Sei sulla pagina 1di 26

ws+«7uyjjjjjjjjjjjj

Sebenta de
Electricidade

CURSO EFA SECUNDÁRIO


FORMAÇÃO MODULAR

UFCD 2
ANÁLISE DE CIRCUITOS EM CORRENTE CONTÍNUA

Símbolos usados :

Autor:
Problemas/Exercícios
Para resolver no caderno da disciplina
Augusto Jesus Brilhante
Informação
Links da internet
2008/2009
Applets animados
Links da internet

1
UNIDADE FORMAÇÃO 2

Conteúdos

• Lei de Ohm generalizada

• Leis de Kirchoff para análise de circuitos com resistência

• Métodos de simplificação de circuitos

• Divisor de tensão e divisor de corrente.

• Teorema de Thevnin e teorema da sobreposição

•O condensador em corrente contínua (c.c.)

Objectivosectivo(s)

-Analisar um circuito recorrendo à lei de Ohm generalizada, fazendo os cálculos necessários para

determinar as grandezas eléctricas essenciais.

- Determinar tensões e correntes num circuito recorrendo às leis de Kirchoff.

- Montar pequenos circuitos usando placas de ensaio ou Kits didácticos adequados.

- Dimensionar pequenos circuitos, atendendo às principais características tecnológicas dos

componentes a usar.

- Analisar as medidas efectuadas num circuito, no sentido de detectar algum tipo de anomalia.

- Estimar os valores a medir, usando os conhecimentos teóricos adquiridos.

- Enunciar e aplicar os teoremas de THEVENIN e de sobreposição.

- Identificar a constituição de um condensador.

2
LEI DE OHM GENERALIZADA

A lei de ohm generalizada aplica-se a circuitos em que existem simultaneamente forças electromotrizes (E ),
forças contra-electromorizes ( E´ ) e ainda receptores térmicos em série, constituindo um circuito com uma só
corrente.

Aplicando a lei de ohm ao circuito simples ao lado , com um


gerador de f.e.m. E e um receptor com f.c.e.m E´ , em que E é
maior que E´ :

Lei de ohm aplicada ao gerador : U = E – r . I


Lei de Ohm aplicada ao receptor: U = E´ + r´. I

Igualando os 2ºs membros das equações obtêm-se :

E - r . I = E´ + r´ . I → E – E´ = ( r´ + r ) I

𝐸 − 𝐸´
𝐼=
𝑟 + 𝑟´

Expressão que permite calcular a intensidade num circuito em que


existe um gerador e um receptor com f.c.e.m.

LEI DE OHM GENERALIZADA

Generalizando a expressão obtida anteriormente,


para um circuito mais complexo :

- As f.e.m E somam-se entre si


- As f.c.e.m. E´ somam-se entre si
- As resistencias eléctricas somam-se entre si

A expressão para calcular a Intensidade de corrente


I será :

(𝐸1 + 𝐸2) − (𝐸´1 + 𝐸´2)


𝐼=
𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟´1 + 𝑟´2 + 𝑅1 + 𝑅2

Para um circuito constituido por n forças electromotrices e n f.c.e.m , a lei de ohm generalizada será :

𝐸 – 𝐸´
𝐼=
𝑅

𝑆𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝐸 − 𝑆𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝐸´


𝐼=
𝑆𝑜𝑚𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠

3
EXERCÍCIOS

1- Sabendo que E1 = 15V , r1=0.1Ω , E2=11,5V e


r2=0.08Ω , responda :
a) Qual dos elementos E1 ou E2 é gerador ou
receptor
b) Sabendo que R = 0.6Ω , calcular :
- A intensidade I , indicada pelo amperímetro.
- Indique o sentido convencional da corrente

2- O circuito apresentado tem as seguintes características : E1=13V , r1=0.15Ω , E2=11.5V , r2=0.08Ω,


E3=12V, r3=0.09Ω , E4=12.5V , r4=0.1Ω , R1=0.3Ω , R2=0.2Ω.

a) Calcule o valor da intensidade no circuito.


b) Indique o sentido da corrente.
c) Indique quais os elementos que são geradores e quais os receptores.
d) Calcular as tensões entre A e B , B e C , C e D , D e A .

