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XXVII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – Campinas - 2017

Dissonâncias métricas em obras do início do século XX: o caso de


L’Histoire du Soldat, de Igor Stravinsky
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO

SUBÁREA: TEORIA E ANÁLISE

Leandro Gumboski
IFPR – leandro.gumboski@ifpr.edu.br

Resumo: Apresentação de um panorama do estado atual da análise musical fundamentada na


teoria da dissonância métrica de Harald Krebs. Posterior análise do caso de L’Histoire du Soldat,
de Stravinsky, indicando as estruturas metricamente dissonantes encontradas na obra. Tem-se
como objetivo contribuir com a análise de dissonâncias métricas de uma peça representativa do
início do século XX, campo de pesquisa ainda pouco explorado. Explicita-se a existência de
estruturas metricamente dissonantes nessa obra, com algumas particularidades não encontradas em
outros repertórios.

Palavras-chave: Dissonâncias Métricas. Harald Krebs. L’Histoire du Soldat. Igor Stravinsky.

Metrical Dissonances in Early 20th Century Works: Stravinsky’s L’Histoire du Soldat

Abstract: Overview of the current status of musical analysis based on Harald Krebs’ metrical
dissonance theory. After, Stravinsky’s L’Histoire du Soldat is analyzed indicating the metrical
dissonant structures found in the work. This paper has the objective to contribute to the analysis of
metrical dissonances of a representative piece from the beginning of the 20th century, a subject
that has not yet been researched. It is shown the existence of metrically dissonant structures in that
work that we don’t find in other repertoires.

Keywords: Metrical Dissonances. Harald Krebs. L’Histoire du Soldat. Igor Stravinsky.

1. Harald Krebs e a dissonância métrica


Em 1987, Harald Krebs propunha rediscutir o princípio da dissonância rítmica
forjada por Yeston (1974), segundo o qual, trata-se de uma estrutura que parte da interação
entre dois ou mais níveis rítmicos 1 com uma relação aritmética não representada por números
múltiplos ou fatores. Já para Krebs (1987, 1999), o que caracteriza um trecho musical
metricamente consonante é a ausência de não alinhamento entre os níveis métricos. “A
dissonância métrica, ao contrário da consonância”, acrescenta Krebs, “requer a presença de ao
menos três níveis” (1987, p. 103): o menor nível métrico 2 e mais dois níveis superiores com
algum grau de não alinhamento entre eles.
A partir da redefinição proposta por Krebs (1987, 1999), outros autores deram
continuidade aos estudos de dissonância métrica sob diferentes perspectivas. Embora se
observe contribuições no sentido de reformular ou ampliar essa teoria ou modelo de análise,
como os esforços de Shirley (2007) e Wilson (2016), a maioria dos trabalhos tem abordado as

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propostas de Krebs (1999) essencialmente em dois grandes repertórios: o romântico do século


XIX e o da música popular 3. Nesse sentido, nota-se, por um lado, um enfoque especial nas
análises de dissonâncias métricas em obras de Schumann (KREBS, 1999; BENJAMIN,
2011), Brahms (FRISCH, 1990; SMITH, 2001; BOSWORTH, 2012), Chopin (DODSON,
2009), Schubert (KREBS, 2014), Hugo Wolf (KREBS, 2007), Josephine Lang (KREBS,
2005) e o Lied Germânico de modo geral (MALIN, 2006, 2010); e, por outro lado, um
conjunto de trabalhos analíticos que procuram demonstrar a presença de estruturas
metricamente dissonantes no contexto, por exemplo, do Rock (BIAMONTE, 2014), ou mais
especificamente de grupos com influência do Rock Progressivo, como Dream Theater
(McCANDLES, 2010) e Messhuggah (PIESLAK, 2007), do Jazz, nos trabalhos de Herbie
Hancock (WATERS, 1996) e Don Ellis (GUMBOSKI, 2014), e até mesmo no contexto da
dance music eletrônica (BUTLER, 2006).
Conforme elencado pelo referencial supracitado, constata-se uma lacuna, do ponto
de vista cronológico, nas peças e/ou contextos musicais já analisados a partir da teoria da
dissonância métrica. Contudo, essa lacuna, compreendida pelo repertório composto no início
do século XX, seria resultado muito mais de um processo de adaptação da própria teoria –
formulada inicialmente para um repertório romântico (KREBS, 1999) – do que de um hiatus,
propriamente dito, de presença de estruturas metricamente dissonantes ao longo da história da
música ocidental. Este trabalho tem como principal objetivo colaborar com o ainda incipiente
campo das análises de dissonâncias métricas tendo como objeto de análise uma peça
representativa do início do século XX: L’Histoire du Soldat, de Igor Stravinsky.

