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RESUMO
1
Acadêmica do 5º semestre do curso de Comunicação Social – Produção Editorial da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) email: giuliaocana@gmail.com
2
Aluno líder do grupo e acadêmico do 5º semestre do curso de Comunicação Social – Produção Editorial
da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) email: jeanrossi109@gmail.com
3
Acadêmica do 5º semestre do curso de Comunicação Social – Produção Editorial da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) email: katialeonoralves@gmail.com
4
Orientadora do trabalho: professora do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) email: lilianebrignol@gmail.com
5
Orientadora do trabalho: professora do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) email: sandradpx@gmail.com
“De outro lado, o mesmo termo (contracultura) pode também se referir a [...]
um certo modo de contestação, de enfrentamento diante da ordem vigente, de
caráter profundamente radical e bastante estranho às forças mais tradicionais
de oposição a esta mesma ordem dominante. Um tipo de crítica anárquica –
esta parece ser a palavra-chave – que, de certa maneira, rompe com as regras
do jogo em termos de modo de se fazer oposição a uma determinada situação.
[...] Uma contracultura, entendida assim, reaparece de tempos em tempos, em
diferentes épocas e situações, e costuma ter um papel fortemente revigorador
da crítica social." (Pereira, 1983, p.20).
Tal relação do projeto gráfico com o público-alvo é reforçada por Frederico de Mello B.
Tavares em “Revista e identidade editorial: mutações e construções de si e de um mesmo”
(2013):
“O projeto gráfico é constituído pelo formato da revista, especialmente
relacionado ao seu suporte, além de seu espaço gráfico, que se estrutura e serve
de base para a diagramação e articulação dos diferentes elementos
informativos ali presentes. A composição é condicionada pelos interesses e
necessidades do público-alvo a que se dirige; pelos critérios de edição e por
valores específicos do campo jornalístico (apelo estético e compromisso
informativo, muitas vezes atravessados e subordinados à proposta comercial);
pelo conteúdo publicado, cujo tratamento gráfico é revisto a cada edição; por
princípios de legibilidade, ritmo, harmonia e coerência visual” (TAVARES,
2013, p. 209).
Assim, uma revista desconstruída sobre moda e cultura é aquilo que tanto as minorias
quanto o mercado necessita, principalmente em uma época onde se defende e reforça o
empoderamento e a ideia de que as pessoas devem abraçar sua individualidade,
independentemente dos preconceitos reproduzidos pelo senso comum.
Seguindo esse conceito aliado ao projeto, a missão da Trinque é ser a revista que
representa as minorias dentro do cenário alternativo.
É importante salientar que o conteúdo da revista poderia ser fictício, visto que o foco da
das avaliações era aplicar os conhecimentos na prática. Ainda assim, o grupo decidiu pela
mescla de assuntos e fotos retiradas da Internet com seu estilo próprio de escrita, passando
por adaptação e criação do texto ao propósito da Trinque. Após isso, as matérias e demais
conteúdos exclusivos passaram pela etapa da revisão, a fim de que não categorizasse
plágio, antes de sua diagramação.
No entanto, dificuldades estiveram presentes desde o início do projeto. Um dos grandes
desafios encontrados foi a escolha de temas pertinentes a uma edição piloto, pois sabe-se
que, no mercado editorial, muitas publicações não “sobrevivem” após essa fase inicial
por conta de inúmeros equívocos, principalmente nos discursos utilizados para introduzir
e captar a atenção dos leitores nesse primeiro contato. Dessa maneira, analisando o perfil
ambíguo da Trinque, sendo especializada e segmentada, fator que poderia dificultar sua
aceitação, optou-se por trazer um conteúdo explicativo e introdutório sobre as questões
em volta dos ideais da Trinque, principalmente os conceitos de moda e cultura alternativa,
presentes na matéria de capa para edição piloto.