4
REDES ELÉCTRICAS . LEIS DE KIRCHHOFF

As redes eléctricas são circuitos mais complexos ,


aonde pode haver vários circuitos ligados entre si.
Uma rede é formada por :

NÓS - Pontos aonde três ou mais condutores se


ligam entre si . Nó A e Nó B no exemplo.

RAMOS – Trajectos das correntes entre dois nós.


As linhas verde , azul e vermelha indicam os trajectos entre
os nós , o que implica haver 3 ramos . Como em cada ramo
circula uma corrente , vamos ter 3 correntes diferentes,
indicadas pelos amperímetros.

MALHAS – Malha é o trajecto fechado , constituido


por um ou mais ramos , que nos permite sair de
um ponto do circuito e chegar ao mesmo ponto. Malha 1 Malha 2
Temos 3 malhas .

Malha 3

LEIS DE KIRCHHOFF
I1 I2
1ª Lei - Lei dos Nós
I3
A soma das correntes que convergem num nó é igual à
soma das correntes que dele divergem.

𝐼𝑐 = 𝐼𝑑 ↔ 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 = 𝑰𝟑

2ª Lei – Lei das Malhas

Ao longo de uma malha , a soma algébrica das forças


electromotrizes, é igual á soma algébrica das quedas de Malha
tensão.
𝑬= (𝑹 ∗ 𝑰)

5
Aplicação da 2ª lei de Kirchhoff ( lei das malhas ) para
determinar a corrente I numa malha .

Proceder do seguinte modo :

1- Arbitrar o sentido positivo da corrente I e assinalá-lo com


uma seta . I
2 - Arbitrar um sentido de circulação ao longo de cada
malha.
Malha
3- Assinalar com setas, os sentidos das f.e.m. (a seta
deve sempre apontar do (-) para (+) , em relação
aos pólos do gerador .
4- Ter em atenção : Se as f.e.m. ou as quedas de tensão
tiverem o mesmo sentido que o da circulação da malha os
seus valores na equação entram com valor positivo . Se não
tiverem o mesmo sentido , entram com valor negativo.

𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠 ∶ 𝐸= (𝑅 ∗ 𝐼)


I
𝐸1 − 𝐸2 = 𝑅1 ∗ 𝐼 + 𝑅2 ∗ 𝐼

12 − 20 = 30 ∗ 𝐼 + 100 ∗ 𝐼

−8
−8 = 130 ∗ 𝐼 ↔ 𝐼= = − 0.062 𝐴
130

O valor negativo da corrente (-0.062 A) , significa que o sentido


da corrente foi arbitrado com sentido contrário.

APLICAÇÃO DAS LEIS DE KIRCHHOFF


Determinação das correntes nos três ramos para o exemplo do circuito ao lado.

I1 I2
- Como há três correntes para determinar , há três incógnitas .
- Para calcular os valores das três incógnitas são necessárias
I3
três equações do 1º grau .

Como conseguir as três equações ?


Regras :
1- Pela lei dos nós podemos obter , uma equação .
O número de equações possiveis por esta lei é igual ao número de Nós
existentes, menos um. 2-1= 1 .

- Pela lei das malhas obtemos as outras duas equações . 6


As malhas deverão conter pelo menos um ramo diferente entre si.
LEIS DE KIRCHHOFF (Continuação)

2- Pela lei das malhas obtemos as restantes duas equações . As malhas devem ter pelo menos um ramo
não incluido em outra malha

Definição das 3 equações: I1 I2

I3
( 1ªEq ) Lei dos nós : 𝑰𝟐 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟑
Malha 1
Escolhidas as malhas (M1 e M2) estabelecemos as Malha 2
duas equações correspondentes

