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uvb

Aula 06 - Teoria da Firma


Nesta aula a proposta é o desenvolvimento de competências e habilidades
que tornem possível o entendimentos de conceitos fundamentais em
economia como:
• As regras econômicas fundamentais da produção de bens e serviços no
interior de uma empresa
• As regras de formação de custos de produção de bens e serviços na
empresa
• O significado da Lei dos Rendimentos Decrescentes, que se aplica ao
processo produtivo e à formação dos custos, no âmbito de uma empresa
e na economia em geral
• Os pontos que revelam a maximização do lucro da empresa e o momento
de encerrar as atividades da mesma
• Esta aula encerra a parte de Microeconomia da nossa disciplina, formando
o que se chama a Teoria da Firma, isto é, o detalhamento da atuação dos
agentes econômicos do lado da Oferta: as empresas.

Introdução
Nosso estudo em Microeconomia já avançou bastante. Agora, entraremos
no ambiente das unidades de produção – as quais Introdução à Economia
- UVB Faculdade On-line UVB 2 denominamos firmas ou empresas,
independentemente de sua estrutura formal. Veremos os princípios
básicos do processo produtivo e da formação dos custos de produção, e
extrairemos algumas conclusões iniciais desses processos.
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Desenvolvimento
Macroeconomia

Conceitos Fundamentais
Firma ou empresa: a unidade básica de produção de bens ou prestação
de serviços.

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Processo produtivo: consiste na combinação de fatores de produção


(terra, trabalho, capital) e demais insumos, para resultar num bem ou
serviço (chamado de produto).

Empresário: responsável pelas decisões sobre a produção – quais


produtos serão gerados, quais métodos e técnicas serão utilizados, qual
a combinação de fatores de produção será adotada. Para simplificar,
adotamos o modelo do empresário-proprietário (distinto do executivo
contratado). O primeiro é dono do capital e pode obter lucro ou prejuízo,
isto é, corre riscos.

Curto prazo: no processo produtivo, o curto prazo é aquele período de


tempo no qual pelo menos um dos fatores de produção é fixo. Ou seja,
quando consideramos uma fazenda ou sítio, a terra, por exemplo, não
será ampliada em extensão (o que envolveria novos investimentos). Numa
fábrica ou oficina, o capital físico (máquinas, instalações) também será
constante, podendo variar o fator trabalho e as matérias-primas, energia,
etc.

Longo prazo: considera-se aqui um período mais amplo de tempo, no


qual todos os fatores são considerados variáveis.

Função de produção: é a relação matemática que expressa as quantidades


dos diversos insumos necessárias à produção de uma unidade do bem
final. De forma alternativa, também pode ser entendida como a quantidade
máxima do bem final, que se obtém com o uso de quantidades definidas
dos fatores de produção. Seu formato geral é:
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Q = f (N, T, K), onde


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Q = quantidade do bem final


N = recursos naturais utilizados (o fator terra, ou natureza)
T = quantidades de trabalho utilizadas
K = quantidades de capital utilizadas

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Em geral, com a tecnologia disponível em cada momento, há mais de


uma função de produção possível para cada bem ou serviço que se deseja
produzir. A alternativa mais conhecida é aquela que combina muito trabalho
e pouco capital (máquinas) ou muito capital e pouco trabalho. Cabe ao
empresário a definição da função de produção mais adequada. Essa decisão
corresponde à resposta à pergunta “Como produzir?”, mencionada na Aula
1 (reveja).

O empresário tomará essa decisão baseado no critério de eficiência. Há duas


conotações diferentes para esse termo:

• eficiência técnica: significa o máximo de produto físico possível usando o


mínimo de quantidade física possível de fatores de produção. Ou seja, entre
dois métodos, aquele que permite a obtenção da mesma quantidade do
bem final com o uso de menores quantidades de todos ou de pelo menos
um dos fatores de produção; é o mais eficiente em termos técnicos;
• eficiência econômica: neste conceito, devemos considerar os preços dos
fatores de produção. Será mais eficiente em termos econômicos aquele
método que representar menor custo de produção para produzir o mesmo
volume de bens finais. O método mais eficiente em termos econômicos
pode divergir daquele mais eficiente em termos técnicos, porque os preços
dos fatores variam diferentemente entre si. Talvez o uso do fator trabalho em
maior escala não seja tecnicamente mais eficiente, mas economicamente
pode ser que sim, se o trabalho se desvalorizar ou se o capital se valorizar
mais que aquele fator.

O critério da eficiência econômica é o que irá pesar na decisão do empresário


sobre a melhor função de produção para sua empresa, dada a escolha do
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produto.
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Receita, Custo e Lucro


O objetivo de toda firma, numa economia de mercado, é o lucro. Ignoraremos
aqui as organizações sem fins lucrativos e o governo, tomando somente as
empresas que visam lucro.

