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LINHAS DE TRANSMISSÃO
FUNDAÇÕES PARA LINHAS DE
APOSTILA TRANSMISSÃO Código: 001.002
SETORIAL

01 - Linhas de Transmissão.
01.002 - Projeto

Proibida a reprodução, para efeito de venda. Uso exclusivo em


Treinamentos Internos. Distribuição Gratuita.

Coordenador: Roberval Luna


Luna da Silva
Coluna – Consultoria e Treinamento
www.coluna.eng.
www.coluna.eng.br

Página: 1 No da Revisão: 00 Data: 13.10.2003 Elaboração: Roberval Luna


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01.002.003.000 – REQUISITOS DE MECÃNICA DOS SOLOS.

01.002.003.001 – PAPEL DA MECÂNICA DOS SOLOS.

A Mecânica dos Solos estuda as características físicas dos solos e as suas propriedades
mecânicas (equilíbrio e deformação) quando submetido a acréscimos ou alívio de
tensões. Solo sob o ponto de vista da engenharia é a denominação que se dá a todo
material de construção ou mineração da crosta terrestre escavável por meio de pá,
picareta, escavadeira, etc, sem necessidade de explosivos. Dentre os mais importantes o
estudo da Mecânica dos Solos inclui:
• Teorias sobre comportamentos dos solos submetidos a tensões, baseados em
hipóteses altamente simplificadas;
• Investigação das propriedades físicas reais de solos.

01.002.003.002 - ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UM SOLO.

O solo é constituído de uma fase fluida (água e ou ar) e de uma fase sólida. A fase sólida
ocupa os vazios deixados pelas partículas sólidas. Os solos na natureza apresentam-se
constituídos de três fases físicas, em maior ou menor proporção. O arcabouço do solo,
constituído do agrupamento das partículas sólidas, apresenta-se entremeado de vazios,
os quais podem estar preenchidos com água e/ou ar. São os solos, assim, no caso mais
geral, um sistema disperso formado por três fases: sólida, líquida e gasosa.

Ar

Sólido Água

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Parte gasosa – Ar, vapor d’água e carbono combinado responsáveis pela


compressibilidade do solo, uma vez que a água pode fluir através do solo, há a
necessidade de se levar em conta ocorrências dessas fases físicas, quando da avaliação
quantitativa do comportamento do solo. Fase composta geralmente pelo ar do solo em
contato com a atmosfera, podendo-se também apresentar na forma oclusa (bolhas de ar
no interior da fase água).

Parte líquida - Preenche os vazios dos solos. Pode estar em equilíbrio hidrostático ou
fluir sob a ação da gravidade ou de outra forma. A água contida no solo pode ser
classificada em:
• Água de constituição: é aquela que faz parte da estrutura molecular da partícula
sólida. Presente na própria composição química das partículas sólidas, não é
retirada utilizando-se os processos de secagem tradicionais.
• Água adesiva ou adsorvida: é a película de água que envolve a partícula sólida e a
ela se adere fortemente (0,005µ). Aderem-se as partículas de solos muito finos
devido à ação de forças elétricas desbalanceadas na superfície dos argilo-
minerais.
• Água higroscópica: encontra-se em um solo seco ao ar livre. As águas encontradas
nas condições livre, higroscópica e capilar são as que podem ser totalmente
evaporadas pelo efeito do calor a uma temperatura maior que 100° C.
• Água capilar: Eleva-se pelos interstícios capilares formados pelas partículas
sólidas, devido à ação das tensões superficiais oriundas a partir da superfície
líquida da água.
• Água livre: é a que se encontra em uma determinada zona do terreno (na
superfície ou em profundidade) enchendo todos os seus vazios. O seu estudo
rege-se pelas leis da hidráulica.

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Parte sólida - A fase sólida ocupa os vazios deixados pelas partículas sólidas. São
formados a partir da desagregação de rochas por ações físicas e químicas do
intemperismo. As propriedades química e mineralógica das partículas dos solos assim
formados irão depender fundamentalmente da composição da rocha matriz e do clima da
região e irá influenciar de forma marcante o comportamento mecânico do solo. São
formados por agregados de um ou mais minerais que possuem forma geométrica,
composição química e estrutura própria e definidas. Eles podem ser divididos em dois
grandes grupos, a saber:
• Primários - Aqueles encontrados nos solos e que sobrevivem à transformação da
rocha (advêm, portanto do intemperismo físico).
• Secundários - Os que foram formados durante a transformação da rocha em solo
(ação do intemperismo químico).


Minerais Primários Minerais Secundários
Zircônio Anatásio (Ti02)
Rutilo (Ti02) Gibsita (Al(0H)3)
Turmalina Hematita (e goetita)
Ilmenita Kaolinita
Quartzo Smectita (Montmorilonita)
Muscovita (mica) Halloysita
Ortoclásio Calcita (CaC03)
Clorita Gesso (CaS04. 2H20) e pirita (FeS2).
Biotita (mica)
Olivina

A composição mineralógica dos solos é determinada principalmente por:


• Tipo de rocha de origem;
• Intensidade do intemperismo;
• Duração do intemperismo.

A natureza e arranjo dos átomos em uma partícula de solo, isto é, a sua composição
química, influencia de forma significativa na permeabilidade, compressibilidade,
resistência ao cisalhamento e na propagação de tensões nos solos, especialmente
aqueles de natureza mais fina. Certos minerais que conferem propriedades especiais. E.
Montmorilonita dá grande expansibilidade ao solo; loisita, com as suas formas alongadas,
dá origem a solos com pesos específicos muito baixos. As partículas de solo podem ser
orgânicas ou inorgânicas.
Partículas inorgânicas - são minerais ou um elemento ou um composto químico natural
(tem composição química que pode ser expressa por uma fórmula) formado por
processos naturais.Os minerais classificam-se de acordo com a natureza e arranjo dos
seus átomos. Os mais importantes são os silicatos, pois que mais de 90% do peso dos
solos existentes na terra são minerais de silicatos.

