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1. INTRODUÇÃO
reverter tal decisão, outros não. Este fato que gerou conseqüências como o
indeferimento definitivo desses candidatos por parte do Tribunal Superior
Eleitoral.
2.
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3. ELEIÇÕES NO BRASIL
Porém, essas escolhas, que eram realizadas como uma forma prematura
de eleições, não eram todas as pessoas que podiam votar, ao contrario, o voto
era restrito a uma determinada classe de pessoas, com o passar do tempo essa
restrição diminuiu, mas não foi abolida, fato que se comprova na proibição dos
conscritos de exercer atividade eleitoral.
vigente, nesse momento então foi preciso determinar de que forma o Estado seria
administrado e como seriam escolhidos os governantes para exercerem a função
de gestor.
em seu nome, isso parece significar que o povo não deseja viver
em regime democrático, preferindo submeter-se ao governo de
grupo que atinja os postos políticos por outros meios que não as
eleições. Democracia Eleitoral. Disponível em:
<www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/direito-
eleitoral/2775> Acesso em: 02 Ago. 2013
legislação para as eleições de 2010, ou seja, Lei Complementar 135/10, além das
resoluções do Tribunal Superior Eleitoral que também disciplinam o
acontecimento das eleições.
Além das normas jurídicas, são utilizados como fonte do Direito Eleitoral
as doutrinas e as jurisprudência, pois são utilizadas para colaborar na construção
dessa ciência, assim como para nortear os caminhos a serem percorridos por
essa ciência. Dessa forma, torna-se imprescindível o estudo de algumas dessas
normas para melhor compreensão da problemática como um todo, afim de
compreender o que de fato determina a legislação eleitoral e os princípios
regedores dessa norma, para ao final compreender se as decisões do Tribunal
Superior Eleitoral estão em conformidade com os dispositivos legais
estabelecidos.
a) DEMOCRACIA
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e á propriedade.
Por outro lado, caso o povo decida não eleger seus candidatos, eles
estariam optando por não viver numa democracia, desta forma estariam
rejeitando um direito que lhe é próprio. Acerca disso, Alexandre de Moraes
fazendo referencia ao grande jurista Dalmo Dalari, relata que
b) SOBERANIA POPULAR
Nesse sentido para que uma pessoa possa gozar dos direitos políticos ela
precisa ter o poder essencial de votar, após o direito ao voto são analisados
outros direitos que não são imprescindíveis a condição de cidadão. Desse modo,
Thales e Camila Cerqueira explicam ainda que
Para que um indivíduo possa ser considerado elegível não basta somente
que possa exercer o direito ao voto, pois, conforme foi anteriormente estudado, a
capacidade eleitoral passiva e ativa são institutos diferentes onde o segundo
depende do primeiro, porém é apenas uma das condições impostas para que seja
identificada a capacidade eleitoral passiva. Nesse seguimento existem várias
outras condições para o pleno gozo da elegibilidade como plenos direitos
políticos.
I – a nacionalidade brasileira;
V – a filiação partidária;
por nenhuma outra lei que trate do assunto, pois desse modo seria esta lei
considerada inconstitucional. Alexandre de Moraes afirma que
Nesse sentido, nenhuma outra lei poderá editar uma nova inelegibilidade, pois
essa matéria é reservada tão somente para a Lei Complementar (LC), desse modo a
criação de uma nova inelegibilidade estaria ferindo o Principio da Privação dos Direitos
Políticos. Este princípio determina que o cidadão poderá ter seus direitos políticos
privados temporariamente ou em definitivo, mas para que isso ocorra é imprescindível
que esteja previsto na CF ou em LC, pois sem que sejam atendidos esses dispositivos a
declaração de inelegibilidade será nula e ferirá diretamente o exercício da soberania
através da privação dos direitos políticos.