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Por definição, os lucros são obtidos pela diferença entre a Receita Total
da empresa e seus Custos Totais. No caso da receita, basta multiplicar a
quantidade total de produtos vendidos por período de tempo (mês, ano)
por seus preços. Assim, RT = Q x P.

Já no tocante aos custos, os economistas têm uma apreciação diferente


dos contabilistas. Estes últimos consideram custos apenas as despesas
efetivamente incorridas para realizar as atividades da empresa. Para os
economistas, estes custos (explícitos) são somente uma parte do total. Há
custos implícitos que devem ser computados.

Chamamos custo de oportunidade os custos representados pelo que


se deixa de ganhar de um lado para poder ganhar de outro. Se você
resolver guardar dinheiro para abrir um negócio, no momento de retirar
esse dinheiro para iniciar de fato as atividades, você estará perdendo a
remuneração da aplicação financeira em que estava posicionado. Esse é o
custo de oportunidade de seu novo negócio.

Ele deve ser acrescentado aos custos explícitos (aluguel, compra de materiais
etc.) para obter-se o custo total.

Produto Total, Médio e Marginal


Iniciamos com uma empresa operando no curto prazo. Vimos que esse
conceito refere-se ao espaço de tempo em que pelo menos um dos fatores
é fixo. Imaginemos, então, uma plantação de tomates num sítio. No curto
prazo, a quantidade de terra utilizada é fixa. Muda somente a força de
trabalho, que pode ser aumentada para aumentar a produção. Observe a
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tabela abaixo:
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As duas primeiras colunas mostram o aumento do número de trabalhadores


empregados na produção de tomates e a produção total em kg. Observamos
que esta cresce até o sexto trabalhador e, a partir do sétimo, começa a cair.
Para entender por que isso ocorre, precisamos observar as duas últimas
colunas.

O Produto Médio (PMe) é resultado da divisão do Produto Total pelo número


de trabalhadores, isto é, pelo volume do fator variável. Observamos que a
média da produção cresce até o quarto trabalhador e começa a cair daí em
diante.

Na coluna do Produto Marginal (PMg), verificamos a contribuição individual


de cada novo trabalhador ao aumento da produção. Aí notamos que, até
o terceiro, cada trabalhador faz aumentar a produção acima do anterior,
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mas do quarto em diante a contribuição individual passa a cair. Em outras


palavras, o Produto Marginal é crescente no início e depois passa a ser
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decrescente. Observamos que, já no sétimo trabalhador, o Produto Marginal


começa a ser negativo, reduzindo a produção total cada vez mais a cada
trabalhador adicional.

Isso ocorre porque o acréscimo inicial de trabalhadores permite aumentar


a divisão do trabalho entre eles, aumentando a produção total em ritmo

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crescente. Porém, a partir de certo ponto, como a terra é fixa, o espaço de


cada um se reduz, a divisão de tarefas esgota seu efeito benéfico e acaba
havendo ociosidade: terá que haver “rodízio” entre os trabalhadores para
produzir tomates. No final, há tanta gente no mesmo espaço que eles
começam – literalmente – a “pisar nos tomates”, prejudicando a produção.
Podemos representar graficamente as três colunas de produto da tabela:
total, médio e marginal, como abaixo.

Os números podem variar, mas o processo descrito é comum a todos os


processos produtivos. Quando um dos fatores é fixo, o decréscimo do
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Produto Marginal é uma regra geral. Essa regra leva o nome de Lei dos
Rendimentos Decrescentes, ou Lei do Produto Marginal Decrescente.
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Ela tem um impacto importante pelo lado da produção e também, como


veremos, pelo lado dos custos.

Antes disso, vamos observar mais alguns detalhes. Você notou que o Produto
Médio começa a cair depois de ser alcançado pelo Produto Marginal? Isso
fica visível no gráfico. O PMg corta o PMe no ponto de máximo deste último.

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A razão é fácil de entender: se o PMg começa a cair, no momento em que ele


passa a ser menor que o PMe estará “puxando” este último para baixo. Basta
pensar que PMg é o acréscimo no total trazido pelo último trabalhador. Se
for menor que a média de todos os trabalhadores anteriores, estará puxando
esta média para baixo.

Se quiser um exemplo mais próximo, imagine um aluno que obtém uma


série crescente de notas em diversas avaliações para formar sua média. Na
penúltima avaliação, sua média era 6,0 (mínimo necessário para passar). Se
a sua próxima e última avaliação obtiver menos de 6,0, ele estará reprovado,
porque sua média cairá abaixo daquele mínimo.