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As partículas de areia e silte são constituídas principalmente por materiais derivados de


minerais primários. As que as argilas são essencialmente constituídas de minerais
secundários residuais ou transportados. Exceções a essa regra, contudo, ocorrem. Argilo-
minerais ou phylosilicatos são substâncias cristalinas (silicatos) desenvolvidas a partir do
intemperismo de certas rochas e cuja estrutura fundamental se repete na forma de
camadas. Tipos mais comuns englobam: mica (muscovita, biotita), talco (muito raro),
kaolinita, smectita (ex: montmorilonita) e vermiculitaentre outros argilo-minerais. A
descoberta no início de 1920 de que a fração argilosa era cristalina foi à chave para se
entender muitas propriedades de solos e argilas
.
Os solos grossos apresentam também na sua composição ÓXIDOS, CARBONATOS E
SULFATOS, porém são constituídos basicamente de SILICATOS (um composto salino
resultante do óxido silício, são abundantes na natureza e formam os FELDSPATOS,
MICAS e QUARTZO e SERPENTINA).
• FELDSPATO: São silicatos duplos de AL e de metal alcalino ou alcalino terroso “k”,
“Na” ou Ca, sofrem decomposição acentuada pela ação da água carregada de
CO2, produzindo argila branca (CAULIM).
• MICA: Ortossilicatos de Al, Mg, K, Na ou Li e raramente Mn e Cr apresenta-se em
forma de lâminas flexíveis, e de fácil clivagem. tem-se a muscovita (mica branca) e
a biotita (mica preta)
• QUARTZO: é o mais importante do grupo dos silicatos. Sua composição é SIO2.
São identificados macroscopicamente e é o mineral mais abundante na crosta
terrestre.(SiO2) sílica cristalina pura, clorita e o talco.
• ÓXIDOS - Composto de metalóide e oxigênio, não se une com a água. Hematita
(Fe2O3), Magnetita (Fe2O4) e Limonita (Fe2O3. H2O).
• CARBONATOS - Calcita (CaCO3), Dolomita [(CO3)2CaMg]. A calcita é o segundo
mineral mais abundante na crosta terrestre (δ).
• SULFATOS (CaSO4. 2H2O) e Anidrita (CaSO4).

As argilas são constituídas basicamente por silicatos de alumínio hidratados, podendo


apresentar silicatos de magnésio, ferro ou outros metais. Os minerais que formam as
frações finas pertencem a três grupos: CAULINITA, ILITA e MONTMORILONITA.
• CAULINITA - São formadas por unidades estruturais de silício e alumínio, que se
unem alternadamente, conferindo-lhes uma estrutura rígida. São relativamente
estáveis em presença de água.
• ILITAS - São - estruturalmente semelhantes as Montmorilonitas. As substituições
isomórficas (não alteram o arranjo dos átomos) que ocorrem tornam ela menos
expansiva.
• MONTMORILONITAS - Unidades estruturais de alumínio entre duas unidades de
silício, e entre as unidades existem n moléculas de água. São instáveis em
presença de água. Ex: BENTONITA.A presença de um determinado mineral de
argila pode ser determinado por análise TERMODIFERENCIAL, RAIOS-X,
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA e ETC.

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Define-se como superfície específica - a superfície total de um conjunto de partículas


dividida pelo seu peso. Quanto mais fino for o solo maior será a sua superfície especifica,
o que constituí uma das razões das diferenças entre as propriedades físicas solos finos e
dos solos grossos. A superfície especifica dos argilominerais é:
CAULINITA.........................S = 10m2/s de solo
ILITA....................................S = 80m2/g de solo
MONTMORILONITA...........S = 800m2/g de solo

A medida do tamanho das partículas constituintes de um solo é feita através da análise


granulométrica e o resultado se observa através do lançamento ou plotagem numa
planilha, resultando assim numa curva de distribuição granulométrica conforme
demonstrado a seguir:

01.002.003.003 – TEXTURA DOS SOLOS.


É o tamanho relativo e a distribuição das partículas sólidas que formam esse solo. O
estudo da textura dos solos é realizado por intermédio do ensaio de granulometria. Pela
sua textura os solos podem ser classificados:

Solos grossos - Solos com φ ≥ 0,074mm e suas partículas tem forma arredondada
poliédrica, e angulosa.Os solos grossos são os PEDREGULHOS e as AREIAS. As
partículas dos solos grossos, dentre as quais apresentam-se os pedregulhos, são
constituídas algumas vezes de agregações de minerais distintos, sendo mais comum,
entretanto, que as partículas sejam constituídas de um único mineral. Estes solos são
formados, na sua maior parte, por silicatos (90%) e apresentam também na sua
composição óxidos, carbonatos e sulfatos.
• Silicatos - feldspato, quartzo, mica, serpentina.
• Grupos Minerais Óxidos - hematita, magnetita, limonita.
• Carbonatos - calcita, dolomita.
• Sulfatos - gesso, anidrita.

O quartzo, presente na maioria das rochas, é bastante estável, e em geral resiste bem ao
processo de transformação rocha-solo. Sua composição química é simples, SiO2, as
partículas são equidimensionais, como cubos ou esferas e ele apresenta baixa atividade
superficial (devido ao tamanho de seus grãos). Por conta disto, o quartzo é o componente
principal na maioria dos solos grossos (areias e pedregulhos).

Solos finos - são os SILTES e as ARGILAS. Solo com φ ≤ 0,074mm. Os solos finos são
os siltes e as argilas. A fração granulométrica classificada como ARGILA possui diâmetro
inferior a 0,002mm e se caracteriza pela sua plasticidade marcante elevada resistência
quando seca. Os solos finos possuem uma estrutura mais complexa e alguns fatores,
como forças de superfície, concentração de íons, ambiente de sedimentação, etc., podem

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intervir no seu comportamento. As argilas possuem uma complexa constituição química e


mineralógica, sendo formadas por sílica no estado coloidal (SiO2) e sesquióxidos
metálicos (R2O3), onde R = Al; Fe, etc. Os feldspatos são os minerais mais atacados pela
natureza, dando origem aos argilominerais, que constituem a fração mais fina dos solos.
Não só o reduzido tamanho, mas, principalmente, a constituição mineralógica faz com que
estas partículas tenham um comportamento extremamente diferenciado em relação ao
dos grãos de silte e areia. O estudo da estrutura dos argilo-minerais pode ser facilitado
"construindo-se" o argilomineral a partir de unidades estruturais básicas.