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Ocorre que, por diversas vezes a eleição regular de Outubro vem a ser
anulada, o que pode acontecer por diversos fatores; diante dessa anulação e por
não poder nenhum membro do Estado restar sem um gestor, faz-se necessário
que haja uma nova eleição, chamada de eleição suplementar, onde o pleito será
renovado havendo outra vez a escolha do representante político do município, no
caso em estudo, a eleição do Prefeito e Vice-Prefeito.
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Desse modo, conclui-se que a causa da nulidade foi baseada num direito
que possui o candidato de concorrer às eleições e não numa causa ilícita, como
dispõem o CE. Nessa situação o candidato tem direito a concorrer naturalmente
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causador da anulação, pois caso isto ocorresse, estaria ele sendo beneficiado
pelos próprios atos que causaram a anulação.
4. DIVERGENCIAS JURISPRUDENCIAIS
Art. 783
4.1.POSICIONAMENTO FAVORÁVEL
Outra corrente também entende que deve ser analisado o motivo pelo
qual a eleição foi anulada, isto é, de que modo o candidato causou tal anulação,
se esta ocorreu de modo ilícito ou lícito, pois dependendo do motivo pelo qual
houve a anulação, daí então há a verificação da possibilidade de participação na
renovação do pleito. O Presidente do Instituto Maranhense de Direito Eleitoral,
Prof. Flávio Braga refere que
candidato seja privado do uso pleno dos seus diretos políticos passivos, já que ele
não realizou nenhum ato recriminável para que receba uma punição. Desse
modo, não tendo o candidato dado causa a anulação por um motivo ilícito, ou
seja, ativamente não há impedimento que justifique a não permissão dele na
renovação do pleito.
Desse modo não se pode criar um impedimento que não existe, ou seja, que não
esteja descritos na lei eleitoral e na Constituição. Nos casos citados anteriormente, em
relação aos candidatos a prefeito das cidades de Balneário Rincão – SC e Muquém do
São Francisco – BA, tais candidatos concorreram com a candidatura sub judice, e a
sentença definitiva veio a transitar em julgado somente após a realização das eleições,
obtendo estes mais de 50% dos votos válidos.
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Desse modo, entende-se que o que ocorreu foi uma situação confusa
gerada pela primeira aplicação da Lei da Ficha Limpa, fato que ocasionou
diversos recursos aos tribunais superiores, dado a divergência de entendimento
na aplicação da norma, e não o surgimento de uma causa de impedimento para
os candidatos que passivamente causaram a anulação da eleição.
Por tanto não deve o candidato ser responsabilizado por uma anulação
que não causou, sendo que somente fez uso de um direito conferido legalmente a
ele. O candidato não usou de artifício ou artimanha para conseguir seu intento,
assim como não praticou qualquer ato ilegal, apenas usou seu direito de
concorrer acreditando ser plausível sua pretensão e requerendo somente o direito
a concorrer normalmente às eleições e poder exercer o direito de ser votado.
Já o Ministro Gilmar Mendes referiu que não poderia haver motivo para
tamanha discussão, já que o candidato não praticou ilicitude alguma e foi eleito
legitimamente pelo povo.
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5.CONCLUSÃO
Decisão similar a da Ministra Laurita Vaz foi tomada pelo Ministro Castro
Meira, que também julgou o processo anteriormente relatado procedendo na
concessão do registro de candidatura ora impugnado, para assim declarar
legítima a participação do candidato assim como sua eleição ao cargo de prefeito
da cidade de Muquém do São Francisco – BA.
6.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Adriano Soares da. Instituições de direito eleitoral. 6. ed. Belo Horizonte:
Del Rey, 2006.
GOMES, José Jairo. Direito eleitoral. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
Guilherme, Walter de Almeida. Kim, Richard Paes. Silveira, Vladmir Oliveira de.
Direito Eleitoral e Processual Eleitoral. São Paulo: Editora dos Tribunais, 2012.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo.19 ed. São
Paulo: Malheiros Editores,2000.
Disponível em:
http://www.educacional.net/reportagens/eleicoes_mundo/default_imprimir.asp?str
Titulo=>. Acessado em: 22 Ago 2013
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