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Entre os seis domínios morfoclimáticos existem as faixas de
transições. Nessas faixas são encontradas características de dois ou
mais domínios morfoclimáticos. Algumas conhecidas são o Pantanal,
o Agreste e os Cocais.
O que são
Domínio Amazônico
Localização: estados do Amazonas, Pará, Acre e áreas do norte dos estados de Rondônia e
Mato Grosso, além da região oeste do Maranhão.
Domínio do Cerrado
Localização: região central do Brasil. Estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso (área
central), Mato Grosso do Sul (áreas central e nordeste). Minas Gerais (faixa centro-oeste),
Maranhão (sul) e Rondônia (faixa centro-sudeste).
Domínio Roraima-Guianense
Domínio da Caatinga
Localização: área central da região Nordeste. Quase todo território do Ceará (exceto faixa
litorânea); regiões centro-oeste dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas e Sergipe; grade parte da região centro-oeste da Bahia; sudeste do Piauí.
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Localização: região sul do Brasil. Presente nas áreas centrais dos estados do Paraná Santa
Catarina, além da área norte do Rio Grande do Sul.
Localização: quase todo território do estado de São Paulo (exceto áreas ao norte e sul);
noroeste e faixa litorânea do Paraná; áreas litorâneas dos estados de Santa Catarina e Rio
Grande do Sul; faixa leste de Minas Gerais, todo território do Rio de Janeiro e Espírito
Santo; faixa litorânea da região Nordeste.
Características principais: clima úmido, relevo com presença de serras (exemplos: Serra do
Mar, Mantiqueira e Espinhaço); solo que sofre com a erosão provocada pelo alto índice
pluviométrico (chuvas); grande parte deste domínio está ocupada por vegetação da Mata
Atlântica.
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condições ambientais específicas, onde ocorre interação entre os
fatores no conjunto natural (relevo, clima, vegetação, fauna,
hidrografia e solo). Apesar da diversidade de vegetação, a paisagem
apresenta-se com certa uniformidade, havendo porém, dificuldade de
definição de seus limites naturais.
Mata Atlântica
Cerrado
Amazônia
Caatinga
Pantanal
Pampa
Domínio Amazônico
Domínio dos Cerrados
Domínio dos Mares de Morros
Domínio das Caatingas
Domínio das Araucárias
Domínio das Pradarias
Floresta Amazônica
Mata Atlântica
Cerrado
Caatinga
Campos
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Pantanal
Restingas e Manguezais
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Cerrado brasileiro. Foto: Vitor 1234 [CC-BY-SA-3.0 or GFDL], via Wikimedia Commons
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responsável por cerca de 40% da produção de soja no Brasil e mais
de 70% da produção de carne bovina. Sem contar que, além das
inúmeras minerações e carvoarias que vem destruindo cada vez mais
o cerrado, a pressão do crescimento populacional das cidades,
principalmente em Minas Gerais e na região Centro-Oeste, tem
colocado o cerrado entre os biomas mais ameaçados do mundo.
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Floresta Amazônica. Foto: Filipe Frazao / Shutterstock.com
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Os solos apresentam baixa retenção de nutrientes, pois a grande
quantidade de chuvas lixiviam esses solos, retirando seus nutrientes.
Porém, uma fina camada de nutrientes se forma a partir da
decomposição de folhas, galhos, frutos e animais mortos, sendo
muito importante para as plantas da região.
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pela castanheira, mogno, angelim, andiroba, cedro e outras.
Existe também elevada quantidade de cipós, plantas herbáceas
e epífitas, palmeiras, liquens e musgos.
Mata de várzea - localiza-se em terras mais baixas e está
sujeita a inundações periódicas. Nas partes mais altas as
árvores são capazes de suportar inundações por alguns meses.
Elas brotam quando a água está baixando e florescem e dão
frutos quando a água está subindo. Os solos são mais férteis,
pois no período de cheia as águas depositam sedimentos ricos
em nutrientes nesses solos. Destacam-se árvores como o
cumaru, seringueira e jatobá.