Tamanho das partículas - ABNT


FRAÇÃO LIMITES (ABNT)
Matacão de 25cm a 1m
Pedra de 7,6cm a 25cm
Pedregulho de 4,8mm a 7,6cm
Areia Grossa de 2,0mm a 4,8mm
Areia média de 0,42mm a 2,0mm
Areia fina de 0,05mm a 0,42mm
Silte de 0,005mm a 0,05mm
Argila Inferior a 0,005

CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL

Areia Grossa Areia Fina Silte Argila Colóides


2,0 0,2 0,02 0,002 0,0002
Diâmetro das partículas em mm.

CLASSIFICAÇÃO “MIT” (BOSTON)

Pedregulho Areia Silte Argila Finos


Grossa Média Fina Grosso Médio Fino Grossa Média Fina
2,0 0,6 0,2 0,06 0,02 0,006 0,002 0,0006 0,0002
Diâmetro das partículas em mm.
CLASSIFICAÇÃO A. A S.H. O.

Pedregulho Areia Silte Argila


2,0 0,074 0,005
Diâmetro das partículas em mm.

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CLASSIFICAÇÃO DA ABNT

Pedregulho Areia Silte Argila


Grossa Média Fina
4,8 2,0 0,4 0,05 0,005
Diâmetro das partículas em mm.

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A análise da distribuição das dimensões dos grãos, denominada análise granulométrica,


objetiva determinar os tamanhos dos diâmetros equivalentes das partículas sólidas em
conjunto com a proporção de cada fração constituinte do solo em relação ao peso de solo
seco. A representação gráfica das medidas realizadas é denominada de curva
granulométrica. Pelo fato de o solo geralmente apresentar partículas com diâmetros
equivalentes variando em uma ampla faixa, a curva granulométrica é normalmente
apresentada em um gráfico semi-log, com o diâmetro equivalente das partículas em uma
escala logarítmica e a percentagem de partículas com diâmetro inferior à abertura da
peneira considerada (porcentagem que passa) em escala linear.

Fração do solo Diâmetro mínimo Diâmetro máximo


(mm) (mm)
PEDRA DE MÃO 60,0 200,0
PEDREGULHO GROSSO 20,0 60,0
PEDREGULHO MÉDIO 6,0 20,0
PEDREGULHO FINO 2,0 6,0
AREIA GROSSA 0,6 2,0
AREIA MÉDIA 0,20 0,6
AREIA FINA 0,06 0,20
SILTE 0,002 0,06
ARGILA - 0,002

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01.002.003.005 – FORMA DAS PARTÍCULAS.


As partículas do solo possuem várias formas.

• Esferoidais - Possuem forma arredondada em decorrência arrasto pelas águas


(polimento, lixiviação) são típicos de solos transportados, e textura grossa.
• Angulares - Possuem formas pontiagudas e característica de material
fragmentado. São típicos de solos residuais.
• Lamelares - Possuem forma de lamelas (Folhelos).Típicos de argilas.
• Fibrosas - São solos típicos de decomposições orgânicas. Turfa.

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Prismática
Colunar
Blocos subangulares
Laminares
Granulares
Etc.

01.002.003.006 – ESTRUTURA DOS SOLOS


Denomina-se estrutura dos solos a maneira pela qual as partículas minerais de diferentes
tamanhos se arrumam para formá-lo. A estrutura de um solo possui um papel
fundamental em seu comportamento, seja em termos de resistência ao cisalhamento,
compressibilidade ou permeabilidade. Como os solos finos possuem o seu
comportamento governado por forças elétricas, enquanto os solos grossos têm na
gravidade o seu principal fator de influência, a estrutura dos solos finos ocorre em uma
diversificação e complexidade muito maior do que a estrutura dos solos grossos. De fato,
sendo a gravidade o fator principal agindo na formação da estrutura dos solos grossos, a
estrutura destes solos difere, de solo para solo, somente no que se refere ao seu grau de
compacidade. No caso dos solos finos, devido à presença das forças de superfície,
arranjos estruturais bem mais elaborados são possíveis.

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As estruturas podem ainda ser compactadas ou não compactadas. O estado de


compactação de um solo diz respeito à relação do s vazios existentes no solo.

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01.002.003.007 – EMPUXO DOS SOLOS.


É essencial conhecer e, naturalmente, quantificar o comportamento dos solos quando
submetidos a um carregamento externo. O esforço que o solo exerce sobre uma estrutura
é chamado de empuxo do solo. Várias teorias quantificam o valor da pressão do solo
(empuxo), e esse valor varia com a expressão seguinte:

Onde:
p – é a pressão exercida pelo solo na profundidade z;
K – é o coeficiente de empuxo do solo;
c – é a coesão do solo;
γ – é o peso específico do solo.

Normalmente se classifica o empuxo do solo em três tipos, baseados na relação da


deformação do ponto de análise (FIG. 6.4).Se a estrutura ponto em estudo for livre para
deformar, no sentido em que o empuxo age, ele é chamado de ativo. Esse é o caso do
empuxo que o solo exerce numa estrutura flexível e livre para deslocar. Por exemplo, o
empuxo sobre um muro de arrimo do tipo em balanço.No caso de uma estrutura se
deslocar sobre o terreno, o solo apresentará uma reação a qual é denominada de empuxo
passivo.Quando a estrutura é bastante rígida, não apresentando deformação em relação
ao solo, este aplica sobre ela o chamado empuxo em repouso.Classificados os empuxos,
a expressão anterior poderá ser reescrita utilizando-se adequadamente os sinais e
introduzindo os índices:

Empuxo ativo: φ em graus (6.12)

Empuxo passivo: φ em graus (6.14)

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Empuxo no repouso:

Onde K0 poderá ser avaliado por:

Coeficiente de Empuxo de Solo

01.002.003.008– RESISTENCIA AO CISALHAMENTO.


