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Prática como Componente Curricular

Curso de Licenciatura em Física

Prática 3

Medição da velocidade de propagação do som no ar

Aluno: Rodolfo Teixeira Martins

RA: 1941625
1. Materiais necessários

Para construir o aparato experimental, serão necessários:

- 2 smartphones.

- 1 conjunto de alto-falantes estéreos.

- 1 trena ou fita métrica.

- Conexão com a internet.

Um dos objetivos desta proposta é que o experimento elaborado seja de baixo custo,
podendo ser executado em escolas que não contam com laboratórios apropriados, de modo que, a
uma primeira vista, é possível julgar que este objetivo não será atendido. Contudo, como aponta
uma pesquisa divulgada pela Agência Brasil [1], 80% dos jovens entre 9 e 17 anos já usam a
internet, sendo o celular o meio utilizado por 83% dos jovens. Além disso, já são 230 milhões de
smartphones em uso no Brasil [2]. Logo, para a realização do experimento, basta que o professor
ou os alunos utilizem seus próprios smartphones de uso pessoal, sem a necessidade de aquisição
de novos aparelhos.

Os alto-falantes podem ser aproveitados de microcomputadores da escola ou


adquiridos por valores de R$ 70,00 a R$ 110,00, em média. Caso não haja recursos disponíveis
para a compra, é possível confeccionar um alto-falante caseiro usando um prato descartável ou
simplesmente amplificar o som do celular usando uma garrafa PET cortada, basta seguir as
instruções dos vídeos abaixo:

- Vídeo 1: faça um alto-falante com prato descartável. Acesso em 16 de junho de 2019.

- Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k3GarjlFw7c

- Vídeo 2: 3 gambiarras para melhorar o som do celular. Acesso em 16 de junho de 2019.

- Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZH6RdN7PoFk


2. Montagem do experimento

Os alto-falantes devem ser conectados a um smartphone com acesso à internet. No


caso em que não houver alto-falantes, deverão ser utilizados dois smartphones. Preferencialmente,
os aparelhos devem ser colocados em um espaço amplo, a fim de se evitarem efeitos de eco e
reverberação muito intensos. Os aparelhos emissores de som devem ser colocados a cerca de 3 m
de distância uma da outra, conforme mostra a Figura 1.

Figura 1 - Disposição dos alto-falantes

Uma vez montado o experimento, deve-se marcar, com a ajuda da fita métrica, o
ponto médio entre os dois alto-falantes. Em seguida, utilizando o smartphone, o professor deve
realizar o download, em todos os celulares envolvidos no experimento, do aplicativo phyphox [3],
que contém tanto o gerador de frequências como o medidor de nível sonoro, além de diversas
outras funcionalidades que podem ser exploradas em experimentos de física. O aplicativo,
desenvolvido pela Aachen University, é gratuito e fácil de usar. Caso a escola possua um
decibelímetro, ele pode ser utilizado no lugar do segundo smartphone, uma vez que se trata de um
aparelho com melhor precisão.

Após baixar o software, deve-se calibrar o medidor de nível sonoro para o ruído
ambiente no celular que será usado nas medições. No(s) celular(es) usado(s) para produzir o som,
deve ser selecionada uma frequência entre 350 Hz e 700 Hz, preferencialmente. Em seguida, o
celular com o medidor de som deve ser colocado na região mais próxima do ponto médio entre os
alto-falantes onde o aparelho aponte o maior valor medido do nível sonoro. Uma vez encontrado
o ponto onde o valor da amplitude do som é máximo, o celular com o aplicativo de decibelímetro
deve ser movido ao longo da reta que contém os alto-falantes. À medida que o celular é deslocado,
o valor apontado pelo decibelímetro deve diminuir, chegando a um valor mínimo, e em seguida
aumentar novamente. A distância 𝐷 entre dois pontos consecutivos onde a medição aponta um
valor máximo deve ser medida e anotada. Recomenda-se fazer o experimento movendo-se o
celular em ambos os sentidos e para diferentes frequências. O valor estimado da velocidade do
som será dado pela seguinte expressão:

𝑣𝑠 = 2𝐷 ∙ 𝑓 𝑒𝑞. 1

Em que 𝑓 é a frequência selecionada no aplicativo e 𝐷, a distância medida entre dois


pontos onde o nível sonoro é máximo. É importante observar que a distância medida varia para
diferentes frequências emitidas.

