Sei sulla pagina 1di 11

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E ZOOTECNIA


COLEGIADO DE ENGENHARIA FLORESTAL

ÂNGELA NEVES AZEVÊDO

PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UM VIVEIRO


FLORESTAL

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
Junho – 2019
ÂNGELA NEVES AZEVÊDO

PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UM VIVEIRO


FLORESTAL

Trabalho apresentado à disciplina


Viveiros e produção de mudas florestais
para obtenção da nota parcial da 3ª
unidade com orientação do Prof.
Adalberto Brito.

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA
Junho – 2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

A ação humana relacionada à agricultura extensiva, urbanização, industrialização


e outras atividades, aumenta os impactos sobre os ecossistemas naturais e provoca um
aumento de áreas degradadas. A degradação dos ecossistemas ocasiona uma paisagem
fragmentada, com pequeno percentual de conectividade entre os fragmentos e, desse
modo, reduz a biodiversidade, aumentando o número de espécies ameaçadas de
extinção e extintas, propriamente ditas (KAGEYAMA & GANDARA, 2005).
Nos últimos anos, a demanda por mudas de espécies nativas está cada vez maior,
com intuito de reflorestar as áreas que sofreram interferência humana, reservas legais,
Áreas de Preservação Ambiental (APP) estipuladas pela regularização das propriedades
rurais por meio do Cadastramento Ambiental Rural (CAR) (DAVIDE & SILVA, 2008).
As florestas podem regenerar-se naturalmente, se houver suficientes condições de
sítio, fontes de propágulos e dispersores, ou artificialmente, pela ação do homem,
semeando diretamente no campo ou plantando mudas. O plantio de mudas responde
pela maioria absoluta dos reflorestamentos realizados no Brasil (DAVIDE, 2008).
O viveiro de mudas é um dos instrumentos, talvez o de maior importância, dentro
do processo de recuperação de áreas degradadas, pois serve como célula reprodutora das
espécies vegetais, tanto de espécies nativas quanto exóticas, disponibilizando uma
quantidade significativa de mudas dos vários ecossistemas encontrados na região, com a
finalidade de atender a demanda ambiental de uma determinada localidade (COSTA,
2011).
A produção de mudas com qualidade superior é o decorrente da conjugação do
uso de materiais genéticos, como sementes, estacas e mini estacas, acomodados ao
ambiente de plantio e das técnicas silviculturais que são empregadas nas mudas no
viveiro, durante seu processo de produção (DAVIDE & SILVA, 2008).
As instalações necessárias para a implantação de um viveiro variam de acordo
com o objetivo ao qual o viveiro se propõe. Entre as principais instalações e necessárias
a um viveiro pode-se destacar: disponibilidade de água através de reservatórios, espaço
para depósito de insumos, sementeiras, canteiros, e casa de vegetação (WENDLING,
FERRARI E GROSSI, 2002).
O presente trabalho tem por objetivo a realização do planejamento para a
implantação de um viveiro para produção de 100 mil mudas.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Área do viveiro

A implantação de um viveiro florestal, deve-se levar em consideração fatores


como as necessidades fisiológicas das espécies escolhidas, a proximidade com o
mercado consumidor, a viabilidade econômica e as características ideais para o melhor
desenvolvimento da produção de mudas, como a disponibilidade de água, relevo,
qualidade do solo, drenagem, características edafoclimáticas, rotas de acesso, entre
outras (NOVAES, 2009). Outros fatores de maior importância serão apresentados no
decorrer do presente projeto.

2.2 Processo de produção

2.2.1 Recipientes

Os sacos de polietileno são as embalagens mais utilizadas na produção de mudas,


além da maior disponibilidade, são mais baratos, e possuem grande variedade de
dimensões disponíveis (WENDLING, FERRARI E GROSSI, 2002). Os mais utilizados
atualmente são os de dimensão 11x11cm, 11x20cm, 15x18cm e 20x25cm
(SECRETARIA DA AGRICULTURA DO RIO GRANDE DO SUL, 1977).
As dimensões para os recipientes de sacos plásticos que serão utilizados são de 25
cm de altura por 18 cm de diâmetro. Os sacos devem ter no mínimo 8 furos na parte de
baixo.

2.2.2 Preparo do substrato

O preparo do substrato foi baseado na metodologia de SILVA E STEIN, 2008. O


substrato, para preenchimento dos sacos plásticos, é recomendado terra proveniente do
subsolo, livre de sementes de plantas indesejáveis e de agentes que prejudicam o
desenvolvimento das mudas. Deve-se dar preferência à solos areno-argilosos, pelo o
fato de apresentar excelente agregação, permitindo drenagem e capacidade de reter
água.
Essas espécies são exigentes em nutrientes, principalmente as dos grupos
secundárias e clímax da sucessão ecológica, são mais sensíveis à acidez e aos altos
níveis de A1 e Mn dos solos, além de ter grande necessidade por macro e
micronutrientes. Geralmente, espécies nativas têm um tempo de permanência no viveiro
superior a 6 meses (SILVA E STEIN, 2008).
Normalmente a adubação de base, as terras de subsolo possuem valores de pH, Ca
e Mg muito baixos, dessa forma, o primeiro procedimento a ser adotado é a calagem da
terra de subsolo. Desse modo, ficam garantidos valores apropriados de pH e suprimento
de Ca e Mg para as mudas. As espécies dos grupos ecológicos denominados secundárias
e clímax são bem mais exigentes por nutrientes do que as pioneiras. A faixa ideal de pH
(em CaCl2 0,01 M) do substrato varia de 5,5 a 6,0. O calcário deve ser incorporado à
terra de subsolo, preferencialmente, 15 dias antes de ser usado. A dose de calcário varia
conforme as características do solo e pode ser calculada pela fórmula (SILVA E STEIN,
2008).