2. Igor Stravinsky e L’Histoire du Soldat


Em 11 de Novembro de 1918, líderes da Alemanha e da Tríplice Entende
assinaram o Armistício de Compiègne, suspendendo as ações bélicas da Primeira Guerra
Mundial. Nesse mesmo ano, alguns meses antes, Stravinsky (1882-1971) escrevera L’Histoire
du Soldat (CROSS, 2016). O contexto de uma Grande Guerra influenciou não apenas a
temática dessa peça cênico-musical, escrita para um grupo itinerante, mas também sua
orquestração – para apenas sete instrumentos –, sensivelmente diferente daquela que
observamos nos balés 4 anteriormente compostos. Para Borém (2001), “filosoficamente, A
História do Soldado pode ser descrita como um jogo dialético crescente de sentimentos
humanos opostos”. A representação de dualidades em torno do Bem e do Mal figuram na
instrumentação utilizada por Stravinsky ao longo da trama que se desenvolve sob três
personagens: o soldado, o diabo e a princesa (MARTINEZ, 2006).

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Sabe-se que estruturas metricamente dissonantes têm sido utilizadas em certos


contextos com funções específicas, sejam elas formais (BIAMONTE, 2014) ou expressivas
(KREBS, 2014). A análise musical desenvolvida no presente estudo demonstra que as
dissonâncias métricas, na sua maioria, são criadas por um contraste entre cordas (naipe ao
qual o violino, que representa a alma do soldado, pertence) e demais instrumentos. Nas
próximas seções deste artigo apresenta-se, incialmente, um panorama da teoria da dissonância
métrica e, em sequência, uma análise das estruturas metricamente dissonantes na composição
de Stravinsky.

3. Princípios gerais e taxonomia da teoria da dissonância métrica 5


Krebs (1987, 1999) distingue, primeiramente, dois principais tipos de dissonância
métrica: 1 – dissonância por agrupamento: quando dois estratos métricos (com
periodicidades diferentes) não são múltiplos ou fatores um do outro e; 2 – dissonância por
deslocamento: quando dois estratos métricos são idênticos (mesma periodicidade), mas um
está deslocado temporalmente em relação ao outro. Em teoria, é possível combinar ambas as
dissonâncias gerando uma terceira categoria – dissonância por agrupamento e deslocamento
– que não é considerada por Krebs.
Cumpre observar que a primeira e principal diferença entre as dissonâncias por
agrupamento e por deslocamento é que a primeira parte de um estado de consonância 6 e pode
ser resolvida/realinhada novamente numa consonância métrica, devido à existência de um
mínimo múltiplo comum entre as periodicidades dos agrupamentos (e.g., 2x3=6; 5x7=35,
etc.), enquanto na dissonância por deslocamento a resolução (realinhamento) só se dá por
algum tipo de interferência, como a suspensão de uma das camadas de tempos em conflito, ou
a justaposição de diferentes deslocamentos até que a relação métrica entre os níveis esteja
perfeitamente alinhada (como acontece no processo de phase-shifting das composições de
Steve Reich, por exemplo). Há uma segunda dicotomia que engloba tanto a tipologia de
dissonâncias como a de consonâncias métricas. Para Krebs (1999), uma consonância ou
dissonância é direta quando as camadas métricas emergem de fenômenos sonoros
simultâneos, e, indireta quando as camadas métricas “não estão sobrepostas, mas meramente
justapostas” (KREBS, 1987, p. 105). Para Krebs (1999, p. 59-61), ainda, é necessário
distinguir a dissonância simples – quando há somente duas camadas métricas não alinhadas –
da dissonância composta – quando há ao menos três camadas métricas não alinhadas. Cabe
observar que a distinção entre dissonância simples e composta não é dada pela quantidade de