(2ªEq) Malha1 𝑬𝟏 = −𝑹𝟏 ∗ 𝑰𝟏 + 𝑹𝟑 ∗ 𝑰𝟑

(3ªEq) Malha 2 −𝑬𝟐 = −𝑹𝟑 ∗ 𝑰𝟑 − 𝑹𝟐 ∗ 𝑰𝟐

Resolução do sistema de equações :

𝐼2 = 𝐼1 + 𝐼3 𝐼2 = 𝐼1 + 𝐼3

𝐸1 = −𝑅1 ∗ 𝐼1 + 𝑅3 ∗ 𝐼3 12 = −30 ∗ 𝐼1 + 50 ∗ 𝐼3 12 = −30 ∗ 𝐼1 + 50 ∗ 𝐼3

−𝐸2 = −𝑅3 ∗ 𝐼3 − 𝑅2 ∗ 𝐼2 −20 = −50 ∗ 𝐼3 − 100 ∗ 𝐼2 −20 = −50 ∗ 𝐼3 − 100 (𝐼1 + 𝐼3)

(x3)
12 = −30 𝐼1 + 50 𝐼3 12 = −30 𝐼1 + 50 𝐼3 36 = −90 𝐼1 + 150 𝐼3
+
−20 = −50 𝐼3 − 100 𝐼1 − 100 𝐼3 −20 = −100 𝐼1 − 150𝐼3 −20 = −100 𝐼1 − 150𝐼3

16 = −190 𝐼1

16
𝐼1 = ↔ 𝐼1 = − 0.084 𝐴
−190

Cálculo de I3 12 = −30 𝐼1 + 50 𝐼3 ↔ 12 = −30 −0.084 + 50 𝐼3 ↔ 12 = 2.52 + 50 𝐼3


9.48
50 𝐼3 = 12 − 2.52 ↔ 50 𝐼3 = 9.48 ↔ 𝐼3 = = 0.189 𝐴
50

Cálculo de I2 𝐼2 = 𝐼1 + 𝐼3 ↔ 𝐼2 = −0.084 + 0.189 = 0.105

7
P1

Tendo em atenção os valores da


figura ao lado , calcular :
a) O valor indicado pelo
amperímetro.
(aplicar a lei das malhas)

b) Os valores indicados pelos


voltímetros 1,2,3 e 4 .

P2

No esquema eléctrico ao lado ,


calcular :
a) As correntes nos três ramos .
b)Indicar no esquema os sentidos
correctos das correntes.
c) Indique quais os geradores e
quais os receptores de f.c.e.m.
d) Calcule a tensão entre os
pontos A e B.

8
REDES ELÉCTRICAS . TEOREMA DA SOBREPOSIÇÃO

Nas redes eléctricas simples , não é necessário utilizar um sistema de equações como nas leis de Kirchoff.
Podemos utilizar o teorema de sobreposição que diz :
“ Numa rede eléctrica com vários geradores de tensão, a corrente eléctrica em qualquer ramo é igual à soma
algébrica das correntes que seriam produzidas por cada um dos geradores, se cada um deles funcionasse
isoladamente e as restantes fontes de tensão fossem substituidas pelas suas resistências internas”.

Pretende-se calcular a corrente no


receptor R1 , ou seja , a corrente no
circuito , utilizando o teorema da
sobreposição.

Como diz o Teorema , o valor da


corrente IR1 , será a soma algébrica da :

- Corrente I1 , que é produzida só por E1,


com a
- Corrente I2 , que é produzida só por E2

As correntes I1 E I2 , são calculadas pelas


expressões :

I1 = E1 / R1 + Ri1 + Ri2
I2 = E2 / R1 + Ri1 + Ri2

IR1 terá neste caso um valor obtido pela


diferença das duas correntes , porque
elas têm sentido contrários.

IR1 = I1 - I2

Se as correntes tivessem o mesmo


sentido seria :
IR1 = I1 + I2

9
Teorema da sobreposição (Continuação)

Os valores nos amperímetros nos esquemas em baixo , confirmam-nos o teorema da sobreposição .