N.C.=(T(V2-V1))/20xPRNT

N.C. = necessidade de calcário em kg/m 3 de terra de subsolo


T = capacidade de troca catiônica (C.T.C.)
V2 = saturação por bases desejada, 60%
V1 = saturação por bases encontrada na terra de subsolo
PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total do Calcário

Após a incorporação do calcário, aplicar 150 g de N, 700 g de P2O5, 100 g de


K2O e 200 g de “fritas” por cada metro cúbico de terra. Evita-se o emprego de calcário
no substrato, recomenda-se o uso de terra de subsolo que possuam, naturalmente, altos
níveis de pH, Ca e Mg (SILVA E STEIN, 2008).
Para adubação de cobertura deve-se dissolver 1 kg de sulfato de amônio e 300 g
de cloreto de potássio em 100 L de água, com a solução obtida regar 2.500 saquinhos.
As aplicações deverão ser feitas no final da tarde ou ao amanhecer, seguidas de leves
irrigações apenas para diluir ou remover os resíduos de adubo que ficam depositados
sobre as folhas (SILVA E STEIN, 2008).
As aplicações da adubação de cobertura devem ser feitas em períodos de 7 a 10
dias. A primeira deve ser realizada de 15 a 30 dias pós-emergência. O momento certo da
aplicação das demais poderá ser melhor determinada pelo viveirista, ao analisar as taxas
de crescimento e as mudanças de coloração das mudas (SILVA E STEIN, 2008).
Seguindo recomendações da literatura, para a estruturação dos canteiros, será
considerada através dos dados de volume dos sacos plásticos, 0,0063 m² [(volume do
recipiente)x(nº de mudas a ser produzidas)], podemos calcular a quantidade de substrato
utilizado, que é de 166,3 m³.

2.2.3 Confecção dos canteiros

A montagem do canteiro deve ser realizada com o auxílio de duas ripas de


madeira ou linha de nylon em toda a lateral e o canteiro terá 1,2 metros de larguras por
25 metros de comprimento, estipulado pelo os dados passados pelo professor. Entre os
canteiros serão deixados espaços para o deslocamento de 0,60 metros, para facilitar a
passagem dos funcionários na realização dos seus respectivos trabalhos. Os sacos
plásticos, já cheios com terra, devem ser organizados em uma superfície plana sendo
colocados encostados uns aos outros para que não ocorra o tombamento das mudas
(DAVIDE & SILVA, 2008).

2.2.4 Armazenamento de sementes

A realização de um ótimo armazenamento das sementes promove grandes


vantagens, como o acréscimo de tempo de estocagem, a conservação da energia
germinativa por um maior tempo, e a proteção contra danos ocasionados por agentes
prejudiciais às mudas. A duração do armazenamento depende do planejamento para uso
das sementes (HOPPE et. al., 2004).
O ambiente ideal para armazenagem de sementes é um ambiente livre de umidade,
claridade e altas temperaturas. As sementes não devem ser armazenadas quando a
árvore frutifica o ano todo, nem no caso de se tratar de espécies que devem ser
semeadas logo após a colheita. Espécies florestais possuem sementes de difícil
armazenagem em virtude da perda rápida do potencial de germinação (HOPPE et. al.,
2004).

2.2.5 Semeadura manual


A semeadura deve ser realizada de modo direto, distribuindo de 2 a 4 sementes
por saco plástico, dependendo da espécie. As sementes devem ser colocadas em uma
profundidade correspondente a um pouco mais que o seu diâmetro. Posteriormente a
semeadura, deve-se cobrir com uma leve camada de terra fina ou de material orgânico
(casca de arroz ou serragem). As sementes devem ser adquiridas em estabelecimento
credenciado, pois desse modo é possível adquirir material de qualidade (HOPPE et. al.,
2004).
O desbaste deve ser realizado, com as mudas ainda pequenas (3 cm), deixando
apenas a mais vigorosa no recipiente. Nessa fase pode ser realizada uma repicagem
aproveitando as mudas, que podem ser transplantadas para outros sacos plásticos nos
quais não ocorreu a germinação das sementes (HOPPE et. al., 2004).
O uso de sementeiras é um processo utilizado para sementes pequenas, que são
difíceis de serem distribuídas individualmente ou quando as sementes são de tamanhos
grandes. O uso de canteiros também é recomendado quando a germinação e/ou o
crescimento são irregulares para melhor aproveitamento da quantidade de mudas
(HOPPE et. al., 2004).