Observe também no gráfico que, quando PMg começa a cair, o Produto


Total passa a ser convexo (era côncavo até então). O formato geral de PT
parece-se com um “S” inclinado. Essa inflexão (mudança de direção) da
curva expressa a Lei dos Rendimentos Decrescentes, isto é, a passagem à
fase do PMg decrescente ou em queda. Quando PMg se torna negativo, PT
começa a cair.

Custo Total, Médio e Marginal


Observemos agora o lado dos custos. A Lei dos Rendimentos Decrescentes
nos diz que o aumento do fator variável causa primeiro um aumento e depois
uma queda no Produto Marginal, mudando a inflexão do Produto Total (ele
passa a crescer a taxas decrescentes). Isso significa que, a cada aumento no
volume de produção, teremos inicialmente uma queda no custo de uma
nova unidade e, em seguida – quando a Lei dos Rendimentos Decrescentes
se manifesta –, um aumento no custo de cada nova unidade produzida. O
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motivo é que precisaremos acrescentar quantidades cada vez maiores do


fator variável para obter o mesmo aumento de produção.
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O custo de produção apresenta um desenho oposto ao do Produto Total: até


certo nível de produção, ele cresce as taxas decrescentes (a curva é convexa);
daí em diante, começa a aumentar, passando a curva a ser côncava. O Custo
Médio e o Custo Marginal comportam-se de forma oposta ao PMe e ao PMg:

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começam caindo e a partir de certo ponto, passam a crescer.

Podemos ver isso nos gráficos abaixo( ) (ignore as curvas CFM e CVM, que
serão mencionadas mais à frente; CTM é o que chamamos aqui de CMe).
Observe o comportamento das três curvas em comparação com as de PT,
PMe e PMg. Elas são simetricamente opostas: CT começa convexo e passa a
côncavo (o que significa que seu crescimento inicial é as taxas decrescentes,
passando depois a crescer cada vez mais). As outras duas curvas começam
caindo e passam a crescer. Custos crescentes são o resultado de produtividade
decrescente, ou Produto Marginal decrescente (Lei dos Rendimentos
Decrescentes). Quando a produção por trabalhador (ou por unidade do
fator variável) começa a declinar, o custo de produzir uma nova unidade
sobe, pois teremos que adicionar quantidades crescentes do fator variável
para aumentar a produção no mesmo volume.

De forma simetricamente oposta a PMe e PMg, CMg corta CMe no seu


ponto de mínimo (nas curvas de produto, é de máximo). Isto também é
fácil de entender: se o próximo quilo de tomates tiver um acréscimo de custo
sobre o anterior, maior que o custo médio até o momento, ele arrastará esse
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custo médio para cima. O exemplo do aluno, sua média e a próxima nota,
também se aplica neste caso.
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Custo Total, Fixo e Variável


Até agora, utilizamos um modelo muito simples. Consideramos um único
fator de custo, o qual varia com o volume de produção. Mas, normalmente,
há um conjunto de custos: alguns são fixos (correspondem aos fatores
de produção fixos) e outros são variáveis (correspondem aos fatores de
produção variáveis).

Na maioria das atividades produtivas, há um custo pelo uso da terra: na


agricultura, o aumento ou queda da produção não influenciará a cada
momento o dispêndio com novas glebas, o qual será constante. Se a terra
for alugada, o valor do aluguel tampouco se altera com as mudanças na
produção. Na área urbana - cujas atividades típicas são a indústria, o
comércio e os serviços -, além do custo de aquisição ou aluguel de terrenos,
há também o custo das edificações, próprias (depreciação) ou alugadas. O
mesmo vale para o maquinário: não se altera em curto prazo e tem custos
fixos de manutenção e depreciação. Há, ainda, custos fixos ligados à área
administrativa. Todos esses custos são, de certa forma, independentes do
volume de produção. A rigor, mesmo com produção zero, o empresário
incorrerá neles.

Pense numa fábrica de jeans, ou num escritório de informática. Parece claro


que, se a demanda aumentar, o empresário contratará mais mão-de-obra
direta (aquela que é utilizada na atividade-fim da empresa): operários têxteis
no primeiro exemplo, digitadores, programadores e analistas no segundo.
Mas, e quanto ao setor administrativo (Deptos. de Pessoal, Financeiro,
Almoxarifado, Serviços Gerais)? Aumentará e diminuirá de acordo com os
movimentos da produção? Óbvio que não. Isso somente ocorrerá se a escala
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geral da empresa aumentar em caráter mais definitivo (e, nesta hipótese,


provavelmente o terreno, as instalações físicas e o maquinário também
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terão que ser ampliados). Essa situação caracteriza o longo prazo - não o
curto prazo, no qual um ou alguns fatores são fixos.