É o impedimento de uma massa de solo de escorregar com relação à outra. Define-se
como superfície de ruptura, ou plano de cisalhamento, a área de contato entre esses dois
corpos. Dois fatores são preponderantes na contribuição desta resistência:
• Atrito;
• Coesão.
A força de atrito é função da pressão normal atuante na superfície de ruptura: quanto
maior a pressão (pressão efetiva), maior será à força de atrito. A coesão é definida pela
aparente resistência ao escorregamento, e ela independe da tensão normal atuante. A
envoltória de ruptura ao cisalhamento pode ser escrita com a expressão (critério de Mohr-
Coulomb):

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Onde:
S – é a resistência total ao cisalhamento
c – é a coesão
σ’ – é a tensão normal efetiva na superfície de ruptura
φ – é o ângulo de atrito interno do solo

Geralmente nos solos grossos, adota-se uma coesão nula, ou seja, a resistência do solo
ao cisalhamento é puramente por atrito. Já nos solos finos admite-se φ = 0, o que os leva
a ter apenas resistência coesiva. Normalmente os solos são tratados como se
apresentassem os dois fatores anteriores, de uma maneira geral. Cuidados especiais
devem ser tomados quando se utilizam esses parâmetros, pois o conhecimento exato
deles muitas vezes define o tipo de estrutura de fundação a ser projetada, e / ou a sua
execução. Por exemplo, ao se projetar uma fundação numa areia pura, pouco compacta,
sabe-se que haverá necessidade de escoramentos na escavação. E isto poderá
inviabilizar o projeto economicamente. Mas, se aquela areia não for pura e contiver argila
e, portanto, apresentar coesão, a escavação poderá ser executada sem o escoramento,
viabilizando a fundação.

Outro fato também relevante é quando se tem presença do nível d’água em profundidade
acima da cota de assentamento da fundação. A primeira idéia é que não se poderia
utilizar fundação direta nesta circunstância. Mas se o terreno tiver coesão, e for pouco
permeável (caso das argilas e solos argilosos), e ainda se o volume de escavação não for
muito grande, apresentando segurança ao se escavar, executa-se a fundação
rapidamente, sem se dar tempo para a água invadir a cava, e provocar instabilidade das
paredes.

O comportamento dos solos finos é definido pelas forças de atração moleculares e


elétricas e pela presença de água. O comportamento dos solos grossos é governado

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pelas forças gravitacionais. Os siltes apesar de serem classificados como finos, o seu
comportamento é governado pelas forças gravitacionais (mesmas dos solos grossos).
SILTES apesar de serem classificados como finos, o seu comportamento é governado
pelas forças gravitacionais (mesmas dos solos grossos). A estrutura de um solo possui
um papel fundamental em seu comportamento, seja em termos de resistência ao
cisalhamento, compressibilidade ou permeabilidade. Como os solos finos possuem o seu
comportamento governado por forças elétricas, enquanto os solos grossos têm na
gravidade o seu principal fator de influência, a estrutura dos solos finos ocorre em uma
diversificação e complexidade muito maior do que a estrutura dos solos grossos. De fato,
sendo a gravidade o fator principal agindo na formação da estrutura dos solos grossos, a
estrutura destes solos difere, de solo para solo, somente no que se refere ao seu grau de
compacidade. No caso dos solos finos, devido à presença das forças de superfície,
arranjos estruturais bem mais elaborados são possíveis. Quando duas partículas de
argila estão muito próximas, entre elas ocorrem forças de atração e de repulsão. As
forças de repulsão são devidas às cargas líquidas negativas que elas possuem e que
ocorrem desde que as camadas duplas estejam em contato. As forças de atração
decorrem de forças de Van der Waals e de ligações secundárias que atraem materiais
adjacentes. Da combinação das forças de atração e de repulsão entre as partículas
resulta a estrutura dos solos, que se refere à disposição das partículas na massa de solo
e as forças entre elas. Há dois tipos básicos de estrutura do solo, denominando-os de
estrutura floculada, quando os contatos se fazem entre faces e arestas das partículas
sólidas, ainda que através da água adsorvida, e de estrutura dispersa quando as
partículas se posicionam paralelamente, face a face.

ARGILAS - Partículas carregadas negativamente com cátions adsorvidos.


Duas partículas muito próximas em água →→forças de atração e repulsão.

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01.002.003.009 - PLASTICIDADE E CONSISTÊNCIA DOS SOLOS.

A resistência ao cisalhamento bem como a compressibilidade dos solos varia nos


diversos estados de consistência.

PLASTICIDADE - é a propriedade que o solo apresenta, de suportar deformações


rápidas, sem variações volumétrica notáveis, muitas menos deformações por fissuração
ou desmoronamento.

LIMITES DA CONSISTÊNCIA-é o fator quantidade de água presente no solo, que serve


para determinar os solos mais adequados para determinadas obras de engenharia.

A depender da quantidade de água presente no solo, teremos os seguintes estados de


consistência:

Cada estado de consistência do solo se caracteriza por algumas propriedades


particulares, as quais são apresentadas a seguir. Os limites entre um estado de
consistência e outro são determinados empiricamente, sendo denominados de limite de
contração, wS, limite de plasticidade, wP e limite de liquidez, wL.
• Estado Sólido - Inerte, sem variação volumétrica. Quando seu volume "não varia"
por variações em sua umidade.
• Estado Semi - Forma sólida e não se retrai ao secamento. Quando apresenta
fraturas e se rompe ao ser trabalhado. O limite de contração, wS, separa os
estados de consistência sólido e semi-sólido.
• Estado Plástico - (Moldável) quando podemos moldá-lo sem que o mesmo
apresente fissuras ou variações volumétricas. O limite de plasticidade, wP, separa
os estados de consistência semi-sólido e plástico.
• Estado Fluido - Forma de Lama ou de aparência fluida. Quando possui
propriedades e aparência de uma suspensão, não apresentando resistência ao
cisalhamento. O limite de liquidez, wL, separa os estados plástico e fluido.

A Passagem de um estado para o outro, é gradual, sendo que os teores de um estado


para o outro, são denominados “Limites de Consistência dos Solos”.

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LL - O Limite de Consistência do Estado Plástico para o estado Líquido, é denominado de


Limite de Liquidez do Solo “L.L.”.
LP - O Limite de Consistência do Estado Semi-Sólido para o estado Plástico, é
denominado de Limite de Plasticidade “L.P.”.
LC - O Limite de Consistência do Estado Semi-Sólido para o Sólido, é denominado de
Limite de Contração “L.C.”.

Uma vez conhecidos os limites de consistência de um solo, vários índices podem ser
definidos.

Índice de plasticidade (IP) - corresponde à faixa de valores de umidade do solo na qual


ele se comporta de maneira plástica. É a diferença numérica entre o valor do limite de
liquidez e o limite de plasticidade.