2.2.6 Repicagem

A repicagem é processo de retirada das mudas das sementeiras e implantação em


embalagens individuais. É feita como objetivo de ampliar o espaço de desenvolvimento
da muda, tornando-a mais vigorosa e com melhores condições de pega e adaptação. O
momento mais indicado para que a repicagem seja feita depende da época em que a
semeadura foi feita, da rapidez do crescimento da muda e também do clima. Geralmente
ela é feita quando a muda atinge de 3 a 5 cm de altura ou apresenta de 3 a 4 folhas
(DAVIDE & SILVA, 2008).
Após a germinação das sementes nos canteiros, quanto as mudas atingirem de 3 a
7 cm de altura, geralmente apresentando dois pares de folhas, as mudas devem ser
cuidadosamente retiradas da sementeira e replantadas no recipiente definitivo (DAVIDE
& SILVA, 2008).

2.2.7 A “dança” das mudas


A “dança” ou movimentação das mudas é feita com a finalidade de evitar o
enraizamento das mesmas para além das embalagens. Nesse processo, se obtém a
rustificação das mudas, o que é necessário para uma melhor adaptação no plantio a
campo (HOPPE et. al., 2004).

3.2.8 Irrigação e Drenagem

O sistema de irrigação a ser utilizado será o de aspersão, por ser o melhor método
para grandes produções de mudas. Um bom sistema de drenagem é fundamental para
evitar que a água oriunda da irrigação e chuvas fique estagnada, o que propiciaria o
aparecimento de patógenos e dificultaria o deslocamento de trabalhadores entre os
canteiros (DAVIDE & SILVA, 2008).
O viveiro deverá possui um sistema de drenagem em que o caminho de
locomoção dos funcionários servirá como canaleta para o escoamento da água. Para
isso, o caminho será feito um pouco mais baixo em relação aos canteiros de produção e
o piso do viveiro (caminhos) será composto por uma camada de brita, uma camada de
solo cascalhado e compactado e o solo natural (DAVIDE & SILVA, 2008).

2.2.9 Controle de pragas e patógenos

Antes da implantação construção do viveiro são necessários alguns métodos de


controle para o combate de pragas, principalmente a limpeza ao redor da área. Deve-se
fazer manutenção do viveiro periodicamente, tomando diversas medidas preventiva e
observando que se deve fazer o controle químico de pragas quando a área afetada
corresponder de 2 à 5 % do canteiro (HOPPE et. al., 2004).
É importante salientar que a adoção de táticas de controle mecânico durante o
cotidiano do viveiro também se faz necessária para ajudar ao controle das pragas.
Algumas das principais pragas de viveiro são Atta spp., Acromyrmex spp., Grilos
assimilis, Armitermes spp., e Heterotermes spp. O principal tipo de controle para essas
pragas será o controle químico, o qual apresenta alta eficiência. O ataque de patógenos
pode ser facilitado pelo sistema de irrigação, que mantêm a umidade elevada, e pelas
altas temperaturas do ar que favorecem seu desenvolvimento (HOPPE et. al., 2004).
Deve-se realizar a eliminação de inóculos que sirvam de infecção e, ainda, fazer-
se um adequado controle de insetos, pois são os principais meios de transmissão de
patógenos. Além de medidas de prevenção e combate às doenças, são preconizados
tratamentos específicos com fungicidas. O controle de pragas e doenças deverá ser
realizado sempre que se fizer necessário (HOPPE et. al., 2004).

2.2.10 Quebra-ventos

Os quebra-ventos agem diretamente sobre o ambiente de três maneiras:


sombreando parcial e temporariamente a cultura, absorvendo água e nutrientes do solo e
diminuindo a velocidade do vento. Em decorrência destas interferências, há uma
modificação no microclima que, por sua vez, induz alterações nos processos fisiológicos
e nas características da cultura protegida. Para este trabalho foi escolhido Eucalytus sp.,
devido ao fato da árvore possuir rápido crescimento, fuste ereto, perenifólia e possui
copa pouco densa (HOPPE et. al., 2004).

2.3 ESTRUTURAÇÃO DO VIVEIRO

2.3.1 Área total do viveiro

O viveiro detém uma área total de aproximadamente Xm² (Xm x X m), sendo
destes, Xm² de área de produção e o restante compreendendo áreas de benfeitorias e
edificações.

2.3.2 Número total de mudas a ser produzidas no viveiro

O número de mudas para suprir a demanda será de 100 mil mudas, contudo, tem
que se dá atenção ao percentual de falhas, pois poderá ocorrer certos problemas durante
a produção das mudas. O percentual será de 10% de mudas a mais, para que se atinja o
número solicitado de mudas. Deste modo: 100.000x0,1 = 10.000 mudas a mais, tendo
um total de 110.000 mudas.

3.3.3 Área de cada canteiro (m²)

Os canteiros terão as dimensões de 20 metros de comprimento por 1,2 metros de


largura, totalizando uma área de 24 m² cada canteiro.

Potrebbero piacerti anche