Mata de igapó – localiza-se em terrenos baixos próximos aos
rios, onde os solos estão quase sempre alagados. A vegetação
é baixa com árvores afastadas e adaptadas ao ambiente
alagado, como a palmeira jauari (Astrocaryum jauari).
A vitória-régia também é encontrada nesse ambiente.
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Área desmatada na Floresta Amazônica. Foto: guentermanaus / Shutterstock.com
Serra da Capivara, parque nacional localizado nas áreas de Caatinga. Foto: ANDRE DIB /
Shutterstock.com
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Fragmentos de rochas são frequentes na superfície, resultando em
um solo com aspecto pedregoso.
Flora da Caatinga
Por Monik da Silveira Suçuarana
Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais (UFAC, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (UFAC, 2011)
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A Caatinga é muito variável floristicamente, dependendo do regime de chuvas e do
tipo de solo. Essa floresta é considerada arbórea ou arbustiva, formada por árvores e
arbustos baixos com galhos retorcidos, ervas rasteiras e cactos. A maioria das espécies
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vegetais da Caatinga possui características xerofíticas que lhes permitem sobreviver
em condições de aridez.
Na Caatinga é possível encontrar desde florestas altas e secas com até 15-20 metros de
altura, chamada de caatinga arbórea, que é encontrada de forma espalhada da Bahia ao
Rio Grande do Norte em regiões mais úmidas, até arbustos baixos e
espalhados, cactos e bromeliáceas nos afloramentos de rochas. Entre esses dois
extremos muitas fisionomias intermediárias de vegetação são identificadas.
Cerca de 1.511 espécies vegetais já foram registradas nesse bioma, entre as quais
aproximadamente 380 são endêmicas. As principais famílias de plantas
são Cactaceae, Euphorbiaceae, Bromeliaceae e Leguminosae.
Embora menos abundantes, algumas espécies vegetais são perenifólias (não perdem
suas folhas), como a Ziziphus joazeiro (juazeiro), Capparis yco (icó), Copernicia
prunifera (carnaúba), Maytenus rígida (bom-nome) e Licania rigida (oiticica). Essas
espécies são comuns ao longo de cursos de água principalmente no Piauí, Ceará e Rio
Grande do Norte, onde há fornecimento relativamente constante de água durante a seca
e inundação durante o período chuvoso.
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Carnaúba. Foto: Toa55 / Shutterstock.com
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Mandacaru. Foto: Raul Romario / Shutterstock.com
O estrato herbáceo é dominado por ervas terófitas (anuais), que se tornam ausentes por
um período prolongado do ano (estação seca) e aparecem na curta estação chuvosa.
Malvas, gramíneas e jetiranas estão entre os grupos mais representativos desse estrato.
Destacam-se Ipomoea sericophylla (jitirana) e Sida galheirensis (malva).
Fauna da Caatinga
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Por Monik da Silveira Suçuarana
Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais (UFAC, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (UFAC, 2011)
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Embora a diversidade de animais em ambientes áridos e semiáridos seja menor que
nas florestas tropicais, é preciso desfazer o mito de que a Caatinga é um bioma pobre
em espécies e endemismos. A Caatinga abriga na verdade várias espécies
de mamíferos, aves, anfíbios, répteis, peixes e outros. Além disso, muitas espécies são
endêmicas desse bioma.
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Os répteis são representados por 177 espécies, incluindo lagartos, serpentes,
anfisbenídeos (cobras-de-duas-cabeças), crocodilianos e quelônios. Muitos répteis são
endêmicos da Caatinga, como os lagartos Tropidurus amathites e Tropidurus
cocorobensis e as serpentes Epictia borapeliotes e Bothrops erythromelas.
A jibóia (Boa constrictor) e a cascavel (Crotalus durissus) são espécies abundantes
nesse bioma. Entre os quelônios estão o jabuti-piranga (Geochelone carbonaria), que
está ameaçado de extinção, e o cágado Phrynops geoffroanus. O jacaré-de-papo-
amarelo (Caiman latirostris) também ocorre na Caatinga.
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Cobra cascavel (Crotalus durissus). Foto: Susan Schmitz / Shutterstock.com
Quanto aos anfíbios, na Caatinga ocorrem cerca de 79 espécies, entres as quais podemos
citar o sapo-cururu (Rhinella marina) e a perereca-de-capacete (Corythomantis
greeningi).