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No curto prazo, costumam variar a mão-de-obra direta, as matérias-primas,


a energia, o combustível utilizado e alguns outros fatores relacionados ao
volume da produção. Porém, terra, maquinário, instalações físicas, serviços
administrativos e gerais costumam ser fixos - não variam com os fluxos
da produção. Isto altera as noções de custo que vimos até o momento.
Precisamos separar o Custo Total em Custo Fixo e Custo Variável. Neste
dois componentes, também observaremos o comportamento médio e
marginal.

Imaginemos, agora, uma oficina produtora de camisetas. Ela também sofre a


ação da Lei dos Rendimentos Decrescentes, tal como já foi descrito. O motivo
é o mesmo que para a produção de tomates. O tamanho da oficina é fixo e
somente a mão-de-obra direta, a matéria-prima, os componentes (corantes,
fios etc.) e a energia são variáveis (aumentam ou caem juntamente com o
volume produzido). Os custos fixos incluem, além do local e das máquinas,
a parte administrativa da empresa.

Nas primeiras contratações, haverá ganhos de produtividade: cada novo


operário possibilitará maior eficiência e trará uma contribuição maior ao
Produto Total. Por isso, os primeiros valores de PMg serão crescentes. No
entanto, depois PMg começa a cair. O espaço de trabalho é fixo e as pessoas
começam a congestioná-lo. Primeiro, haverá rodízio entre os trabalhadores
nas máquinas. Em certo momento, não haverá mais espaço para estocar
tecido, nem as camisetas prontas (ou seja, matéria-prima e produto final).
Se, irracionalmente, o processo de contratação continuar, acabará havendo
destruição de tecido ou camisetas, baixando a produção. Desse ponto
em diante, PMg será negativo, reduzindo o Produto Total a cada novo
trabalhador contratado.
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Para entender melhor esse processo, levando em consideração os custos


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fixos e variáveis, recorreremos à literatura especializada. Preste atenção no


seguinte texto:

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Custos Médios e Custo Marginal


Dividindo-se o custo total pela quantidade produzida, obtém-se o custo
médio (Cme):

CT
Cme = -----
q

Como CT = CF + CV, vem:

CF + CV
Cme = ------------
q

CF CV
Cme = ------ + -----
q q

CF
----- é o custo fixo médio (CFme), que é obtido dividindo-se o custo fixo
q pela quantidade produzida.

CV
----- é o Custo variável médio (CVme), que resulta da divisão do custo
q variável pela respectiva quantidade produzida.

O custo médio corresponde a soma do custo fixo médio (CFme) com o custo
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variável médio (CVme):


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Cme = CFme + CVme.

O custo marginal (CMg) é definido como o acréscimo do custo total quando


se fabrica uma unidade adicional do produto.

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CMg = ΔCT ,quando² ΔQ = 1

Comportamento dos Custos de Produção no Curto


Prazo
O exemplo numérico que exporemos a seguir reflete, de maneira bastante
simplificada, a visão que os economistas têm sobre o comportamento dos
custos de produção no curto prazo.

Numa determinada empresa (Cia. ALPHA), em que o volume mensal de


produção possível varia entre zero e dez unidades, o comportamento dos
custos está representado na planilha abaixo

Se a empresa nada produzir, ela terá $ 15,00 de custo fixo. Se ela fabricar
uma unidade do produto, seu custo total será de $ 17,00 correspondente à
soma de $ 15,00 do custo fixo com o custo variável de $ 2,00. Caso a empresa
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produza duas unidades, o custo total aumenta para $ 18,50 pois, embora o
custo fixo permaneça em $ 15,00, o custo variável da fabricação aumenta
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para $ 3,50. Da mesma forma, a produção de três unidades eleva o custo


total para $ 19,50, pois o custo variável correspondente é de $ 4,50, e assim
por diante. A produção máxima de 10 unidades implica um custo total de $
52,50 ($ 37,50 de custo variável mais $ 15,00 de custo fixo).

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O Custo Fixo médio (CFme) resulta da divisão do Custo Fixo (CF) pelos
possíveis volumes de produção. À medida que a produção aumenta, o CFme
diminui, pois o valor constante de $ 15,00 é dividido por uma quantidade
produzida cada vez maior. Se colocarmos os valores de CFme num gráfico, a
curva que seria obtida (supondo-se que a produção seja variável contínua)
é decrescente da esquerda para a direita:

O Custo Variável médio (CVme) é obtido dividindo-se o Custo Variável


(CV) pelas respectivas quantidades produzidas. Assim, o custo variável
médio correspondente à produção de 5 unidades é de $ 1,45 ($ 7,25 ÷ 5).

Observe-se que o custo variável médio de início é decrescente (até a


produção da 4a unidade), atinge um mínimo (na produção da 4a unidade)
e depois passa a crescer.