Figura 2 - Interface do phyphox para iOS


3. Fundamentação teórica

O fenômeno observado neste experimento é uma situação de interferência sonora.


Para fontes de som coerentes (em fase) ocorre interferência construtiva para os seguintes valores
da diferença de distância percorrida pelo som desde as fontes até o ponto onde ocorre interferência
(𝜆 é o comprimento de onda) [4]:

𝑁𝜆
Δ𝐷 = , 𝑁 = 0, 2, 4, 6, … 𝑒𝑞. 2
2

Isto é, a interferência é construtiva, para ondas em fase, quando a diferença de


distância percorrida pelo som é igual a um múltiplo do comprimento de onda. Contudo, não é
possível garantir, neste caso, que as ondas emitidas pelos alto-falantes estejam em fase, por isso
deve-se medir a distância entre dois pontos consecutivos de interferência construtiva, pois esta
distância será sempre igual à metade do comprimento de onda.

Figura 3 - Pontos sucessivos onde ocorre interferência construtiva.

Como é possível observar pela figura, no ponto P tem-se Δ𝐷𝑃 = 𝑎 − 𝑏 e no ponto Q,


Δ𝐷𝑄 = 𝑎 − 𝑏 + 2𝑥. Logo, desde que P e Q sejam pontos sucessivos onde ocorre interferência
construtiva e 𝑎 > 𝑏, devemos ter:
Δ𝐷𝑄 = Δ𝐷𝑃 + 𝜆 ⇒ 2𝑥 = 𝜆

Como a distância entre os pontos P e Q foi inicialmente chamada de 𝐷, teremos:

𝜆
𝐷=
2

Pela equação fundamental da ondulatória, tem-se uma expressão que relaciona a


velocidade de propagação de uma onda, seu comprimento e sua frequência [4]:

𝑣 =𝜆∙𝑓 𝑒𝑞. 3

Logo, a velocidade de propagação do som no ar será dada por:

𝑣𝑠 = 2𝐷 ∙ 𝑓 𝑒𝑞. 1

Durante a execução do experimento, é interessante que o professor diga aos alunos


para percorrerem a reta que liga os alto-falantes, assim poderão experienciar a interferência com a
própria audição, o que pode contribuir para o aprendizado. A faixa de frequência recomendada é
para garantir que o comprimento de onda esteja próximo à faixa de 50 cm a 1 m, o que facilitará
as medições.

4. Resultados esperados

A literatura fornece, a 25ºC, uma velocidade de propagação do som no ar de 346,3


m/s. Logo, espera-se obter valores próximos a este, ainda que o uso do celular como medidor do
nível sonoro não seja o mais preciso, pois basta identificar os pontos onde a amplitude é um valor
máximo local.

Para enriquecer os resultados obtidos, o experimento deve ser repetido usando várias
frequências diferentes e calculando-se a média, uma vez que a velocidade de propagação do som
no ar independe da frequência da onda. Mais importante que encontrar um valor numérico para a
velocidade do som é que os alunos experimentem, na prática, um fenômeno de interferência sonora
e compreendam que se trata de algo simples e que pode acontecer no cotidiano.
Referências

[1] MELLO, Daniel. Pesquisa: 80% da população brasileira entre 9 e 17 anos usam a internet.
Disponível em <http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-10/pesquisa-
80-da-populacao-brasileira-entre-9-e-17-anos-usam>. Acesso em 16 jun. 2019.

[2] ESTADÃO CONTEÚDO. Brasil tem 230 mi de smartphones em uso. Disponível em


<https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2019/04/26/internas_economia,1049125/brasil-
tem-230-mi-de-smartphones-em-uso.shtml>. Acesso em 16 jun. 2019.

[3] Your smartphone is a mobile lab. Disponível em <https://phyphox.org/>. Acesso em 16 jun.


2019.

[4] TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. Vol. 1: mecânica,
oscilações e ondas, termodinámica . Grupo Gen-LTC, 2000.
[5] EVEREST, F. Alton. Master handbook of acoustics. 2001.

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