Índice de consistência - É um meio de se situar a umidade do solo entre os limites de


liquidez e plasticidade, com o objetivo de utilização prática.

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AMOLGAMENTO: É a destruição da estrutura original do solo, provocando geralmente a


perda de sua resistência (no caso de solos apresentando sensibilidade).

SENSIBILIDADE: É a perda de resistência do solo devido à destruição de sua estrutura


original. Quanto maior for o St, tem-se uma menor coesão, uma maior compressibilidade
e uma menor permeabilidade do solo.

TIXOTROPIA: É o fenômeno da recuperação da resistência coesiva do solo, perdida pelo


efeito do amolgamento, quando este é colocado em repouso.

ATIVIDADE: Conforme relatado anteriormente, a superfície das partículas dos argilo-


minerais possui uma carga elétrica negativa, cuja intensidade depende principalmente das
características do argilo-mineral considerado.

TIPOS DE SOLOS
PROPRIEDADES ARENOSOS SILTOSOS ARGILOSOS TURFOSOS

Granulação Grossa (olho nu) Fina (tato) Muito Fina Fibrosa


Plasticidade Nenhuma Pouca Grande Média a Pouca
Compressibilidade
Pouca Média Grande Muito Grande
(carga estática)

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Compressibilidade
Pouca Média Grande Muito Grande
(carga vibrada)
Coesão Nenhuma Média Grande Pouca

Resistência
Nenhuma Média Grande Média a Pouca
ao Solo Seco
Tato Pela cor escura
Tato
Se molhar torna-se (preta)
Quando seco se
bem plástico se Quando Molhado, é
Resumo para Tato esfarela se
imergir na água, bem plástico.Nota-
caracterização Visual imergir uma
mesmo depois de se ser um material
porção seca na
seca não fibroso
água desagrega
desagrega. cheiro

01.002.003.010 – SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS.

A identificação do solo se dá por um processo de classificação, realizada tanto em campo


quanto no laboratório, precedendo a todo e qualquer ensaio que se pretenda realizar
sobre o solo. Existem diversos sistemas de classificação podendo cada um deles ser
específico ou não:
• Classificação granulométrica
• Sistema AASHO
• Sistema de classificação do TRB
• Sistema unificado de classificação de solos (SUCS)
• Classificação visual (utilizando SUCS)
• Classificação para solos tropicais (MCT)
• Classificação pela pedologia
• Convenções para representação gráfica
• Classificação pela movimentação de sedimentos

CLASSIFICAÇÃO TATO-VISUAL: identificação pode ser feita através de testes visuais e


tácteis, rápidos e específicos a cada tipo de solo.
CLASSIFICAÇAO AASHO: Esta classificação teve origem num antigo sistema
denominada Sistema do Bureau of Public Roads.
CLASSIFICAÇÃO TRB: A classificação TRB (Híghway Research Board) é originária da
classificação do Public Roads Administration, fundamentada na granulometria, limite de
liquidez e índice de plasticidade e foi proposta com o objetivo de ser usada na área de
estradas.
CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA: É um sistema de classificação mais compreensivo. Foi
proposto por Arthur Casagrande no início da década de 40. O Sistema Unificado de

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Classificação Unified Soil Classification System – USCSidealizado por Casagrande, é


originário do Airfield Classification System. Esta classificação foi preparada inicialmente
para aplicações no dimensionamento de pavimentos de pistas de aeroportos
CLASSIFICAÇÃO PEDOLÓGICA : Classificação pelo estudo do desenvolvimento do solo
próximo à superfície → classificação genética geral;
QUANTO À MOVIMENTAÇÃO DOS SEDIMENTOS: Classificação pela ação do
intemperismo que se manifesta sobre uma rocha, gerando os sedimentos que poderão
estes permanecer em seu local de origem ou serem movimentados para outros locais por
agentes da natureza.
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA: Pela composição granulométrica do solo,
especialmente para as características de solos grossos.

Nas linhas de transmissão se adotam o Sistema Unificado de Classificação dos Solos,


SUCS (ou “Unified Soil Classification System”, USCS) e o sistema de classificação dos
solos proposto pela AASHTO (“American Association of State Highway and Transportation
Officials”).

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Classificação pela AASHTO. Solos finos.

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01.002.003.011 - ÍNDICES FÍSICOS.

O comportamento de um solo depende da quantidade relativa de cada uma de suas três


fases (sólidos água e ar). Diversas relações são empregadas para expressar as
proporções entre elas:

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Onde: Va, Vw, Vs, Vv e Vt representam os volumes de ar, água, sólidos, de vazios e total
do solo, respectivamente. Ps, Pw, Pa e Pt São os pesos de sólidos, água, ar e total e Ms,
Mw, Ma e Mt são as respectivas massas de sólidos, água, ar e total.

POROSIDADE. - A porosidade é definida como a relação entre o volume de vazios e o


volume total. O intervalo de variação da porosidade está compreendido entre 0 e 1.

GRAU DE SATURAÇÃO - Os vazios do solo podem estar apenas parcialmente ocupados


por água. A relação entre o volume de água e o volume dos vazios é definida como o grau
de saturação, expresso em percentagem e com variação de 0 a 100% (solo saturado).

INDICE DE VAZIOS - O índice de vazios é definido como a relação entre o volume de


vazios e o volume das partículas sólidas, expresso em termos absolutos, podendo ser
maior do que a unidade. .

PESO ESPECIFICO E MASSA ESPECIFICA - O peso específico de um solo é a relação


entre o seu peso total e o seu volume total, incluindo-se aí o peso da água existente em

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seus vazios e o volume de vazios do solo. Amassa específica do solo possui definição
semelhante ao peso específico, considerando-se.
agora a sua massa.

PESO ESPECIFICO DAS PARTICULAS.- O peso específico das partículas sólidas é


obtido dividindo-se o peso das partículas sólidas (não se considerando o peso da água)
pelo volume ocupado pelas partículas sólidas (sem a consideração do volume ocupado
pelos vazios do solo). É o maior valor de peso específico que um solo pode ter, já que as
outras duas fases que compõe o solo são menos densas que as partículas sólidas.

PESO ESPECÍFICO DO SOLO SECO - Corresponde a um caso particular do peso


específico do solo, obtido para Sr = 0.

