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Revista Nossa Fé – 1º tri 2011 Significados e lições dos

APOIO DIDÁTICO – LIÇÃO 03 MILAGRES DE JESUS

A TEOLOGIA DO SOFRIMENTO: ENFRENTANDO A


ADVERSIDADE
por Gavin Levi Aitken

“Um letreiro na parede de uma sala de aula do primeiro grau dizia: A vida é a professora mais
implacável. Primeiro dá a prova e depois a lição. Provavelmente, este truísmo foi esquecido pela
maioria dos alunos que estudaram naquela sala de aula. Da mesma maneira, muitos cristãos não se
dão conta, ou se esquecem, de que as experiências da vida cristã, sejam elas árduas ou não, tendem a
ser seguidas por um entendimento das lições que a experiência quer nos ensinar” (John MacArthur Jr.,
em O poder do sofrimento).

Tem sido interessante observar o consequência de pecado ou de alguma


fundo histórico de cada aluno que influência satânica. Acreditar, contudo,
participou do Curso de Visitação que toda e qualquer adversidade seria
Hospitalar. De uma maneira ou de outra, consequência de uma dessas fontes não
cada um passou por tamanha explicava a adversidade experimentada
adversidade, ou na vida pessoal ou na por grandes servos de Deus, no
vida familiar. Muitos têm vindo para o cumprimento de um ministério santo.
curso, creio eu, em busca de respostas Esse assunto vem à tona, durante o
para a sua própria situação. ministério de nosso Senhor, quando em
Sei, de experiência própria, que meu João 9 ele se encontra com um homem
interesse neste assunto veio em conse- cego de nascença. Os discípulos
quência de uma grande perda sofrida em encararam a situação com a ótica
minha própria vida alguns anos atrás. costumeira. Isto é, do ponto de vista
Com a perda de minha esposa, depois de deles, alguém havia pecado na história. A
35 anos de namoro, noivado e dúvida, na mente dos discípulos, não era
casamento, eu e a minha filha passamos quanto a ter havido pecado, ou não, mas,
a examinar esta questão em busca de sim, quanto a quem pecou (veja os vs. 1-
soluções. 2).
As lições aprendidas naquela A resposta dada pelo Senhor
ocasião, e desde então, muito me apresentou uma perspectiva nunca antes
marcaram. Espero conseguir passar, pelo contemplada pelos discípulos. Jesus
menos, a essência daquilo que parece simplesmente não atribuiu a adversidade
formar a teologia bíblica do sofrimento. do cego a nenhum pecado, qualquer que
Estas informações serão valiosas para o fosse a fonte. Por outro lado, por uma
visitador que procura passar para o frase que indica propósito – “foi para que”
enfermo uma mensagem de esperança. –, ele acabou tirando o assunto do
Nunca tinha parado para pensar contexto de “consequência”, transferindo-
antes na origem, na fonte de nossas ad- o para um contexto de propósito. “… para
versidades. Fiquei muito deprimido em que se manifestem nele as obras de
saber que, segundo a noção popular, a Deus” (v. 3).
adversidade é sempre a consequência do Ao refletirmos isso, as implicações
pecado cometido por nós ou por causa são simplesmente fantásticas. Mesmo
de atividades puramente satânicas. O que eu não esteja enxergando aquele
importante é observar o advérbio propósito, pelo menos não no presente,
“sempre” na frase já mencionada. posso confiar num Deus que diz que ele
Não havia dúvidas, na minha mente, existe. É necessário, porém, que esteja
de que haveria situações na vida em que crendo num Deus capaz de realizar tal
a adversidade seria, realmente, a propósito em minha vida.

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Como isso se difere da tendência natural, assume o papel de administrador de