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partes/vozes de um trecho musical, mas sim pela quantidade de estratos métricos não
alinhados entre si.

4. Análise musical 7
De modo geral, a maioria das dissonâncias métricas encontradas na peça de
Stravinsky deriva do procedimento de se justapor e/ou sobrepor diferentes agrupamentos
métricos expressos em fórmulas de compasso com unidades de tempo que variam entre a
semínima e a colcheia (x/4 + x/8). Esse procedimento é encontrado logo na primeira seção –
Marche du Soldat. A Fig. 1, extraída do “2” de Marche du Soldat, demonstra como um
agrupamento métrico alinhado com o metro 2/4 permanece sendo executado pelo contrabaixo,
enquanto outros agrupamentos métricos se sobrepõem àquele, afirmados pelo trompete e pelo
trombone, formando uma dissonância por agrupamento.

Fig. 1: Dissonância métrica por agrupamento no “2” de Marche du Soldat.

No “7” da mesma seção é possível perceber uma sequência de dissonâncias por


agrupamento que derivam de um desenvolvimento da ideia anterior. Na Fig. 2, observa-se o
desalinhamento métrico da parte do contrabaixo em relação às demais. As flechas ilustradas
neste exemplo indicam os instantes metricamente mais fortes em cada parte. Primeiro, há uma
dissonância por agrupamento contra a parte do clarinete que se inicia de modo direto e
termina de maneira indireta (o que é sugerido pela flecha apontada para baixo, na parte do
clarinete). Nota-se que essa dissonância não chega a ser resolvida, mas apenas é cessada para
dar início a uma nova dissonância: parte do contrabaixo contra as partes do fagote e trompete.
Essa segunda dissonância métrica por agrupamento é resolvida exatamente no início do “8”.

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Fig. 2: Sequências de dissonâncias métricas por agrupamento no “7” de Marche du Soldat.

Fig. 3: Dissonância métrica composta por agrupamento no “11” de Marche du Soldat.

Fig. 4: Dissonância métrica composta por agrupamento no “12” de Marche du Soldat.

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Entre o “11” e o “13” de Marche du Soldat há uma das dissonâncias métricas de


maior complexidade da peça: dissonância composta por agrupamento que emerge do
desalinhamento métrico entre os naipes das cordas/fagote, metais/clarinete e percussões. Nas
Figuras 3 e 4 é possível observar as três camadas métricas desalinhadas, que surgem a partir
dos diferentes agrupamentos sobrepostos. Nota-se que o agrupamento métrico do grupo das
cordas e fagote mantém-se regular por todo o trecho, com periodicidade equivalente a 4 e 8
colcheias (em um nível métrico acima). O grupo dos metais e clarinete apresenta uma série de
agrupamentos de periodicidades diferentes, de maneira bastante desalinhada em relação às
cordas (o realinhamento métrico só ocorre nos últimos três compassos desse trecho; de modo
definitivo, a resolução é indireta). A parte das percussões apresenta um agrupamento métrico
único, que alterna entre periodicidades equivalentes a 7 e 8 colcheias. Nota-se, portanto, que
nos compassos que finalizam o “11” (Fig. 3) e iniciam o “12” (Fig. 4) há também uma
dissonância por deslocamento entre as partes das percussões e cordas/fagote – agrupamentos
com mesma periodicidade de 8 colcheias, mas deslocados temporalmente.
Outras dissonâncias métricas, que emergem de procedimentos similares, podem
ser percebidas entre o “1” e o “3” de Musique de la 1ère scène, no início da Marche Royale,
no “33” do Ragtime, entre o “1” e o “5” da Danse du Diable, e entre o “9” e o “12” da
Marche Triomphale du Diable. Do restante da peça, o trecho que merece destaque aqui é o
“7” e “8” do Petit Concert, cuja dissonância métrica se repete no “21” da mesma seção. Neste
trecho, ilustrado nas Figuras 5 e 6, há uma dissonância composta por agrupamento e
deslocamento.