PESO ESPECÍFICO DO SOLO SATURADO - É o peso específico do solo quando todos


os seus vazios estão ocupados pela água. É numericamente dado pelo peso das
partículas sólidas dividido pelo volume total do solo.

PESO ESPECÍFICO DO SOLO SUBMERSO - Neste caso considera-se a existência do


empuxo de água no solo. Logo, o peso específico do solo submerso será equivalente ao o
peso específico do solo menos o peso específico da água.

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RELAÇÃO INDICE DE VAZIOS X POROSIDADE - utilizando-se as definições dadas para


o índice de vazios e a porosidade tem-se:

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A umidade é definida como a relação entre o peso da água e o peso dos sólidos em uma
porção do solo, sendo expressa em percentagem.

DENSIDADE RELATIVA – índice adotado apenas na caracterização Do estado de


compactação de solos não coesivos. A densidade relativa é o fator preponderante, tanto
na deformabilidade quanto na resistência ao cisalhamento de solos grossos, influindo até
na sua permeabilidade. Podem ser utilizadas na estimativa preliminar de regiões sujeitas
à liquefação e no controle de compactação de solos não coesivos.

01.002.003.012 – TENSÕES APLICADAS AO SOLO.

Pressões devidas a cargas aplicadas - As cargas aplicadas na superfície de um terreno


induzem tensões, com conseqüentes deformações, no interior de uma massa do solo.
Embora as relações entre tensões induzidas e as deformações resultantes sejam
essencialmente não lineares, soluções baseadas na teoria da elasticidade são
comumente adotadas em aplicações práticas, respeitando-se as equações de equilíbrio e

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compatibilidade. As pressões produzidas por cargas aplicadas na superfície de um


maciço terroso são calculadas, ou melhor, avaliadas, na hipótese de um “maciço semi-
infinito, elástico, isótropo e homogêneo. As cargas transmitidas pelas estruturas se
propagam para o interior dos maciços e se distribuem nas diferentes profundidades”.

P-

Existe uma interação entre a estrutura e o solo adjacente; e como resultado,


desenvolvem-se tensões em ambas. Por sua vez tensões provocam mudanças tanto da
forma como no tamanho da estrutura e do maciço fazendo com que a estrutura desloque
para baixo. Este movimento é denominado recalque. Algumas vezes a estrutura pode se
afastar do terrapleno. Quando o solo é suficientemente resistente para suportar as
tensões atuantes a amplitude do deslocamento da estrutura decorrente desta condição é
muito pequena, portanto movimento não induzirá nenhum dano à estrutura. Entretanto, se
o movimento da massa for apreciável há o risco de surgir fissuras na estrutura.

Distribuição das tensões - As tensões induzidas em uma massa de solo, decorrentes de


carregamentos superficiais, dependem fundamentalmente da posição do ponto
considerado no interior do terreno em relação à área de carregamento. Unindo-se os
pontos da massa de solo solicitados por tensões iguais, obtêm-se superfícies de

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distribuição de tensões denominadas isóbaras. Ao conjunto dessas isóbaras denomina-se


de bulbo de tensões

PLACA
FLEXÍVEL

PLACA RÍGIDA

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Isóbaras de acréscimo de tensões verticais

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Ângulo de espraiamento em função do tipo de solo,

As tensões dentro de uma massa de solo podem também ser estimada empregando as
soluções obtidas a partir da teoria da elasticidade. Apesar das hipóteses adotadas nestas
formulações, seu emprego aos casos práticos é bastante freqüente, dada a sua
simplicidade, quando comparadas a outros tipos de análises mais elaboradas, como o
emprego de técnicas de discretização do contínuo.

Distribuição de pressões de acordo com a profundidade

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Bulbo de pressões

Tensões no Solo - No solo a tensão vertical em uma determinada profundidade é devida


ao peso de tudo que se encontra acima. Ou seja, camadas de solo, água, fundações.
Desta forma, a tensão vertical normalmente aumenta com a profundidade. O solo ao
sofrer solicitações se deforma, modificando o seu volume e forma iniciais. A magnitude
das deformações apresentadas pelo solo irá depender de suas propriedades elásticas e
plásticas e do carregamento a ele imposto.

Para o estudo das tensões no solo aplicam-se os conceitos da Mecânica dos SÓLIDOS
DEFORMÁVEIS aos SOLOS, para tal deve-se partir do conceito de tensões. Considera-

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se que o solo é constituído de um sistema de partículas e que FORCAS APLICADAS a


eles são transmitas de partícula a partícula, como também são suportadas pela água dos
vazios. As FORÇAS APLICADAS são transmitidas de partícula a partícula de forma
complexa e dependendo do tipo de mineral. No caso de PARTÍCULAS MAIORES, em que
as três dimensões ortogonais são aproximadamente iguais, como são os grãos de silte e
de areia a transmissão de forças se faz através do contado direto mineral a mineral. No
caso de PARTÍCULAS DE MINERAL ARGILA sendo elas em numero muito grande, as
forças em cada contato são muito pequenas e a transmissão pode ocorrer através da
água quimicamente adsorvida. Em qualquer caso, entretanto, a transmissão se faz nos
contatos e, portanto, em áreas muito reduzidas em relação à área total envolvida. Um
corte plano numa massa de solo interceptaria grãos e vazios e, só eventualmente alguns
contatos.

TENSÖES DEVIDAS AO PESO PRÓPRIO DO SOLO - Nos solos ocorrem tensões


devidas ao peso próprio e às cargas aplicadas. Na análise do comportamento dos solos,
as tensões devidas ao peso têm valores consideráveis e não podem ser desconsideradas.
Quando a superfície do terreno é horizontal, se aceita intuitivamente, que a tensão
atuante num plano horizontal a uma certa profundidade seja normal ao plano. De fato,
estatisticamente, as componentes das forças tangenciais ocorrentes em cada contato
tendem a se contrapor, anulando a resultante. Num plano horizontal, acima do nível de
água atua o peso de um prisma de terra definido por este plano. O peso do prisma
dividido pela área indica a tensão vertical:
γnV
σV = = γnz A
área

PRESSÃO NEUTRA -Tomamos, agora, o plano B, abaixo do lençol freático, situado na


profundidade zw. A tensão total no plano B será a soma do efeito das camadas
superiores. A água no interior dos vazios, abaixo do nível d’água, estará sob uma pressão
que independe da porosidade do solo, depende apenas de sua profundidade em relação
ao nível freático. No plano considerado, a pressão da água será dada por:

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u = (zB – zw) γw
ou
u = γw z Coluna De Água

PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS - O princípio das tensões efetivas foi postulado
por TERZAGHI, para o caso dos solos saturados, a tensão em um plano qualquer deve
ser considerada como a soma de duas parcelas:
• Tensão transmitida pelo contato entre as partículas, chamada de TENSÃO
EFETIVA ( σ ) ou (σ’);
• Pressão da água, denominada PRESSÃO NEUTRA ou PORO -PRESSÃO.