- O circuito A é o circuito inicial , aquele aonde se vai aplicar o teorema .
Verifica-se , de facto , que :

IR1 = I1 – I2 ↔ 2.53 = 8.98 – 6,45

P3

Circuito A Considere um circuito idêntico do


circuito ao lado, mas cujos
componentes têm os seguintes
valores :
E1 = 12 V ; E2= 9V , Ri1=0.3Ω ,
Ri2=0.2Ω e R1= 6Ω.

Utilizando a 2ªLei de Kirchhoff,


calcule :
a) A intensidade de corrente no
circuito.
b)As tensões UAB ; UCD ; UAC .
c) Utilizando o teorema da
Circuito A1 sobreposição , calcule a
intensidade de corrente e
conclua.

Circuito A2

10
REDES ELÉCTRICAS . TEOREMA DE THÉVENIN

Tal como os teoremas anteriores o Teorema de Thévenin também permite calcular correntes em ramos de
uma rede eléctrica com um ou vários geradores .
Este método permite calcular as correntes uma a uma (como o método anterior) usando uma técnica que
consiste em dividir o circuito em duas partes.

Aplicação do Teorema de Thévenin


A aplicação deste teorema , consiste em obter um esquema equivalente mais simples , constituído por uma
só fonte de tensão (ETH) e uma resistência equivalente (RTH).

O que diz o Teorema :


“Ao removermos uma parte de um circuito, a partir de dois terminais quaisquer (A e B) , a parte do circuito
que ficou , é equivalente a um gerador, cuja f.e.m. (ETH) , é igual à tensão eléctrica entre esses terminais
(abertos) e a resistência interna (RTH) é igual á resistência medida (vista) entre os dois terminais, depois de
substituídos os geradores pelas suas resistências internas.
Este gerador equivalente chama-se Gerador de Thévenin .
Gerador Equivalente de Thévenin

R1 RTH A
A

E1 E2
R R
ETH
r1 r2

B B
Equivalentes

Como se obtem os valores de ETH (Tensão de Thévenin ) e de RTH (Resistência Equivalente de Thévenin) ?

11
A f.e.m. do gerador de thévenin (ETH) - É igual à UAB com os terminais abertos , como mostra o esquema 1.
A resistência do Gerador de Thévenin (RTH) - É igual à resistência medida entre os terminais AB ,substituindo
os geradores E1 e E2 (neste caso) pelas suas resistências internas , como se vê no esquema 2.

ESQUEMA 2
ESQUEMA 1

R1 R1
A A

E1 RTH
E2

UAB = ETH Ω
r1 r2 r1 r2
Ohmímetro

B B

PROBLEMA RESOLVIDO

1- Utilizando o Teorema de Thévenin calcule :


a) A intensidade em R2 (I2)

Cálculo de I2
Teremos de dar os seguintes passos :
- “Abrir” o circuito entre os terminais A e B, isto é, o ramo aonde passa a corrente I2 é desligado .
- Em seguida obter sucessivamente a f.e.m. ETH e a resistência interna RTH do Gerador de Thévenin .
- Finalmente ligar o ramo que contém R2 ao Gerador Equivalente de Thévenin e calcular o valor de I2.

12
Cálculo de ETH que é igual a UAB .

UAB = R3 . I

I = E1 /RT ↔ I = 10/16 ↔ I = 0,625 A

UAB = 10 . 0,625 ↔ UAB=6,25 V

Cáluculo de RTH

RTH é igual ao paralelo da resistência de 10Ω com


uma resistência de 6Ω ( resultado da série da
resistência de 5Ω com a de 1Ω).

RTH = 6//10
RTH = 6.10 / 6+10 ↔ RTH = 60/16 =3,75Ω

Fazemos o acoplamento do Gerador de Thévenin com o ramo retirado por A e B e obtêm-se o circuito em
baixo aonde calculamos pela lei das malhas o valor de I2 desejado .