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As aves são representadas por cerca de 591 espécies. Merece destaque o soldadinho-do-
araripe (Antilophia bokermanni), que está ameaçada de extinção e é a única ave restrita
ao Ceará. O periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus) e a Jacucaca (Penelope
jacucaca) são outras espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. A arara-azul-de-
lear (Anodorhynchus leari) e a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) são endêmicas da
Caatinga e se destacam pela aparência exuberante, essa última não se encontra mais na
natureza, apenas em cativeiro.
Cerca de 241 espécies de peixes são encontradas na Caatinga, entre as quais destacam-
se espécies de importância econômica nativas da bacia do Rio São Francisco, como o
dourado (Salminus brasiliensis), o pacamã (Lophiosilurus alexandri) e o curimatã–pacu
(Prochilodus argenteus). O surubim (Pseudoplatystoma corruscans) é uma das espécies
de maior importância comercial e cultural em toda a região do Vale do São Francisco.
As abelhas são representadas por 221 espécies. Os meliponíneos (abelhas sem ferrão)
são um dos grupos mais representativos. Dentro desse grupo a espécie Melipona
mandacaia, conhecida como mandaçaia, é endêmica da Caatinga. No entanto, o intenso
desmatamento na região semiárida vem trazendo consequências danosas para as
populações de M. mandacaia.
Pantanal
Por Monik da Silveira Suçuarana
Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais (UFAC, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (UFAC, 2011)
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O bioma Pantanal é a maior planície inundável do mundo. Com uma área de cerca de
250 mil Km², o Pantanal estende-se pela Bolívia, Paraguai e Brasil, sendo
aproximadamente 62% no Brasil, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Inserido na parte central da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, o Pantanal é
influenciado pelo rio Paraguai e por seus vários afluentes que alagam a região formando
extensas áreas alagadiças.
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Pantanal brasileiro. Foto: Filipe Frazão / Shutterstock.com
Há regiões altas que nunca são alagadas, como os morros isolados que se destacam nas
áreas inundadas como verdadeiras ilhas cobertas de vegetação e são usados por animais
que fogem da subida das águas e procuram abrigo. Algumas regiões ficam quase sempre
submersas e outras se apresentam alagadas durante alguns meses.
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A flora dessa região também é bastante diversificada, formando um mosaico de plantas
do Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio e boliviano). Nas
áreas alagadas encontramos gramíneas, nas regiões intermediárias desenvolvem-se
pequenos arbustos e vegetação rasteira e nas regiões mais altas a paisagem é parecida
com a da Caatinga, com árvores de grande porte. No Pantanal é comum a presença de
formações vegetais como o carandazal, formado pelas palmeiras carandá, e o buritizal,
onde predominam os buritis.
Pampa
Por Felipe Araújo
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O significado da palavra pampa é região plana. A origem da expressão é quéchua, um
idioma sulamericano de origem indígena que também era utilizado no império dos
incas. Abrangendo cerca de 700 mil km², os pampas brasileiros ocupam
aproximadamente 2,4% da vegetação do País. Além disso, estão presentes na República
Oriental do Uruguai, Corrientes, Entrerríos, Santa Fé, La Pampa, províncias de Buenos
Aires e no Rio Grande do Sul. Sua localização fica entre o 30º e o 34º na latitude sul e
63º e 57º na latitude oeste.
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Apesar de ser uma área de campos, o pampa também apresenta outras formações
geográficas como grutas e cavernas, encontradas em regiões como Caçapava do Sul e
Pedra do Segredo. Além disso, possui sítios arqueológicos como o de Mata, cidade do
Rio Grande do Sul, onde são encontradas árvores petrificadas. No que se refere à
vegetação, o pampa tem o predomínio da herbácea, que possui entre 10 e 50 cm de
altura, gramíneas, alguns arbustos e árvores (perto de cursos d’água); e plantas rasteiras.
O relevo aplanado possui entre 500 metros e 800 metros de altitude.