Se colocarmos o comportamento da CVme no gráfico, ele será representado


por uma curva em forma da letra U:
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O Custo médio (Cme) pode ser obtido de duas formas:

a) da divisão do Custo Total (CT) pelas quantidades produzidas;


b) pela soma do Custo Fixo médio (CFme) com o Custo Variável médio
(CVme).

As duas maneiras de calcular Cme devem dar o mesmo resultado (exceto


por erros de aproximação nos cálculos).

Assim, por exemplo, o custo médio de se produzir dez unidades do bem X


é de $ 5,25, que tanto pode ser obtido dividindo-se o custo total de $ 52,50
por 10, como pela soma de $ 1,50 (CFme) com $ 3,75 (CVme).

A curva representativa do Cme é obtida pela agregação das curvas de CFme


e de CVme, apresentando também a forma de U:

Um ponto muito importante a ser observado é que a curva do Cme, à medida


que a quantidade produzida se eleva, tende a se aproximar da curva CVme,
refletindo o decréscimo cada vez maior do CFme em função do aumento
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da produção.
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O custo marginal é obtido calculando-se o acréscimo do custo total de


produção quando se produz uma unidade adicional do bem X:

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O custo marginal é decrescente de início e depois crescente, apresentando


também a característica forma de U:

É interessante notar que o custo marginal também pode ser obtido


calculando-se o acréscimo do custo variável total quando se produz uma
unidade adicional do bem X. 0 leitor poderá comprovar esse fato facilmente,
fazendo uma tabela similar à precedente para o custo variável total.
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Isso ocorre porque o custo marginal (custo de produzir uma unidade


adicional do bem) independe do custo fixo total.
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A Geometria das Curvas de Custo


A RELAÇÃO ENTRE AS CURVAS DE PMe E PMg COM AS CURVAS DE
CVme E CMg

As curvas do CVme e CMg apresentam comportamento inverso ao das


curvas da PMg e Pme, conforme representado nos gráficos a seguir:

Observa-se que, enquanto as curvas de Pme e PMg são crescentes, as curvas


do CVme e CMg, respectivamente, são decrescentes. Quando PMe e PMg
passam a ser decrescentes, CVme e CMg, respectivamente, são crescentes.
Os pontos de máximo de PMe e PMg (representados, respectivamente,
pelas quantidades Q0 e Q1) correspondem aos pontos de mínimo de CVme
e CMg.
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(...) o raciocínio pode ser ilustrado com um exemplo numérico simples, que
será exposto a seguir (...).
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Uma empresa de sapatos possui um único empregado, cuja produção é de


20 pares ao mês. Seu salário mensal é de $500,00. 0 custo médio de cada
sapato será (considerando-se apenas o custo da mão-de-obra):

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$ 500,00
Custo médio: -------------- = $ 25,00 por par
20

O operário participa de um treinamento especializado para aumentar sua


produtividade; após isso, passa a produzir 25 pares por mês. Caso o seu
salário não se altere , o custo médio diminui para:

$ 500,00
Custo médio: -------------- = $ 20,00 por par
25

Verifica-se que, quando a produtividade do fator variável aumenta, o custo


de produção diminui, desde que o preço do fator permaneça constante. Ou
seja, o comportamento da produtividade é o inverso do custo e vice-versa.

RELAÇÕES ENTRE Cme, CVme E CMg

Se juntarmos as curvas do CMg, do CVme e do Cme num mesmo gráfico:

Observa-se que a curva de custo marginal intercepta as curvas de CVme


e Cme no ponto de mínimo destas. Ao mesmo tempo, percebe-se que,
enquanto o CMg for menor que CVme e Cme, ele puxa ambos para baixo
e quando for maior, para cima. A lógica deste comportamento é similar
à apresentada para a relação entre a produtividade marginal (PMg) e
produtividade média (PMe) (...).”
[Extraído de Viceconti, P. E. V. e das Neves, Silvério: Introdução à Economia.
São Paulo: Frase, 2003]
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Os Custos no Longo Prazo


Como vimos, considera-se longo prazo o período de tempo no qual todos os
fatores de produção são variáveis. A chácara produtora de tomates, então,
pode tornar-se um sítio, passar a uma fazenda pequena, tornar-se maior e
assim por diante. A oficina de camisetas também pode crescer, chegando a
ser uma grande fábrica têxtil.

Neste caso, desconsideramos os custos fixos. Trabalhamos apenas com o


custo médio e o custo marginal. Vamos chamar o custo médio de longo
prazo de CmeLP e o custo médio de curto prazo, de CmeCP.