Malha

Cálculo de I2 na malha do circuito :

6,25 – 5 = (3,75+2+1) I2 ↔ 1,25 = 6,75 . I2 ↔ I2 = 1,25/6,75

I2 = 0,185 A

13
Exercícios para resolver

1 - Calcular aplicando o teorema de Thévenin a corrente em R3 ( I3 ) .

2-
2.1 - Utilizando o teorema de Thévenin calcule as correntes em R1 e em R2 .
2.2 – Confirme os valores encontrados , utilizando as leis de Kirchhoff.
( Simplifique o circuito fazendo o paralelo de R3 com R4 .)

14
Wikipédia
Fotografias e tipos de condensadores
Super condensadores

15
CONDENSADORES

1.1 - CONSTITUIÇÃO DE UM CONDENSADOR. CARACTERIZAÇÃO

Um condensador é um componente eléctrico que pode armazenar cargas eléctricas e é constituido por duas superfícies
condutoras chamadas armaduras separadas por uma substância isolante designada por dieléctrico .

Terminais
Dieléctrico
(Isolante)

Armaduras
metálicas

Capacidade C e Tensão nominal Un

Os condensadores são caracterizados pela sua Capacidade (C) em armazenar cargas eléctricas , pois uns
armazenam mais cargas que outros.
A Capacidade C - é definida como sendo o quociente entre a carga Q acumulada nas armaduras e a tensão
aplicada aos terminais.
𝑸 𝐶𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏
𝑪= = = 𝐹𝑎𝑟𝑎𝑑
𝑼 𝑉𝑜𝑙𝑡

C - Capacidade do condensador
Q – Carga eléctrica armazenada numa armadura
U – Tensão aplicada ao condensador

A unidade de capacidade é o Farad (F). Esta unidade é um valor muito grande, pelo que na prática são utilizados os
submúltiplos para expressar as capacidades mais corrente

micro (μF) = 10−6 ; nano (nF) = 10−9 ; pico (pF) = 10−12

Quanto maior for a tensão aplicada U a um condensador , maior é Q armazenado nas armaduras . No entanto, o
quociente entre Q e U é sempre constante para um determinado condensador, ou seja, a capacidade C é uma
característica constante para cada condensador.

A tensão nominal Un - é o valor de tensão máxima em trabalho. Não se deve aplicar


aos terminais do condensador uma tensão superior a este valor.

No condensador electrolítico ao lado : Capacidade 220μF


Tensão nominal 25 V

16
CONDENSADORES

SIMBOLOGIA

1.2 – CARGA E DESCARGA DE UM CONDENSADOR

Carga do condensador - Ao ligarmos um condensador a um gerador de tensão contínua, a f.e.m do gerador provoca o
movimento de um grande número de electrões de uma armadura (fica com carga positiva) , para a outra armadura ( fica
com carga negativa).
À medida que se vai efectuando a transferência de electrões (carga) a tensão Uc aos terminais do condensador vai
aumentando até atingir no fim da carga o valor da tensão do gerador (12 V no exemplo).
A corrente que no início é elevada, vai decrescendo no decorrer da carga, sendo zero no fim carga.

u,i
E/R
12 V

I Carga Uc

Ic

Descarga do condensador – Ao retiramos a fonte e ligarmos as armaduras entre si, inicia-se a descarga. t
A grande quantidade de electrões em execesso na armadura negativa passa para a armadura positiva através do circuito.
No início da carga a corrente é intensa mas vai diminuindo até zero . A tensão Uc nas armaduras também vai
gradualmente decrescendo até ao valor de zero.

u,i

12 V
I Descarga

Uc

t
Nota : As armaduras de um condensador descarregado
estão no estado neutro , isto é , o número de cargas Ic
negativas é igual ao número de cargas positivas.
E/R

17
1.3 – VELOCIDADE DE CARGA E DESCARGA DE UM CONDENSADOR

O tempo que um condensador leva a carregar ou descarregar depende :


- do valor da resistência R que está em série com ele.
- e da capacidade C do condensador
De facto, quanto maior for o valor de R ou quanto maior for a capacidade C do condensador , maior é o tempo necessário
para o condensador ficar carregado .