A tensão efetiva, para solos saturados, pode ser expressa por:


σ=σ−u
Sendo σ a tensão total e.
Todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de tensões nos solos, como
compressão, distorção e resistência ao cisalhamento são devidas a VARIAÇÕES DE
TENSÕES EFETIVAS. Há uma necessidade de se conhecer a distribuição de tensões
(pressões) nas várias profundidades abaixo do terreno para a solução de problemas de
recalques, empuxo de terra, capacidade de carga no solo, etc.

Pressões verticais devidas ao peso próprio dos solos - Na análise do comportamento dos
solos, as tensões devidas ao peso próprio têm valores consideráveis, e não podem ser
desconsideradas. Este estudo visa determinar as pressões atuantes na massa de solo,
nas diversas profundidades de um maciço, quando consideramos somente o peso
próprio, isto é, apenas sujeito à ação da gravidade, sem cargas exteriores atuantes. Estas
pressões são denominadas pressões virgens ou geostáticas.

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Na distribuição de tensões para uma seqüência de camadas de solos heterogêneos Isto


é, a pressão vertical total da camada 1 se transmite integralmente sobre a camada 2 e na
espessura dessa segunda camada haverá o acréscimo de diagrama devido à pressão
gerada nessa espessura. No caso de n camadas de γpi e espessuras Zi, teremos a
expressão:

.
Pressão neutra (u) na condição de Submersão - Considerando o maciço submerso, a
água que se encontra nos vazios está sujeita a ação da gravidade, isto é, nessa água se
desenvolve uma parcela da pressão vertical total correspondente ao sistema partículas
sólidas x água. A água, sendo um fluido, transmite aos grãos do esqueleto estrutural,
considerando separadamente cada grão, pressões em todas as direções, dando sobre
cada partícula uma resultante nula. Daí chamar-se pressão neutra, ou seja, aquela que
não ocasiona deslocamento de grãos. Essa resultante nula atuando em cada grão
considerado separadamente, não dará, como decorrência, possível mudança de posição
dos grãos, que poderia afetar sua arrumação, isto é, alterar o seu índice de vazios. Como
ela se propaga igualmente em todas as direções (fluidos), essa pressão neutra se fará
presente, não só no plano horizontal, mas também no plano vertical (paramento). No caso
de algumas obras só uma drenagem bem feita, anulará esse efeito sobre os paramentos
verticais de estruturas, como, por exemplo, ocorre no caso de contenções (muros de
arrimo).

Tensões na massa de solo - O conceito de tensão em um ponto (desenvolvido pela


mecânica do contínuo) apresentado na disciplina Mecânica dos Sólidos, pode ser
representado pela seguinte equação:

(8.1)

Onde ∆F é o módulo da força que atua no elemento de área de módulo ∆A. Mostra-se
que o estado de tensão em qualquer plano passando por um ponto em um meio contínuo
é totalmente especificado pelas tensões atuantes em três planos mutuamente ortogonais,
passando no mesmo ponto. O estado de tensões em um ponto é completamente
representado pelo tensor de tensões naquele ponto.

Cálculo da tensão geostática vertical - Para a situação descrita anteriormente, não


existem tensões cisalhantes atuando nos planos vertical e horizontal (em outras palavras,
os planos vertical e horizontal são planos principais de tensão). Portanto, a tensão vertical
em qualquer profundidade é calculada simplesmente considerando o peso de solo acima

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daquela profundidade. Assim, se o peso específico do solo é constante com a


profundidade, a tensão vertical total pode ser calculada:

Onde:
σv é a tensão geostática vertical total no ponto considerado.
γ - o peso específico do solo.
z - equivale a profundidade.

A pressão neutra é calculada de modo semelhante:

(8.4)
Onde:
u - é a pressão neutra atuando na água no ponto considerado.
γ w é o peso específico do da água (adotado normalmente como 10 kN/m3).
zw - equivale à profundidade do ponto considerado até a superfície do lençol freático.

Quando o terreno é constituído de camadas estratificadas, o que é comum em grande


parte dos casos ocorre uma variação dos pesos específicos ao longo da profundidade e a
tensão normal resulta do somatório do efeito das diversas camadas. A tensão vertical
efetiva é então calculada utilizando-se a equação. 8.5.

(8.5)

Onde hi e γi representam o peso específico e a espessura de cada camada considerada.

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Distribuições de tensões geostáticas verticais.

Acréscimo de tensões devido às cargas aplicadas - As cargas aplicadas na superfície de


um terreno induzem tensões, com conseqüentes deformações, no interior de uma massa
de solo. Embora as relações entre tensões induzidas e as deformações resultantes sejam
essencialmente não lineares, soluções baseadas na teoria da elasticidade são
comumente adotadas em aplicações práticas, respeitando-se as equações de equilíbrio e
compatibilidade relatadas anteriormente. O solo é admitido como um meio homogêneo
(propriedades iguais em cada ponto do maciço), isotrópico (em cada ponto, as
propriedades são iguais em qualquer direção), de extensão infinita, sendo as
deformações proporcionais às tensões aplicadas e calculadas utilizando-se os parâmetros
elásticos do solo:
• Módulo de elasticidade
• Coeficiente de Poisson

Estas hipóteses envolvem considerável simplificação do comportamento real do solo,


sendo as soluções obtidas apenas aproximadas, devido às seguintes razões:
• A admissão de uma relação linear entre tensões e deformações é razoavelmente
consistente apenas no regime de pequenas deformações, quando a magnitude
final das tensões induzidas é bastante inferior à magnitude das tensões de ruptura;
• A hipótese de meio isotrópico e homogêneo significa assumir valores constantes
para os parâmetros elásticos do solo quando se sabe, por exemplo, que o módulo
de elasticidade tende a variar tanto em profundidade como lateralmente. A
aplicação do modelo elástico fica então, implicitamente, vinculada à adoção de
constantes elásticas do solo compatíveis com as condições de tensões e
deformações existentes " in situ”;

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• A consideração do solo como um semi - espaço infinito e homogêneo, requer que o


terreno seja homogêneo em amplas áreas e até uma grande profundidade, função
das dimensões da área do carregamento. Apesar destas limitações, a simplicidade
das soluções obtidas justifica o amplo emprego desta teoria. Em análises mais
avançadas, o método dos elementos finitos, incorporando modelos de
comportamento tensão - deformação mais realistas para os solos, tem sido
freqüentemente utilizado para a avaliação de tensões e deformações induzidas em
uma massa de solo.