Ao ser observado ao longe, o pampa tem a aparência de um tapete verde por possuir
paisagem plana e homogênea. Em comparação a savanas e florestas, o pampa é
considerado fundamental na atenuação do efeito estufa, controle da erosão do solo e
preservação da biodiversidade.
Na parte do pampa que pertence o Brasil, são encontrados mais de 3 mil tipos de plantas
vasculares. Entre elas, destacam-se as gramíneas como o capim-mimoso, que compõe a
dieta de equinos, bovinos e grandes herbívoros silvestres. A pampa conta com mais de
350 espécies de aves como caturritas, anus-pretos e pica-paus, além de 90 tipos de
mamíferos como tatus, veados e guaraxains. Com temperatura amena e chuvas que não
variam muito durante o ano, o clima do pampa é considerado subtropical. Com solo
fértil, é uma área importante para a agropecuária.
Mata de Araucárias
Por Monik da Silveira Suçuarana
Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais (UFAC, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (UFAC, 2011)
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A Mata de Araucárias é uma formação vegetal que, como o próprio nome diz, é
caracterizada pela presença da Araucaria angustifolia (pinheiro-do-
paraná ou araucária). É um ecossistema da Mata Atlântica e ocorre no sul do Brasil,
estendendo-se pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e em
manchas esparsas em São Paulo e Minas Gerais.
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Mata de Araucárias. Foto: Xico Putini / Shutterstock.com
Essa formação é também chamada de Floresta Ombrófila Mista, que se caracteriza pela
mistura entre árvores angiospermas (produzem frutos) e gimnospermas, que é o caso da
araucária (não produzem frutos, suas sementes são nuas). O clima dessa região é
caracterizado pela ocorrência de chuvas o ano inteiro, oscilando entre períodos mais e
menos chuvosos. O inverno normalmente é frio, com geadasfrequentes e até neve. O
verão é razoavelmente quente.
A araucária é uma árvore de tronco cilíndrico e reto, com altura entre 25 e 35 metros,
podendo chegar a 50 metros. É heliófila (precisa de muita luz solar), mas é beneficiada
pelo sombreamento na fase de germinação e crescimento até dois anos. Produz
sementes comestíveis (pinhão). É exigente quanto às condições do solo, ocorrendo em
solos muito férteis, profundos e bem drenados.
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Mata de Araucárias em Urubici - SC. Foto: Lucas Martins / InfoEscola.com
Restinga
Por Monik da Silveira Suçuarana
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Mata de restinga. Foto: Frank L Junior / Shutterstock.com
As restingas começaram a se formar há milhares de anos pelo recuo do nível do mar,
direcionando grande quantidade de areia das plataformas continentais em direção à
praia, com isso houve formação das planícies arenosas. Durante o Quaternário as
variações no nível do mar ocorreram no mínimo três vezes, expondo e cobrindo áreas
litorâneas que hoje formam as restingas.
A vegetação das restingas é influenciada por alguns fatores abióticos, entre os quais se
destacam a topografia do terreno, que pode apresentar faixas de elevações (cordões
arenosos) e faixas de depressões (entre-cordões) dependendo dos processos de
deposição e remoção de materiais nessas regiões; a influência marinha, que diminui à
medida que se avança para o interior e o solo, um importante condicionador e fator
limitante da distribuição de formações florísticas. Essas condições ambientais
determinam as diferentes fisionomias vegetais da restinga.
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Floresta alta de restinga – ocorre mais distante do mar, dando sequência à floresta
baixa de restinga, em solos bem drenados e com maior quantidade de nutrientes. O
estrato é predominantemente arbóreo com dossel fechado e as árvores podem atingir
20 metros de altura.
A fauna é bastante rica. Muitas aves migratórias utilizam as restingas como locais de
alimentação e descanso. Destacam-se o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis),
a coruja buraqueira (Spyotito cunicularia) e o formigueiro-do-litoral (Formicivora
littoralis), ave endêmica de áreas restingas. Mamíferos como o mico-leão-caiçara
(Leontopithecus caissara), queixada (Tayassu pecari) e lontra (Lontra longicaudis)
também ocorrem. O maria-farinha é um caranguejo comum nas praias arenosas e cava
suas tocas acima da área de maré. As tartarugas marinhas utilizam as restingas como
locais de desova.