temos de admitir que muitas vezes, no nossas adversidades.
meio da adversidade, chegamos a Podemos enxergar essa mesma
questionar a bondade de Deus, se não a realidade na história de Jó, no Antigo
sua própria existência. Enxergando a Testamento. Mesmo que Satanás pareça
adversidade como consequência de algo ser o instigador no caso, acusando Jó de
que fizemos, achamos que Deus uma lealdade cega em relação a Deus, o
exagerou na administração de sua nosso Deus passa a administrar as
justiça, de sua retribuição. provações experimentadas por ele.
Como muda a história, como muda a Um dos casos mais notáveis, no
nossa perspectiva das coisas, como Novo Testamento, é o exemplo de Paulo,
muda a nossa visão de Deus ao em 2Coríntios 12. Novamente, Satanás
considerarmos a colocação feita pelo parece ser o instigador, mas Deus inverte
Senhor Jesus em termos do homem todo o processo visando ao seu
nascido cego. Será possível, contudo, propósito. Observemos, com cuidado,
que seja um mero caso isolado ou será como o verso 7 começa e termina – “para
que existe fundamento bíblico mais que” e “a fim de que”. Ambas as frases
amplo para tal perspectiva? indicam propósito.
Só precisamos virar as páginas de Ao analisarmos o propósito (“não me
nossa Bíblia, de fato, do próprio ensoberbecer” e “não me exaltar”),
Evangelho de João, para encontrar outro jamais poderia ter sido o propósito de
caso semelhante. Em João 11, lemos Satanás. De fato, se fosse dele, teria de
sobre a adversidade sofrida por uma ser exatamente o contrário. A própria
família que Jesus amava e muito. história de Satanás é uma história de
A leitura do trecho inteiro não soberba, de exaltação e é por este
permite, de maneira alguma, que nossas mesmo caminho que ele procura
mentes pensem na possibilidade de conduzir todo homem (1Tm 3.6).
pecado provocando tamanha Deus, querendo manter a utilidade de
adversidade. Mas o trecho certamente seu servo, por cultivar nele um espírito de
salienta a perspectiva de haver algum humildade, permite a continuidade do
propósito. De fato, o propósito parece ser “espinho na carne”, apesar das repetidas
duplo em natureza. súplicas de Paulo. Deus afirma que está
1. A glória de Deus – “Esta administrando esta adversidade quando
enfermidade não é para morte, e sim diz: “A minha graça te basta” (v. 9). A
para a glória de Deus, a fim de que o aceitação deste fato e do propósito em si
Filho de Deus seja por ela glorificado” (v. é vista no restante do trecho... “De boa
4). vontade, pois…” (vs. 9-10).
2. A salvação de homens – “Pai, Tudo isso está em perfeita sintonia
graças te dou porque me ouviste. Aliás, com os ensinamentos de Tiago (veja Tg
eu sabia que sempre me ouves, mas 1.2-4). É pelo fato de Tiago enxergar um
assim falei por causa da multidão propósito nas provações, na adversidade
presente, para que creiam que tu me (“... para que sejais perfeitos e íntegros,
enviaste” (vs. 41-42). em nada deficientes” v. 4) que ele nos
Note bem as frases que indicam admoesta, no versículo 2: “Meus irmãos,
propósito em ambos os versículos. Não tende por motivo de toda alegria o
há nenhuma dúvida de que tais passardes por várias provações.”
propósitos se realizaram no decorrer da Observe bem como Tiago nos leva a
história. Como é bom termos esta raciocinar, com ele, todo o processo:
confirmação. Quer dizer que o caso do “Sabendo que a provação da vossa fé,
homem nascido cego não é um caso uma vez confirmada, produz
isolado. Mais uma vez, o nosso Deus perseverança. Ora, a perseverança deve
ter ação completa” (vs. 3-4).

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Tiago não está dizendo que A história de José, no livro de


precisamos compreender, enxergar o Gênesis, comprova esse fato. Creio que
propósito para que este se realize em eu, se estivesse no lugar dele, teria
nós, apenas acreditar em Deus, que ele questionado o silêncio de Deus o tempo
existe e confiar nele para administrar todo, pois teria entendido-o como sendo
todo o processo. Claro que pode haver evidência de sua inatividade. Como é
questionamentos neste sentido, mas importante ter o registro desta história
Tiago nos diz: “Se, porém, algum de vós nas Sagradas Escrituras. Como é
necessita de sabedoria, peça-a a Deus, necessário enxergar o processo que
que a todos dá liberalmente… Peça-a, Deus começa com um filho mimado,
porém, com fé, em nada duvidando” (vs. transformando-o mediante várias
5-6). experiências adversas, para que a
Há mais uma consideração antes de história termine com um homem capaz
encerrar este capítulo. Sem dúvida, o de liderar uma nação inteira em época de
período mais difícil a ser vivido por nós é crise.
aquele que começa com o nosso clamor Se Deus tivesse rompido o silêncio, o
a Deus por socorro, no meio da processo nunca teria tido a sua ação
adversidade, e quando ele finalmente completa. Não há nenhuma dúvida, Deus
responde a nós. poderia ter encurtado o processo, mas a
É um período em que precisamos ação teria sido incompleta. Como é
ganhar uma perspectiva das coisas. O necessário confiar em Deus para que o
que torna este processo tão difícil é a seu propósito se realize e para que
necessidade de ter de lidar com o ganhemos uma nova perspectiva da
suposto “silêncio de Deus”. Do nosso nossa adversidade.
ponto de vista, seria bem mais fácil Como foi importante ganhar esta
ganhar uma perspectiva se Deus perspectiva em minha própria vida, por
rompesse o silêncio e nos comunicasse o ocasião do falecimento da minha primeira
seu propósito. Na maioria dos casos, esposa. Hoje, no ministério de Capelania,
contudo, isto não acontece. percebo a sabedoria de Deus no
É justamente nessa altura que a processo todo. Hoje sou testemunha do
nossa fé, a nossa confiança em Deus, é fato que: “É ele que nos conforta em toda
confirmada, produzindo a perseverança a nossa tribulação, para podermos
que deve ter ação completa (Tg 1.3-4). É consolar os que estiverem em qualquer
necessário entender uma coisa: o angústia, com a consolação com que nós
silêncio de Deus não é indicativo de sua mesmos somos contemplados por Deus”
inatividade. Mais cedo ou mais tarde (2Co 1.4).
vamos compreender como Deus trabalha Como é gostoso passar esta visão para
por trás do cenário, levando a cabo todos os pacientes que visitamos no contexto
os seus propósitos. do hospital. Que palavra de conforto, de
esperança!

No leito da enfermidade, 6ª ed., Eleny Vassão, Cultura Cristã, p. 35-39

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