma ameaça real a igreja. São
Paulo: Hagnos, 2007a,
PINHEIRO, Daniela. Tecla comigo, vai... In: Revista Veja. Edição 1778/ 20
de novembro de 2002. Disponível: http://veja.abril.com.br/201102/p_076.
html > Acessado em 20/10/2009.
RYRIE, Charles C. Como pregar doutrinas bíblicas. São Paulo: Mundo Cris-
tão, 2007.
SCHELP, Diogo. Nos laços (fracos) da internet. In: Revista Veja. Edição
2120/ 8 de julho de 2009. Disponível em: http://veja.abril.com.br/080709/
nos-lacos-fracos-internet-p-94.shtml > Acessado em 28\09\2009.
www.portaliap.com | 117
STOTT, John. A mensagem de I Timóteo e Tito: A vida da igreja local,
doutrina e o dever. São Paulo: ABU, 2004.
www.portaliap.com | 119
Código
FICHA DE ASSINATURA
Nome
Endereço
Bairro CEP
Assinatura Renovação
Envie esta ficha e o comprovante do pagamento para: Departamento de Assinatura • Rua Dr. Afonso Vergueiro, nº 12
CEP 02116-000 – Vila Maria – São Paulo – SP – Tel.: (11) 2955-5141 – Fax: (11) 2955-6120 – E-mail: gevc@terra.com.br
“E o semeador
saiu a semear”
10
Em 2010, este é o alvo:
Contatos
Missionários
de contatos missionários
CONGRESSO
SANTIFICAI E ADORAI
Um Culto Santo Para o Deus Santo
Convidado Especial
Asaph Borba
PARTICIPE DESSE EVENTO DE CELEBRAÇÃO E APRENDIZADO
2 a 4 de Abril - 2010
Curitiba - PR
INSCREVA-SE PELO SITE www.demaps.com.br
ou pelo fone (11) 3119-6457 (falar com Silvana)