Manguezal
Por Monik da Silveira Suçuarana
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Os mangues apresentam adaptações que lhes permitem sobreviver num ambiente com
características estressantes como o manguezal. As raízes áreas são adaptações para o
solo pobre em oxigênio. Nos mangues pretos e brancos as raízes emergem de baixo do
sedimento em direção ao ar, e mesmo durante a maré cheia suas extremidades ficam
expostas ao ar possibilitando as trocas gasosas, essas raízes são chamadas
pneumatóforos. Já o mangue vermelho apresenta expansões no caule principal contendo
lenticelas, que são buracos por onde são feitas as trocas gasosas.
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Para eliminar o excesso de sal as árvores do manguezal apresentam glândulas em suas
folhas, por isso são chamadas plantas halófitas. Para a germinação em ambiente
aquático os mangues apresentam uma importante característica: a viviparidade.
As sementes germinam ainda presas à planta mãe e são liberadas em um estágio de
desenvolvimento chamado propágulo. Os propágulos acumulam grande quantidade de
reservas nutritivas, o que permite sua sobrevivência até encontrarem local adequado
para sua fixação.
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A classificação do território brasileiro em diferentes domínios
morfoclimáticos foi elaborada pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber (1924-2012).
GEOGRAFIA
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O Brasil é um país de dimensões continentais, com cerca de 8,5 milhões de
km² de área e uma grande variação latitudinal (norte-sul), o que lhe confere
uma rica diversidade climática e, por extensão, biológica.
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Mapa dos domínios morfoclimáticos
Índice [esconder]
DOMÍNIO AMAZÔNICO – TERRAS BAIXAS FLORESTADAS
EQUATORIAIS
DOMÍNIO DO CERRADO – CHAPADÕES TROPICAIS INTERIORES COM
CERRADOS E FLORESTAS-GALERIAS
MARES DE MORRO – ÁREAS MAMELONARES TROPICAIS ATL NTICAS
CAATINGA – DEPRESSÕES INTERMONTANAS E INTERPLANÁLTICAS
SEMIÁRIDAS
ARAUCÁRIAS – PLANALTOS SUBTROPICAIS COM ARAUCÁRIAS
PRADARIAS – COXILHAS SUBTROPICAIS COM PRADARIAS MISTAS
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DOMÍNIO AMAZÔNICO – TERRAS BAIXAS
FLORESTADAS EQUATORIAIS
É o maior dentre os domínios morfoclimáticos brasileiros, com uma área
estimada em aproximadamente 5 milhões de km². Abrange toda a região norte
do país, além do norte do Mato Grosso e oeste do Maranhão, destacando-se
pelo grande volume de suas florestas, pela sua complexa rede hidrográfica e
pela grande variabilidade de seus ecossistemas. Todavia, é o domínio sobre o
qual mais se expandem as atividades humanas nos últimos anos, o que lhe
representa uma grave ameaça.
Embora possua uma ampla área, o domínio amazônico não se estende muito
no sentido latitudinal, estando quase todo posicionado em uma região próxima
à Linha do Equador. Com isso, a insolação é forte o ano todo e as massas de
ar atuantes são quentes e úmidas. Dessa forma, a presença de umidade – algo
que se relaciona, também, à evapotranspiração da floresta amazônica – faz
com que a variação de temperaturas (amplitude térmica) seja muito baixa,
com médias térmicas anuais de aproximadamente 25ºC. Já os solos, em geral,
apresentam uma baixa fertilidade, o que dificulta a ocupação da floresta para a
agricultura, sendo a pecuária extensiva a atividade econômica mais comum no
espaço desse domínio.
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DOMÍNIO DO CERRADO – CHAPADÕES
TROPICAIS INTERIORES COM CERRADOS E
FLORESTAS-GALERIAS
A nomenclatura acima indica a composição desse domínio, que abrange
o bioma Cerrado, classificado como um tipo específico dentre as formações
savânicas. Ocupa uma área de 2 milhões de km² e é um dos ambientes mais
ameaçados pelo avanço das atividades econômicas em seu espaço natural.
