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Tyler Durden é um esquizofrenico, um psicopata, que planeja assassinar Marta – uma

prostituta que ele acredita ser sua namorada – e cometer suicídio para salvarem-se de uma
ameaça imaginária de bombas que explodirão em seu quarteirão.
O texto do número é uma colagem de cenas do relacionamento de Tyler e Marla do
filme Clube da Luta (roteiro de Jim Uhls) entremeado pela música Marta do musical O Beijo da
Mulher Aranha (de John Kander, Fred Ebb e Terrence McNally) com versão em português de
Bruno Bossio e de trilha sonora foi utilizada a música Feeling Good do musical The Roar of the
GreasePaint – The Smell of the Crowd (de Leslie Bricusse e Anthony Newley) na livre
interpretação de Nina Simone.
O número traz à tona a problematização da dúvida da morte como solução dos dissabores da
vida, questão já levantada por outros autores do passado.
Hamlet, em seu famoso solilóquio, apresenta essa questionamento de forma bem clara e aponta
a dúvida do que há além da morte como principal conflito da escolha: “Quem sofreria os relhos
e a irrisão do mundo, o agravo do opressor, a afronta do orgulhoso, toda a lancinação do mal-
prezado amor, a insolencia oficial, as dilações da lei, os doestos que dos nulos tem de suportar,
o mérito paciente, quem o sofreria quando alcançasse a mais perfeita quitação com a ponta de
um punhal? Quem levaria fardos, gemendo e suando sob a vida fatigante, se o receio de alguma
coisa após a morte – essa região desconhecida cujas raias jamais algum viajante atravessou de
volta – não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?”
Eu, como artista-criador, trago a morte e suas consequencias como um tema recorrente de meus
trabalhos criativos, tanto em seus sentidos mais poéticos como a morte enquanto ponto
culminante de uma definição – ou seja, quando se define algo, se mata todos os demais sentidos
que aquilo poderia assumir –, quanto em seu sentido literal de fim da vida.
Como cético materialista, acredito que não exista algo de sobre humano que dê sentido ou guie
os caminhos e as vidas, mas entendo que a morte exerce esse papel de forma magistral e
naturalmente. Defrontados com a finitude da vida, nós temos a necessidade de dar um sentido
pessoal para nossa própria existencia na ansia de permanecer vivos. Fiódor Dostoiévski
escreveu: “A morte cria um sentido para a nossa vida. Mais importante que isso a morte cria um
valor especial para o tempo. Se nosso tempo nessa terra fosse indeterminado, a própria vida
perderia o sentido? Muito provavelmente ainda estaríamos com a bunda de fora e com uma
lança nas mãos. A morte é o agente mais poderoso da natureza, ela vem para levar o velho e
abrir espaço para o novo. O nosso esforço para evitá-la e fazer de nossa curta estada aqui algo
minimamente memorável é inútil. Só existe a vida porque existe a morte.” Estas ideias, mais do
que uma crença de vida, motivam-me artisticamente a escolher materiais humanos e
presentificados no sentido mais profundo da palavra, não importando a ficcionalidade do
material. Eu entendo que os seres humanos são os responsáveis por suas felicidades e suas
maiores desgraças. Escoher um número em que um personagem entra em dúvida sobre a morte
e a vida tanto de si, quanto de outros, foi importante porque esse tipo de história sempre causa
algum tipo de reflexão em quem a encontra. A morte é uma enorme pedra negra, é o mistério
que não se pode ignorar e que gera reflexão imediata de quem é confrontado por ela.

“A morte é uma vida vivida. A vida é uma morte que chega” (Jorge Luís Borges)

“João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da


Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.”
(Manuel Bandeira)

“Que temos de morrer, sabemo-lo desde que nascemos, por isso, de uma certa maneira, é como
se já tivéssemos nascido mortos.” (José Saramago)

“Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?”(Confúcio)

“Tudo quanto vive provém daquilo que morreu.” (Platão)


“A gente só morre uma vez, mas é pra sempre” (Millor Fernandes)
“A única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida” (Charles Chaplin)
“Todos os caminhos levam à morte. Perca-se” (Jorge Luís Borges)
“A maior invenção do mundo não é aminha tecnologia, é a morte! Pois atravésdela o velho
sempre dará lugarpara o novo” (Steve Jobs)
“Eu pretendo viver para sempre, ou morrer tentando” (Groucho Marx)

A realização da cena gerou uma reflexão

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