Observe o que ocorre com o CmeCP à medida que a empresa vai ampliando
sua escala de produção, ou seja, aumentando todos os seus fatores
de produção (inclusive o terreno, as instalações, o maquinário etc.). A
observação fica mais fácil com o uso do gráfico abaixo( ):

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O gráfico nos mostra três alternativas de tamanho (ou escala) de empresa.


Macroeconomia

Cada uma apresentará sua curva de custo médio de curto prazo (CmeCP).
O menor tamanho refere-se a CmeCP1 e o maior, a CmeCP3. No eixo das
quantidades, percebemos que Q1 é o ponto de mínimo de CmeCP1: essa
quantidade representa o menor custo médio possível para esse tamanho
de empresa, no curto prazo. Aumentando a quantidade produzida, o custo

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médio começa a crescer (Lei dos Rendimentos Decrescentes). A partir


de certo ponto, um maior tamanho de empresa (o que significa variar os
fatores de produção mantidos fixos até o momento) trará custos médios
menores que o atual. Ou seja, quantidades significativamente maiores do
que Q1 podem ser produzidas com menor custo, se houver um aumento da
escala de produção da empresa.

Ampliando o porte da empresa, obteremos agora, no curto prazo, CmeCP2.


Podemos aumentar a produção até Q2 com custos médios decrescentes. A
partir desse ponto, os custos médios voltam a aumentar. Caso o aumento
de produção persista, uma terceira escala, maior que as anteriores, acabará
sendo mais conveniente. Passamos, então, à curva CmeCP3, que expressa o
custo médio de curto prazo para este terceiro tamanho de empresa. A partir
de Q3, este terceiro porte de empresa permite custos médios mais baixos
que os dois anteriores.

O formato em U das curvas de custo médio nos dá indicações interessantes.


Observe que a quantidade Q2 poderia ser produzida com os três tamanhos
propostos até agora. O primeiro tamanho, como vemos em CmeCP1,
implicaria num custo médio equivalente a Ca no eixo dos custos. Ele
corresponde ao ponto a no gráfico. O ponto b mostra-nos o que ocorreria
caso já estivéssemos no maior dos três tamanhos de empresa: o custo médio
seria Cb, menor que Ca. Porém, se utilizarmos o tamanho intermediário de
empresa – expresso por CmeCP2 – obteremos o menor custo médio para
a quantidade Q2. Para este porte de empresa, Q2 é produzido ao menor
custo médio de curto prazo possível (C2), situando-se bem abaixo dos
anteriores. Ou seja, CmeCP1 expressa um porte pequeno demais para essa
quantidade, enquanto CmeCP3 representa um porte ainda grande demais
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para a mesma. Podemos fazer a mesma comparação para a quantidade


Q1, para a qual a escala de produção ideal é a representada por CmeCP1
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(tente estender as duas outras curvas de custo médio até a altura de Q1 para
observar qual seria o custo médio de curto prazo para essa quantidade, se a
escala da empresa fosse uma das duas maiores).

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Isto nos indica que existe sempre um tamanho ideal de empresa para uma
determinada faixa de volume produzido. Caso essa faixa seja pequena para
o tamanho da empresa, os custos fixos (lembre-se de que estamos falando
do curto prazo) serão divididos por um volume relativamente pequeno
de produção. Assim, CFMe será grande e puxará Cme para cima. Isso,
claramente, é o que ocorre no ponto b do gráfico, em relação a CmeCP3:
Q2 ainda é uma quantidade pequena demais para diluir os custos fixos
existentes numa empresa com essa escala de produção (ou porte). Só tem
sentido ampliar a empresa até esse tamanho caso se pretenda aumentar a
produção além de Q2.

Observe, ainda, que, a cada ampliação da escala da empresa, os custos


médios tendem a situar-se abaixo daqueles existentes na escala anterior. Ou
seja, mesmo reproduzindo o formato de U devido à Lei dos Rendimentos
Decrescentes, o custo médio vai descendo de patamar com as sucessivas
ampliações do porte da empresa. Na verdade, estamos vendo um processo
que fica mais claro ao traçarmos a curva de custo médio de longo prazo
(CmeLP) em conjunto com as diversas CmeCP´s possíveis. Basta pensar
que, no exemplo do gráfico, estamos trabalhando ao mesmo tempo no
curto e no longo prazos: as variações de tamanho de empresa ocorrem
em períodos maiores e, a cada mudança, observamos o comportamento
dos custos no curto prazo, isto é, até a próxima ampliação. Vamos, então,
desenhar a CmeLP juntamente com as curvas de curto prazo( ):

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Percebemos que a curva de custo médio de longo prazo, (CMeL, no gráfico)


envolve todas as curvas de custo médio de curto prazo (CmeC), “por baixo”.
Esse formato faz com que CmeL seja chamada de “curva envelope”. Ela
mesma, porém, mantém o formato de U. O que ocorre é que, durante um
tempo maior que nas situações de curto prazo, o custo médio de longo

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prazo mantém a tendência decrescente. Contudo, a partir de certo ponto, a


Lei dos Rendimentos Decrescentes passa a manifestar-se também no longo
prazo.