No circuito a seguir , se ligarmos R1 ou R2 , os tempos de carga ou descarga são diferentes como sugere o gráfico
apresentado.

i
Q = i1 t 1 = i2 t 2
I1 máx Uc2

I2 máx I1

I2 tempo

t1 t2
1𝜏 2𝜏 3𝜏 4𝜏 5𝜏

Constante de tempo (τ)

É difícil determinar com precisão o tempo que leva um condensador a carregar , mas pode-se prever o tempo de carga
ou descarga de forma aproximada , utilizando uma grandeza que se chama constante de tempo 𝝉 (tau) , que é o tempo
que o condensador demora a carregar 63,2% da carga total.

𝝉 = 𝑹. 𝑪

𝜏 - constante de tempo em segundos


R – Resistência em ohms
C – Capacidade do condensador em Farads

- O condensador fica carregado quase a 100% quando decorre um tempo correspondente a 5 𝝉.

No exemplo do esquema em cima , com R=100KΩ e C=1μF o tempo de carga/descarga será :

Para carga a 63,2% 𝜏 = 𝑅. 𝐶 → 𝜏 = 100 ∗ 103 ∗ 10−6 → 𝝉 = 𝟏𝟎−𝟏 𝒔 = 𝟎, 𝟏 Segundos

Para carga a 100% 5 𝝉 = 5 * 0,1 = 0.5 Segundos

Utiliza o Apllet interactivo e verifica no processo carga/descarga de um


condendador a evolução das tensões , correntes e tempo .

18
1.4 – ASSOCIAÇÃO DE CONDENSADORES

Associação série

Há necessidade por vezes de associar dois ou mais condensadores em série para obtermos a capacidade de um
condensador que não possuímos.
A Capacidade Equivalente C de condensadores ligados em série é traduzida matemáticamente :

C1 C2 C3 C
𝑈 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3
+ - + - + - + -
𝑈 𝑈1 𝑈2 𝑈3 + - + - + - + -
= + +
𝑄 𝑄 𝑄 𝑄 Q Q Q Q

𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 U1 U2 U3
= + +
𝑪 𝑪𝟏 𝑪𝟐 𝑪𝟑 U U
+ - + -

O valor do inverso da capacidade equivalente é igual à soma dos inversos das capacidades dos
condensadores que fazem parte do agrupamento.

Associação em paralelo

C1
+ -
𝑄1 = 𝐶1 𝑈 + -
𝑄2 = 𝐶2 𝑈 C2 C
𝑄3 = 𝐶3 𝑈 + - + -
+ - + -
𝑄 = 𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3 C3
+ -
𝐶𝑈 = 𝐶1𝑈 + 𝐶2𝑈 + 𝐶3𝑈 + -
+ U -
𝑪 = 𝑪𝟏 + 𝑪𝟐 + 𝑪𝟑
U
+ -

A capacidade equivalente é igual à soma das capacidades dos vários condensadores do agrupamento

19
Ficha de trabalho - Condensadores
P1 – Um condensador de 47 μF de capacidade que carga (Q) armazena quando alimentado 12 V ? E a 24 V ?

P2 - Na figura está representado parte de um circuito electrónico contendo um transistor.


Sendo a capacidade C = 22μF e a carga que adquire 80 μC , determine o potencial
eléctrico do ponto E .

P3 - a) Que entende por Constante de Tempo de um


condensador ?

b) Qual o valor da resistência R1 que teriamos que ter


no circuito de forma que o condensador de 220μF,
demore a carregar totalmente em 20 segundos.

P5 – Agruparam-se dois condensadores de 10 μF/16V e 15μF/16V em paralelo . Determinar :

a) A capacidade equivalente
b) a carga armazenada quando o conjunto é alimentado a 12 V .
c) A carga adquirida por cada um dos condensadores.