Carga concentrada - Boussinesq (1885) desenvolveu as equações para cálculo dos


acréscimos de tensões efetivas vertical (σz), radial (σr), tangencial (σt) e de cisalhamento
(τrz), causadas pela aplicação de uma carga concentrada pontual agindo
perpendicularmente na superfície de um terreno, admitindo constante o módulo de
elasticidade do maciço.

Carga concentrada aplicada na superfície do terreno: solução de Boussinesq

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Pela fórmula:

Distribuição simétrica em forma de sino devido à carga concentrada

Boussinesq (1885) desenvolveu as equações para cálculo dos acréscimos de tensões


efetivas verticais, radiais e tangenciais, causadas pela aplicação de uma carga pontual
agindo perpendicularmente na superfície de um terreno. Para obtenção da solução,
assumiu as seguintes hipóteses:
Maciço homogêneo,
Isotrópico,
de comportamento linearmente elástico (validade da lei Hooke), a variação de volume do
solo sob aplicação da carga é negligenciada, dentre outras.

A solução de Boussinesq, para o cálculo do acréscimo da tensão vertical efetiva em


qualquer ponto do maciço, obtida por meio de integração das equações diferenciais da
teoria da elasticidade. A estimativa dos acréscimos de tensões verticais é muito mais
freqüente, em termos práticos, que de tensões tangenciais, radiais e de cisalhamento, de
modo que esta é geralmente realizada por intermédio de um fator de influência (Nb),
utilizando-se de fórmulas e ábacos específicos para cada tipo de carregamento. Os
valores de Nb dependem apenas da geometria do problema, sendo dado em função de
r/z.

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Onde:
Q = carga pontual
Z = profundidade que vai da superfície do terreno (ponto de aplicação da carga) até a cota
onde deseja-se calcular ∆z
r = distância horizontal do ponto de aplicação da carga até onde atua ∆→z

Carga concentrada aplicada na superfície do terreno - Solução de


Boussinesq.

Fatores de influência para tensões verticais devido a uma carga concentrada


(NB: Solução de Boussinesq e NW: Solução de Westergaard).

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Onde:
Q = carga pontual
Z = profundidade que vai da superfície do terreno (ponto de aplicação da carga) até a cota
onde deseja-se calcular ∆z
r = distância horizontal do ponto de aplicação da carga até onde atua ∆z
Carga distribuída ao longo de uma linha:

A pressão vertical induzida σz no ponto (A), por uma carga uniformemente distribuída p
ao longo de uma linha na superfície de um semi-espaço foram obtidas por Melan e é dada
pela fórmula:

Placa retangular de comprimento infinito (sapata corrida).

Carga distribuída sobre uma placa circular: Para uma superfície flexível e circular de raio
R, carregada uniformemente com pressão P, o valor da pressão vertical σz, abaixo do
centro é dado pela fórmula de Love.

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O bulbo de pressão correspondente está indicado na Figura seguinte.

Bulbo de pressões para o carregamento circular da placa circular carregada.

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Fatores de influência, expresso em %, para a placa circular uniformemente carregada.

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Carga uniformemente distribuída numa faixa: Em se tratando de uma placa retangular


em que uma das dimensões é muito maior que a outra, como por exemplo, no caso de
sapatas corridas, os esforços introduzidos na massa de solo podem ser calculados por
meio da formula desenvolvida por Terzaghi e Carothers. As pressões num ponto (M)
situado a uma profundidade (Z), com o ângulo α em radianos, são dadas pelas fórmulas
abaixo.

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As tensões principais e a máxima de cisalhamento são dadas por:

Mostram-se as curvas de igual pressão normal e tangencial segundo Jürgenson, abaixo


de um carregamento retangular.

Curvas de igual pressão normal e tangencial: por Jürgenson

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Placa retangular uniformemente carregada.

Página: 46 No da Revisão: 00 Data: 13.10.2003 Elaboração: Roberval Luna


Área: 01
LINHAS DE TRANSMISSÃO
FUNDAÇÕES PARA LINHAS DE
APOSTILA TRANSMISSÃO Código: 001.002
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Fatores de influência para a placa retangular uniformemente carregada.

Página: 47 No da Revisão: 00 Data: 13.10.2003 Elaboração: Roberval Luna


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FUNDAÇÕES PARA LINHAS DE
APOSTILA TRANSMISSÃO Código: 001.002
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Solução de Newmark (1942) - baseado na equação de Love, que fornece o acréscimo


de tensões ocasionadas por uma placa circular uniformemente carregada, desenvolveu
um método gráfico que permite obter as tensões induzidas devido uma área de forma
irregular sob condição de carregamento uniforme, atuando na superfície do terreno.

Ábaco de Newmark.

Para a utilização do ábaco de Newmark, procede-se da seguinte forma:


A área carregada é desenhada em papel transparente e numa escala tal que o segmento
AB do gráfico (Fig. 8.20) seja igual à profundidade z de interesse;
• Coloca-se o desenho em planta sobre o gráfico, de tal modo que a projeção do
ponto estudado (seja interno ou externo à área carregada) coincide com o centro
do ábaco;
• Conta-se o número de setores (unidades de influência) englobados pelo contorno
da área, estimando-se as frações correspondentes aos setores parcialmente
envolvidos.
• A tensão vertical induzida no ponto considerado será dada por:

onde:
I = unidade de influência
N = número de fatores de influência

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Página: 49 No da Revisão: 00 Data: 13.10.2003 Elaboração: Roberval Luna

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