Isso nos informa que, aumentando a escala de produção da empresa,


poderemos fazer cair o custo médio por mais tempo. Esse fato, de
maiores escalas de produção refletirem-se em custos mais baixos, é o que
denominamos de rendimentos crescentes de escala. A empresa obtém
ganhos com a redução de custos durante um tempo maior, através da
ampliação de seu tamanho ou porte. A causa fundamental desses ganhos
é o que chamamos de economias de escala. Formalmente, obtemos
economias de escala quando, dobrando os fatores de produção da empresa,
a quantidade produzida mais do que dobra. Isso decorre de vários fatores:

• divisão e especialização do trabalho, que ocorre com maior intensidade


em empresas de maior porte
• vantagens na compra de fatores de produção, pois as grandes empresas
obtêm maiores descontos ao realizar compras no atacado
• vantagens nas operações financeiras: as taxas e condições de
pagamento favorecem geralmente os pacotes financeiros de maior
valor em detrimento de empréstimos e financiamentos de menores
montantes
• tamanho dos equipamentos: máquinas e equipamentos mais
produtivos e eficientes costumam ter um porte mínimo muitas
vezes superior à escala de produção de pequenas empresas, o que
os torna economicamente viáveis apenas para empresas maiores

Por outro lado, mesmo no longo prazo acaba ocorrendo a tendência ao


Aula 06 - Teoria da Firma

crescimento dos custos, visível na parte ascendente da curva CMeL. Ela


expressa as chamadas deseconomias de escala, que podem ser resumidas
Macroeconomia

em dois itens: a perda de eficiência administrativa, já que empresas


gigantes apresentam maior dificuldade para uma administração eficiente, e
o aumento nos preços dos fatores de produção, uma vez que essas mesmas
empresas acabam pressionando o mercado de fatores (terra, trabalho,
capital, matérias-primas etc.), levando à alta dos seus preços( ).

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Anotações do Aluno
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Lucro Máximo e Lucro Mínimo - O Break-Even-Point


O objetivo de toda empresa, numa economia de mercado, é o lucro. Este,
por definição, é a diferença entre a Receita total e o Custo total. Qual será o
ponto que maximiza o lucro da empresa?
O raciocínio é simples: enquanto a próxima unidade produzida e vendida
trouxer um acréscimo de receita maior que o custo de produção dessa
unidade, haverá um crescimento do lucro total da empresa. Em outras
palavras, enquanto a Receita Marginal for superior ao Custo Marginal, o
lucro total aumentará. A receita é o produto da quantidade vendida pelo
preço de mercado, ou seja,

RT = P x Q

Nessas condições, estamos supondo que o produtor não influencia o preço


de mercado. Ou seja, estamos trabalhando com o modelo da concorrência
perfeita (reveja a aula anterior). Assim, o preço é fixo, o que faz com que a
Receita Marginal seja constante (a empresa receberá pela próxima unidade
o mesmo que recebeu pela última). Por sua vez, o Custo Marginal apresenta
tendência crescente, a partir da manifestação da Lei dos Rendimentos
Decrescentes. Desta forma, a quantidade em que o Custo Marginal se
iguala à Receita Marginal representa o ponto de lucro máximo da empresa.
Quantidades menores que essa implicam em que há espaço para ganhar
lucros adicionais com o aumento da produção e das vendas; quantidades
superiores a essa trarão um Custo Marginal maior que a Receita Marginal,
reduzindo o lucro total da empresa. Podemos ver esse processo no gráfico
abaixo:
Aula 06 - Teoria da Firma
Macroeconomia

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Anotações do Aluno
uvb

A quantidade qe maximiza o lucro da empresa, ao igualar a receita marginal


e o custo marginal. Qualquer quantidade à sua esquerda significa lucros
menores, pois ainda há espaço para obter RMg > CMg. Qualquer ponto à
direita de qe trará prejuízo, reduzindo o lucro total da empresa.