O relevo é predominantemente composto por planaltos, onde existe uma
grande quantidade de chapadas, como a dos Veadeiros (GO), a Diamantina
(BA) e a dos Guimarães (MT).
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principais rios da América do Sul, envolvendo a bacia Tocantins-Araguaia e
partes da Bacia do São Francisco e do Paraná.
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principalmente em sua região mais ao sul, com presença dos climas tropical
úmido, tropical de altitude e subtropical úmido. Tal configuração climática e
os constantes regimes de chuva, propiciaram a formação de solos profundos
em razão da ação do intemperismo químico, muitos deles bastante produtivos,
o que facilitou a ocupação territorial e o consequente desmatamento.
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Em razão do grande rigor climático, a vegetação predominante é do tipo
xerófila, aquelas que se adaptam ao clima seco através da retenção de água,
com raízes largas, talos grossos e folhas que, muitas vezes, se resumem a
espinhos. Em períodos chuvosos, essa vegetação ganha uma aparência mais
volumosa e transforma a paisagem do sertão.
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ARAUCÁRIAS – PLANALTOS SUBTROPICAIS
COM ARAUCÁRIAS
Esse domínio, como a nomenclatura já aponta, abrange o espaço ocupado
pelas Matas de Araucárias, ocupando boa parte da região Sul em uma área de
400 mil km² de extensão. O clima local é do tipo subtropical úmido, o que é
diretamente causado pela posição geográfica ao sul do Trópico de
Capricórnio, com médias pluviométricas anuais que vão dos 1400mm aos
2000mm.
As altitudes da região variam entre 800 e 1300 em uma área de planaltos, com
a presença de solos profundos e muito férteis, dos quais se destaca a “terra
roxa” originada a partir da meteorização de rochas basálticas produzidas em
processos vulcânicos hoje extintos. Essa mesma área abrange a maior parte da
Bacia do Paraná e também a Bacia do Uruguai.
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PRADARIAS – COXILHAS SUBTROPICAIS
COM PRADARIAS MISTAS
O domínio morfoclimáticos das Pradarias – conhecido como pampa gaúcho –
situa-se no extremo sul do Brasil como um prolongamento dos campos e
pradarias situados na Argentina e no Uruguai. A vegetação desses ambientes é
predominantemente composta por herbáceas, que são plantas com caules não
lenhosos ou flexíveis, nunca maiores do que dois metros.
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Domínios Morfoclimáticos – Aula de
Geografia Enem
Entenda como identificar as variações do Clima através das características dos
Domínios Morfoclimáticos em mais uma aula de Geografia Enem
Domínios Morfoclimáticos
Domínio Amazônico
Domínio das Caatingas
Domínio dos Cerrados
Domínio dos Mares de Morros
Domínio das Araucárias
Domínio das Pradarias
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Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Domínio amazônico
Dica 1 – Revise sobre a Vegetação brasileira e tire todas suas dúvidas sobre as formações
herbáceas e arbustivas nesta aula de Geografia Enem –
https://blogdoenem.com.br/formacoes-herbaceas-e-arbustivas-brasil-geografia-enem/
A degradação ambiental, representada pelas queimadas e pelos
desmatamentos, é um grava problema desse domínio. O governo brasileiro, por
meio do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil,
pretende adotar atividades como o ecoturismo e a biotecnologia, para
promover o desenvolvimento da Amazônia, preservando-a
Domínio do cerrado
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O domínio do cerrado corresponde à área do Brasil Central e tem essa
denominação devido à ocorrência de vegetação do mesmo nome. Apresenta
extensos chapadões e chapadas, e o clima é tropical semiúmido.
Domínio da caatinga
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No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais,
resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido.
Domínio da araucária
Dica 2 – Estude sobre as Formações Vegetais no Brasil e aprenda a identificar cada uma
delas em mais uma aula de Geografia Enem – https://blogdoenem.com.br/formacoes-
vegetais-brasil-geografia-enem/
A floresta de araucária também é conhecida como Mata dos Pinhais.
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