P6 – No laboratório existem condensadores de 10μF/25V e de 20μF/16V. Pretende-se reparar um aparelho


onde os condensadores de 30μF/20V e 10μF/30V estão avariados. Realizar a substituição dos
condensadores danificados.

20
TESTE FORMATIVO
EXERCÍCIOS DE REVISÃO GERAL das Unidades 1 e 2.

P1 – Quatro resistências ligadas em série , percorridas


UFCD2por uma intensidade de 3 mA , têm aos seus terminais
as seguintes tensões : U1 = 6 V , U2 = 9 V , U3=12 V , U4=21 V. Calcule :
a) O valor de cada resistência
b) A tensão aplicada ao circuito

P2 – Uma lâmpada de incandescência tem as seguintes características : 120V/0,33 A . Pretendemos ligá-la à


rede de 230 V . Calcule :
a) O valor da resistência Ra a ligar em série com a lâmpada de modo que esta fique a funcionar em
regime normal.
b) A resistência total do circuito .

P3 – Três resistências de 20Ω , 30Ω e 60Ω são ligadas em paralelo , sob 30 Volts. Calcule :
a) A resistência equivalente
b) A intensidade absorvida por cada resistência

21
P4 - Uma resistência R1=45Ω encontra-se ligada em paralelo com uma resistência R2 de valor desconhecido.
Sabe-se que a tensão aplicada é de 30 V e que a intensidade total é de 2 A . Calcule o valor de R2.

P5- A figura representa um divisor de tensão, em que R1=40Ω e R2=500Ω . A resistência de carga é R = 60Ω.
A tensão aplicada é de 50 volts.

a) Calcule a tensão indicada pelo voltímetro quando K está aberto.


b) Calcule a tensão indicada pelo voltímetro quando K está fechada.
c)Compare os dois valores e conclua .

22
P6- Determinar os valores das resistências equivalentes que os ohmímetros 1 e 2 medem , quando
colocados nas posições do esquema , alternadamente.

P7- Uma torradeira tem as seguintes características: 600W , 230V. Calcule:


a) A intensidade absorvida
b) O valor da resistência eléctrica.
c) A energia consumida em Kwh durante 75 minutos.
d) A intensidade e a potência absorvidas , se a ligássemos a 200 Volts.

P8- Uma resistência de baixa potência tem as seguintes características : 4,7 KΩ e 1/4 Watt . Calcule:
a) A tensão máxima que se lhe pode aplicar.
b) A intensidade máxima que ela suporta (sem se danificar).

23
P9- Um motor eléctrico, com um rendimento de 82%, absorve 1800 Watts , sob 230 Volts. Calcule :
a) A intensidade absorvida. b) A potência mecânica . c) A potência de perdas.

P10 - Uma bateria com uma f.e.m. de 12 Volts e resistência interna de 0,2 Ω , alimenta dois receptores iguais,
ligados em paralelo, com uma resistência individual de 15Ω. Calcule :
a) A intensidade fornecida
b) A tensão aplicada aos receptores.
c) A queda de tensão na bateria .
d) A potência útil.

P11- Dois geradores iguais ligados em paralelo , alimentam 60 lâmpadas iguais em paralelo, de potência
individual 60 Watts , sob 230 Volts. A resistência interna de cada gerador é de 1,2Ω . Calcule :
a) A potência total das lâmpadas.
b)A intensidade absorvida.
c) As características do gerador equivalente.
d) A intensidade fornecida por cada gerador.

24
P12- Observe a figura . Em função dos valores, responda :
a) Qual dos elementos (E1 ou E2) é gerador ou receptor ?.
b) Sabendo que R= 1Ω ,
- Calcular a intensidade medida pelo amperímetro A .
- Indique o sentido convencional da corrente.
c) Calcular o valor que deveria ter R , de modo a limitar a
corrente no circuito a 1 Ampere.

P13- Aplicando as Leis de Kirchhoff , determinar as correntes nos três ramos do circuito a seguir :

25
P14- Aplicando o Teorema de Thévenin , determinar a corrente no ramo da resistência R3.

26

Potrebbero piacerti anche