Agora, vamos buscar o extremo oposto, isto é, o ponto abaixo do qual a


empresa fechará as portas. Rigorosamente, esse ponto é o que apresenta
lucro zero. Neste ponto, a receita da empresa cobre inteiramente os seus
custos, sem nenhuma sobra, ou seja:

LT = 0 --> RT – CT = 0 --> RT = CT

Este ponto representa o limite de operação da empresa. Caso os custos


comecem a superar a receita, ela entrará em prejuízo e, conseqüentemente,
terá que encerrar as atividades. Esse ponto-limite denomina-se break-
even point, ou ponto de equilíbrio da empresa. É possível determinar qual
a quantidade produzida que corresponde ao break-even point. Para isso,
devemos relembrar três fórmulas vistas mais acima:

1- RT = P x Q
2- CT = CF + CV
CV
3- CVMe = ------ , de onde: CV = CVMe x Q
Q
Vamos substituir essas relações na equação acima do lucro zero:

RT = CT è P x Q = CF + (CVMe x Q); logo,


(P x Q) – (CVMe x Q) = CF; pondo Q em evidência, vem:
Aula 06 - Teoria da Firma

Q (P – CVMe) = CF; finalmente,


CF
Macroeconomia

Q = ------------
P – CVMe

Assim, conhecendo os parâmetros CF, P e CVMe, podemos determinar qual


será a quantidade mínima necessária para manter a operacionalidade da
empresa.

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Anotações do Aluno
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É provável que você tenha dúvidas sobre a razão de se manter em operação


uma empresa que não proporciona lucro aos seus proprietários. Nesse
caso, volte à página 2 e releia o conceito econômico de custo. Estamos
computando no custo da empresa, tanto os custos explícitos, como o
custo de oportunidade do empresário. Dessa forma, enquanto a receita
da empresa cobrir ao menos o custo de oportunidade, além dos custos
explícitos, continuará sendo vantajoso mantê-la aberta.

Uma última observação: este conceito de ponto de equilíbrio é válido no


longo prazo (inclusive pelo comentário do parágrafo acima).

Porém, no curto prazo, podemos estabelecer um ponto ainda mais


abaixo, no qual a empresa continuará operando. Com efeito, encerrar as
atividades poderá ser bastante oneroso, uma vez que os custos fixos não
cessam automaticamente e, ainda, são acrescidos de outros custos, como
os trabalhistas e burocráticos (taxas etc.). Caso haja alguma expectativa de
retornar a um nível de atividade igual ou superior ao break-even point, pode
ser mais interessante manter a empresa em funcionamento durante algum
tempo, com prejuízo. Esse novo ponto-limite é aquele em que a receita
cobre, pelo menos, os custos variáveis. Enquanto o faturamento (receita)
cobrir estes custos, desde que se preveja a retomada do nível normal de
atividade em prazo breve, pode ser menos oneroso incorrer nos custos fixos
– totais ou parciais – como prejuízo, do que incorrer nestes custos, mais
aqueles decorrentes do fechamento da empresa, sem receita nenhuma.
Somente quando o faturamento não chegar a cobrir sequer os custos
variáveis, a empresa estará fadada a fechar no curto prazo.

Síntese
Aula 06 - Teoria da Firma

Nesta aula, você completou suas noções de Microeconomia com o estudo


Macroeconomia

da Teoria da Firma. Vimos o funcionamento das unidades de produção,


observando as relações entre Produto Total, Médio e Marginal. Apresentamos
a Lei dos Rendimentos Decrescentes, ou do Produto Marginal Decrescente:
no curto prazo, quando alguns fatores de produção são fixos, os acréscimos
no fator variável começarão ocasionando aumentos crescentes no Produto

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Anotações do Aluno
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Total, mas esses aumentos logo passarão a decrescer, até se anularem. Caso
prossiga o emprego adicional do fator variável, o Produto Marginal será
negativo, reduzindo o Produto Total.

Você ficou sabendo que esse processo reflete-se nos custos da empresa
através de Custos Marginais crescentes (depois de um curto intervalo em
que eles decrescem), aumentando assim o Custo Total a cada nova unidade
produzida. Observou a divisão do Custo Total (no curto prazo) em Fixo e
Variável: este último é o responsável pela elevação do Custo Marginal. O
Custo Médio, o Custo Marginal e o Custo Variável médio apresentam a típica
forma de um U, refletindo a ação da Lei dos Rendimentos Decrescentes.
Aprendeu que, de um lado, o PMg cruza o PMe no ponto de máximo
deste, enquanto o CMg cruza o Cme no ponto de mínimo deste. E viu a
diferença no comportamento dos custos médio de curto e de longo prazos,
através da “curva envelope” (CmeL) – que indica a duração mais longa dos
rendimentos crescentes de escala, devidos às economias de escala. No final,
como vimos, a empresa acaba sofrendo rendimentos decrescentes também
no longo prazo, o que faz a curva de CmeL assumir também a forma de U,
embora mais largo.

Com esta aula, encerramos a parte de Microeconomia desta disciplina


introdutória.

Na próxima aula, começaremos a falar de Macroeconomia, com o estudo


das Contas Nacionais e do Produto Interno Bruto (PIB).

Até lá!
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Macroeconomia

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