Fig. 5: Dissonância métrica por agrupamento e deslocamento no “7” de Petit Concert.

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Fig. 6: Dissonância métrica por agrupamento e deslocamento no “8” de Petit Concert.

Pode-se observar que, durante todo esse trecho, o contrabaixo mantém um


agrupamento métrico constante de relações binárias entre os níveis. O violino inicia o trecho
apresentando um agrupamento constante com periodicidade de 6 colcheias, mas finaliza
alinhando-se metricamente com o trompete e o clarinete. Os agrupamentos métricos desses
dois últimos, no entanto, além de serem diferentes daqueles encontrados no naipe das cordas,
também iniciam deslocados temporalmente (Fig. 5) – no “21” desta mesma seção não ocorre
esse deslocamento. Por fim, nota-se que essa dissonância é resolvida de maneira indireta, com
todas as demais partes cessando e o contrabaixo permanecendo inalterado.
Finalmente, demonstrou-se como estruturas metricamente dissonantes foram
utilizadas em L’Histoire du Soldat. De maneira singular, a peça de Stravinsky apresenta uma
categoria de dissonância métrica bastante rara, sequer descrita por Krebs (1999). Salienta-se
também que muitas das dissonâncias métricas no contexto dessa obra não são resolvidas.
Sugere-se, assim, ampliar os estudos analíticos em dissonâncias métricas para outras
composições de Stravinsky, bem como de contemporâneos seus.

Referências:

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WILSON, Andrew. Dual-Aspect Meter: A Theory of Metrical Consonance, Dissonance,


Weight, and Variety. Tese de Doutorado. Graduate Faculty in Music, City University of New
York, New York, 2016.
1
Do inglês strata ou level. Em Yeston a tradução não traz maiores implicações, de modo que o próprio autor
varia entre um e outro termo, como sinônimos. Em Krebs (1987, 1999) há diferenças estruturais entre os termos,
e a terminologia traduzida utilizada neste trabalho, doravante, é: strata como estrato ou camada; level como
nível.
2
Denominado, por Krebs, nível de pulso.
3
Exceção é o trabalho de Richard Cohn (1992) sobre o Minueto K. 550, de Mozart.
4
L’Oiseau de Feu (1910), Petrushka (1911) e Le Sacre du Printemps (1913).
5
Cabe observar que toda a discussão em torno da Teoria da Dissonância Métrica, no âmbito deste artigo, está
fundamentada nos escritos de Harald Krebs e referenciais afins. Há autores que apresentam propostas distintas
dessa, não utilizados aqui. Outrossim, recomenda-se enfaticamente a leitura na íntegra de Krebs (1999) para
mais detalhes da taxonomia de dissonâncias e melhor compreensão deste artigo.
6
Exceção feita à terceira categoria hipotética de agrupamento deslocado mencionada no início dessa seção.
7
Os excertos apresentados nesta seção foram extraídos de Strawinsky (1920). Todas as indicações métricas são
alcançadas a partir das regras de constrições descritas em Lerdahl e Jackendoff (1983) e London (2012).

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