Após a delimitação das pautas, o grupo dividiu-se por temáticas e funções de maior
interesse, o que acabou acumulando trabalho para a maioria dos integrantes. Sendo assim,
o trabalho configurou-se coletivamente, porque grande parte da equipe produziu e editou
conjuntamente e de forma democrática. Todas as escolhas quanto às questões visuais e
conceituais foram decididas às vezes pessoalmente, às vezes através de aplicativos de
comunicação. No expediente da Trinque é possível perceber tal distribuição de tarefas:
Imagem 01 – Parte do expediente. Fonte: elaborado pelos autores.
Ainda assim, outro grande impasse, dessa vez da área gráfica, foi a maneira como
seriam dispostos os elementos textuais e imagéticos ao longo das páginas, a fim de atender
ao desejo de algo inovador mas sem a perda da identidade do meio revista. Segundo
Zapaterra (2014), a “padronização gráfica é necessária para organizar e dar consistência
à identidade do periódico a cada edição”. Nessa perspectiva, utilizar a técnica do grid
modular foi de grande ajuda, pois a partir dos módulos criados foi possível diagramar o
texto em múltiplas formas geométricas, assim como aproveitar essa dinamicidade e
liberdade para organização dos elementos gráficos padrões de cada seção:
Imagem 02 – Grid modular utilizado para diagramação da revista. Fonte: elaborado pelos
autores.
A capa da Trinque tem uma estrutura básica, apresentaria sempre uma imagem de acordo
com a temática da edição, tendo elementos visuais fixos e flexíveis:
A edição piloto da revista divide-se em seis seções fixas pelas suas 24 páginas, de acordo
com o planejamento efetuado pelos editores a fim de que o leitor tenha uma boa
experiência com o estilo da linguagem e com os padrões visuais diferenciados, neste
primeiro contato.
A próxima seção, “Capa”, aborda com maior profundidade a matéria presente na capa,
sendo essa a temática principal da edição. Na edição piloto, a seção “capa” introduziu o
conceito de moda e cultura alternativa, para que o público se familiarize com os ideais
que movem o editorial da Trinque:
Por fim, o leitor chegará na seção “Você na Trinque”, o local de contato direto entre
revista e consumidor. Nele, são divulgadas as opiniões dos leitores sobre edições
anteriores, desde elogios até críticas construtivas, assim como sugestões para as
próximas edições. Na edição piloto foram expostas as expectativas de prováveis leitores
da revista:
Imagem 09 – 1) Indica a seção em que o leitor está. Optou-se por fazer os lados diferentes (na
esquerda há triângulos envolvendo a palavra e na direita não), com vistas a um visual
equilibrado; 2) É a paginação padrão da revista; 3) Box explicativo; 4) “Olho” da matéria.
Fonte: elaborado pelos autores.
Nesse recorte, também pode-se visualizar a mancha gráfica com imagens “sangradas” ou
ultrapassando a marca de dobra em páginas duplas, não seguindo um padrão, exceto pelos
textos que foram diagramados dentro do grid modular, mas de modo dinâmico e fora do
comum.
Utilizaram-se boxes explicativos nas seções “Vestuário”, “Cultura” e “Capa”, pois
desejou-se apresentar uma revista com um teor didático e
linguagem diferenciada. Além disso, foram usados “olhos” nas páginas para citações
consideradas fundamentais nas seções “Capa” e “Cultura”.
Antes do processo de edição iniciar, foi proposto aos acadêmicos planejar ações para
inserção da Trinque no mercado, ou seja, pensar em vários pormenores, como as diretrizes
técnicas para impressão da revista se fosse comercializada, seus pontos fracos e fortes,
rotinas para implantação e manutenção, equipe, tempo de produção, recursos humanos,
tiragem, plataformas de divulgação, assinaturas, próximas edições e demais trâmites
editoriais. Todavia, optou-se por não explanar tais conteúdos neste artigo afinal são
propostas fictícias. Ainda assim, o grupo acredita que para o sucesso de uma revista é
crucial pensar e desenvolver todas as possíveis atividades que permeiam o mercado e o
contato com o público.